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Administração Financeira e Orçamentária Curso Regular 2019
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SUMÁRIO PÁGINA
1. Apresentação 1
2. Conceitos 2
3. Classificações 3
4. Regras (condições) 4
5. Fases 7
6. Garantias 9
7. Limites Gerais: Estados e Municípios 12
8. Lista das questões apresentadas 14
9. Lista das questões comentadas 21
1. APRESENTAÇÃO
Pessoal, na aula de hoje aprofundaremos o estudo sobre crédito
público.
AULA 17: Crédito público: conceito; classificações; fases;
condições; garantias; amortização
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2. CONCEITOS
O crédito público é de grande importância na vida financeira dos
Estados modernos, pois constitui uma fonte regular de obtenção de
dinheiro para a consecução das finalidades públicas.
As receitas crediárias são receitas que correspondem ao crédito
público, mediante a de utilização de operações de empréstimos,
contratos bancários, colocação de títulos, entre outros.
Tipos de Operação de crédito no MTO (Manual Técnico do
Orçamento)
1.Operação de Crédito Contratual.
2.Emissão de Títulos.
3.Empréstimos compulsórios.
2.1. Operação de Crédito
Operação de crédito corresponde ao compromisso financeiro
assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de
título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores
provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento
mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de
derivativos financeiros.
O conceito de operação de crédito da LRF é bastante amplo. Dessa
maneira, há operações que eventualmente podem não ser caracterizadas
como operações de crédito pelo sistema financeiro, mas se enquadram no
conceito da LRF, devendo, portanto, ser objeto de verificação prévia pelo
Ministério da Fazenda.
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As operações de crédito tradicionais são aquelas relativas
aos contratos de financiamento, empréstimo ou mútuo. A legislação
englobou no mesmo conceito, ainda, as operações assemelhadas, tais
como a compra financiada de bens ou serviços, o arrendamento mercantil
e as operações de derivativos financeiros, inclusive operações dessas
categorias realizadas com instituição não financeira.
3. CLASSIFICAÇÕES
O Quadro 1 contém os tipos de operação de crédito existentes.
Quadro 1: Tipos de crédito
Tipo de Crédito Exemplo
Operações de curto prazo
(até 12 meses).
1. Operações por Antecipação de Receita
Orçamentária (ARO) que integram a dívida
flutuante.
2. Operações de Crédito que constam na LOA e
que integram a dívida consolidada.
Operações de médio e longo
prazos (acima de 12 meses) Empréstimos contratuais.
Interno Quando contratada com credores situados no País
Externo
Quando contratada com agências de países
estrangeiros, organismos internacionais ou
instituições financeiras estrangeiras
Operações de
reestruturação e
recomposição do principal
de dívidas
Tem enquadramento especial quando significarem
a troca de dívida (efeito permutativo) com base
em encargos mais favoráveis ao Ente
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4. REGRAS (CONDIÇÕES)
A contratação de operações de crédito, por Estados, Distrito Federal
e Municípios, incluindo suas Autarquias, Fundações e Empresas Estatais
Dependentes, subordina-se às normas da Lei Complementar nº 101, de
04/05/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF) e às Resoluções do
Senado Federal (RSF) nº 40 e 43, de 2001.
A LRF estabelece que:
Art. 32. O Ministério da Fazenda verificará o cumprimento dos
limites e condições relativos à realização de operações de crédito
de cada ente da Federação, inclusive das empresas por eles
controladas, direta ou indiretamente.
§ 1o O ente interessado formalizará seu pleito
fundamentando-o em parecer de seus órgãos técnicos e
jurídicos, demonstrando a relação custo-benefício, o
interesse econômico e social da operação e o atendimento
das seguintes condições:
I - existência de prévia e expressa autorização para a
contratação, no texto da lei orçamentária, em créditos adicionais
ou lei específica;
II - inclusão no orçamento ou em créditos adicionais dos
recursos provenientes da operação, exceto no caso de operações
por antecipação de receita;
III - observância dos limites e condições fixados pelo Senado
Federal;
IV - autorização específica do Senado Federal, quando se tratar
de operação de crédito externo;
V - atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da
Constituição;
VI - observância das demais restrições estabelecidas nesta Lei
Complementar.
