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AULA 05 Técnicas Básicas de
Análise de Dados
Sumário
APRESENTAÇÃO AULA 5.................................................................................................................................3
UNIDADE 1 ...............................................................................................................................................................................4
CÁLCULOS PARA A ELABORAÇÃO DE INDICADORES SOCIAIS DE CRIMINALIDADE ..................4
UNIDADE 3...............................................................................................................................................................................11
CONSTRUÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS.......................................................................................................................11
UNIDADE 4..............................................................................................................................................................................15
ELABORAÇÃO DE MAPAS...................................................................................................................................................15
UNIDADE 5.............................................................................................................................................................................19
ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS .....................................................................................................................................19
FECHAMENTO DA AULA ................................................................................................................................................. 25
ATIVIDADE DE CONCLUSÃO DA AULA ....................................................................................................................... 26
REFERÊNCIAS DA AULA .................................................................................................................................................. 27
AULA 05 – Técnicas Básicas de Análise de Dados
3
APRESENTAÇÃO AULA 5
TÉCNICAS BÁSICAS DE ANÁLISE DE DADOS
Olá! Você está na aula 5. Está na última aula do curso “Uso de Informações na Gestão
das Ações de Segurança Pública”.
Feitas as considerações sobre as possibilidades e limitações do uso de sistemas de
informação criminal, nesta última parte do curso, você irá ter acesso, em âmbito
introdutório, a algumas técnicas básicas de análise de dados.
Como referência será utilizado o exercício proposto por Túlio Kahn (2005), considerando-
se que os relatórios oficiais geralmente trabalham com cálculos relativamente simples:
porcentagens, proporções, razões, taxas, incrementos percentuais e índices.
Assim, nesta última aula serão discutidos os conteúdos das seguintes unidades:
Unidade 1: Cálculos para a Elaboração de Indicadores Sociais de Criminalidade
Unidade 2: Sugestões de Indicadores Sociais de Criminalidade
Unidade 3: Construção de Tabelas e Gráficos
Unidade 4: Elaboração de Mapas
Unidade 5: Elaboração de Relatórios
A partir dos conhecimentos tratados nesta aula você será capaz de:
Objetivos da aula
� Acompanhar o exercício de cálculos básicos para a elaboração de indicadores;
� Listar os principais aspectos a serem observados na construção de Tabelas,
Gráficos e Mapas, bem como na elaboração de relatórios. Curso Uso de Informações na Gestão das Ações de Segurança Pública
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UNIDADE 1
CÁLCULOS PARA A ELABORAÇÃO DE INDICADORES
SOCIAIS DE CRIMINALIDADE Você vai aprender, agora, as possibilidades de cálculos, considerando, na tabela abaixo,
uma amostra de oitocentos presos segundo segmentação por sexo.
ANO
Mulheres (n1)
Homens (n2)
Total (N)
Veja as possibilidades de cálculo a seguir.
1995
200
600
800
1999
350
850
1200
1) Porcentagem de Mulheres em 1995: n1/N*100 → (200/800)*100 = 25%
2) Proporção de mulheres em 1995: n1/N → (200/800) = ¼ ou 0.25
3) Razão Homem Mulher em 1995: n1/n2 → (600/200) = 3:1
4) Taxa Bruta de presos por 100.000 habitantes em 1995:
(N/pop)*100.000 → (800/300.000)*100.000 = 266:100 mil
5) Incremento percentual de presos de 1995 a 1999:
((Processo – Problema)/Problema)*100 → ((1200 – 800)/800)*100 = 50%
6) Evolução do número de presos tomando 1995 como o ano base:
(Pc/Pb)*100 → (1200/800)*100 = 150%
Tomando-se como referência os cálculos mais elementares acima disponíveis, é possível
construir índices e projeções mais elaboradas para a obtenção de medidas que visem o
atendimento de políticas específicas de segurança pública.
Fechamos aqui a primeira unidade da aula 5. A seguir você vai estudar as sugestões de
indicadores sociais de criminalidade.
Faça aqui suas anotações... Curso Uso de Informações na Gestão das Ações de Segurança Pública
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UNIDADE 2
SUGESTÕES DE INDICADORES SOCIAIS DE CRIMINALIDADE
Nesta unidade você vai conhecer uma lista com múltiplas possibilidades de indicadores
direcionados ao diagnóstico e avaliação de dados e programas relacionados à segurança
pública, violência e criminalidade.
