aula 07 - prisão

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  CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR PEDRO IVO www.pontodosconcursos.com.br 1  AUL A 07 – PRISÃ O Caros, alunos. Hoje trataremos de um assunto importantíssimo e objeto de praticamente todos os concursos que exigem o Direito Processual Penal: A prisão. Dito isto, atenção total para garantir mais uns preciosos pontos na sua prova e dar mais um importante passo rumo à tão sonhada aprovação. Vamos começar! Bons estudos!!! ********************************************************************** 7.1 PRISÃO – REGRAS GERAIS Do latim prehensio,  de prehendere (prender, segurar, agarrar), “prisão” é o vocábulo tomado para exprimir o ato pelo qual se priva a pessoa de sua liberdade de locomoção, isto é, da liberdade de ir e vir, recolhendo-a a um lugar seguro e fechado de onde não poderá sair. A pena de prisão, dada a sua severidade, deve ser utilizada como último recurso  para a punição do condenado. É o que preconiza a teoria do “Direito Penal Mínimo”, também denominada de Teoria da Intervenção Mínima, a qual substitui a prisão por penas alternativas ou administrativas em crimes tidos como de menor ofensividade, reservando-se o cárcere somente aos indivíduos de alta periculosidade e que representam uma ameaça à paz pública e à integridade física dos cidadãos. 7.1.1 CONCEITO Nos dizeres de Mirabete, a “ prisão, em sentido jurídico, é a privação da liberdade de locomoção, ou seja, do direito de ir e vir, por motivo ilícito ou por ordem legal. Ensina o Prof. Fernando Capez, com muita propriedade, que prisão “ é a privação da liberdade de locomoção determinada por ordem escrita da autoridade judiciária competente, ou em caso de flagrante delito”.

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AULA 07 – PRISÃO

Caros, alunos.

Hoje trataremos de um assunto importantíssimo e objeto de praticamente todos osconcursos que exigem o Direito Processual Penal: A prisão.

Dito isto, atenção total para garantir mais uns preciosos pontos na sua prova e dar maisum importante passo rumo à tão sonhada aprovação.

Vamos começar!

Bons estudos!!!

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7.1 PRISÃO – REGRAS GERAIS

Do latim prehensio, de prehendere  (prender, segurar, agarrar), “prisão” é o vocábulotomado para exprimir o ato pelo qual se priva a pessoa de sua liberdade de locomoção,isto é, da liberdade de ir e vir, recolhendo-a a um lugar seguro e fechado de onde nãopoderá sair.

A pena de prisão, dada a sua severidade, deve ser utilizada como último recurso paraa punição do condenado. É o que preconiza a teoria do “Direito Penal Mínimo”, tambémdenominada de Teoria da Intervenção Mínima, a qual substitui a prisão por penas

alternativas ou administrativas em crimes tidos como de menor ofensividade,reservando-se o cárcere somente aos indivíduos de alta periculosidade e querepresentam uma ameaça à paz pública e à integridade física dos cidadãos.

7.1.1 CONCEITO

Nos dizeres de Mirabete, a “prisão, em sentido jurídico, é a privação da liberdade de locomoção, ou seja, do direito de ir e vir, por motivo ilícito ou por ordem legal.”

Ensina o Prof. Fernando Capez, com muita propriedade, que prisão “é a privação da 

liberdade de locomoção determinada por ordem escrita da autoridade judiciária competente, ou em caso de flagrante delito ”.

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Complementando o conceito, dispõe o art. 5.º, inc. LXI, da Constituição Federal:

Art. 5.º 

[...] 

LXI ninguém será preso senão em flagrante delito, ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar,definidos em lei.

Resumindo, a prisão é a privação de liberdade de locomoção determinada porordem escrita da autoridade judiciária. Entretanto, esta necessidade de existência deum mandado do Magistrado pode ser atenuada nos casos de prisão em flagrante,

transgressão militar, durante estado de sítio e no caso de recaptura do evadido. 7.1.2 ESPÉCIES DE PRISÃO

Segundo ensinamento do Prof. Renato Brasileiro, o ordenamento processual penalpossui três espécies de prisão, são elas:

11   – – EEX TTRAAPEEN AA LL ;; 

22   – – PPENA LL; 

33   – – PPR OOVVI SSÓ RRII AA ,, SSEM  PE NN AA  OU  PRRI SSÃ OO PPRROOCCE SSSUAL. 

Vamos analisá-las:

7.1.2.1 EXTRAPENAL

A prisão extrapenal é assim denominada por não possuir natureza de pena,imposta em conseqüência de prática de ilícito penal. Divide-se em:

1–Prisão Civil  Ocorre nos casos do devedor de alimentos e do depositárioinfiel, lembrando que a prisão do depositário infiel na hipótese da alienaçãofiduciária já foi retirada do ordenamento jurídico (RE 466.343 – STF). O Pacto deSão José da Costa Rica, em seu art. 7º, não permite tal hipótese.

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2–Prisão Administrativa   Ensina o mestre Magalhães Noronha, que estaespécie de prisão “é um meio coativo para compelir alguém ao cumprimento de certa obrigação ”. Tal hipótese de prisão não encontra guarida constitucional,tendo sido praticamente abolida do ordenamento jurídico pátrio por não ter sidomencionada na Constituição Federal. Os Tribunais vem aceitando a existênciadesta modalidade de prisão no caso de procedimento administrativo deextradição, desde que a prisão seja determinada por um juiz.

3–Prisão Disciplinar  É admissível nos casos de crime propriamente militarou transgressão disciplinar militar (art. 5º, LXI, CF). Essa espécie de prisão nãodepende de autorização judicial, entretanto, segundo entendimento  jurisprudencial, está condicionada a prévia instauração de procedimentoadministrativo.

Afirma ainda o Prof. Renato Brasileiro que, com relação às punições disciplinares

militares, não cabe Habeas Corpus  quanto ao mérito da punição, o que, noentanto, não impede a impetração do remédio, questionando aspectosrelacionados à legalidade da prisão.

7.1.2.2 PENAL, PRISÃO-PENAL

É aquela decretada como decorrência natural da sentença condenatóriatransitada em julgado. É a prisão sanção-definitiva (também chamada de prisãopenal), que pode ser de reclusão, detenção e prisão simples.

Atualmente, predomina na doutrina a tese de que a prisão como pena tem umafinalidade retributiva e utilitária, já que ao mesmo tempo a aplicação da punição

 

STF, RE 272.955/RS, DJ 23.10.2009

É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade dodepósito.

TRF 1ª Região, HC 65.665/MT, DJ 13.02.2009

A atual ordem constitucional não revogou a prisão administrativa para fins dedeportação, devendo, no entanto, sua necessidade, como medida excepcionalde restrição da liberdade e acautelatória do procedimento de deportação, serplenamente demonstrada e fundamentada mediante decisão da autoridade

 judiciária, e não mais da autoridade administrativa, apontando fatos concretoshábeis a justificá-la.

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castiga o delito e serve também para preveni-lo (é a chamada teoria da união -eclética ou mista).

Assim, segundo os adeptos dessa teoria, como forma de prevenção geral, a

pena tem por finalidade intimidar e promover a integração do ordenamento  jurídico e, como forma de prevenção especial, promover a ressocialização doindivíduo.

A prisão-pena é, portanto, a restrição da liberdade individual em razão daaplicação de uma pena ou sanção definitiva ao infrator da lei penal, decorrentedo legítimo exercício do direito punitivo do Estado e que tem como premissamaior a proteção da sociedade, livrando-a dos maus cidadãos transgressores danorma penal e, num segundo plano, sempre que possível, tentar a reintegraçãodesses cidadãos à vida social.

7.1.2.3 SEM PENA,

 

PRISÃO PROCESSUAL OU PRISÃO PROVISÓRIA

É aquela decretada para assegurar a eficácia do processo principal, sem que setenha ainda sentença condenatória com trânsito em julgado.

Temos três espécies de prisão processual, vejamos:

11  – – PPRRISSÃÃOO EM FFLLAGGRAANTE DDELIITO;; 

22  – – PPRRISSÃÃOO PREEVVEENNTTIIVA;; 

33  – – PPRRIISSÃÃOO TTEEMMPPOORRÁÁRRIIAA;; Mesmo sabendo-se que é uma constante preocupação da sociedade modernaadotar meios mais eficazes e rigorosos para reprimir delitos de maior gravidade eque causam repugnação a todos, não é menos correto afirmarmos que numautêntico Estado de Direito, a despeito de ter praticado um delito, o indivíduopossui direitos e garantias consagrados pela Constituição Federal, que o Direitonão admite sejam restringidos desnecessariamente.

Nessa perspectiva, para evitar abusos e arbitrariedades, a doutrina reconheceprincípios informadores concernentes às medidas de cautela adotadas noprocesso penal que devem ser observados pelos operadores do Direito,principalmente para aferir a necessidade de restrição da liberdade de locomoçãopor meio da prisão provisória. Esses princípios são:

1. Princípio da legalidade Caro aluno, este eu nem preciso falar nada,pois você já conhece. Maaasss... Relembrando, só podem ser aplicadasas medidas restritivas previstas em lei e que cumpram todos os requisitospreceituados à sua aplicação.

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2. Princípio da adequação e proporcionalidade A penalização a seraplicada durante um processo a um ladrão de galinhas, deve ser a mesmada que deve ser aplicada a um indivíduo que joga a filha pela janela? Nãopreciso falar mais nada, pois acho que você já entendeu que este princípionada mais é do que a exposição de que a restrição de liberdade a serimposta deve ser analisada caso a caso.

3. Princípio da precariedade  A prisão processual é sempre precária emrazão do princípio da presunção de inocência, que não admite aantecipação do cumprimento de pena privativa de liberdade antes dotrânsito em julgado de sentença penal condenatória, pois tal antecipaçãorepresentaria uma inversão de valores.

4. Princípio da subsidiariedade A prisão processual deve ter carátersubsidiário em relação às outras medidas que não restrinjam a liberdade,ou seja, só deve ser utilizada em último caso.

Do exposto, podemos esquematizar:

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7.1.3 MOMENTO DA PRISÃO

Sobre o tema, dispõe o Art. 283 do CPP:

Art. 283. A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, respeitadas as restrições relativas à inviolabilidade do domicílio. 

Perceba que o supracitado artigo trata das restrições à inviolabilidade de domicílioque possuem base constitucional. Observe:

Art. 5º 

[...] 

XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; 

Sendo assim, podemos resumir que o agente que praticou uma infração penalpoderá ser preso dentro de casa, desde que se encontre numas das seguintes

situações: 

• EM FLAGRANTE DELITO;

• DURANTE O DIA COM ORDEM JUDICIAL (PODENDO ATÉ OCORRER O

ARROMBAMENTO DAS PORTAS DA CASA);

Assim, caro concurseiro, se na sua prova aparecer que, salvo flagrante delito, oindivíduo nunca poderá ser preso em sua casa durante a noite, está correto? É claro

que NÃO, pois temos uma terceira situação que completa as citadas acima:

•  DURANTE A NOITE, DESDE QUE COM ORDEM J UDICIAL E CONSENTIM ENTODO MORADOR.

Mas e se os policiais chegarem no período noturno e não tiverem esseconsentimento, o que fazer?

Deve-se aguardar até o dia amanhecer, cuidando o executor da prisão dedeterminar o cerco da casa para que, de posse da ordem judicial, possa ingressarna casa (art. 293, CPP).

