aula geologia do petroleo campos
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GEOLGIA DO PETRÓLEO
(Conceitos fundamentais para um sistema petrolífero)
Prof. Victor Hugo Santos
LENEP / UENF
1 - O QUE É GEOLOGIA DE PETRÓLEO?
2- ORIGEM E EVOLUÇÃO DE BACIAS SEDIMENTARES
3 – ESTRUTURAS SEDIMENATRES VS SISTEMAS DEPOSICIONAIS
4 - CONDIÇÕES FUNDAMENTAIS PARA A EXISTÊNCIA DE UM CAMPO DE
PETRÓLEO
1ª) Rocha Geradora
2ª) Rocha Reservatório
3ª) Rocha Selante (capeadora)
4ª) Armadilha (trap)
5ª) Migração
6ª) Sincronismo (timing)
ELEMENTOS DE GEOLGIA DE PETRÓLEO
(Conceitos fundamentais para um sistema petrolífero)
GEOLOGIA DO PETRÓLEO
• É a ciência que explica o porque da ocorrência do hidrocarboneto em
determinada localidade.
• A linha temática "Geologia do Petróleo" oferece ao aluno a oportunidade de
desenvolver projetos voltados para a exploração e desenvolvimento E&P.
• Estimula a prática da integração de dados de superfície e sub-superfície.
• Inclui estudos sedimentológicos, estratigráficos, de geologia estrutural
(tectônicos), geoestatística, petrologia sedimentar, bioestratigrafia e
paleoecologia.
Sedimentação e Estratigrafia
Formação de Bacias;
Tectônica e sedimentação;
Traps estruturais para acumulações petrolíferas
Localizar principais Armadilhas, condutos, em um campo petrolífero;
Feições estruturais de bacias brasileiras intracontinentais e marginais;
IMPORTÂNCIA PRÁTICA NOS ESTUDOS DA
GEOLOGIA DO PETRÓLEO NO SISTAMA PETROLÍFERO
ORIGEM E EVOLUÇÃO DE BACIAS SEDIMENTARES
• BACIAS SEDIMENTARES As bacias sedimentares (indispensáveis
para o processo de formação do petróleo) são depressões na crosta
terrestre, para onde são carreados e acumulados os detritos
(sedimentos) de rochas mais antigas, substâncias químicas e
matéria orgânica, de origem animal e vegetal.
• Vinculada aos processos termodinâmicos relacionados com
movimentação das placas tectônicas.
• Bacias Sedimentares são o produto da compensação
(subsidência/soerguimento) de situações de desequilíbrio
(mecânicas/termais) na distribuição de massa na litosfera.
• Petróleo só pode ser encontrado em condições bem específicas de formação, em
Bacias Sedimentares. Abaixo mapa mundial de Bacias Sedimentares:
DISTRIBUIÇÃO DO PETRÓLEO: ESPAÇO E TEMPO
Fonte: http://www.glossary.oilfield.slb.com/DisplayImage.cfm?ID=15
Bacias Onshore
Bacias Offshore
GEOLOGIA ESTRUTURAL
IMPORTÂNCIA PRÁTICA NOS ESTUDOS
Formação de Bacias – Tipos - Gênese
1.Placa Africana
2.Placa da Antártida
3.Placa Australiana
4.Placa Euroasiática
5.Placa do Pacífico (rodeada pelo
Círculo de Fogo do Pacífico)
6.Placa Norte-americana
7.Placa Sul-americana
TECTÔNICA DE PLACASUma placa tectônica é uma porção de litosfera
limitada por zonas de convergência e/ou zonas
de subducção. Atualmente, a Terra tem sete
placas tectônicas principais e 16 sub-placas de
menores dimensões.
Placas menores
1.Placa da Anatólia
2.Placa Arábica
3.Placa Caribeana
4.Placa da Carolina
5.Placa de Cocos
6.Placa Helénica
7.Placa Indiana
8.Placa Indo-australiana
9.Placa Iraniana
10.Placa Juan de Fuca
11.Placa de Nazca
12.Placa das Filipinas
13.Placa da Somália
14.Placa de Scotia
15.Placa de Sunda
16.Placa de Tonga
Tectônica de placas - DINÂMICA DA TERRA
Exemplos de composição média de rochas ígneas consolidadas a partir
de magmas graníticos andesíticos e basálticos (valores em % em peso)
Crosta oceânica
Vs
Crosta Continental
DINÂMICA DA TERRA
A crosta oceânica (B), mais pesada, se afunda debaixo da crosta continental (A)
mais leve. Este processo provoca o dobramento da crosta continental (1), fusão da
placa gerando magmas (2) que produzem erupções vulcânicas (3). O movimento
relativo de ambas placas da origem a terremotos superficiais e profundos (4).
