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Legislao Tributria para o ICMS/SP
Teoria e exerccios comentados
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AULA 04: IPVA
SUMRIO PGINA Apresentao 01 IPVA na CF/88 e na CE/89 03 Lei estadual n 13.296, em 23 de dezembro de 2008 16 Fato Gerador do IPVA 17 Domiclio Tributrio 29 Contribuintes e Responsveis 34 Base de clculo 40 Alquotas do IPVA 48 Clculo do Imposto 52 Imunidade, Iseno e Dispensa do Pagamento do Imposto 54 Lanamento do Imposto 65 Recolhimento do Imposto 67 Acrscimos Moratrios e Juros 73 Cadastro de Contribuintes do IPVA 75 Obrigaes Acessrias 77 Penalidades 80 Repartio das Receitas 82 Processo Administrativo Tributrio 84 Disposies Finais 87 Questes 54 Gabarito 66 Bibliografia 67
Ol, amigo concurseiro e futuro fiscal estadual!
Espero que tenha gostado da nossa terceira aula, quando apresentamos as
leis complementares n 24/75 e n 116/03 e a do SIMPLES Nacional, leis
muito importantes para as provas do Fisco Paulista, bem como outros que
voc porventura vier a fazer futuramente.
O estudo da lei complementar n 24/75 de extrema importncia, uma vez
que trata dos convnios do ICMS, o mais importante tributo a ser estudado
para a sua prova, caro aluno. Por sua vez, cada vez mais expressivas so as
questes relativas ao SIMPLES Nacional, tema que comea a se tornar mais
querido pelas bancas organizadoras de concursos.
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Nessa quarta aula iremos estudar o imposto sobre a propriedade de veculos
automotores, o famoso IPVA, que pagamos a cada novo ano que se inicia em
nossas vidas.
O IPVA est regulado na lei estadual n 13.296, de 23 de dezembro de 2008,
possuindo 58 artigos, os quais iremos devorar na aula de hoje. Cada vez
mais questes de prova de concurso para os fiscos estaduais, e no apenas
para o do Estado de So Paulo, cobram o IPVA, motivo pelo qual esse tributo
deve ser muito bem estudado por voc, caro aluno.
CASO NO QUEIRA ESTUDAR OS CONCEITOS INICIAIS RELATIVOS AO
IPVA, PRESENTES NAS PGINAS 02 A 15, BASTA PULAR E J
COMEAR PELAS DISPOSIES ESPECFICAS RELATIVAS
LEGISLAO ESTADUAL. ESSA INTRODUO APENAS PARA
AQUELES QUE NUNCA TIVERAM CONTADO COM O TRIBUTO
ESTADUAL, OU PARA OS QUE DESEJAM REVER OU APRENDER ALGUM
CONCEITO.
Feitas as consideraes iniciais, vamos aula! E bons estudos!
Grande abrao!
Aluisio de Andrade Lima Neto
http://www.facebook.com/#!/profile.php?id=100002354992888
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IPVA na CF/1988 e na CE/1989
O IPVA tem sede constitucional no inciso III do artigo 155 da Constituio
Federal de 1988 (CF/88) e no artigo 165, inciso I, c, da Constituio do
Estado de So Paulo de 1989 (CE/89), assim redigidos:
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir
impostos sobre:
(...)
III - propriedade de veculos automotores. (CF/88)
Art. 165. Compete ao Estado instituir:
I impostos sobre:
(...)
c) propriedade de veculos automotores; (CE/89)
Conforme se observa acima, cabe apenas aos 26 Estados e ao Distrito Federal
(no exerccio de sua competncia estadual) instituir e cobrar o IPVA, no
possuindo, em regra, a Unio e os Municpios tal competncia.
A Unio, porm, poder vir a editar legislao relativa ao IPVA. Tal
competncia ser exercida quando da eventual criao de Territrio federal,
hoje inexistente. Sem competncia tributria prevista na CF/88, o Territrio
Federal no poderia instituir o imposto, cabendo o papel Unio. o que
dispe a parte inicial do artigo 147 da CF/88, abaixo transcrito:
Art. 147. Competem Unio, em Territrio Federal, os
impostos estaduais, e, se o Territrio no for dividido em
municpios, cumulativamente, os impostos municipais; ao
Distrito Federal cabem os impostos municipais. (Grifo nosso)
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Entre outras caractersticas principais a serem apresentadas nessa aula, o
IPVA possui carter eminentemente fiscal. Assim, sua funo primordial a
de prover recursos para o Estado tributante onde se encontra licenciado o
veculo, incidindo sobre uma manifestao de patrimnio do sujeito
passivo.
Ao instituir o imposto, o Estado tributante no visa regular a concorrncia,
uma situao especfica ou algum desequilbrio de mercado, tpico dos tributos
extrafiscais, tendo como exemplos o imposto sobre produtos industrializados
(IPI) e o imposto de importao (II), ambos de competncia da Unio. O
interesse quanto aos tributos fiscais apenas arrecadatrio.
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Outra importante observao a ser feita nos artigos constitucionais o uso do
verbo instituir, presente no caput daqueles. CF/88 no cabe instituir o
imposto, apenas definir a competncia tributria de cada Ente poltico.
Cabe aos Estados e ao Distrito Federal, por meio de suas prprias legislaes
internas, a instituio e cobrana do imposto, definio de obrigaes
acessrias e das demais leis e normativos infralegais necessrios sua
fiscalizao. Quanto CE/89, esta apenas confirmou a competncia outorgada
ao Estado de So Paulo pela CF/88.
Em seu 6, o artigo 155 da CF/88, includo pela Emenda Constitucional (EC)
n 42 de 2003, traz ainda o seguinte normativo:
6 O imposto previsto no inciso III:
I - ter alquotas mnimas fixadas pelo Senado Federal;
II - poder ter alquotas diferenciadas em funo do tipo e
utilizao.
No inciso I do 6 do artigo 155 da CF/88 (reproduzido literalmente no 4 do
artigo 165 da CE/89) est prevista a competncia atribuda ao Senado
Federal para a edio de Resoluo fixando as alquotas mnimas a serem
observadas pelos Estados e pelo Distrito Federal ao editarem suas legislaes
internas relativas ao imposto.
Apesar de ser um mandamento constitucional impositivo, o Senado Federal
ainda no editou a referida Resoluo, cabendo aos Estados e ao Distrito
Federal a fixao das alquotas que entenderem adequadas para o imposto.
Esse dispositivo constitucional, introduzido pela EC 42/03, regramento de
grande importncia para o Sistema Tributrio Nacional e para uma correta,
uniforme e justa arrecadao de todos os Entes federativos.
Ao fixar o inciso, a inteno do legislador constitucional foi a de combater a
guerra fiscal entre os Entes polticos arrecadadores do imposto. Um deles, com
o intuito de aumentar sua arrecadao, em detrimento dos demais, poderia
simplesmente reduzir consideravelmente suas alquotas do IPVA.
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Assim, atrairia para si um maior nmero de proprietrios de veculos com
domiclio em outros Estados ou no Distrito Federal.
A reduo na arrecadao decorrente da diminuio de alquotas seria
certamente compensada por uma elevao no nmero de novos licenciamentos
em seu territrio, aumentando novamente a montante arrecadado.
Por sua vez, o inciso II do mesmo 6 do artigo 155 da CF/88 traz importante
regramento quanto adoo de alquotas diferenciadas pelos Estados,
conforme o tipo e a utilizao dos veculos automotores.
Automveis de passeio e tratores, bem como ambulncias e carros
funerrios, por exemplo, a critrio do legislador estadual, poderiam ser
gravados com alquotas diferenciadas do imposto, conforme o tipo e a
utilizao, respectivamente.
Algumas consideraes devem ser feitas em relao a este mandamus
constitucional do inciso II do 6 do artigo 155 da CF/88, em especial quanto
incidncia do IPVA tomando em considerao o tipo de veculo. Entre outras
classificaes quanto ao tipo de veculo, temos os veculos de natureza
terrestre, aqutica e area.
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Quanto aos tipos de veculos, existe controvrsia sobre a incidncia ou no do
imposto em veculos aquticos e areos. Uma corrente de pensamento
entende que estes dois tipos de veculos no esto abrangidos pelo binmio
veculos automotores, constante nos textos da CF/88. Por sua vez, outra
corrente entende estarem contidos na definio, uma vez que a CF/88 no
distingue entre veculos aquticos, areos e terrestres.
Tal controvrsia se deve principalmente ausncia de lei complementar
regulando o tributo em mbito nacional, conforme exposto anteriormente.
Diante da inrcia legislativa federal, a definio de veculo automotor ficou
merc dos Estados e do Distrito Federal. Assim, comum constar na legislao
estadual relativa ao IPVA a incidncia do imposto sobre os veculos aquticos e
os veculos areos. Como exemplo, temos a legislao do Estado de
Pernambuco e do Estado de Rondnia.
Muitos interpretam a expresso veculo automotor como todo veculo com
propulso por meio de motores, destinado ao transporte de passageiros, de
mercadorias ou de bens. Tal definio abarcaria tambm os veculos areos e
os aquticos.