Para facilitar seu estudo organizamos os indicadores me forma de uma apresentação.
Para vê-la clique em iniciar e vá avançando. Volte sempre que quiser e rever e ao final
você pode pedir para repetir a apresentação.
Sugestões de Indicadores Sociais de
Criminalidade
Indicadores Econômicos ou Monetários:
� Anos de vida produtiva perdidos em razão dos homicídios ou invalidez
gerados pela violência.
� Gastos com o Sistema de Justiça Criminal: penitenciárias, polícia,
judiciário, Ministério Público (absoluto, média e per capita).
� Gastos com o Fundo Nacional de Segurança Pública, Fundo Penitenciário
Nacional e outros fundos (absoluto, médio e per capita).
� Gastos com seguros e valores pagos pelas seguradoras.
� Monitoramento da atividade comercial e mudança na utilização de áreas
antes degradadas pela violência.
� Recursos arrecadados por taxas e emolumentos judiciais.
� Valor das drogas apreendidas.
� Valor dos imóveis em áreas degradadas pela violência. Faça aqui suas anotações...
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Indicadores Diretos e Objetivos:
Indicadores que reagrupam crimes segundo certos critérios: grau de
violência, instrumento utilizado, relacionamento entre autor e vítima,
motivação e local de ocorrência:
� Crimes cometidos com uso de armas de fogo (homicídio, latrocínio,
roubo, estupro, sequestro etc.), crimes cometidos com explosivos.
� Crimes de ódio, incidentes terroristas.
� Crimes envolvendo pessoas que se conhecem (domésticos, passionais).
� Índices de criminalidade simples e ponderados: Índice de Criminalidade
de Kahn, Crime Index Norte-Americano.
� Ocorrências nos parques federais, campi universitários, locais de
trabalho, nos transportes aéreos.
� Processos judiciais: proporção de casos arquivados, pendentes ou
encerrados com a condenação ou absolvição do autor.
� Taxa de “crimes violentos”.
� Total de crimes.
� Número e taxa de furtos ou roubo de veículos / veículos registrados.
� Razão entre veículos roubados / veículos registrados (para alguns tipos
de crimes, é preciso tomar cuidado com o que se vai levar em conta
como base, para o cálculo de taxas: aqui, o mais indicado é tomar como
base o número de veículos registrados e não a população. A mesma
observação é válida para outros tipos de crime, para os quais não faz
sentido tomar como base a população).
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Recursos Humanos Alocados no Sistema de Justiça Criminal: Com estes indicadores e os indicadores diretos (número de boletins de
ocorrência, processos, prisões etc.) é possível montar estatísticas de
performance ou workload:
� Número absoluto de policiais, bombeiros, juízes, promotores,
carcereiros, vigilantes particulares, guardas civis, segundo
características relevantes (sexo, idade, cor etc.).
� Taxa de policiais por 1.000 ou 100 mil habitantes (depende do tamanho
da população).
� Número médio de funcionários (por batalhão, delegacia, unidade
prisional).
� Razão homem / mulher em cada ocupação.
� Razão entre atividade fim / atividade meio.
� Salário base, salário máximo e número médio de anos necessários para
alcançar o salário máximo.
Indiretos e Objetivos (hard):
Estrutura administrativa e operacional fixa:
� Número de departamentos de polícia.
� Número de delegacias.
� Número de batalhões de polícia militar.
� Número de estabelecimentos penitenciários, casas do albergado, varas
criminais, instituições de atendimento a criança e adolescentes etc.
Indicadores de Violência da Polícia ou Contra a Polícia: � Inquéritos instaurados nas corregedorias/expulsões de policiais.
� Número de policiais mortos ou feridos.
� Número de suicídios e taxas de suicídio por 100 mil habitantes entre
policiais.
� Número de reclamações sobre o comportamento policial.
� Proporção de suspeitos mortos no universo do homicídios.
� Relação policiais mortos/suspeitos mortos.
� Relação suspeitos mortos/suspeitos feridos.
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Fluxo do Sistema de Justiça Criminal:
Indicadores para montar o “funil”:
� Estimativa de vitimização.
� Chamados recebidos pelo Copom.
� Boletins de ocorrência registrados nos distritos policiais.
� Inquéritos policiais iniciados.
