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    AULA 02: tica aplicada: tica, moral, valores evirtudes; noes de tica empresarial e

    profissional. A gesto da tica em empresas

    pblicas e privadas. Cdigo de tica do Banco doBrasil. Cdigo de conduta da alta administrao

    pblica. Gesto da sustentabilidade.

    SUMRIO PGINA1. Palavras iniciais 22. Conceitos iniciais: tica, moral, valores e virtudes. 33. tica profissional, empresarial e gesto da tica. 84. Cdigo de tica do Banco do Brasil. 115. Cdigo de Conduta da Alta Administrao Pblica. 20

    6. Gesto da Sustentabilidade. 377. Questes comentadas. 408. Lista de questes. 489. Gabarito. 5110. Bibliografia principal. 51

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    1. Palavras iniciais.Oi Pessoal! Voltamos para uma aula voltada para a tica!

    Inicialmente veremos os conceitos principais sobre tica e outrospontos cobrados no seu Edital, inclusive sobre sustentabilidade. Em seguida,

    faremos uma leitura comentada do Cdigo de tica do BB e do Cdigo de

    Conduta da Alta Administrao Pblica, entendendo porque ele cobrado no

    seu Edital.

    De todos os assuntos dessa aula recomendo que vocs deem nfase

    a memorizar os conceitos bsicos de tica, moral, valores e virtudes e a

    memorizar os diversos aspectos do Cdigo de tica do BB e do Cdigo deConduta da Alta Administrao Pblica, pois so assuntos que julgo terem mais

    chances de serem cobrados, dado o perfil do concurso e da banca.

    Como j tinha adiantado na aula inicial, este um assunto onde

    quase inexistem questes disponveis da mesma banca. De qualquer modo, fiz

    uma busca e encontrei uma prova da mesma banca com questes sobre parte

    deste assunto, e o foco exatamente o que estou dando para vocs!

    Na prxima aula trarei algumas questes inditas que estou

    elaborando sobre este assunto.

    Ao trabalho, ento!

    Boa aula!

    Prof. Carlos Xavier

    www.facebook.com/professorcarlosxavier

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    2. Conceitos iniciais: tica, moral, valores e virtudes.Muito se ouve falar hoje em dia sobre a necessidade das pessoas e

    organizaes agirem com tica. Essa preocupao busca atentar para que as

    pessoas no ajam de maneira considerada errada pelo grupo social. Mas ser

    que isso mesmo que significa tica? Trata-se de um conceito recente ou que

    j existe h muito tempo? Quando surgiu este conceito?

    So muitas questes sobre o assunto, no pessoal?!

    Vamos comear sabendo que a preocupao com a tica algo to

    antigo quanto as interaes sociais entre seres humanos enquanto animais

    racionais. Desde o surgimento das primeiras sociedades, reflexes eram feitassobre os princpios bsicos que deveriam guiar o comportamento das pessoas.

    Mas s a partir do Sculo IV a.C que comea a se falar em tica

    enquanto um conceito a ser estudado. Naquele tempo, os pensadores gregos

    Scrates, Plato e Aristteles se debruaram sobre uma reflexo do que seria

    o bem e o mal na sociedade humana, como discernir a justia da injustia, a

    beleza da feiura, etc.

    A tica, naquele momento, surgiu como um ramo da filosofia que

    buscava distinguir o bem e o mal com base numa reflexo, encontrando

    princpios supostamente universais que deveriam pautar a conduta humana.

    Para ser mais especficos, vamos ver uma definio de dicionrio.

    Segundo o Dicionrio Michaelis, tica deriva do grego (ethik) e significa:

    sf (gr ethik) 1Parte da Filosofia que estuda os valoresmorais e os princpios ideais da conduta humana.

    cincia normativa que serve de base filosofia

    prtica.2Conjunto de princpios morais que se devem

    observar no exerccio de uma profisso;

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    deontologia.(...) . social: parte prtica da filosofia social,

    que indica as normas a que devem ajustar-se as relaes

    entre os diversos membros da sociedade.

    Sobre este mesmo assunto, Lacombe (2009) afirma que tica refere-

    se aos:

    1. princpios, padres e valores sobre o que bom e mau,

    o que certo e errado, o que se espera das condutas das

    pessoas, estabelecendo, assim, padres de conduta e de

    julgamento moral. 2. Obrigaes e deveres que governama ao individual.

    Perceba que tudo que bom, certo e esperado do comportamento

    das pessoas considerado tico. O que mau, errado e no esperado como

    padro de conduta considerado antitico.

    - Mas como possvel discernir perfeitamente o que certo do

    que errado para que se possa estabelecer a tica?

    -Justamente por meio dos princpios ticos!

    Perceba pelas definies de tica que foram apresentadas que o

    conceito de moral j comea a surgir...

    - E o que moral?

    O dicionrio Michaelis define moral como, entre outras coisas:

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    adj (lat morale) 1Relativo moralidade, aos bons

    costumes.2Que procede conforme honestidade e

    justia, que tem bons costumes.3 Favorvel aos bons

    costumes. (...)

    Veja que Moral deriva do latim (morale) e um conceito associado

    aos bons costumes, ao contrrio da tica que um conceito mais amplo,

    associado a princpios bsicos sobre os ideais da conduta humana.

    Sobre moralidade, Lacombe (2009) diz trata-se de um conceito ligado

    ao:

    Conjunto de princpios e valores, que fornece um quadro de

    referncias para se determinar o que certo e a forma como se

    deve viver, reconhecido pelas pessoas de determinada

    sociedade.

    Ao falar em princpios e valores Lacombe implica que a moral

    decorrente da tica. Alm disso, a moralidade reconhecida pelas pessoas

    de determinado grupo social, de modo que as pessoas no a adquirem pela

    reflexo intelectual, mas por absoro da moral da sociedade onde elas

    se inserem.

    Por exemplo, em alguns lugares do mundo o comportamento de uma

    mulher colocar um biquni e ir praia seria considerado contra a moral,

    enquanto em outros (como no Brasil) algo comum e aceito por toda a

    sociedade!

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    A moral, deste modo, est mais ligada s prticas da sociedade do

    que aos princpios fundamentais e valores, mas tambm se influencia por estes

    ltimos - uma vez que decorre da tica.

    Os valores, por sua vez, so base do comportamento das pessoas,

    representando as justificativas para cada uma de suas atitudes perante a vida.

    Como voc deve ter percebido, os valores esto ligados tanto tica quanto

    moral, representando a sua base.

    Os valores podem ser individuais ou coletivos. Os valores individuais

    so aqueles que servem de base para o comportamento de um individuo,enquanto os valores coletivos so compartilhados por membros de uma

    sociedade, deixando claro, para todos, alguns princpios bsicos aceitos por um

    grupo.

    Com todas essas explicaes em mente, vamos agora ver o que diz

    Lacombe (2006) sobre valor, nesta acepo que estamos estudando:

    Valor. 1 princpio ou preceito que compe um quadro dereferncia capaz de orientar as aes humanas supondo-se a

    existncia de mltiplos padres ticos e mltiplas prioridades

    de necessidades. (...)

    Perceba que, para Lacombe, o valor pressupe a existncia de

    mltiplos padres ticos, ou seja, possvel que o raciocnio leve

    mltiplas formas de ver a tica. Os valores serviriam para distinguir, em cada

    grupo social, qual o padro tico aceitvel!

    - e as virtudes, Prof. Carlos Xavier, o que seriam?

    Virtude uma palavra que deriva do latim virtute ou ainda virtus,

    significando as qualidades humanas de praticar o bem em sua comunidade

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    com base na responsabilidade e na moral. Vamos ver algumas definies sobre

    virtudes retiradas do Dicionrio Michaelis de lngua portuguesa:

    1Hbito de praticar o bem, o que justo; excelncia moral;probidade, retido.2Boa qualidade moral.3O conjunto de

    todas as boas qualidades morais.

    As virtudes, ento, estariam ligadas aos comportamentos

    reconhecidos socialmente como dentro da moral!

