aula cultura da soja
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Cultura da Soja
Carlos Manoel
Um breve histórico....
• Ancestrais:
– Conhecida a mais de 5000 anos;
– Plantas rasteiras da costa leste da Ásia (Rio Yangtse) – China;
– Evolução:
• Cruzamento de duas espécies selvagens: – Melhoramento por cientistas chineses;
– Importância histórica para a China: • Grão sagrado ao lado do trigo, arroz e centeio
Um breve histórico....
• Ocidente ignorou a sua importância:
• Século XX:
– EUA exploração comercial forragem
– 1940:
• 2 milhões de hectares de soja forrageira;
– A partir de 1941 crescimento soja em grão
Introdução no Brasil
• 1882 Escola de Agronomia (BA);
• 1891 IAC (SP): – 1900/1901:
• Distribuição de sementes para produtores do RS;
• 1914: – 1º registro de plantio (Santa Rosa/RS):
• 1940: – 640 hectares x 450 ton 700kg/ha;
– 1ª Indústria de processamento da soja;
• 1949: – Brasil figura como produtor de soja no mundo
• Anos 50: – Incentivo junto com a triticultura:
• Rotação de culturas (gramíneas / leguminosas);
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Introdução no Brasil
• Década de 60:
– Produção multiplicada por 05:
• 206 mil ton 1.056 milhão ton (1969);
• Década de 70 consolidação:
– 1,5 milhão ton 15 milhões ton (79);
– 1,3 milhão hectares 8,8 milhões hectares;
– 1,14 ton/ha 1,73 ton/ha
Consolidação no Brasil
• Décadas de 80/90:
– Explosivo crescimento:
• Produção no Centro Oeste:
– 02% (70) 20% (80) 40% (90) 58% (2002);
Fatores para o estabelecimento da
soja no Brasil (RS) • Semelhança de ecossistema do Sul com o sul dos EUA:
– Transferência de Cvs com sucesso;
• Correção do solo: – Calagem e fertilidade;
• Incentivos fiscais;
• Mercado internacional em alta (anos 70);
• Frustração da safra de grãos da China e Russia;
• Frustração da safra de peixe farinha;
• Substituição das gorduras animais vegetais;
• Facilidades de mecanização total da cultura;
• Criação de parques de processamento/esmagamento;
• Estabelecimento de um parque de pesquisa;
• Melhoria do sistema logístico
Fatores para o estabelecimento da
soja no Brasil (Cerrado) • Construção de Brasília:
– Infraestrutura;
– Comunicação;
– Urbanização;
• Agroindústrias na região;
• Ampliação da fronteira agrícola;
• Baixo valor da terra;
• Pesquisa novas Cvs;
• Topografia altamente favorável;
• Excelentes condições físicas dos solos;
• Corredores de exportação
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Quais os impactos?
• Comparado com os ciclos da cana de açúcar e do café:
– Receita cambial de mais de 17 bilhões de dólares (8,5% das receitas brasileiras), com previsão para 2011 de 19 bilhões de dólares (ABIOVE, 2010);
– Liderou a implantação de uma civilização do Brasil Central:
• Cidades “brotando” no cerrado;
– Responsável (junto com trigo) pelo surgimento da agricultura comercial no Brasil;
– Responsável pela aceleração da mecanização agrícola brasileira;
– Expansão dos sistemas de transportes:
• Pela expansão das fronteiras agrícolas;
– Modificação da dieta alimentar do brasileiro;
Perspectivas? Boas...
• Aumento do consumo em função do aumento da população;
• Aumento do poder aquisitivo mundial, principalmente nos países asiáticos;
• Redução / proibição consumo de ração de base animal (farinha de osso, etc.);
• Uso para agroenergia;
• Redução do protecionismo de países produtores;
• Concorrentes (EUA e Argentina) com pouca área disponível para plantio;
• Previsão de safra (ton): – 2009 56.960.732 / 2010 68.467.108 (+20,2%)
Aspectos Econômicos Área plantada, área colhida, quantidade produzida e valor da produção da lavoura temporária
Lavoura
temporária Área plantada (Hectares) Quantidade produzida
2008 2009 2008 2009
Brasil Total 59.032.241 59.368.855 - -
Soja (Toneladas) 21.252.721 21.761.782 59.833.105 57.345.382
Norte Total 2.252.466 2.188.574 - -
Soja (Toneladas) 508.024 500.050 1.430.130 1.443.417
Nordeste Total 10.672.364 10.627.598 - -
Soja (Toneladas) 1.580.796 1.638.637 4.831.654 4.421.442
Sudeste Total 10.506.555 10.642.523 - -
Soja (Toneladas) 1.396.542 1.423.672 4.012.458 4.078.536
Sul Total 19.215.027 19.439.877 - -
Soja (Toneladas) 8.146.896 8.285.716 20.426.868 18.428.304
Centro
Oeste
Total 16.385.829 16.470.283 - -
Soja (Toneladas) 9.620.463 9.913.707 29.131.995 28.973.683
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Área plantada, área colhida, quantidade produzida e valor da produção da lavoura temporária
Lavoura temporária Área plantada (Hectares) Quantidade produzida
2008 2009 2008 2009
Brasil Total 59.032.241 59.368.855 - -
Soja (Toneladas) 21.252.721 21.761.782 59.833.105 57.345.382
Centro-Oeste Total 16.385.829 16.470.283 - -
Soja (Toneladas) 9.620.463 9.913.707 29.131.995 28.973.683
Mato Grosso do
Sul
Total 3.237.782 3.206.201 - -
Soja (Toneladas) 1.732.031 1.717.436 4.570.771 4.046.223