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Art. 293. Se o executor do mandado verificar, com segurança, que o réu entrou ou se encontra em alguma casa, o morador será intimado a entregá-lo, à vista da ordem de prisão. Se não for obedecido imediatamente, o executor convocará duas testemunhas e, sendo dia, entrará à força na casa, arrombando as portas, se preciso; sendo noite, o executor, depois da intimação ao morador,se não for atendido, fará guardar todas as saídas, tornando a casa incomunicável, e, logo que amanheça, arrombará as portas e efetuará a prisão.

7.1.4 EMPREGO DE FORÇA E USO DAS ALGEMAS

Sobre o tema, o CPP preceitua:

Art. 284. Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso de resistência ou de tentativa de fuga do preso.

.

Sendo assim, futuro policial, o emprego de força é medida de caráter excepcional,

devendo ser limitada àquilo que for indispensável para vencer a resistência ativa dopreso ou sua tentativa de fuga, conforme dispõe o CPP. Apesar de o texto legalsilenciar, admite-se o emprego de força, ainda, para impedir a ação de terceiros quetentem impedir a prisão do agente, desde que não haja abuso.

Art. 292. Se houver, ainda que por parte de terceiros, resistência à prisão em flagrante ou à determinada por autoridade competente, o executor e as pessoas que o auxiliarem poderão usar dos meios necessários para defender-se ou para vencer a resistência, do que tudo se lavrará auto subscrito também por duas testemunhas.

OBSERVAÇÃO:O Código E le i tora l determina out ro momento da pr isão

do e le i tor e do candidato. O e le i tor possu i a lguns

benef íc ios , a saber : desde os c inco d ias antes da

ele ição e a té 48 horas depois , não poderá ser preso,

sa lvo em caso de f lagrante, sentença condenatór ia por  

c r ime inaf iançável e desrespei to a sa lvo conduto (ar t .236, CE). Por sua vez, os candidatos, nos 15 dias

anter iores à e le ição, só poderão ser presos em c aso de

f lagrante de l i to .

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Tema que tem gerado muita discussão é com relação ao uso de algemas. Depoisde anular um julgamento do Tribunal do Júri da Comarca de Laranjal Paulista (SP),por ter havido abuso na utilização de algemas (HC 91.952-SP, rel. Min. MarcoAurélio, j. 07.08.08), o STF editou a Súmula Vinculante 11, com o seguinte teor:

"Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia,por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado".

Diante do exposto, podemos resumir que o uso das algemas só pode ocorrer emcaráter excepcional e devidamente fundamentado, conforme discorre a súmula 11.O citado texto do STF elenca as seguintes hipóteses:

• RESISTÊNCI A DO PRESO;

• FUNDA DO RECEIO DE FUGA;

• FUNDADO RECEIO DE PERIGO À INTEGRIDADE FÍSICA PRÓPRIA OU

ALHEIA.

7.1.5 MANDADO DE PRISÃO

O CPP, nos artigos 285 e seguintes, trata do mandado de prisão. Observe otexto legal:

Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o respectivo mandado. Parágrafo único. O mandado de prisão:  a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade; 

b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome,alcunha ou sinais característicos; 

c) mencionará a infração penal que motivar a prisão; 

d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando afiançável ainfração; 

e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe execução.

Art. 286. O mandado será passado em duplicata, e o executor entregará ao preso, logo depois da prisão, um dos exemplares com 

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declaração do dia, hora e lugar da diligência. Da entrega deverá o preso passar recibo no outro exemplar; se recusar, não souber ou não puder escrever, o fato será mencionado em declaração,assinada por duas testemunhas.

Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do mandado não obstará a prisão, e opreso, em tal caso, será imediatamente apresentado ao juiz que tiver expedido omandado (art. 287).

Podemos esquematizar: 

ESCRIVÃO

JUIZ

IDENTIFICAÇÃODO PRESO

UMA V IA É ENTREGUE AO

PRESO

TIPIFICAÇÃO

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Assim, podemos dizer que, como regra, toda prisão necessita de ordem judicial porescrito, salvo algumas exceções:

1 - INFRAÇÕES INAFIANÇÁVEIS  O artigo 287 do CPP ensina que:

Art. 287. Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do mandado não obstará à prisão, e o preso, em tal caso, será imediatamente apresentado ao juiz que tiver expedido o mandado.

No caso em tela, existe a ordem, mas quem executa a prisão não possui o

documento em mãos.

2 - RECAPTU RA DE RÉU EVADIDO Situação prevista no artigo 684 doCPP:

Art. 684. A recaptura do réu evadido não depende de prévia ordem  judicial e poderá ser efetuada por qualquer pessoa.

3 - PRISÃO EM FLAGRANTE – Situação que tratamos em nossa aulademonstrativa. Encontra base no comando 301 do CPP.

OBSERVAÇÕES:

 

1 - A chamada pr isão para aver iguação, que já ocorreu em

nosso país, é i legal , n inguém podendo ser recolhido ao

cárc ere para ter sua s i tuação esc larec ida.

2 - A pr isão do ébr io (pessoa alcoólatra) não está inser ida

em nenhum comando lega l , ent re tanto, pode ser admi t ida,

desde que comprovada que era a ún ica forma de preservar a

saúde do própr io ébr io e de terce i ros .

3 - Impor tante menc ionar que se o su je i to res is te à pr isão

antes da apresentação do mandado de pr isão, com ete c r im e

de res is tênc ia ; já se res is te após a apresentaç ão da ordem,com ete o c r ime de desobediênc ia .

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7.1.6 PRISÃO ESPECIAL

Apesar do art. 5° da Constituição da República consagrar o princípio da igualdade,estabelecendo que "todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquernatureza", o Código de Processo Penal e a legislação extravagante conferem acertas pessoas o direito à prisão especial, ou seja, o "privilégio" de ficar preso emcela ou estabelecimento penal ou não, diverso do cárcere comum, até o julgamentofinal ou o trânsito em julgado da decisão penal condenatória.

A prisão especial é concedida às pessoas que, pela relevância do cargo, função,emprego ou atividade desempenhada na sociedade nacional, regional ou local, oupelo grau de instrução, estão sujeitas à prisão cautelar, decorrente de infraçãopenal. Abrange autoridades civis e militares dos três poderes da República. Podeser relacionada com a natureza do crime, a qualidade da pessoa e a fase doprocesso.

A Lei n.° 5.256/67, diante da realidade nacional, determina que o juiz, considerandoa gravidade das circunstâncias do crime e ouvido o representante do MinistérioPúblico, autorize a prisão domiciliar do réu ou indiciado (acusado) nas localidadesem que não houver estabelecimento prisional adequado ao recolhimento dosbeneficiários da prisão especial.

O benefício penal visa oferecer um tratamento mais humano ao indiciado ou réuque, pelas "qualidades morais e sociais", merece melhor tratamento e, também,pelas conseqüências graves e irreparáveis que a convivência desordenada compresos perigosos poderia lhe causar.

Sobre o tema, trata o CPP:

Art. 295 - Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à disposição da autoridade competente, quando sujeitos a prisão antes de condenação definitiva: 

I - os ministros de Estado;

II - os governadores ou interventores de Estados ou Territórios, o

prefeito do Distrito Federal, seus respectivos secretários, osprefeitos municipais, os vereadores e os chefes de Polícia;

III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de EconomiaNacional e das Assembléias Legislativas dos Estados;

IV - os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito";

V - os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, doDistrito Federal e dos Territórios;

V - os oficiais das Forças Armadas e do Corpo de Bombeiros;

VI - os magistrados;

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VII - os diplomados por qualquer das faculdades superiores daRepública;

VIII - os ministros de confissão religiosa;

IX - os ministros do Tribunal de Contas;X - os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função dejurado, salvo quando excluídos da lista por motivo de incapacidadepara o exercício daquela função;

XI - os delegados de polícia e os guardas-civis dos Estados eTerritórios, ativos e inativos.

§ 1o A prisão especial, prevista neste Código ou em outras leis, consiste exclusivamente no recolhimento em local distinto da prisão comum.

§ 2o Não havendo estabelecimento específico para o preso especial,este será recolhido em cela distinta do mesmo estabelecimento.

§ 3o A cela especial poderá consistir em alojamento coletivo, atendidos os requisitos de salubridade do ambiente, pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e condicionamento térmico adequados à existência humana.

§ 4o O preso especial não será transportado juntamente com opreso comum.

§ 5o Os demais direitos e deveres do preso especial serão os mesmos do preso comum 

Art. 296. Os inferiores e praças de pré, onde for possível, serão recolhidos à prisão, em estabelecimentos militares, de acordo com os respectivos regulamentos.

Resumindo, percebe-se que as pessoas elencadas nos artigos 295 e 296 do CPPtêm direito à prisão especial. Não se trata de uma lista TAXATIVA, pois outrasnormas podem definir o cabimento da prisão especial em outros casos. É o queocorre, por exemplo, com os advogados e membros do Ministério Público.

“Mas professor...quer dizer que eu tenho que “decorar” todos os indivíduos sujeitos àprisão especial?”

Em minha opinião, não há essa necessidade. Não é típico do CESPE exigir essetipo de conhecimento. Assim, basta uma leitura atenta a fim de que você ao menostenha uma noção de quem está sujeito a esta regra.

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A prisão especial consiste no recolhimento do preso em quartéis (se houver localapropriado para este fim), em cela especial ou em cela comum, separada daquelespresos que não têm esse privilégio.

Nos locais onde não houver cela separada ou especial, o preso poderá solicitar aprisão domiciliar, conforme reza o artigo 1º da lei 5.256/67.

Há ainda que se destacar que, conforme demonstra o artigo 295, § 4º, do CPP, opreso especial não será transportado juntamente com o preso comum. Os demaisdireitos do preso especial serão iguais ao do preso comum.

Para finalizar, caro aluno, e o coitado do Presidente? Não vai ter prisão especial???

Claro que sim. A própria Carta Federal beneficia o Presidente da República. Este,quando submetido a julgamento por prática de infração penal comum, não estarásujeito à prisão, sendo preso apenas após a sentença penal condenatória proferidapelo Supremo Tribunal Federal (art. 85, § 3.°).

Ao Chefe da Nação não se aplicam as prisões cautelares, devido ao alto cargo queocupa; sua liberdade física é restringida após sentença penal condenatória.

7.2 PRISÃO PROVISÓRIA

7.2.1 PRISÃO EM FLAGRANTE

Antes de adentrarmos nas particularidades desta forma de prisão é necessárioconceituar o que é, na realidade, a prisão em flagrante.

Quanto ao conceito jurídico, o saudoso Mirabete explica que a palavra flagrante,derivada do latim flagrare (queimar), é a qualidade do delito que esta sendocometido e permite a prisão do seu autor. É o crime que ainda queima.

A respeito, Pontes de Miranda já esclareceu que:

“Flagrante delito é um conceito que se tira dos próprios fatos, pois significaencontrar-se alguém na prática de delito, ou em circunstâncias tais que justifiquemafirmar-se que estava a praticá-lo, ou no termo do ato delituoso, inclusive havendofuga, se quem o cometeu ainda não conseguiu afastar de si as circunstâncias

imediatas que importem convicção de ter sido o autor.”

STF, Rcl 7.872/RJ, DJ 18.02.2009

Considerando a gravidade das circunstâncias do crime e ouvido o representantedo Ministério Público, é possível que o juiz autorize a prisão domiciliar do réu ouindiciado (acusado) nas localidades em que não haja estabelecimento prisionaladequado ao recolhimento dos beneficiários da prisão especial.