Sobre as definies de cada tipo de veculo, temos o seguinte na legislao
brasileira:
VECULO AUTOMOTOR - todo veculo a motor de
propulso que circule por seus prprios meios, e que serve
normalmente para o transporte virio de pessoas e coisas,
ou para a trao viria de veculos utilizados para o transporte
de pessoas e coisas. O termo compreende os veculos
conectados a uma linha eltrica e que no circulam sobre
trilhos (nibus eltrico). (Anexo I do Cdigo de Trnsito
Brasileiro, lei n 9.503/97) (Grifo nosso)
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Considera-se aeronave todo aparelho manobrvel em vo,
que possa sustentar-se e circular no espao areo, mediante
reaes aerodinmicas, apto a transportar pessoas ou coisas.
(Artigo 106, do Cdigo Brasileiro de Aeronutica, lei n
7565/86)
Considera-se embarcao mercante tda construo
utilizada como meio de transporte por gua, e destinada
indstria da navegao, quaisquer que sejam as suas
caractersticas e lugar de trfego. (Artigo 11, do Tribunal
Martimo, lei n 2.180/54) (sic)
Entretanto, ao ser provocado sobre a controvrsia, o STF manifestou sua
opinio aps uma interpretao histrica da extinta Taxa Rodoviria nica,
cobrada pela Unio no momento do licenciamento de veculos.
A Corte Suprema entendeu que a abrangncia da expresso constante na
CF/88 refere-se apenas os veculos automotores terrestres. Assim,
excluiu os barcos, avies, lanchas, Jet skis, e outros veculos do campo de
incidncia do imposto, deixando este apenas sobre os veculos como
motocicletas, carros de passeio, nibus, caminhes e tratores, por exemplo.
O teor da deciso do STF no RE 134.509/AM, com julgamento em 29 de maio
de 2002, que excluiu os veculos areos e aquticos do campo de incidncia do
IPVA, dispe que:
EMENTA: IPVA - Imposto sobre Propriedade de Veculos
Automotores (CF, art. 155, III; CF 69, art. 23, III e 13, cf.
EC 27/85): campo de incidncia que no inclui embarcaes
e aeronaves. (Grifos nosso)
Na mesma linha esto as decises no RE 379.572/RJ, de 11 de abril de 2007, e
no RE 255.111/SP, de 29 de maio de 2002, do mesmo STF.
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Contudo, os ministros do STF Francisco Rezek, Marco Aurlio e Joaquim
Barbosa pensam diferente do disposto nas decises exaradas pelo Egrgio
Tribunal. Para esses Ministros, o campo de incidncia do imposto poderia e
deveria incluir tambm os veculos automotores aquticos e areos.
Assim, caro aluno, toda legislao estadual que inclua entre os veculos
abrangidos pelo imposto aqueles de natureza aqutica e area constituem letra
morta na lei. Conforme vimos, a Suprema Corte excluiu os veculos
aquticos e areos do campo de incidncia do imposto estadual.
No significa, porm, que uma questo de prova que venha a abordar a
incidncia do IPVA sobre eles esteja, primeira vista, incorreta. Muitas
bancas cobram a literalidade do que consta na lei estadual, como o caso da
Fundao Getlio Vargas (FGV). A menos que seja expressamente cobrado o
que determinam os tribunais superiores, aconselhvel seguir o que
determina a legislao estadual, por mais incoerente que esteja com a
jurisprudncia mais atualizada.
Quanto ao IPVA, a CF/88 traz ainda um importante dispositivo relacionado
sua cobrana pelos Estados e pelo DF: o 1 do artigo 150 da CF/88, includo
pela EC n 42/03, que trata das excees ao princpio da noventena
tributria e ao da anterioridade do exerccio financeiro. Seu texto o
seguinte:
1 A vedao do inciso III, b, no se aplica aos tributos
previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a
vedao do inciso III, c, no se aplica aos tributos previstos
nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem fixao
da base de clculo dos impostos previstos nos arts. 155,
III, e 156, I. (Grifo nosso)
Por sua vez, o inciso III, nas suas alneas b e c, do mesmo artigo 150 da
CF/88, traz o seguinte:
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Art. 150. Sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, vedado Unio, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municpios: (...)
III - cobrar tributos: (...)
b) no mesmo exerccio financeiro em que haja sido
publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja
sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o
disposto na alnea b (Grifos nosso)
A inteligncia do 1 do artigo 150 da CF/88, junto com as alneas b e c do
seu inciso III, nos traz uma importante concluso sobre uma mudana na
base de clculo do IPVA. Esta mudana, e somente esta, j pode produzir
efeitos a partir do dia 1 de janeiro, desde que publicada em lei competente
para tanto at o dia 31 de dezembro do ano anterior, se assim quiser dispor
o legislador estadual.
A produo dos efeitos no precisar obedecer ao prazo de noventa
dias anteriores data de publicao da lei que alterou a base de clculo.
A justificativa para a previso de exceo ao princpio da noventena dada
s alteraes da base de clculo do IPVA bastante simples, conforme
ensina brilhantemente o professor Ricardo Alexandre, em sua obra Direito
Tributrio Esquematizado (Editora Mtodo, 4 Edio, pginas 147 e 148, com
adaptaes):
O momento mais propcio para que as fazendas pblicas
estaduais procedam s revises dos valores dos veculos o fim
de cada exerccio. Primeiro, por possibilitar levar em
considerao toda a variao daquele ano; segundo, e mais
importante, porque as leis estaduais geralmente elegem o dia
1 de janeiro como aquele em que se considera ocorrido os
respectivos fatos geradores.
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Se no fosse a exceo constitucional dada ao tributo, a
reviso das bases de clculo (valores dos bens) deveria ser
feita por lei necessariamente publicada at o dia 03 de outubro,
sob pena de no poder ser aplicada aos fatos geradores a
ocorrerem no 1 de janeiro subseqente
Por sua vez, o artigo 146 da CF/88, em seu inciso III, alnea a, dispe caber
lei complementar federal estabelecer normas gerais em matria de
legislao tributria, especialmente sobre definio de tributos e de suas
espcies, bem como, em relao aos impostos nela discriminados, a dos
respectivos fatos geradores, bases de clculo e contribuintes.
Tendo em vista a existncia dos 26 Estados e do Distrito Federal, o legislador
constitucional achou por bem destinar o dever de edio de normas gerais
sobre impostos lei complementar federal. A razo simples: com fatos
geradores, bases de clculo e contribuintes definidos em lei nacional, caberia
aos Estados e ao Distrito Federal apenas seguir os regramentos j
estabelecidos, tornado as diversas legislaes internas de cada Ente
uniformes entre si.
Outro importante ponto decorrente da uniformizao da legislao em lei
complementar federal seria a delimitao da possibilidade dos entes polticos
definirem contribuintes, bases de clculo e fatos geradores que bem
entendessem, criando situaes que pudessem extrapolar a competncia
atribuda pela CF/88 ou os limites de uma tributao justa e eficiente.
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Como exemplos de infortnios, podemos citar a criao de alquotas
extremamente onerosas ao sujeito passivo, a incidncia do imposto sobre
veculos no abrangidos por sua competncia tributria e o estabelecimento de
obrigaes acessrias desprovidas de racionalidade.
Segue o texto da alnea a do inciso III do artigo 146 da CF/88:
Art. 146. Cabe lei complementar: (...)
III - estabelecer normas gerais em matria de legislao
tributria, especialmente sobre:
a) definio de tributos e de suas espcies, bem como, em
relao aos impostos discriminados nesta Constituio,
a dos respectivos fatos geradores, bases de clculo e
contribuintes. (Grifo nosso)
Entretanto, a Unio ainda no exerceu sua competncia legislativa de
editar normas gerais relativas ao IPVA, veiculando-as em lei
complementar. Assim, coube aos Estados e ao Distrito Federal editarem suas
prprias leis, criando e normatizando o imposto, uma vez que a CF/88
apenas define a competncia tributria de cada ente para a instituio
de tributos.
Essa celeuma legislativa decorrente da no edio de lei complementar federal
estabelecendo normas gerais quanto ao IPVA tema de diversas discusses
sobre a constitucionalidade ou no da cobrana do imposto.
Embora recepcionado com status de Lei Complementar pela CF/88, o Cdigo
Tributrio Nacional (CTN) no disciplinou o IPVA em seu texto, conforme prev
o artigo 146, III, a da Carta Suprema. O motivo simples: o IPVA foi criado
apenas com o surgimento da Constituio Federal de 1967. Sendo o CTN lei
criada em 1966, no houve nele nenhuma referncia ao imposto em
tela, cabendo legislao posterior a tarefa de normatiz-lo.
Muitos estudiosos do direito tributrio entendem ser inconstitucional a
cobrana do IPVA diante do disposto no artigo 146 da CF/88 e da falta de lei
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complementar definindo fatos geradores, contribuintes e bases de clculo. A
previso desses trs atributos do imposto em legislao estadual estaria
ofendendo diretamente competncia de lei federal prevista na CF/88, segundo
os estudiosos.
Entretanto, tal controvrsia no procede, tendo em vista o disposto no artigo
24 da CF/88, em seu 3, que diz o seguinte:
Art. 24. Compete Unio, aos Estados e ao Distrito Federal
legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributrio, financeiro, penitencirio, econmico e
urbanstico;
(...)