    Vamos fazer um quadro geral sobre os conceitos que estudamos at

    agora:

    tica Moral Valores Virtudes

    Relativa aos

    princpios

    adquiridos pela

    reflexointelectual. O

    indivduo se

    impe por meio

    de seus valores.

    mais

    abrangente que

    a moral e tende

    a ser universal.

    Relativa aos costumes

    adquiridos pelo

    individuo na sociedade

    onde vive. maisaberta a mudana do

    que a tica. relativa

    s prticas culturais,

    sendo imposta pela

    sociedade ao

    indivduo. Decorre da

    tica.

    So os princpios

    bsicos para a

    reflexo tica e a

    deciso sobre qualtica seguir. Esto

    nos indivduos e

    nas sociedades.

    Prtica de

    comportamentos

    considerados

    positivos oujustos pela

    moralidade de

    uma sociedade.

    Vamos agora ao prximo tpico de nossa aula: tica

    profissional, empresarial e gesto da tica.

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    3. tica profissional, empresarial e gesto da tica.A tica profissional e empresarial acontecem quando os indivduos e

    organizaes se comportam de acordo com os valores e princpios aceitos

    como sendo ticos.

    Para Maximiano (2004) a tica pessoal e profissional est muito mais

    relacionada a como as pessoas se tratam umas as outras no contexto do

    ambiente de trabalho, enquanto a tica na administrao de uma organizao

    est ligada especialmente a como a organizao lida com seus funcionrios.

    Cabe destacar, entretanto, que a tica empresarial tambm diz

    respeito a como a organizao lida com a sociedade, com outras organizaescompetidoras e com os seus stakeholdersem geral.

    OBS.: Stakeholder um termo que representa os vrios pblicos

    interessados em uma organizao, como os clientes, os fornecedores, os

    acionistas, o governo, etc.

    - E como a tica gerida nas organizaes, para que a prpria

    organizao e as suas pessoas tenham comportamentos ticos?

    - R.:Atravs dos cdigos de tica!

    Os cdigos de tica so conjuntos de normas de conduta que

    procuram oferecer diretrizes para decises e estabelecer a diferena entre

    certo e errado (Maximiano, 2004, p. 433).

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    Neste sentido, os cdigos de tica permitem que as pessoas e a

    organizao tenham princpios bsicos para nortear os seus comportamentos

    no dia-a-dia, especialmente quando eles se encontram em uma zona

    cinzenta, ou seja, quando no h clareza sobre se determinado

    comportamento visto como positivo ou negativo frente aos princpios da

    organizao e da sociedade!

    Vamos imaginar uma situao: um vendedor est preocupado em

    bater sua meta de vendas. Por conta disso, ao atender um cliente, resolve

    oferecer produtos que claramente no so uma soluo para suas

    necessidades. O vendedor sabe disso, mas acha que mais fcil conseguir

    vender aquele produto do que um outro, que resolveria a necessidade docliente mas que bem mais caro. Ele estaria agindo de maneira certa ao

    priorizar sua necessidade do que a do cliente? Certamente um cdigo de tica

    poderia esclarecer isso ao dizer que a organizao deve buscar resolver a

    necessidade do cliente!

    Na verdade, os cdigos de tica surgem como consequncia de uma

    nova viso sobre as organizaes, que devem preocupar-se cada vez mais com

    a sociedade como um todo e com fazer as coisas da maneira correta - emoposio a uma viso tradicional que acreditava que as organizaes deveriam

    buscar apenas o lucro.

    Hoje em dia, o lucro importante, mas ele no tudo! preciso

    atingir os objetivos com eficcia e eficincia, mas tambm fundamental que

    as coisas sejam feitas dentro de padres ticos aceitveis, sem agresses

    despropositadas e com base em princpios slidos.

    Chiavenato (2011, p.574-575) afirma que duas providncias so

    necessrias para que o cdigo de tica estimule decises e comportamentos

    ticos das pessoas:

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    1.As organizaes devem comunicar o seu cdigo de tica atodos os seus parceiros, isto , s pessoas dentro e fora

    da organizao.

    2.As organizaes devem cobrar continuamentecomportamentos ticos de seus parceiros, pelo respeito a

    seus valores bsicos ou adotando prticas transparente de

    negcios.

    Podemos entender, destas observaes, que nada adianta ter um

    cdigo de tica e no comunicar-lhe claramente para todos aqueles que so

    atingidos por suas disposies. Alm disso, no basta ter um cdigo de tica

    na prateleira, importante que ele seja praticado no dia a dia. Para isso as

    organizaes devem cobrar constantemente o respeito aos valores bsicos

    propostos em seu Cdigo de tica.

    Com base nisso, vamos ver como o Banco do Brasil utiliza seu

    cdigo de tica para nortear o comportamento da organizao e de

    seus profissionais no prximo tpico.

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    4. Cdigo de tica do Banco do Brasil.Neste tpico apresentarei para vocs o Cdigo de Etica do Banco do

    Brasil. Trata-se de um documento bem redigido e de fcil compreenso. Trarei

    para vocs as vrias disposies do Cdigo de tica do Banco do Brasil,

    fazendo comentrios onde for necessrio para sua melhor compreenso.

    O Cdigo de tica do BB representa o conjunto de valores e princpios

    bsicos que devem ser seguidos pelos funcionrios do BB, estando adequado

    cultura organizacional e sociedade como um todo.

    Suas disposies esto organizadas de acordo com cada grupo de

    stakeholders do Banco do Brasil: clientes, funcionrios e colaboradores,fornecedores, acionistas investidores e credores, parceiros, concorrentes,

    governo, comunidade, e rgos reguladores.

    Assim, para cada um dos pblicos interessados no Banco h uma

    srie de princpios a serem adotados como base para o comportamento das

    pessoas e da instituio Banco do Brasil.

    Vamos conhecer as disposies do Cdigo de tica do Banco do Brasil

    sobre os clientes:

    1. Clientes

    1.1. Oferecemos produtos, servios e informaes para oatendimento das necessidades de clientes de cada segmentode mercado, com inovao, qualidade e segurana.

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    1.2. Oferecemos tratamento digno e corts, respeitando osinteresses e os direitos do consumidor.

    1.3. Oferecemos orientaes e informaes claras, confiveise oportunas, para permitir aos clientes a melhor deciso nos

    negcios.1.4. Estimulamos a comunicao dos clientes com a Empresae consideramos suas manifestaes no desenvolvimento emelhoria das solues em produtos, servios erelacionamento.

    1.5. Asseguramos o sigilo das informaes bancrias,ressalvados os casos previstos em lei.

    Perceberam como a preocupao com os clientes vai muito alm do

    cumprimento das leis relativas ao direito do consumidor?! As pessoas no Banco

    do Brasil devem buscar tambm respeitar os interesses do consumidor, ou

    seja, o atendimento ao cliente deve buscar saber o que o consumidor deseja e

    oferecer-lhe a soluo mais apropriada em cada caso.

    No porque o Banco deseja bater a meta na venda de um

    determinado produto que ele deve empurrar este produto para o cliente,especialmente quando esta no for do interesse do cliente!

    Alm disso, o atendente deve conhecer as informaes que passa

    para o cliente, para que a comunicao flua bem e para que as informaes

    sejam claras, confiveis e oportunas, fazendo com que o cliente possa tomar

    boas decises!

    - Seria tica uma situao na qual um gerente omite do cliente os

    riscos de uma determinada aplicao financeira apenas para que possa bater

    sua meta pessoal? Claro que no! Estaria contra o cdigo de tica da prpria

    instituio!

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    Vamos ver o que diz o Cdigo de tica do BB sobre funcionrios e

    colaboradores:

    2. Funcionrios e Colaboradores

    2.1. Zelamos pelo estabelecimento de um ambiente detrabalho saudvel, pautando as relaes entre superioreshierrquicos, subordinados e pares pelo respeito e pelacordialidade.

    2.2. Repudiamos condutas que possam caracterizar assdiode qualquer natureza.

    2.3. Respeitamos a liberdade de associao sindical ebuscamos conciliar os interesses da Empresa com osinteresses dos funcionrios e suas entidades representativasde forma transparente, tendo a negociao como prticapermanente.