� Processos julgados.
� Condenações à prisão.
Paradigma Clássico:
Indiretos o que a polícia obtém:
� Número de armas apreendidas.
� Número de prisões efetuadas pela polícia.
� Número de prisões por policial (workload: número de inquéritos por
promotor; número de processos por juiz; número de presos por
funcionário do sistema penitenciário etc.)
� Quantidade de drogas apreendidas (unidades de peso).
� Quantidade de drogas destruídas (número de pés, quilos, etc).
� Taxa de esclarecimento de crimes, por tipo de crime.
� Tempo de atendimento das ocorrências do recebimento do chamado à
chegado ao local do crime.
� Tempo de atendimento dos chamados telefônicos.
� Veículos recuperados, taxa de recuperação de veículos.
Paradigma Comunitário:
� Número de participações em eventos comunitários.
� Número de palestras públicas efetuadas.
� Número de encontros comunitários preventivos organizados.
� Número de reuniões dos Conselhos de Segurança ou Grupo de Vigilância
de Bairro.
� Número de situações de desordem pacificadas.
� Número de atendimentos sociais.
� Número de problemas comunitários resolvidos (iluminação, limpeza,
terrenos baldios, carros abandonados).
� Número de contato de acompanhamento com vítimas de crimes. Curso Uso de Informações na Gestão das Ações de Segurança Pública
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Indicadores “alternativos”:
� Utilização pública de espaços comuns: aumento da freqüência em
parques, áreas centrais antes degradadas.
� Verticalização da cidade: lançamento de novas unidades habitacionais
em condomínios, apartamentos oferecendo segurança.
� Volume de vendas de veículos blindados.
� Volume de vendas de veículos conversíveis.
Indicadores mistos:
Obtidos através de pesquisas de opinião que questionam o entrevistado
sobre “fatos” objetivos e não sobre percepções subjetivas:
� Medidas de autoproteção utilizadas pelas vítimas (pesquisas de
vitimização).
� Taxa de delinqüência auto-relatada (pesquisas de self report crimes).
� Taxas de notificação de crimes (pesquisas de vitimização).
� Taxa de prevalência de uso de álcool e drogas.
� Taxa de vitimização (pesquisas de vitimização).
� Taxa de subnotificação.
� Custo médio incorrido por ofensas selecionadas (perdas com roubos,
furtos e outros crimes contra o patrimônio). Atividade
Realize a atividade, a seguir, no ambiente virtual! Você estudou os vários tipos de indicadores sociais de criminalidade. Agora vamos ver se
você consegue fazer as relações corretas. Para isso propomos um jogo da memória.
Abra as cartas e escolha as opções confirmar se estiver correta a relação e não confirmar
se estiver incorreta. Observe o feedback e faça até conseguir relacionar todas as cartas.
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Com estes
indicadores e os
indicadores diretos
Indicadores (número de boletins Indicadores
mistos
Indicadores que
reagrupam crimes
segundo certos
critérios: grau de
violência,
instrumento
utilizado,
relacionamento
entre autor e
vítima, motivação e
local de ocorrência.
de ocorrência,
processos, prisões
etc.) é possível
montar estatísticas
de performance ou
workload.
Recursos
Humanos
Alocados no
Sistema de
Justiça
Criminal
Diretos e Objetivos
Obtidos através de
pesquisas de opinião
que questionam o
entrevistado sobre
“fatos” objetivos e
não sobre
percepções
subjetivas.
A seguir vamos para a próxima unidade estudar sobre construção de tabelas e gráficos.
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UNIDADE 3
CONSTRUÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS
Nesta unidade você vai conhecer alguns tipos de tabelas e gráficos que podem ser
elaborados a partir da análise de informações da área de segurança pública.
TABELAS
Observe, a seguir, a tabela A e tabela B. procure ver as semelhanças e diferenças
existentes.