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Ainda pela LRF:
Art. 33. A instituição financeira que contratar operação de
crédito com ente da Federação, exceto quando relativa à
dívida mobiliária ou à externa, deverá exigir comprovação de
que a operação atende às condições e limites
estabelecidos.
§ 1º A operação realizada com infração do disposto nesta Lei
Complementar será considerada nula, procedendo-se ao seu
cancelamento, mediante a devolução do principal, vedados o
pagamento de juros e demais encargos financeiros.
§ 2º Se a devolução não for efetuada no exercício de ingresso
dos recursos, será consignada reserva específica na lei
orçamentária para o exercício seguinte.
§ 3º Enquanto não efetuado o cancelamento, a amortização, ou
constituída a reserva, aplicam-se as sanções previstas nos
incisos do § 3o do art. 23.
§ 4º Também se constituirá reserva, no montante equivalente
ao excesso, se não atendido o disposto no inciso III do art. 167
da Constituição, consideradas as disposições do § 3º do art. 32.
O Ministério da Fazenda, na condição de garantidor, por sua vez,
realiza uma análise financeira abrangente do estado ou do
município que pleiteia a garantia (classificação da situação
financeira), estritamente para essa finalidade, cuja metodologia encontra-
se definida na Portaria MF nº 306/2012, e na Portaria STN nº 543/2012.
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O grau de atendimento dos critérios e indicadores elegidos na
referida metodologia pode elevar a análise da operação, nos termos
da portaria, à alçada do Ministro da Fazenda, para que, à vista das
contragarantias oferecidas e da relevância dos investimentos a serem
financiados, avalie a convencia da concessão da garantia. A RSF nº43
(art. 23, inciso I), finalmente, requer o envio da análise financeira
realizada pelo Ministério da Fazenda, quando se tratar de
operação externa com garantia da União, para fins de instrução do
processo.
As operações externas de órgãos e entidades do setor público
dependem de registro e credenciamento prévio no Banco Central
do Brasil, assim como de pronunciamento prévio do Ministério da
Fazenda.
A Figura 1 ilustra os principais requisitos.
Figura 1: Requisitos de uma Operação de Crédito
Contratação de Operação de Crédito
Sempre
Existência de prévia e expressa autorização para a
contratação, no texto da lei orçamentária, em créditos
adicionais ou lei específica.
Inclusão no orçamento ou em créditos adicionais dos
recursos provenientes da operação, exceto no caso de
operações por antecipação de receita.
Observância dos limites e condições fixados pelo
Senado Federal.
Autorização específica do Senado Federal, quando se
tratar de operação de crédito externo.
Regra de Ouro e demais restrições da LRF.
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5. FASES
5.1. Operação de Crédito Interna
No fluxo de operações internas não foram incluídos procedimentos
de análise de garantia da União, tendo em vista que a maior parte dessas
operações não conta com a referida garantia.
1. O ente da Federação encaminha, por intermédio da instituição
financeira, Pedido de Verificação de Limites e Condições (PVL) à STN: os
documentos físicos são recebidos no Protocolo da STN e os eletrônicos por
meio do SADIPEM.
2. O PVL aguarda análise na fila única de pleitos.
3. Análise do pleito. O prazo de conclusão para pleitos que atendem aos
requisitos mínimos é de dez dias úteis, conforme definido no art. 31 da
RSF nº 43/2001.
4. Caso os documentos estejam corretos e não exista questionamento
jurídico.
5. É encaminhado ofício de exigência à instituição financeira. A instituição
financeira é informada a respeito da eventual consulta.
6. São encaminhados ofícios ao ente da Federação e à instituição
financeira comunicando o cumprimento, por parte do ente, dos limites e
condições para a contratação da operação pleiteada.
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5.2. Operação de Crédito Externa
As operações de crédito externo seguem, em parte, os mesmos
trâmites das operações de crédito interno. Por não envolverem
instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional, não necessitam
observar as regras de crédito ao setor público do Conselho Monetário
Nacional (CMN). Contudo, é requerida a Recomendação prévia da
Comissão de Financiamentos Externos (COFIEX), órgão colegiado
integrante da estrutura do Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão (MP), que tem por finalidade avaliar e selecionar projetos ou
programas de interesse do setor público, financiados por operações de
crédito externo com entidades credoras do exterior.
