aula de antropologia - aula1

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1 - Premissa bsica: princpio da eficincia

1 - Premissa bsica: 1.1 Antropologia: Anthropos = homem; logos = estudo

Cincia da humanidade que se preocupa em conhecer cientificamente o ser humano em sua totalidade.

1.2 TRIPLO ASPECTO:

a) SOCIAL: O homem enquanto elemento integrante de grupos organizados;

b) HUMANA: O homem como um todo: histria, crenas, usos, costumes, linguagens etc;

c) NATURAL: Psicosomtico do homem e sua evoluo;

2 OBJETIVO2.1 - Marconi e Presoto (2013: 1-3):

um objetivo extremamente amplo, visando ao homem como expresso global biopsicocultural -, isto , o homem como ser biolgico pensante, produtor de culturas e participante da sociedade, tentando chegar, assim, compreenso da existncia humana.

7Os estudos de Antropologia podem versar tambm sobre diversos assuntos, como: instituies sociais e polticas, meios tcnicos e cientficos, racismo, multiculturalismo, diversidade cultural, filosofia dos grupos, representaes, usos e costumes, organizaes coletiva, diviso do trabalho, diviso sexual, linguagem, filosofia, etnias, artes, formas e maneiras de comer e se vestir, discurso, meios de produo, foras de produo, domesticao de animais, como produzir, utilizar e preservar a terra, ritos, festas, danas, mitos, religies, profano e o sagrado, culinria, valores, normas e outras formas de manifestao humana e social dos povos do planeta.3 ABRANGNCIA

4 DIVISES E CAMPO DA ANTROPOLOGIA4.1 ANTOPOLOGIA FSICA OU BIOLGIA = Origens fsicas e biolgicas do homem e sua evoluo no decorrer do tempo.

A) PALEONTOLOGIA = FSSEIS DO PASSADO.

B) SOMATOLOGIA = DESCREVE VARIEDADES EXISTENTES DO HOMEM, DIFERENAS FSICAS, INDIVIDUAIS E SEXUAIS.

C) RACIOLOGIA = HISTRIA RACIAL DO HOMEM, PREOCUPANDO-SE COM A CLASSIFICAO DA ESPCIE HUMANA. Ex: Misciginao, caractersitcas fsicas etc.

D) ANTROPOMETRIA = TCNICAS DE MEDIO, PROCEDIMENTO QUANTITATIVO QUE FORNECE MEDIDAS DO CORPO HUMANO.

4.2 ANTOPOLOGIA CULTURAL = ESTUDO DO HOMEM COMO SER CULTURAL, ISTO , FAZEDOR DE CULTURA. A) ARQUEOLOGIA = CULTURAS DO PASSADO, EXTINTAS, REPRESENTANDO FASES DA HUMANIDADE NO REGISTRADAS EM DOCUMENTOS ESCRITOS.

B) ETNOGRAFIA = ANLISE DOS GRUPOS HUMANOS E SUA PARTICULARIDADE. Ex: O Estudo de determinada tribo indgena num territrio Brasileiro.

C) ETNOLOGIA = TRABALHA COM A ANLISE COMPARATIVA ENTRE AS MAIS VARIADAS CULTURAS.

D) LINGUSTICA = ESTUDA A LINGUAGEM, ENQUANTO MEIO DE COMUICAO E INSTRUMENTO DE PENSAMENTO.

E) FOLCLORE = ESTUDO DA CULTURA ESPONTNEA DOS GRUPOS HUMANOS. EX: Danas populares, artesanato, linguagem, alimentao.

4.3 ANTOPOLOGIA SOCIAL

Lucy Mair (1972:14):

Observa a totalidade das relaes que agem entre as pessoas na unidade social que estudamos.

A antropologia social leva em considerao cada aspecto da vida social a saber:

- Familiar; - Poltico; - Religioso; - Jurdico;

CULTURA1 PREMISSAS BSICAS: KANT

A) NATUREZA:

o reino da causalidade. Isto , submetido s leis naturais de causalidade, insuscetveis da atuao humana.

B) CULTURA. CONCEITO ANTROPOLGICO:

o campo institudo pela ao dos homens, que agem escolhendo livremente seus atos, dando a eles sentido, finalidade e valor porque instituem as distines (inexistentes na natureza) entre bom e mau, verdadeiro e falso, til e nocivo, justo e injusto, belo e feio, legtimo e ilegtimo, possvel e impossvel, sagrado e profano.

B.1) CONDIES PARA EXISTNCIA DA CULTURA: * Pensamento, linguagem, trabalho, ao voluntria.

DIVERSOS OUTROS CONCEITOS DE CULTURA1 Edward B. Tylor (1871).

aquele todo complexo, que inclui o conhecimento, as crenas, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hbitos e aptides adquiridos pelo homem com membro da sociedade.

2 MALINOWSKI (1994).

O todo global consistente de implementos e bens de consumo, de cartas constitucionais para os vrios agrupamentos sociais, de ideias e ofcios humanos.

3 FELIX M. KEESING (1958)

Comportamento cultivado, ou seja, a totalidade da experincia adquirida e acumulada pelo homem e transmitida socialmente, ou, ainda, o comportamento adquirido por aprendizado social.CLASSIFICAO DA CULTURA1 CULTURA MATERIAL (ERGOLOGIA)

Consiste em coisas materiais, bens tangveis, incluindo instrumentos, artefatos e outros objetos materiais, frutos da criao humana e resultante de determinada tecnologia.

Abrange produtos concretos, tcnicas, construes, normas e costumes que regulam seu emprego.

Ex: machados de pedra, vasos de cermica, mscaras, vesturios, habitaes, mquinas, navios, cruz etcCLASSIFICAO DA CULTURA2 CULTURA IMATERIAL (ANIMOLGICO)

Refere-se a elementos intangveis da cultura, que no tm substncia material. Entre eles encontram-se crenas, conhecimentos, aptides, hbitos, significados, normas valores etc.

SO TOM DAS LETRAS - MGSo Tom das Letras ou So Thom das Letras um municpio brasileiro do Estado de Minas Gerais. Sua populao estimada em 2008 era de 6 880 habitantes.