Mato Grosso Total 8.830.550 8.735.355 - -
Soja (Toneladas) 5.659.149 5.831.468 17.802.976 17.962.819
Goiás Total 4.187.320 4.409.036 - -
Soja (Toneladas) 2.180.571 2.315.888 6.604.805 6.809.187
Distrito Federal Total 130.177 119.691 - -
Soja ( (Toneladas) 48.712 48.915 153.443 155.454
Soja em Números (safra 2008/2009)
0
50
100
150
200
250
mundo América do
sul
EUA Brasil
área (milhões ha) produção (milhões ton)
Fonte: http://www.cnpso.embrapa.br/index.php?op_page=294&cod_pai=17
Previsões
• Produção (toneladas): – 56.960.732 (2009/2010) 68.479.967 (2010/2011):
• Acréscimo de 20,22%
• Área plantada (hectares): – 21.771.224 (2009/2010) 23.314.520 (2010/2011)
• Acréscimo de 7,09%
• Produtividade (kg/hectare): – 2.618 (2009/2010) 2.939 (2010/2011);
• Acréscimo de 12,26%
Fonte: SIDRA / IBGE
Custo de produção
• Londrina (PR) safra 2010/2011 (SPD): – Produção estimada 2900 kg/ha;
• Custo R$1612,67
• Rio verde (GO) safra 2010/2011 (SPD): – Produtividade 3250 kg/ha;
• Custo 1485,86;
• Dourados (MS) safra 2010/2011; – Produtividade 3000lg/ha;
• Custo R$1187, 60
Fonte: CONAB / EMBRAPA SOJA
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Cotações
http://www.cisoja.com.br/index.php?p=cotacoes_diarias
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A importância na alimentação
• Considerada alimento funcional
– Prevenção de doenças cronico-degenerativas (isoflavonas):
• Câncer de mama / colo do útero / próstata;
• Alivia os efeitos da menopausa e TPM;
• Auxílio na redução da osteoporose
• Redução de colesterol sanguíneo (60g de grãos / farinha);
– Alimento calórico: • 395 cal / 100g grãos:
– Arroz (364) / feijão (344) / ervilha (343)
Uso industrial alimentar da soja
• Soja:
– Farelo de soja ração animal;
– Óleo: • Refinado comestível:
– Margarinas, gordura vegetal, óleo de cozinha, maionese, tempero de salada;
– Produção de produtos não comestíveis também, como : esparadrapo, papel carbono, alguns medicamentos, explosivos e emolientes do couro
• Refinado para fins não alimentares:
– Velas, desinfetantes, sabões, linóleos, vernizes, tintas, plásticos e lubrificantes
• Lecitina de soja:
– Confeitos, sorvetes, cosméticos e têxteis
Alimentos a base de soja
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Importância não alimentar
• Agroenergia;
• Lubrificantes industriais;
• Participação no processo de produção de borracha, plásticos duros e carpets;
• Glicerol subproduto do biodiesel;
• Tintas para impressão a base de soja;
Uso industrial alimentar da soja
Óleo Refinado
Uso Comestível Uso Técnico
Manufatura
Antibióticos
óleo de Cozinha
Margarina
Produtos Farmacêuticos
Temperos para Salada
óleo para Salada
Pasta para Sanduíche
Gordura Vegetal
Produtos Medicinais
Ingredientes para Calefação
óleo Refugado
Desinfetantes
Isolante Elétrico
Inseticidas
Fundos de Linóleo
Tecidos para Impressão
Tintas para Impressão
Revestimentos
Plastificadores
Massa para Vidraceiro
Sabão
Cimento à Prova de água
http://www.cnpso.embrapa.br/index.php?op_page=27&cod_pai=31
Uso industrial alimentar da soja Lecitina
Uso Comestível Uso Técnico
Agente Emulsificante
Produtos de Padaria
Produção de Balas
Agente Ativo de Superfície
Revestimento de Chocolate
Produtos Farmacêuticos
Nutrição
Uso Médico
Uso Doméstico
Agente Contra Salpiqueiro
Fabricação de Margarina
Agente Estabilizador
Gorduras
Agente Antiespumante
Fabricação de Escuma
Fabricação de álcool
Agente Dispersante
Fabricação de Tintas
Inseticidas
Fabricação de Umidificante
Cosméticos
Pigmentos
Substituto do Leite para Bezerros
Metais em Pó
Têxteis
Produtos Químicos
Agente Estabilizante
Emulsões
Agente Anti-Derrapante
Gasolina
http://www.cnpso.embrapa.br/index.php?op_page=27&cod_pai=31
Características botânicas da soja
• Soja Glycine max (L) Merril:
– Fabaceae (leguminosas);
• Folhas:
– Cotiledonares / primárias ou simples / Folhas trifolioladas e profilos simples;
– Variação da cor verde;
• Caule: – Ramoso / híspido /
– Tamanho entre 0,8 – 1,5m;
– Terminação em racemo (determinado) ou sem racemo (indeterminado)
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Características botânicas da soja
• Flor:
– Autógama cleistogâmica;
– Fecundação cruzada < 1%;
– Cor variável:
• Branca / púrpura / diluída / roxa;
– 03 a 08mm de comprimento;
– Florescimento 10-12 folhas trifolioladas;
• Racemos com 02 a 35 botões florais
Características botânicas da soja
• Raiz:
– Pivotante com nódulos fixadores de N;
– Até 1,8m de comprimento; • Maioria permanece a 15cm de profundidade;
• Fruto:
– Seco, deiscente tipo vagem;
– Coloração verde palha a marrom
• Sementes:
– Dois cotilédones com germinação epígea;
– Hilo marrom / preto / cinza;
Hábitos de Crescimento
• Determinado:
– Caule principal paralisa a formação de nós (e consequentemente seu crescimento em altura), pouco tempo após a floração.