A contratação está sujeita à autorização específica do
Senado Federal (art. 52, inciso V, da CF/88 e art. 28 da RSF nº
43/2001). Conforme já relatado, é atribuição do Ministério da Fazenda a
instrução do processo de autorização, que será encaminhado, após
análise, ao Senado Federal.
Em operações de crédito externo, normalmente o credor
exige garantia da União. Quando isso ocorre, a operação estará sujeita
a análise específica, nos termos e condições definidos na RSF nº 48/2007.
Cabe destacar que, para a realização da operação de crédito
externo, antes de sua tramitação final na STN, após a negociação das
minutas contratuais do Acordo de Empréstimo, é necessário atender ao
disposto pelas Resoluções nº 2515, de 29/6/1998 e nº 3844, de
23/3/2010 do Banco Central do Brasil, no que concerne ao Registro de
Capital Estrangeiro no módulo Registro de Operações Financeiras – ROF
do Registro Declaratório Eletrônico – RDE, junto ao Departamento
Econômico (Depec), da Diretoria de Política Econômica (Dipec), do Banco
Central do Brasil.
É de se registrar, por oportuno, que, para apreciação do pleito, o
Senado Federal exige tradução juramentada dos contratos.
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Os contratos relativos a operações de crédito externo não podem
conter qualquer cláusula:
1. De natureza política;
2. Atentatória à soberania nacional e à ordem pública;
3. Contrária à Constituição e às leis brasileiras; e
4. Que implique compensação automática de débitos e créditos.
6. GARANTIAS
6.1. Estados e Municípios
A RSF nº 43/2001 dispõe sobre as operações de crédito interno e
externo dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, inclusive
concessão de garantias, seus limites e condições de autorização, e dá
outras providências.
A Concessão de Garantia é definida como compromisso de
adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida por Ente da
Federação ou entidade a ele vinculada, não configurando operação de
crédito, nos termos do inciso IV do art. 29 da LRF.
O pedido ao Ministério da Fazenda para verificação dos limites e
condições origina-se de solicitação de garantia formulado ao Ente para
que este se responsabilize por pagamentos de obrigações terceiros em
caso de inadimplência. A garantia pode assumir diversas formas, seja a
forma de garantia fidejussória ou garantia real de bens públicos.
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A garantia da União é regulamentada pelo art. 40 da Lei de
Responsabilidade Fiscal, pela RSF nº 48/2007, pela Portaria MF nº
497/1990 e por legislação complementar.
A análise da garantia da União compreende, entre outros:
1. A avaliação da capacidade de pagamento do Ente
interessado, mediante critérios e metodologia estabelecidos na Portaria
MF nº 306/2012;
2. O exame das contragarantias oferecidas (qualidade e
suficiência), que devem ser suficientes para cobrir qualquer pagamento
que a União venha a fazer, cuja metodologia de apuração está
estabelecida na Portaria citada no item anterior;
3. As minutas negociadas do contrato de empréstimo e do
contrato de garantia devem estar em termos satisfatórios para o
garantidor, principalmente no que diz respeito ao custo e ao risco
financeiro.
6.1. União
O Ministro da Fazenda detém a competência de firmar os
contratos de garantia em nome da União, os quais deverão ser
avaliados, do ponto de vista jurídico, pela PGFN, por meio da
Coordenação-Geral de Operações Financeiras da União (PGFN/COF),
quando a operação for externa, e da Coordenação-Geral de Assuntos
Financeiros da União (PGFN/CAF), quando se tratar de operação interna.
A competência do Ministro da Fazenda para assinar os contratos
encontra-se subdelegada a determinados Procuradores da Fazenda.
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Figura 2: Requisitos da Garantia
Garantias em Operações de Crédito
Em Regra
É vedado às entidades da administração
indireta, inclusive suas empresas controladas
e subsidiárias, conceder garantia, ainda que
com recursos de fundos.
Empresa controlada a subsidiária ou
controlada sua, nem à prestação de
contragarantia nas mesmas condições.
Sempre
Limites do Senado Federal
Exceção
Contragarantia igual ou superior à Garantia
Não será exigida contragarantia de órgãos ou
entidades do próprio ente
A contragarantia exigida pela União a Estado
ou Município poderá consistir na vinculação de
receitas tributárias diretamente arrecadadas e
provenientes de transferências constitucionais
Instituição financeira a empresa nacional,
nos termos da lei.