3 - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados
exercero a competncia legislativa plena, para atender a
suas peculiaridades. (Grifos nosso)
Assim, os Estados e o Distrito Federal podero editar as leis instituidoras do
IPVA para atender s suas peculiaridades, no incidindo em
inconstitucionalidade, uma vez que h inexistncia de lei complementar federal
e autorizao expressa na prpria CF/88 para a instituio.
Entretanto, a supervenincia de lei federal dispondo sobre normas gerais
suspende a eficcia da lei estadual no que esta lhe for contrria, conforme
preceitua o 4, do mesmo artigo 24 da CF/88:
4 - A supervenincia de lei federal sobre normas gerais
suspende a eficcia da lei estadual, no que lhe for contrrio.
Obviamente, no que diz respeito lei estadual, o presente pargrafo refere-se
tambm lei distrital, quando esta instituda no tocante competncia
estadual do Distrito Federal.
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Muita ateno deve ser dada ao termo suspende, presente no texto do 4.
Ele tema recorrente em provas de concursos, uma vez que lei federal no
pode revogar leis estaduais e distritais, por estar no mesmo plano
hierrquico destas. Editada lei federal de normas gerais sobre o IPVA, esta
suspende a eficcia das leis estaduais e distritais. Sobrevindo sua
revogao, as leis suspensas voltam a vigorar imediatamente.
Para solidificar o exposto, segue deciso do Supremo Tribunal Federal (STF) no
julgamento do RE 414259 AgR/MG, publicada em 15 de agosto de 2008:
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
EXTRAORDINRIO. IPVA. LEI ESTADUAL. ALQUOTAS
DIFERENCIADAS EM RAZO DO TIPO DO VECULO.
1. Os Estados-membros esto legitimados a editar
normas gerais referentes ao IPVA, no exerccio da
competncia concorrente prevista no artigo 24, 3, da
Constituio do Brasil. 2. No h tributo progressivo quando
as alquotas so diferenciadas segundo critrios que no levam
em considerao a capacidade contributiva. (Grifo nosso)
Quanto repartio das receitas tributrias oriundas da arrecadao do IPVA,
a CF/88 dispe que:
Art. 158. Pertencem aos Municpios: (...)
III - cinqenta por cento do produto da arrecadao do
imposto do Estado sobre a propriedade de veculos
automotores licenciados em seus territrio; (Grifo nosso)
De fcil compreenso, o artigo 158 e seu inciso III dispem que pertence aos
municpios 50% do montante total arrecadado pelo Estado com o
IPVA. Entretanto, ateno especial deve ser dada parte final do texto do
inciso III. A metade (50%) do total arrecadado pelo Estado com o IPVA no
ser repartida com os municpios indistintamente, apenas a parte
relacionada aos veculos licenciados no territrio do ente municipal.
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Como exemplo, se o municpio fluminense de Porcincula licenciar 2.000
veculos em seu territrio no ano de 2010, totalizando R$ 2 milhes de reais
em arrecadao, R$ 1 milho ser destinado aos cofres municipais, apesar do
IPVA ser imposto de competncia estadual.
Por sua vez, em seu artigo 167, a CE/89 apenas remete a forma de repartio
das receitas do IPVA ao que disposto na CF/88:
Artigo 167 - O Estado destinar aos Municpios:
I - cinquenta por cento do produto da arrecadao do imposto
sobre a propriedade de veculos automotores licenciados em
seus respectivos territrios; (...)
Ademais, tanto a CF/88 quanto a CE/89 no mais dispem sobre o IPVA em
seus textos, restando legislao infraconstitucional estadual normatizar o
imposto.
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Lei estadual n 13.296, de 23 de dezembro de 2008
Diante da inrcia do legislador federal em editar a lei complementar requerida
pelo artigo 146, inciso III, alnea a, da CF/88, coube aos Estados e ao
Distrito Federal editarem suas prprias leis relativas ao IPVA.
Assim como os demais Entes polticos competentes, o Estado de So Paulo
editou a lei estadual n 13.296, em 23 de dezembro de 2008, exercendo a
competncia prevista no 3 do artigo 24 da CF/88 e regulando o imposto em
seu territrio.
Vamos agora ao estudo dessa importante lei paulista e para o seu concurso, caro aluno. Bons estudos!
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Fato Gerador do IPVA
Da prpria nomenclatura do imposto podemos extrair a situao que d
origem ao fato gerador do imposto, qual seja, a propriedade de veculo
automotor. Mas antes de vermos o fato gerador do IPVA na legislao
paulista, vamos ver o que esta nos diz sobre o que vem a ser um veculo
automotor. Veja a redao do artigo 1 da lei estadual n 13.296, de 2008:
Artigo 1 - Fica estabelecido, por esta lei, o tratamento
tributrio do Imposto sobre a Propriedade de Veculos
Automotores - IPVA.
Pargrafo nico - Considera-se veculo automotor aquele
dotado de mecanismo de propulso prpria e que sirva
para o transporte de pessoas ou coisas ou para a
trao de veculos utilizados para o transporte de
pessoas ou coisas. (Grifos nosso)
Observe que para um veculo ser considerado automotor e sofrer a incidncia
do IPVA, OS DOIS REQUISITOS previstos no pargrafo nico do artigo 1
devem ser cumpridas CUMULATIVAMENTE! Esses requisitos so:
Dotado de mecanismo de propulso prpria (motores, que
independam da fora motriz de um humano ou de um
semovente);
Sirva para o transporte de pessoas ou coisas ou para a trao
de veculos utilizados para o transporte de pessoas ou coisas
(carrinhos de aparar grama de jardim so dotados de
propulso prpria, embora no sirvam para o transporte de
pessoas ou coisas);
Visto isso, vamos em frente com o nosso fato gerador do IPVA.
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Uma vez que o fato gerador definido como a propriedade de veculos
automotores, todo aquele que possui veculo matriculado em seu nome
obrigado ao pagamento do imposto. Veja o que nos diz o artigo 2 da
lei estadual, caro aluno:
Artigo 2 - O Imposto sobre a Propriedade de Veculos
Automotores - IPVA, devido anualmente, tem como fato
gerador a propriedade de veculo automotor. (Grifos
nosso)
Uma palavrinha mgica nessa redao, caro aluno: ANUALMENTE! Guarde
bem. O IPVA devido a cada novo ano, embora voc j deva estar careca de
saber isso. Passadas as festas de natal e fim de ano, chegou o IPVA... Vamos
em frente!
Em regra, o fato gerador do IPVA paulista ocorre no dia 1 de janeiro de
cada ano. Esse fato gerador, contudo, que ocorre periodicamente e a cada
novo ano, refere-se aos veculos usados, cuja propriedade pertena a uma
pessoa fsica ou jurdica. Essa propriedade a constante no Cadastro de
Contribuintes do IPVA do Estado de So Paulo.
Entretanto, como bem falei, essa a regra geral. Se voc tem um veculo sob
o seu nome, caro aluno, a cada novo ano que chega, ano aps ano, voc ser
obrigado a pagar o IPVA. E esse valor devido integralmente, salvo algum
desconto ou coisa do tipo.
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Aluisio, voc falou integralmente. E se eu compro um veculo no ms de
maio de 2012, por exemplo? Vou pagar o IPVA completo tambm?
Nesses casos, no ir pagar o valor total, senhor proprietrio de veculo. Ser
um valor proporcional ao perodo de meses em que voc deu origem ao fato
gerado do IPVA, qual seja, a propriedade de um veculo automotor conforme
descrito na norma estadual. Mas isso veremos em outro item da aula. Por
enquanto vamos saber as situaes em que isso pode ocorrer, que so os
casos em que o fato gerador no ocorre necessariamente no dia 1 de
janeiro.
Veja o que nos diz o artigo 3 da lei estadual n 13.296, de 2008:
Artigo 3 - Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto:
I - no dia 1 de janeiro de cada ano, em se tratando de
veculo usado;
II - na data de sua primeira aquisio pelo consumidor,
em se tratando de veculo novo;
III - na data de seu desembarao aduaneiro, em se
tratando de veculo importado diretamente do exterior
pelo consumidor;
IV - na data da incorporao do veculo novo ao ativo
permanente do fabricante, do revendedor ou do
importador;
V - na data em que deixar de ser preenchido requisito
que tiver dado causa imunidade, iseno ou dispensa
de pagamento;
VI - na data da arrematao, em se tratando de veculo
novo adquirido em leilo;
VII - na data em que estiver autorizada sua utilizao,
em se tratando de veculo no fabricado em srie;
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VIII - na data de sada constante da Nota Fiscal de
venda da carroceria, quando j acoplada ao chassi do
veculo objeto de encarroamento;
IX - na data em que o proprietrio ou o responsvel pelo
pagamento do imposto deveria ter fornecido os dados
necessrios inscrio no Cadastro de Contribuintes do
IPVA deste Estado, em se tratando de veculo procedente
de outro Estado ou do Distrito Federal;
X - relativamente a veculo de propriedade de empresa
locadora:
a) no dia 1 de janeiro de cada ano, em se tratando de
veculo usado j inscrito no Cadastro de Contribuintes
do IPVA deste Estado;
b) na data em que vier a ser locado ou colocado
disposio para locao no territrio deste Estado, em se
tratando de veculo usado registrado anteriormente em
outro Estado;
c) na data de sua aquisio para integrar a frota
destinada locao neste Estado, em se tratando de veculo
novo.