– O ramalhete terminal da flores do ápice do caule geralmente tem várias vagens.
• Indeterminado:
– Após o início da floração, continua a produção de nós na haste principal e, conseqüentemente, sua altura pode ser consideravelmente maior que em cultivares com HC determinado da longo do ciclo e data de floração;
– O número de nós produzido após a floração, pode ser duas vezes ou mais, dependendo fundamentalmente do grupo de maturação do cultivar, a latitude do local e data de semeadura. O caule reduz o diâmetro no ápice e o número de vagens por nó.
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Hábitos de Crescimento
• Semideterminado:
– Após o início da floração continua a produção de nós na haste principal e, conseqüentemente, sua altura pode ser consideravelmente maior que em cultivares com HC determinado da longo do ciclo e data de floração. O número de nós produzido após a floração, pode ser duas vezes ou mais, dependendo fundamentalmente do grupo de maturação do cultivar, a latitude do local e data de semeadura.
Ecofisiologia da soja
• Estádios fenológicos:
– Vegetativos (V);
– Reprodutivos (R);
– Cotilédone (VC);
– Emergência (VE)
Estádios Vegetativos
• Nó é utilizado para se determinar os
estádios vegetativos são permanentes;
• Nó cotiledonar não é considerado:
– Não possui folhas “verdadeiras”;
Os nós cotiledonares e unifoliolados são
opostos e por isso são considerados como
um só. Todos os outros são alternados
com folhas trifolioladas!
Estádios Vegetativos
• Folhas está completamente desenvolvida:
– Totalmente aberta e os bordos dos folíolos da folha
do nó imediatamente acima não mais se tocam:
• V1 Folhas unifolioladas totalmente abertas e os bordos do
1º trifólio não estão mais se tocando;
• V2 1º trifólio totalmente aberto e os bordos do 2º trifólio
não mais se tocam e assim por diante;
• Folha apical está totalmente desenvolvida
quando os seus folíolos se encontram abertos!
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Estádio VE
• Emergência dos
cotilédones
• Encontra-se com os
cotilédones acima da
superfície do solo e
formam um ângulo >
90º com o hipocótilo
Estádio VC
• Cotilédones
completamente
abertos e expandidos;
• As bordas das folhas
unifolioladas não
mais se tocam
Estádios Reprodutivos
• R1 a R8:
– Florescimento (R1 e R2);
– Desenvolvimento da vagem (R3 e R4);
– Desenvolvimento do grão (R5 e R6);
– Maturação da planta (R7 e R8)
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Florescimento Florescimento
Desenvolvimento da Vagem Desenvolvimento do Grão
Maturação da
planta
Maturação da planta de soja
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Estádios Fenológicos da Soja
Exigências Climáticas
• Fator água: – Germinação / emergência;
• Absorção de pelo menos 50% do peso da semente para assegurar boa germinação;
• Solo entre 50 e 85% da CC
– Floração / enchimento de grãos: • Máxima necessidade de água:
• Falta: – Fechamento de estômatos;
– Enrolamento de folhas;
– Queda folhas e aborto de vagens
– Necessidade 450 – 800mm;
– Medidas para reduzir problemas com déficit hídrico: • Plantio Cvs adaptadas a região;
• Uso de irrigação atentar para a relação custo/benefício;
• Época adequada de semeadura
Rendimento de grãos de soja em função do aporte de água durante
todo o ciclo, em diversas safras, sob condições irrigada, não irrigada e
com déficit hídrico (DH) durante as fases reprodutiva (Rep) e vegetativa
(Veg).
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Rendimento de grãos de soja em função do aporte de água durante a fase mais crítica à falta de
água (R1-R6), em diversas safras, sob condições: irrigada, não irrigada e com déficit hídrico (DH)
durante as fases reprodutiva (Rep) e vegetativa (Veg).
Exigências Climáticas
• Temperatura:
– Ar entre 20 e 30ºC (ideal próximo de 30ºC)
• Abaixo de 10 e acima de 40ºC distúrbios;
– Solo acima dos 20ºC (ideal 25ºC);
– Floração acima de 13ºC;
– Maturação acelera em altas temperaturas; • Alta UR redução qualidade grão/ semente;
• Baixa UR danos mecânicos na colheita;
– Baixa temperatura na colheita:
• Alta UR atrasos (haste verde) e retenção foliar
Exigências Climáticas
• Fotoperíodo:
– Planta de dia curto:
• Necessidade de horas luz abaixo do seu
fotoperíodo crítico;
– Grande variação entre Cvs;
– Grande variação entre áreas de plantio;
– Quanto maior o período juvenil de uma Cv,
maior a adaptabilidade a diferentes regiões;
Exigências Climáticas
• Radiação solar:
– Mais luz no final do estádio vegetativo:
• 44% de rendimento;
– Mais luz no início do florescimento:
• 152% de rendimento;
– Aumento do nº de vagens;
– Mais luz no período de formação de vagens:
• Aumento do tamanho da semente (08 a 23%);
– Gerou aumento no rendimento (32 a 115%); Decréscimos de rendimento da soja sob a ação de níveis de
sombreamento, relativos à ausência de sombreamento (0%
sombreamento = 100% rendimento de grãos) (adaptado de Wahua e Miller,
1978).
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Manejo do solo
• O preparo do solo:
– Convencional:
• Subsolador, aração, gradagem,Calagem;
• Problemas: – Perda de Matéria Orgânica redução da CTC;
– Compactação / erosão laminar / perda de camada fértil
– Sistema de plantio direto:
• Subsolador, aração, gradagem, calagem (1º ano);
• Formação de palhada (cultura de inverno)
• Dessecação, gessagem (a partir do 2º ano)
Sistema convencional de
preparo do solo - Soja
Algumas considerações sobre o
SPC do solo
• Áreas cujo preparo foi sempre superficial:
– Revolvimento pode trazer camadas subsuperficias com Al e baixo pH:
• Necessário correção;
• Pode ser usado somente a escarificação (subsolador) como alternativa de preparo:
– Redução do nº de gradagens;
– Possibilita maior quantidade de resíduos superficiais;
• Caso necessário, a utilização de grades deve permitir nivelar com o nº mínimo de operações, deixando restos culturais incorporados.