Alguns acreditam que So Tom seja um dos sete pontos energticos da Terra, o que atrai para o lugar msticos, sociedades espiritualistas, cientficas e alternativas, o que d razo a outro nome: Cidade Mstica.www.conscienciacosmica.com.br

SO TOM DAS LETRAS - MGSo Tom das Letras ou So Thom das Letras um municpio brasileiro do Estado de Minas Gerais. Sua populao estimada em 2008 era de 6 880 habitantes.

Alguns acreditam que So Tom seja um dos sete pontos energticos da Terra, o que atrai para o lugar msticos, sociedades espiritualistas, cientficas e alternativas, o que d razo a outro nome: Cidade Mstica.www.conscienciacosmica.com.br

3 CULTURA REAL

Aquela em que, concretamente, todos os membros de uma sociedade praticam ou pensam em suas atividades cotidianas.Ex: Costume jurdico Cheque Ps-datado.

3 CULTURA IDEAL (NORMATIVA)

Um conjunto de comportamentos, que embora expressos verbalmente como bons, perfeitos, para o grupo, nem sempre so frequentemente praticados.Ex: Casamento indissolvel o ideal desejvel pela sociedade judaico-crist, mas o que ocorre e nem sempre satisfatrio ou atendo ao ideal; Virgindade etc.

PATRIMNIO CULTURALPatrimnio cultural o conjunto de todos os bens, materiais ou imateriais, que, pelo seu valor prprio, devem ser considerados de interesse relevante para a permanncia e a identidade da cultura de um povo.

O patrimnio a nossa herana do passado, com que vivemos hoje, e que passamos s geraes vindouras. Do patrimnio cultural fazem parte bens imveis tais como castelos, igrejas, casas, praas, conjuntos urbanos, e ainda locais dotados de expressivo valor para a histria, a arqueologia, a paleontologia e a cincia em geral. Nos bens imateriais considera-se a literatura, a msica, o folclore a linguagem e os costumes.

Numa acepo mais moderna, tambm pode ser considerado como tudo aquilo que identifica determinada regio no mundo globalizado.

A Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura (UNESCO) promoveu em 1972 um tratado internacional denominado Conveno sobre a proteo do patrimnio mundial, cultural e natural visando promover a identificao, a proteco e a preservao do patrimnio cultural e natural de todo o mundo, considerado especialmente valioso para a humanidade.

ETNOCENTRISMO X RELATIVISMO CULTURAL

1 ETNOCENTRISMO: Viso de mundo com a qual tomamos nosso prprio grupo como centro de tudo, e os demais grupos so pensados e sentidos pelos nossos valores, nossos modelos e nossas definies sobre o que a existncia.

1.1 VISES DO ETNOCENTRISMO:

EU: Quem valora; Quem julga;

Nosso grupo, que come igual, veste igual, gosta de coisas parecidas, conhece problemas do mesmo tipo, acredita nos mesmos deuses, casa igual, mora no mesmo estilo, distribui o poder da mesma forma, convive de maneira semelhante.

O grupo do Eu faz, ento, da sua viso a nica possvel ou, mais discretamente se for o caso, a melhor, a natural, a superior a outra.

b) OUTRO:

Grupo do diferente que, s vezes, nem sequer faz coisas como as nossas ou quando as faz de forma tal que no reconhecemos como possveis.

O outros tambm sobrevive sua maneira, gosta dela, tambm est no mundo e, ainda que diferente, tambm existe.

ETNOCENTRISMOO ETNOCENTRISMO PODE SER MANIFESTADO NO COMPORTAMENTO AGRESSIVO EM ATITUDES DE SUPERIORIDADE E AT AGRESSIVIDADE

ENTRETANTO APRESENTA UM ASPECTO POSITIVO, AO SER AGENTE DE VALORIZAO DO PRPRIO GRUPO.RELATIVISMO CULTURAL = CONTRAPONTO A UMA VISO ETNOCNTRICA

RELATIVIZAO: Quando o significado de um ato visto no na sua dimenso absoluta mas no contexto em que acontece;

Enfim, relativizar no transformar a diferena em hierarquia, em superiores e inferiores ou em bem e mal, mas v-la na sua dimenso de riqueza por ser diferena.

www.youtube.com/watch?v=AyPn2UFCzSA - Eruditahttp://www.youtube.com/watch?v=YB88sUjV4Ec - Popularwww.youtube.com/watch?v=ixeoncWFi1c - FolcloreCULTURA POPULAR E ERUDITA1 ANTECEDENTES HISTRICOS

Advento dos Estados Nacionais capitalistas, divididos em classes sociais: a burguesia, a pequena burguesia formada por pequenos proprietrios, funcionrios pblicos e intelectuais, e o proletariado ou os trabalhadores industriais e rurais;

No plano cultural, essa diviso econmico-social trouxe consequncias, pois a cultura e as artes foram distribudas em trs tipos principais:1 ERUDITA (OU DE ELITE): prpria dos intelectuais e artistas da classe dominante da sociedade.

2 POPULAR: prpria dos trabalhadores urbanos e rurais

3 FOLCLORE: em outra acepo tambm pode ser considerada como produes ou criaes coletivas vindas do passado nacional, formando a tradio nacional, a cultura e arte populares, constitudo por mitos, lendas e ritos populares, danas regionais populares, msicas regionais populares, artesanato etc. Ou seja, remonta a ideia de ancestralidade.

INDSTRIA CULTURAL E CULTURA DE MASSA 1 INDSTRIA CULTURAL

Theodor Adorno e Max Horkheimer Dialtica do Esclarecimento

uma cultura baseada na idia e na prtica do consumo de produtos culturais fabricados em srie. Ou seja, as obras de arte so mercadorias, como tudo que existe no capitalismo.

2 INDSTRIA DE MASSA MASSIFICAO CULTURAL

A Arte perde sua fora simblica, e com ela surgem algumas caractersticas

De expressivas, tendem a tornar-se reprodutivas e repetitivas;De trabalho de criao, tendem a tornar-se eventos para consumo, sem criatividade;De duradouras, tendem a tornar-se parte do mercado da moda, passageiro efmero, sem passado e sem futuro;Tendem a tornar-se dissimulao da realidade, iluso falsificadora, publicidade e propaganda;

INDSTRIA CULTURAL E OPRESSO DISSIMULADAMARILENA CHAU

Um processo de inculcao de valores, hbitos, comportamentos e ideias, pois no somos instigados para pensar, avaliar e julgar o que vemos ouvimos e lemos

CORRENTES DO PENSAMENTO ANTROPOLGICO 1 EVOLUCIONISMO = DIFERENAS ENTRE GRUPOS HUMANOS ATRAVS DA CULTURA = ESTABELECE UMA ESCALA EVOLUTIVA DA CULTURA = EUROCENTRISMO

Na busca de interpretar as diferenas entre os grupos humanos, a cultura exerce papel fundamental para o olhar antropolgico, j que esta passa a ser compreendida como prtica significante que distingue o homem da natureza e do animal, alm de ser responsvel pelas diversas formas de vises de mundo.