Pargrafo nico - O disposto no inciso X deste artigo aplica-
se s empresas locadoras de veculos qualquer que seja o
seu domiclio, sem prejuzo da aplicao das disposies dos
incisos II a IX, no que couber.
Quer ver uma questo sobre o tema? Bem simplesinha, apenas para ver se
voc memorizou bem o que foi dito, caro aluno. Vamos a ela!
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(Questo Indita) Em relao ao fato gerador do IPVA, constante na
legislao paulista, assinale a alternativa que completa corretamente o
seguinte enunciado: Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto:
a) em se tratando de veculo novo, no dia 1 de janeiro de cada ano;
b) em se tratando de veculo no fabricado em srie, na data em que o
proprietrio ou o responsvel pelo pagamento do imposto fornecer os
dados necessrios inscrio no Cadastro de Contribuintes do IPVA;
c) na data da incorporao do veculo novo ao ativo permanente do
fabricante, do revendedor ou do importador;
d) em se tratando de veculo novo, relativamente a veculo de propriedade
de empresa locadora, na data em que vier a ser locado ou colocado
disposio para locao no territrio deste Estado;
e) em se tratando de veculo importado diretamente do exterior, na data de
seu desembarao aduaneiro.
Imagino que voc tenha memorizado todas as situaes e respondido com
certa confiana o que consta nas alternativas. Para que seus olhos no traiam
voc e digam a resposta procurando alguma letra solta que possa ser o
gabarito da questo nesse texto que voc est lendo nesse momento, a
alternativa correta a primeira letra da palavra concurseiro.
Porm, imagino que tenha ficado em dvida quanto ltima alternativa. Nos
casos de veculos importados diretamente do exterior, o fato gerador nem
sempre ocorre na data do desembarao aduaneiro, mas apenas nos casos em
que o veculo importado diretamente pelo consumidor final. D uma olhada
no que consta na terceira alternativa.
Enquanto o veculo importado estiver apenas no estoque da empresa
importadora, ele ser uma mera mercadoria, no incidindo o IPVA. Somente
ao ser adquirido por consumidor final, ou incorporado ao patrimnio da
importadora, ser devido o IPVA. Guarde bem isso, caro aluno! Vamos em
frente com o que nos dizem os incisos do artigo 3 da lei estadual!
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O inciso I ns j vimos anteriormente. Ele se refere regra geral. Nesta, o
fato gerador do IPVA ocorre a cada 1 de janeiro de cada novo, sendo devida
a regra em relao aos veculos usados.
J o inciso II traz outra regra geral, mas desta vez relativa aos veculos
novos. Enquanto o veculo permanece apenas no estoque de uma
concessionria ou importadora de veculos, ele considerado apenas uma
mera mercadoria, no incidindo o IPVA. Apenas quando ele comercializado
que o imposto ser devido, uma vez que nesse momento que se
considerado ocorrido o fato gerador do mesmo, j que nesse momento que
se verifica a propriedade de um veculo automotor, e no de uma simples
mercadoria colocada venda.
Desse modo, para os veculos novos, o fato gerador do IPVA ocorre na data
da primeira aquisio do veculo.
Em se tratando de veculo novo, mais uma vez, o fato gerador ocorre no
dia em que se der a aquisio do veculo, em concessionrias ou
equivalentes, quando se tratar de consumidor final, seja ele pessoa
fsica ou jurdica. Essa a regra aplicvel na revenda comum de veculos
novos, qual estamos acostumados.
Ao entrarmos numa concessionria de veculos, escolhermos um modelo e
compr-lo, neste momento ocorre o fato gerador do imposto, qual seja, o
momento da aquisio, documentada atravs de emisso de nota fiscal de
venda ou outro documento de efeito equivalente.
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Professor, e quanto aos veculos que ficam parados no ptio das
montadoras? Esta pagar imposto sobre esses veculos? Afinal, a montadora
a proprietria deles.
Durante o tempo que permanecem nas montadoras ou nas concessionrias
esperando os adquirentes, repito, os veculos novos no so tratados
como tal, destinados ao uso para o qual foram concebidos. So tratados
como meras mercadorias, no incidindo assim o IPVA.
Por exemplo, depois de fabricados, a Ford, a General Motors e a Fiat colocam
seus veculos no ptio de suas montadoras, esperando os compradores
diretos ou os transportadores que iro lev-los s concessionrias. Ainda que
tenham a propriedade dos veculos enquanto estes esto no seu ptio para
venda, as montadoras no pagaro o IPVA respectivo. Da mesma maneira
ocorre com as revendedoras e concessionrias de veculos ao
colocarem estes em seu mostrurio ou estoque para revenda aos
consumidores finais.
Entretanto, ao incorporar um dos veculos destinados venda ou revenda
ao seu ativo permanente, destinando-os a outras finalidades que no a de
simples mercadoria, ocorrer o fato gerador, semelhantemente ao que ocorre
quando da aquisio por consumidor final. Esse o caso previsto no inciso IV
do artigo 3 da lei estadual.
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Outra situao diz respeito aos veculos importados do exterior. Regra
geral, caso o veculo seja importado por consumidor final, sendo destinado
utilizao assim que entrar no territrio nacional, o fato gerador ocorre na
data do Desembarao Aduaneiro.
Desembarao Aduaneiro o ato mediante o qual a Autoridade Tributria e
Aduaneira atesta a verificao do correto cumprimento da legislao
tributria, administrativa e aduaneira pelo importador, liberando a mercadoria
objeto de importao, encerrando o Despacho de Importao.
Caso uma empresa revendedora adquira veculos no exterior e os traga para
o Brasil com o intuito de comercializ-lo, o fato gerador s ocorre na data
de sada do veculo da revendedora para o consumidor final,
considerada esta como a data de aquisio. Esse o caso previsto no
inciso III da lei estadual.
Assim, fica diferida a ocorrncia do fato gerador do IPVA, j que este no
ocorre no momento de entrada do veculo na revendedora, nem em
decorrncia do desembarao aduaneiro.
Quando a empresa importadora e revendedora de veculos importa um
veculo e, aps o desembarao aduaneiro, decide posteriormente incorpor-
lo ao seu ativo permanente, haver o fato gerador do imposto sobre o
veculo no momento da incorporao. Nessa situao, o veculo inicialmente
importado como mercadoria passa a ser bem de uso da empresa, dando
origem ao fato gerador. Mais uma vez, temos o que consta no inciso IV.
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No caso acima, houve diferimento do fato gerador do IPVA. Quando a
empresa importadora e revendedora importa diretamente para seu uso, como
ativo permanente, esta ser tratada como simples consumidor final.
E quando um proprietrio de veculo beneficiado por imunidade, iseno ou
dispensa de pagamento do tributo devido perde esse benesse tributrio? O
que acontece com o IPVA? Ser devido em relao ao ano inteiro ou apenas
em relao ao tempo restante posterior perda do benefcio?
Nesses casos, o fato gerador ocorre nada data em que deixar de ser
preenchido o requisito que houver dado causa ao beneficio tributrio.
Calma, professor. Fato gerador no caso de iseno ou dispensa de
pagamento? No caso de imunidade eu at aceito, mas nesses no. Por acaso
o fato gerador no j ocorreu? Ou o senhor est ensinando errado l nas suas
aulas de direito tributrio?
Voc tem toda razo, caro aluno. Nos casos de iseno ou dispensa, o fato
gerador j ocorreu, no tendo que se falar em ocorrncia de um novo fato
gerador em razo da falta de preenchimento dos requisitos. Nesse caso,
temos uma impropriedade tcnica do legislador. A inteno dele era a de
dizer que o IPVA ser devido dali em diante, ou seja, apenas em relao aos
meses em que o beneficio j no aproveita mais ao seu beneficirio. Ok? Esse
o caso previsto no inciso V da lei estadual.
O inciso VI traz um caso bem simples de ocorrncia do fato gerador. No caso
de veculos NOVOS adquiridos em leilo, a data da ocorrncia do fato gerador
do IPVA se verifica na data da arrematao, que aquela em que o veculo
passa a ser de propriedade do arrematante.
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O inciso VII trata dos casos de veculos que no so fabricados em srie, mas
em razo de pedidos realizados juntos s montadoras de veculos. Seria o
caso, por exemplo, do veculo de passeio adquirido pelo Sulto Al Nahyan,
dos Emirados rabes Unidos, cujo Audi A8 foi produzido totalmente em prata
verdadeira (nos locais onde isso possvel, claro rodas de prata no iam
ficar legais). Esse tipo de carro, regra geral, no produzido em srie.
Caso um desse fosse produzido no Brasil, por exemplo, a data da ocorrncia
do fato gerador do simplrio IPVA a ser pago se daria na data em que for
autorizada sua utilizao.
Existem situaes em que o chassi vendido separadamente da carroceria do
veculo. Enquanto esta no estiver acoplada quela, no temos, para efeitos
de IPVA, um veculo automotor. Nesses casos, o fato gerador do IPVA ocorre
na data da sada da carroceria constante na nota fiscal de venda da
carroceria, quando j acoplada ao chassi do veculo. Esse o caso previsto no
inciso VIII.