Estão fora da Exceção (aplicação
integral da regra)Autarquias e Fundações Públicas.
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7. LIMITES GERAIS: ESTADOS E MUNICÍPIOS
7.1.Fluxo de Contratação de Operação de Crédito
O montante global das operações realizadas em um exercício
financeiro não poderá ser superior a 16,0% (dezesseis por cento)
da receita corrente líquida - RCL (inciso I do art. 7º da RSF nº
43/2001). Para o caso de operações de crédito com liberação prevista
para mais de um exercício, este limite será calculado levando em
consideração o cronograma anual de ingresso, projetando-se a receita
corrente líquida de acordo com os critérios estabelecidos no § 6º do art.
7º da RSF nº 43/2001 (§ 1º do art. 7º da RSF nº 43/2001).
7.2. Estoque da Dívida
A dívida consolidada líquida dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, ao final do décimo quinto exercício financeiro contado a
partir do encerramento do ano de 2001, não poderá exceder,
respectivamente, a (inciso III do art. 7º da RSF nº 43/2001, combinado
com art. 3º da RSF nº 40/2001):
1. No caso dos Estados e do Distrito Federal: 2 (duas) vezes a receita
corrente líquida;
2. No caso dos Municípios: 1,2 (um inteiro e dois décimos) vezes a
receita corrente líquida.
7.3.Fluxo de Pagamento de Operação de Crédito
O comprometimento anual com amortizações, juros e demais
encargos da dívida consolidada, inclusive relativos a valores a
desembolsar de operações de crédito já contratadas e a contratar, não
poderá exceder a 11,5% (onze inteiros e cinco décimos por cento) da
receita corrente líquida (inciso II do art. 7º da RSF nº 43/2001).
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O cálculo do comprometimento anual será feito pela média anual de
todos os exercícios financeiros em que houver pagamentos previstos da
operação pretendida da relação entre o comprometimento previsto e a
receita corrente líquida projetada ano a ano (§ 4º do art. 7º da RSF nº
43/2001 e suas alterações).
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8. LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS
QUESTÕES DISPONÍVEIS
(Cespe/2004/TCE-PE) Julgue os itens a seguir, que versam sobre o
crédito público.
1.Constitucionalmente, a matéria de dívida pública federal, em sentido
geral, deve ser tratada por meio de lei, apesar de o Senado Federal ter
diversas atribuições relativas à matéria.
2.Cabe ao Senado Federal estabelecer o montante da dívida mobiliária
federal.
3.A dívida pública consolidada corresponde ao montante total, apurado
sem duplicidade, das obrigações financeiras do respectivo ente da
Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou
tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em
prazo superior a doze meses.
4.Para efeitos legais, se um estado celebra uma operação de
arrendamento mercantil, estará fazendo uma operação de crédito.
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5. (FCC/2006/TCM-CE) A expressão "crédito público" NÃO significa
A)"receitas públicas originárias e derivadas".
B)"empréstimos públicos internos e externos".
C)"operações em que o Estado toma dinheiro".
D)"operações em que o Estado contrai dívida pública".
E)"dívida pública flutuante ou fundada".
6.(FCC/2007/TRT 23ª Região/Técnico) Em matéria de crédito público é
correto afirmar:
a)O Estado utiliza o empréstimo sempre com o objetivo de atender certas
atividades, sem necessidade de assumir a dívida pública.
b)A captação de empréstimo, decorrente do uso do crédito público, só
será possível ao Estado quando o investidor for nacional.
c)Sua natureza é contratual quando o Estado utilizando- se de sua
soberania arrecada empréstimo unilateralmente.
d)A captação de empréstimo pelo Estado é um ato excepcional e
independe da confiança do investidor.
e)Na captação de empréstimo o Estado pode procurar tanto o investidor
nacional como o estrangeiro.
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7. (ESAF/2007/TCE-GO/ACE) Identifique a opção falsa com relação ao
Crédito Público.
a) O crédito público envolve tanto as operações em que o Estado toma
dinheiro como aquelas em que fornece pecúnia.
b)O crédito público é de grande importância na vida financeira dos
Estados modernos, pois constitui uma fonte regular de obtenção de
dinheiro para a consecução das finalidades públicas.
c) O crédito público compulsório é aquele obtido com a anuência do
prestamista, visto que se assenta no ato de autoridade, no poder de
império do Estado, ou seja, nos princípios tributários.
d) O crédito público de curto prazo e de longo prazo é aquele cujo
reembolso dá-se no mesmo ou no exercício financeiro subsequente ao
que foram contraídos.
e) O crédito público próprio é aquele que resulta da livre manifestação de
vontade do credor ( mutuante ) e do devedor ( mutuário ),
necessariamente uma entidade pública ou órgão da administração.