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7.2.1.1 ESPÉCIES DE FLAGRANTE

• FLAGRANTE PRÓPRIO (TAMBÉM CHAMADO DE PROPRIAMENTEDITO, REAL OU VERDADEIRO) Ocorre quando o agente estácometendo a infração ou acaba de cometê-la.

Exemplo: Tício é flagrado por um policial no momento em que estupravaMévia.

Base legal: Art. 302, I e II. Observe:

Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:  I - está cometendo a infração penal;  II - acaba de cometê-la; 

• FLAGRANTE IMPRÓPRIO (TAMBÉM CHAMADO DE IRREAL OUQUASE FLAGRANTE) O agente comete o ato ilícito e é perseguido,logo após, em situação que faça presumir ser o autor do delito.

A expressão “logo após” compreende todo o espaço de tempo necessáriopara a polícia chegar ao local, colher as provas elucidativas da ocorrênciado delito e dar início à perseguição do autor.

Não tem qualquer fundamento a regra popular de vinte e quatro horas deprazo entre a hora do crime e a prisão em flagrante, pois, no caso doflagrante impróprio, a perseguição pode levar até dias, desde queininterrupta.

Atualmente, a doutrina e jurisprudência dominante entendem que não seexige que a perseguição esteja ocorrendo com a percepção visual doagente, pois não é este o sentido da lei. Por perseguição ininterrupta

entendem-se as constantes diligências, sem longos intervalos, realizadaspela autoridade competente a fim de localizar e prender o criminoso.Observe o julgado:

Para exemplificar, observe este interessante julgado:

A perseguição ininterrupta do agente, por policiais, logo após haverem sido informados da prática delitiva, configura flagrante impróprio, sendo irrelevante se a prisão ocorreu horas após a ocorrência do fato criminoso – HC175207 – TJAP 

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Base Legal: Art. 302, III do CPP:

III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; 

• FLAGRANTE PRESUMIDO (TAMBÉM CHAMADO DE FICTO OUASSIMILADO) O Agente é preso com objetos que façam presumir serele o autor da infração. É importante ficar claro que aqui não temosnecessariamente perseguição, podendo a descoberta ser casual logodepois do indivíduo ter cometido o delito.

Exemplo: Tício mata Mévia, coloca o corpo no porta-malas e vai em

direção a um rio para “desovar o cadáver”. No caminho é parado em uma

Ementa: Processo Penal - Habeas Corpus - Prisão em Flagrante - Tráfico Internacional de Entorpecentes - Ausência de Ilegalidade - 

Impossibilidade de Análise de Provas– Ordem Denegada.

1. Paciente preso em flagrante delito pela prática de tráfico internacional de entorpecentes.

2. Inexistência de ilegalidade na prisão em flagrante do paciente à luz do disposto no artigo 302, inciso III, do Código de Processo Penal, bem como da decisão judicial que negou o seu relaxamento. Isto porque um dos co-réus foi preso em flagrante delito no Aeroporto Internacional de Guarulhos no momento em 

que trazia consigo cocaína para fins de comércio exterior, delito este que praticava em unidade de desígnios com o paciente que lhe forneceu a droga. Na seqüência, este co-réu indicou aos policiais dados para a localização do paciente, o qual foi imediatamente localizado e também preso. Embora o paciente não tenha sido preso trazendo consigo substância entorpecente, o elemento subjetivo que o unia ao co-réu e a um outro agente que embarcaria com droga para o exterior no dia seguinte, que já estava em seu poder, permite a configuração do flagrante impróprio ou imperfeito. 

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blitz e o policial, ao perceber marcas de sangue na camisa de Tício, exigeque ele abra o porta-malas encontrando o corpo de Mévia.

Base legal: Art. 302, IV do CPP:

IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.

• FLAGRANTE COMPULSÓRIO OU OBRIGATÓRIO X FLAGRANTE

FACULTATIVO Caro aluno (a), imagine que você resolveu conhecer afamosa Rua 25 de março em São Paulo e, ao chegar ao local, PORACASO, tinha gente vendendo DVD pirata.

Indignado com aquela situação, você resolve dar voz de prisão aoscriminosos.

Você pode fazer isto ou só depois que passar na prova e for um policialfederal?

A resposta é que você já pode fazer isto, com base no Código deProcesso Penal. Observe:

Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.

Mas ainda dentro da supracitada situação, você é OBRIGADO a dar vozde prisão?

Agora a resposta é NEGATIVA, pois o início do Art. 301 diz que qualquerdo povo PODERÁ prender em flagrante. Assim, devido à existência da

possibilidade e não da obrigatoriedade, damos o nome de FLAGRANTEFACULTATIVO.

Diferente situação é a do policial no exercício de suas funções que verificaa ocorrência de um crime. Neste caso, ele não poderá valorar se quer ounão prender e, exatamente por isto, este tipo de prisão em flagranterecebe o nome de FLAGRANTE COMPULSÓRIO.

• FLAGRANTE PREPARADO OU PROVOCADO (TAMBÉM CHAMADODE DELITO DE ENSAIO, DELITO DE EXPERIÊNCIA OU DELITO

PUTATIVO POR OBRA DO AGENTE PROVOCADOR) Aqui vai maisuma situação para você pensar:

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Imagine que, após a aprovação na Polícia Federal, você resolve abrir umaloja de doces e contrata um empregado. Desconfiado de que ele estásubtraindo valores do caixa você, ao chegar ao trabalho, mostra para eleuma quantia enorme de dinheiro, coloca em uma mesa e fica escondidoem uma sala, com sua turma toda do curso de formação aguardando eespiando tudo em uma câmera.

Ao apropriar-se do dinheiro você sai da sala e diz: “AHAAAA!!! VOCÊESTÁ PRESO”.

Pergunta: Qual será a reação do Funcionário? Resposta: No mínimo elevai começar a rir e lhe mostrará a súmula 145 do STF que diz:

Súmula nº 145: "Não há crime quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a consumação." 

Assim, em fatos em que o agente de certa forma é instigado a praticarcrime em relação ao qual ainda não tinha praticado qualquer ato deexecução e, devido à vigilância, há impossibilidade absoluta deconcretização, temos o chamado FLAGRANTE PREPARADO que, porestar relacionado com o dito crime impossível, não terá efeitos práticos.

• FLAGRANTE ESPERADO A polícia recebe uma ligação dizendo queuma grande quantidade de drogas será entregue para uma facçãocriminosa. Diante da informação, sem qualquer forma de instigação, ospolicias ficam escondidos no local aguardando a chegada do caminhãocom o material ilícito.

Quando avistam as drogas, saem do esconderijo e prendem ostraficantes. Neste caso, temos o flagrante esperado que é perfeitamenteválido, não podendo ser confundido com o flagrante preparado no qualocorre induzimento a um delito.

• FLAGRANTE PRORROGADO, RETARDADO OU DIFERIDO Consiste

na possibilidade de a polícia não efetuar a prisão logo que verifica o delito,mas aguardar ações posteriores visando obter maiores informações sobrea ação dos criminosos e prendê-los em maior quantidade ou de maneiramais efetiva.

Tal tipo de flagrante só é aceito nas situações expressamente previstasem nosso ordenamento jurídico. Para ficar mais claro, vamos exemplificaratravés da seguinte questão exigida pelo CESPE no concurso paraPROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO,recentemente realizado. Observe:

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Determinada organização criminosa voltada para a prática do tráfico dearmas de fogo esperava um grande carregamento de armas para dia elocal previamente determinados. Durante a investigação policial dessaorganização criminosa, a autoridade policial recebeu informações segurasde que parte do bando estava reunida em um bar e receberia o dinheirocom o qual pagaria o carregamento das armas, repassando, ainda no local,grande quantidade de droga em troca do dinheiro. Mantido o local sobobservação, decidiu a autoridade policial retardar a prisão dos integrantesque estavam no bar de posse da droga, para que os policiais pudessemsegui-los, identificar o fornecedor das armas e, enfim, prendê-los emflagrante. Nessa situação, não obstante as regras previstas no Código deProcesso Penal, são válidas as diligências policiais e as eventuais prisões,em face da denominada ação controlada, prevista na lei do crime

organizado. (CERTO/ERRADO)

O inciso II do art. 2º da Lei 9.034/95 (crime organizado) prevê a ocorrênciade uma "ação controlada" por parte da polícia quando da possível ação deorganizações criminosas. Observe:

Art. 2 o  Em qualquer fase de persecução criminal são permitidos, sem prejuízo dos já previstos em lei, os seguintes procedimentos de investigação e formação de provas: 

[...] 

II - a ação controlada , que consiste em retardar a interdição policial do que se supõe ação praticada por organizações criminosas ou a ela vinculado, desde que mantida sob observação e acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz do ponto de vista da formação de provas e fornecimento de informações; (grifo nosso)

Dispositivo semelhante encontramos na Lei 11.343/2006 (Lei de drogas):

Art. 53. Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos crimes previstos nesta Lei, são permitidos, além dos previstos em lei, mediante autorização judicial e ouvido o Ministério Público, os seguintes procedimentos investigatórios:  [...] 

II -  a não-atuação policial sobre os portadores de drogas, seus precursores químicos ou outros produtos utilizados em sua produção, que se encontrem no território brasileiro, com a finalidade de identificar e responsabilizar maior número de 

 

CAIU EM

PROVA!!!

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integrantes de operações de tráfico e distribuição, sem prejuízo da ação penal cabível. (grifo nosso) Agora ficou fácil para você chegar à conclusão que a questão

apresentada está CORRETA, pois a autoridade policial retarda a prisãoa fim de identificar o fornecedor de armas e mantém os indivíduos quecometeram o delito inicial sob observação.

•  FLAGRANTE FORJADO (TAMBÉM CHAMADO DE URDIDO,MAQUINADO OU FABRICADO) Neste caso, não há um fato típico,mas a autoridade policial simula uma situação.

Exemplo: Em uma blitz, determinado policial joga um saco com drogasatrás do banco do carro e prende o motorista em flagrante.

7.2.1.2 FLAGRANTE EM CRIMES PERMANENTES E HABITUAIS

A partir de agora trataremos do flagrante nos crimes permanentes e habituais.Mas o que são essas espécies de delito? Para responder, vamos abrir o“dicionário do concurseiro:

O Código Penal trata especificamente dos flagrantes nos crimes permanentes.Observe:

Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar a permanência.

Assim, em um seqüestro, por exemplo, a qualquer momento, seja no primeiro diaou no trigésimo, o agente poderá ser preso em flagrante.

Problema surge ao tratarmos dos crimes habituais que são aqueles que não seconsumam em um ato, exigindo uma sequência de ações.

DICIONÁRIO DO CONCURSEIRO

Cr ime permanente Ocorre quando a consumação do cr ime se pro longa notempo, dependente da ação do su je i to a t ivo e o bem jur íd ico é agred ido

cont inuamente. Ex : Sequest ro e c árcere pr ivado.

Cr ime habi tua l Quando se fa la em cr ime habi tua l , es tamos d iante de um

cr ime prof iss ional , que é a re i teração ou habi tua l idade da mesma conduta

reprovável , i l íc i ta , de forma a c onst i tu i r um est i lo ou hábi to de v ida, é o caso

do cr ime de curandei r i smo, quando o agente prat ica as ações com in tençãode lucro.

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Neste delito, a prática de um ato apenas não seria típica: o conjunto de vários,praticados com habitualidade, é que configura o crime.

