aula 02 breve história de pensar o design -...
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• FATEC – ITU – Curso Superior de Tecnologia em Eventos • Disciplina Design Gráfico • Prof. Ms. Luciane Panisson
Aula 02 Breve história de pensar o
Design
Ao longo dos séculos, o relacionamento do ser humano com os objetos estimulou a busca pela novidade. O universo das
ARTES passou por muitas transformações que beneficiaram o que
hoje chamamos de DESIGN, aliando técnica e inspiração e construindo o
PROCESSO CRIATIVO.
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Porém, antes de
entendermos o processo
criativo, é preciso
entendermos o que
significa DESIGN.
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O termo design pode ser aplicado a várias áreas como:
Design de materiais e produtos industriais (embalagens e afins)
Design de interiores, exteriores, mobiliário e objetos de fins decorativos
Design Gráfico
Design Automobilístico
Design de Moda e Complementos
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• Designer:É o profissional que trabalha com qualquer tipo de design: gráfico, digital, de produto, de moda. • Design: É área de atuação do profissional Designer trabalha com design
A origem da palavra DESIGN está
no latim designare,
verbo que abrange o sentido de
designar e de desenhar
e portanto, já contém na sua
origem o aspecto abstrato de
conceber/projetar/atribuir
e o concreto de registrar/
configurar/formar,
tratando assim de uma atividade
que gera projeto, esboços e
modelos. • FATEC – ITU – Curso Superior de Tecnologia em Eventos • Disciplina Design Gráfico • Prof. Ms. Luciane Panisson
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Fundamentos
Do Design
Funcionalidade
Tecnica
Estética
Projeto
O Design surge com a revolução industrial na Inglaterra em meados do sec. XVIII
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Até então, artesanato, era a forma de produção característica da Baixa Idade Média e durante o
renascimento urbano e comercial, sendo representado por uma
produção de caráter familiar, na qual o produtor (artesão), possuía
os meios de produção (era o proprietário da oficina e das
ferramentas) e trabalhava com a família em sua própria casa, realizando todas as etapas da produção desde o preparo da
matéria-prima, até o acabamento final para ser consumida pela
elite.
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Com o surgimento da Indústria, houve uma preocupação em aproximar
as atividades do artesão e da máquina, e isso pode ser fácil de entender
levando em conta que a atividade do artesão não poderia ser dispensada
de um dia para o outro – Todas as transformações sociais são lentas,
Principalmente quando falamos numa época de profundas mudanças como
Foi a Revolução Industrial, cuja idéia era atingir o grande crescimento das
populações, reproduzindo objetos em série e mais baratos
O homem dessa época tinha medo de uma possível escravização sua pela
máquina.
Linha de montagem de Henry Ford
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A partir da Revolução Industrial, em meados dos séculos XVIII e XIX, o artesão da Europa Ocidental
deixa de produzir peças limitadas em sua casa e passa a “ceder” sua qualificação ao industrial, que,
verificando o desejo e a necessidade de consumo pelos novos objetos cotidianos, fica imediatamente obrigado a criar sistemas produtivos para suprir a
demanda, agilizando assim, suas entregas . Portanto, a necessidade da criação de modelos que pudessem ser seguidos valorizou muito esta etapa de criação e o
artesão, aos poucos, foi perdendo espaço para profissionais especializados em projetar produtos.
Porém, a inegável perda de qualidade, gerada pelo despreparo industrial-tecnológico e pela urgência na simplificação dos objetos produzidos, gerou inúmeras
discussões sobre a viabilidade da produção criativa em massa.
Como toda corrente de pensamentos encontra adeptos e opostos, William Morris, em meados do século XIX, instigado pela diferenciação que se fazia entre Artesão e Artista, provocou uma
manifestação cultural batizada de Arts & Crafts (Artes e Ofícios).
Arts and Crafts é um movimento estético e social inglês, da segunda metade do século XIX, que defende o artesanato criativo como
alternativa à mecanização e à produção em massa. Reunindo teóricos e artistas, o movimento buscava revalorizar o trabalho manual e recuperar
a dimensão estética dos objetos produzidos industrialmente para uso cotidiano. Busca ainda minimizar os conceitos que distanciam Artesão e
Artista.