Quanto ao inciso IX, temos o fato gerador relativo aos veculos procedentes
de outros Estados e do Distrito Federal, nos casos em que o proprietrio ou
responsvel pelo pagamento deve fornecer os dados necessrios inscrio
no Cadastro de Contribuintes do IPVA. Nesses casos, o fato gerador do
imposto ocorre na data em que estes dados deveriam ser informados.
Por fim, temos o inciso X, que trata dos veculos de propriedade de empresas
locadoras. Para os veculos pertencentes a essas pessoas jurdicas, o fato
gerador do IPVA pode ocorrer em trs situaes diferentes, que so:
a) no dia 1 de janeiro de cada ano, em se tratando de veculo usado
j inscrito no Cadastro de Contribuintes do IPVA deste Estado (segue
a regra geral prevista no inciso I, normalmente);
b) na data em que vier a ser locado ou colocado disposio para
locao no territrio deste Estado, em se tratando de veculo
usado registrado anteriormente em outro Estado (so os casos de
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veculos usados registrados em outros Estados e no Distrito Federal e
que vm a ser registrados no Estado de So Paulo);
c) na data de sua aquisio para integrar a frota destinada
locao neste Estado, em se tratando de veculo novo.
E no caso de veculo novo vindo de outro Estado, professor?
Nesse caso, somente se paga o ICMS mesmo, caro aluno, j que ainda no
temos um veculo, mas sim uma mercadoria. Somente com o registro do
veculo em algum DETRAN que ele perde essa caracterstica de veculo novo
e, por consequncia, de mercadoria. Ok?
Ainda quanto aos veculos pertencentes a locadoras, a previso que
acabamos de ver se aplica s empresas locadoras de veculos qualquer que
seja o seu domiclio, seja ele no Estado de So Paulo ou em outra unidade da
federao.
Veja um resumo com os fatos geradores:
VECULO FATO GERADOR
NOVO DATA DE AQUISIO
USADO 1 DE JANEIRO DE CADA NOVO ANO
(REGRA GERAL)
IMPORTADO
DATA DO DESEMBARAO ADUANEIRO,
CASO IMPORTADO POR CONSUMIDOR
FINAL
INCORPORADO
DATA DA INCORPORAO AO ATIVO
PERMANENTE DO FABRICANTE, DO
REVENDEDOR OU DO IMPORTADOR
PERDA DE
IMUNIDADE,
DATA EM QUE FOR VERIFICADA A FALTA
DE PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS
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ISENO OU
DISPENSA
PARA A FRUIO DO BENEFCIO
LEILO DATA DA ARREMATAO
NO FABRICADO EM
SRIE
DATA DE AUTORIZAO DA UTILIZAO
PELO RGO COMPETENTE
OBJETO DE
ENCARROAMENTO
DATA DE SAIDA CONSTANTE DA NOTA
FISCAL DE VENDA DA CARROCERIA
PROCEDENTE DE
OUTRO ESTADO OU
DO DF
DATA EM QUE O SUJEITO PASSIVO
DEVERIA TER FORNECIDO OS DADOS
NECESSRIOS INSCRIO NO
CADASTRO DE CONTRIBUINTES DO IPVA
DE PROPRIEDADE DE
EMPRESA LOCADORA
(USADO)
1 DE JANEIRO DE CADA ANO
DE PROPRIEDADE DE
EMPRESA LOCADORA
(ORIUNDO DE OUTRA
UNIDADE FEDERAT.)
DATA EM QUE VIER A SER LOCADO OU
COLOCADO DISPOSIO PARA
LOCAO
DE PROPRIEDADE DE
EMPRESA LOCADORA
(NOVO)
DATA DA AQUISIO PARA INTEGRAR A
FROTA
Visto isso, vamos, vamos ao que dispe a lei quanto ao domicilio tributrio do
sujeito passivo do IPVA!
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Domiclio Tributrio
O domicilio tributrio do sujeito passivo do IPVA no Estado de So Paulo est
regulado no artigo 4 da lei estadual n 13.296, de 2008. O caput desse
artigo nos diz o seguinte:
Artigo 4 - O imposto ser devido no local do domiclio ou da
residncia do proprietrio do veculo neste Estado.
Observe que tanto a residncia quanto o domicilio do sujeito passivo podem
ser utilizados para fins de domicilio tributrio relativo ao IPVA paulista,
conforme o situao. Guarde bem, caro aluno: tanto o local do domicilio
quanto da residncia do sujeito passivo.
O 1 do artigo 4 traz disposio quase que idnticas s presentes no artigo
127 do CTN. Veja a redao do citado pargrafo, relativamente s pessoas
naturais, s pessoas jurdicas de direito pblico e s pessoas jurdicas de
direito privado:
1 - Para os efeitos desta lei, considerar-se- domiclio:
1 - se o proprietrio for pessoa natural:
a) a sua residncia habitual;
b) se a residncia habitual for incerta ou desconhecida, o
centro habitual de sua atividade onde o veculo esteja
sendo utilizado;
2 - se o proprietrio for pessoa jurdica de direito
privado:
a) o estabelecimento situado no territrio deste Estado,
quanto aos veculos automotores que a ele estejam
vinculados na data da ocorrncia do fato gerador;
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b) o estabelecimento onde o veculo estiver disponvel para
entrega ao locatrio na data da ocorrncia do fato gerador,
na hiptese de contrato de locao avulsa;
c) o local do domiclio do locatrio ao qual estiver vinculado o
veculo na data da ocorrncia do fato gerador, na hiptese de
locao de veculo para integrar sua frota;
3 - qualquer de suas reparties no territrio deste Estado,
se o proprietrio ou locatrio for pessoa jurdica de direito
pblico.
Percebeu a diferena entre o que dispe esse pargrafo da lei estadual e o
artigo 127 do CTN? Na lei estadual, diferentemente do CTN, o domicilio
no de livre eleio pelo sujeito passivo, sendo os locais presentes
nos itens 1 a 3, regra geral, definidos como domicilio tributrio.
E caso a pessoa natural possua vrias residncias? O que acontece? Quem
nos responde isso o 1 do mesmo artigo 4 da lei estadual, que assim nos
diz:
2 - No caso de pessoa natural com mltiplas
residncias, presume-se como domiclio tributrio para fins
de pagamento do IPVA:
1 - o local onde, cumulativamente, possua residncia e
exera profisso;
2 - caso possua residncia e exera profisso em mais de um
local, o endereo constante da Declarao de Imposto
de Renda. (Grifos nosso)
Observe que a disposio constante no pargrafo acima uma presuno. Se
no puder ser atendido o que dispe o item 1 do 1, deve-se recorrer ao
2, seguindo a ordem constante nos seus itens 1 e 2. No ltimo caso, ser
considerado como domicilio tributrio o endereo constante da Declarao do
Imposto de Renda.
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Professor, e se por acaso o sujeito no possuir declarao de imposto de
renda? Como que fica o domicilio tributrio?
Voc insistente, heim amigo?? Se depois de tudo isso ainda no for possvel
definir um domiclio tributrio... vem o golpe de misericrdia, constante no
3. Veja o que ele nos diz:
3 - Na impossibilidade de se precisar o domiclio
tributrio da pessoa natural nos termos dos 1 e 2
deste artigo, a autoridade administrativa poder fix-lo
tomando por base o endereo que vier a ser apurado
em rgos pblicos, nos cadastros de domiclio
eleitoral e nos cadastros de empresa seguradora e
concessionria de servio pblico, dentre outros.
(Grifos nosso)
Satisfeito agora, caro aluno? Por favor, diga que sim. Seno, no terei mais
como ajudar voc a encontrar um domicilio tributrio para o nosso sujeito
passivo pessoa natural. Ok? A autoridade fiscal vai buscar um domiclio
tributrio nem que seja nos cadastros da UNE.
Por sua vez, caso um determinado veculo no possa ser vinculado
precisamente a uma determinada pessoa jurdica de direito privado na data
de ocorrncia do fato gerador, PRESUME-SE como domiclio tributrio o local
do estabelecimento onde haja INDCIOS DE UTILIZAO com predominncia
sobre os demais estabelecimentos da mesma pessoa jurdica.
Assim, se um determinado veculo passa 60% do tempo em determinada
estabelecimento e o restante em outro, o primeiro ser dada como domiclio
tributrio para efeitos do IPVA devido.
Ainda quanto ao domiclio tributrio, temos que:
Presume-se domiciliado no Estado de So Paulo o proprietrio cujo
veculo estiver registrado no rgo competente deste Estado, e no
naquele onde o proprietrio efetivamente tenha residncia;
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Em se tratando de veculo de propriedade de empresa de
arrendamento mercantil (leasing), o imposto ser devido no local
do domiclio ou residncia do arrendatrio, e no do arrendante
(em geral, a instituio financeira);
Para os efeitos da alnea b do item 2 do 1, equipara-se a
estabelecimento da empresa locadora neste Estado, o lugar de situao
dos veculos mantidos ou colocados disposio para locao.
Vamos a uma questo? Guardou bem o que foi exposto? Vejamos.
