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Aula 04
Curso: Arquivologia p/ TRE-RO - Tcnico Judicirio (rea Administrativa)
Professor: Felipe Petrachini
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Noes de Arquivologia para TRE ROTeoria e exerccios comentados
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AULA 04Fundamentos Legais da Prtica Arquivstica
SUMRIO PGINA
Sumrio
5. Legislao Aplicvel aos Arquivos Pblicos ................................................ 1
5.1. Constituio Federal ............................................................................. 1
5.2. Lei 8.159 de Janeiro de 1991 e Decreto 4.073 de Janeiro de 2002 ...... 3
5.3. Decreto 4.915/2003 (Executivo Federal) ............................................... 9
5.4 Decreto 4.073/2002 (Executivo Federal).............................................. 13
5.5. Lei 5.433 de 1968, Decreto Federal 1.799 de 1996 e Resoluo
CONARQ n 10 ..................................................................................................... 16
5.6. Decreto 4553/2002 ............................................................................. 22
5.7. Lei 12.527 de 2011 (Lei de Acesso Informao) .............................. 22
Questes ComentadasResolues CONARQ........................................... 25
5. Legislao Aplicvel aos Arquivos Pblicos
5.1. Constituio Federal
Sim meus caros, nossa vasta e quase interminvel Carta Magna disse uma
palavrinha ou duas que o estudante de arquivologia deve tambm ouvir falar.
J aviso logo que no foi exatamente dos arquivos que a Constituio
Federal falou em seu texto, mas de algo muito caro s Democracias: a informao.
Informao, como quero acreditar que os Senhores ainda se recordam :P, a
parte intangvel do documento. a ideia fixada em suporte.
E quais artigos devemos conhecer? Eu ficaria com estes aqui:
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Art. 5 Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade
do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nos termos
seguintes:
[...]
XXXIII - todos tm direito a receberdos rgos pblicos informaesde
seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que sero prestadas
no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
seja imprescindvel segurana da sociedade e do Estado
Olha o lendrio artigo 5 aqui, diretamente das suas aulas de Direito
Constitucional.
De uma s vez, esta nao deixa claro que todos tm direito a receber
informaes dos rgos pblicos, mas tambm qualifica algumas informaes que,
por sua importncia, no devem ser franqueadas a este mesmo pblico. Neste
segundo caso, est presente a ideia de sigilo, j conhecida por vocs.
Caso seu professor de Constitucional no tenha sido suficientemente enftico
(porque tenho certeza de que ele falou o que direi agora), o direito informao diz
respeito ao seu prprio nariz, ou quilo que for da conta de todo mundo :P.
Voc tem direito de obter informaes que digam respeito a voc, e quelas
que digam respeito ao interesse coletivo ou geral. A princpio, voc NO tem
direito a informaes de interesses de terceiros, Salvo casos especficos, que
no dizem respeito ao nosso estudo aqui.
O segundo artigo que considero importante est perdido quase l no fim da
Constituio Federal, e mesmo assim, no todo ele que nos interessa:
Art. 216. Constituem patrimnio cultural brasileiroos bens de natureza
material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de
referncia identidade, ao, memria dos diferentes grupos formadores da
sociedade brasileira, nos quais se incluem:
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[...]
2 - Cabem administrao pblica, na forma da lei, a gesto da
documentaogovernamentale as providncias para franquear sua consulta a
quantos dela necessitem.
Fui obrigado a transcrever o artigo 216, mas o que realmente nos importa
aqui o pargrafo 2 daquele artigo. Nesta parte, a Constituio prev a criao de
um diploma legal que discipline a gesto de documentos dentro dos rgos
pblicos.
Com esta deixa, passamos ao captulo seguinte, que possui a lei mais
importante do nosso curso.
5.2. Lei 8.159 de Janeiro de 1991 e Decreto 4.073 de Janeiro
de 2002
Meu caro, se seu tempo estiver curto e voc s puder ler uma lei, leia a Lei
8.159/1991. Ela , de longe, a lei mais importante do curso, sendo o alfa e o mega
de tudo, tudo, tudo mesmo que aprendemos sobre arquivologia e arquivstica ao
longo do curso.
A verso completa da lei tem 28 artigos, dos quais trs deles encontram-se
revogados pela Lei 12.527/2011 (artigos 22 a 24).
O link dela est aqui: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2011/lei/l12527.htm
Fiquei aqui pensando em como passar o contedo sem ser maante.Cheguei a duas concluses: no vou reproduzir integralmente a legislao, para no
tornar o PDF cansativo, e, como recebi inmeras crticas positivas quanto ao uso e
abuso da palheta de cores do Microsoft Word, vou colorir a legislao, nas partes
em que vocs devem ter mais ateno.
Olha s como no difcil.
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Conforme o prprio prembulo da lei, esta Dispe sobre a poltica
nacional de arquivos pblicos e privados e d outras providncias.
A razo de estarmos aqui portanto :P.
Vamos aos principais artigos:
Art. 2 - Consideram-se arquivos, para os fins desta Lei, os conjuntosde
documentos produzidos e recebidos por rgos pblicos, instituies de
carter pblico e entidades privadas, em decorrncia do exerccio de
atividades especficas, bem como por pessoa fsica, qualquer que seja o suporte
da informao ou a natureza dos documentos.
Olha s meu filho, tudo que eu venho repetindo, constantemente, aula aps
aula. Seu querido professor no infernizou voc este tempo todo inutilmente. O
artigo 2 define, em todo seu esplendor e glria, o que um arquivo.
E o prximo artigo ainda melhor:
Art. 3 Considera-se gesto de documentos o conjunto de procedimentos
e operaes tcnicas referentes sua produo, tramitao, uso, avaliaoearquivamento em fase corrente e intermediria, visando a sua eliminao ou
recolhimento para guarda permanente.
O tio no s j comentou esse artigo, como escreveu um captulo inteiro
sobre ele. Pode conferir a aula 02 de novo, que est l, com as mesmas cores e
detalhes. E cai em prova. Direto!