Algumas considerações sobre o
SPC do solo
• Cuidado com solos muito úmidos:
– O preparo pode causar compactação
superficial;
– Necessidade de maior potência do
equipamento;
– Umidade ideal na faixa do friável:
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Rompimento da camada
compactada de solo
• Implemento utilizado deve trabalhar na faixa
imediatamente inferior a camada compactada;
• Umidade do solo na faixa do friável;
• Espaçamento entre hastes do subsolador deve
ser medido entre 1,2 a 1,3 vezes a profundidade
de trabalho ;
• Indicado após descompactação culturas com
alta produção de massa vegetativa, aliado a um
sistema radicular agressivo pivotante
Do convencional....
SISTEMA DE PLANTIO
DIRETO - soja
Carlos Manoel
Vantagens ao produtor - SPD
• Maior “janela” de plantio;
• Operações de plantio mais simples;
• Solo não “encrostado”;
• Redução dos estragos da erosão;
– Redução do replantio;
– Redução / eliminação voçorocas;
– Redução perdas de M.O;
– Redução de assoreamento;
– Redução do custo de manutenção de estradas e terraços
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Vantagens ao produtor
• Proteção contra veranicos;
– Menor uso da irrigação;
– Mais dias de “plantio” após chuva;
• Redução de adubos e corretivos:
• Plantio em linhas retas:
– Evita necessidade de arremates;
– Redução de horas – máquina
• Mais tempo para gerenciamento
Vantagens para a sociedade
• Preço acessível dos alimentos;
• Redução custo tratamento de água;
• Redução custo manutenção estradas;
• Maior vida útil de represas e açudes;
• Redução poluição do ar;
• Preservação ambiental;
• Redução pressão para abertura de novas áreas;
• Redução sedimentos e defensivos em águas superficiais;
• Abrigo para a fauna;
• Biodiversidade;
• Sequestro de carbono
Fatores limitantes do SPD
• Monocultura:
– Polêmica soja em plantio direto:
• Predisposição fitossanitária:
– Equilíbrio a médio / longo prazo: • Falta “paciência” ao setor;
• Disponibilidade de assistência técnica;
• Desconhecimento da sociedade e ambientalistas dos benefícios do SPD;
• Disponibilidade inadequadada de sementes de plantas de cobertura;
• Abandono do SPD;
Análises de solo
• Análise de solo:
– Amostragem:
• 0-20 e 20 a 40:
– Pá ou enxadão 5 cm espessura x 10 cm largura;
– Trado 05 cm de diâmetro
– 15 amostras simples por gleba homogênea
» Retirar uma amostra composta;
– Sistema de Agricultura de precisão;
» Quanto menor a malha, mais preciso
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Calagem
• Correção da acidez;
• Suprimento de Ca e Mg;
• Aumento da CTC;
• Aumento da disponibilidade de N, P, S e Mo;
• Melhoria dos processos simbióticos;
• Aumento do volume de solo explorado pelas
raízes;
• Melhoria física e biológica do solo
1 - Subsolador
Aplicação corretivo Aração / Gradagem
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Calagem em SPD Consolidado
Não há necessidade de revolvimento do solo, desde
que o SPD tenha sido implantado com base em seus
princípios
Gessagem
• Resultados mostrando gessagem pode corrigir a acidez das camadas profundas e favorecer a produção das culturas (Carvalho e Raij, 1997; Oliveira e Pavan, 1996).
– Para os solos de Cerrado:
• Resposta à gessagem quando, nas camadas subsuperficiais do solo, a saturação por Al (m) for maior que 20%;
• Teor de Ca for menor que 0,5 cmolc dm-3.
– A fórmula sugerida para a recomendação de gesso é:
• Dose (kg / ha) = 5 X teor argila (g / kg). A aplicação pode ser feita a lanço sem incorporação, antes ou depois do calcário (Sousa, 1998);
• Ex: Teor de Argila 18% g/kg 180;
– 180 x 5 900 kg de Gesso
Alguns resultados
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Explicação para Tabela 06
• Elevada produção de resíduos de aveia
preta no local do experimento:
– Liberação de compostos orgânicos;
• Mobilização de Ca para a subsuperfície;
• Complexação de Al por ácidos orgânicos;
O alto teor inicial
de matéria orgânica
desses solos (33 a
46 g/dm3) e o
aporte de restos de
materiais vegetais
mantidos na
superfície do solo
nos sistemas de
rotação de culturas
no SPD parecem
confirmar os efeitos
positivos sobre a
acidez, quais
sejam, o aumento
do pH e a redução
do teor de Al tóxico.