Tabela A: Unidades Operacionais dos Corpos de Bombeiros Militares no Brasil (2004)
Tipo de Unidades Operacionais dos Corpos de Bombeiros
Número de Unidades
Operacionais N. Abs (%)
Batalhões e Grupamentos Companhias e Subgrupamentos Centros Executivos de Atividades Operacionais Destacamentos com Sede Própria e Pelotões Independentes Total de Unidades Operacionais
190 279 361
252 1082
17,6 25,8 33,4
23,3
100,0
Fonte: Corpos de Bombeiros
Tabela B: Formas de Divulgação dos Planos Anuais de Ação dos Corpos de Bombeiros
Militares no Brasil (2004)
Formas de Divulgação do Plano
Corpos de Bombeiros
Anual de Ação para a Comunidade
Não existe forma de divulgação do plano para a sociedade civil Plano é divulgado nos conselhos comunitários Plano é distribuído para comunidade em formato impresso Plano é divulgado através da imprensa local
N. Abs 5 4
9 4
(%) 27,78 22,22
50,00 22,22
Fonte: Corpos de Bombeiros
Observou a tabela A e tabela B. Quais as semelhanças e diferenças existentes?
Veja a seguir.
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Você deve ter observado que uma das diferenças entre elas, é que na Tabela A as
informações são sistematizadas de forma que é possível realizar um calculo da
participação percentual de cada uma das categorias analisadas no total da tabela e na
outra isto não pode ser feito, pois as categorias não são auto-excludentes.
Assim, por exemplo, na Tabela A, é possível verificar que no total de 1082 unidades
operacionais dos Corpos de Bombeiros Militares no Brasil, 17,6% são batalhões e
grupamentos, 25,8% são companhias e sub-grupamentos, 33,4% são centros executores
de atividades operacionais e 23,3% são destacamentos com sede própria e pelotões
independentes. Não existe possibilidade de uma mesma unidade operacional se encaixar
em mais de um tipo de unidade operacional ao mesmo tempo.
A Tabela B, por sua vez, apresenta como exemplo a análise das formas de divulgação
do Plano Anual de Ação dos Corpos de Bombeiros Militares que possuem tais planos. Os
Corpos de Bombeiros podem fazer a opção por mais de uma forma de divulgação ao
mesmo tempo. Assim, não é possível construir uma tabela que feche 100%. Assim, um
Corpo de Bombeiros pode divulgar os planos nos conselhos comunitários e ao mesmo
tempo por meio da imprensa local.
Compreendido? Muito bem! Veja a seguir sobre como construir gráficos.
GRÁFICOS Gráficos são instrumentos que permitem a representação de dados.
Os gráficos possibilitam uma leitura mais visual e fácil dos dados apresentados.
Veja a seguir três tipos de gráficos principais: gráfico de linha, gráfico de barras e gráfico
de pizza.
� Gráfico de linha
O gráfico de linha é aplicável a situações onde possuímos uma série histórica de
informações sobre um mesmo indicador, por exemplo, taxa do número de vitimas de
homicídio no Brasil por 100 mil habitantes.
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No gráfico que você vai ver a seguir, acompanhe como a taxa de vítimas de homicídio
evoluiu no tempo.
� Gráfico de linha
A taxa de vítimas de homicídio no Brasil por 100 mil habitantes subiu 13,7 para 30,2,
entre 1980 e 2002.
Número de Vítimas de Homicídio por 100 mil Habitantes no Brasil (1980 a 2003) 35,0
30,0
25,0
20,0
15,0
10,0
5,0
0,0
13,7
14,6 14,6
16,9
18,7 18,6
19,4
20,2
20,9
24,6 24,2
23,7
22,4
23,2
24,0
25,7
27,0 27,4
29,0 28,8 29,1
29,6
30,5 30,2
1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
Fonte: SIM / Ministério da Saúde
A seguir veja como se constrói o gráfico de barras.
� Gráfico de barras
O gráfico de barras é utilizado principalmente para realizar análises comparativas da
situação em diferentes contextos espaciais. Realizar, por exemplo, comparações entre
países, estados ou cidades diferentes.
No gráfico, a seguir, é demonstrado que os custos da criminalidade em três municípios
brasileiros (Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo) correspondem a
aproximadamente 4% de seus Produtos Internos Brutos.
Faça aqui suas anotações...
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Ta x
as p
o r
10 0
mi l
h a b
. T
a xas p
o r
10 0
mi l
h a b
.
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Percentual dos Custos da Violência e Criminalidade em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo
Horizonte Segundo Produto Interno Bruto Municipal (1995 e 1999)
6
5
4
3
2
1
0
São Paulo Rio de Janeiro Belo Horizonte
(1999) (1995)
Fonte: CRISP, ILANUD e ISER
A seguir vamos ver o gráfico de pizza.