Seguindo. Lembra do nosso artigo 5, inciso XXXIII? Embora ele tenha sido jbastante enftico, a Lei 8159 no perdeu a oportunidade de reproduzi-lo. A
informao do artigo 4 desta lei corresponde mesma ideia daquele inciso. Veja
s:
Art. 4 - Todos tm direito a receberdos rgos pblicos informaesde
seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, contidas em
documentos de arquivos, que sero prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujos sigilo seja imprescindvel
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segurana da sociedade e do Estado, bem como inviolabilidade da
intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas.
Novidade: A Lei trata de documentos, e assim sendo, normal que
adequasse a redao do inciso ao objeto que busca regulamentar. Tambm
especificou as hipteses de sigilo com um pouco mais de detalhamento, mas, de
resto, a mesma coisa :P.
Depois deste, temos alguns artigos menos nobres, que dispensarei a
reproduo :P.
Seguindo em frente.
Art. 7 - Os arquivos pblicos so os conjuntos de documentos
produzidos e recebidos, no exerccio de suas atividades, por rgos pblicos
de mbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipalem decorrncia de
suas funes administrativas, legislativas e judicirias. Regulamento
1 - So tambm pblicosos conjuntos de documentos produzidos
e recebidos por instituies de carter pblico, por entidades privadas
encarregadas da gesto de servios pblicosno exerccio de suas atividades.
2 - A cessao de atividadesde instituies pblicas e de carter
pblico implica o recolhimento de sua documentao instituio arquivstica
pblicaou a sua transferncia instituio sucessora.
O artigo 7, de novo, a consagrao de todo o nosso curso. Arquivo,
qualquer que seja, o conjunto de documentos produzidos e recebidos no
exerccio das atividades de determinada entidade. Assim sendo, arquivo
pblico o conjunto de documentos produzidos e recebidos por rgos
pblicos. Simples assim :P.
O pargrafo 1 chama a ateno a uma particularidade j cobrada em prova:
documentos de instituies privadas podem tambm compor o que se chama de
arquivo pblico, nas hipteses nele previstas.
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E o pargrafo 2 tambm j foi cobrado em prova. Ele trata de uma situao
especfica de encerramento de atividades de determinada instituio pblica.
S para ficar bem claro:
A cessao de atividadesde instituies pblicas e de carter pblico
Implica
recolhimento de sua documentao instituio arquivstica pblica
ou
sua transferncia instituio sucessora
E como saberemos qual dos dois procedimentos tomar? A existncia de uma
instituio sucessora, que venha a exercer as atividades da entidade original.
Alis, este caso particularmente curioso. De acordo com o princpio da
provenincia, dois fundos de arquivo diferentes no podem ser misturados, e este
o princpio mais importante da arquivstica. Ainda assim, em caso de sucesso,
pode ser que a instituio sucessora se veja servida agora dos documentos do
fundo que sucedeu, e com o seu acervo prprio. O que fazer? Vou dizer a vocs o
que NO FAZER: estes fundos no devem ser misturados. So dois fundos de
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arquivo totalmente independentes, que devero ser mantidos pela instituio
exatamente desta forma.
Olha outro artigo j amplamente estudado na Aula 02:
Art. 8 - Os documentos pblicos so identificados como correntes, intermedirios
e permanentes. 1 - Consideram-se documentos correntes aqueles em curso ou que,
mesmo sem movimentao, constituam objeto de consultas freqentes. 2 - Consideram-se documentos intermedirios aqueles que, no sendo
de uso corrente nos rgos produtores, por razes de interesse administrativo,
aguardam a sua eliminao ou recolhimento para guarda permanente. 3 - Consideram-se permanentes os conjuntos de documentos de valor
histrico, probatrio e informativo que devem ser definitivamente preservados.(grifos nossos, o Planalto no costuma utilizar cores nos diplomas legais :P)No preciso repetir o que foi dito em aula n? Espero que no :P
Passando adiante, temos o querido artigo 10:
Art. 10 - Os documentos de valor permanente so inalienveis e
imprescritveis.
Todos termos familiares ao Direito Civil. Lembre-se que os documentos de
valor permanente jamais perdem esta caracterstica. Ns j falamos disso, e caso
voc no se lembre:
07. CESPE 2012 ANATEL - Os documentos de valor permanente,
consoante legislao, no devem ser eliminados ou alienados.
Comentrios: Item correto. Os documentos permanentes nunca podem ser
eliminados, nem alienados (vendidos). o que nos diz o art. 10 da lei art. 8.159/91:
Art. 10 - Os documentos de valor permanente so inalienveis e
imprescritveis.
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Lembre-se que os documentos permanentes possuem valor histrico, no
sendo mais propriedade (tecnicamente, no esto mais sob a custdia) da
instituio de origem, constituindo patrimnio histrico da nao.
O artigo 12 bom que vocs apenas conheam, pois fonte inesgotvel de
cascas de banana para concurseiros incautos:
Art. 12 - Os arquivos privados podem ser identificados pelo Poder
Pblico como de interesse pblico e social, desde que sejam considerados como
conjuntos de fontes relevantes para a histria e desenvolvimento cientfico
nacional.
Antes de adentrarmos s disposies finais da lei, temos os artigos 18, 19 e
20 da Lei 8159:
Art. 18 - Compete ao Arquivo Nacional a gesto e o recolhimento dos
documentos produzidos e recebidos pelo Poder Executivo Federal, bem como
preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda, e acompanhar e
implementar a poltica nacional de arquivos.
Pargrafo nico - Para o pleno exerccio de suas funes, o Arquivo
Nacional poder criar unidades regionais.
Art. 19 - Competem aos arquivos do Poder Legislativo Federal a gesto
e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Legislativo
Federal no exerccio das suas funes, bem como preservar e facultar o acesso aos
documentos sob sua guarda.
Art. 20 - Competem aos arquivos do Poder Judicirio Federal a gesto e
o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Judicirio
Federal no exerccio de suas funes, tramitados em juzo e oriundos de cartrios e
secretarias, bem como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua
guarda.
Preste ateno (nunca se sabe quando poder ser cobrado :P) que o
Executivo Federal tem um rgo prprio para cuidar dos documentos por eleproduzidos e recebidos no desempenho de suas atividades: o Arquivo Nacional.
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Quanto aos demais poderes, a lei cuida apenas de conceder-lhes
competncia para gerir seus documentos da maneira que melhor lhes aprouver.
Pois bem, o prximo passo da aula seria falar dos artigos 23, 24 e 25.