    2.4. Asseguramos a cada funcionrio o acesso s informaespertinentes sua privacidade, bem como o sigilo destasinformaes, ressalvados os casos previstos em lei.

    2.5. Mantemos contratos e convnios com instituies que

    asseguram aos colaboradores condies previdencirias,fiscais, de segurana do trabalho e de sade.

    2.6. Reconhecemos, aceitamos e valorizamos a diversidadedo conjunto de pessoas que compem o Conglomerado.

    2.7. Repudiamos prticas ilcitas, como suborno, extorso,corrupo, propina, em todas as suas formas.

    2.8. Orientamos os profissionais contratados a pautarem seuscomportamentos pelos princpios ticos do BB.

    Nesta parte, o Cdigo de tica do BB demonstra clara preocupao

    com os interesses do funcionrio, buscando criar princpios que possam

    concili-los com os interesses do Banco do Brasil. Est de acordo com a teoria

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    que afirma que um dos grandes propsitos da gesto da tica nas

    organizaes est ligada melhoria da maneira atravs da qual a organizao

    trata os seus funcionrios.

    No que tange ao comportamento em relao aos fornecedores, oCdigo de tica do BB afirma:

    3. Fornecedores

    3.1. Adotamos, de forma imparcial e transparente, critriosde seleo, contratao e avaliao, que permitampluralidade e concorrncia entre fornecedores, queconfirmem a idoneidade das empresas e que zelem pelaqualidade e melhor preo dos produtos e servios

    contratados.

    3.2. Requeremos, no relacionamento com fornecedores, ocumprimento da legislao trabalhista, previdenciria e fiscal,bem como a no-utilizao de trabalho infantil ou escravo e aadoo de relaes de trabalho adequadas e de boas prticasde preservao ambiental, resguardadas as limitaes legais.

    Quanto aos seus fornecedores, o Banco do Brasil busca criar um

    ambiente de competio, no dando nenhuma vantagem para nenhum

    fornecedor que no seja com base na qualidade e preo dos produtos e

    servios.

    Alm disso, o BB ala a princpio tico no s a preocupao com o

    cumprimento da legislao (trabalhista, previdenciria, fiscal, no escravido e

    trabalho infantil) mas tambm com a manuteno de relaes de trabalho

    adequadas nos seus fornecedores, alm da preocupao com o meio

    ambiente (resguardadas eventuais limitaes a esta imposio que possam

    constar em lei). Assim, seus fornecedores tambm devem ter relaes de

    trabalho ticas com seus funcionrios.

    Sobre acionistas, investidores e credores o Cdigo afirma:

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    4. Acionistas, Investidores e Credores

    4.1. Pautamos a gesto da Empresa pelos princpios da

    legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade eeficincia.

    4.2. Somos transparentes e geis no fornecimento deinformaes aos acionistas, aos investidores e aos credores.

    4.3. Consideramos toda informao passvel de divulgao,exceto a de carter restrito que coloca em risco odesempenho e a imagem institucional, ou que est protegidapor lei.

    Note que, para o Cdigo de tica do BB, todos aqueles que de alguma

    forma fizeram investimentos financeiros na organizao so considerados parte

    do mesmo grupo: acionistas, investidores e credores.

    Para eles, o BB afirma que a organizao ser gerida com base nos

    princpios da administrao pblica (Legalidade, Impessoalidade, Moralidade,

    Publicidade, Eficincia = LIMPE), deixando clara desde j a sua natureza desociedade de economia mista.

    Por outro lado, o BB d a necessria transparncia sua gesto para

    que os investidores pblicos e privados no sejam prejudicados pela falta de

    informaes relevantes, ressalvando apenas as informaes sigilosas ou

    aquelas que prejudicariam ou colocariam em risco o prprio Banco ou seja,

    cuja divulgao seria contra a lei ou contra o interesse dos prprios

    investidores.

    5. Parceiros

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    5.1. Consideramos os impactos socioambientais na realizaode parcerias, convnios, protocolos de intenes e decooperao tcnico-financeira com entidades externas,privadas ou pblicas.

    5.2. Estabelecemos parcerias que asseguram os mesmosvalores de integridade, idoneidade e respeito comunidade eao meio ambiente.

    A mesma preocupao demonstrada quanto aos fornecedores - de

    fazer com que eles ajam de uma maneira socialmente responsvel -

    demonstrada em relao aos parceiros do BB. Alm disso, a integridade,

    idoneidade e respeito comunidade tambm so princpios bsicos na escolha

    de parceiros para o BB.

    Quanto aos concorrentes, o Cdigo afirma:

    6. Concorrentes

    6.1. Temos a tica e a civilidade como compromisso nas

    relaes com a concorrncia.

    6.2. Conduzimos a troca de informaes com a concorrnciade maneira lcita, transparente e fidedigna, preservando osprincpios do sigilo bancrio e os interesses da Empresa.

    6.3. Quando solicitados, disponibilizamos informaesfidedignas, por meio de fontes autorizadas.

    As relaes com os concorrentes do BB tambm so uma

    preocupao do Cdigo. Isto provavelmente busca evitar situaes de conflito

    explcito e injurias concorrncia, pois o BB ala a principio tico que as suas

    relaes com os concorrentes devem ter civilidade e tica apesar de no

    definir claramente o que seria esta tica.

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    Alm disso, a instituio busca evitar acordos obscuros ao afirmar no

    seu cdigo e tica que as informaes sero trocadas de maneira lcita (dentro

    da lei), transparente (para que todos possam ver) e fidedigna (sem mentiras),

    alm de por fontes autorizadas (e no por baixo do pano).

    Sobre o Governo, Comunidade e rgos reguladores o Cdigo afirma

    que:

    7. Governo

    7.1. Somos parceiros do Governo Federal na implementao

    de polticas, projetos e programas socioeconmicos voltadospara o desenvolvimento sustentvel do Pas.

    7.2. Articulamos os interesses e as necessidades daAdministrao Pblica com os vrios segmentos econmicosda sociedade.

    7.3. Relacionamo-nos com o poder pblicoindependentemente das convices ideolgicas dos seustitulares.

    8. Comunidade8.1. Valorizamos os vnculos estabelecidos com ascomunidades em que atuamos e respeitamos seus valoresculturais.

    8.2. Reconhecemos a importncia das comunidades para osucesso da Empresa, bem como a necessidade de retribuir comunidade parcela do valor agregado aos negcios.

    8.3. Apoiamos, nas comunidades, iniciativas dedesenvolvimento sustentvel e participamos deempreendimentos voltados melhoria das condies sociaisda populao.

    8.4. Zelamos pela transparncia no financiamento da aosocial.

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    8.5. Afirmamos nosso compromisso com a erradicao detodas as formas de trabalho degradante: infantil, forado eescravo.

    8.6. Afirmamos estrita conformidade Lei na proibio ao

    financiamento e apoio a partidos polticos ou candidatos acargos pblicos.

    9. rgos Reguladores

    9.1. Trabalhamos em conformidade com as leis e demaisnormas do ordenamento jurdico.

    9.2. Atendemos nos prazos estabelecidos s solicitaesoriginadas de rgos externos de regulamentao efiscalizao e de auditorias externa e interna.

    Percebam que o BB se preocupa em afirmar, enquanto princpio tico,

    a sua parceria para a implementao de polticas pblicas, projetos e

    programas sociais e econmicos com o Governo Federal. Note que a Unio

    acionista e o seu Governo um parceiro" especial para o BB na execuo de

    polticas pblicas, e que deve ser respeitado nessas posies

    independentemente da posio ideolgica dos titulares dos cargos pblicos.

    No que diz respeito comunidade, o BB deve pautar sua atuao

    respeitando os valores culturais e no impondo propostas suas. Esta atuao

    deve ser ativa, pois o BB deve retribuir comunidade uma parte do valor

    agregado do negcio, buscando o desenvolvimento sustentvel das mesmas.

    As aes comunitrias do BB devem ser transparentes e conforme a lei, tendo

    especial ateno erradicao do trabalho infantil, forado e escravo.

