aula 14 responsabilidade tributária
TRANSCRIPT
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
1. CONCEITOS INTRODUTÓRIOS:
Contribuinte: É a pessoa, física ou jurídica, que
tenha relação de natureza econômica, pessoal e
direta com a situação que constitua o respectivo
fato gerador (art. 121, p. único, I, CTN).
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a
pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação
principal diz-se:
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta
com a situação que constitua o respectivo fato
gerador;
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Sua responsabilidade é originária,
existindo uma relação de identidade entre
a pessoa que deve pagar o tributo (ou
multa) e a que participou diretamente do
fato imponível, dele se beneficiando
economicamente.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
CTN adotou um critério econômico de
incidência:
Cobrar de quem auferiu vantagem
econômica da ocorrência do fato
imponível, desconsiderando os critérios
territorial e de cidadania
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Responsável: É a pessoa que, sem se revestir da condição de contribuinte, tem sua obrigação decorrente de disposição EXPRESSA EM LEI.
OBS.: a obrigação do pagamento do tributo lhe é cometida pelo legislador, visando facilitar a fiscalização e arrecadação do tributo.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
(...)
II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.
Art. 122. Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que constituam o seu objeto.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
DIFERENÇAS
I – contribuinte tem débito, que é o dever de
prestação e a responsabilidade, isto é, a sujeição
do seu patrimônio ao credor, enquanto responsável
tem a responsabilidade sem ter o débito, pois ele
paga o tributo por conta do contribuinte;
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
II – a posição do contribuinte surge com a realização
do pressuposto previsto na lei que regula a
responsabilidade, fato gerador da
responsabilidade (alemães).
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
1.1. RESPONSABILIDADE PESSOAL:
Segundo art. 128, parte final, CTN, o contribuinte é
excluído totalmente, dando ensejo à
responsabilidade pessoal – atribuída por lei e por
meio da qual se desvia o foco da exigibilidade –
sobre terceira pessoa, vinculada ao fato gerador –
faz com que o contribuinte não responda por mais
nada.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a
lei pode atribuir de modo expresso a
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira
pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva
obrigação, excluindo a responsabilidade do
contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter
supletivo do cumprimento total ou parcial da referida
obrigação.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Art. 131. São pessoalmente responsáveis:
I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos;
II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação;
III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos
créditos correspondentes a obrigações tributárias
resultantes de atos praticados com excesso de
poderes ou infração de lei, contrato social ou
estatutos:
I - as pessoas referidas no artigo anterior;
II - os mandatários, prepostos e empregados;
III - os diretores, gerentes ou representantes de
pessoas jurídicas de direito privado.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
O contribuinte, em geral, é vítima de ato abusivo,
ilegais ou não autorizados, cometidos por pessoas
que o representam.
Não atinge o contribuinte quando houver:
EXCESSO DE PODERES
INFRAÇÃO DA LEI, CONTRATO SOCIAL OU
ESTATUTOS.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
1.2. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA (SUPLETIVA) –
ART. 128, CTN
O contribuinte é excluído parcialmente.
Atribuída por lei, indica que o responsável designado
em lei responde pela parte ou pelo todo da OT
que o contribuinte deixa de cumprir.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a
lei pode atribuir de modo expresso a
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira
pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva
obrigação, excluindo a responsabilidade do
contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter
supletivo do cumprimento total ou parcial da
referida obrigação.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
1º cobra do contribuinte
2º cobra do responsável
Assim, o dito responsável solidário só é chamado a
satisfazer a OT nos casos de impossibilidade de
exigência do cumprimento da OT principal pelo
contribuinte.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
A Fazenda Pública deverá esgotar todos os caminhos
para alcançar os bens do devedor principal,
voltando suas atenções aos terceiros, após
frustrada a tentativa de percepção de recurso do
contribuinte.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do
cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte,
respondem solidariamente com este nos atos em que
intervierem ou pelas omissões de que forem
responsáveis:
I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus
tutelados ou curatelados;
III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos
devidos por estes;
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Existe duas espécies de
responsabilidade tributária quanto à
escolha do responsável perante o
marco temporal do FG
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
1.3. RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO:
Quando uma terceira pessoa (SUBSTITUTO) vem e
ocupa o lugar do contribuinte (SUBSTITUÍDO), antes
da ocorrência do FG.
A lei ordena a substituição do
contribuinte
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
A obrigação de pagar, desde o
início, é co responsável, ficando o
contribuinte desonerado de
quaisquer deveres.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Justificativas para substituição tributária:
Pela dificuldade em fiscalizar contribuintes
extremamente pulverizados;
Pela necessidade de evitar, mediante a
concentração da fiscalização, a evasão fiscal ilícita;
Como medida indicada para agilizar a
arrecadação e, consequentemente, acelerar a
disponibilidade dos recursos.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
EX.: ICMS E IR
Art. 45. (...)
Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte
pagadora da renda ou dos proventos tributáveis a
condição de responsável pelo imposto cuja
retenção e recolhimento lhe caibam.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Se a empresa proceder ao desconto do
valor do imposto no salário do
empregado e não recolher aos cofres
públicos, haverá apropriação indébita e
seus administradores são pessoalmente
responsáveis pelos créditos tributários.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Quanto ao ICMS:
Substituição Regressiva: é a postergação ou
adiamento do recolhimento do tributo com relação
ao momento pretérito em que ocorre o FG.
Ex.: Leite cru X laticínios
Cana em caule X usina
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Substituição Progressiva: é a antecipação do
recolhimento do tributo cujo fato gerador ocorrerá
(se ocorrer) em um momento posterior, com lastro
em base de cálculo presumida – antecipa-se o
pagamento do tributo.
Ex.: veículos novos, cigarro, bebidas e refrigerantes.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
CF – IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:
§ 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de
obrigação tributária a condição de responsável pelo
pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato
gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a
imediata e preferencial restituição da quantia paga,
caso não se realize o fato gerador presumido.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
1.4. RESPONSABILIDADE POR TRANSFERÊNCIA:
Dá-se quando a terceira pessoa vem e
ocupa o lugar do contribuinte após a
ocorrência do FG, em razão de um
evento a partir do qual se desloca (se
transfere) o ônus tributário para um
terceiro escolhido por lei.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
EX.: morte do contribuinte, aquisição de bens,
aquisição de fundo de comércio, outros.
Há 3 (três) tipos de:
De Devedores Solidários (124 e 125, CTN)
Dos Sucessores (130 a 133, CTN)
De terceiros (134, CTN)
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
2. RESPONSABILIDADE DE DEVEDORES SOLIDÁRIOS:
Se dá quando cada um dos devedores solidários
responde pelo todo perante a OT correspondente.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
NATURAL: entre pessoas que tenham interesses
comuns na situação que constitua o FG da OT
principal.
LEGAL: ocorre sob determinação da Lei, que
designa expressamente as pessoas que deverão
responder solidariamente pela OT.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
NÃO COMPORTA BENEFÍCIO DE ORDEM – o Fisco
tem o direito de escolher o que for de sua maior
conveniência para exigir o cumprimento integral da
OT;
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
EFEITOS COMUNS DA SOLIDARIEDADE:
O pagamento de um estende-se aos demais
codevedores;
A isenção ou remissão, se não outorgadas
pessoalmente, estende-se aos coobrigados;
A interrupção da prescrição também se estende a
todos, em benefício ou em prejuízo.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Art. 124. São solidariamente obrigadas:
I - as pessoas que tenham interesse comum na
situação que constitua o fato gerador da obrigação
principal;
II - as pessoas expressamente designadas por lei.
Parágrafo único. A solidariedade referida neste
artigo não comporta benefício de ordem.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os
seguintes os efeitos da solidariedade:
I - o pagamento efetuado por um dos obrigados
aproveita aos demais;
II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os
obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um
deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto
aos demais pelo saldo;
III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um
dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
3. RESPONSABILIDADE DE DEVEDORES SUCESSORES:
A OT se transfere para outro devedor em virtude do
“desaparecimento” do devedor original.
Pode ser:
Por morte do primeiro devedor, recaindo o ônus aos
hereiros
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Pode ser:
Transferência Causa Mortis: por morte do primeiro
devedor, recaindo o ônus aos hedeiros, havendo a
responsabilidade pessoal.
Transferência Inter Vivos: a obrigação se transfere
para o adquirente, nas 4 (quatro) hipóteses:
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
1ª Hipótese: Sucessão Imobiliária (130, CTN):
refere-se aos tributos incidentes sobre bem imóvel
(IPTU/ITR), taxas de serviços – que passam a ser
exigivéis do adquirente deste bem.
Caso de sub-rogação real: em que a
responsabilidade é limitada ao valor do imóvel,
que responde pela dívida, no lugar da pessoa
(adquirente).
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
EXCEÇÕES:
I – Qdo constar na escritura de transmissão de
propriedade a menção à certidão negativa
expedida pela Fazenda (130, caput, CTN);
II – Qdo o imóvel for adquirido em hasta pública
(130, parágrafo único, CTN).