Surge com a cincia antropolgica no sculo XIX, ebusca as origens e conduz concepo etnocntrica do mundo, isto , parte-se da ideia de que as diferenas entre grupos e sociedades possuem uma escala evolutiva, considerando o mundo europeu como modelo nico de sociedade.Para os evolucionistas do sculo XIX a evoluo se desenvolvia atravs de uma linha nica; a evoluo teria razes em uma unidade psquica atravs da qual todos os grupos humanos teriam o mesmo potencial de desenvolvimento, embora alguns estivessem mais adiantados que outros. Esta abordagem unilinear considerava que cada sociedade seguiria o seu curso histrico atravs de trs estgios: selvageria, barbarismo e civilizao. (LARAIA, 2001, p. 25)CORRENTES DO PENSAMENTO ANTROPOLGICO 1 EVOLUCIONISMO = DIFERENAS ENTRE GRUPOS HUMANOS ATRAVS DA CULTURA = ESTABELECE UMA ESCALA EVOLUTIVA DA CULTURA = EUROCENTRISMO

Na busca de interpretar as diferenas entre os grupos humanos, a cultura exerce papel fundamental para o olhar antropolgico, j que esta passa a ser compreendida como prtica significante que distingue o homem da natureza e do animal, alm de ser responsvel pelas diversas formas de vises de mundo.

Surge com a cincia antropolgica no sculo XIX, ebusca as origens e conduz concepo etnocntrica do mundo, isto , parte-se da ideia de que as diferenas entre grupos e sociedades possuem uma escala evolutiva, considerando o mundo europeu como modelo nico de sociedade.2 - FUNCIONALISMO = ORGANISMO INTERDEPENDENTE = SATISFAZER AS NECESSIDADES ESSENCIAIS DOS SEUS INTEGRANTES = INOVOU QUANTO AO MTODO.

Esta vertente surgiu no sculo XX, por volta dos anos 1920, como herdeiro do evolucionismo. De acordo com a concepo funcionalista, cada sociedade deve ser estudada como um organismo constitudo por partes interdependentes e complementares, cuja funo satisfazer as necessidades essenciais dos seus integrantes. Os estudos funcionalistas permitiram que sociedades no europeias passassem a ser compreendidas naquilo dentro de suas especificidades.

Os antroplogos, se valendo de monografias, levam em conta a observao participante em que o pesquisador orientado por informaes colhidas do grupo se insere nele para interpretar seus signos e smbolos, o chamado trabalho de campo.

Ou seja, os investigadores que foram influenciados por esta corrente de pensamento buscavam analisar os povos que estavam fora da esfera europeia a partir de suas realidades. Esse pensamento serviu para justificar o imperialismo europeu pois estimulou a ideia de progresso pela sociedade europeia e, a partir desta tica, justificava a subordinao dos povos diferentes.

3 CULTURALISMO = PROCESSO HISTRICO E CULTURAL = IDENTIFICAO DE PADRES COMPARATIVOS DE CULTURA (CARACTERSTICAS COMUNS) = CRTICA VISO EUROCENTRISTA E IDIA DE ESCALA DE EVOLUO.

Tendo sua origem no incio do sculo XX, por volta dos anos 1930 a chamada Antropologia cultural substituiu a viso de que as diferenas biolgicas determinariam as diferenas culturais.

Ao fazerem crticas ideia da evoluo cultural, os estudiosos passaram a defender que cada sociedade teria sua histria e seu valor particular.

A cultura e a histria, e no mais a raa, seria a causa das diferenas entre as populaes, conjugada pela investigao de leis no desenvolvimento das culturas. Neste sentido, por meio dos estilos de vida, esta corrente se vale da busca de identificao de padres comparativos, ou seja, caractersticas em comum.

Esses padres agem como dispositivos reguladores, organizadores e balizadores de valores construdos pelos grupos culturais, tendo o grupo ou os membros do grupo o poder de aceit-los ou rejeit-los.3 ESTRUTURALISMO = OS FATOS HUMANOS SE CONFORMAM EM ESTRUTURAS, QUE FORMAM UMA TOTALIDADE

Permitiu que as cincias humanas criassem mtodos especficos para o estudo de seus objetos, livrando-as das explicaes mecnicas de causa e efeito, sem que por isso tivessem que abandonar a ideia de lei cientfica.

As estruturas so totalidades organizadas segundo princpios internos que lhes so prprios e que comandam seus elementos ou partes, seus modos de funcionamento e suas possibilidades de transformao temporal ou histricas. Nelas, o todo no a soma das partes, nem um conjunto de relaes causais entre elementos isolveis, mas um princpio ordenador, diferenciador e transformador. Uma estrutura uma totalidade dotada deSentido. (CHAU, 1999, p. 274)IDEOLOGIA = IDIA DISTORCIDA = INVERTIDA SOBRE A REALIDADE 1 FUNO DA IDEOLOGIA: MARILENA CHAU

A funo principal da ideologia ocultar e dissimular as divises sociais e polticas, dando-lhes aparncia de indiviso social e de diferenas naturais entre os seres humanos.

Indiviso: apesar da diviso social das classes, somos levados a crer que as desigualdades sociais, econmicas e polticas no so produzidas pela diviso social de classes, mas por diferenas individuais dos talentos e das capacidades, da inteligncia etc.

A produo ideolgica da iluso social tem como finalidade fazer com que todas as classes sociais aceitem as condies em que vivem, julgando-as naturais, normais, corretas, justas, sem pretender transform-las ou conhec-las realmente, sem levar em conta que h uma contradio profunda entre as condies reais em que vivemos e as ideais.