    Sobre seu relacionamento com os rgos reguladores, o BB

    preocupa-se em afirmar que sua atuao deve ser dentro da lei e das normas,

    e os prazos de fiscalizaes internas e externas devem ser cumpridos. Assim,

    se uma determinada solicitao de rgos reguladores e auditoria no

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    respondida no prazo, possvel dizer que houve um comportamento fora dos

    padres de tica aceitveis para o BB.

    Vamos para o prximo tpico da aula de hoje: Cdigo de

    Conduta da Alta Administrao Pblica.

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    5. Cdigo de Conduta da Alta Administrao Pblica.O Cdigo de Conduta da Alta Administrao Pblica um conjunto de

    princpios que deve nortear o comportamento dos chamados altos

    administradores pblicos, a includos os presidentes e os diretores de

    sociedades de economia mista onde se incluem os dirigentes do Banco do

    Brasil.

    - Mas Carlos, porque eu tenho que saber sobre o cdigo de

    conduta dos dirigentes do BB se eu vou comear como escriturrio?

    - R.: Simples: porque o cdigo rege o comportamento esperado para

    a alta direo, mas tal comportamento dever servir de base para todos os

    outros servidores (e funcionrios) do setor pblico.

    Para entender bem o porqu de um cdigo de conduta deste tipo,

    vale a pena conhecermos a exposio de motivos enviada pelo ento Ministro

    da Casa Civil Pedro Parente, ao Presidente Fernando Henrique Cardoso,

    explicando a necessidade da aprovao do referido cdigo. Apresento a seguir

    o texto, com alguns destaques feitos por mim sobre pontos mais importantes

    para sua compreenso:

    EXPOSIO DE MOTIVOS N 37, DE 18.8.2000

    APROVADO EM 21.8.2000

    Excelentssimo Senhor Presidente da Repblica,

    Submeto elevada considerao de VossaExcelncia a anexa proposta de Cdigo de Conduta da Alta

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    Administrao Federal, elaborado tendo em conta ostrabalhos e a importante contribuio da Comisso de ticaPblica - CEP, criada pelo Decreto de 26 de maio de 1999,que, por seus ilustres membros, os Drs. Joo Geraldo PiquetCarneiro, que a preside, Clio Borja, Celina Vargas do Amaral

    Peixoto, Lourdes Sola, Miguel Reale Jnior e Roberto Teixeirada Costa, prestou os mais relevantes e inestimveis serviosno desenvolvimento do tema.

    Este Cdigo, antes de tudo, valer comocompromisso moral das autoridades integrantes da AltaAdministrao Federal com o Chefe de Governo,proporcionando elevado padro de comportamento ticocapaz de assegurar, em todos os casos, a lisura e atransparncia dos atos praticados na conduo da coisapblica.

    A conduta dessas autoridades, ocupantes dos maiselevados postos da estrutura do Estado, servir comoexemplo a ser seguido pelos demais servidores pblicos, que,no obstante sujeitos s diversas normas fixadoras decondutas exigveis, tais como o Estatuto do Servidor PblicoCivil, a Lei de Improbidade e o prprio Cdigo PenalBrasileiro, alm de outras de menor hierarquia, ainda assim,sempre se sentiro estimulados por demonstraes eexemplos de seus superiores.

    Alm disso, de notar que a insatisfao socialcom a conduta tica do governo Executivo, Legislativo eJudicirio no um fenmeno exclusivamente brasileiro ecircunstancial. De modo geral, todos os pases democrticosdesenvolvidos, conforme demonstrado em recente estudo daOrganizao para Cooperao e Desenvolvimento Econmico- OCDE, enfrentam o crescente ceticismo da opinio pblica arespeito do comportamento dos administradores pblicos eda classe poltica. Essa tendncia parece estar ligadaprincipalmente a mudanas estruturais do papel do Estadocomo regulador da atividade econmica e como poderconcedente da explorao, por particulares, de servios

    pblicos antes sob regime de monoplio estatal.

    Em conseqncia, o setor pblico passou adepender cada vez mais do recrutamento de profissionaisoriundos do setor privado, o que exacerbou a possibilidadede conflito de interesses e a necessidade de maior controlesobre as atividades privadas do administrador pblico.

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    Nesse novo cenrio, natural que a expectativa dasociedade a respeito da conduta do administrador pblico setenha tornado mais exigente. E est claro que maisimportante do que investigar as causas da insatisfao social reconhecer que ela existe e se trata de uma questo

    poltica intimamente associada ao processo de mudanacultural, econmica e administrativa que o Pas e o mundoatravessam.

    A resposta ao anseio por uma administraopblica orientada por valores ticos no se esgota naaprovao de leis mais rigorosas, at porque leis e decretosem vigor j dispem abundantemente sobre a conduta doservidor pblico, porm, em termos genricos ou ento apartir de uma tica apenas penal.

    Na realidade, grande parte das atuais questesticas surge na zona cinzenta cada vez mais ampla quesepara o interesse pblico do interesse privado. Taisquestes, em geral, no configuram violao de norma legalmas, sim, desvio de conduta tica. Como esses desvios noso passveis de punio especfica, a sociedade passa a tera sensao de impunidade, que alimenta o ceticismo arespeito da licitude do processo decisrio governamental.

    Por essa razo, o aperfeioamento da condutatica do servidor pblico no uma questo a ser enfrentadamediante proposio de mais um texto legislativo, que crienovas hipteses de delito administrativo. Ao contrrio, esseaperfeioamento decorrer da explicitao de regras clarasde comportamento e do desenvolvimento de uma estratgiaespecfica para sua implementao.

    Na formulao dessa estratgia, partiu-se dopressuposto de que a base tica do funcionalismo de carreira estruturalmente slida, pois deriva de valores tradicionaisda classe mdia, onde ele recrutado. Rejeita-se, portanto,o diagnstico de que se est diante de um problema"endmico" de corrupo, eis que essa viso, alm de

    equivocada, injusta e contraproducente, sendo capaz decausar a alienao do funcionalismo do esforo deaperfeioamento que a sociedade est a exigir.

    Dessa forma, o ponto de partida foi a tentativa deprevenir condutas incompatveis com o padro ticoalmejado para o servio pblico, tendo em vista que, na

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    prtica, a represso nem sempre muito eficaz. Assim,reputa-se fundamental identificar as reas da administraopblica em que tais condutas podem ocorrer com maiorfreqncia e dar-lhes tratamento especfico.

    Essa tarefa de envergadura deve ter incio pelonvel mais alto da Administrao ministros de estado,secretrios-executivos, diretores de empresas estatais e dergos reguladores que detem poder decisrio. Uma vezassegurado o cumprimento do Cdigo de Conduta peloprimeiro escalo do governo, o trabalho de difuso das novasregras nas demais esferas da administrao por certo ficarfacilitado.

    Outro objetivo que o Cdigo de Condutaconstitua fator de segurana do administrador pblico,norteando o seu comportamento enquanto no cargo eprotegendo-o de acusaes infundadas. Na ausncia deregras claras e prticas de conduta, corre-se o risco de inibiro cidado honesto de aceitar cargo pblico de relevo.

    Alm disso, buscou-se criar mecanismo gil deformulao dessas regras e de sua difuso e fiscalizao,alm de uma instncia qual os administradores possamrecorrer em caso de dvida e de apurao de transgresses no caso, a Comisso de tica Pblica.

    Na verdade, o Cdigo trata de um conjunto de

    normas s quais se sujeitam as pessoas nomeadas peloPresidente da Repblica para ocupar qualquer dos cargosnele previstos, sendo certo que a transgresso dessasnormas no implicar, necessariamente, violao de lei, mas,principalmente, descumprimento de um compromisso morale dos padres qualitativos estabelecidos para a conduta daAlta Administrao. Em conseqncia, a punioprevista de carter poltico: advertncia e "censura tica".Almdisso, prevista a sugesto de exonerao, dependendoda gravidade da transgresso.

    A linguagem do Cdigo simples e acessvel,evitando-se termos jurdicos excessivamente tcnicos. Oobjetivo assegurar a clareza das regras de conduta doadministrador, de modo que a sociedade possa sobre elasexercer o controle inerente ao regime democrtico.