(Questo Indita) Tendo em vista o que dispe a legislao do Estado de
So Paulo quanto ao domiclio tributrio para efeitos do IPVA, assinale a
alternativa correta:
a) O imposto ser devido no local do domiclio e da residncia do proprietrio
do veculo neste Estado;
b) No caso de pessoa natural com mltiplas residncias, presume-se como
domiclio tributrio para fins de pagamento do IPVA, o local onde,
cumulativamente, possua residncia e exera profisso;
c) Em se tratando de veculo de propriedade de empresa de arrendamento
mercantil (leasing), o imposto ser devido no local do domiclio ou
residncia do arrendante;
d) A autoridade administrativa no poder fixar o domiclio tributrio da
pessoa natural tomando por base o endereo que vier a ser apurado em
rgos pblicos, nos cadastros de domiclio eleitoral e nos cadastros de
empresa seguradora e concessionria de servio pblico, dentre outros;
e) Considerar-se- domiclio, se o proprietrio for pessoa jurdica de direito
privado, dentre outras situaes, o estabelecimento onde o veculo estiver
disponvel para entrega ao locatrio na data da ocorrncia do fato
gerador, na hiptese de locao de veculo para integrar sua frota.
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Essa questo se apegou s mincias da redao do artigo 4 da lei estadual
n 13.296, de 2008. Esse o tipo de questo que a FCC, provvel banca
organizadora do concurso, costuma cobrar.
Como essa questo est em uma pgina diferente desta, posso colocar o
gabarito sem que voc seja tentando a olha-lo antes de tentar responder a
questo.
Para a questo apresentada, o gabarito a alternativa b, a nica que
corresponde fielmente ao que consta no enunciado.
Vamos ao nosso prximo tema, que o relativo aos contribuintes e
responsveis pelo pagamento do IPVA no Estado de So Paulo.
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Contribuintes e Responsveis
A inteligncia dos normativos presentes na lei estadual sobre a definio
daqueles que venham a ser os contribuintes do imposto, decorre da prpria
definio do tributo, onde no se pode conceber outro contribuinte seno o
prprio proprietrio do veculo automotor.
Para efeitos de propriedade, vlido o constante nos documentos legais
emitidos pelos rgos de trnsito estaduais competentes, quando do cadastro
e licenciamento do veculo. No Estado de So Paulo este rgo o DETRAN
(Departamento Estadual de Trnsito).
Veja o que nos diz o artigo 5 da lei estadual n 13.296, de 2008:
Artigo 5 - Contribuinte do imposto o proprietrio do
veculo.
Pargrafo nico - No caso de pessoa jurdica, considera-se
contribuinte:
1 - cada um dos seus estabelecimentos para fins de
cumprimento das obrigaes contidas nesta lei;
2 - o conjunto dos estabelecimentos para fins de
garantia do cumprimento das obrigaes. (Grifos nosso)
Como no poderia deixar de ser, os contribuintes do imposto podem ser
tanto pessoas fsicas quanto jurdicas, indistintamente. Tanto as
pessoas fsicas quanto as jurdicas podem constar nos documentos de
propriedade do veculo com as detentoras deste.
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Ainda que no se tenha a posse, mas apenas a propriedade do veculo, toda a
responsabilidade pelo pagamento do imposto, bem como das obrigaes
acessrias, continua a ser daquele que consta na documentao do veculo
como sendo o dono, o proprietrio stricto sensu. o que ocorre quando
doamos um veculo a algum e deixamos este em nosso nome.
A situao acima semelhante que ocorre com as multas pelas quais
respondemos ao emprestar nosso carro a algum e esse algum vir a
cometer uma infrao de trnsito e no ser abordada por autoridade
competente. Todos os pontos correspondentes infrao iro diretamente
para o pronturio da nossa carteira de motorista. Somos o proprietrio do
veculo, conforme consta no cadastro deste.
Em regra, toda responsabilidade por infraes recair na pessoa do
proprietrio do veculo. O mesmo ocorre com a responsabilidade
tributria (lato sensu) em relao ao IPVA.
Observe que quanto s pessoas jurdicas, a legislao estadual atribui dois
tipos de responsabilidade ao contribuinte: uma relativa ao prprio
cumprimento da obrigao tributria de pagar o imposto, conferida
ao estabelecimento individualmente considerado; e outra relativa ao
conjunto de estabelecimentos da pessoa jurdica, relativamente
garantia quanto ao cumprimento das obrigaes. Ou seja, caso um
estabelecimento individualmente considerado no cumpra a sua obrigao de
pagar o tributo, os outros estabelecimentos podem ser chamados a saldar o
dbito. Isso mesmo que voc pensou, caro aluno: e na qualidade de
CONTRIBUINTE! Uma coisa o cumprimento. Outra a garantia pelo
cumprimento.
Quanto responsabilidade solidria pelo pagamento do imposto,
muito comum nas legislaes estaduais, esta atribuda tanto ao
proprietrio quanto ao possuidor do veculo. Entretanto, pode ser
atribuda tambm ao alienante, em relao aos tributos devidos
anteriormente alienao.
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Est com coragem? Pronto para enfrente a pequena lista de pessoas
escolhidas como responsveis pelo pagamento do IPVA e dos acrscimos
legais devidos? Vamos em frente.
Conforme o artigo 6 da lei estadual n 13.296, de 2008, so responsveis
pelo pagamento do imposto e dos acrscimos legais devido ao Estado de So
Paulo quanto ao IPVA as seguintes pessoas:
1) O adquirente, em relao ao veculo adquirido sem o pagamento
do imposto e acrscimos legais do exerccio ou exerccios
anteriores;
2) O proprietrio de veculo automotor que o alienar e no fornecer
os dados necessrios alterao no Cadastro de Contribuintes
do IPVA no prazo de 30 dias, em relao aos fatos geradores
ocorridos entre o momento da alienao e o do conhecimento desta
pela autoridade responsvel;
3) O leiloeiro, em relao ao veculo adquirido ou arrematado em
leilo e entregue sem comprovao do pagamento do IPVA e
acrscimos legais pendentes sobre o mesmo, correspondente ao
exerccio ou exerccios anteriores;
4) O inventariante, pelos dbitos devidos pelo esplio;
5) O tutor ou o curador, pelos dbitos de seu tutelado ou curatelado;
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6) A pessoa jurdica que resultar da fuso, incorporao ou ciso de
outra ou em outra pessoa jurdica;
7) O agente pblico que autorizar ou efetuar o registro,
licenciamento ou a transferncia de propriedade de veculo
automotor neste Estado, sem a comprovao do pagamento ou do
reconhecimento da imunidade, da concesso da iseno ou
dispensa do pagamento do imposto;
8) A pessoa jurdica de direito privado, bem como o scio, diretor,
gerente ou administrador, que tomar em locao veculo para uso
neste Estado, em relao aos fatos geradores ocorridos nos
exerccios em que o veculo estiver sob locao;
9) O agente pblico responsvel pela contratao de locao de
veculo, para uso neste Estado por pessoa jurdica de direito
pblico, em relao aos fatos geradores ocorridos nos exerccios
em que o veculo estiver sob locao;
10) O scio, diretor, gerente, administrador ou responsvel pela
empresa locadora, em relao aos veculos locados ou colocados
disposio para locao neste Estado;
11) O titular do domnio ou o possuidor a qualquer ttulo;
12) Todo aquele que efetivamente concorrer para a sonegao do
imposto.
Questo rpida? Memorizou o que foi visto acima? No pode voltar agora. S
depois que tentar resolver a questo seguinte, ok? Vamos a ela!
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(Questo Indita) Quanto aos responsveis pelo pagamento do IPVA no
Estado de So Paulo assinale a alternativa que apresenta corretamente uma
dessas pessoas:
a) O adquirente, em relao ao veculo adquirido sem o pagamento do
imposto e acrscimos legais apenas quanto aos exerccios anteriores;
b) O agente pblico que autorizar ou efetuar o registro, licenciamento ou a
transferncia de propriedade de veculo automotor neste Estado, sem a
comprovao do pagamento, exceto em relao aos veculos acobertados
por imunidade, iseno ou dispensa do pagamento do imposto;
c) O scio, diretor, gerente, administrador ou responsvel pela empresa
locadora, em relao aos veculos locados ou colocados disposio para
locao neste Estado;
d) O proprietrio de veculo automotor que o alienar e no fornecer os dados
necessrios alterao no Cadastro de Contribuintes do IPVA no prazo de
20 dias, em relao aos fatos geradores ocorridos entre o momento da
alienao e o do conhecimento desta pela autoridade responsvel;
e) Todo aquele que, direta ou indiretamente, concorrer para a sonegao do
imposto.
Alternativa a) Incorreta. A responsabilidade pelo pagamento do IPVA
relativo tanto aos perodos anteriores alienao quanto ao do exerccio da
mesma. O mesmo vale para os casos apresentados nos itens 3, 4, 5, 6 e 11.
Alternativa b) Incorreta. A responsabilidade quanto essas pessoas se d
inclusive quanto ao reconhecimento de imunidade, iseno ou dispensa de
pagamento, devendo essas condies serem comprovadas perante elas.
Alternativa c) Correta. o que determina o inciso X do artigo 6 da lei
estadual n 13.296, de 2008.
Alternativa d) Incorreta. O prazo de 30 dias, e no de 20.
Alternativa e) Incorreta. Sero responsabilizados todos aqueles que
EFETIVAMENTE concorrerem para a sonegao do IPVA devido.