MOVIMENTOS DE TECTÔNICA DE PLACAS CONVERGENTES
(Zonas de subducção)
As placas divergentes (A) se separam como conseqüência da ascensão de
material (C) procedente do manto (B), formando nova crosta nas dorsais
oceânicas (D) o rift continentais.
MOVIMENTOS DE TECTÔNICA DE PLACAS DIVERGENTES
(Zonas de Dorsais oceânicas)
Formação de Bacias e a importância da geologia estrutural Um exemplo da plat.
Sulamericana e Africana
Fase Rifte (quebra dos continentes) 130 a 115 milhões de anos
Estágio 1 - Início da quebra do continente, por meio de falhas
geológicas (fraturas com movimento), com freqüentes derrames de
lavas
Estágio 2 - Continuidade da ação das falhas gerando depressões
que formam profundos lagos. O ambiente com pouco oxigênio
preservou a matéria orgânica nos sedimentos.
Fase transicional -115 e 112 milhões de anos
Estágio 3 - Afastamento dos dois novos continentes e formação de
um grande golfo com águas muito salinas. Grandes depósitos de sal,
chamados evaporitos, foram formados por precipitação.
Fase Oeanização -112 milhões de anos - Atual
Estágio 4 - Um novo oceano foi gerado, ainda raso e quente, com
grande atividade de organismos (algas, conchas e corais). Início de
geração das rochas do fundo oceânico e os dois novos continentes
se separam progressivamente.
Estágio 5 - Oceano bem desenvolvido e profundo abriga os
sedimentos vindos do continente.
ESTAGIO 1
ESTAGIO 2
ESTAGIO 3
ESTAGIO 4
ESTAGIO 5
http://www.drm.rj.gov.br/item.asp?chave=137
Fase Rifte (quebra dos continentes) 130 a 115 milhões
de anos
Estágio 1 - Início da quebra do continente, por meio de
falhas geológicas (fraturas com movimento), com
freqüentes derrames de lavas
Estágio 2 - Continuidade da ação das falhas gerando
depressões que formam profundos lagos. O ambiente
com pouco oxigênio preservou a matéria orgânica nos
sedimentos.
Fase transicional -115 e 112 milhões de anos
Estágio 3 - Afastamento dos dois novos continentes e
formação de um grande golfo com águas muito
salinas. Grandes depósitos de sal, chamados
evaporitos, foram formados por precipitação.
Fase Margem passiva -112 milhões de anos - Atual
Estágio 4 - Um novo oceano foi gerado, ainda raso e
quente, com grande atividade de organismos (algas,
conchas e corais). Início de geração das rochas do
fundo oceânico e os dois novos continentes se
separam progressivamente.
Estágio 5 - Oceano bem desenvolvido e profundo
abriga os sedimentos vindos do continente.
FASE PASSIVA
Tectônica e sedimentação
FASE RIFT
FASE TRANSICIONAL
Traps estruturais para acumulações petrolíferas
Localizar principais Armadilhas, condutos etc, em um campo petrolífero;
IMPORTÂNCIA PRÁTICA NOS ESTUDOS DA GEOLOGIA ESTRUTURAL
In: Structural style nad the habitat of hydrocarbons in the North sea
Stewart et al., 1992
Principais processos que contribuem para a formação dos grupos mais
importantes de rochas sedimentares e o ciclo sedimentar.
Tabela 3.1: Tabela de classificação dos principais ambientes deposicionais com os sistemas e subsistemas correspondentes. (modificado por Galloway & Hobday, 1983).