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    Alm de comportar-se de acordo com as normasestipuladas, o Cdigo exige que o administrador observeo decoro inerente ao cargo. Ou seja, no basta sertico; necessrio tambm parecer tico, em sinal derespeito sociedade.

    A medida proposta visa a melhoria qualitativa dospadres de conduta da Alta Administrao, de modo que estaExposio de Motivos, uma vez aprovada, juntamente com oanexo Cdigo de Conduta da Alta Administrao Federal,poder informar a atuao das altas autoridades federais,permitindo-me sugerir a publicao de ambos os textos, paraimediato conhecimento e aplicao.

    Estas, Excelentssimo Senhor Presidente daRepblica, as razes que fundamentam a proposta que orasubmeto elevada considerao de Vossa Excelncia.

    Respeitosamente,

    PEDRO PARENTE

    Chefe da Casa Civil da Presidncia da Repblica

    - A mensagem do Ministro Pedro Parente ao Presidente Fernando

    Henrique bem interessante, no pessoal? Voc percebeu as vriaspreocupaes no s quanto criao de princpios para guiar o

    comportamento da alta administrao e dos servidores pblicos, mas tambm

    com a proteo do administrador pblico honesto que, em algumas situaes

    no saberia como agir!?

    Pois esse o papel do Cdigo de Conduta que estamos estudando:

    nortear a conduta tica do administrador pblico nas chamadas zonas

    cinzentas onde se est dentro da lei, mas h dvidas sobre se a atuao

    deveria pautar-se de uma maneira ou de outra.

    Outro ponto importante que destaquei na Mensagem: o

    descumprimento do Cdigo de Conduta no levar, por si s, a uma

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    punio jurdica, exonerao, priso, etc. Para isso, existem leis e normas

    que regem o comportamento do administrador pblico. O descumprimento do

    cdigo pode levar a punies polticas:

    1. Advertncia;2. Censura tica;3. Sugesto de exonerao (concomitante com uma das

    punies acima).

    - E que comportamento esse que se espera da alta

    administrao pblica, Prof. Carlos?

    - R.: o que previsto no cdigo, pessoal!

    Apresento a vocs as disposies do Cdigo de Conduta da Alta

    Administrao Pblica Federal em sua integra, destacando pontos de especial

    relevncia para seu estudo:

    CDIGO DE CONDUTA DA ALTAADMINISTRAO FEDERAL

    Art. 1o Fica institudo o Cdigo de Conduta da AltaAdministrao Federal, com as seguintes finalidades:

    I - tornar claras as regras ticas de conduta dasautoridades da alta Administrao Pblica Federal, para quea sociedade possa aferir a integridade e a lisura do processodecisrio governamental;

    II - contribuir para o aperfeioamento dos padresticos da Administrao Pblica Federal, a partir do exemplodado pelas autoridades de nvel hierrquico superior;

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    III - preservar a imagem e a reputao doadministrador pblico, cuja conduta esteja de acordo com asnormas ticas estabelecidas neste Cdigo;

    IV - estabelecer regras bsicas sobre conflitos de

    interesses pblicos e privados e limitaes s atividadesprofissionais posteriores ao exerccio de cargo pblico;

    V - minimizar a possibilidade de conflito entre ointeresse privado e o dever funcional das autoridadespblicas da Administrao Pblica Federal;

    VI - criar mecanismo de consulta, destinado apossibilitar o prvio e pronto esclarecimento de dvidasquanto conduta tica do administrador.

    O pargrafo primeiro, mostrado acima, elenca os objetivos do cdigo

    de conduta. Como voc est estudando para concurso, memorizar os termos

    principais que destaquei pode ser uma boa ideia!

    O Cdigo continua esclarecendo para quem ele deve ser considerado

    aplicvel:

    Art. 2o As normas deste Cdigo aplicam-se sseguintes autoridades pblicas:

    I - Ministros e Secretrios de Estado;

    II - titulares de cargos de natureza especial,secretrios-executivos, secretrios ou autoridadesequivalentes ocupantes de cargo do Grupo-Direo eAssessoramento Superiores - DAS, nvel seis;

    III - presidentes e diretores de agncias nacionais,autarquias, inclusive as especiais, fundaes mantidas peloPoder Pblico, empresas pblicas e sociedades deeconomia mista.

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    Como eu j havia dito para vocs, o Cdigo aplicvel aos

    presidentes e diretores de sociedades de economia mista, ou seja, nesses

    nveis que ele se aplica ao Banco do Brasil (apesar de servir tambm como

    modelo de comportamento a ser seguido pelos demais funcionrios).

    Continuando...

    Art. 3o No exerccio de suas funes, as autoridadespblicas devero pautar-se pelos padres da tica, sobretudono que diz respeito integridade, moralidade, clareza deposies e ao decoro, com vistas a motivar o respeito e aconfiana do pblico em geral.

    Pargrafo nico. Os padres ticos de que trataeste artigo so exigidos da autoridade pblica na relaoentre suas atividades pblicas e privadas, de modo aprevenir eventuais conflitos de interesses.

    Importante destacar, do Art. 3, que os padres ticos esperados dos

    integrantes da alta administrao pblica esto ligados relao entre suas

    atividades pblicas e privadas! Afinal de contas os altos administradores

    pblicos continuam tendo uma vida privada, no mesmo?

    Continuando, o Cdigo traz importantes colocaes sobre o

    patrimnio das pessoas que ocupam altos cargos na administrao publica

    federal:

    Art. 4o Alm da declarao de bens e rendas deque trata a Lei no 8.730, de 10 de novembro de 1993, aautoridade pblica, no prazo de dez dias contados de suaposse, enviar Comisso de tica Pblica - CEP, criadapelo Decreto de 26 de maio de 1999, publicado no DirioOficial da Unio do dia 27 subseqente, na forma por ela

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    estabelecida, informaes sobre sua situao patrimonialque, real ou potencialmente, possa suscitar conflito com ointeresse pblico, indicando o modo pelo qual ir evit-lo.

    Art. 5o As alteraes relevantes no patrimnio da

    autoridade pblica devero ser imediatamente comunicadas CEP, especialmente quando se tratar de:

    I - atos de gesto patrimonial que envolvam:

    a) transferncia de bens a cnjuge, ascendente,descendente ou parente na linha colateral;

    b) aquisio, direta ou indireta, do controle deempresa; ou

    c) outras alteraes significativas ou relevantes novalor ou na natureza do patrimnio;

    II - atos de gesto de bens, cujo valor possa sersubstancialmente alterado por deciso ou polticagovernamental. (Redao dada pela Exm n 360, de17.9.2001)

    1o vedado o investimento em bens cujo valorou cotao possa ser afetado por deciso ou polticagovernamental a respeito da qual a autoridade pblica tenhainformaes privilegiadas, em razo do cargo ou funo,

    inclusive investimentos de renda varivel ou emcommodities, contratos futuros e moedas para fimespeculativo, excetuadas aplicaes em modalidades deinvestimento que a CEP venha a especificar. (Redao dadapela Exm n 360, de 17.9.2001)

    2o Em caso de dvida, a CEP poder solicitarinformaes adicionais e esclarecimentos sobre alteraespatrimoniais a ela comunicadas pela autoridade pblica ouque, por qualquer outro meio, cheguem ao seuconhecimento. (Redao dada pela Exm n 360, de

    17.9.2001)

    3o A autoridade pblica poder consultarpreviamente a CEP a respeito de ato especfico de gesto debens que pretenda realizar. (Pargrafo includo pela Exm n360, de 17.9.2001)

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    4o A fim de preservar o carter sigiloso dasinformaes pertinentes situao patrimonial da autoridadepblica, as comunicaes e consultas, aps serem conferidase respondidas, sero acondicionadas em envelope lacrado,que somente poder ser aberto por determinao da

    Comisso. (Pargrafo includo pela Exm n 360, de17.9.2001)

    Art. 6o A autoridade pblica que mantiverparticipao superior a cinco por cento do capital desociedade de economia mista, de instituio financeira, ou deempresa que negocie com o Poder Pblico, tornar pblicoeste fato.