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O Artesanato é essencialmente o próprio trabalho manual ou a produção de um artesão. Geralmente é visto como a atividade de cunho familiar, caseira e de poucos recursos estilísticos. A partir da mecanização da indústria o artesão passa a ser identificado como aquele que produz objetos pertencentes à chamada cultura popular.
O Artista é visto como o profissional cuja atividade humana está ligada a manifestações de ordem estética, que são feitas por aqueles a partir
de percepção, emoções e idéias, tem o objetivo de estimular essas instâncias de consciência em um ou mais espectadores. Seu caráter
intelectualizado o difere do artesão, que, através do empirismo busca resultados. Em suma, trabalha com a essência, indiferente ao grau de
conhecimento acadêmico que possui.
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Podemos apontar como fundadores da base teórica do movimento:
John Ruskin (1819 - 1900) com suas idéias em crítica de arte; e Augustus W. Northmore Pugin (1812 - 1852) , um medievalista.
Mas, é em William Morris (1834 - 1896), pintor, escritor e socialista militante, que o movimento encontra forças. Morris tentava combinar
as teses de Ruskin às de Marx, na defesa de uma arte "feita pelo povo e para o povo“. A idéia é que o operário se
torne artista e possa conferir valor estético ao trabalho desqualificado da indústria. Com Morris, o
conceito de belas-artes é rechaçado em nome do ideal das guildas medievais, onde o artesão desenha e executa a obra, num ambiente de
produção coletiva.
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A partir de 1890, o Movimento de Artes e Ofícios liga-se ao estilo internacional do Art Nouveau espalhando-se por toda a
Europa (inclusive Alemanha, Países Baixos, Áustria e Escandinávia). Ainda que um sucessor do movimento inglês, o
Art Nouveau possui filosofia um pouco distinta. Menos que uma atitude de recusa à indústria, a produção Art Nouveau
coloca-se no seu interior, valendo-se dos novos materiais do mundo moderno (ferro, vidro e cimento), assim como da racionalidade das ciências e da engenharia. Trata-se de
integrar arte, lógica industrial e sociedade de massas, desafiando alguns princípios básicos da produção em
série, por exemplo, o emprego de materiais baratos e o design inferior.
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Papéis de parede desenhados por William Morris.
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Art Nouveau, os desenhos são rebuscados e quanto mais rebuscados, mais difícil a sua industrialização.
Mackmurdo - 1883 Arthur Mackmurdo - 1882
Emile Gallé - 1878
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Émile Gallé (1846 - 1904) e seu design decorativo em vidro, cerâmica e madeira.
Litografia colorida
Victor Horta – Casa Tassel 1892-1893 Bruxelas
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Hector Guimard
Louis Confort Tiffany
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Louis Confort Tiffany
Gustav Klimt 1907-1908
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Casa Batllo - Gaudi - Barcelona
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Louis Comfort Tiffany (1848 - 1933) e seus obetos em vidro
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Jan Toorop (1858 - 1928), com suas pinturas e vitrais.
The Three Brides, 1893. Venise sauvee, 1895.
Sorveteria Cavé Cristo Redentor
Heitor da Silva Costa (autor do projeto escolhido em 1923), o artista plástico Carlos Oswald (autor do desenho final do monumento)
e o escultor francês de origem polonesa Paul Landowski (executor da escultura).
ART DECO
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O estilo visa revalorizar a beleza,
colocando-a ao alcance de todos.
A articulação estreita entre arte e
indústria, função e forma, utilidade
e ornamento parece ser o objetivo
primeiro dos artistas.
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A associação entre arte, artesanato e indústria está no coração da experiência alemã da escola Bauhaus, fundada em 1919,
que tem no movimento do Arts and Crafts um ancestral direto. Ao ideal do artista-artesão, defendido por Walter
Gropius (1883 - 1969) desde a criação da escola, soma-se na experiência da Bauhaus a defesa da complementaridade das
diferentes artes sob a égide do design e da arquitetura.
