aula 2.sistema digestório
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FISIOLOGIA DA DIGESTÃOTransformamos o que comemos em nós mesmos.
Quitéria Paravidino
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ORGANIZAÇÃO
Tubo digestório: tubo contínuo que começa na boca e termina no ânus. Os órgãos incluem a boca, a faringe, o esôfago, o estômago, o intestino delgado, o intestino grosso e o ânus.
Estruturas acessórias: os dentes, a língua, as glândulas salivares, o fígado, a vesícula biliar e o pâncreas.
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O processo digestivoProcessos Químicos: uma série de reações
que degradam as moléculas grandes e complexas de carboidratos, lipídios e proteínas, transformando-as em moléculas simples, pequenas o suficiente para passar através das paredes dos órgãos digestórios e a membrana das células do corpo.
Processos Mecânicos: movimentos que auxiliam na digestão química: mastigação, deglutição e peristaltismo.
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PROCESSOS DIGESTÓRIOSIngestão: captar alimento pela boca;Mistura e movimentação do alimento:
contrações musculares misturam o alimento e as secreções e movimentam o alimento ao longo do trato gastrintestinal;
Digestão: degradação do alimento por processos químicos e mecânicos;
Absorção: passagem do alimento digerido aos sistemas sanguíneo e linfático para distribuição às células;
Defecação: eliminação de substâncias não-digeridas.
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A DIGESTÃO NA BOCADIGESTÃO MECÂNICA: mastigação. A língua move o alimento, os dentes o
trituram e a saliva mistura-se com ele. Forma-se o bolo alimentar.
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Cárie dentalAtividade bacteriana:
Streptococcus mutans.Alimenta-se de
alimentos (açúcar) na superfície dos dentes.
Sua atividade metabólica libera ácidos que desgastam o esmalte dos dentes.
Profilaxia: escovação adequada e flúor
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DIGESTÃO QUÍMICA: adição de saliva, secreção produzida pelas glândulas salivares
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Composição da saliva: 99,5% água, amilase salivar (ptialina), mucina e lisozima.
A amilase salivar inicia a digestão do amido e do glicogênio, transformando-os em maltose.
A mucina lubrifica o alimento, para facilitar a mastigação e a deglutição.
A lisozima destrói bactérias, protege a mucosa da boca de infecções e os dentes de cáries.
A água fornece um meio para dissolver os alimentos de modo a iniciar as reações digestivas e proporcionar a degustação.
Na língua há receptores gustativos, que permitem a percepção do paladar dos alimentos.
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Ação da amilase salivar
Amido e
GlicogênioMaltose
pH ~ 7
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A secreção da salivaProduzida pelas glândulas parótidas,
submandibulares e sublinguais.A estimulação é feita pelo SN autônomo.A estimulação parassimpática estimula a
secreção contínua ou mais intensa (o alimento, seu cheiro,...).
Durante o stress atua a estimulação simpática, que provoca o ressecamento da boca por inibir a produção de saliva.
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A DeglutiçãoÉ um mecanismo que movimenta o alimento
da boca ao estômago.É auxiliado pela saliva e pelo muco.Envolve a boca, a faringe e o esôfago.É dividida em três etapas: voluntária,
faríngea e esofágica.
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Etapa voluntária e faríngea
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Etapa Esofágica
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O estômago
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Digestão no EstômagoMecânicaVários minutos após a alimento entrar no
estômago, movimentos peristálticos suaves denominados ondas de mistura passam pelas paredes do estômago a cada 20 segundos.
Essas ondas maceram o alimento e o misturam com o suco gástrico, transformando-o em quimo.
Cada onda de mistura força uma pequena quantidade do quimo em direção ao duodeno, enquanto o restante é forçado para trás, onde será submetido a mais misturas.
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O suco gástricoAs células da mucosa da superfície e do
colo secretam mucina, proteína que protege o estômago.
As células parietais secretam ácido clorídrico e fator intrínseco de B12.
O HCl é bactericida, desmineralizador e converte o pepsinogênio (enzima inativa) em pepsina (enzima ativa).
As células principais secretam pepsinogênio.
As células G produzem o hormônio gastrina.
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Digestão química no estômagoPepsinogênio
+HCl
Pepsina
Proteínas Peptídeos grandesPepsina
pH ~ 2
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A renina, enzima que age sobre a caseína, uma das proteínas do leite, é produzida pela mucosa gástrica durante os primeiros meses de vida.
Seu papel é o de flocular a caseína, facilitando a ação de outras enzimas proteolíticas.
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Gastrina: estimula a síntese de suco gástrico.
Enterogastrona: inibe a secreção gástrica.
Secretina: inibe a secreção gástrica e estimula a 1ª secreção pancreática (NaHCO3)
Colecistocinina: esvaziamento gástrico, estimula a 2ª secreção pancreática, liberação da bile e sensação de saciedade.
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No intestino delgadoO quimo recebe: secreção pancreática, bile e
secreção entérica.Onde ocorre a maior parte da digestão e
da absorção.O intestino delgado tem 2,5 cm de diâmetro e
cerca de 3 m de comprimento na pessoa viva (6,5 m no cadáver).
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Fígado É a glândula mais pesada do corpo,
pesando 1,4 kg no adulto médio.Os lóbulos hepáticos consistem de fileiras
de hepatócitos, que produzem bile.Recebe sangue de 2 fontes: da artéria
hepática própria obtém sangue arterial e da veia porta do fígado recebe sangue venoso contendo nutrientes recém-absorvidos.