Quanto a este ponto, para sua PROVA, não importa nem tanto o significado de

crime habitual e muito menos divergências doutrinárias. O que você precisasaber é o entendimento do STF segundo o qual :

CA BB EE PPRRIISÃO EEMM  FLLA GGRRAANTE PPAA RRAA  OS  CCRRIIMES 

HH AABI TT UU AAI SS SSEE FFOORREM  RECOLLH IIDAS PPRROOVVAS DAA  

HH AA BB II TT UU AA LL II DDAA DDEE..

1.1.3 PROCEDIMENTOS

Após a prisão em flagrante, o Código de Processo Penal define uma série deprocedimentos que devem ser seguidos para que esta seja considerada válida.Esta “lista” de itens a serem cumpridos tem início do Art. 304 do CPP que dispõe:

Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em seguida,procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao 

interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita,colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando,a autoridade, afinal, o auto. (Redação dada pela Lei nº 11.113, de 2005)

Segundo o supracitado artigo, ao ser apresentado o preso serão seguidos osseguintes passos:

1 – Oitiva do condutor, confecção do termo com o que foi dito, assinatura (do

termo pelo condutor), entrega da cópia do termo (ao condutor) e o recibo deentrega do preso;

Esta alteração inserida pela lei nº 11.113 de 2005 no início do Art. 304 visouevitar que o condutor, que na maioria das vezes é um policial, fique afastado desuas funções durante um longo período de tempo, aguardando todo oprocedimento. Assim, na atual redação do CPP, após a oitiva, confecção dotermo, assinatura e confecção do recibo de entrega do preso, ele já será liberadopara voltar ao exercício de suas funções.

2 – Oitiva das testemunhas, redução a termo e assinatura;

3 – Interrogatório do acusado, redução a termo e assinatura;4 – Lavratura do auto de prisão em flagrante.

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Aqui cabem duas importantes ressalvas:

A primeira é com relação ao início do Art. 304 que diz “APRESENTADO (poralguém) O PRESO À AUTORIDADE”. Exatamente devido ao texto escrito pelo

legislador, entende-se NÃO ser cabível a prisão em flagrante no caso deAPRESENTAÇÃO ESPONTÂNEA, vale dizer, aquela em que o próprio sujeitoapresenta-se voluntariamente perante a autoridade policial.

A segunda ressalva é que quando conduzido o preso deverá ser apresentado àautoridade no lugar em que foi efetuada a prisão ou, caso não seja possível, seráapresentado à do local mais próximo. Observe:

Art. 308. Não havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado a prisão, o preso será logo apresentado à do lugar mais próximo.

Após esta fase inicial, a autoridade policial já estará em condições de decidir pelocabimento ou não da efetivação da prisão. Esta decisão pode acarretar asseguintes consequências:

1–Liberação do conduzido, sem que este assuma qualquer obrigação. (Livrar-sesolto). Observe que aqui ele é liberado DEPOIS de lavrado o auto de prisão,conforme dispõe o CPP:

Art. 309. Se o réu se livrar solto, deverá ser posto em liberdade,depois de lavrado o auto de prisão em flagrante.

2–Liberação do conduzido mediante o pagamento de fiança (quando a leipermitir);

3–Prisão do conduzido.

Sobre essas consequências discorre o CPP no Art. 304:

§ 1o  Resultando das respostas fundada a suspeita contra o conduzido, a autoridade mandará recolhê-lo à prisão, exceto no caso de livrar-se solto ou de prestar fiança, e prosseguirá nos atos do inquérito ou processo, se para isso for competente; se não o for, enviará os autos à autoridade que o seja.

Agora pensemos em uma infração que só foi vista pela autoridade policial, ou

seja, faltam testemunhas da infração. Neste caso, poderá ser lavrado o auto deprisão?

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Claro que sim, pois a palavra do agente público goza de presunção relativa delegalidade e legitimidade. Desta forma, a inexistência de testemunhas dainfração poderá ser suprida pela assinatura de duas testemunhas que hajampresenciado a APRESENTAÇÃO do preso. Observe o CPP:

§ 2 o  A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.

E no caso de o acusado se recusar a assinar o auto?

Também nenhum problema, pois a falta poderá ser suprida pela assinatura de

duas testemunhas que tenham OUVIDO a leitura na presença do conduzido.Atenção que a única exigência do CPP é que as testemunhas tenhampresenciado a leitura do auto para o acusado e mais nada. Veja:

§ 3 o  Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder fazê-lo, o auto de prisão em flagrante será assinado por duas testemunhas, que tenham ouvido sua leitura na presença deste. (Redação dada pela Lei nº 11.113, de 2005)

Art. 305. Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer 

pessoa designada pela autoridade  lavrará o auto , depois de prestado o compromisso legal. (grifo nosso)

Então, concurseiros de todo Brasil, o auto de prisão em flagrante foi lavrado. Eagora?

Agora, alguns procedimentos deverão ser tomados pela autoridade policial.Neste sentido, dispõe o CPP:

Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão 

comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou a pessoa por ele indicada. (Redação dada pela Lei nº 11.449, de 2007).

O caput do art. 306 nada mais é do que reprodução literal do comandoconstitucional inserto no art. 5.º, LXII, da Constituição Federal (CF), o qualcontém duas garantias individuais:

(A) A PRISÃO DE QUALQUER PESSOA E O LOCAL ONDE SE ENCONTRE SERÃO

COMUNICADOS IMEDIATAMENTE AO J UIZ;

(B) A PRISÃO DE QUALQUER PESSOA E O LOCAL ONDE SE ENCONTRE SERÃO

COMUNICADOS IMEDIATA MENTE À FAMÍL IA DO PRESO OU À PESSOA POR ELEINDICADA.

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Buscando dar máxima aplicabilidade ao preceito constitucional contido naprimeira parte do art. 5.º, LXII, da CF, impôs a Lei n. 11.449/2007 que aautoridade policial, dentro de 24 horas depois da prisão, encaminhe ao Juizcompetente o auto de prisão em flagrante acompanhado de todas as oitivascolhidas (art. 306, § 1.º, 1.ª parte).

§ 1o  Dentro em 24h (vinte e quatro horas) depois da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante acompanhado de todas as oitivas colhidas e, caso o autuado não 

informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública. (Redação dada pela Lei nº 11.449, de 2007).

Ainda dento das formalidades, tratou o CPP de definir que também no prazo de24 horas será entregue ao preso a chamada nota de culpa.

Tal entrega é uma formalidade essencial, ou seja, o seu não cumprimento ensejao relaxamento da prisão em flagrante. Nessa nota, a autoridade policial daciência ao preso dos motivos pelos quais ele foi preso, do nome do condutor que

o trouxe à delegacia bem como do nome das testemunhas.Entregue a nota, deverá o preso passar um recibo para a autoridade policial.Caso o indiciado não queira, não possa ou não saiba assinar, a autoridadepolicial providenciará para que duas testemunhas assinem em seu lugar.

§ 2 o  No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e o das testemunhas. (Incluído pela Lei nº 11.449, de 2007).

A definição de um prazo de 24 horas para a comunicação ao Juiz visou propiciarao preso a garantia de que a autoridade judiciária terá rápido acesso ao auto deprisão em flagrante, possibilitando, com isso, o imediato relaxamento da prisão,se ilegal, tal como determina o art. 5.º, LXV, da CF.

Impede-se, dessa maneira, que o indivíduo seja mantido no cárcereindevidamente.

A expressa definição de um determinado prazo pelo Código de Processo Penalfaz surgir uma importante dúvida:

 

AATTEENNÇÇÃÃOO 

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Será que o desrespeito à formalidade de entrega do auto de 

 

prisão em flagrante no prazo de 24 horas à autoridade competente implicaria no relaxamento da prisão, tal como ocorre 

com a ausência da entrega da nota de culpa? O Superior Tribunal de Justiça (STJ) já decidiu no sentido da manutenção daprisão:

“Não constitui irregularidade apta a anular o auto de prisão a comunicação tardia feita à família do paciente quando de sua prisão  em flagrante.” (STJ, RHC 10220/SP, rel. Min. GILSON DIPP,2001).

Da mesma já se pronunciou o STF:

Processo Penal. Flagrante. Demora na comunicação, ao Juiz, de 

prisão em flagrante. Não anula o flagrante a falta de comunicação da prisão em flagrante, podendo implicar na responsabilidade de autoridade policial. (RHC)

Finalizando, diante do exposto, podemos afirmar que normalmente oprocedimento policial da prisão em flagrante desenvolve-se em dois momentos,ou etapas, conforme indicado:

Primeiro a constatação da prática de infração penal no estado de flagrante delito,oportunidade em que o responsável pela prisão-captura dá a voz de prisão para

então conduzir o preso, juntamente com as testemunhas e ofendido(logicamente, se pessoa física diversa de si próprio), até a presença daautoridade competente para a autuação, ou seja, para a lavratura do auto deprisão em flagrante.

A etapa da formalização constituirá o segundo momento do procedimento,ocasião em que o presidente do auto confirmará a voz de prisão já proferida.

A exceção fica por conta da hipótese prevista no art. 307 do CPP e,simetricamente, no art. 249 do CPPM (esfera penal militar) em que a própriaautoridade que tem competência para autuar presencia, no exercício de suasfunções, a prática de infração penal - que pode inclusive ser contra ela praticada

-, circunstância que o habilita a dar a voz de prisão e, incontinente, presidir o autode prisão sem a figura do condutor, em um procedimento caracterizado pelaconcentração de atos e pela declaração de vontade de apenas um órgão.

Art. 307. Quando o fato for praticado em presença da autoridade, ou contra esta, no exercício de suas funções, constarão do auto a narração deste fato, a voz de prisão, as declarações que fizer o preso e os depoimentos das testemunhas, sendo tudo assinado pela autoridade, pelo preso e pelas testemunhas e remetido imediatamente ao juiz a quem couber tomar conhecimento do fato 

delituoso, se não o for a autoridade que houver presidido o auto.

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Vamos esquematizar o procedimento:

PRISÃO EM

FLAGRANTE

APRESENTAÇÃO

DO PRESO

OITIVA DO

CONDUTOR

OITIVA DAS

TESTEMUNHAS

INTERROGATÓRIO

DO ACUSADO

ASSINATURA

DO

CONDUTOR

+

RECIBO DE

ENTREGA

SE NÃO HOUVER,

ASSINAM DUAS

PESSOAS QU E

PRESENCIARAM A

APRESENTAÇÃO DO

PRESO

LIBERAÇÃO SEMRESPONSABILIDADES(LIVRAR-SE SOLTO)

LIBERAÇÃO(FIANÇA)

RECOLHIM ENTO ÀPRISÃO

COMUNICAÇÃO

IMEDIATA À

FAMÍLIA E AOJUIZ ENVIO DO AUTO

COM AS OITIV AS

PARA O

MAGISTRADO

ENTREGA DA

NOTA DE CULPA

(MOTIVO /

CONDUTOR /

TESTEMUNHAS)

NÃO ENVIO

MANTÉM A

PRISÃO E PUNE A

AUTORIDADE

NÃO ENTREGA  

RELAXA A PRISÃO

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7.2.2 PRISÃO PREVENTIVA

O ilustre Fernando Capez conceitua prisão preventiva como a “Prisão cautelar denatureza processual decretada pelo juiz durante o inquérito policial ou processocriminal, antes do trânsito em julgado, sempre que estiverem preenchidos osrequisitos legais e ocorrerem os motivos autorizadores.”