Hipóteses para a reação
sub-superficial Não há necessidade de revolvimento do solo, desde
que o SPD tenha sido implantado com base em seus
princípios
Tempo de reação do corretivo
• Variação:
– Dose aplicada;
– Tipo de solo;
– Adubação;
– Sistema de rotação;
– Manejo dos resíduos culturais;
– Reatividade do corretivo;
– Precipitação pluvial;
• Até 10 cm grande efeito aos 12 meses (máx: 28 – 30
meses da aplicação;
• 10-20 cm após 28 meses
Observações
• É possível atingir altas produtividades das culturas em rotação no SPD, pela aplicação de calcário na superfície do solo em doses menores que aquelas utilizadas no sistema convencional, especialmente quando o teor de P no solo é satisfatório;
• A probabilidade de obtenção de resultados positivos pela aplicação de menores doses de calcário na superfície do solo no SPC é maior quando é praticada rotação de culturas e quando são utilizadas cultivares tolerantes a acidez;
• c) O efeito da aplicação de calcário na superfície do solo no SPD, em relação a atributos da acidez do solo (pH, Al, Ca+Mg, V% e m%), é acentuado na camada de 0-10 cm;
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Observações
• Com o passar dos anos de implantação do SPD, podem ocorrer melhorias nos atributos de acidez do solo (pH, Al, Ca+Mg, V% e m%) nas camadas subsuperficiais do solo, mas essas alterações são significativas apenas quando são usadas altas doses de calcário aplicadas na superfície;
• Para solos em que a camada subsuperficial do solo é extremamente ácida, com altos teores de Al trocável, baixos teores de Ca + Mg trocáveis, baixa saturação por bases (V%) e alta saturação por Al da CTC efetiva (m%), é recomendável, na última calagem antes de entrar no SPD, fazê-la em dose para atingir saturação por bases >60%, com incorporação do calcário o mais profundo possível
Para o Estado de MG • Após a implantação do SPD, as doses de calcário podem
ser reduzidas para um terço quando a amostragem for feita na camada de 0 a 20 cm, e à metade, quando a amostragem for feita na camada de 0 a 10 cm, utilizando-se um calcário de granulometria fina (LOPES, 1999);
• Como princípio, a calagem no SPD deve ser feita com menores doses anuais ou bienais, ao invés das doses usuais a cada quatro ou cinco anos, como no sistema convencional;
• Em áreas de Cerrado, Sousa e Lobato (2000) indicam que a acidez superficial não é problema quando a saturação por bases do solo estiver em torno de 50% e o pH em água próximo a 6,0. A relação Ca:Mg no solo, em cmolc/dm3, deve situar-se no intervalo de 1:1 até 10:1, cuidando para se ter o teor mínimo de 0,5 cmolc de Mg/dm3
Manejo da fertilidade
• Exigências minerais:
Fonte: Embrapa
Recomendação Fósforo
Fonte: Embrapa
Adubação Fosfatada
Fonte: Embrapa
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Observações
• Adubação corretiva gradual utilizada quando da não possibilidade de se fazer a corretiva (mais comum);
– Adubação no sulco
• Após classificação como médio/bom, utilizar somente adubação de manutenção:
– 20 kg P2O5 para cada tonelada de grãos produzida
Adubação Potássica
Fonte: Embrapa
Observações
• Adubação corretiva somente em solos
com maior teor de argila a lanço;
• Manutenção de K com 60 kg/ha de K2O
se a expectativa for de 3ton grãos/há
• Doses acima de 50kg/ha:
– Parcelamento plantio e 30/40 das
Doses de K e P de acordo com a
produtividade esperada
Fonte: Embrapa
Fonte: Embrapa
Adubação com Enxofre e
micronutrientes
• 15 kg para cada tonelada de grãos
Fonte: Embrapa
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Recomendações
• Aplicação de micronutrientes deve ser baseada na análise foliar;
• Pode ser aplicado a lanço (100%);
• Aplicação no sulco: – 1/3 da dose total em 03 anos consecutivos;;
• Para Mo e Co: – V3 a V5:
• 12 – 30kg/ha de Mo;
• 02 – 03kg/ha de Co;
• Mn: – 350 g/ha (1,5 kg de MnSO4) em 200lts + 0,5% de ureia
Fonte: Embrapa
Diagnose Foliar
• Os trifólios a serem coletados, sem o pecíolo,
são o terceiro e/ou o quarto, a partir do ápice;
• No mínimo, 40 plantas no talhão, no início da
floração;
• Para evitar a contaminação com poeira de solo
nas folhas, sugere-se mergulhá-las em água,
simplesmente para a remoção de resíduos de
poeira e em seguida colocadas para secar à
sombra e após embaladas em sacos de papel
Diagnose Foliar
Fonte: Embrapa
Observações
• Adubação foliar recomendada apenas
para Mn, Co e Mo;
• Aplicação foliar é indicada somente para a
próxima safra, pois a amostragem é
realizada no período de plena floração
(R2), o que não permite aplicação
Nitrogênio
• O que mais limita o desenvolvimento;
• Sujeito a perdas:
– Lixiviação;
– Volatilização;
– Desnitrificação;
• 95% do N em solos é orgânico:
– Ação dos microorganismos
Transformações
• Mineralização:
– Velocidade de decomposição dos resíduos vegetais e N NH4 e NO3:
• Relação C/N (15/1 a 20/1);
• pH;
• Tipo de argila;
• Umidade do solo;
• Imobilização: – Relação C/N > 30/1;
– Falta de N no sistema: • Para a Biomassa microbiana;
– Prtns, e outros compostos
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Perdas por Volatilização Adubação Nitrogenada
• 80 kg de N para 1000 kg de grãos:
• Fontes de N:
– FBN: • Formulações:
– Turfosos, líquidos:
– Concentração mínima de 1x109 células viáveis/grama ou mL do produto.
– Fornecimento mínimo de 1,2 milhões de células viáveis por semente;
– Dose não inferior a 100 mL / 50 kg de sementes.
Cuidados ao adquirir Inoculantes
• Adquirir inoculantes recomendados pela pesquisa e devidamente registrados no MAPA. O número de registro deverá estar impresso na embalagem;
• Não adquirir e não usar inoculante com prazo de validade vencido;
• Certificar-se de que o mesmo estava armazenado em condições satisfatórias de temperatura e arejamento;
• Transportar e conservar o inoculante em lugar fresco e bem arejado;
• Certificar-se de que os inoculantes contenham uma ou duas das quatro estirpes recomendadas para o Brasil (SEMIA 587, SEMIA 5019, SEMIA 5079 e SEMIA 5080);
• Em caso de dúvida sobre a qualidade do inoculante, contatar um fiscal do MAPA.