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8. (Cespe/2010/SECGE/ACI) A respeito de receita, despesa e crédito
público, assinale a opção correta.
a)As receitas próprias das autarquias e fundações instituídas e(ou)
mantidas pelo poder público do estado de Pernambuco bem como as das
empresas públicas e sociedades de economia mista dependentes do
Tesouro do Estado de Pernambuco devem ser aplicadas, prioritariamente,
em investimentos.
b)Nenhum tributo deve ser exigido ou aumentado sem lei que o
estabeleça, tampouco deve ser cobrado tributo em cada exercício
financeiro sem prévia autorização orçamentária.
c)A receita pública decorrente da arrecadação de tributos é considerada
receita derivada.
d)Constitui dívida pública consolidada o montante total, apurado sem
duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas
em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de
operações de crédito cuja amortização tenha prazo superior a doze
meses.
e)Classifica-se como investimento a aquisição de imóveis ou de bens de
capital já em utilização.
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9. (FCC/2011/TCE-PR/ACE) Em operação de crédito público com
instituição financeira privada, regularmente realizada nos termos
constitucionais e legais, exige-se do Estado-membro a concessão de
garantia. Essa garantia
a)dispensa a emissão de contragarantia por estar devidamente amparada
em lei.
b)está condicionada ao oferecimento de contragarantia, em valor igual ou
superior ao da garantia a ser concedida, bem assim a outras condições
legais.
c)dispensa observância de limites fixados por Resolução do Senado
Federal por se tratar de operação de crédito realizada pelo Estado-
membro.
D)poderá ser concedida como garantia à vinculação de receita tributária
proveniente de transferências voluntárias.
E)pode ser oferecida por entidade da administração indireta, desde que
com recurso de fundos.
10. (VUNESP/2013/SEFAZ-SP/APO) Tratando-se de empréstimos públicos,
a alteração feita pelo Estado, após a emissão de qualquer das condições
fixadas para obtenção do crédito público, objetivando diminuir a carga
anual do encargo que ele tem de suportar, em contrapartida à subscrição,
denomina-se
a)remissão.
b)conversão.
c)título da dívida pública.
d)crédito suplementar.
e)restos a pagar.
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11. (PUC-PR/PGE-PR/Procurador) Com relação ao Crédito Público, analise
as afirmativas a seguir.
I. A competência para legislar sobre a matéria é reservada pela
Constituição Federal à União.
II. Não editada lei federal, os Estados exercerão competência legislativa
plena para atender às suas peculiaridades.
III. É de competência do Congresso Nacional, com sanção da Presidência
da República, dispor sobre moeda.
IV. É de competência das Assembleias Legislativas Estaduais a
autorização de operações externas de natureza financeira relativas aos
Estados Membros.
Assinale:
A)se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas.
B)se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
C)se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas.
D)se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
E)se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas.
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12. (FCC/2015/TCM-RJ/Procurador) Considerando a legislação específica
sobre crédito público, é INCORRETO afirmar:
a)É vedada a realização de operações de créditos que excedam o
montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante
créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados
pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.
b)O Ministério da Fazenda verificará o cumprimento dos limites e
condições relativos à realização de operações de crédito de cada ente da
Federação, inclusive das empresas por eles controladas, direta ou
indiretamente.
c)Para realização de operações de crédito externo, o ente interessado
formalizará seu pleito fundamentando- o em parecer de seus órgãos
técnicos e jurídicos, demonstrando a relação custo-benefício, o interesse
econômico e social da operação, levando em consideração as condições
previstas em lei, inclusive a autorização específica do Congresso Nacional.
d)As operações relativas à dívida mobiliária federal autorizadas, no texto
da lei orçamentária ou de créditos adicionais, serão objeto de processo
simplificado que atenda às suas especificidades.
e)A instituição financeira que contratar operação de crédito com ente da
Federação, exceto quando relativa à dívida mobiliária ou à externa,
deverá exigir comprovação de que a operação atende às condições e
limites estabelecidos.