O CPP não define um prazo exato para a prisão preventiva, todavia os Tribunais teminterpretado o tema da seguinte forma:

A prisão preventiva pode ser decretada tanto durante o inquérito quanto já na fase judicial, conforme trata o CPP:

Art. 311. Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução 

criminal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público, ou do querelante, ou mediante representação da autoridade policial.

Entretanto, por se tratar de uma medida excepcional, o CPP, visando dar garantias àsociedade, definiu no Art. 312 as hipóteses em que este tipo de prisão poderá serdecretada. Observe:

Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia 

da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal,quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria.

Visto o art. 312, pela sua importância vamos esquematizar as hipóteses para facilitara sua memorização:

STF, HC 86.104/SE, DJ 23.03.2007

A excepcionalidade maior da prisão preventiva direciona à observação rígida dosprazos processuais. Extravasados, impõe reconhecer a ilicitude da custódia,afastando-a.

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HI PÓTESES DE DECRETAÇÃO DA PRISÃO

PREVENTIVA

01 GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA

GRAVIDADE DA INFRAÇÃO + REPERCUSSÃO SOCIAL

(Permanência do acusado em liberdade, pela suaalta periculosidade, gera uma intranqüilidade socialem razão do receio que ele volte a cometer crimes)

02 GARANTIA DA ORDEM ECONÔMICA

CRIMES DO COLARINHO BRANCO

03 CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL

(Visa impedir que o indivíduo destrua provas, alicie

testemunhas, enfim, cometa atos que possamprejudicar as investigações)

04 ASSEGURAR APLICAÇÃO DA LEI PENAL

(Neste item estamos tratando da possibilidade defuga do agente. Quanto a este item, será verificado

se o indivíduo tem residência fixa, trabalho ouqualquer outro aspecto que possa presumir que este

não se evadirá)

Visando restringir mais ainda as supracitadas hipóteses, o legislador acrescentou:

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Art. 313. Em qualquer das circunstâncias, previstas no artigo anterior, será admitida a decretação da prisão preventiva nos crimes dolosos: 

I - punidos com reclusão; II - punidos com detenção, quando se apurar que o indiciado é vadio ou, havendo dúvida sobre a sua identidade, não fornecer ou não indicar elementos para esclarecê-la; 

III - se o réu tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 46 do Código Penal.

IV - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos da lei específica, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência.

Com isso, podemos acrescentar um esquema complementar dizendo que, além deter que se enquadrar em uma das quatro situações apresentadas na tabela acima,terá que cumprir mais uma das seguintes possibilidades:

QQUU AA DDRROO CCOOMM PPLL EEMM EENN TT AA RR 

CC 

RR 

II  

MM  

EE 

SS 

PUNIDOS COM RECLUSÃO

PUNIDOS COM DETENÇAO:

1-FOR VADIO (Segundo entendimento jurisprudencial, praticamentenão mais encontra aplicação diante da quantidade dedesempregados no País);

2-HOUVER DÚVIDA DA IDENTIDADE E O AGENTE NÃO INDICARELEMENTOS PARA ESCLARECIMENTO.

RÉU CONDENADO POR OUTRO CRIME DOLOSO (Ressalvado oatual art. 64, I do CP, antigo art. 46, que estabelece que nãoconstitui reincidência se entre a ocorrência de um delito e a extinçãoou cumprimento da pena anterior houver decorrido prazo superior acinco anos)

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DD 

OO LL  

OO 

SS 

OO 

SS 

SE O CRIME ENVOLVE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR

CONTRA A MULHER, para garantir as medidas protetivas (Preceitointroduzido no CPP pela Lei Maria da Penha – 11.340/2006). Mas ese a mulher bater no homem? Azar o dele... (Calma, pessoal!Existem também medidas de proteção para o homem, mas não como cabimento da prisão preventiva).

Finalizando o rol de garantias trazidas pelo Código, a fim de impedir a aplicaçãodesarrazoada (fora do conceito de razoabilidade) da prisão preventiva, o legislador

exige que a decisão do Juiz quanto à decretação ou denegação da prisão sejasempre motivada. Deixa claro também que a qualquer momento o Magistradopoderá revogar a prisão se verificar a falta do motivo ou decretá-la caso surjamsituações que autorizem. Observe:

Art. 315. O despacho que decretar ou denegar a prisão preventiva será sempre fundamentado.

Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do 

processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.

Faz-se necessário ressaltar também que, diferentemente do que ocorre na prisão emflagrante, CABE PRISÃO PREVENTIVA no caso de APRESENTAÇÃO ESPONTÂNEA.

Art. 317. A apresentação espontânea do acusado à autoridade não impedirá a decretação da prisão preventiva nos casos em que a lei a autoriza.

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OBS: Há divergência jurisprudencial quanto à possibilidade de a repercussão socialintensa ensejar a decretação de prisão preventiva. Fora qualquer discussão, o queimporta para a sua PROVA é que o STF e o STJ entendem pela IMPOSSIBILIDADE daprisão preventiva neste caso. Observe interessantes julgados

7.2.3 PRISÃO TEMPORÁRIA

Esta prisão encontra base na Lei nº. 7.960/89 e é definida por Fernando Capezcomo a “prisão cautelar de natureza processual destinada a possibilitar asinvestigações a respeito dos crimes graves, durante o inquérito policial”.

Trata a lei das seguintes hipóteses de decretação da prisão temporária:

“Ilegal é a prisão mantida por força de decisão que se funda apenas na necessidade da medida para conter o clamor social. Referência, no mais, à gravidade abstrata do delito e na presença dos requisitos legais, sem indicar elementos concretos a justificar a medida.”  (STJ,HC 73.449/PE, 08.10.2007) 

“HABEAS CORPUS. Processual penal. Homicídio qualificado. Prisão preventiva. Decreto prisional fundamentado na não apresentação espontânea do réu, na gravidade genérica do delito e na comoção social. Inviabilidade de manutenção. Necessidade de elementos concretos que a justifiquem. Ordem concedida.

I - O decreto de prisão cautelar há que se fundamentar em elementos fáticos concretos suficientes a demonstrar a necessidade da medida constritiva. Precedentes.

II - A mera afirmação de suposta periculosidade, de gravidade em 

abstrato do crime e de clamor social, por si só, não são suficientes para fundamentar a constrição cautelar, sob pena de transformar o acusado em instrumento para a satisfação do anseio coletivo pela resposta penal.

1. “III - Habeas Corpus conhecido, para conceder-se a ordem.” (STF, HC 94.554/BA, DJ 26.06.2008) e (STF, HC 93.971/SP, DJ20.03.2009).

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Artigo 1° - Caberá prisão temporária:  I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;  II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade;  III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:  a) homicídio doloso

b) seqüestro ou cárcere privado 

c) roubo

d) extorsãoe) extorsão mediante seqüestro

f) estupro

g) atentado violento ao pudor

h) rapto violento

i) epidemia com resultado de morte

 

UMA PEQUENA PAUSA PARA UMA RELEVANTE OBSERVAÇÃO:

Foi publicada a Lei nº 12.015, que alterou sensivelmente a disciplina dos crimes sexuais noCódigo Penal, criando novas figuras, modificando outras e, por fim, extinguindo algumas.

Até então, tínhamos dois crimes bem distintos no CP: estupro e atentado violento ao pudor.

O primeiro consistia em “constranger mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça” , ao passo que no segundo descrevia a conduta de “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a praticar ou permitir que com ele se pratique ato libidinoso diverso da conjunção carnal” .

No estupro, portanto, a conduta era a prática de conjunção carnal (coito vaginal) e aconsequência lógica disso é que somente mulheres poderiam ser vítimas desse delito. Noatentado violento ao pudor, ao reverso, previa-se o cometimento de qualquer ato libidinosoque não se enquadrasse na hipótese de conjunção carnal (sexo oral e anal, por exemplo).

A partir da Lei nº 12.015/2009, as duas descrições típicas foram fundidas na previsão do art.213, que manteve o nomem iuris  de estupro. Eis a nova conduta delituosa: “Constranger 

alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso”. 

Houve fusão de dois crimes que em muito se assimilavam e tinham as mesmas penas,ampliando-se o espectro de incidência da norma do art. 213, de modo que, a partir de agora,homem também pode ser vítima do crime de estupro, que engloba não mais apenas aconjunção carnal, mas “outros” atos libidinosos. Assim, quem constrange alguém a praticarsexo oral, pratica, doravante, estupro, e não mais atentado violento ao pudor.

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j) envenenamento de água potável ou substância alimentíciaou medicinal qualificado pela morte

l) quadrilha ou bando; 

m) genocídio em qualquer de sua formas típicas; 

n) tráfico de drogas;

o) crimes contra o sistema financeiro.

Em uma primeira e desatenta leitura, parece ser bem objetiva a lei, entretanto é elaalvo de inúmeras discussões doutrinárias e jurisprudenciais. Uns dizem sernecessário o cumprimento dos incisos I, II e III cumulativamente. Outros, que podeser efetivada quando cumprir qualquer dos três incisos. E A DOUTRINA EJURISPRUDÊNCIA MAJORITÁRIA, QUE É O QUE IMPORTA PARA SUA PROVA,

ENTENDEM QUE:

7.2.3.1 LEGITIMIDADE E PRAZO

Segundo a Lei nº. 7.960/89:

Art. 2º A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público [...] 

§ 1° - Na hipótese de representação da autoridade policial, o Juiz,

antes de decidir, ouvirá o Ministério Público.§ 2° - O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser fundamentado e prolatado dentro do prazo de 24 (vinte e quatro)horas, contadas a partir do recebimento da representação ou do requerimento.

Sendo assim, podemos dizer que a legitimidade da decretação da prisãotemporária é do Juiz, que deverá prolatá-la e fundamentá-la em um prazo de 24horas após representação da autoridade policial (ouvido o Ministério Público) ourequerimento do MP.

AA  PPRRII SSÃÃ OO TT EEMM PPOORRÁÁ RRII AA  ÉÉ CCAA BB ÍÍ VV EELL  AA PPEENN AA SS QQUU AA NN DDOO SSEE TT RRAA TT AA RR DEE UM  DDOOSS CCRRI MMESS DOO AARTT. 1º,  I II I ,,  E DDE SSD EE QU E CCONCOORRRRA  

PEELL OO MM EENN OOSS UM AA  DA SS HI PPÓÓTTESSEES CCI T AADA SS NOS I NN CCI SSOS I EE I I ..

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STJ, RHC 20.410/RJ, DJ 09.11.2009

É evidente o constrangimento ilegal se a prisão temporária for determinada

tão somente para uma melhor apuração do delito, sem a demonstraçãoconcreta da imprescindibilidade da medida, ressaltando-se que o despachoque decretar a prisão temporária deverá ser fundamentado

Há divergência jurisprudencial quanto à possibilidade de o magistrado poderdecretá-la de ofício, entendendo a doutrina majoritária não ser possível.

Com relação ao prazo, a lei discorre que será, regra geral, de 05 diasprorrogável por igual período em caso de EXTREMA e COMPROVADA

necessidade.

Artigo  2° - A prisão temporária [...] terá o prazo de 5 (cinco) dias,prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.

Observação: Caso se trate de suspeito de crime hediondo,pratica de tortura,tráfico ilicito de substâncias entorpecentes e drogas afins e, de terrorismo, aprisão temporária poderá durar trinta dias, prorrogáveis pelo mesmo prazo.