Felizmente, seu professor, como o bacharel em direito e advogado recusado pela
OAB, em virtude do artigo 28, inciso VII da Lei 8906 de 1994, sabe que estes artigos
foram revogados.
A parte interessante deles tratava sobre sigilo de documentos. Tudo isso ser
visto quando falarmos da Lei 12.527 de 2011, na parte que nos interessar.
E para terminar:
Art. 26 - Fica criado o Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ), rgo
vinculado ao Arquivo Nacional, que definir a poltica nacional de arquivos,
como rgo central de um Sistema Nacional de Arquivos (SINAR).
O CONARQ est inserido dentro de um sistema maior, chamado SINAR.
Cabe ao SINAR implementar a racionalizao das atividades arquivsticas, de forma
a garantir a integridade do ciclo documental, sendo o CONARQ seu rgo central.
5.3. Decreto 4.915/2003 (Executivo Federal)
Meu amigo, voc est indo para o Executivo Federal. Posso dizer, por
experincia prpria, que este o poder que mais adora editar decretos, instrues
normativas e ordens de servio interpretando e regulamentando a legislao
existente.
Este Decreto, que normalmente no visto em outros cursos, tem bastantechance de ser exigido na sua prova. Atravs do Decreto 4915/2013, conforme seu
prprio prembulo, buscou-se regulamentar o disposto no art. 30 doDecreto-Lei
200, de 25 de fevereiro de 1967, no art. 18 da Lei 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e
no Decreto no 4.073, de 3 de janeiro de 2002.
Pela ordem:
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- O Decreto-Lei 200dispe sobre a Administrao Pblica Federal e existe
desde os tempos em que o tio Hely Lopes Meireles ainda era vivo.
frequentemente estudado em Direito Administrativo e Administrao Pblica, e s
apareceu no texto da lei porque uma lei que dispe sobre procedimentos a seremadotados dentro do Executivo Federal.
O Decreto 4.073 trata especificamente do CONARQ. J falamos dele, e
falaremos do Decreto em breve.
E por fim, o art. 18 da Lei 8.159, trata da Gesto de Documentos dentro do
Executivo Federal, e de certo modo, a principal razo de ser do Decreto.
O que voc precisa saber? Acompanhe:
Art. 1o Ficam organizadas sob a forma de sistema, com a denominao
de Sistema de Gesto de Documentos de Arquivo - SIGA, as atividades de
gesto de documentos no mbito dos rgos e entidades da administrao pblica
federal.
O SIGA um sistema dedicado Gesto de Documentos na Administrao
Pblica Federal. Ele no exatamente uma entidade, mas composto por diversos
rgos, entre os quais velhos conhecidos, como o CONARQ. J chegaremos l.
O SIGA, como tudo que criado no servio pblico, seja um rgo, entidade,
ou mesmo um simples sistema, existe para atender a uma finalidade:
Art. 2o O SIGAtem por finalidade:
I - garantir ao cidado e aos rgos e entidades da administraopblica federal, de forma gil e segura, o acesso aos documentos de arquivo e s
informaes neles contidas, resguardados os aspectos de sigilo e as restries
administrativas ou legais;II - integrare coordenar as atividades de gesto de documentosde
arquivo desenvolvidas pelos rgos setoriais e seccionais que o integram;
III - disseminar normasrelativas gesto de documentos de arquivo;
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IV - racionalizara produoda documentao arquivstica pblica;V - racionalizar e reduzir os custos operacionais e de armazenagem da
documentao arquivstica pblica;
VI - preservar o patrimnio documental arquivstico da administrao
pblica federal;
VII - articular-se com os demais sistemas que atuam direta ou
indiretamente na gesto da informao pblica federal.
No tem muito segredo aqui. Tudo que o SIGA busca fazer aquilo que
vimos durante a aula, objetivos a serem alcanados pelo gestor do arquivo. H tantopreocupao com a disseminao da informao (mandamento de ordem
constitucional), como preocupaes mais mundanas, como a tentativa de
racionalizao da produo de documentos e custos.
Art. 3o Integramo SIGA:I - como rgo central, o Arquivo Nacional;
II - como rgos setoriais, as unidades responsveis pela
coordenao das atividades de gesto de documentos de arquivo nos
Ministriose rgosequivalentes;III - como rgos seccionais, as unidades vinculadasaos Ministrios
e rgos equivalentes.Vamos ver se d para facilitar a visualizao:
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No seu caso, a unidade dentro do seu rgo responsvel pela gesto de
documentos o rgo Setorial, e voc provavelmente trabalhar em um dos
inmeros rgos Seccionais (que seriam as outras unidades).
D uma lida descompromissada nos artigos 4 a 7 do Decreto. Voc precisa
memorizar? NO!!! Tenha em mente uma coisa antes de comear: Quanto mais altona hierarquia, menos trabalho braal e mais atribuies de superviso e orientao.
Quem carrega caixa na repartio voc, no seu chefe :P. Ele quem diz onde a
caixa deve ser posta, e o chefe dele tem o conhecimento do porqu a caixa deve
ser posta onde foi posta :P.
Com este exemplo esdrxulo e ligeiramente confuso, acredito que voc
pescar a ideia.
Uma ltima particularidade, um tanto bvia, mas que seria a cara do CESPE
cobrar na sua prova:
Art. 9o Os rgos setoriais do SIGA vinculam-se ao rgo centralpara
os estritos efeitos do disposto neste Decreto, sem prejuzo da subordinao ou
vinculao administrativa decorrente de sua posio na estrutura organizacional dos
rgos e entidades da administrao pblica federal.
ArquivoNacional
rgos Setoriais(Ministrios)
rgo Seccional rgo Seccional
rgos Setoriais
(rgosEquivalentes)
rgo Seccional
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Em outras palavras, a estrutura administrativa de todos os rgos da
Administrao Pblica Federal continua a mesma, mas, em matria de gesto de
documentos, o Arquivo Nacional quem deve dar a ltima palavra. Assim sendo, a
hierarquia existente tendo o Arquivo Nacional no pice s vlida quando o assuntofor gesto de documentos, e mais nada!
Qualquer afirmao que tenda a dizer o contrrio est incorreta.
5.4 Decreto 4.073/2002 (Executivo Federal)
O Decreto 4.073/2002 trata tanto do CONARQ como do SINAR. Como seu
edital no pediu especificamente o decreto, no precisaremos ir muito fundo nele.