O termo bauhaus - haus, "casa", bauen, "para construir" - permite flagrar o espírito que conduz o programa da escola: a
idéia de que o aprendizado e o objetivo da arte ligam-se ao fazer artístico.
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O ensino preliminar na Bauhaus centrava-se na experimentação com a cor, a forma e os materiais. Dava-se igual importância à arte e ao artesanato. Cada oficina tinha dois diretores, um artista que desempenhava o cargo de "mestre da forma" e o outro denominava-se "mestre das artes aplicadas". A primeira fase da Bauhaus foi expressionista, mas depois - a partir de 1922, com a influência do movimento holandês De Stijl e de Moholy-Nagy, um construtivista húngaro que veio para substituir Itten, a escola passou a denotar uma direção mais racional e tecnicamente orientada. 1919 - 1933
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BAUHAUS “Mito Fundador do Design” DISTRIBUIÇÃO CURRICULAR
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Mestres do Bauhaus
O movimento tornou-se referência internacional, atraindo artistas de todo o mundo para a confusa Alemanha do pós-guerra e pré-nazista.
Foram professores na Bauhaus pintores famosos como Paul Klee e o emigrante russo Wassily Kandinski.
Paul Klee, 1914
“Composição VIII”. Kandinsky, 1923
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Gunta Stölzl na tecelagem
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Marcel Breuer no mobiliário, devendo-se a este a "descoberta" do tubo metálico como material de
mobiliário
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Herbert Bayer. Design de tipografia sem serifas
No domínio da tipografia a Bauhaus deu um enorme contribuição para a construção mediática da "imagem do século", através da sua oficina de
tipografia e publicidade, dirigido por Herbert Bayer o qual criou novos tipos de letra sem serifas que inspirariam a Helvética.
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Clássica versão à venda em loja de móvies da famosa cadeira Barcelona, do arquiteto Mies Van der Rohe,
apresentada no Pavilhão da Alemanha na Exposição Universal de 1929.
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A Influência da Bauhaus
Exercendo uma influência e prestígio na arte de projetar, a
Bauhaus combatia arrebatadamente a arquitetura
tradicional, considerada pela escola como inadequada ao
mundo moderno.
Tornou-se referência em todo o planeta como um novo
estilo que a arquitetura deveria seguir.
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HISTÓRIA DO DESIGN GRÁFICO
PRINCIPAIS ESCOLAS DE DESIGN DO SECULO XIX E XX – AULA 7
A melhoria da situação econômica da Alemanha, proporcionou o crescimento da indústria. Empresas encomendavam cada vez mais projetos a Bauhaus. Era a consolidação de uma estreita ligação entre o design e a produção industrial.
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HISTÓRIA DO DESIGN GRÁFICO
PRINCIPAIS ESCOLAS DE DESIGN DO SECULO XIX E XX – AULA 7
Em 1925, as cadeiras de tubo de aço de Marcel Breuer foram industrializadas. Luminárias, desenhos de móveis, vitrais, copos, tecidos concebidos pelos Bauhaus foram apresentados ao mundo
pelas indústrias, sendo até hoje usados como ornamentos e utensílios domésticos.
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HISTÓRIA DO DESIGN GRÁFICO
PRINCIPAIS ESCOLAS DE DESIGN DO SECULO XIX E XX – AULA 7
O Nazismo e o fim da Bauhaus
Apesar do imenso prestígio que alcançou dentro da Alemanha e no resto do mundo, a Bauhaus passou a ser perseguida pelos alemães mais tradicionais, entre eles os nazistas, que estavam em franca ascensão.
Os mais radicais acusavam os membros da escola de
desprezarem a herança histórica nacional.
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HISTÓRIA DO DESIGN GRÁFICO
PRINCIPAIS ESCOLAS DE DESIGN DO SECULO XIX E XX – AULA 7
Em 1933, Hitler assumiu a chancelaria alemã.
O líder nazista sentia-se incomodado pelo modernismo em gestação na Alemanha.
O führer tinha outras inclinações estilísticas, herdeiras de uma tradição neoclássica. Queria
monumentos grandiosos para um império, que ele previa, teria a
duração de mil anos.