Ambiente deposicional
Sistema deposicional Subsistema deposicional
Leques aluviais
Rios entrelaçados Fluvial
Rios meandrantes
Desértico
Lacustre
Continental
Glacial
Planície deltaica
Frente deltaica Deltaico
Prodelta
Praial
Estuarino ou lagunar
Transicional
De planície de maré
Plataforma continental Nerítico
Recifes orgânicos
Talude continental Marinho
Oceânico Fundo oceânico
Classificação dos ambientes típicos das rochas geradoras,
reservatório e selantes do sistema petrolífero
www.uc.pt/fossil/pags/sedime.dwt
ESTRUTURAS SEDIMENTARES VS SISTEMAS DEPOSICIONAIS
ESTRUTURAS SEDIMENTARES
1. Fatores condicionantes do ambiente
de sedimentação
2. Meio de deposição
3. Energia das correntes e ondas
4. Assembléia de estruturas sedimentares
5. Chave para a interpretação ambiental
da rocha que se estuda para
exploração de hidrocarboneto
ONDE E COMO ESTUDAR AS ESTRUTURAS
SEDIMENTARES?
Afloramentos – Escarpas, pedreiras, barrancos de rios,
cortes de estradas
Testemunhos – longitudinais e transversais
Amostras de mão
Lâminas em microscópio ou Lupa
é o ramo da geologia que estuda as seqüências de camadas de
rochas, buscando determinar os processos e eventos que as
formaram. A estratigrafia inclui dois subcampos, a litoestratigrafia e
bioestratigrafia. A primeira se baseia na análise das propriedades
físicas e químicas das rochas; a segunda, no estudo das evidências
fósseis gravadas nas rochas. A partir das descobertas nessas duas
áreas, criou-se uma escala de tempo geológico, que serve de
referencial temporal não só à geologia como também à paleontologia.
Unidades estratigráficas correspondem à caracterização
hierarquizada de unidades geológicas com base em características
litológicas, físico-químicas e/ou cronológicas
O QUE É ESTRATIGRAFIA
“Conjunto de estratos que constituem uma unidade, por estar
composto predominantemente por um certo tipo litológico ou de
uma combinação de tipos litológicos, ou por possuir outras características
litológicas importantes em comum, que sirvam para agrupar os estratos”.
É a única unidade litoestratigráfica formais de divisão de uma coluna
estratigráfica completa;
Não há um limite para determinação de uma formação, que pode varias de
métricas e kilométricas;
A Formação como unidade fundamental
Definição de Unidades Formais
“Formações”
Unidades litoestratigráficas de intervalos diferentes
As normais internacionais de nomenclaturas estabelecem a
possibilidade (não obrigação) de poder agrupar as formações em lotes
de dois ou mais, sendo consecutivas, que apresentam litofácies, em
seu conjunto, diferentes de outros possíveis conjuntos;
Sepergrupo Grupo Subgrupo
Formações
Membros
Este termo se aplica a estratos cuja a espessura pode variar desde centímetro a
poucos metros com características litológicas muito peculiares, facilmente
diferenciaveis (ex. níveis carbonosos, capa de óxido de ferro, intercalações
carbonáticas, etc)
Bacia do Espirito Santos
CONDIÇÕES FUNDAMENTAIS PARA A EXISTÊNCIA DE UM
CAMPO DE PETRÓLEO
BACIA SEDIMENTAR
1ª) Rocha Geradora
2ª) Rocha Reservatório
3ª) Rocha Selante (capeadora)
4ª) Armadilha (trap)
5ª) Migração
6ª) Sincronismo (timing)
MATÉRIA ORGÂNICA
•folhelhos, argilitos, calcáreos
Sem Ela não há petróleo!
Principais parâmetros p/ classificação: Plantas terrestres
- quantidade de MO (COT)
- qualidade da MO (tipos de MO)
-temperatura Plantas Marinhas
-Maturação (reações bioquímicas e químicas)
QUEROGÊNIO (modificações devido à temperatura e à pressão)
PETRÓLEO OU GÁS
Rocha Geradora
Querogênio é a parte
insolúvel da matéria orgânica
modificada por ações
geológicas. De acordo com o
tempo geológico.