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A bileLíquido amarelado, marrom ou verde-oliva;
pH ~ 7,6 a 8,6; contendo água e sais biliares; colesterol, lecitina, pigmentos biliares e vários íons.
Função: emulsificação de lipídios (pequenas gotículas de triglicerídeos), facilitando a ação da lipase pancreática.
Principal pigmento: bilirrubina, derivada do heme da hemoglobina que é degradado das hemácias velhas. Quando quebrada no intestino forma a estercobilina que dá às fezes a cor marrom.
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Funções do fígadoMetabolismo dos carboidratos: converte
glicose em glicogênio e degrada glicogênio em glicose. Converte certos aminoácidos e ácido lático em glicose. Converte frutose e galactose em glicose. Converte glicose em triglicerídeos para armazenamento.
Metabolismo de lipídios: armazena triglicerídeos e degrada ácidos graxos.
Metabolismo das proteínas: síntese das proteínas plasmáticas – globulinas, albumina, fibrinogênio e protrombina. Altera os aminoácidos para produzir ATP. Converte amônia em uréia.
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Remoção de drogas e hormônios.Excreção da bile.Síntese de sais biliares.Armazenamento: de glicogênio,
vitaminas (A, B12,D, E e K) e minerais (ferro e cobre).
Fagocitose: células reticuloendoteliais estreladas fagocitam hemácias, leucócitos destruídos e algumas bactérias.
Ativação da vitamina D: além da pele, o fígado também participa da ativação desta vitamina.
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Vesícula biliarConcentra e armazena bile até que ela seja
necessária no intestino delgado.Quando os triglicerídeos penetram no
intestino delgado, a colecistoquinina é liberada para estimular a contração da vesícula biliar.
A bile então é esvaziada no canal colédoco para fluir para o intestino delgado.
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Pâncreas É composto por dois tipos de células.As ilhotas de Langerhans, porção
endócrina, que produz os hormônios insulina e glucagon.
Os ácinos, porção exócrina, que secretam uma mistura de enzimas digestivas denominadas de suco pancreático.
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Suco pancreáticoLíquido claro e incolor que contém água,
alguns sais, bicarbonato de sódio e enzimas.O bicarbonato de sódio reage com o ácido
clorídrico do quimo, elevando o pH que fica levemente alcalino (~8).
Isso interrompe a ação da pepsina e cria o ambiente correto para as enzimas no intestino delgado.
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Enzimas pancreáticasAmido e
GlicogênioMaltose
Amilase pancreática
Proteínas Peptídeos menores
Lipídios
Tripsina e Quimiotripsina
Lipase pancreáticaÁcidos graxosMonoglicerídeos
Ácidos nucleicosNucleases
PentoseFosfato
Base nitrogenada
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As enzimas que digerem proteínas são produzidas em forma inativa para impedí-las de digerir o próprio pâncreas.
A forma inativa é ativada no intestino delgado.
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O intestino delgado
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Suco entéricoSacarose
SacaraseGlicose + Frutose
MaltoseMaltase
2 Glicoses
Lactose LactaseGlicose + Galactose
PeptídeosPeptidases
Aminoácidos
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Absorção dos nutrientesPassagem dos
nutrientes digeridos do tubo digestório ao sangue ou ao linfa.
O transporte dos aminoácidos ocorre principalmente no duodeno e no jejuno.
Sais biliares formam as micelas.
Os triglicerídeos são envolvidos por proteínas (quilomicras).
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As vitaminas lipossolúveis são absorvidas junto com os triglicerídeos ingeridos na dieta.
As vitaminas hidrossolúveis são absorvidas por difusão.
Grande parte da água é absorvida no próprio intestino delgado por osmose, o que sobrar será absorvido no intestino grosso.
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Intestino grosso
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O quilo permanece no intestino grosso por 3 a 10 horas, torna-se sólido ou semi-sólido, como resultado da absorção de água – são as fezes.
Quimicamente, as fezes consistem de sais inorgânicos, descamação de células epiteliais da mucosa, bactérias, produtos da decomposição bacteriana, partes não-digeridas de alimento e água.
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As bactérias fermentam quaisquer carboidratos restantes e liberam H2, CO2 e CH4.
Elas também convertem aminoácidos em substâncias mais simples: indol, escatol, H2S e ácidos graxos. Que contribuem com o odor.
Decompõem a bilirrubinaSintetizam vitaminas do complexo B e
vitamina K.
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Os movimentos peristálticos no intestino grosso são mais lentos.
O alimento no estômago inicia uma ação reflexa, que se propaga em direção ao intestino delgado e ao intestino grosso.
Na metade do colo transverso esse movimento se intensifica e impulsiona o conteúdo do colo ao reto.
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A defecação ocorre quando o músculo esfíncter do ânus relaxa devido à pressão causada pela contração involuntária do músculo do reto e a contração voluntária do diafragma e dos músculos abdominais.
O músculo esfíncter externo do ânus é voluntário e se for relaxada a defecação ocorre.
Caso contrário a defecação pode ser adiada até a próxima onda peristáltica.
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A diarréia ocorre quando o quimo passa rapidamente pelo intestino delgado e pelo intestino grosso, não havendo tempo para absorção de água.
Pode ser causada por estresse ou micróbios que irritam a mucosa intestinal.
A prisão-de-ventre é causada pelo peristaltismo muito lento no intestino grosso. Ocorre muita absorção de água e as fezes ficam secas e duras, dificultando a defecação.
Pode ser causada por hábitos alimentares inadequados, espasmos do colo, volume insuficiente de dieta, falta de exercícios e estresse.