Cuidados na Inoculação • Fazer a inoculação à sombra e manter a semente inoculada
protegida do sol e do calor excessivo. Evitar o aquecimento, em demasia, do depósito da semente na semeadora, pois alta temperatura reduz o número de bactérias viáveis aderidas à semente;
• Fazer a semeadura logo após a inoculação, especialmente se a semente for tratada com fungicidas e micronutrientes. Para inoculantes acompanhados ou possuidores de protetores específicos, que garantam a viabilidade da bactéria na semente, seguir a orientação do fabricante;
• Para melhor aderência dos inoculantes turfosos, recomenda-se umedecer a semente com 300 ml/50 kg semente de água açucarada a 10% (100 g de açúcar e completar para um litro de água);
• É imprescindível que a distribuição do inoculante turfoso ou líquido seja uniforme em todas as sementes para que tenhamos o benefício da fixação biológica do nitrogênio em todas as plantas.
Métodos de inoculação
• Turfoso:
– Umedecer as sementes com adesivos e adicionar inoculante;
• Líquidos:
– Só a mistura é necessária
• No sulco de semeadura:
– Dose mínima 6x maior que dose na semente;
– Volume de calda não inferior a 50 litros/ha
Diagnose Foliar
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Nitrogênio Fósforo
Potássio
160 kg de K2O/ha
Magnésio
Calcio Manganês
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Deficiência de Mn induzida por
excesso de calagem Zinco
Cultivares
Objetivos do melhoramento
genético de Cvs de Soja • Produtividade e estabilidade de produção;
• Período Juvenil Longo: – Retardar o florescimento em condições de dias
curtos;
– Não floresce, mesmo sob condições de fotoperíodos curtos;
• Resistência a principais doenças;
• Resistência a insetos praga
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Semeadura • Época:
– Central:
• 20/10 – 10/12 ideal é novembro;
• Em condições muito favoráveis:
– Boas produções quando semeada até 20/12;
» Cvs de ciclo médio
– Norte/Nordeste:
• Maranhão - no sul, novembro a 15 de dezembro; no norte, janeiro
• Pará - no sul (Redenção), novembro a 15 de dezembro; no nordeste (Paragominas), 15 de dezembro e janeiro; no noroeste (Santarém), 10 de março a abril.
• Piauí - no sudoeste (Uruçuí - Bom Jesus), novembro a 15 de dezembro
• Tocantins - no norte (Pedro Afonso), novembro a 15 de dezembro.
• Roraima - na região central (Boa Vista), maio.
Recomendações
• Cvs sensíveis a época de semeadura podem florescer mais cedo e reduzir porte;
• Plantas com período juvenil longo, do mesmo grupo de maturação, florescem mais tarde;
• Plantas com PJL e HCI são indicadas para plantio em outubro;
• Antes de outubro:
– Cvs precoces e de HCI;
– Depende de condições muito favoráveis de M.A;
– Interessante para sucessão com milho safrinha
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População de plantas e
Espaçamento
• Alta plasticidade:
– Variação do nº grãos por planta, diâmetro do caule,
inversamente proporcional a população final de
plantas;
– População muito alta acamamento;
• Relação:
– Altura final, fechamento e acamamento
x
– Clima, época de semeadura, Cv e fertilidade do solo
População de plantas e
Espaçamento
• Até 1980 400 mil plantas /ha;
– Maior competição entre plantas estiolamento;
– Fechamento mais rápido;
– Redução da matocompetição;
– Redução de falhas de plantio máquinas com menor tecnologia;
– Baixa porcentagem de germinação de sementes:
• Aumento da população para garantir estande
População de plantas e
Espaçamento
• Grande mudanças:
– Melhoria tecnologia semeadoras;
– Tratamento de sementes;
– Tecnologia de produção de sementes;
– Aparecimento dos herbicidas pós emergentes
• Redução da população:
– 300 mil plantas/ ha;
– C.F ao acamamento:
• Em condições ambientais muito favoráveis
– Redução para 250 mil
População de plantas e
Espaçamento
• População em 400 mil plantas:
– Semeadura antes de outubro;
– Semeadura após dezembro;
Cultivares de porte alto e de ciclo longo
requerem populações menores. O inverso
também é verdadeiro.
Cálculo da quantidade de
sementes – nº plantas /metro
•Ex:
•População de 320.000 plantas/hectare;
•Espaçamento de 40cm (ou 0,4m)
•Resultado 12,8 plantas / metro linear
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Cálculo da quantidade de sementes – nº
plantas / sulco x germinação
•Ex:
• 12,8 plantas por metro;
• Germinação de 90%
•Resultado 14,22 sementes / metro de sulco
Estimativa de gasto de sementes
por hectare
• Q = Quantidade de sementes, em kg/ha;
• P = Peso de 100 sementes, em gramas;
• D = Nº de plantas que se deseja/m;
• E = Espaçamento utilizado em cm; e
• G = % de emergência em campo. – Constante 1,1 acréscimo de 10% no n° de sementes (fator
de segurança)
Cuidados na semeadura
• Velocidade de operação 04 a 06 km;
• Profundidade:
– 03 a 05 cm;
• Posição semente / adubo:
– Ao lado e abaixo da semente;
• Compatibilidade com produtos químicos:
– Nas doses recomendadas, sem problemas.