7.2.3.2 PROCEDIMENTOS

Caro aluno, neste ponto a lei é extremamente clara quanto aos procedimentosque devem ser adotados. Observe:

Art. 2º 

[...] 

§ 4° - Decretada a prisão temporária, expedir-se-á mandado de prisão, em duas vias, uma das quais será entregue ao indiciado e servirá como nota de culpa. § 5° - A prisão somente poderá ser executada depois da expedição de mandado judicial. § 6° - Efetuada a prisão, a autoridade policial informará o preso dos direitos previstos no artigo 5° da Constituição Federal. § 7° - Decorrido o prazo de cinco dias de detenção, o preso deverá ser posto imediatamente em liberdade, salvo se já tiver sido decretada sua prisão preventiva. 

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Artigo 3° - Os presos temporários deverão permanecer,obrigatoriamente, separados dos demais detentos.

Assim, após decretada a prisão será expedido mandado de prisão em duas vias.Uma via será entregue ao preso e servirá como nota de culpa. É importante citarque com relação à prisão temporária, SEMPRE SERÁ NECESSÁRIO OMANDADO JUDICIAL, sendo este condição objetiva de procedibilidade daprisão.

Após a prisão, como manda a Carta Magna, o preso será informado de seus

direitos e, após passados 05 d ias de detenç ão será imediatamente

libertado, SALVO SE JÁ TIVER SIDO DECRETADA A PRISÃO

PREVENTIVA .

Finalizando, os presos temporários não deverão ficar com os demais detentos,ou seja, serão colocados em celas separadas a fim de cumprir o mandamentolegal. 

É isso ai pessoal. Chegamos ao final de mais uma aula!!!

Agora é hora de consolidar os conceitos com os exercícios e seguir em frente com

força total.

Abraços e bons estudos,

Pedro Ivo

"Não são os grandes planos que dão certo; são os pequenos detalhes." 

Stephen Kanit  

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PRIINCCIIPPAAIISS AARTIIGGOOSS TTRATAADOS NA AUULLA

DA PRISÃOArt. 282. À exceção do flagrante delito, a prisão não poderá efetuar-se senão emvirtude de pronúncia ou nos casos determinados em lei, e mediante ordem escrita daautoridade competente.

Art. 283. A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, respeitadasas restrições relativas à inviolabilidade do domicílio.

Art. 284. Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso deresistência ou de tentativa de fuga do preso.

Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o respectivo mandado.

Parágrafo único. O mandado de prisão:a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade;

b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome, alcunha ou sinaiscaracterísticos;

c) mencionará a infração penal que motivar a prisão;

d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando afiançável a infração;

e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe execução.

Art. 286. O mandado será passado em duplicata, e o executor entregará ao preso, logo

depois da prisão, um dos exemplares com declaração do dia, hora e lugar da diligência.Da entrega deverá o preso passar recibo no outro exemplar; se recusar, não souber ounão puder escrever, o fato será mencionado em declaração, assinada por duastestemunhas.

Art. 287. Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do mandado não obstará àprisão, e o preso, em tal caso, será imediatamente apresentado ao juiz que tiverexpedido o mandado.

Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à disposição da autoridadecompetente, quando sujeitos a prisão antes de condenação definitiva:

I - os ministros de Estado;

II - os governadores ou interventores de Estados ou Territórios, o prefeito do DistritoFederal, seus respectivos secretários, os prefeitos municipais, os vereadores e oschefes de Polícia;

III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de Economia Nacional e dasAssembléias Legislativas dos Estados;

IV - os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito";

V – os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, do Distrito Federal e dosTerritórios; 

VI - os magistrados;VII - os diplomados por qualquer das faculdades superiores da República;

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VIII - os ministros de confissão religiosa;

IX - os ministros do Tribunal de Contas;

X - os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função de jurado, salvo quando

excluídos da lista por motivo de incapacidade para o exercício daquela função;XI - os delegados de polícia e os guardas-civis dos Estados e Territórios, ativos einativos.

§ 1o A prisão especial, prevista neste Código ou em outras leis, consiste exclusivamenteno recolhimento em local distinto da prisão comum.

§ 2o Não havendo estabelecimento específico para o preso especial, este será recolhidoem cela distinta do mesmo estabelecimento.

§ 3o A cela especial poderá consistir em alojamento coletivo, atendidos os requisitos desalubridade do ambiente, pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e

condicionamento térmico adequados à existência humana.§ 4o O preso especial não será transportado juntamente com o preso comum.

§ 5o Os demais direitos e deveres do preso especial serão os mesmos do presocomum.

Art. 296. Os inferiores e praças de pré, onde for possível, serão recolhidos à prisão, emestabelecimentos militares, de acordo com os respectivos regulamentos.

Art. 297. Para o cumprimento de mandado expedido pela autoridade judiciária, aautoridade policial poderá expedir tantos outros quantos necessários às diligências,devendo neles ser fielmente reproduzido o teor do mandado original.

DA PRISÃO EM FLAGRANTE

Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverãoprender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.

Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:

I - está cometendo a infração penal;

II - acaba de cometê-la;

III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, emsituação que faça presumir ser autor da infração;

IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façampresumir ser ele autor da infração.

Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delitoenquanto não cessar a permanência.

Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor ecolherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo deentrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que oacompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita,

colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal,o auto.

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§ 1o Resultando das respostas fundada a suspeita contra o conduzido, a autoridademandará recolhê-lo à prisão, exceto no caso de livrar-se solto ou de prestar fiança, eprosseguirá nos atos do inquérito ou processo, se para isso for competente; se não ofor, enviará os autos à autoridade que o seja.

§ 2o A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante;mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas quehajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.

§ 3o Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder fazê-lo, o autode prisão em flagrante será assinado por duas testemunhas, que tenham ouvido sualeitura na presença deste.

Art. 305. Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer pessoa designada pelaautoridade lavrará o auto, depois de prestado o compromisso legal.

Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicadosimediatamente ao juiz competente e à família do preso ou a pessoa por ele indicada.§ 1o Dentro em 24h (vinte e quatro horas) depois da prisão, será encaminhado ao juizcompetente o auto de prisão em flagrante acompanhado de todas as oitivas colhidas e,caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a DefensoriaPública.

§ 2o No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa,assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e o dastestemunhas.

Art. 307. Quando o fato for praticado em presença da autoridade, ou contra esta, no

exercício de suas funções, constarão do auto a narração deste fato, a voz de prisão, asdeclarações que fizer o preso e os depoimentos das testemunhas, sendo tudo assinadopela autoridade, pelo preso e pelas testemunhas e remetido imediatamente ao juiz aquem couber tomar conhecimento do fato delituoso, se não o for a autoridade quehouver presidido o auto.

Art. 308. Não havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado a prisão, o presoserá logo apresentado à do lugar mais próximo.

Art. 309. Se o réu se livrar solto, deverá ser posto em liberdade, depois de lavrado oauto de prisão em flagrante.

DA PRISÃO PREVENTIVA

Art. 311. Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a prisãopreventiva decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público, ou doquerelante, ou mediante representação da autoridade policial.

Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, daordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar aaplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficientede autoria.

Art. 313. Em qualquer das circunstâncias, previstas no artigo anterior, será admitida adecretação da prisão preventiva nos crimes dolosos:

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I - punidos com reclusão;

II - punidos com detenção, quando se apurar que o indiciado é vadio ou, havendodúvida sobre a sua identidade, não fornecer ou não indicar elementos para esclarecê-la;

III - se o réu tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 46 do Código Penal.

IV - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos dalei específica, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência.

Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar pelasprovas constantes dos autos ter o agente praticado o fato nas condições do art. 19, I, IIou III, do Código Penal.

Art. 315. O despacho que decretar ou denegar a prisão preventiva será semprefundamentado.

Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do processo, verificar afalta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razõesque a justifiquem.

DA APRESENTAÇÃO ESPONTÂNEA DO ACUSADO

Art. 317. A apresentação espontânea do acusado à autoridade não impedirá adecretação da prisão preventiva nos casos em que a lei a autoriza.

Art. 318. Em relação àquele que se tiver apresentado espontaneamente à prisão,confessando crime de autoria ignorada ou imputada a outrem, não terá efeito

suspensivo a apelação interposta da sentença absolutória, ainda nos casos em queeste Código Ihe atribuir tal efeito.

LEI Nº 7.960, DE 21 DE DEZEMBRO DE 1989

Art. 1° Caberá prisão temporária:

I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;

II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários

ao esclarecimento de sua identidade;III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida nalegislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:

a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°);

b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°);

c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);

d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°);

e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);

f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);

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h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único);

i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°);

  j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado

pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285);l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal;

m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquerde sua formas típicas;

n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976);

o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986).

Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação daautoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco)

dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.§ 1° Na hipótese de representação da autoridade policial, o Juiz, antes de decidir,ouvirá o Ministério Público.

§ 2° O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser fundamentado e prolatadodentro do prazo de 24 (vinte e quatro) horas, contadas a partir do recebimento darepresentação ou do requerimento.

§ 3° O Juiz poderá, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público e do Advogado,determinar que o preso lhe seja apresentado, solicitar informações e esclarecimentosda autoridade policial e submetê-lo a exame de corpo de delito.

§ 4° Decretada a prisão temporária, expedir-se-á mandado de prisão, em duas vias,uma das quais será entregue ao indiciado e servirá como nota de culpa.

§ 5° A prisão somente poderá ser executada depois da expedição de mandado judicial.

§ 6° Efetuada a prisão, a autoridade policial informará o preso dos direitos previstos noart. 5° da Constituição Federal.

§ 7° Decorrido o prazo de cinco dias de detenção, o preso deverá ser postoimediatamente em liberdade, salvo se já tiver sido decretada sua prisão preventiva.

Art. 3° Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados dosdemais detentos.

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EEXEERRCÍCIOSS 

1. (OAB-DF 2007) Em matéria de prisão processual, assinale a alternativaINCORRETA:

A) A prisão administrativa, decretada pela autoridade administrativa, não foirecepcionada pela Constituição Federal de 1988;

B) A prisão em flagrante não deverá subsistir nos casos de exclusão de ilicitude,tampouco quando conviver com alguma hipótese que autorize a prisão preventiva;

C) A prisão temporária, em todos os casos legais, somente poderá ser decretada por

cinco dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovadanecessidade;

D) A prisão em virtude de sentença condenatória recorrível não deverá ser decretada seo acusado for primário e de bons antecedente, assim, reconhecido na sentença penalcondenatória.

GABARITO: C

COMENTÁRIOS: A única alternativa incorreta é a “C”, pois, caso se trate de suspeitode crime hediondo,pratica de tortura, tráfico ilicito de substâncias entorpecentes e

drogas afins e, de terrorismo, a prisão temporária poderá durar trinta dias, prorrogáveispelo mesmo prazo

2. (Delegado-PC-PB-2008) No flagrante irreal, o agente é perseguido logo apóscometer o ilícito, em situação que faça presumir ser ele o autor da infração.

GABARITO: CERTA

COMENTÁRIOS: O flagrante irreal nada mais é que outra denominação para oflagrante impróprio ou quase flagrante, cujo conceito é exatamente o da questão.

3. (Delegado-PC-PB-2008) A prisão em flagrante é compulsória em relação àsautoridades policiais e seus agentes, desde que constatada a presença dashipóteses legais, mas possuem eles plena discricionariedade para avaliar ocabimento ou não da medida.