    So muitas disposies sobre o patrimnio, no ?! Mas perceba que,em essncia, o Cdigo afirma que o alto administrador pblico, alm de

    apresentar declarao de bens e rendas, no poder realizar negcios que o

    beneficiem em funo do cargo, para isso dever comear por informar sua

    situao patrimonial potencialmente causadora de conflito de interesse at 10

    dias depois da posse!

    Alm disso, alteraes relevantes no patrimnio devero ser

    informadas imediatamente! Isso para evitar situaes em que oadministrador pblico se beneficie de sua situao pblica para lucrar com seus

    negcios privados.

    Imaginem que um Diretor do Banco do Brasil soubesse, em razo do

    seu cargo, que o Governo ir financiar a expanso agrcola em determinada

    regio do pas. Isso certamente valorizaria as fazendas da regio, certo? Agora

    imagine que o referido diretor, de posse dessas informaes, resolvesse

    comprar fazendas para lucrar com essa informao. Esse tipo de

    comportamento seria muito errado, de acordo com o Cdigo de Conduta!

    Para evitar que um ocupante de cargo na alta administrao pblica

    simplesmente se esquea de fazer esse tipo de consulta ou resolva

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    mascarar seu patrimnio, transferindo-o para pessoas de sua famlia, o

    Cdigo de Conduta estabelece que a movimentao de bens entre membros da

    famlia, a aquisio de controle de empresa e outras alteraes patrimoniais

    relevantes devero ser informadas Comisso de tica Pblica.

    Outro ponto que deve ser destacado que a alta autoridade

    deve tornar pblica a participao superior a 5%em:

    1.Sociedades de economia mista2.Instituies financeiras3.Empresa que negocie com o Poder Pblico.

    - E por que isso, pessoal?!

    Porque nesses casos haveria grande probabilidade de conflito de

    interesses pblicos e privados do administrador, j que a alta autoridade

    pblica poderia influenciar decises ou passar informaes privilegiadas do

    poder pblico para que sua empresa pudesse obter maiores lucros!

    O cdigo de conduta continua falando sobre a possibilidade de outros

    trabalhos, recebimento de salrios, benefcios ou presentes pelos membros daalta administrao pblica:

    Art. 7o A autoridade pblica no poder recebersalrio ou qualquer outra remunerao de fonte privada emdesacordo com a lei, nem receber transporte, hospedagemou quaisquer favores de particulares de forma a permitirsituao que possa gerar dvida sobre a sua probidade ou

    honorabilidade.

    Pargrafo nico. permitida a participao emseminrios, congressos e eventos semelhantes, desde quetornada pblica eventual remunerao, bem como opagamento das despesas de viagem pelo promotor do

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    a. Objetos sem valor comercial;b. Com valor abaixo de R$100,00 e que seja cortesia,

    propaganda ou divulgao;

    Sobre o relacionamento da autoridade com outras, o cdigo

    estabelece as condutas esperadas:

    Art. 10. No relacionamento com outros rgos efuncionrios da Administrao, a autoridade pblica dever

    esclarecer a existncia de eventual conflito de interesses,bem como comunicar qualquer circunstncia ou fatoimpeditivo de sua participao em deciso coletiva ou emrgo colegiado.

    Art. 11. As divergncias entre autoridades pblicassero resolvidas internamente, mediante coordenaoadministrativa, no lhes cabendo manifestar-se publicamentesobre matria que no seja afeta a sua rea de competncia.

    Art. 12. vedado autoridade pblica opinar

    publicamente a respeito:I - da honorabilidade e do desempenho funcional de

    outra autoridade pblica federal; e

    II - do mrito de questo que lhe ser submetida,para deciso individual ou em rgo colegiado.

    Voc j imaginou um ministro falando publicamente que o outro

    incompetente ou desonrado!? Viraria uma baguna, no !?

    Ou pior ainda: imaginem o Presidente do Banco do Brasil indo a

    pblico e dando sua opinio sobre algo que ter que decidir nos prximos dias,

    antes mesmo de tomar a deciso. Neste caso, ele poderia desestabilizar os

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    oficial direto e relevante nos seis meses anteriores exonerao;

    II - no intervir, em benefcio ou em nome depessoa fsica ou jurdica, junto a rgo ou entidade da

    Administrao Pblica Federal com que tenha tidorelacionamento oficial direto e relevante nos seis mesesanteriores exonerao.

    Art. 16. Para facilitar o cumprimento das normasprevistas neste Cdigo, a CEP informar autoridade pblicaas obrigaes decorrentes da aceitao de trabalho no setorprivado aps o seu desligamento do cargo ou funo.

    Os artigos 13 a 16 esto focados sobre as possibilidades futuras. Deforma geral, os ocupantes de cargos pblicos relevantes devero informar

    caso receberem propostas para trabalhos futuros e isso dever ser feito

    imediatamente quando de seu recebimento!

    Alm disso, haver um prazo de quarentena de quatro meses no

    qual eles no podero ocupar cargo potencialmente conflitante com o seu

    cargo pblico anterior.

    Deve-se lembrar que a Comisso de tica Pblica ir informar

    autoridade sobre suas obrigaes em relao a empregos no setor privado

    aps o seu desligamento.

    Recomendo que deem uma olhada nas possibilidades previstas no

    Art. 14 e 15, pois as bancas costumam usar informaes como essas para

    preparar exemplos e colocar na prova!

    O Cdigo de Conduta segue com a explicitao das consequncias de

    sua violao:

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    Art. 17. A violao das normas estipuladas nesteCdigo acarretar, conforme sua gravidade, as seguintesprovidncias:

    I - advertncia, aplicvel s autoridades no

    exerccio do cargo;II - censura tica, aplicvel s autoridades que j

    tiverem deixado o cargo.

    Pargrafo nico. As sanes previstas neste artigosero aplicadas pela CEP, que, conforme o caso, poderencaminhar sugesto de demisso autoridadehierarquicamente superior.

    Art. 18. O processo de apurao de prtica de atoem desrespeito ao preceituado neste Cdigo ser instauradopela CEP, de ofcio ou em razo de denncia fundamentada,desde que haja indcios suficientes.

    1o A autoridade pblica ser oficiada paramanifestar-se no prazo de cinco dias.

    2o O eventual denunciante, a prpria autoridadepblica, bem assim a CEP, de ofcio, podero produzir provadocumental.

    3o A CEP poder promover as diligncias que

    considerar necessrias, bem assim solicitar parecer deespecialista quando julgar imprescindvel.

    4o Concludas as diligncias mencionadas nopargrafo anterior, a CEP oficiar a autoridade pblica paranova manifestao, no prazo de trs dias.

    5o Se a CEP concluir pela procedncia dadenncia, adotar uma das penalidades previstas no artigoanterior, com comunicao ao denunciado e ao seu superiorhierrquico.

    Para o concurso, os pontos mais provveis da banca elaborar

    questes so:

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    Advertncia= aplicvel s autoridades em exerccio. Censura tica = aplicvel s autoridades que j tiverem

    deixado o cargo.

    Sugesto de demissopoder ser feita, concomitantementea uma das duas providncias mencionadas acima;

    Prazos:o Manifestao inicialda autoridade: 5 diaso Nova manifestao aps as diligncias da CEP: 3

    dias.

    Por fim, o Cdigo de Conduta traz tona a possibilidade de edio de

    novas normas ou da interpretao ou orientao com base nas normas j

    existentes:

    Art. 19. A CEP, se entender necessrio, poderfazer recomendaes ou sugerir ao Presidente da Repblicanormas complementares, interpretativas e orientadoras dasdisposies deste Cdigo, bem assim responder sconsultas formuladas por autoridades pblicas sobre

    situaes especficas.

    isto ai, pessoal. Vamos agora para o ltimo assunto de nossa

    aula de hoje: gesto da sustentabilidade.

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    6. Gesto da sustentabilidade.Como j vimos, o paradigma que estabelecia que as empresas

    deveriam se preocupar apenas com o seu lucro e deixar que todo o resto da

    sociedade buscasse o bem social e ambiental j no faz mais sentido.