Manejo de espécies para
cobertura do solo
Manejo de espécies
• Espécies devem ser conhecidas e
indicadas para cada região;
• Paraná:
– Aveia:
• Rolo faca na floração ou hb em grãos leitosos;
– Nabo/tremoço:
– Milho consorciado com guandú:
• Solos com problemas de compactação
Manejo de espécies
• Cerrado:
– Cuidado com a época de plantio:
• Condições climáticas limita produção de palha;
– Utilizar fases inicial e final das chuvas das
espécies para cobertura:
• Safrinha:
– Milheto, sorgo, milho, girassol, nabo forrageiro, guandu;
• Antes do plantio verão:
– Milheto, sorgo e trigo (inverno) são os mais indicados
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Manejo dos restos culturais
• Objetivo:
– Matar plantas, mantendo os restos culturais sobre a superfície, mantendo a camada de palha aumentando a eficiência do SPD;
• Queima proibida;
• Picador regulado para mínimo de trituração;
• Deve-se distribuir de forma homogênea a palhada obtida regulagem do espalhador;
• Utilização de roçadeira, rolo faca, triturador, etc...
Rotação de Culturas
Opções da rotação de
culturas • Culturas alternadas:
– Habilidade diferenciada no aproveitamento de nutrientes do solo;
– Tipos de sistema radicular
– Susceptibilidade a doenças
– Efeitos antagônicos / sinérgicos;
– Exaurir / fertilizar o solo;
– Sensibilidade a pragas;
– Susceptibilidade a plantas infestantes
Objetivos da RC
• Diversificar a renda do produtor;
• Aproveitamento de máquinas e implementos;
• Melhoria da fertilidade do solo;
– Produção de palhada M.O;
– Reduzir perdas por erosão;
– Estabilização da produção;
• Viabilizar o SPD;
• Reciclagem de nutrientes;
– Nitrogênio, Fósforo e micronutrientes
Milheto
• Pennisetum glaucum L.
– Alta capacidade de tolerar déficit hídrico prolongado abaixo de 400mm;
– Alta densidade de semeadura (20kg/ha);
– Dessecação na pré floração:
• Massa com baixo C/N
• Produção de até 70 ton massa verde / ha;
– Melhoramento gerou cultivares para SPD:
• BRS 1501: – 40 ton massa verde/ha
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Milheto • Época de semeadura:
– Após colheita da soja ou milho safrinha:
• Final de janeiro a meados de abril;
– Massa e grãos x época de plantio;
– Produção de massa seca:
• Agosto a setembro
• Dessecação para plantio milho/soja
Milheto • Métodos de semeadura:
– Lanço /sulco:
• Lanço:
– Manual ou aplicador de calcário;
– Pode ser utilizado grade leve em áreas sem plantio
• Sulco:
– Produção de grãos, sementes e forragem
Crotalaria juncea
Crotalaria juncea
• Colheita:
– Corte das plantas no florescimento e no
início do surgimento das primeiras
vagens, normalmente aos 120 dias após a
semeadura para C. juncea
• Produtividade normal:
– 10 a 15 t/ha de matéria seca e 500 a 1.000
kg/ha de sementes
Sorgo Forrageiro
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Controle de Plantas Daninhas
• Preventivo:
– Utilização de sementes de elevada pureza;
– Evitar comercialização ilegal de sementes;
– Evitar utilização de semente “salvas”
– Limpeza de máquinas e implementos;
– Inspeção de matéria orgânica;
– Limpeza de canais de irrigação;
– Quarentena de animais adquiridos;
Controle de Plantas Daninhas
• Cultural:
– Práticas comuns ao bom manejo da água e
do solo:
• Rotação de culturas;
• Variação do espaçamento de culturas;
• Uso de cobertura verde;
Controle Mecânico
• Capina mecânica:
– P.D com 2 a 4 pares de folhas são sensíveis as condições ambientais;
– Enterrio de P.D
– Expõe raízes Morte da P.D
– Aração, gradagem, enxada rotativa:
• Dificuldade de controle na linha;
• Baixa eficiência em solo molhado;
• Ineficiente para P.D com reprodução assexuada;
• Revira o banco de sementes!
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Controle Químico
Fonte:http://www.esalq.usp.br/departamentos/lpv/download/manejo%20de%20plantas%20daninhas%20cultura%20soja%20milho%20feijao.pdf
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Fonte:http://www.esalq.usp.br/departamentos/lpv/download/manejo%20de%20plantas%20daninhas%20cultura%20soja%20milho%20feijao.pdf
Soja Convencional
Soja RR
Manejo Plantas Daninhas
Resistentes
Fonte: http://www.monsanto.com.br/produtos/stewardship/pdf/folheto-manejo-resistencia.pdf
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Fonte: http://www.monsanto.com.br/produtos/stewardship/pdf/folheto-manejo-resistencia.pdf
Fonte: http://www.monsanto.com.br/produtos/stewardship/pdf/folheto-manejo-resistencia.pdf
Fonte: http://www.monsanto.com.br/produtos/stewardship/pdf/folheto-manejo-resistencia.pdf
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Considerações • Não aplicar herbicidas pós-emergentes na presença
de muito orvalho e/ou imediatamente após chuva;
• Não aplicar na presença de ventos fortes (>8 km/h), mesmo utilizando bicos específicos para redução de deriva;
• Pode-se utilizar baixo volume de calda (mínimo de 100 L ha-1) quando as condições climáticas forem favoráveis e desde que sejam observadas as indicações do fabricante (tipo de bico, produtos);
• A aplicação de herbicidas deve ser realizada em ambiente com umidade relativa superior a 60%. Além disso, deve-se utilizar água limpa;
• Não aplicar quando as plantas, da cultura e invasoras, estiverem sob estresse hídrico
Considerações • Para facilitar a mistura do herbicida trifluralin com o solo e
evitar perdas por volatização e fotodecomposição, o solo deve estar livre de torrões;
• Para cada tipo de aplicação, existem várias alternativas de bicos, os quais devem ser utilizados conforme indicação do fabricante. Verificar a uniformidade de volume de pulverização, tolerando variações máximas de 10% entre bicos;
• Em solos de arenito, (baixos teores de argila), indica-se precaução na utilização de herbicidas pré-emergentes, pois podem provocar fitotoxicidade na soja. Para tais situações, recomenda-se reduzir as doses ou não utilizá-los;
• O uso de equipamento de proteção individual é indispensável em qualquer pulverização.