Mas, os prximos dois artigos devem ser conhecidos por voc (sem neura
:P):
Art. 2o Compete ao CONARQ:
I - estabelecer diretrizes para o funcionamento do Sistema Nacional
de Arquivos - SINAR, visando gesto, preservao e ao acesso aos documentos
de arquivos;
II - promover o inter-relacionamento de arquivos pblicose privados
com vistas ao intercmbio e integrao sistmica das atividades arquivsticas;
III - propor ao Ministro de Estado da Justia normas legais necessrias
ao aperfeioamento e implementao da poltica nacional de arquivos pblicos e
privados; (Redao dada pelo Decreto n 7.430, de 2011) Vigncia
IV - zelar pelo cumprimento dos dispositivos constitucionais e
legais que norteiam o funcionamento e o acesso aos arquivos pblicos;
V - estimular programas de gesto e de preservao de
documentospblicos de mbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal,
produzidos ou recebidos em decorrncia das funes executiva, legislativa e
judiciria;
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VI - subsidiar a elaborao de planos nacionais de desenvolvimento,
sugerindo metas e prioridades da poltica nacional de arquivos pblicos e privados;
VII - estimular a implantao de sistemas de arquivosnos Poderes
Executivo, Legislativo e Judicirio da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e nos
Poderes Executivo e Legislativo dos Municpios;
VIII - estimular a integrao e modernizao dos arquivospblicos e
privados;
IX - identificar os arquivos privados de interesse pblico e social, nos
termos do art. 12 da Lei no8.159, de 1991;
X - propor ao Presidente da Repblica, por intermdio do Ministro de
Estado da Justia, a declarao de interesse pblico e social de arquivos privados;
(Redao dada pelo Decreto n 7.430, de 2011) Vigncia
XI - estimular a capacitao tcnica dos recursos humanos que
desenvolvam atividades de arquivo nas instituies integrantes do SINAR;
XII - recomendar providncias para a apurao e a reparao de atoslesivos poltica nacional de arquivos pblicos e privados;
XIII - promover a elaborao do cadastro nacional de arquivos pblicos
e privados, bem como desenvolver atividades censitrias referentes a arquivos;
XIV - manter intercmbio com outros conselhos e instituies,
cujas finalidadessejam relacionadas ou complementaress suas, para prover e
receber elementos de informao e juzo, conjugar esforos e encadear aes;
XV - articular-se com outros rgos do Poder Pblico formuladores de
polticas nacionais nas reas de educao, cultura, cincia, tecnologia, informao e
informtica.
[...]
Art. 13. Compete aos integrantes do SINAR:
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I - promover a gesto, a preservao e o acesso s informaes e
aos documentos na sua esfera de competncia, em conformidade com as diretrizes
e normas emanadas do rgo central;
II - disseminar, em sua rea de atuao, as diretrizes e normas
estabelecidas pelo rgo central, zelando pelo seu cumprimento;
III - implementar a racionalizao das atividades arquivsticas, de
forma a garantir a integridade do ciclo documental;
IV - garantir a guarda e o acesso aos documentos de valor
permanente;
V - apresentar sugestes ao CONARQ para o aprimoramento do SINAR;
VI - prestar informaes sobre suas atividades ao CONARQ;
VII - apresentar subsdios ao CONARQ para a elaborao de
dispositivos legais necessrios ao aperfeioamento e implementao da poltica
nacional de arquivos pblicos e privados;
VIII - promover a integrao e a modernizao dos arquivos em sua
esfera de atuao;
IX - propor ao CONARQ os arquivos privados que possam ser
considerados de interesse pblico e social;
X - comunicar ao CONARQ, para as devidas providncias, atos lesivos
ao patrimnio arquivstico nacional;
XI - colaborar na elaborao de cadastro nacional de arquivos pblicos e
privados, bem como no desenvolvimento de atividades censitrias referentes a
arquivos;
XII - possibilitar a participao de especialistas nas cmaras tcnicas,
cmaras setoriais e comisses especiais constitudas pelo CONARQ;
XIII - proporcionar aperfeioamento e reciclagem aos tcnicos darea de arquivo, garantindo constante atualizao.
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Tudo aquilo que est colorido merece uma ateno especial, mas como eu
disse, sem pnico (eu disse neura, mas voc entendeu a ideia). Estou apenas
apresentando as estruturas que compem o maravilhoso mundo da gesto de
documentos na Administrao Pblica Federal. Voc no precisa conhec-las afundo, apenas ter cincia de seu papel no grande quadro.
5.5. Lei 5.433 de 1968, Decreto Federal 1.799 de 1996 e
Resoluo CONARQ n 10
Agora voc sabe por que no apaguei o captulo de microfilmagem das aulas
de vocs. Os diplomas legais acima tratam justamente do suporte de microfilme, em
um nvel de detalhamento que nos deixaria durante horas estudando o tema.
Para variar, seu estimado professor j semeou a matria na cabea de vocs
ao longo das aulas (neste caso, da Aula 03).
Vou ser bem honesto com vocs: a Lei 5.433 muito chata :P. At a tudo
bem, mas o verdadeiro ponto do argumento que o que vocs precisam, mesmo,
saber para a prova est no Decreto Federal que regulamenta esta lei, no caso, o
Decreto Federal 1.799/1996.
Este sim precisa ser estudado com cuidado. Recomendao do seu
professor: leia a Lei 5.433 sem stress, apenas para no derrapar em pegadinhas
bvias, e v com sangue nos olhos quando for ler o Decreto Federal.
Veja uma pegadinha bvia, que a mera leitura descompromissada da Lei
5.433 j te garantiria o ponto:
2 Os documentos microfilmados podero, a critrio da autoridade
competente, ser eliminados por incinerao, destruio mecnica ou por outro
processo adequado que assegure a sua desintegrao.
Isso mesmo meu caro, podemos mandar documentos para a grande fornalha,
desde que tenham sido microfilmados anteriormente. EXCETO:
Art 2 Os documentos de valor histrico no devero ser eliminados,
podendo ser arquivados em local diverso da repartio detentora dos mesmos.