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9. LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS
QUESTÕES DISPONÍVEIS
(Cespe/2004/TCE-PE) Julgue os itens a seguir, que versam sobre o
crédito público.
1.Constitucionalmente, a matéria de dívida pública federal, em sentido
geral, deve ser tratada por meio de lei, apesar de o Senado Federal ter
diversas atribuições relativas à matéria.
CERTO, é o senado que estabelece limites para as operações de
crédito, por exemplo.
2.Cabe ao Senado Federal estabelecer o montante da dívida
mobiliária federal.
ERRADO, essa é a única que depende de lei ordinária.
3.A dívida pública consolidada corresponde ao montante total, apurado
sem duplicidade, das obrigações financeiras do respectivo ente da
Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou
tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em
prazo superior a doze meses.
CERTO, sem comentários adicionais.
4.Para efeitos legais, se um estado celebra uma operação de
arrendamento mercantil, estará fazendo uma operação de crédito.
CERTO, sem comentários adicionais.
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5. (FCC/2006/TCM-CE) A expressão "crédito público" NÃO significa
A)"receitas públicas originárias e derivadas".
Gabarito.
B)"empréstimos públicos internos e externos".
CERTO.
C)"operações em que o Estado toma dinheiro".
CERTO.
D)"operações em que o Estado contrai dívida pública".
CERTO.
E)"dívida pública flutuante ou fundada".
CERTO.
6.(FCC/2007/TRT 23ª Região/Técnico) Em matéria de crédito público é
correto afirmar:
a)O Estado utiliza o empréstimo sempre com o objetivo de atender certas
atividades, sem necessidade de assumir a dívida pública.
ERRADO, ao obter um crédito público, a dívida aumenta.
b)A captação de empréstimo, decorrente do uso do crédito público, só
será possível ao Estado quando o investidor for nacional.
ERRADO, pode ser externo.
c)Sua natureza é contratual quando o Estado utilizando-se de sua
soberania arrecada empréstimo unilateralmente.
ERRADO, prevalecem as relações bilaterais de direito privado.
d)A captação de empréstimo pelo Estado é um ato excepcional e
independe da confiança do investidor.
ERRADO, depende nas emissões de títulos. Trata-se de situação
regular.
e)Na captação de empréstimo o Estado pode procurar tanto o investidor
nacional como o estrangeiro.
CERTO.
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7. (ESAF/2007/TCE-GO/ACE) Identifique a opção falsa com relação ao
Crédito Público.
a) O crédito público envolve tanto as operações em que o Estado toma
dinheiro como aquelas em que fornece pecúnia.
CERTO.
b)O crédito público é de grande importância na vida financeira dos
Estados modernos, pois constitui uma fonte regular de obtenção de
dinheiro para a consecução das finalidades públicas.
CERTO.
c) O crédito público compulsório é aquele obtido com a anuência do
prestamista, visto que se assenta no ato de autoridade, no poder de
império do Estado, ou seja, nos princípios tributários.
ERRADO, se fosse compulsório seria independente de anuência.
d) O crédito público de curto prazo e de longo prazo é aquele cujo
reembolso dá-se no mesmo ou no exercício financeiro subsequente ao
que foram contraídos.
CERTO.
e) O crédito público próprio é aquele que resulta da livre manifestação de
vontade do credor (mutuante) e do devedor (mutuário), necessariamente
uma entidade pública ou órgão da administração.
CERTO.
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8. (Cespe/2010/SECGE/ACI) A respeito de receita, despesa e crédito
público, assinale a opção correta.
a)As receitas próprias das autarquias e fundações instituídas e(ou)
mantidas pelo poder público do estado de Pernambuco bem como as das
empresas públicas e sociedades de economia mista dependentes do
Tesouro do Estado de Pernambuco devem ser aplicadas, prioritariamente,
em investimentos.
ERRADO, não existe essa regra.
b)Nenhum tributo deve ser exigido ou aumentado sem lei que o
estabeleça, tampouco deve ser cobrado tributo em cada exercício
financeiro sem prévia autorização orçamentária.
c)A receita pública decorrente da arrecadação de tributos é considerada
receita derivada.