� Gráfico de Pizza
(1999)
O gráfico de pizza oferece a possibilidade de demonstrar a composição percentual de um
fenômeno analisado. Por exemplo, ao se avaliar a situação dos Institutos de Medicina
Legal no Brasil, verifica-se que 16% dos IMLs possuem verba própria de manutenção e
que deste conjunto de IMLs, apenas 18% conseguem cobrir todas as suas despesas de
manutenção com os recursos destas verbas. Veja a seguir.
Percentual dos Institutos de Medicina Legal que Possuem Verba Própria e Percentual dos
IMLs Conforme Cobertura das Despesas de Manutenção pelas Verbas Próprias (2003)
Ex istê ncia de V e rba P rópria
Não
( 84% )
S im
( 16% )
Não
( 82%)
Sim
( 18%)
Verba Própria Cobre Todas as Despesas de
Manutenção
Fonte: Institutos de Medicina Legal
Fechamos aqui mais uma unidade da aula 5. A seguir você vai estudar sobre elaboração
de mapas. Curso Uso de Informações na Gestão das Ações de Segurança Pública
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PIB
São Paulo:
310 bilhões
PIB
Rio
de
Jane
iro:
51
bilh
ões
PIB
Bel
o H
oriz
onte
:
21
bilh
ões
PIB
São Paulo:
310 bilhões
PIB
Rio
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51
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PIB
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ões
Atividade
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UNIDADE 4
ELABORAÇÃO DE MAPAS
Realize a atividade, a seguir, no ambiente virtual!
Você conhece algum tipo de mapa? Pense e registre sua resposta. Ao enviar, compare
sua resposta.
Veja, você pode ter respondido com muita segurança ou com dúvidas, ou mesmo pode
ser que sua resposta não faça sentido. De qualquer forma você vai descobrir isso no seu
estudo a seguir.
Você vai ver alguns tipos de mapas que podem ser elaborados com informações da área
de segurança pública.
Faça aqui suas anotações...
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As figuras apresentadas abaixo foram criadas utilizando o software TerraCrime, quando
ele foi implantado em projeto piloto na cidade de Porto Alegre, em 2003.
Apresentaremos três tipos diferentes de mapas, que demonstram a mesma informação
de três formas diferentes. Cada uma das formas nos permite utilizar as informações de
maneira diferente.
� Mapa de Pontos
O mapa de pontos permite uma visualização do local exato das ocorrências criminais,
detalhando o local exato na rua onde elas ocorreram.
Este ganho em termos da qualificação exata da localização leva em muitas situações, no
entanto, a perda da capacidade de compreensão da incidência da criminalidade em
termos mais gerais.
Veja um exemplo a seguir.
Quando se observa um mapa cheio de pontos, é difícil ter uma noção mais exata sobre o
local de maior ou menor nível de incidência.
“Zoom” no centro de Porto Alegre, com as
Ocorrências nas ruas
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� Mapa de Polígono
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O mapa de polígono constitui uma das formas de se trabalhar a visualização de um maior
número de pontos. Assim, informações são sistematizadas para regiões (bairros,
municípios, quarteirões, etc) e sua visualização ocorre para estes níveis de análise de
dados.
O problema deste tipo de análise é que toda uma região é caracterizada da mesma forma
e, por esta razão, perde-se o entendimento sobre a heterogeneidade que existe em cada
região.
Veja a seguir um exemplo.
� Mapa de Kernell
O mapa de Kernell é elaborado a partir de uma análise estatística de concentração dos
pontos de incidência dos crimes.
Assim, ganha-se precisão sobre a heterogeneidade que existe internamente nas diversas
regiões.
Desta forma, é possível, por exemplo, caracterizar quais são as regiões mais violentas e
menos violentas dentro de um mesmo bairro.
Veja um exemplo a seguir.
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Fechamos aqui mais uma unidade da aula 5. A seguir vamos tratar da elaboração de relatórios.
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UNIDADE 5
ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS
O relatório consiste numa apresentação lógica, simples e sistemática das idéias e
conclusões referentes ao objetivo da avaliação; tudo o resto pode ser dispensável.
Deve fornecer não só uma descrição geral do trabalho efetuado, como também os
resultados e a importância destes.