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Observe que antes de enumerar as pessoas designadas como responsveis,
eu no fiz distino alguma quanto natureza dessa responsabilidade. Por
sua vez, apenas os casos previstos nos itens 1, 2, 3, 7, 8, 9,10, 11 e 12 so
de RESPONSABILIDADE SOLIDRIA, no comportando beneficio de ordem,
assim como prev o artigo 124, pargrafo nico, do CTN.
Por sua vez, no caso de veculo abrangido por imunidade, iseno ou dispensa
do pagamento, o agente pblico, nos casos dos itens 7 e9, e o leiloeiro
DEVEM EXIGIR O COMPROVANTE de fruio do benefcio.
Por fim, para eximir-se da responsabilidade prevista nos itens 8 e 9, a
pessoa jurdica ou o agente pblico dever exigir comprovao de
regular inscrio da empresa locadora no Cadastro de Contribuintes
do IPVA, bem como do pagamento do imposto devido a este Estado,
relativamente aos veculos objetos da locao.
Vamos agora a um tema muito importante da nossa aula relativa ao IPVA: a
sua base de clculo. Bastante ateno nesse item da aula. Ainda mais do que
os outros, claro.
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Base de clculo do IPVA
A base de clculo, juntamente com o fato gerador e a alquota, constitui o
atributo primordial de definio de um tributo. sobre ela que ir incidir a
alquota respectiva, dando origem ao crdito tributrio que ser constitudo
com o lanamento e posteriormente cobrado do sujeito passivo.
Para veculos novos, fica fcil perceber que o valor a ser tributado deve
ser o preo de venda do veculo, uma vez que esse representa o valor
venal de mercado. Assim, quando compramos um veculo novo, pagamos o
IPVA assim que ele deixa a concessionria ou revendedora, conforme o caso.
Regra geral, a base de clculo para fins de determinao do IPVA incidente
sobre veculos novos o valor constante da nota fiscal de venda
estabelecido pela concessionria, ou outro documento de efeito
equivalente, desde que o documento represente a transmisso da
propriedade ao adquirente.
Ento esse ser o valor da base de clculo do veculo durante todo o tempo
em que ele existir, professor?
Claro que no, caro aluno. J imaginou pagarmos por um carro 1996 o
mesmo valor de IPVA para o mesmo carro, mas modelo 2011?
Para os veculos usados, as legislaes estaduais, em geral, facultam ao
Poder Executivo a fixao de tabelas de valores venais relativas aos
diversos veculos fabricados no pas e no exterior.
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As tabelas com valores para determinao da base de clculo so
estabelecidas em virtude da depreciao natural sofrida pelos veculos
ao longo do tempo e das caractersticas prprias de cada veculo, que
impactam diretamente no seu valor venal de mercado.
Os vrios valores constantes nas tabelas levam em considerao diversos
fatores que os diferenciam uns dos outros: ano de fabricao, modelo,
combustvel utilizado e tipo de veculo. o que nos diz o 1 do artigo 7
da lei estadual n 13.296, de 2008. Veja a redao:
1 - Para efeito do disposto no inciso I deste artigo, o
Poder Executivo divulgar o valor de mercado por meio de
tabela, considerando na sua elaborao a marca, o modelo, a
espcie e o ano de fabricao.
Quanto tabela a ser divulgada pelo Poder Executivo, contendo os valores a
serem utilizados como base de clculo dos veculos usados, temos ainda o
que consta nos 2 e 3, que assim nos dizem:
2 - A tabela a que se refere o 1 deste artigo, dever
ser divulgada para vigorar no exerccio seguinte, e na
fixao dos valores sero observados os preos mdios
de mercado vigentes no ms de setembro.
3 - Havendo veculo cujo modelo no tenha sido
comercializado no ms de setembro, adotar-se- o
valor de outro do mesmo padro. (Grifos nosso)
Vamos ver como isso tudo se d na legislao do Estado de So Paulo
relativamente fixao da base de clculo? Para saber, preciso conhecer o
que dispe o artigo 7 da lei estadual n 13.296, de 2008. Nesse artigo esto
estabelecidas as formas de apurao da base de clculo para os veculos
constantes nos fatos geradores previstos no artigo 3, que estudamos
anteriormente. Veja a redao do caput do artigo 7:
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Artigo 7 - A base de clculo do imposto :
I - na hiptese dos incisos I, V, IX e X, alneas a e b, do
artigo 3 desta lei, o valor de mercado do veculo usado
constante da tabela de que trata o 1 deste artigo;
II - na hiptese do inciso II e X, alnea c, do artigo 3 desta
lei, o valor total constante do documento fiscal de
aquisio do veculo pelo consumidor;
III - na hiptese do inciso III do artigo 3 desta lei, o valor
constante do documento de importao, acrescido dos
valores dos tributos devidos em razo da importao,
ainda que no recolhidos pelo importador;
IV - na hiptese do inciso IV do artigo 3 desta lei:
a) para o fabricante, o valor mdio das operaes com
veculos do mesmo tipo que tenha comercializado no
ms anterior ao da ocorrncia do fato gerador;
b) para o revendedor, o valor da operao de aquisio
do veculo, constante do documento fiscal de
aquisio;
c) para o importador, o valor a que se refere o inciso III
deste artigo.
V - na hiptese do inciso VI do artigo 3 desta lei, o valor da
arrematao, acrescido das despesas cobradas ou
debitadas do arrematante e dos valores dos tributos
incidentes sobre a operao, ainda que no recolhidos;
VI - na hiptese dos incisos VII e VIII do artigo 3 desta lei, a
soma dos valores atualizados de aquisio de suas
partes e peas e outras despesas, tambm atualizadas,
que incorrerem na sua montagem. (Grifos nosso)
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Para facilitar sua memorizao, melhor ver essas bases de clculo em uma
tabela que preparei. Veja se ficou boa, caro aluno:
Hipteses do artigo 3 Base de Clculo
Veculo usado (Inciso I)
Valor de Mercado do veculo usado, conforme tabela divulgada pelo Executivo, considerando na
elaborao desta a marca, o modelo, a espcie e o ano de fabricao
Veculo imune, isento ou dispensado do pagamento do IPVA (Inciso V)
Veculo usado procedente de outro Estado ou do Distrito Federal (Inciso
IX)
Veculo usado de propriedade de empresa locadora j inscrito no
Cadastro de Contribuintes do IPVA (Inciso X, "a")
Veculo usado de propriedade de empresa locadora registrado
anteriormente em outro Estado (Inciso X, "b")
Veculo novo (Inciso II) Valor total constante do
documento fiscal de aquisio do veculo pelo consumidor
Veculo novo de propriedade de empresa locadora (Inciso X, "c")
Veculo importado diretamente do exterior pelo consumidor (Inciso III)
Valor constante do documento de importao, acrescido dos valores dos tributos devidos em razo da
importao, ainda que no recolhidos pelo importador
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Veculo novo incorporado ao ativo permanente do fabricante, do
revendedor ou do importador (Inciso IV)
Valor mdio das operaes com veculos do mesmo tipo que tenha comercializado no ms anterior ao
da ocorrncia do fato gerador (Relativamente ao Fabricante)
Valor da operao de aquisio do veculo, constante do documento
fiscal de aquisio (Relativamente ao Revendedor)
Valor constante do documento de importao, acrescido dos valores dos tributos devidos em razo da
importao, ainda que no recolhidos pelo importador (Relativamente ao
Importador)
Veculo novo adquirido em leilo (Inciso VI)
Valor da arrematao, acrescido das despesas cobradas ou
debitadas do arrematante e dos valores dos tributos incidentes sobre a
operao, ainda que no recolhidos
Veculo no fabricado em srie (Inciso VII)
Soma dos valores atualizados de aquisio de suas partes e peas e
outras despesas, tambm atualizadas, que incorrerem na sua
montagem Veculo objeto de encarroamento
(Inciso VIII)
Ainda quanto fixao da base de clculo, temos que considerar o que dispe
o 4 do artigo 7, relativamente aos veculos com mais de 10 anos de uso,
que assim nos diz em seu texto:
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4 - O Poder Executivo poder adotar como base de
clculo:
1 - para o veculo com mais de 10 (dez) anos e at 20
(vinte) anos de fabricao, valor equivalente a 90%
(noventa por cento) da base de clculo correspondente
do veculo fabricado no ano imediatamente posterior;
2 - para o veculo com mais de 20 (vinte) anos de
fabricao, a mesma base de clculo do veculo com 20
anos de fabricao;
3 - para os veculos usados referidos nos incisos VII e VIII do
artigo 3 desta lei, o valor de registro do veculo novo,
depreciado taxa de 10% (dez por cento) em relao base
de clculo utilizada no ano imediatamente anterior.
Observe que as disposies acima so apenas uma faculdade conferida ao
Poder Executivo, e no uma imposio. Preste ateno, caro aluno! Vamos
em frente!
O 5 do artigo 7 contm um dispositivo pouco importante para fins de
prova. Veja a sua redao, caro aluno:
5 - O Poder Executivo poder firmar convnios ou
contratar servios com entidades especializadas para a
pesquisa dos valores mdios de mercado dos veculos
usados.