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Tudo isso s batendo o olho na legislao. Ento, no deixe de ler :P
Passando ao Decreto, vamos direto ao ponto:
Art. 3 Entende-se por microfilme, para fins deste Decreto, o resultado doprocesso de reproduo em filme, de documentos, dados e imagens, por meios
fotogrficos ou eletrnicos, em diferentes graus de reduo.
J vimos em aula este artigo, estou apenas refrescando sua memria.
Agora o negcio vai ficar pesado:
Art. 7 Na microfilmagem de documentos, cada srie ser precedida de
imagem de abertura, com os seguintes elementos:
I - identificaodo detentor dos documentos, a serem microfilmados;
II - nmero do microfilme, se for o caso;
III - local e data da microfilmagem;
IV - registro no Ministrio da Justia;
V - ordenao, identificao e resumo da srie de documentos a serem
microfilmados;
VI - meno, quando for o caso, de que a srie de documentos a
serem microfilmados continuao da srie contida em microfilme anterior;
VII - identificao do equipamento utilizado, da unidade filmadora e
do grau de reduo;
VIII - nome por extenso, qualificao funcional, se for o caso, e
assinatura do detentor dos documentos a serem microfilmados;
IX - nome por extenso, qualificao funcional e assinatura do
responsvel pela unidade, cartrio ou empresa executora da microfilmagem.
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Art. 8 No final da microfilmagem de cada srie,ser reproduzida a
imagem de encerramento, imediatamente aps o ltimo documento, com os
seguintes elementos:
I - identificaodo detentor dos documentosmicrofilmados;
II - informaes complementares relativas ao inciso V do artigo
anterior;
III - termo de encerramento atestando a fiel observncia s
disposies deste Decreto;
IV - meno, quando for o caso, de que a srie de documentosmicrofilmados continua em microfilme posterior;
V - nome por extenso, qualificao funcional e assinatura do
responsvel pela unidade, cartrio ou empresa executora da microfilmagem.
Os artigos acima discriminam tudo que deve conter as imagens de abertura e
encerramento de um microfilme.
Se voc tentar memorizar isto, vai enlouquecer. Vamos tentar um outro
caminho. Seu querido professor, nos tempos em que era Assistente Tcnico l na
Receita Federal (e confesso que at hoje), a fim de complementar sua renda, fazia
edies de vdeo de casamento para poder levar a namorada ao cinema :P.
No que isso em si seja importante, mas o mtodo que eu utilizava para
identificar as fitas o mesmo que voc v em alguns rolos de filme antigos.
necessrio, logo no comeo da fita (ou no nosso caso, microfilme), identificar quenegcio aquele.
Agora pense um pouco: o que voc gostaria de ver logo de cara que te
ajudasse a identificar o que exatamente aquele microfilme?
O que isto: I - identificao do detentor dos documentos, a serem
microfilmados; II - nmero do microfilme, se for o caso; IV - registro no Ministrio
da Justia;
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Onde e quandofoi feito isto: III - local e data da microfilmagem;
Quemser que fez isto: VIII - nome por extenso, qualificao funcional,
se for o caso, e assinatura do detentor dos documentos a serem
microfilmados; IX - nome por extenso, qualificao funcional e assinatura do
responsvel pela unidade, cartrio ou empresa executora da microfilmagem.
Como isto foi feito: VII - identificao do equipamento utilizado, da
unidade filmadora e do grau de reduo;
E o meu favorito, quando as edies de vdeo continham mais de uma fita:
Onde raios isso comea? V - ordenao, identificao e resumo da sriede documentos a serem microfilmados; VI - meno, quando for o caso, de que a
srie de documentos a serem microfilmados continuao da srie contida
em microfilme anterior;
E quando o microfilme termina, quase a mesma coisa, s que no
precisamos de tantos detalhes, embora algumas informaes devam ser repetidas:
O que isto?: I - identificao do detentor dos documentosmicrofilmados;
Isto foi feito certo? III - termo de encerramento atestando a fiel
observncia s disposies deste Decreto;
Quem ser que fez isto:V - nome por extenso, qualificao funcional e
assinatura do responsvel pela unidade, cartrio ou empresa executora da
microfilmagem.
E ser que raios isto terminou? II - informaes complementares
relativas ao inciso V do artigo anterior; IV - meno, quando for o caso, de que a
srie de documentos microfilmados continua em microfilme posterior;
Quer ver algo legal agora? Olha s:
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Art 1 autorizada, em todo o territrio nacional, a microfilmagem dedocumentos particulares e oficiais arquivados, stes de rgos federais, estaduais emunicipais.
1 Os microfilmes de que trata esta Lei, assim como as certides, os
traslados e as cpias fotogrficas obtidas diretamente dos filmes produziro osmesmos efeitos legais dos documentos originais em juzo ou fora dle.
Significa que um documento microfilmado tem o mesmo valor legal
que o documento que tenha servido de base sua confeco. Agora, que
fique bem claro: o mesmo valor legal. Nada mais que isto!
V olhar para sua coleo de figurinhas. Veja aquela figurinha
brilhante do Ronaldo nos tempos em que ele conseguia correr de umaponto a outra do campo sem bufar. Caso eu microfilmasse sua coleo de
figurinhas, voc iria aceitar que eu as incinerasse logo em seguida, j que,
basicamente, toda a informao contida na figurinha est no microfilme?
Quero eu acreditar que no :P.
Por qu? Porque embora o microfilme tenha valor legal, ele no tem
o mesmo valor histrico que o documento original.
Pensando nisso, temos o artigo 13:
Art. 13. Os documentos oficiais ou pblicos, com valor de guarda
permanente, no podero ser eliminados aps a microfilmagem, devendo ser
recolhidos ao arquivo pblico de sua esfera de atuao ou preservados pelo prprio
rgo detentor.
Viu como tudo se encaixa com perfeio? :P
At aqui estava tudo indo bem. Mas no falei ainda da Resoluo 10 do
CONARQ. Pelo amor de Deus, no se desespere. Se a banca quisesse pegar
pesado, teria especificado a matria no edital. No o fazendo, o negcio vai ser
mais tranquilo.
Primeiro passo:
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http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/media/legisla/anexos_da_resoluo_n_10.pdf
Este link direcionar voc resoluo. Estou apontando por curiosidade
apenas, e caso voc tenha tempo de ler, poder passar o olho por l.