Rocha GeradoraObservações importantes para se considerar uma rocha geradora:
Teores médio de MO:
Folhelhos - Iguais ou superiores a 1% de carbono orgânico
Calcários – entre 0,2 e 0,4%
Qualidade da Matéria Orgânica
Amorfa ou Tipo I Subcoloidal, algas microscópicas e bactérias
“MO ADEQUADA PARA A GERAÇÃO DE HC”
Leptinítica ou Tipo II - esporos e polens, cutículas vegetais,algas,
dinoflagelados,acritarcas, etc
Lenhosa - Tipo III - Vitrinita e Inertinita
Temperatura adequada para a geração (maturação adequada)
Tipos de Querogênio
Querogênio tipo I –
correspondendo por sua composição ao
melhor tipo de matéria orgânica para a
geração de hidrocarbonetos líquidos e
gasosos;
Querogênio tipo II – mas aindaadequado à formação de grandes volumes
de hidrocarbonetos;
Querogênio tipo III - compatívela geração de gás, mesmo assim com um
potencial de geração bem inferior aos do
tipo I e II.
Querogênio tipo IV - engloba matériaorgânica oxidada, não possuindo qualquer
potencial de geração de óleo ou gás.
hidrogênio oxigênio
hidrogênio
oxigênio
Matéria orgânica amorfa ou Tipo I
Matéria orgânica sem forma própria, parecendo fragmentos de
esponja. Normalmente é derivada de matéria orgânica
sapropelítica. Quando de sua deposição tem elevado valor de
H/C, normalmente superior a 1,5. Nesta condição, quando
submetida à luz ultra-violeta incidente apresenta intensa
fluorescência variando do amarelo esverdeado ao amarelo
alaranjado;
Rocha Geradora
Quando de sua „deposição tem um valor inicial de H/C ao redor de
1,0 a 1,5. A fluorescência é menos intensa que a amorfa, com
coloração alaranjada, quando submetida à luz ultra-violeta
incidente
Matéria Orgânica Leptinítica ou Tipo II
Pólen e espóros
Dinoflagelados
Rocha Geradora
Acritarcas Quitinozoários
Foraminíferos
Matéria Orgânica Leptinítica ou Tipo II
Radiolárias
Diatomáceas
silicoflagelados
Matéria Orgânica Leptinítica ou Tipo II
Rocha Geradora
Matéria Orgânica Lenhosa ou Tipo III
O grupo da vitrinita se distingue por apresentar ainda algum valor
residual para a relação atômica H/C, podendo gerar
hidrocarbonetos gasosos, enquanto que a inertinita apresenta uma
relação H/C nula, sendo uma matéria orgânica inerte, não gerando
nenhum hidrocarboneto. A vitrinita tem sido utilizada para a medida
da paleotemperatura máxima a que esteve submetida à matéria
orgânica, a exemplo do que se realiza na pesquisa do carvão;
Rocha Geradora
AL
L
L
H
H
Matéria Orgânica de rochas sedimentares
observadas ao Microscópico
(A) Amorfa ou Tipo I
(H) Herbácea ou Tipo II
(L) Lenhosa ou Tipo III
Rocha Geradora
Rocha GeradoraMaturação da matéria orgânica
A transformação de querogênio em petróleo, conforme já
assinalado, se deve, principalmente a fenômenos termoquímicos;
“Refere-se à paleotemperatura máxima a qual determinada
rocha foi submetida durante sua história geológica”
Rochas imaturas – as condições termoquímica foram
inadequadas à geração de quantidades significativas de petróleo
(metano de origem bioquímica);
Rochas maturas – as condições termoquímicas foram adequadas
à geração de quantidades sustâncias de petróleo;
Rochas senis – a paleotemperatura máxima foi excessiva, tendo
destruido petróleo liquido eventualmente gerado (somente produz
metano);
Rocha GeradoraMétodos para determinar o grau de maturação da matéria orgânica
1. Índice de Alteração Térmica (IAT) – Coloração da matéria
orgânica principalmente pólens e esporos, quanto mais escuros
maior a temp. máxima alcaçada;
Amarelo claro Laranja Marron claro Marron escuro Negro
IMATURA MATURA SENIL
2. Reflectância da vitrinita (Ro%) – O brilho dessas partículas é
proporcional à paleotemperatura máxima a qual fora
submetidas;
(Ro%) < 0,6 topo da zona matura ou limite superior zona imatura
(Ro%) >0,6% e < 1,35% Zona Matura
(Ro%) = 1,35 topo da zona senil
3. PIRÓLISE ROCK-EVAL - cuja interpretação fornece resultados
para se avaliar a qualidade da rocha, se geradora ou não e
sua potencialidade de geração;
Rocha GeradoraMétodos para determinar o grau de maturação da matéria orgânica
Temperatura entre 250 a 390º
ROCHA RESERVATÓRIO
CONDIÇÕES FUNDAMENTAIS PARA A EXISTÊNCIA DE UM
CAMPO DE PETRÓLEO
BACIA SEDIMENTAR
1ª) Rocha Geradora
2ª) Rocha Reservatório
3ª) Rocha Selante (capeadora)
4ª) Armadilha (trap)
5ª) Migração
6ª) Sincronismo (timing)
Definição R.Reservatório
Principais tipos de Reservatório
Principais Parâmetros
Diagênese vs Qualidade do Reservatório
ROCHA RESERVATÓRIO
Toda rocha com adequadas características permo-
porosas onde se acumulam os HC após a geração
e a migração.