    Hoje em dia, as organizaes, alm de buscar seu lucro, devem

    tambm agir de maneira tica, preocupando-se tambm com os interesses de

    stakeholdersque vo alm do acionista: os clientes, fornecedores, parceiros,

    governo, sociedade e comunidade.

    Mais do que isso, as organizaes devem se preocupar tambm com o

    meio ambiente que as envolve, pois se o meio ambiente se deteriorar comoconsequncia das aes organizacionais, isto poder se reverter contra ela de

    diversas formas, como por meio de insumos mais caros e raros.

    Neste sentido, uma organizao sustentvel aquela que consegue se

    manter viva e lucrativa ao mesmo tempo em que mantm uma relao de

    equilbrio e no danosa ao ambiente e sociedade.

    Imaginem uma empresa moveleira que extraia madeira de umafloresta para produzir armrios sem a menor preocupao com o

    reflorestamento ou com a manuteno de um ecossistema saudvel na regio.

    Com o tempo, a floresta vai se transformando em deserto, os animais que

    espalhavam as sementes das rvores no encontram mais abrigo, tendendo a

    desaparecer. Sem animais para espalhar as sementes e sem um terreno

    propcio, novas rvores no crescem, e a prpria empresa no conseguir mais

    insumos para manter-se no mercado. Como consequncia de atitudes no

    sustentveis como esta, a prpria empresa tender a sumir do mercado com o

    tempo, no conseguindo sustentar sua prpria sobrevivncia! Mais do que

    isso: a prpria sociedade ficar sem dispor de novos mveis de madeira!

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    Vemos, com isto, que as organizaes devem agir de modo

    sustentvel em benefcio da sociedade, mas tambm da prpria organizao!

    Sobre este assunto, Chiavenato (2011, p.580), afirma que a

    sustentabilidade organizacional pode ser considerada uma atitude baseada emtrs pilares:

    1. Sustentabilidade econmica atravs de:a. Busca de eficincia para gerar resultados para

    proprietrios, acionistas, dirigentes, funcionrios,

    clientes, fornecedores e para a sociedade.2. Sustentabilidade social atravs de:

    a. Incentivos para a atitude consciente das pessoasque nela trabalham.

    b. Melhorias na comunidade onde est localizada eaes comunitrias no sentido de melhorar a

    qualidade de vida das pessoas.

    c.Adequao da remunerao e das condies detrabalho dos seus colaboradores.

    d. Busca de alternativas para a organizao se inserirem outras cadeias produtivas

    3. Sustentabilidade ambiental atravs de:a. Preservao do ecossistema e da biodiversidade.b. Reduo das perdas no processo produtivo atravs

    de medidas simples como organizao, limpeza,

    higiene, ordem e tcnicas de produo mais limpasa fim de incrementar ganho em eficincia, qualidade

    e reduo de custos.

    c. Reduo na emisso de resduos e de seudescartamento correto.

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    d. Reduo do consumo de gua e energia atravs douso consciente desses recursos.

    Perceba que Chiavenato (2011) estabelece trs focos para a

    sustentabilidade: econmico, social e ambiental.

    Gerir a sustentabilidade significa tomar atitudes na organizao que

    valorizem estes trs pontos e que incentivem o comportamento dos indivduos

    para que eles tambm sejam sustentveis, reduzindo a sua pegada ecolgica

    e social sobre o planeta.

    Assim, ser sustentvel nada mais do que assumir a responsabilidade

    pelo meio que cerca cada indivduo e organizao, buscando minimizar os

    impactos negativos de suas atividades e maximizar impactos positivos, para

    que tanto a organizao quanto a prpria sociedade humana possa sustentar

    sua existncia no longo prazo em nosso planeta.

    - Bem pessoal, com essa reflexo acabamos a teoria de nosso curso.

    Vamos agora ver algumas poucas questes comentadas sobre este assunto.

    Lembro que estou preparando um simulado com questes inditas no

    mesmo estilo e nvel de dificuldade da FCC para que vocs possam se

    preparar! Este ser o foco da prxima aula!

    Um abrao e boa continuao com os estudos!

    Prof. Carlos Xavier

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    7. Questes comentadas.1.(FCC/Nossa Caixa Desenvolvimento/Contador/2011) A

    respeito dos conceitos de tica, moral e virtude, correto

    afirmar:

    a) A vida tica realiza-se no modo de viver daqueles indviduos

    que no mantm relaes interpessoais.

    b) Etimologicamente, a palavra moral deriva do grego mos e

    significa comportamento, modo de ser, carter.

    c) Virtude deriva do latim virtus, que significa uma qualidadeprpria da natureza humana; significa, de modo geral, praticar

    o bem usando a liberdade com responsabilidade

    constantemente.

    d) A moral influenciada por vrios fatores como, sociais e

    histricos; todavia, no h diferena entre os conceitos morais

    de um grupo para outro.

    e) Compete moral chegar, por meio de investigaes

    cientficas, explicao de determinadas realidades sociais, ou

    seja, ela investiga o sentido que o homem d a suas aes para

    ser verdadeiramente feliz.

    Comentrio:

    Vamos analisar cada uma das alternativas:

    a) A vida tica realiza-se no modo de viver daqueles indviduos

    que no mantm relaes interpessoais.

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    Alternativa errada. A tica est ligada aos princpios pelos quais vive a

    humanidade, sendo relativamente estvel ao longo do tempo. No tem

    nenhuma relao com a alternativa.

    b) Etimologicamente, a palavra moral deriva do grego mos esignifica comportamento, modo de ser, carter.

    Alternativa errada. A moral est ligada aos costumes do ser humano

    aceitos por uma sociedade. No tem nada a ver com a alternativa.

    c) Virtude deriva do latim virtus, que significa uma qualidade

    prpria da natureza humana; significa, de modo geral, praticar

    o bem usando a liberdade com responsabilidadeconstantemente.

    Alternativa certa. Virtude deriva do latim e est ligada pratica do

    bem conforme os preceitos morais de uma sociedade. o que est dito na

    alternativa com outras palavras.

    d) A moral influenciada por vrios fatores como, sociais e

    histricos; todavia, no h diferena entre os conceitos moraisde um grupo para outro.

    Alternativa errada. Cada grupo (ou sociedade) pode possuir conceitos

    morais distintos. A tica que um conceito mais estvel no tempo e no

    espao.

    e) Compete moral chegar, por meio de investigaes

    cientficas, explicao de determinadas realidades sociais, ou

    seja, ela investiga o sentido que o homem d a suas aes para

    ser verdadeiramente feliz.

    A tica que busca utilizar o raciocnio para chegar aos princpios que

    devem guiar a vida do ser humano.

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    GABARITO: C.

    2.(FCC/Nossa Caixa Desenvolvimento/Contador/2011)Caio, que ocupa o cargo de Presidente de uma Empresa

    Pblica, opinou publicamente a respeito da

    honorabilidade e do desempenho funcional de uma

    autoridade pblica federal. Vale salientar que Caio

    continua no cargo pblico mencionado. O fato narrado

    acarretar

    a) a no imposio de qualquer sano, pois Caio no se sujeitas normas do Cdigo de Conduta da Alta Administrao Federal.

    b) a no imposio de qualquer sano, pois no caracteriza

    violao de norma do Cdigo de Conduta da Alta Administrao

    Federal.

    c) sano de censura tica.

    d) sano de advertncia.

    e) sano de multa.

    Comentrio:

    Essa fcil, no ?

    Caio, por ser presidente de empresa pblica est sujeito s normas do

    Cdigo de Conduta da Alta Administrao Pblica. Uma de suas normas afirma

    que estas autoridades no devero opinar publicamente sobre a honorabilidade

    e sobre o desempenho de outra autoridade portanto Caio infringiu esta

    norma.

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    No Cdigo de Conduta est previsto que se a autoridade infringente

    estiver no cargo estar sujeita a advertncia e se j o tiver deixado estar

    sujeita a censura tica.

    Como Caio continua no cargo, ele estar sujeito a censura tica.

    GABARITO: D.