EXEMPLOS CLSSICOS:

LUGAR DE MULHER NA COZINHA

MULHER O SEXO FRGIL

NDIOS SO NATURALMENTE INDOLENTES

BAIANO PREGUIOSO

JUDEU AVARENTO

ETC...

Pois bem, o Darwinismo Social foi a ideologia utilizada para justificar o imperialismo da Europa sobre a sia.

E O QUE VEM A SER IMPERIALISMO?Imperialismo a politica de expanso e o domnio territorial, cultural e econmico de uma nao sobre outras, ou sobre uma ou vrias regies geogrficas.

O imperialismo contemporneo pode ser tambm denominado como neocolonialismo, por possuir muitas semelhanas com o regime vigorado entre os sculos XV e XIX, o colonialismo.

Esta prtica est registrada na histria da humanidade atravs de muitos exemplos de imprios que se desenvolveram e, em muitos casos, foram aniquilados ou substitudos por outros. No entanto, o conceito, derivado de uma prtica assente na teoria econmica, s surgiu no incio do sculo xx.

, sobretudo, aceito que o colonialismo moderno uma expresso do imperialismo e que no pode existir sem o segundo. A medida em que o imperialismo "informal", sem colnias formais est devidamente descrito, como tal, continua a ser um tema controverso entre os historiadores.

DARWINISMOA Teoria de Darwin

Charles Darwin (1809-1882), naturalista ingls, desenvolveu uma teoria evolutiva que a base da moderna teoria sinttica: a teoria da seleo natural. Segundo Darwin, os organismos mais bem adaptados ao meio tm maiores chances de sobrevivncia do que os menos adaptados, deixando um nmero maior de descendentes.

Os organismos mais bem adaptados so, portanto, selecionados para aquele ambiente.

Exemplos: Um urso polar tem uma capacidade melhor de adaptao ao ambiente frio, pois ao longo de seu processo evolutivo, seu corpo sofreu mutaes para que sua pele se adaptasse temperatura.

DARWINISMO SOCIAL = DISCURSO IDEOLGICO DO IMPERIALISMO = EVOLUCIONISMO = ETNOCENTRISMOO darwinismo social tem origem na teoria da seleo natural de Darwin, que explica a diversidade de espcies de seres vivos atravs do processo de evoluo.

O sucesso da teoria da evoluo motivou o surgimento de correntes nas cincias sociais baseadas na tese da sobrevivncia do mais adaptado, da importncia de um controle sobre a demografia humana.

De acordo com esse pensamento, existiriam caractersticas biolgicas e sociais que determinariam que uma pessoa superior outra e que as pessoas que se enquadrassem nesses critrios seriam as mais aptas.

Segundo o primeiro-ministro Jules Ferry, a partilha dos continentes uma necessidade imperiosa no s econmica, mas uma tima oportunidade de civiliz-los e, por conseguinte, tir-los da barbrie,ou seja, da escurido:

Para os pases industriais exportadores, a expanso colonial uma questo de salvao. Em nosso tempo, e diante da crise que atravessam as indstrias europeias, a fundao de colnias representa a criao de uma vlvula de escape para nossos problemas. Devemos dizer abertamente que ns, pertencentes s raas superiores, temos direitos sobre as raas inferiores. Mas, tambm temos dever de civiliz-los. (FERRY, 1960, p. 73)Segundo Cotrin (2007), esta misso de civilizao se fundamentava em um trip conceitual de superioridade econmica, religiosa e cientfica, a saber:

As caractersticas biolgicas da raa branca;

A f religiosa (cristianismo);

- O desenvolvimento tcnico e cientfico (a Revoluo Industrial); MOTIVAES REAIS DO IMPERIALISMO NO SCULO XIXO primeiro estudo sistemtico do imperialismo surgiu em 1902 com "Imperialismo", do autor ingls John Hobson, para quem o fenmeno se devia acumulao de capital excedente que devia ser exportado. Seriam motivaes importantes do expansionismo a busca de novas fontes de matrias-primas e de mercados

O expansionismo se deve a um impulso atvico de luta, remanescente em estruturas e camadas sociais pr-capitalistas, que dependem para sua sobrevivncia de guerras e conquistas.

REINVENO DA ANTROPOLOGIA PS IMPERIALISMO1 CONCEPO CLSSICA: OBJETIVISTA ETNOCNTRICA

Mtodo meramente objetivista baseado meramente na descrio do observador externo, baseando no objetivismo cientfico e no etnocentrismo.

Ou seja, no se inclua o contato cultural, e no interessavam as mudanas culturais elaboradas e constitudas aps o contato entre diferentes culturas.

O antroplogo era meramente um observador . (...) esse modelo (o objetivismo) baseava-se na retirada do carter subjetivo do autor de sua pesquisa; o antroplogo deveria permanecer apenas observando, entendendo os costumes e as linguagens de outros povos (TRIGUEIRO, 2006, p. 510)A antropologia clssica estava imersa em uma discusso que no inclua o contato cultural como foco principal de anlise.

Ou seja, a tica se dava pelo mero contato dos imperialistas com os povos subjulgados.

Servia ao Estado impositivo cuja proposta era o processo civilizador, o qual os nativos se integrariam ao mundo.

A antropologia enquanto cincia, na acepo clssica, era atrelada ao modelo capitalista de produo, com a expanso colonial e com o racionalismo ocidental, fruto da herana do iluminismo

RESULTADO: RELAES DESIGUAIS, RACISMO E ESTIGMA

TRATAMENTO DO RACISMO EM NOSSA CONSTITUIO FEDERALArt. 4 A Repblica Federativa do Brasil rege-se nas suas relaes internacionais pelos seguintes princpios:

VIII - repdio ao terrorismo e ao racismo;

Art. 5, XLII - a prtica do racismo constitui crime inafianvel e imprescritvel, sujeito pena de recluso, nos termos da lei;ESTIGMASegundo o socilogo Ervin Goffman (1988), quando a diferena (o ser diferente) conota um sentido negativo e est ligada aos atributos que so, de certa forma, indesejados.Esses atributos, seja a cor da pele, a deficincia fsica, a religio ou at mesmo a opo sexual, so considerados indesejados pela tradio dominante local.

Uma vez estabelecidos, pela tradio ou pela cultura dominante, o que vem a ser um atributo indesejado, o portador de tal atributo passa a ser estigmatizado.