A Bauhaus foi fechada por ordem do governo alemão, em 1933
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Nova Bauhaus A partir de 1933 emigraram para os EUA, Walter Gropius e a
maioria dos mestres da Bauhaus, entre os quais, Mies van der Rohe, Moholy-Nagy, Herbert Bayer e Marcel Breuer que fundaram em Chicago uma Nova Bauhaus exercendo uma importante influência neste país.
Mies van der Rohe, foi na América um arquiteto muito admirado pelo seu inovador conceito de
arranha-céus, como o do edifício Seagram, em Nova YorK.
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A padronização da forma visual através de informações simples, concretas e racionais, eliminando qualquer tipo de interferência visual, com o objetivo de ser compreendida universalmente, eram as características do movimento artístico modernista denominado
Estilo Internacional. Surgido na Suíça, teve sua maior produção entre 1950 e 1970, foi uma vertente do
Funcionalismo que, por sua vez, propunha
como forma de expressão o princípio de que “a forma segue a função” e que qualquer ornamento era, portanto, considerado inútil.
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No design aplicou-se a máxima clareza, layouts estruturados, nitidez, minimalismo, fotografias objetivas, funcionalidade, levando-se em consideração as necessidades do homem e a compreensão da mensagem.
CHAISE LONGUE
As características desse movimento incluíram uma mudança na arquitetura, que começou a projetar edifícios visando a funcionalidade e eliminando toda a ornamentação característica das antigas construções, e tendo como principal
nome o arquiteto de origem suíça Le Corbusier.
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MODULOR
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A Escola Bauhaus não quebrou nenhum paradigma do Design, ela era somente uma dentre tantas outras escolas fundadas nesse período. A importância dessa escola se deve à propagação de suas idéias depois do seu fechamento
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Na Bauhaus a idéia de DESIGN começa a ficar claro A Bauhaus pregava a integração da produção artística
com a industrial Sua meta principal era desenvolver o DESIGN moderno
Um estilo de design que manteria contato entre o homem e seu espaço
A Bauhaus foi uma das primeiras escolas a ministrar aulas com a intenção
de transformar o artesão em produtor industrial
"Criemos uma nova guilda de artesãos, sem as distinções de classe que erguem uma barreira de arrogância entre o artista e o artesão", declara o
arquiteto germânico Walter Adolf Gropius (1883 - 1969), quando inaugura a Bauhaus, em 1919.
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Mas, as exigências da sociedade industrial, a aceleração da vida quotidiana, o crescimento urbano mais intenso e a destruição causada
pela 1ª Guerra Mundial, levaram à necessidade de reconstruir as cidades e de alojar condignamente os cidadãos, sendo necessária a adoção de novas soluções
urbanísticas, percebendo-se a desadequação da arquitetura burguesa tradicional face às
novas realidades. As linhas rebuscadas foram deixadas para trás e um novo estilo racional e objetivo passa a ser a base da
arquitetura, influenciando assim, o universo do fazer artístico.
Como propostas a Bauhaus acima de tudo visava:
. as pesquisas formais e as tendências construtivistas realizadas com o máximo de
economia na utilização do solo e na construção;
. a atenção às características específicas dos diferentes materiais como madeira, vidro, metal e
outros;
. a idéia de que a forma artística deriva de um método, ou problema, previamente definido o
que leva à correspondência entre forma e função;
. e o recurso das novas tecnologias
Temos então, o surgimento do conceito de DESIGN.
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Peter Behrens, Fábrica de Turbinas da AEG, Berlim, 1909
Walter Gropius,
Fábrica Fagus, Alfeld an der Leine, 1910
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Sir Evan Owen Williams, Fábrica de botas, Beeston, Grã-Bretanha, 1930-32
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Bauhaus- 1927 - Marianne Brandt
Anni Albers. Design para Wall Hanging. 1926.
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Gunta Stolz – Bauhaus 1923
Gunta Stolz - Bauhaus
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A escola passou por algumas reformulações até ser definitivamente fechada por
pressão sofrida pelos nazistas de 1930 a 1933. Boa parte dos professores emigrou para os
Estados Unidos levando consigo o ideal da Bauhaus que revolucionou os conceitos de
artes aplicadas e efetivou o conceito do que hoje chamamos DESIGN.