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
2ª Hipótese: Art. 131, I, II e III, CTN:
Art. 131, I, CTN: Aquisição de bens móveis ou
semoventes (responsabilidade inter vivos) – pessoal
e exclusiva
Art. 131, II e III, CTN: incidente sobre espólio e os
sucessores, no bojo da responsabilidade tributária
causa mortis.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
TRIBUTOS CONTRIBUINTE RESPONSÁVEL TIPO CTN
Devido até a morte De cujos Espólio Pessoal Art. 131, III
Devidos APÓS a morte
(descobertos antes da
sentença de partilha)
Espólio Inventariante Solidária Art. 134,
IV
Devidos ATÉ a morte e
não pagos ATÉ a
partilha (descobertos
APÓS a sentença de
partilha)
De cujos
Sucessores e
cônjuge meeiro
Pessoal
Art. 131, II
Devidos APÓS a morte
e não pagos ATÉ a
partilha (descobertos
APÓS a sentença de
partilha)
Espólio
Sucessores e
cônjuge meeiro
Pessoal
Art. 131, II
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
3ª Hipótese: Art. 132, CTN
Transmissão decorrente de fusão, incorporação,
transformação ou cisão (sucessão empresarial)
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
4ª Hipótese: Art. 133, CTN.
Transmissão de estabelecimento comercial, industrial ou profissional (sucessão comercial).
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
§ 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial:
I – em processo de falência;
II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial.
§ 2o Não se aplica o disposto no § 1o deste artigo quando o adquirente for:
I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em recuperação judicial;
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau, consangüíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou
III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de fraudar a sucessão tributária.
§ 3o Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade produtiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo de 1 (um) ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de créditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
4. RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS DEVEDORES
(134 e 135, CTN):
Esta responsabilidade se prende ao zelo, legal ou
contratual, que certas pessoas devem ter com
relação ao patrimônio de outrem, geralmente
pessoas incapazes (menor, tutelado, curatelado) ou
entes despidos de personalidade jurídica (espólio e
massa falida)
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Art. 134, CTN – Responsabilidade de Terceiro com Atuação Regular:
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:
I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;
III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Inciso I
Inciso II
Inciso III
RESPONSÁVEL CONTRIBUINTE
Pais Filhos menores
RESPONSÁVEL CONTRIBUINTE
Tutores e Curadores Tutelados e Curatelados
RESPOSÁVEL CONTRIBUINTE
Administradores de bens de
terceiros
Terceiros
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Inciso IV
Inciso V
Inciso VI
RESPONSÁVEL CONTRIBUINTE
Inventariante Espólio
RESPONSÁVEL CONTRIBUINTE
Administrador judicial Massa falida
RESPONSÁVEL CONTRIBUINTE
Tabeliães, escrivães e outros
serventuários de ofício
Pessoas que realizam atos
conexos
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Inciso VII
RESPONSÁVEL CONTRIBUINTE
Sócios Sociedade de pessoas em
liquidação
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Art. 135, CTN – Responsabilidade de Terceiros
com Atuação Irregular:
Trata-se da responsabilidade pessoal e exclusiva das
pessoas discriminadas nos incisos I, II e III –
mandatários, prepostos, empregados, diretores e
gestores, qdo agirem, na relação jurídico-tributária,
COM EXCESSO DE PODERES OU INFRAÇÃO DE LEI.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos
créditos correspondentes a obrigações tributárias
resultantes de atos praticados com excesso de
poderes ou infração de lei, contrato social ou
estatutos:
I - as pessoas referidas no artigo anterior;
II - os mandatários, prepostos e empregados;
III - os diretores, gerentes ou representantes de
pessoas jurídicas de direito privado.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
ART. 134, CTN ART. 135, CTN
Responsabilidade subsidiária Responsabilidade pessoal
Depende da insolvência do
contribuinte
Não depende da insolvência
do contribuinte
Responsabilidade por
transferência
Responsabilidade por
substituição
O responsável incorre em
omissão, ausente o excesso de
poder e a infração
O responsável age com
excesso de poder ou infração
de lei, contrato ou estatuto
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
5. RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES
5.1. Responsabilidade Objetiva (art. 136, CTN):
Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a
responsabilidade por infrações da legislação
tributária independe da intenção do agente ou do
responsável e da efetividade, natureza e extensão
dos efeitos do ato.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
5.2. Responsabilidade Pessoal do Agente (137, CTN)
Art. 137. A responsabilidade é pessoal ao agente:
I - quanto às infrações conceituadas por lei como
crimes ou contravenções, salvo quando praticadas
no exercício regular de administração, mandato,
função, cargo ou emprego, ou no cumprimento de
ordem expressa emitida por quem de direito;
II - quanto às infrações em cuja definição o dolo
específico do agente seja elementar;
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
III - quanto às infrações que decorram direta e
exclusivamente de dolo específico:
a) das pessoas referidas no artigo 134, contra
aquelas por quem respondem;
b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra
seus mandantes, preponentes ou empregadores;
c) dos diretores, gerentes ou representantes de
pessoas jurídicas de direito privado, contra estas.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
6. DENÚNCIA ESPONTÂNEA (138, CTN)
A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.
Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.