Uma vez estigmatizado, aponta Goffman, o indivduo perde sua individualidade e se apresenta sempre como uma representao do seu estigma e no o que o indivduo realmente .

Ainda segundo Goffman, a sociedade confia oportunidades reduzida aqueles que julga ser estigmatizados e determina a eles uma imagem deteriorada (DISCURSO IDEOLOGICO)

Nesse universo de excluso, os estigmatizados encontram o lado positivo do estigma junto a outros sujeitos igualmente estigmatizados.

1 CONCEPO MODERNA:

Com o advento da descolonizao, surgiu a necessidade de se repensar os antigos conceitos da antropologia, face s mudanas do sistema mundial.

A confluncia de culturas decorrentes do imperialismo, que ensejou intervenes violentas na cultura de outros povos, fez com que estes despertassem para o reconhecimento de seus direitos e de sua cultura.

Portanto o papel do antroplogo questionado, e uma mudana de papel lhe exigida em consequncia da mudana da prpria dinmica social. A queda do imperialismo foi o dispositivo que iniciou as mudanas, tanto no plano social quanto no plano poltico da disciplina, e trouxe o extico para perto, desencadeado no processo de imigrao.

Ou seja, o outro ganha relevo e impe o antroplogo um olhar dentro do processo cultural que este ou aquele est envolvido.

IDENTIDADE1 CONCEITO (SENTIDO LATO AMPLO): o conjunto de caracteres prprios e exclusivos com os quais se podem diferenciar pessoas, animais, plantas e objetos inanimados uns dos outros, quer diante do conjunto das diversidades, quer ante seus semelhantes.

Ou seja, um processo de identificao por semelhana ou contraste.

Identidade ainda pode ser uma construo legal, e portanto traduzida em sinais e documentos, que acompanham o indivduo.CONCEITO ANTROPOLGICOPara a Antropologia, Identidade consiste na soma nunca concluda de um aglomerado de signos, referncias e influncias que definem o entendimento relacional de determinada entidade, humana ou no-humana, percebida por contraste, ou seja, pela diferena ante as outras, por si ou por outrem. Portanto, Identidade est sempre relacionada a idia de alteridade, ou seja, necessrio existir o outro e seus caracteres para definir por comparao e diferena com os caracteres pelos quais me identifico.

CONCEPES DE IDENTIDADESujeito do Iluminismo: baseado numa concepo da pessoa humana como um indivduo totalmente centrado, unificado, dotado de capacidades de razo, de conscincia;

Sujeito Sociolgico: refletia a complexidade do mundo moderno e a conscincia de que este ncleo interior do sujeito era autnomo e autossuficiente, mas era formado na relao com outras pessoas que mediavam valores e outros smbolos culturais;

Sujeito Ps-moderno: conceitualizado como no tendo uma identidade fixa, essencial ou permanente. A identidade torna-se uma celebrao do mvel formada e transformada continuamente. (HALL, 1999, p. 11)A QUESTO DA IDENTIDADE NO PROCESSO DE DESCOLONIZAOUma das questes a se refletir aps o processo de descolonizao, foi a questo da identidade, ou seja, a descentralizao.

Nesse sentido, num vis antropolgico Stuart Hall (1992) traz novos questionamentos para a noo de identidade na crise da modernidade. O autor parte do pressuposto que:As velhas identidades, que por tanto tempo estabilizaram o mundo social, esto em declnio, fazendo surgir novas identidades e fragmentando o indivduo moderno, at aqui visto como um sujeito unificado. A assim chamada crise de identidade vista como parte de um processo mais amplo de mudana, que est deslocando as estruturas e processos centrais das sociedades modernas e abalando os quadros de referncia que davam aos indivduos uma ancoragem estvel no mundo social. (HALL, 1999, p. 07)A globalizao alteraria as noes de tempo e de espao, desalojaria o sistema social e as estruturas fixas e possibilitaria o surgimento de uma pluralizao dos centros de exerccio do poder.

Quanto ao descentramento dos sistemas de referncias, Hall considera seus efeitos nas identidades modernas, enfatizando as identidades nacionais, observando o que gerou, quais as formas e quais as consequncias da crise dos paradigmas do final do sculo XX.

Desde a dcada de 1980, desenvolve-se um processo de construo de uma cultura em nvel global. No apenas a cultura de massa, j desenvolvida e consolidada desde meados do sculo XX, mas um verdadeiro sistema-mundo cultural que acompanha o sistema-mundo poltico-econmico resultante da globalizao.ELEMENTOS DE FRAGMENTAO OU DIFERENCIAO DA IDENTIDADEa) Classe: baseada no marxismo, entre a burguesia e o proletariado ou entre os que detm os meios e produo e os que deles so apartados;

b) Gnero: conflitos entre homens e mulheres construdos Socialmente e no biologicamente;

c) Sexualidade: a possibilidade do ser humano de se construir homem, mulher, homossexual ou outras escolhas;

d) Etnia: as mltiplas origens culturais baseadas em grupos socioculturais;

e) Nacionalidade: identidades construdas pelos Estados-Naes.DISPORA NEGRAFoi um contraponto ao imperialismo, bem como ao perodo de escravido, e concepo etnocntrica , europeia, de onde se partiam os modos de vida, as estruturas econmicas, sociais e culturais, os estilos, as formas de pensar o mundo, a maneira e hbitos fragmentados etc.

Eclodiram pelo mundo mltiplas formas de afirmao cultural e de movimentos de reivindicao de direitos das minorias oprimidas, sobretudo aquelas relacionadas a direitos das populaes afrodescendentes;

Desta forma, o estudo da Dispora sugere um olhar no outro, na alteridade e na busca de olhar, de modo a compreender as prticas, as estratgias e as aes humanas do que diferente de nsO termo foi cunhado por historiadores, movimentos civis e descendncia de ex-escravos recentes. Tanto quanto a existncia prtica do fenmeno propriamente dito era logo evidenciada graas aos perodos da luta da esquerda norte-americana pelo direito das minorias demogrficas e sociais, da queda do apartheid poltico na frica do Sul, das aes afirmativas de carter compensatrio e de novas tendncias que iam do "Black is Beautiful" a at o consegrar de atletas, personalidades da mdia e artistas de pele morena ou preta no grande pblico.PRINCIPAIS MOVIMENTOS POLTICOS E CULTURAIS ASSOCIADOS DISPORA NEGRA1) O MOVIMENTO BLACK POWER (PODER NEGRO):

um movimento entre pessoas negras em todo o mundo, especialmente nos Estados Unidos. Mais proeminente no final dos anos 1960 e incio dos anos 1970, o movimento enfatizou o orgulho racial, racismo e da criao de instituies culturais e polticos negros para cultivar e promover interesses coletivos, valores antecipadamente, e segura autonomia para os negros..