O relatório deve ser escrito de modo a garantir sua compreensão pelo pessoal técnico e
utilizado por este como instrumento de trabalho. Enquanto um relatório informal
normalmente se dirige unicamente ao supervisor e responde a questões de caráter
imediato, um relatório formal tem uma ação mais institucional e uma maior importância.
Dica
É geralmente lido por pessoas não familiarizadas com o assunto abordado, tal como
pessoal administrativo. Por isso, não se deve referir diretamente a um assunto, sem dar
uma explicação prévia do mesmo. Quando um relatório passa
pelas mãos do supervisor, este dedicará um certo tempo ao
seu estudo e revisão, confirmando os cálculos e
assegurando-se dos resultados e corrigirá a discussão com
detalhe.
Faça aqui suas anotações...
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Por outro lado, o gestor ou pessoal administrativo, a
quem cabe a tarefa de decidir da execução ou não do
projeto ou trabalho a que o relatório se refere, e que está normalmente demasiado
ocupado para "perder tempo" com pormenores técnicos, deverá poder inteirar-se, em poucos minutos, do tema do trabalho, como foi feito, e quais os resultados e
conclusões. Surge então a
necessidade de incluir um pequeno sumário no início do relatório que
satisfaça estes requisitos. Se não
entender o relatório, a gestão provavelmente remetê-lo-á para que o autor reescreva o que não é imediatamente claro, diminuindo, naturalmente, o seu
crédito.
Bem, você deve ter entendido que o leitor não deve ter de folhear 20 páginas de
cálculos tediosos até encontrar os resultados.
Faça aqui suas anotações...
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21
Então inicialmente sugere-se:
� Divida o relatório em secções;
� Cada uma das secções deve começar numa nova página, convenientemente
anunciada;
� Todas as páginas devem ser numeradas.
� Deve colocar-se um número e um título em todas as figuras e tabelas, não devendo
estes aparecer como elementos dispersos no relatório;
� Sempre deverá haver um texto, mesmo que curto, que agregue todo o material
informativo.
Atenção! Um trabalho mal apresentado e de difícil leitura dá uma impressão de má
qualidade. É evidente que, se for necessário algum esforço para ler e decifrar um
relatório, restará menos energia para a compreensão do conteúdo do mesmo.
Dica!
Então, lembre-se: mesmo não sendo o fator mais importante na apreciação global de um
relatório, a boa apresentação não deve nunca ser dispensada.
No fichário a seguir você conhecerá cada seção de um Relatório.
Página de Título
A página de título deve ser mais do que a capa do relatório; deve conter a
informação necessária para identificar o trabalho e os seus autores, as
datas de início e fim do trabalho e de entrega do relatório.
Sumário
É de vital importância para o leitor que não tem tempo a perder e se quer
inteirar rapidamente do trabalho. Deve ser conciso e abranger o que se
pretende: objetivo do trabalho, resultados e conclusões... em poucas
linhas.
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Índice
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22
Contém títulos de secções e subsecções, discriminadamente, permitindo o fácil
acesso a estas.
Introdução
A primeira coisa que o leitor de um relatório quer saber é o objetivo do
trabalho efetuado. Em seguida deve ser informado das questões pertinentes e
trabalho prévio que se relacionam com o trabalho atual. A introdução deve
ainda fornecer um breve "background" histórico relacionado com o trabalho de
análise.
Caso tenha ocorrido o uso de alguma bibliografia, deve conter um resumo das
bases teóricas que suportam o problema proposto, sendo obrigatória a
referência no texto, das fontes de informação utilizadas.
No entanto é importante salientar que não deve expressar opiniões,
conclusões e recomendações do autor, nem adiantar os resultados obtidos.
Em resumo, a introdução servirá para fornecer ao leitor não familiarizado com
o assunto, um conhecimento mais completo do trabalho efetuado, assim como a
teoria que está na base deste.
Metodologia de Análise
Esta seção tem importância fundamental num relatório. Se o leitor duvidar dos
resultados obtidos deve poder repetir o trabalho, com rigor, baseado
unicamente no procedimento metodológico descrito. Quando o trabalho é
efetuado a partir de publicações ou procedimentos "standard", é suficiente a
referência do processo utilizado. No caso de se modificarem estes métodos,
devem ser referidas as alterações.