GABARITO: ERRADA

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COMENTÁRIOS: Como vimos, com relação à prisão em flagrante quando aplicada poragentes policiais, não há que se falar em discricionariedade, sendo, regra geral,compulsória e vinculada à atuação.

4. (Delegado-PC-PB-2008) No flagrante preparado, a consequência é a soltura doindiciado, em nada influindo a preparação do flagrante na conduta típicapraticada pelo agente.

GABARITO: ERRADA

COMENTÁRIOS: A característica principal do flagrante preparado que o caracterizacomo hipótese de crime impossível é a influência da preparação na conduta típica, logo

a alternativa está incorreta.

5. (MPE-SE / 2009) Incabível a prisão temporária em caso de

A) roubo simples.

B) quadrilha ou bando.

C) homicídio simples.D) cárcere privado.

E) furto qualificado.

GABARITO: E

COMENTÁRIOS: Vimos na aula a lista com as hipóteses de cabimento da prisãotemporária. Não consta a figura do furto qualificado.

6. (MPE-CE / 2009) Em matéria de prisão processual, o Código de Processo Penale leis extravagantes dispõem que:

A) a prisão em flagrante pode ser relaxada pela autoridade policial em casos deinfrações punidas com detenção ou prisão simples.

B) a prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordemeconômica, por clamor social, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurara aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indícios

suficientes de autoria.

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C) o prazo da prisão temporária, em qualquer caso, é de trinta dias, prorrogável porigual período, na hipótese de extrema e comprovada necessidade.

D) a prisão temporária será decretada pelo juiz, em face da representação da

autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público.E) N.R.A

GABARITO: D

COMENTÁRIOS: Analisando as alternativas?

Alternativa “A” IncorretaSó o Juiz pode relaxar a prisão em flagrante.

Alternativa “B” Incorreta O clamor social não é suficiente para a determinação daprisão preventiva.

Alternativa “C” Incorreta O prazo da prisão temporária é de 05 dias!!!Alternativa “D” Correta Reproduz parte do art. 2º da lei nº 7.960/89. Veja:

Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.

7. (Delegado-PC-PB-2008) A prisão preventiva pode ser decretada para garantiade aplicação da lei penal, ou seja, para impedir que o agente, solto, continue adelinquir e, consequentemente, acautelar o meio social.

GABARITO: ERRADA

COMENTÁRIOS: Questão fácil, mas que exige atenção, pois a banca tenta confundiros conceitos de garantia da ordem pública com a garantia da aplicação da lei penal.

8. (Delegado-PC-PB-2008) A prisão preventiva pode ser decretada em prol dagarantia da ordem pública, havendo, nesse caso, necessidade de comprovaçãodo iminente risco de fuga do agente.

GABARITO: ERRADA

COMENTÁRIOS: Mais uma questão, assim como a 04, que tenta inverter o conceito degarantia da ordem pública com a garantia da aplicação da lei penal. Para a decretaçãoda prisão preventiva com base na ordem pública, basta a comprovação dapericulosidade e do temor social.

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9. (Delegado-PC-PB-2008) Pode ser decretada a prisão temporária em qualquerfase do IP ou da ação penal.

GABARITO: ERRADACOMENTÁRIOS: Atenção!!! Prisão temporária só no inquérito.

10. (Delegado-PC-PB-2008) A prisão temporária pode ser decretada porintermédio de representação da autoridade policial ou do membro do MP, assimcomo ser decretada de ofício pelo juiz competente.

GABARITO: ERRADACOMENTÁRIOS: Segundo a Lei nº. 7.960/89: Art. 2º A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público [...]. Assim, segundo a doutrina majoritária, não podeser decretada de ofício.

11. (Delegado-PC-PB-2008) O prazo da prisão temporária, que em regra é de 5dias, prorrogáveis por igual período, é fatal e peremptório, de modo que,

esgotado, o preso deve ser imediatamente posto em liberdade, não podendo ser aprisão convertida em preventiva.

GABARITO: ERRADA

COMENTÁRIOS: Como vimos, ele poderá permanecer preso se decretada a prisãopreventiva.

12. (CGU-2006) A prisão preventiva não é admitida quando a infração penalconfigurar

A) crime culposo.

B) crime doloso.

C) extinção da punibilidade por prescrição.

D) agente maior de 60 anos de idade.

E) crime qualificado pelo resultado.

GABARITO: A

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COMENTÁRIOS: Como vimos, não há cabimento da prisão preventiva para crimesculposos.

13. (Delegado-PC-PB-2008) Quando a prisão temporária for requerida pelaautoridade policial, por intermédio de representação, não haverá necessidade deprévia oitiva do MP, devendo o juiz decidir o pedido formulado no prazo máximode 24 horas.

GABARITO: ERRADA

COMENTÁRIOS: Dispõe o Art. 2º, § 1° da Lei 7.960/89: Na hipótese de representação da autoridade policial, o Juiz, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público.

14. (Agente-PC-TO-2008) A prisão preventiva e a prisão temporária, exemplos deprisão cautelar, antecipam o reconhecimento de culpa com a conseqüenteprivação da liberdade do indivíduo, pois o juízo que se faz, ao decretá-las, é deculpabilidade.

GABARITO: ERRADA

COMENTÁRIOS: Completamente errada com base no princípio da presunção dainocência que persiste até a sentença judicial transitada em julgado. A prisão cautelarnão pressupõe CULPABILIDADE.

15. (OAB-SP 2006) Em relação à prisão em flagrante, é INCORRETO afirmar:

A) nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não

cessar a permanência.B) dentro de 48 (quarenta e oito) horas depois da prisão, será dada ao preso nota deculpa assinada pela autoridade policial, com o motivo da prisão, o nome do condutor eos das testemunhas.

C) quando o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, a inocorrência de qualquerdas hipóteses que autorizam a prisão preventiva, poderá, depois de ouvir o MinistérioPúblico, conceder liberdade provisória.

D) não havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado a prisão, o preso serálogo apresentado à do lugar mais próximo.

GABARITO: B

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COMENTÁRIOS: A alternativa “B” é a única incorreta, pois, conforme vimos, a nota deculpa deve ser entregue em 24 horas.

16. (Agente-PC-TO-2008) Considere que policiais em serviço de ronda noturnaperceberam que, em determinada casa, um homem apunhalava uma mulher, aqual, por sua vez, gritava desesperadamente por socorro. Nessa situação, ospoliciais, mesmo que em horário noturno, poderão adentrar a residência sem oconsentimento dos moradores e realizar a prisão do agressor.

GABARITO: CERTA

COMENTÁRIOS: Exceção à regra da inviolabilidade de domicílio. No caso de flagrante,

mesmo no período noturno, é possível.

17. (Polícia Federal – 2004 ) Considera-se em flagrante delito quem é encontrado,logo depois da infração, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façampresumir ser ele infrator.

GABARITO: CERTA

COMENTÁRIOS: É o flagrante presumido.

18. (OAB-RJ 2007) Assinale a opção em que o preceito apresentado não éprevisto na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.

A) Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penalcondenatória.

B) A prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária.C) Ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdadeprovisória, com ou sem fiança.

D) Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso de resistênciaou de tentativa de fuga do preso.

GABARITO: D

COMENTÁRIOS: Dentre as alternativas apresentadas, a única que não estáexpressamente prevista na Carta Magna é a alternativa “D”. Tal preceito encontraprevisão no CPP.

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19. (Polícia Federal – 2004) Não é cabível prisão preventiva de acusado de práticade contravenção penal.

GABARITO: CERTACOMENTÁRIOS: Não há prisão preventiva para a prática de contravenção penal.

20. (Polícia Federal – 2004) A prisão temporária não pode ser decretada de ofíciopelo juiz.

GABARITO: CERTA

COMENTÁRIOS: Mais uma questão que exige o conhecimento do entendimento da  jurisprudência majoritária segundo a qual não é possível a decretação de ofício daprisão temporária.

21. (TRF- 5ª REGIÃO / 2008) A respeito da prisão em flagrante, é correto afirmarque

A) não pode ser feita por qualquer do povo, mas apenas pelas autoridades policiais eseus agentes.

B) se considera em flagrante delito quem é encontrado, logo depois, com instrumentos,armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele o autor da infração.

C) para a lavratura do respectivo auto, é necessária a existência de pelo menos duastestemunhas da infração.

D) o preso, por razões de segurança, não tem direito à identificação dos responsáveispor sua prisão.

E) N.R.A

GABARITO: B

COMENTÁRIOS: Vamos analisar as alternativas:

Alternativa “A” Incorreta Nos termos do art. 301 do CPP, qualquer do povo poderáe as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que sejaencontrado em flagrante delito.

Alternativa “B” Correta Enuncia corretamente o flagrante presumido.

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Alternativa “C” Incorreta Conforme leciona o § 2o do art. 304, a falta detestemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante; mas, nesse caso,com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam testemunhadoa apresentação do preso à autoridade.

Alternativa “D” Incorreta A nota de culpa, dentre outras informações, apresenta onome dos responsáveis pela prisão.

22. (Agente de Investigação e Escrivão de Polícia - PB – 2008) Em respeito aoprincípio da presunção de inocência, a prisão preventiva não pode ser decretadadurante o inquérito policial, mas só após a instauração da ação penal.

GABARITO: ERRADA

COMENTÁRIOS: A prisão preventiva pode ser decretada tanto no inquérito quanto naação penal.

23. (Agente de Investigação e Escrivão de Polícia - PB – 2008) A prisão preventivapode ser decretada para garantia da ordem pública somente quando há indício da

existência de crime e certeza sobre a sua autoria.

GABARITO: ERRADA

COMENTÁRIOS: Certeza sobre a autoria??? Então vamos prendê-lo logo! Dispõe pArt. 312 do CPP que. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria.

24. (Agente de Investigação e Escrivão de Polícia - PB – 2008) Uma vez revogadaa prisão preventiva durante o curso da ação penal, é defeso ao juiz decretá-lanovamente antes do trânsito em julgado da sentença penal condenatória.

GABARITO: ERRADA

COMENTÁRIOS: Segundo o art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.

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25. (Agente de Investigação e Escrivão de Polícia - PB – 2008) O despacho quedecreta a prisão preventiva deve ser sempre fundamentado; porém, o que a negaprescinde de fundamentação.

GABARITO: ERRADA

COMENTÁRIOS: Tanto a decretação quanto a não aceitação do pedido dependem defundamentação.

26. (Agente de Investigação e Escrivão de Polícia - PB – 2008) A prisão temporáriasó é cabível durante a fase de inquérito policial, sendo vedada a sua decretaçãono curso da ação penal.

GABARITO: CERTA

COMENTÁRIOS: Perfeito comentário sobre a prisão temporária.

27. (Agente de Investigação e Escrivão de Polícia - PB – 2008) A prisão temporáriaé decretada pelo juiz, de ofício ou em face de representação de autoridade policialou de requerimento do Ministério Público, e tem prazo de cinco dias, prorrogável

por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.

GABARITO: ERRADA

COMENTÁRIOS: MAIS UMA!!! Prisão temporária não pode ser decretada de ofício.

28. (OAB-SP / 2009) Relativamente à prisão, assinale a opção correta de acordocom o CPP.

A) Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou comarca, oexecutor poderá efetuar-lhe a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-oimediatamente à autoridade local, que providenciará a remoção do preso depois dehaver lavrado, se for o caso, o auto de flagrante.