O mais antigo conhecimento do uso da expresso "Black Power" veio de um livro de Richard Wright de 1954 intitulado "Black Power".

O primeiro uso da expresso em um sentido poltico pode ter sido por Robert F. Williams, presidente da NAACP, escritor e editor da dcada de 1950 e 1960.

A expresso "Black Power" foi criada por Stokely Carmichael, militante radical do movimento negro nos Estados Unidos, aps sua vigsima stima deteno em 1966. "Estamos gritando liberdade h seis anos. O que vamos comear a dizer agora poder negro", anunciou

2 - O APARTHEID

Foi um regime de segregao racial adotado de 1948 a 1994 pelos sucessivos governos do Partido Nacional na frica do Sul, no qual os direitos da grande maioria dos habitantes foram cerceados pelo governo formado pela minoria branca.

A segregao racial na frica do Sul teve incio ainda no perodo colonial, mas o apartheid foi introduzido como poltica oficial aps as eleies gerais de 1948. A nova legislao dividia os habitantes em grupos raciais ("negros", "brancos", "de cor", e "indianos"), segregando as reas residenciais, muitas vezes atravs de remoes foradas.

A partir de finais da dcada de 1970, os negros foram privados de sua cidadania, Nessa altura, o governo j havia segregado a sade, a educao e outros servios pblicos, fornecendo aos negros servios inferiores aos dos brancos.

O apartheid trouxe violncia e um significativo movimento de resistncia interna, bem como um longo embargo comercial contra a frica do Sul. Uma srie de revoltas populares e protestos causaram o banimento da oposio e a deteno de lderes antiapartheid. Conforme a desordem se espalhava e se tornava mais violenta, as organizaes estatais respondiam com o aumento da represso e da violncia.

Reformas no regime durante a dcada de 1980 no conseguiram conter a crescente oposio, e em 1990, o presidente Frederik Willem de Klerk iniciou negociaes para acabar com o apartheid, o que culminou com a realizao de eleies multirraciais e democrticas em 1994, que foram vencidas pelo Congresso Nacional Africano, sob a liderana de Nelson MandelaPOVOS SUBJULGADOS So povos excludos da sociedade e da cultura nacional como negros, imigrantes, ndios.

AES AFIRMATIVAS OU DISCRIMINAO POSITIVA 1 CONCEITO:

Aes afirmativas so polticas especiais compensatrias e redistributivas, determinadas pelo Estado.

So redistributivas, pois tm o objetivo de eliminar o foco da desigualdade historicamente acumulada, buscando garantir a todos os cidados a igualdade de oportunidades; so compensatrias por visarem legitimar o reconhecimento legal (por parte do Estado) de perdas provocadas pela discriminao e marginalizao, decorrentes de motivos raciais, tnicos, religiosos, de gnero e outros ocorridos no passado.

Nos anos de 1960, nos EUA, a mobilizao em prol dos direitos civis cuja bandeira clamava igualdade de oportunidades a todos teve um forte impacto na eliminao de leis segregacionistas no pas. Nesse perodo, o movimento negro surge como uma das principais foras atuantes na arena social, com lideranas de projeo nacional.

nesse contexto que se desenvolve e que se cria o conceito de ao afirmativa; uma poltica pblica que requer, no papel do Estado, a incluso da garantia de oportunidades para populaes legitimamente menos favorecidas. Uma vez que por dcadas vigoravam no pas leis segregacionistas, o movimento negro conseguiu quebrar essas correntes e exigiu compensao por tudo o que lhes foi privado.FUNDAMENTO JURDICO E EPISTEMOLGICO 1 PRINCPIO DA IGUALDADE:

A) ACEPO FORMAL: Todos so iguais perante a lei e devem ser tratados da mesma forma, com os mesmos direitos e deveres.

B) ACEPO MATERIAL: Para efetividade do Princpio da Igualdade devem ser observadas as desigualdades concretas existentes na sociedade, de maneira a tratar de modo dessemelhante situaes desiguais.

PREVISO NORMATIVA DO PRINCPIO DA IGUALDADE EM NOSSA CONSTITUIO FEDERAL Art. 5 Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nos termos seguintes... Celso Antnio Bandeira de Mello:

A lei no deve ser fonte de privilgios ou perseguies, mas instrumento regulador da vida social que necessita tratar equitativamente todos os cidados.

Este o contedo poltico-ideolgico absorvido pelo princpio da isonomia e juridicizado pelos textos constitucionais em geral, ou de todo modo assimilado pelos sistemas normativos vigentes. Fitoussi e Rosanvallon (1997)

A igualdade um projeto, um princpio de organizao que estrutura o devir de uma sociedade.

O Princpio da Igualdade um movimento atravs do qual a sociedade procura libertar, ainda que parcialmente, os indivduos da sua histria para lhes permitir enfrentar melhor o seu futuro, abrindo-lhes um leque de escolhas que certas circunstncias do seu passado restringiam em demasia.

A ideia de igualdade instaura um combate contra o determinismo, a explicao linear do futuro pelo passado. MULTICULTURALISMO1 CONCEITO: um termo que descreve a existncia de muitas culturas numa regio, cidade ou pas, com no mnimo uma predominante.