Por sua vez, uma previso muito importante consta no 6 do artigo 7 da lei
estadual n 13.296, de 2008: IRRELEVANTE PARA A DETERMINAO DA
BASE DE CLCULO O ESTADO DE CONSERVAO DO VECULO. Ou seja,
ainda que o veculo no tenha a menor condio de transitar, e desde que
no tenha sido baixado junto ao DETRAN, pagar IPVA exatamente igual
quele de mesmo modelo, ano de fabricao, dentro outras caractersticas,
mas que tenha total condio de circulao. Voc no pode alegar que seu
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carro deu defeito, no anda, ou coisa do tipo para tentar baixar o valor do
IPVA, caro aluno. Se voc for reclamar, o Fisco simplesmente vai dizer:
Problema seu.
6 - Para determinao da base de clculo irrelevante o
estado de conservao do veculo.
Ainda quanto fixao da base de clculo, temos o seguinte:
Na falta do documento relativo ao veculo importado do exterior por
consumidor final, ser considerado, para a fixao da base de clculo, o
valor constante do documento expedido pelo rgo federal
competente para a cobrana do tributo devido pela importao,
acrescido dos demais impostos incidentes.
A atualizao de valores, quando devidos, far-se- pela variao da
Unidade Fiscal do Estado de So Paulo - UFESP, mediante multiplicao
do valor constante dos documentos de aquisio das partes, peas e
despesas de montagem, pelo coeficiente obtido com a diviso do valor
nominal da UFESP, no ms da data de ocorrncia do fato gerador, pelo
valor da mesma unidade no ms de aquisio das partes, peas e
despesas de montagem.
Nas situaes em que for constatada notria reduo nos preos
mdios de mercado vigentes entre o ms de setembro e o ms
de dezembro, poder o Poder Executivo, excepcionalmente,
autorizar a reduo da base de clculo.
Finalizando as disposies relativas base de clculo do IPVA, temos o que
consta no artigo 8 da lei estadual n 13.296, de 2008, que trata das
disposies relativas ao ARBITRAMENTO DA BASE DE CLCULO. Essa
possibilidade, que conferida ao Poder Executivo, somente ser possvel nos
casos de:
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Impossibilidade de determinao dos valores da base de clculo do
IPVA, conforme vimos anteriormente, nos casos em que no se dispe
de elementos suficientes para a valorao do veculo, por exemplo,
como notas fiscais, ano de fabricao, modelo, entre outros;
Verificao de incompatibilidade entre o valor de aquisio do veculo e
o valor de mercado, nos casos em que o adquirente tenta reduzir o
valor constante em nota fiscal com o intuito de reduzir o valor do
tributo a ser pago.
Vamos agora ao estudo das alquotas aplicadas no Estado de So Paulo
para a determinao do montante devido a ttulo de IPVA, uma vez que j
determinamos a base de clculo sobre a qual aquelas incidiro.
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Alquotas
Nesse item da aula no tem muito o que inventar: saber as alquotas e os
tipos de veculos a que correspondem cada uma delas. No Estado de So
Paulo s temos quatro valores de alquotas:
1,5% veculos de carga, tipo caminho;
2,0% nibus, micro-nibus, caminhonetes CABINE SIMPLES,
motocicletas, ciclomotores, motonetas, triciclos, quadriciclos,
maquinas de terraplanagem, empilhadeiras, guindastes, locomotivas,
tratores e veculos similares;
3,0% veculos que utilizarem motor especificado para funcionar,
exclusivamente, com os seguintes combustveis: lcool, gs natural
veicular ou eletricidade, ainda que combinados entre si (seja qual
for o tipo de veculo, especificados nos outros itens);
4,0% qualquer outro tipo de veculo no previsto nos itens
anteriores, como veculos de passeio, caminhonetes cabines duplas,
caminhonetas, entre outros (e desde que no enquadrado nos casos do
item anterior).
Devemos ter muita ateno ao identificar precisamente onde se enquadra
cada tipo de veculo. Calma, caro aluno. O elaborador da sua prova no vai
colocar nenhum veculo super esquisito, mas pode complicar colocando, por
exemplo, um trator movido exclusivamente a eletricidade. A que alquota
corresponderia esse tipo de veculo?
Normalmente, um trator teria uma alquota de 2%, conforme nos diz a
enumerao acima. Contudo, para os veculos que utilizam motor especificado
para funcionar, exclusivamente, com lcool, gs natural veicular ou
eletricidade, mesmo que combinados entre si, a alquota a ser aplicada ser
de 3,0%. O mesmo aconteceria para as motos e triciclos movidos a
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eletricidade, ou as empilhadeiras movidas a gs natural veicular (se que
isso pode existir ).
Outra observao importante a de que as caminhonetes cabines simples
esto enquadradas na alquota de 2%, enquanto as de cabines duplas so
enquadradas na categoria outros veculos, cuja alquota de 4%, caro
aluno. Preste ateno!
No esqueceu que qualquer tipo de motocicleta ou coisa parecida, regra
geral, tem alquota de 2%. Isso inclui os triciclos e quadriciclos, motos que
muitos chamam de moto de trs e quatro rodas, conforme o gosto do
fregus.
Veja de onde eu tirei isso l na lei estadual, caro aluno:
Artigo 9 - A alquota do imposto, aplicada sobre a base de
clculo atribuda ao veculo, ser de:
I - 1,5% (um inteiro e cinqenta centsimos por cento) para
veculos de carga, tipo caminho;
II - 2% (dois por cento) para:
a) nibus e micronibus;
b) caminhonetes cabine simples;
c) motocicletas, ciclomotores, motonetas, triciclos e
quadriciclos;
d) mquinas de terraplenagem, empilhadeiras, guindastes,
locomotivas, tratores e similares;
III - 3% (trs por cento) para veculos que utilizarem motor
especificado para funcionar, exclusivamente, com os
seguintes combustveis: lcool, gs natural veicular ou
eletricidade, ainda que combinados entre si;
IV - 4% (quatro por cento) para qualquer veculo automotor
no includo nos incisos I a III deste artigo.
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Com isso, podemos dizer tambm que as alquotas no Estado de So Paulo
podem ser divididas conforme o tipo do veculo, combustvel utilizado e a
utilidade dele.
Veja agora o que nos dizem os 1 a 3 do mesmo artigo, futuro fiscal:
1 - A alquota dos veculos automotores a que se refere o
inciso IV deste artigo, destinados locao, de
propriedade de empresas locadoras, ou cuja posse
estas detenham em decorrncia de contrato de
arrendamento mercantil, desde que registrados neste
Estado, ser reduzida em 50% (cinqenta por cento).
Observe que a referida reduo de 50% da alquota deve atender os
seguintes requisitos, CUMULATIVAMENTE:
Devem estar enquadrados nos casos do inciso IV, ou seja, no podem
estar presentes nos incisos I a III;
Devem ser destinados locao;
Serem de propriedade de empresas locadoras ou cuja posse detenham
em decorrncia de contrato de arredamento mercantil;
Devem estar registrado no Estado de So Paulo.
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2 - Considera-se empresa locadora de veculos, para
os efeitos do 1, a pessoa jurdica cuja atividade de
locao de veculos represente no mnimo 50%
(cinqenta por cento) de sua receita bruta, mediante
reconhecimento, segundo disciplina estabelecida pela
Secretaria da Fazenda.
3 - Ser aplicada, excepcionalmente, a alquota de 3%
(trs por cento) para veculos fabricados at 31 de dezembro
de 2008 que utilizarem motor especificado para funcionar
exclusivamente a gasolina, quando adaptado, at a mesma
data, para funcionar de maneira combinada com gs natural
veicular, ficando convalidados os procedimentos
anteriormente adotados.
Vamos agora os que nos diz a lei estadual n 13.296, de 2008 quanto ao
clculo do imposto. Fora, caro aluno!
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Clculo do Imposto
Depois de conhecidas a base de clculo e a alquota correspondente ao
veculo a ser tributado, resta apenas multiplicar um valor pelo outro para
acharmos o valor do imposto devido, caro aluno. Isso mesmo. Simples assim.
Nos itens anteriores, aprendemos como achar a base de clculo e a alquota,
e agora vamos aprender um clculo supercomplexo para calcular o IPVA
devido. Veja o que nos dizem os artigos 10 e 11 da lei estadual n 13.296,
de 2008:
Artigo 10 - O valor do imposto ser obtido mediante a
multiplicao da alquota pela base de clculo.
Artigo 11 - Nos casos de que tratam os incisos II a X, alneas
b e c do artigo 3 desta lei, o imposto ser calculado de
forma proporcional ao nmero de meses restantes do
ano civil.
Pargrafo nico - Para efeito de contagem do nmero de
meses restantes do ano civil, ser includo o ms da
ocorrncia do fato gerador. (Grifos nosso)
Se achamos uma base de clculo de R$ 50.000,00 e uma alquota de 4%, e
com a ajuda de um supercomputador quntico, acharemos um valor de IPVA
a ser pago de R$ 2.000,00 (R$ 50.000,00 x 4%). Esse valor encontrado
tomando em considerao os doses meses do ano, em que encontramos o
IPVA cheio.
Certo, professor. Entendi o que voc falou antes. Mas e se compro um
veculo no meio do ano, por exemplo, vou pagar o IPVA relativo ao ano todo?
No, caro aluno. Nesses casos, o IPVA a ser pago ser proporcional ao
perodo em que o veculo ficou sob a propriedade do seu dono. Afinal, o IPVA
o imposto sobre a propriedade, e s h tributao se houver propriedade.
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