As idéias da Bauhaus viviam entre o conflito conveniência x originalidade propostos desde sua criação, mas, em virtude de
receber muitos adeptos com qualificações e formações abrangentes e diferenciadas, a escola passou por algumas
reformulações até ser definitivamente fechada por pressão sofrida pelos nazistas de 1930 a 1933.
Boa parte dos professores emigrou para os Estados Unidos levando consigo o ideal da Bauhaus que revolucionou os conceitos de artes aplicadas e efetivou o conceito do que hoje chamamos DESIGN.
Nova Bauhaus em Chicago
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VANGUARDA SOVIÉTICA
Através da ideologia comunista provocando profundas mudanças sociais.
A idéia era tornar a arte popular, uma arte de estilos da qual o povo seria beneficiado.
Ao mesmo tempo a Europa estava sendo influenciada pelo MANIFESTO FUTURISTA que pregava que a máquina não
poderia ser discriminada, que o homem teria que compreender os movimentos sociais que a máquina traria e trabalhar a idéia de coletividade urbana. O homem não deveria temer o futuro.
Tudo é popular, e a idéia é Construir, integrar as técnicas artesanais e a produção industrial, uso das formas geométricas
e sua adequação as necessidades do mundo. Criam-se ateliês livres incentivados pelo governo para que se
divulgue essa arte e técnica, que vai contribuir para o surgimento do design construtivista
A pintura e escultura também são construções (e não representações) e devem, portanto, utilizar os mesmo materiais e os mesmos procedimentos técnicos da arquitetura, que, por sua
vez, deve ser simultaneamente funcional e visual isto é, visualizar a função.
Não mais existem artes maiores e menores: como forma visual uma cadeira não difere em nada de uma escultura, e a escultura
deve ser funcional como uma cadeira.
Eles elogiavam as formas simples e viam na geometria – áreas uniformes de cores puras – uma objetividade própria com novos significados e novas formas. Buscavam a fabricação de coisas socialmente úteis e acreditavam que a direção materialista de
suas obras desvendaria as qualidades e a expressividade inatas dos materiais.
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Valorização da geometria e poucas cores
Monumento a Terceira Internacional Vladimir Tatlin
Lissitzky - 1919
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Suprematismo O primeiro movimento em artes a reduzir a pintura à pura abstração geométrica
Kazimir Malevich Quadrado preto sobre fundo branco- 1915
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Kazimir Malevich.
Suprematist Composition: White on White. 1918.
Os experimentos realizados pelos artistas neoplásticos foram essenciais
para a arquitetura moderna, assim como para a formulação do que hoje
se conhece por design.
De Stjil - 1917 Neoplasticismo
A espacialidade reduzida a formas puras
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Mondrian
Theo van Doesburg
Rietveld - 1917
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Residência Schröder - Gerrit Thomas Rietveld - 1924
Então, podemos concluir que design é um conjunto que soma
Necessidade ou objetivo (funcionalidade, utilidade)
+
artes aplicadas (ornamento, forma)
+
projeto (raciocínio industrial lógico)
+
recursos (materiais envolvidos)
+
viabilidade produtiva (capacitação para reprodução)
+
acessibilidade (tornar acessível)
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Gestalt: Teoria da forma OS TRÊS FUNDADORES DA PSICOLOGIA DA GESTALT FORAM:
URT
A Teoria da Gestalt, em suas análises estruturais, descobriu certas leis
que regem a percepção humana das formas, facilitando a compreensão das imagens e idéias.
Essas leis são nada menos que conclusões sobre o comportamento natural do cérebro,
quando age no processo de percepção.
LEIS DA GESTALT
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A LEI DA SEMELHANÇA
DEFENDE QUE COISAS QUE POSSUEM ALGUM TIPO DE SEMELHANÇA PARECEM ESTAR AGRUPADAS.
O AGRUPAMENTO PODE OCORRER TANTO NOS ESTÍMULOS VISUAIS QUANTO NOS AUDITIVOS.