B) Na hipótese de resistência à prisão em flagrante, por parte de terceiras pessoas,diversas do réu, o executor e as pessoas que o auxiliarem não poderão usar dos meiosnecessários para defender-se ou para vencer a resistência.

C) Na hipótese de o executor do mandado verificar, com segurança, que o réu tenha

entrado em alguma casa, o morador será intimado a entregá-lo, à vista da ordem deprisão. Se não for atendido imediatamente, o executor convocará duas testemunhas e,

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ainda que seja noite, entrará à força na casa, arrombando as portas, caso sejanecessário.

D) Ainda que haja tentativa de fuga do preso, não será permitido o emprego de força.

GABARITO: A

COMENTÁRIOS: Analisando:

Alternativa “A” Correta Reproduz o art. 290 do CPP:

Art. 290. Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou comarca, o executor poderá efetuar-lhe a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-o imediatamente à autoridade local,que, depois de lavrado, se for o caso, o auto de flagrante, providenciará 

para a remoção do preso.

Alternativa “B” Incorreta Contraria o art. 292 do CPP. Observe:

Art. 292. Se houver, ainda que por parte de terceiros, resistência à prisão em flagrante ou à determinada por autoridade competente, o executor e as pessoas que o auxiliarem  poderão  usar dos meios necessários para defender-se ou para vencer a resistência, do que tudo se lavrará auto subscrito também por duas testemunhas.(grifei)

Alternativa “C” Incorreta Não é permitida a entrada na residência no períodonoturno, SALVO no caso consentimento.

Alternativa “D” Contraria o art. 284 do CPP. Veja:

Art. 284. Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso de resistência ou de tentativa de fuga do preso.

29. (Polícia Rodoviária Federal – 2008) Ocorre o chamado quase-flagrante quando,tendo o agente concluído os atos de execução do crime e se posto em fuga,inicia-se ininterrupta perseguição, até que ocorra a prisão.

GABARITO: CERTA

COMENTÁRIOS: Trata do FLAGRANTE IMPRÓPRIO (TAMBÉM CHAMADO DE

IRREAL OU QUASE FLAGRANTE), no qual o agente comete o ato ilícito e éperseguido, logo após, em situação que faça presumir ser o autor do delito.

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30. (OAB-RJ 2007) Assinale a opção em que o preceito apresentado não éprevisto na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.

A) Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penalcondenatória.

B) A prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária.

C) Ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdadeprovisória, com ou sem fiança.

D) Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso de resistênciaou de tentativa de fuga do preso.

GABARITO: DCOMENTÁRIOS: Dentre as alternativas apresentadas, a única que não estáexpressamente prevista na Carta Magna é a alternativa “D”. Tal preceito encontraprevisão no CPP.

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LISTA DE QUESTÕES APRESENTADAS

1. (OAB-DF 2007) Em matéria de prisão processual, assinale a alternativaINCORRETA:

A) A prisão administrativa, decretada pela autoridade administrativa, não foirecepcionada pela Constituição Federal de 1988;

B) A prisão em flagrante não deverá subsistir nos casos de exclusão de ilicitude,tampouco quando conviver com alguma hipótese que autorize a prisão preventiva;

C) A prisão temporária, em todos os casos legais, somente poderá ser decretada porcinco dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovadanecessidade;

D) A prisão em virtude de sentença condenatória recorrível não deverá ser decretada seo acusado for primário e de bons antecedente, assim, reconhecido na sentença penalcondenatória.

2. (Delegado-PC-PB-2008) No flagrante irreal, o agente é perseguido logo apóscometer o ilícito, em situação que faça presumir ser ele o autor da infração.

3. (Delegado-PC-PB-2008) A prisão em flagrante é compulsória em relação às

autoridades policiais e seus agentes, desde que constatada a presença dashipóteses legais, mas possuem eles plena discricionariedade para avaliar ocabimento ou não da medida.

4. (Delegado-PC-PB-2008) No flagrante preparado, a consequência é a soltura doindiciado, em nada influindo a preparação do flagrante na conduta típicapraticada pelo agente.

5. (MPE-SE / 2009) Incabível a prisão temporária em caso de

A) roubo simples.

B) quadrilha ou bando.

C) homicídio simples.

D) cárcere privado.

E) furto qualificado.

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6. (MPE-CE / 2009) Em matéria de prisão processual, o Código de Processo Penale leis extravagantes dispõem que:

A) a prisão em flagrante pode ser relaxada pela autoridade policial em casos deinfrações punidas com detenção ou prisão simples.

B) a prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordemeconômica, por clamor social, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurara aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indíciossuficientes de autoria.

C) o prazo da prisão temporária, em qualquer caso, é de trinta dias, prorrogável porigual período, na hipótese de extrema e comprovada necessidade.

D) a prisão temporária será decretada pelo juiz, em face da representação da

autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público.E) N.R.A

7. (Delegado-PC-PB-2008) A prisão preventiva pode ser decretada para garantiade aplicação da lei penal, ou seja, para impedir que o agente, solto, continue adelinquir e, consequentemente, acautelar o meio social.

8. (Delegado-PC-PB-2008) A prisão preventiva pode ser decretada em prol dagarantia da ordem pública, havendo, nesse caso, necessidade de comprovação

do iminente risco de fuga do agente.

9. (Delegado-PC-PB-2008) Pode ser decretada a prisão temporária em qualquerfase do IP ou da ação penal.

10. (Delegado-PC-PB-2008) A prisão temporária pode ser decretada porintermédio de representação da autoridade policial ou do membro do MP, assimcomo ser decretada de ofício pelo juiz competente.

11. (Delegado-PC-PB-2008) O prazo da prisão temporária, que em regra é de 5dias, prorrogáveis por igual período, é fatal e peremptório, de modo que,esgotado, o preso deve ser imediatamente posto em liberdade, não podendo ser aprisão convertida em preventiva.

12. (CGU-2006) A prisão preventiva não é admitida quando a infração penalconfigurar

A) crime culposo.B) crime doloso.

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C) extinção da punibilidade por prescrição.

D) agente maior de 60 anos de idade.

E) crime qualificado pelo resultado.

13. (Delegado-PC-PB-2008) Quando a prisão temporária for requerida pelaautoridade policial, por intermédio de representação, não haverá necessidade deprévia oitiva do MP, devendo o juiz decidir o pedido formulado no prazo máximode 24 horas.

14. (Agente-PC-TO-2008) A prisão preventiva e a prisão temporária, exemplos deprisão cautelar, antecipam o reconhecimento de culpa com a conseqüenteprivação da liberdade do indivíduo, pois o juízo que se faz, ao decretá-las, é de

culpabilidade.

15. (OAB-SP 2006) Em relação à prisão em flagrante, é INCORRETO afirmar:

A) nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto nãocessar a permanência.

B) dentro de 48 (quarenta e oito) horas depois da prisão, será dada ao preso nota deculpa assinada pela autoridade policial, com o motivo da prisão, o nome do condutor e

os das testemunhas.C) quando o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, a inocorrência de qualquerdas hipóteses que autorizam a prisão preventiva, poderá, depois de ouvir o MinistérioPúblico, conceder liberdade provisória.

D) não havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado a prisão, o preso serálogo apresentado à do lugar mais próximo.

16. (Agente-PC-TO-2008) Considere que policiais em serviço de ronda noturnaperceberam que, em determinada casa, um homem apunhalava uma mulher, a

qual, por sua vez, gritava desesperadamente por socorro. Nessa situação, ospoliciais, mesmo que em horário noturno, poderão adentrar a residência sem oconsentimento dos moradores e realizar a prisão do agressor.

17. (Polícia Federal – 2004 ) Considera-se em flagrante delito quem é encontrado,logo depois da infração, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façampresumir ser ele infrator.

18. (OAB-RJ 2007) Assinale a opção em que o preceito apresentado não é

previsto na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.

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A) Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penalcondenatória.

B) A prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária.

C) Ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdadeprovisória, com ou sem fiança.

D) Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso de resistênciaou de tentativa de fuga do preso.

19. (Polícia Federal – 2004) Não é cabível prisão preventiva de acusado de práticade contravenção penal.

20. (Polícia Federal – 2004) A prisão temporária não pode ser decretada de ofíciopelo juiz.

21. (TRF- 5ª REGIÃO / 2008) A respeito da prisão em flagrante, é correto afirmarque

A) não pode ser feita por qualquer do povo, mas apenas pelas autoridades policiais eseus agentes.

B) se considera em flagrante delito quem é encontrado, logo depois, com instrumentos,

armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele o autor da infração.C) para a lavratura do respectivo auto, é necessária a existência de pelo menos duastestemunhas da infração.

D) o preso, por razões de segurança, não tem direito à identificação dos responsáveispor sua prisão.

E) N.R.A

22. (Agente de Investigação e Escrivão de Polícia - PB – 2008) Em respeito ao

princípio da presunção de inocência, a prisão preventiva não pode ser decretadadurante o inquérito policial, mas só após a instauração da ação penal.

23. (Agente de Investigação e Escrivão de Polícia - PB – 2008) A prisão preventivapode ser decretada para garantia da ordem pública somente quando há indício daexistência de crime e certeza sobre a sua autoria.

24. (Agente de Investigação e Escrivão de Polícia - PB – 2008) Uma vez revogadaa prisão preventiva durante o curso da ação penal, é defeso ao juiz decretá-la

novamente antes do trânsito em julgado da sentença penal condenatória.

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25. (Agente de Investigação e Escrivão de Polícia - PB – 2008) O despacho quedecreta a prisão preventiva deve ser sempre fundamentado; porém, o que a negaprescinde de fundamentação.

26. (Agente de Investigação e Escrivão de Polícia - PB – 2008) A prisão temporáriasó é cabível durante a fase de inquérito policial, sendo vedada a sua decretaçãono curso da ação penal.

27. (Agente de Investigação e Escrivão de Polícia - PB – 2008) A prisão temporáriaé decretada pelo juiz, de ofício ou em face de representação de autoridade policialou de requerimento do Ministério Público, e tem prazo de cinco dias, prorrogávelpor igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.

28. (OAB-SP / 2009) Relativamente à prisão, assinale a opção correta de acordocom o CPP.

A) Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou comarca, oexecutor poderá efetuar-lhe a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-oimediatamente à autoridade local, que providenciará a remoção do preso depois dehaver lavrado, se for o caso, o auto de flagrante.

B) Na hipótese de resistência à prisão em flagrante, por parte de terceiras pessoas,

diversas do réu, o executor e as pessoas que o auxiliarem não poderão usar dos meiosnecessários para defender-se ou para vencer a resistência.

C) Na hipótese de o executor do mandado verificar, com segurança, que o réu tenhaentrado em alguma casa, o morador será intimado a entregá-lo, à vista da ordem deprisão. Se não for atendido imediatamente, o executor convocará duas testemunhas e,ainda que seja noite, entrará à força na casa, arrombando as portas, caso sejanecessário.

D) Ainda que haja tentativa de fuga do preso, não será permitido o emprego de força.

29. (Polícia Rodoviária Federal – 2008) Ocorre o chamado quase-flagrante quando,tendo o agente concluído os atos de execução do crime e se posto em fuga,inicia-se ininterrupta perseguição, até que ocorra a prisão.

30. (OAB-RJ 2007) Assinale a opção em que o preceito apresentado não éprevisto na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.

A) Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penalcondenatória.

B) A prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária.

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C) Ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdadeprovisória, com ou sem fiança.

D) Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso de resistência

ou de tentativa de fuga do preso.