Jogo de diferenas, quando diversos elementos culturais se juntam dentro de um mesmo espao, forjando as caractersticas de uma sociedade. Ele freqentemente pensado como opondo-se ao etnocentrismo.VERSES DE MULTICULTURALISMO1. Multiculturalismo Conservador: apresenta-se como uma prtica assimilacionista, ou seja, uma poltica na qual as minorias tnicas tm de se adaptar, integrar e assimilar a cultura hegemnica;

2. Multiculturalismo Liberal-Humanista: levanta a bandeira da igualdade entre as diferenas culturais, porm mantm o foco na cidadania, ou seja, as diferenas so celebradas dentro de um limite: ser cidado algo que engloba as diferenas;3. Multiculturalismo Liberal de Esquerda: caminha num sentido oposto, mas nem por isso menos problemtico, pois trata a questo da diferena como uma essncia que existe independentemente da histria, da cultura e do poder. Ou seja, ela deve ser legitimada acima da cidadania;

4. Multiculturalismo Crtico: de acordo com Mathias (2006), esta perspectiva encara a diferena junto com seu recorte histrico, cultural, poltico e ideolgico. Com isso, imprescindvel que se contextualizem as situaes propostas. A diferena um fato existente em todas as sociedades. Ela deve ser compreendida segundo as especificidades e os contextos de sua produo.MULTICULTURALISMO APS O IMPERIALISMOO multiculturalismo recebe como herana a agenda da luta anti-imperialismo. So trs os aspectos:

1. A relevncia da cultura na emancipao poltica;

2. O relativismo que critica o universalismo ocidental como sendo um disfarce das relaes de poder, por entenderem que se trata de uma doutrina que prioriza o geral em detrimento do particular,de forma a reduzir as diferenas, produzir e retificar as desigualdades sociais;

3. A rejeio das polticas inclusivas de cidadania em favor das polticas de identidade, com enfoque na cultura particular dos grupos.TRABALHO COM O TEXTO:DESIGUALDADES ESCOLARES E DESIGUALDADES SOCIAIS TERESA SEABRAO sistema de ensino, na segunda metade do sculo XIX era completamente dual: As escolas privadas continuaram a ser frequentadas pelas classes sociais mais favorecidas e o pblico escolar das escolas pblicas eram os filhos dos trabalhadores;

Esta medida foi sendo questionada, a medida que se afirmavam os ideais de igualdade de oportunidades e se efetivando alargado a escolaridade obrigatria, garantindo o acesso de todos escola e garantindo os alunos s mesmas condies de ensino;CONTEXTUALIZANDO COM A REALIDADE BRASILEIRA: A DVIDA DA POPULAO NEGRAA realidade vivenciada pela populao negra no Brasil foi marcada pela ausncia do direito de participao significativa na vida social. Trazidos na condio de escravos durante o perodo colonial, os negros tiveram sua cidadania negada devido s duras condies de vida e trabalho impostas pelos senhores.

Na posio de trabalhadores escravizados numa economia agrria, no tinham qualquer oportunidade de acesso escolarizao formal e assistncia mdica ou judicial, comprometendo suas perspectivas de ascenso social, assim como sua prpria garantia de vida.Com as presses internas e externas ocorridas no sculo XIX exigindo o fim da escravido, representantes da elite brasileira comeam a elaborar o projeto de substituio do trabalho escravo para o assalariado.

No incio do sculo XX, um nmero significativo de famlias negras chegava aos centros urbanos em busca de oportunidade de trabalho e melhores condies de vida. No entanto, para muitos, essa migrao foi marcada pelas pssimas condies de vida nas cidades com os problemas de saneamento epidemias, falta de escolas e pelas polticas pblicas discriminatrias.ARGUMENTOS A FAVOR DA POLTICA DE COTAS* Foi a constatao da extrema excluso dos jovens negros e indgenas das universidades que impulsionou a atual luta pelas cotas. Trata-se de uma resposta do Estado brasileiro aos instrumentos jurdicos internacionais a que aderiu, como o Plano de Ao de Durban, que corrobora a adoo de aes afirmativas como mecanismo importante na construo da igualdade racial.

* Os mecanismos de excluso racial embutidos no universalismo do Estado republicano, includas a as formas de acesso universidade, levaro o pas a atravessar todo o sculo 21 como um dos sistemas universitrios mais segregados do planeta tnica e racialmente. Se essa situao perdurar, estaremos condenando mais uma gerao inteira de jovens estudantes negros a ficar fora das universidades.

* No apenas a igualdade legal que vai garantir as diferenas entre negros e ndios no Brasil. necessria a existncia de polticas afirmativas baseadas no princpio da igualdade proporcional. Ou seja, no d para tratar igualmente os desiguais. A igualdade universal dentro da Repblica no um princpio vazio, e sim uma meta a ser alcanada. As aes afirmativas so a figura jurdica criada pela ONU para alcanar essa meta.

* Para que as universidades pblicas cumpram sua funo republicana, em uma sociedade multitnica e multirracial, necessrio que ela reflita na composio de sua comunidade as porcentagens de brancos, negros e indgenas do pas.

* Estudos permitem afirmar que o rendimento acadmico dos cotistas , em geral, igual ou superior ao rendimento dos alunos que entraram pelo sistema universal nas universidades. Tais indicadores desacreditam a idia de que as universidades, ao adotarem as cotas, teriam rendimentos inferiores.

ARGUMENTOS CONTRA A DA POLTICA DE COTAS

* Se os projetos forem aprovados, a nao brasileira passar a definir os direitos das pessoas com base na tonalidade da sua pele, pela "raa". Uma poltica anti-racista tem de afirmar a no existncia de raa, a partir do princpio iluminista da igualdade poltica e jurdica do cidado.

* O vestibular uma instituio democrtica, pois no leva em considerao a raa, o sexo ou a histria escolar do candidato. A dificuldade de acesso dos negros e da populao pobre no gerada pelo vestibular, porque ele somente reflete a desigualdade acumulada por essa parcela da populao ao longo de sua histria escolar.

* Diferente de pases como a frica do Sul e os Estados Unidos, no Brasil nunca existiu um racismo institucionalizado. As desigualdades aqui, desde a libertao dos escravos, sempre se deram de maneira mais estrutural a partir das desigualdades econmicas. O problema educacional brasileiro est mais vinculado s extremas desigualdades de classe.* O principal caminho para o combate excluso social a construo de servios pblicos universais de qualidade. No caso da educao, as polticas devem ser centradas na promoo de uma escola bsica de qualidade. Isso porque os estudantes que no conseguem acessar o ensino superior, por meio do vestibular, encontram-se com defasagem no nvel de escolarizao recebida em relao queles que podem custear seu ensino, antes de ingressar na universidade.FATO SOCIAL

mile Durkheim

Toda maneira de agir fixa ou no, suscetvel de exercer sobre o indivduo uma coero exterior; ou ento, ainda que geral na extenso de uma sociedade data, apresentando uma existncia prpria, independente das manifestaes individuais que possa ter.