O que voc deve memorizar: desenhos :P. Veja aqui:
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Meu caro, aqui no tem segredo. Essa imagem saiu direto da resoluo.
Voc ter de aprender a fazer relaes entre o desenho e o significado (Alis, os
desenhos foram criados justamente para facilitar essa assimilao.
5.6. Decreto 4553/2002
REVOGADO!!!!! :P.
Se o material de vocs for um pouco mais antigo, apenas pule esta parte.
Conforme artigo 60 do Decreto 7845 de 2012
Art. 60. Ficam revogados:
I - oDecreto no4.553, de 27 de dezembro de 2002; e
II - oDecreto no5.301, de 9 de dezembro de 2004.
ESQUEA!
5.7. Lei 12.527 de 2011 (Lei de Acesso Informao)
Tambm conhecida como o mais recente recurso de pesquisa
remunerao dos servidores de todo o Brasil ou ento, parte do programa quanto
ganha o meu professor? :P. (S pra constar, caso algum v procurar nos sistemas
da Prefeitura, aquele o BRUTO!!!!)
A despeito da minha opinio sobre o referido diploma, fato que tal lei veio
regulamentar o inciso XXXIII do artigo 5 da Constituio Federal, bem como
pargrafo 2 do artigo 216. Por acaso, ambos j foram vistos nesta aula.
Veja o artigo 1:
Art. 1o Esta Lei dispe sobre os procedimentos a serem observados pela
Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios, com o fim de garantir o acesso a
informaes previsto noinciso XXXIII do art. 5o,noinciso II do 3 do art. 37e no 2 do art.
216 da Constituio Federal.
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Assim o sendo, coloque em sua cabea que este diploma tem um nico tema
em todos os seus artigos: permitir o acesso a informaes que se encontrem em
poder da Administrao Pblica.
A Lei 12527 de 2011 no um diploma que trata especificamente sobre
regras de arquivologia, documentos ou qualquer outra coisa que possam te dizer
nos enunciados, mas trata de informaes.
E o que voc, caro aluno, tem com isso? A Lei 12527 alterou toda a disciplina
referente ao sigilo de documentos, que antes era estudada no Decreto 4533/2002.
Ento, fora recomendar que voc leia a lei de maneira atenta, mas no
paranoica, reproduzirei os dois artigos que reputo interessantes para o seu estudo:
Art. 23. So consideradas imprescindveis segurana da sociedade ou
do Estadoe, portanto, passveis de classificaoas informaes cuja divulgao
ou acesso irrestrito possam:
I - pr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do
territrio nacional;
II - prejudicarou pr em risco a conduo de negociaes ou as relaes
internacionais do Pas, ou as que tenham sido fornecidas em carter sigiloso por
outros Estados e organismos internacionais;
III - pr em riscoa vida, a seguranaou a sadeda populao;
IV - oferecer elevado risco estabilidade financeira, econmica ou
monetria do Pas;
V - prejudicar ou causar risco a planos ou operaes estratgicos das
Foras Armadas;
VI - prejudicarou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento
cientfico ou tecnolgico, assim como a sistemas, bens, instalaes ou reas de
interesse estratgico nacional;
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VII - pr em risco a segurana de instituies ou de altas autoridades
nacionais ou estrangeiras e seus familiares; ou
VIII - comprometeratividades de inteligncia, bem como de investigao
ou fiscalizao em andamento, relacionadas com a preveno ou represso de
infraes.
Queria dizer a vocs que estes verbos fazem alguma diferena, mas,
francamente, duvido que alguma questo do CESPE v trocar por em risco por
prejudicar nas questes. E mesmo que faa isso, voc vai ver que a alternativa
fica esquisita.
Art. 24. A informao em poder dos rgos e entidades pblicas, observado
o seu teor e em razo de sua imprescindibilidade segurana da sociedade ou do
Estado, poder ser classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada.
1o Os prazos mximos de restrio de acesso informao, conforme
a classificao prevista nocaput, vigoram a partir da data de sua produo e so os
seguintes:
I - ultrassecreta: 25(vinte e cinco) anos;
II - secreta: 15(quinze) anos; e
III - reservada: 5(cinco) anos.
2o As informaes que puderem colocar em risco a segurana do
Presidente e Vice-Presidente da Repblica e respectivos cnjuges e filhos(as) sero
classificadas como reservadas e ficaro sob sigilo at o trmino do mandato emexerccio ou do ltimo mandato, em caso de reeleio.
3o Alternativamente aos prazos previstos no 1o, poder ser estabelecida
como termo final de restrio de acesso a ocorrncia de determinado evento,
desdeque este ocorra antes do transcurso do prazo mximo de classificao.
4o Transcorrido o prazo de classificao ou consumado o evento que
defina o seu termo final, a informao tornar-se-, automaticamente, de acessopblico.
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5o Para a classificao da informao em determinado grau de sigilo,
dever ser observado o interesse pblico da informao e utilizado o critrio menos
restritivo possvel, considerados:
I - a gravidade do risco ou dano segurana da sociedade e do Estado;
e
II - o prazo mximo de restrio de acesso ou o evento que defina seu
termo final.
Se voc puxar bem na memria, vai lembrar que elaborei uma tabela na Aula
01 simplificando tudo isto. Foi daqui que eu tirei as informaes.
Bom meus caros, era isso que eu acreditava ser til para a sua prova. Podem
ir em paz, tranquilos, sabendo que a matria dada corresponde matria cobrada.
Estarei com vocs at o dia da prova para tirar dvidas, e espero, sinceramente,
que este curso tenha sido til no seu aprendizado, e venha a ser til na sua
aprovao.
Fica minha ltima dica: faa questes, muitas questes. Primeiro, pois
mesmo que eu tenha dado toda a matria, sua mente ainda no percebeu todas as
informaes. As questes vo forar seu crebro a fixar os conceitos.
Vo l e me deixem orgulhoso.
Grande abrao
Felipe
Questes ComentadasResolues CONARQ
Diferentemente das questes de outras aulas, estas aqui tem intuito terico, e
no de treino. Significa que estas questes fazem parte da nossa aula terica :P.