ITENS QUE SÃO SIMILARES TENDEM A SER AGRUPADOS
JUNTOS. NA IMAGEM ABAIXO, A MAIORIA DAS PESSOAS VÊ COLUNAS
VERTICAIS DE CÍRCULOS E QUADROS
LEI DA PREGNÂNCIA
A PALAVRA PREGNÂNCIA PROVÉM DO TERMO ALEMÃO PRAGNANZ, QUE TEM O SIGNIFICADO DE “BOA FORMA” OU “BOA FIGURA”. A LEI DA PREGNÂNCIA É REFERIDA COMO LEI DA BOA FORMA OU A LEI DA SIMPLICIDADE. ESTA LEI DEFENDE
QUE OBJETOS NO AMBIENTE SÃO VISTOS DE MODO QUE SE CONSTITUAM O MAIS SIMPLES POSSÍVEL.
.
A realidade é organizada ou reduzida à forma mais simples possível.
Por exemplo, nós vemos a imagem acima preferivelmente como uma série de círculos,
ao invés de uma forma muito mais complexa
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LEI DA PROXIMIDADE
DE ACORDO COM A LEI DA PROXIMIDADE, AS COISAS QUE ESTÃO PRÓXIMAS UMAS DAS OUTRAS
PARECEM FORMAR UM GRUPO SÓ.
Objetos próximos um do outro tendem a ser agrupados Os círculos da esquerda parecem estar agrupados em colunas
verticais, Enquanto que os círculos da esquerda parecem estar agrupados em
fileiras horizontais
LEI DA CONTINUIDADE A LEI DA CONTINUIDADE DEFENDE QUE QUE PONTOS QUE ESTÃO
CONECTADOS POR LINHAS RETAS OU CURVAS SÃO VISTAS DE MODO QUE SIGAM O CAMINHO MAIS SUAVE.
AO INVÉS DE VER LINHAS E ÂNGULOS SEPARADOS, AS LINHAS SÃO VISTAS COMO ESTANDO AGRUPADOS JUNTOS.
As linhas são vistas seguindo o caminho mais suave Na imagem acima, o ramo superior é visto como continuando o
primeiro segmento da linha. Isto nos permite ver as coisas como um fluxo suave, sem romper a
linha de cima em múltiplas partes.
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LEI DA CLAUSURA
DE ACORDO COM A LEI DA CLAUSURA, AS COISAS SÃO AGRUPADAS JUNTAS SE ELAS PARECEM COMPLETAR
ALGUMA ENTIDADE. NOSSA MENTE FREQÜENTEMENTE IGNORA INFORMAÇÕES
CONTRADITÓRIAS E COMPLETAM UM FECHAMENTO NA INFORMAÇÃO.
Objetos agrupados juntos são vistos como um todo. Nós tendemos a ignorar lacunas e completar linhas de contorno.
Na imagem acima não há triângulos ou círculos, mas nossas mentes completam as informações faltantes para criar
formas e imagens familiares.
FIGURA E FUNDO
Diz esta lei que "a parte não pode se soltar do todo, mas pode ser percebida em ralação a ele".
Sempre que algo nos chama atenção, é porque está inserido num contexto maior que serviu de fundo e base para que aquilo
ressaltasse.
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EXPERIÊNCIA PASSADA
ESTA SE RELACIONA COM O PENSAMENTO PRÉ-GESTÁLTICO, QUE VIA NAS ASSOCIAÇÕES O PROCESSO FUNDAMENTAL DA
PERCEPÇÃO DA FORMA. A ASSOCIAÇÃO AQUI, SIM, É IMPRESCINDÍVEL, POIS CERTAS FORMAS
SÓ PODEM SER COMPREENDIDAS SE JÁ A CONHECERMOS, OU SE TIVERMOS CONSCIÊNCIA PRÉVIA DE SUA EXISTÊNCIA. DA
MESMA FORMA, A EXPERIÊNCIA PASSADA FAVORECE A COMPREENSÃO METONÍMICA:
SE JÁ TIVERMOS VISTO A FORMA INTEIRA DE UM ELEMENTO, AO VISUALIZARMOS SOMENTE UMA PARTE DELE REPRODUZIREMOS
ESTA FORMA INTEIRA NA MEMÓRIA.