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Observações Experimentais e Resultados
Esta secção não deve ser uma amálgama de tabelas e gráficos. Deve ser um
texto descritivo dos dados que se registraram e dos resultados que se
obtiveram. Nesse texto deve se introduzir as tabelas e os gráficos que
embasaram a análise. Nesta seção devem ser anotados todos os dados, tais
como as informações sobre a localização da análise no tempo e espaço. Todos
os gráficos devem ser legendados, com os eixos bem referenciados e as
unidades devidamente assinaladas.
Discussão dos Resultados e Conclusões
A discussão deve ser crítica, detalhada e baseada nas seções precedentes.
Deve indicar o significado e a precisão dos resultados. Todas as hipóteses,
limitações, possibilidades de erro, possibilidades de falsas interpretações,
etc., devem ser salientadas. Serão apresentadas as bases para as conclusões
do trabalho.
Na discussão dos resultados deve figurar uma análise cuidadosa de possíveis
fontes de erro, que permita avaliar a precisão dos métodos utilizados para
obter os resultados. Na medida do possível, quando se discutem os resultados
obtidos, não basta especular qualitativamente sobre os motivos dos desvios
entre os resultados obtidos e os valores esperados, deve-se buscar uma
análise quantitativa e objetiva. O leitor deve ser conduzido sistematicamente
através dos fatos, teorias e argumentos, para as conclusões finais.
As conclusões são uma continuação direta da discussão e devem ser sempre
justificadas e complementadas com os dados experimentais e resultados
obtidos.
Faça aqui suas anotações...
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Bibliografia
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Caso tenha ocorrido o uso de alguma bibliografia, é necessário fazer as
devidas referências. A maior parte da informação utilizada é obtida de várias
fontes bibliográficas, tais como livros, artigos ou comunicações particulares.
Para dar crédito a essas fontes e registrá-las para posterior referência é
necessário uma lista conveniente (Bibliografia) que possibilite um acesso fácil.
Apêndices
Nos apêndices deve figurar toda a informação necessária para a elaboração do
relatório, mas que, devido à sua menor importância, não deve sobrecarregar o
corpo do mesmo. Devem ser apresentadas as fontes de dados utilizadas
exceto no caso de serem dados de conhecimento geral. Assim, se os dados
pertencerem a uma parte do relatório, deve referir-se à tabela onde eles
figuram; se pertencerem a um texto ou livro, é necessário citar o autor, título
e página. Deve ter-se especial cuidado em distinguir entre clareza e
excessivo detalhe; o balanço entre um cálculo claro e o pormenor
desnecessário atinge-se normalmente após alguma prática.
Você concluiu a última unidade da aula 5. A seguir você tem o fechamento da aula e a
atividade de conclusão.
Faça aqui suas anotações...
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FECHAMENTO DA AULA
Fechamos aqui o conteúdo da aula 5. A seguir, realize as atividades de auto avaliação
desta aula, para que você possa sedimentar seus conhecimentos aqui construídos.
Nesta aula você estudou os cálculos para a elaboração de indicadores sociais de
criminalidade. você recebeu sugestões de indicadores sociais de criminalidade. Estudou a
construção de tabelas e gráficos e a elaboração de mapas e na última unidade aprendeu
a elaborar relatórios.
Dica
Lembre-se: Qualquer dúvida retome o conteúdo e tire suas dúvidas com seu tutor. Não
vá em frente se algo não foi compreendido!
Faça aqui suas anotações...
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ATIVIDADE DE CONCLUSÃO DA AULA
Atividade
Realize a atividade, a seguir, no ambiente virtual!
Elabore um relatório aplicando todos os passos aprendidos na última unidade desta aula.
Envie para seu tutor analisar. Curso Uso de Informações na Gestão das Ações de Segurança Pública
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REFERÊNCIAS DA AULA
KAHN, Tulio. Indicadores em prevenção municipal da criminalidade in Prevenção da violência: o papel das cidades. João Trajano Sento-Sé (org.). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2005. HARRIES, KEITH. Mapeamento da Criminalidade: princípios e prática. Disponível em: www.crisp.ufmg.br/livro.htm.
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Créditos Conteudistas:
- Sr. Marcelo Durante – Coordenador Geral do Departamento de Pesquisa e Análise da Informação da SENASP
- Profa. Betânia Totino Peixoto – Professora da UFMG/CEDEPLAR - Andréia de Oliveira Macedo – Coordenadora Departamento de
Pesquisa e Análise da Informação da SENASP