A maior parte delas versar sobre resolues do CONARQ, que pela
infinidade de assuntos tratados por elas, fica impossvel colocar tudo em um nico
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captulo. Disponibilizo o link ao lado de cada resoluo, para quem se interessar em
l-las por inteiro (no se assuste, que no so documentos muito longos).
Mos a obra
1 - CESPE ABIN 2010 - Os documentos passveis de recolhimento s
instituies arquivsticas pblicas devem ser higienizados e acondicionados.
Comentrio: D graas aos cus quando seu examinador te der um
presente destes. A alternativa cpia descarada do disposto no artigo 1 da
Resoluo 2 do CONARQ:
(http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=53&sid=46):
Art. 1 Os acervos documentais a serem transferidos ou recolhidos s
instituies arquivsticas pblicas, pelos rgos e entidades do Poder
Pblico, devero estar organizados, avaliados, higienizados, acondicionados e
acompanhados de instrumento descritivo que permita sua identificao e controle.
E faz todo o sentido. Imagine voc, servidor pblico responsvel pela gestodo arquivo, receber um documento todo desmontado e infestado de traas. Parece
razovel? Lgico que no, razo pela qual a Resoluo do CONARQ simplesmente
reproduz o bom senso.
2 - CESPE ABIN2010 Na transferncia ou no recolhimento, os acervos
devem ser acompanhados de um instrumento descritivo que permita sua
identificao e controle.
Comentrios: A questo foi dada!!!!
Novamente, uma cpia fiel e deslavada, sem qualquer trao de rubor nas
faces de seu examinador, do artigo 1 da Resoluo 2 do CONARQ de 1998
(http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=53&sid
=46):
Art. 1 Os acervos documentais a serem transferidos ou recolhidos sinstituies arquivsticas pblicas, pelos rgos e entidades do Poder
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Pblico, devero estar organizados, avaliados, higienizados, acondicionados
e acompanhados de instrumento descritivo que permita sua identificao e controle.
3 - CESPE ABIN 2010 Os rgos que no tenham elaborado suas
prprias tabelas de temporalidade podem eliminar documentos desde que
constituam comisses de avaliao e submetam a proposta instituio arquivstica
pblica.
Comentrios: Esta questo utiliza uma resoluo um pouco menos
conhecida do CONARQ. Mas ainda bem que voc est aqui comigo :D.
Veja o que diz o artigo 5 da Resoluo 7 do CONARQ
(http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=58&sid
=46):
Art. 5 Os rgos e entidades que ainda no elaboraram suas tabelas de
temporalidadee pretendem proceder eliminao de documentos devero
constituir suas Comisses Permanentes de Avaliao, responsveis pela
anlise dos documentos e pelo encaminhamento das propostas instituio
arquivstica pblica, na sua especfica esfera de competncia, para aprovao.
Voc talvez se incomode com o verbo "podem" no enunciado, enquanto o
artigo 5 utiliza o verbo "devero". Mas a ideia bem simples: qualquer rgo que
pretenda eliminar documentos e no tenha produzido uma tabela de temporalidade
dever constituir uma Comisso Permanente de Avaliao. A partir da existncia
dessa comisso, este mesmo rgo passa a ter a faculdade de eliminar os
documentos que desejar, desde que passem pelo crivo da comisso.
4 - CESPEABIN2010 Considerando o cdigo de classificao e a tabela
de temporalidade de documentos das atividades-fim e atividades-meio a serem
adotados como modelo para os arquivos dos rgos e entidades integrantes do
Sistema Nacional de Arquivos, julgue o item a seguir.
As classes do Cdigo de Classificao de Documentos de Arquivo para a
Administrao Pblica relativas s atividades fim so as de nmero 100 a 800.
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Comentrios: Questozinha bastante especfica, criada a partir da
Resoluo 14 do CONARQ. Alis, tecnicamente, a resposta pode ser encontrada
diretamente no anexo da Resoluo, cujo link fica aqui
registrado: http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/Media/resolucao_14.pdf
E nem tem muito o que inventar, o texto da Resoluo bem claro:
"O Cdigo de classificao de documentos de arquivo para a administrao
pblica: atividades-meio, possui duas classes comuns a todos os seus rgos: a
classe 000, referente aos assuntos de ADMINISTRAO GERAL e a classe 900,
correspondente a ASSUNTOS DIVERSOS. As demais classes (100 a 800)
destinam-se aos assuntos relativos s atividadesfim do rgo. Estas classes
no so comuns, cabendo aos respectivos rgos sua elaborao, seguindo
orientaes da instituio arquivstica na sua esfera especfica de competncia".
5 - CESPEABIN2010 Considerando o cdigo de classificao e a tabela
de temporalidade de documentos das atividades-fim e atividades-meio a serem
adotados como modelo para os arquivos dos rgos e entidades integrantes do
Sistema Nacional de Arquivos, julgue o item a seguir.
As adaptaes necessrias para a correta aplicao da tabela de
temporalidade aos conjuntos documentais produzidos e recebidos nos rgos e
entidades do Poder Executivo federal deve ser feita pelo rgo central do Sistema
Nacional de Arquivos.
Comentrios: Mais uma questo construda com base na Resoluo 14 do
CONARQ. Mas esta poderia ser respondida sem nem mesmo conhecermos o
assunto. Do incio, caro colega:
Art. 2 Aprovar os prazos de guarda e a destinao dos documentos
estabelecidos na verso revista e ampliada da Tabela Bsica de Temporalidade e
Destinao de Documentos de Arquivos Relativos s Atividades-Meio da
Administrao Pblica.
1 Caber aos rgos e entidades que adotarem a Tabela proceder s
adaptaes necessrias para sua correta aplicao aos conjuntos
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documentais produzidos e recebidos em decorrncia de suas atividades,
mantendo-se os prazos de guarda e a destinao nela definidos.
Mas professor, como que eu poderia saber esta resposta sem conhecer o
assunto? Bom, veja que a tarefa de adaptar um instrumento a usos especficos s
faz sentido em um caso: aquele no qual um rgo com mais poder edita um
instrumento geral, que precisa ser adaptado pelos destinatrios, a fim de que
atenda s suas necessidades especficas. Por qual razo um rgo central
deveria adaptar qualquer instrumento se justamenteo rgo central quem o cria, e
assim, teria a chance mold-lo originalmente s suas necessidades?
Viu? Nem precisava ter lido a Resoluo :P.