Considerações
• Pode ser realizado o manejo de entressafra das invasoras, principalmente para espécies de difícil controle:
– Início aos 15 dias após a colheita da cultura antecessora a soja (comercial ou cobertura morta);
• Espécies perenes;
– Mínimo 5 litros/ha de glifosato
– Manejo mecânico inicial para posterior rebrota;
• Intervalo mínimo de 10 dias entre a semeadura de soja e aplicação de 2,4-D;
• Em semeadura direta sobre pastagens: – Início aos 30 a 60 dias do início da semeadura de soja;
– Recomenda-se adição de óleo (0,5%) para controle de espécies pilosas;
– Monitoramento se aplicação de Tordon na pastagem
Manejo de Pragas
Cultura da soja
Monitoramento de pragas da
soja
• Deve ser feita semanalmente, de 20 a
30m da bordadura;
• Pontos de amostragens:
– 01 a 09 ha 6 pontos de amostragens;
– 10 a 29 ha 8 pontos;
– 30 a 99 ha 10 pontos;
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Pragas Subterrâneas
• Bicudo, Tamanduá-da-soja
– Sternechus subsignatus
• Percevejo-castanho
– Scaptocoris castanea;
– Atarsocoris brachiariae
Níveis de controle
• Bicudo:
– 01 a 02 adultos / metro linear;
• Controle:
– Fipronil
» Standak 200ml/100 kg sementes
– Metamidofós
» 0,5 litro metafós/ha em 150 litros de calda
• Percevejo castanho:
– Só preventivo:
• Nutrição, rotação de culturas, etc...
Lagartas
• Anticarsia gemmatalis (lagarta da soja);
• Lagarta falsa medideira - Chrysodeixis (Pseudoplusia) Includens / Rachiplusia nu;
• Lagarta Cabeça de fósforo Urbanus proteus;
• Lagarta enroladeira Omiodes indicata;
• Broca das axilas Epinotia aporema
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Níveis de Controle
• Lagartas:
– V 30% desfolha / 40 lagartas por pano de batida
– R 15% desfolha / 40 lagartas por pano de batida
– Utilização do Controle Biológico: • Não mais que 10 lagartas > 10 cm / pano
• Broca das axilas:
– Até formação das vagens com 30% de ponteiros atacados
Medidas de controle
• Organofosforados:
– Clorpirifós (lorsban) 08 litros/ha
– Metamidofós (matefós) 0,5 litros / ha
• Piretróides:
– Alfacipermetrina (Fastac 100 SC):
• 150ml /ha em 150 litros de água
• Controle Biológico:
– Bacillus thuringiensis;
– Baculovirus anticarsia;
• BACULOVIRUS NITRAL 20g/ha em 120 litros de calda
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Percevejos
• Nezara viridula (percevejo verde);
• Piezodorus guildinii (percevejo verde pequeno);
• Euschistus heros (percevejo marrom);
• Edessa meditabunda (Percevejo-asa-preta-da-soja);
• Neomegalotomus parvus (formigão);
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Níveis de controle - Percevejos
• Produção de grãos:
– 04 percevejos / pano de batida;
• Produção de sementes:
– 02 percevejos / pano de batida;
Medidas de controle - percevejos
• Químico:
– Acefato (orthene 750 BR); • 0,75 kg/ha em 200litros de calda
– Organofosforados; • Clorpirifós (lorsban) 0,8 litro/ha
• Metamidofós (metafós) 0,5 litro/ha em 200 litros calda /
– Tiametoxan (cruiser); • 200ml / 100 kg sementes
– Parathion methil (folisuper); • 900 ml/ha / 200litros de calda ou 10-20 (aéreo)
– Gama cialotrina (fentrol 60 CS / Nexide): • 70ml/ha / 250 litros de calda / 20 litros de calda (aéreo)
Outros
• Vaquinha Cerotoma arcuatus;
– Besouro de 5 a 6mm, preto com manchas amarelas no dorso.
• Controle 30% (V) e 15% (R) de desfolha
– Tiametoxan / fipronil
• Patriota Diabrotica speciosa
– Besouros de 5 a 6mm, cabeça castanha, cor verde e cada élitro com 3 manchas amareladas;
• Controle Idem Vaquinha;
• Mosca Branca Bemisia tabaci / B. argentifolia:
– Monocrotofós / tiametoxan
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Inimigos Naturais
Trissolcus basalis Telenomus podisi
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Trichopoda giacomellii
Manejo das principais
doenças da cultura da soja
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Manejo de doenças • Tratamento de sementes;
• Rotação de culturas;
• Antecipação semeadura;
• Sucessão de Cvs;
• Pulverizações;
• Controle de vetores (VIROSES);
• Pousio (nematóides)
• Plantio de espécies nematicidas;
• VARIEDADES RESISTENTES
Fonte: Fundação MS 2006
Fonte: Fundação MS 2006
Rhizoctonia solani Medidas de controle
Fonte: Fundação MS 2006
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Medidas de controle
Fonte: Fundação MS 2006 Fonte: Fundação MS 2006
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Fonte: Fundação MS 2006 Fonte: Fundação MS 2006
Fonte: Fundação MS 2006
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Mofo Branco – Sclerotinia
Sclerotiorum