CERTO. Gabarito oficial.
d)Constitui dívida pública consolidada o montante total, apurado sem
duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas
em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de
operações de crédito cuja amortização tenha prazo superior a doze
meses.
ERRADO. Discordo. Essa também estaria certa. Vejamos o
conceito da LRF: A dívida pública consolidada ou fundada:
montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações
financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis,
contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de
crédito, para amortização em prazo superior a doze meses.
e)Classifica-se como investimento a aquisição de imóveis ou de bens de
capital já em utilização.
ERRADO, seria inversão financeira.
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9. (FCC/2011/TCE-PR/ACE) Em operação de crédito público com
instituição financeira privada, regularmente realizada nos termos
constitucionais e legais, exige-se do Estado-membro a concessão de
garantia. Essa garantia
a)dispensa a emissão de contragarantia por estar devidamente amparada
em lei.
ERRADO. Não existe dispensa.
b)está condicionada ao oferecimento de contragarantia, em valor igual ou
superior ao da garantia a ser concedida, bem assim a outras condições
legais.
CERTO.
c)dispensa observância de limites fixados por Resolução do Senado
Federal por se tratar de operação de crédito realizada pelo Estado-
membro.
ERRADO. Não existe dispensa.
D)poderá ser concedida como garantia à vinculação de receita tributária
proveniente de transferências voluntárias.
ERRADO. Transferências voluntárias são convênios, logo não
podem ser utilizadas como garantias para operações de crédito.
E)pode ser oferecida por entidade da administração indireta, desde que
com recurso de fundos.
ERRADO. Em regra, não pode, vide figura 2.
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10. (VUNESP/2013/SEFAZ-SP/APO) Tratando-se de empréstimos públicos, a
alteração feita pelo Estado, após a emissão de qualquer das condições fixadas
para obtenção do crédito público, objetivando diminuir a carga anual do encargo
que ele tem de suportar, em contrapartida à subscrição, denomina-se
a)remissão.
b)conversão.
c)título da dívida pública.
d)crédito suplementar.
e)restos a pagar.
Gabarito B.
11. (PUC-PR/PGE-PR/Procurador) Com relação ao Crédito Público, analise as
afirmativas a seguir.
I. A competência para legislar sobre a matéria é reservada pela Constituição
Federal à União.
ERRADO, é competência concorrente.
II. Não editada lei federal, os Estados exercerão competência legislativa plena
para atender às suas peculiaridades.
CERTO.
III. É de competência do Congresso Nacional, com sanção da Presidência da
República, dispor sobre moeda.
CERTO.
IV. É de competência das Assembleias Legislativas Estaduais a
autorização de operações externas de natureza financeira relativas aos Estados
Membros.
ERRADO, seria competência do Senado Federal.
Assinale:
A)se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas.
B)se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
C)se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas.
D)se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
E)se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas.
Gabarito B.
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12. (FCC/2015/TCM-RJ/Procurador) Considerando a legislação específica
sobre crédito público, é INCORRETO afirmar:
a)É vedada a realização de operações de créditos que excedam o
montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante
créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados
pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.
CERTO, vide regra de ouro.
b)O Ministério da Fazenda verificará o cumprimento dos limites e
condições relativos à realização de operações de crédito de cada ente da
Federação, inclusive das empresas por eles controladas, direta ou
indiretamente.
CERTO, vide regra de ouro.
c)Para realização de operações de crédito externo, o ente interessado
formalizará seu pleito fundamentando-o em parecer de seus órgãos
técnicos e jurídicos, demonstrando a relação custo-benefício, o interesse
econômico e social da operação, levando em consideração as condições
previstas em lei, inclusive a autorização específica do Congresso
Nacional.
ERRADO, haverá necessidade de autorização específica do Senado
Federal apenas quando se tratar de operação de crédito externo.
d)As operações relativas à dívida mobiliária federal autorizadas, no texto
da lei orçamentária ou de créditos adicionais, serão objeto de processo
simplificado que atenda às suas especificidades.
CERTO.
e)A instituição financeira que contratar operação de crédito com ente da
Federação, exceto quando relativa à dívida mobiliária ou à externa,
deverá exigir comprovação de que a operação atende às condições e
limites estabelecidos.
CERTO.
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Pessoal o prazer foi meu.
Até a próxima aula.
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