As maneiras de agir, de pensar e de sentir exteriores ao indivduo, dotadas de um poder de coero em virtude do qual se lhe impem.

O fato social algo dotado de vida prpria, externo aos membros da sociedade e que exerce sobre seus coraes e mentes uma autoridade que os leva a agir, a pensar e a sentir de determinadas maneiras.

O grupo possui, portanto, uma mentalidade que no idntica dos indivduos, e os estados de conscincia coletiva so distintos dos estabelecidos.

Portanto, os fenmenos que constituem a sociedade tm sua origem na coletividade e no em cada um de seus participantes, e nela que se deve buscar as explicaes para os fatos sociais e no nas unidades que a compem.

DIREITOS HUMANOS

1 CONCEITO:

Configuram defesa contra os excessos de poder, tanto o estatal como aquele exercido por entes privados, sejam pessoas naturais o jurdicas;

Consistem tambm em pauta voltada a orientar as polticas pblicas e as aes privadas;

Trata-se de um sistema internacional de proteo dignidade humana, e caracterizam-se pela transnacionalidade; DIREITOS HUMANOS

1 CONCEITO:

Configuram defesa contra os excessos de poder, tanto o estatal como aquele exercido por entes privados, sejam pessoas naturais o jurdicas;

Consistem tambm em pauta voltada a orientar as polticas pblicas e as aes privadas;

Trata-se de um sistema internacional de proteo dignidade humana, e caracterizam-se pela transnacionalidade; MARCO HISTRICO FUNDAMENTAL

II Guerra Mundial;

Atrocidades praticadas pelo Nazismo;

Tribunal de Nuremberg para julgamento dos nazistas que praticaram crimes;

Os nazistas alegavam que praticaram os crimes devido ao estrito cumprimento das leis da Alemanha nazista poca;

FUNDAMENTO AXIOLGICO DA INTERNACIONALIZAO DOS DIREITOS HUMANOS

Estabelecimento de padres jurdicos mnimos, com os quais devem se conformar os povos para o estabelecimento de proteo dignidade das pessoas;

Tal fato enseja inclusive a relativizao do conceito de Soberania Nacional; NORMA MORAL

Disciplinam aspectos ticos mais relevantes para o convvio grupal;

O seu descumprimento configura uma imoralidade (comportamento rejeitado pela sociedade);

A sano pelo descumprimento gera uma sano de natureza difusa, ou seja, pelo prprio grupo social;

Ex: Regras de etiqueta num jantar, no se vestir adequadamente para um evento social, gestos que se qualificam como falta de educao etc. NORMA MORAL X NORMA JURDICANORMA JURDICA

Disciplinam o mnimo tico, pois estabelecem os padres de conduta e os valores indispensveis para sobrevivncia do grupo social. Ou seja, uma forma do controle social;

O seu descumprimento configura uma ilicitude, que a mais grave forma de infrao social;

A sano s pode ser aplicada nica e exclusivamente pelo Estado.

Ex: Homicdio (quem comete cumpre pena de priso); Indenizao por dano moral etc.

Na atualidade, a soberania nacional continua a ser um dos pilares da ordem internacional;

Entretanto, limita-se pela obrigao de os Estados garantirem aos indivduos que esto sob sua jurisdio o gozo de um catlogo de direitos consagrados em tratados; RELATIVIZAO DO CONCEITO DE SOBERANIA NACIONALCARACTERSTICAS DO DIREITO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOSUNIVERSALIDADE;

POSSIBILIDADE DE MONITORAMENTO INTERNACIONAL;

POSSIBILIDADE DE RESPONSABILIZAO INTERNACIONAL;

INDIVISIBILIDADE;

CLASSES SOCIAIS1 CONSIDERAES:

O lugar social de cada indivduo, definido pela posio econmica que o indivduo ocupa na estrutura social, influenciando estilos de vida, escolhas pessoais, etc.

Agrupamentos de indivduos inseridos no processo de produo e partilha de interesses comuns e uma identidade

Resulta, da situao de indivduos e grupos que ficam margem da produo e consumo dos bens, servios e direitos da sociedade;

Determinam, por exemplo, o acesso ou no a boas escolas, bons hospitais, empregos privilegiados, e geram tenses, movimentos sociais e conflitos, velados ou abertos, ligados posio na estrutura social, raa, origem, gnero, origem tnica etc.DESIGUALDADES SOCIAISPara Rousseau, a origem da desigualdade entre os homens estava na propriedade privada. Ou seja, de como a sociedade distribuiu a riqueza ao longo dos anos;

Em pocas anteriores, os pensadores concebiam a desigualdade como algo natural.ROUSSEAU A ORIGEM DA DESIGUALDADE ENTRE OS HOMENSAs desigualdades sociais, por sua vez, ensejam a extratificao social, que definio rgida da posio dos indivduos, na hierarquia social;

Os critrios para definio dos estratos, toma com referncia a capacidade de compra dos indivduos agrupados ou no, na sua ocupao profissional, condies de moradia, hbitos de consumo, nveis de escolaridade, entre outros;

A funo integrar a sociedade e consolidar determinada estrutura scioeconmica;EXTRATIFICAO SOCIALMARX:

CONCEPES DE CLASSES SOCIAISSOCIEDADES INDUSTRIAIS MODERNASDUAS CLASSES PRINCIPAISBURGUESIA: DONOS DOS MEIOS DE PRODUO EXPLORAO DE MAIS-VALIAPROLETARIADO : VENDEM A FORA DE TRABALHO: PRODUZEM RIQUEZA, QUE APROPRIADA INDIVIDUALMENTEB) WEBER: FATORES DA EXTRATIFICAO

EXTRATIFICAOCLASSEPOSIO NO MERCADOSTATUSHONRA SOCIAL E PRESTGIOPARTIDOPODERC) WRIGHT

CAPITALISTAS (CONTROLE DE CAPITAL, MO-DE-OBRA E MEIOS DE PRODUOTRABALHADORES (DUPLAMENTE CONTROLADOS)CLASSE CONTRADITRIA: GERENTES E WHITE COLLARS (COLARINHOS BRANCOS)CLASSE MDIA