6 - CESPEABIN2010 Considerando o cdigo de classificao e a tabela
de temporalidade de documentos das atividades-fim e atividades-meio a serem
adotados como modelo para os arquivos dos rgos e entidades integrantes do
Sistema Nacional de Arquivos, julgue o item a seguir.
As classes do cdigo de classificao relacionadas s atividades-fim do
rgo ou entidade do Poder Executivo federal devem ser aprovadas pelo ArquivoNacional.
Comentrios: Essa questo j bem mais interessante. No bastava
memorizar os dispositivos legais, mas interpret-los em conjunto. Vejamos:
Resoluo CONARQ 14:
Art. 1 APROVAR a verso revista e ampliada do Cdigo de Classificao de
Documentos de Arquivo para a Administrao Pblica : Atividades-Meio, como um
modelo a ser adotado nos rgos e entidades integrantes do Sistema Nacional de
Arquivos - SINAR.
1 Caber aos rgos e entidades que adotarem o Cdigo proceder ao
desenvolvimento das classes relativas s suas atividades especficas ou atividades-
fim, as quais devero ser aprovadas pela instituio arquivstica pblica na
sua especfica esfera de competncia.
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Ok, j sabemos que quem deve aprovar o Cdigo de Classificao a
instituio especfica. E quem seria esta no caso do Executivo Federal? Hora de ver
o artigo 18 da Lei 8.159/1991:
Art. 18 - Compete ao Arquivo Nacionala gesto e o
recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Executivo
Federal, bem como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda,
e acompanhar e implementar a poltica nacional de arquivos.
Com estes dois dispositivos em conjunto, chegamos concluso de que o
Arquivo Nacional, instituio arquivstica pblica na esfera do Poder Executivo
Federal quem deve aprovar o Cdigo de Classificao relacionados s atividades-fim do rgo deste poder. Legal n? :P
7 - CESPE CESPE ABIN2010 Na listagem descritiva para transferncia
ou recolhimento de documentos digitais de arquivo, dispensam-se as informaes
relacionadas s eliminaes realizadas.
Comentrios: Outro presente do CESPE, diretamente para voc. Vejamos o
que nos diz a Resoluo CONARQ 24(http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=75&sid
=46&tpl=printerview), responsvel justamente por estabelecer diretrizes para a
transferncia e recolhimento de documentos arquivsticos digitais para instituies
arquivsticas pblicas:
ANEXO I
Elementos essenciaispara a elaborao da listagem descritiva para
transferncia e recolhimento de documentos arquivsticos digitais
[...]
g) registro das eliminaes realizadas;
Nem tem o que inventar. O ANEXO I da Resoluo CONARQ 24 claro
quanto a necessidade deste elemento nas listagens.
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8- CESPE ABIN 2010 A presuno da autenticidade dos documentos
digitais transferidos ou recolhidos instituio arquivstica pblica feita a partir de
informaes, principalmente dos metadados relacionados aos documentos digitais,
tais como: nome do autor, nome do destinatrio, assunto, data de produo, entreoutros.
Comentrios: Presuno de autenticidade diz respeito ao juzo que a
instituio arquivstica pblica dever fazer no sentido de tomar aquele documento
digital que lhe apresentado como autntico sem precisar que este fato lhe seja
provado. Sempre bom lembrar o sentido que dado pela doutrina para este
termo:
AutenticidadeOs documentos so produzidos, recebidos, armazenados
e conservados de acordo com procedimentos regulares que podem ser
comprovados. Um documento autntico aquele quepossui o mesmo
contedo do documento original.
Como esta presuno no demandar prova ( da natureza da presuno
que no se exija prova daquele fato), importante que siga um rigoroso sistema
procedimental, a fim de que se no se d f a um documento no autntico.
Agora que no restam dvidas sobre aquilo que estamos falando, vejamos o
que a Resoluo CONARQ 24 tem a dizer sobre o assunto:
Art. 4 A instituio arquivstica pblica proceder presuno de
autenticidade dos documentos arquivsticos digitais recolhidos com base nos
metadados relacionados a esses documentos, conforme especificado no anexo II, e
com base na listagem descritiva apresentada pelo rgo ou entidade responsvelpela transferncia ou pelo recolhimento.
Ou seja, o anexo II da referida resoluo quem aponta os requisitos
necessrios para que a presuno de autenticidade possa se aplicar ao caso.
Vejamos o que ali consta:
ANEXO II
Informaes para apoiar a presuno de autenticidade
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I - Metadados
Os metadados relacionados aos documentos arquivsticos digitais, quecostumam estar registrados nos sistemas de gesto de documentos, devem
acompanhar o documento digital no momento da transferncia ou recolhimento. So
eles:
a) nome do autor;
b) nome do destinatrio;
c) assunto;
d) data de produo;
Outros itens que tambm esto no Anexo II da Resoluo: e) data da
transmisso; f) data do recebimento;g) data da captura ou arquivamento; h) cdigo
de classificao; i) indicao de anexo; j) nome do setor responsvel pela execuo
da ao contida no documento; k) indicao de anotao; l) registro das migraes
e data em que ocorreram; e m) restrio de acesso.
9 - CESPE ABIN 2010 O documento digital pode ser transferido ou
recolhido em qualquer formato instituio arquivstica pblica.
Comentrios: Acredito que voc consegue imaginar a zona que seria se a
proposio do enunciado realmente fosse verdadeira. Formatos de documentos
demandam programas especficos para serem abertos, e quanto mais formatos,
mais programas sero necessrios. Outro problema est na (in)compatibilidade
entre plataformas, que podem no ser completamente integrveis, gerando
ineficincia nas operaes apontadas. S para simplificar este cenrio catico, tente
abrir um documento de texto do BR Office no Microsoft Word e voc ter um mero
vislumbe do que estou tentando dizer aqui :P.
Por estas razes, a Resoluo CONARQ 24 foi bem enftica ao tratar sobre
a maneira pela qual os documentos digitais devero ser recolhidos ou transferidos:
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Art. 1 Os documentos arquivsticos digitais a serem transferidos ou
recolhidos s instituies arquivsticas pblicas, devero:
[...]
f) estar no(s) formato(s) de arquivo digital previsto(s) pelas normas da
instituio arquivstica responsvel pela sua custdia.
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