    3.(FCC/Nossa Caixa Desenvolvimento/Contador/2011) Noque concerne conduta tica das autoridades pblicas,

    correto afirmar:

    a) Alm da declarao de bens e rendas, a autoridade pblica,

    no prazo de trinta dias contados de sua posse, enviar

    Comisso de tica Pblica informaes sobre sua situao

    patrimonial que, real ou potencialmente, possa suscitar conflito

    com o interesse pblico.

    b) Na ausncia de lei dispondo sobre prazo diverso, ser de

    quatro meses, contados da exonerao, o perodo de interdio

    para atividade incompatvel com o cargo anteriormente

    exercido.

    c) A autoridade pblica que tiver participao de trs por cento

    do capital de sociedade de economia mista dever tornar

    pblico este fato.

    d) permitido autoridade pblica o exerccio no remunerado

    do encargo de mandatrio, inclusive para a prtica de atos de

    comrcio.

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    e) vedada autoridade pblica a aceitao de presentes de

    autoridades estrangeiras nos casos protocolares em que houver

    reciprocidade.

    Comentrio:

    Vamos ver cada uma das alternativas:

    a) Alm da declarao de bens e rendas, a autoridade pblica,

    no prazo de trinta dias contados de sua posse, enviar

    Comisso de tica Pblica informaes sobre sua situao

    patrimonial que, real ou potencialmente, possa suscitar conflito

    com o interesse pblico.

    Alternativa errada. O prazo na verdade de dez dias contados a partir

    da posse e no trinta, como proposto pela alternativa.

    b) Na ausncia de lei dispondo sobre prazo diverso, ser de

    quatro meses, contados da exonerao, o perodo de interdio

    para atividade incompatvel com o cargo anteriormente

    exercido.

    Alternativa certa. exatamente isso, pessoal!

    c) A autoridade pblica que tiver participao de trs por cento

    do capital de sociedade de economia mista dever tornar

    pblico este fato.

    Alternativa errada. Para que tenha obrigao de tornar pblico o fato

    a participao dever ser superior a cinco por cento.

    d) permitido autoridade pblica o exerccio no remunerado

    do encargo de mandatrio, inclusive para a prtica de atos de

    comrcio.

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    Alternativa errada. De fato a autoridade pblica pode exercer o

    encargo de mandatrio de modo no remunerado, mas nunca para a prtica de

    atos de comrcio!

    e) vedada autoridade pblica a aceitao de presentes deautoridades estrangeiras nos casos protocolares em que houver

    reciprocidade.

    Alternativa errada. A autoridade pblica realmente no pode receber

    presentes. A exceo so os casos de presentes de autoridades estrangeiras

    em casos protocolares com reciprocidade. Nesses casos, permitido receber

    os presentes!

    GABARITO: B.

    4.(FCC/Nossa Caixa Desenvolvimento/Contador/2011) Oprocesso de apurao de prtica de ato em desrespeito

    ao preceituado no Cdigo de Conduta ser instaurado

    pela Comisso de tica Pblica (CEP), desde que hajaindcios suficientes. No processo administrativo em

    questo,

    a) se a CEP concluir pela procedncia da denncia, adotar uma

    das penalidades previstas no Cdigo, com comunicao apenas

    ao superior hierrquico do denunciado.

    b) a CEP no poder, de ofcio, produzir prova documental.

    c) no possvel a solicitao pela CEP, de parecer de

    especialista, ainda que julgue imprescindvel, tendo em vista a

    celeridade do procedimento.

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    d) concludas as diligncias necessrias, a CEP oficiar a

    autoridade pblica para nova manifestao, no prazo de cinco

    dias.

    e) a autoridade pblica ser oficiada para manifestar-se noprazo de cinco dias.

    Comentrio:

    Mais uma vez, vamos ver cada uma das alternativas:

    a) se a CEP concluir pela procedncia da denncia, adotar uma

    das penalidades previstas no Cdigo, com comunicao apenas

    ao superior hierrquico do denunciado.

    Alternativa errada. As penalidades so: advertncia e censura tica!

    No costa a penalidade prevista na questo.

    b) a CEP no poder, de ofcio, produzir prova documental.

    Alternativa errada. A Comisso de tica Pblica poder sim produzir

    provas documentais, de ofcio.

    c) no possvel a solicitao pela CEP, de parecer de

    especialista, ainda que julgue imprescindvel, tendo em vista a

    celeridade do procedimento.

    Alternativa errada. A CEP poder solicitar o referido parecer de

    especialista, sem problemas. Como poderia ser diferente? Voc imagina a

    Comisso tomando decises sem pareceres de especialistas simplesmente paraque possa tomar uma deciso rpida (e errada)? Mas ateno: o parecer s

    poder ser solicitado pela CEP se for imprescindvel!

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    d) concludas as diligncias necessrias, a CEP oficiar a

    autoridade pblica para nova manifestao, no prazo de cinco

    dias.

    Alternativa errada. A nova manifestao aps as diligncias da CEPser no prazo de trs dias. A manifestao inicial que ter prazo de cinco

    dias.

    e) a autoridade pblica ser oficiada para manifestar-se no

    prazo de cinco dias.

    Alternativa certa. exatamente isso!

    GABARITO: E.

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    8. Lista de Questes.1.(FCC/Nossa Caixa Desenvolvimento/Contador/2011) A

    respeito dos conceitos de tica, moral e virtude, correto

    afirmar:

    a) A vida tica realiza-se no modo de viver daqueles indviduos

    que no mantm relaes interpessoais.

    b) Etimologicamente, a palavra moral deriva do grego mos e

    significa comportamento, modo de ser, carter.

    c) Virtude deriva do latim virtus, que significa uma qualidadeprpria da natureza humana; significa, de modo geral, praticar

    o bem usando a liberdade com responsabilidade

    constantemente.

    d) A moral influenciada por vrios fatores como, sociais e

    histricos; todavia, no h diferena entre os conceitos morais

    de um grupo para outro.

    e) Compete moral chegar, por meio de investigaes

    cientficas, explicao de determinadas realidades sociais, ou

    seja, ela investiga o sentido que o homem d a suas aes para

    ser verdadeiramente feliz.

    2.(FCC/Nossa Caixa Desenvolvimento/Contador/2011)Caio, que ocupa o cargo de Presidente de uma Empresa

    Pblica, opinou publicamente a respeito da

    honorabilidade e do desempenho funcional de uma

    autoridade pblica federal. Vale salientar que Caio

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    continua no cargo pblico mencionado. O fato narrado

    acarretar

    a) a no imposio de qualquer sano, pois Caio no se sujeita

    s normas do Cdigo de Conduta da Alta Administrao Federal.

    b) a no imposio de qualquer sano, pois no caracteriza

    violao de norma do Cdigo de Conduta da Alta Administrao

    Federal.

    c) sano de censura tica.

    d) sano de advertncia.

    e) sano de multa.

    3.(FCC/Nossa Caixa Desenvolvimento/Contador/2011) Noque concerne conduta tica das autoridades pblicas,

    correto afirmar:

    a) Alm da declarao de bens e rendas, a autoridade pblica,

    no prazo de trinta dias contados de sua posse, enviar Comisso de tica Pblica informaes sobre sua situao

    patrimonial que, real ou potencialmente, possa suscitar conflito

    com o interesse pblico.

    b) Na ausncia de lei dispondo sobre prazo diverso, ser de

    quatro meses, contados da exonerao, o perodo de interdio

    para atividade incompatvel com o cargo anteriormente

    exercido.

    c) A autoridade pblica que tiver participao de trs por cento

    do capital de sociedade de economia mista dever tornar

    pblico este fato.

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    9. Gabarito.1-C

    2-D

    3-B

    4-E

    10.Bibliografia principal. CHIAVENATO, Idalberto. Introduo Teoria Geral da

    Administrao. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.

    Dicionrio Michaelis. Disponvel em: . Acessoem: 17 de novembro de 2012.

    LACOMBE, Francisco. Dicionrio de Negcios: mais de 6.000 termosem ingls e portugus. So Paulo: Saraiva, 2009.

    MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria geral da administrao: darevoluo urbana revoluo digital. 4 Ed. So Paulo: Atlas, 2004.