PODEM SER:
• 59 % ARENÍTICOS
• 40 % CALCARENITOS E DOLOMITOS
• 1 % OUTROS (Rochas Fraturadas)
DEFINIÇÃO DE ROCHA RESERVATÓRIO
Eólicos(melhores)
Fluviais
Turbidíticos
Deltaicos
1) Areníticos
2) Rochas Carbonáticas• Recifes bioconstituídos/detríticos
• oncolíticos
• fraturados
Melhores Reservatórios Crabonáticos
• Grain Stone não tem matriz
(Dunhan) não contém lama
• Calcarenitos espáticos
oolíticos
• Ooesparito (Folk)
3) Outras
• Folhelhos calcíferos
• Ígneas, metamórficas sob condições especiais de fraturas
interconectadas
Ex.: Basalto vesicular fraturado do Campo de Badejo, xisto
fraturado do Campo de Carmópolis e tb CGL)
Porosidade e permeabilidade
A porosidade, representada pela letra grega () – Fí, é definida como a
percentagem (em volume) de vazios de uma rocha. Na maioria dos
reservatórios a porosidade varia de 10 a 20%.
A porosidade absoluta corresponde ao volume total de vazios, enquanto
a porosidade efetiva se refere apenas aos poros conectados entre si.
-de 0 a 5% = Insignificante
-de 5 a 10% = pobre
-de 10 a 15 = regular
-de 15 a 20 = boa
-> 20 = muito boa
Principais Parâmetros
• Porosidade Primária:
É a que se desenvolve durante a deposição, controlada por:
ambiente deposicional, seleção e natureza das partículas.
• Porosidade Secundária:
Desenvolve-se após a deposição da rocha, controlada por:
compactação, dissolução, cimentação, precipitação, i.e,
pela diagênese e fraturamento.
Porosidade em R. Carbonáticas
É função de:
• Conteúdo fóssil
• Fraturas
• Dissolução,
• Teor de Dolomitização
• Recristalização
• Teor de Argila
• Planos de Acamamento
Porosidades Médias de R. Produtores
• 10 a 35% (para óleo)
• 5 a 35% (para gás)
• Raramente 3% (Reserv. Fraturados da FM Lagoa Feia)
Permeabilidade (k) é a propriedade de transmitir fluidos, onde
normalmente é expressa em Darcy (D) ou milidarcys (md). (1 darcy = 1
x 10-12.m2). A permeabilidade é usada para calcular taxas de fluxo
através da lei de Darcy.
<1md Baixa
1 – 10 Regular
10 – 100 Boa
100 – 1000 Muito boa
> 1000 Excelente
vazão Q é determinada e a viscosidade (µ)
conhecida. Os manômetros fornecem a diferencial de
pressão (∆P). A área (A) e o comprimento (L).
OS PROCESSOS DIAGENÉTICOS MAIS IMPORTANTES SÃO:
cimentação dissolução
A cimentação quando em pequenas proporções pode serfavorável, uma vez que previne a produção de grãos deareia junto com o óleo. Quando em elevada proporção, acimentação pode obliterar completamente a porosidadeoriginal, reduzindo a permeabilidade a praticamente zero. Cimentos mais comuns em arenitos:
Calcita, o quartzo e as argilas autigênicas (caolinita, ilita emontmorilonita).
Em rochas carbonáticas os efeitos da diagênese são mais
importantes, uma vez que a calcita é menos estável do que o
quartzo.
Diagênese vs Qualidade do R.
A diagênese também pode alterar completamente as característicaspermoporosas originais de uma rocha reservatório.
DIAGÊNESE DE ARENITOS DA FORMAÇÃO PIRAMBÓIA NO CENTRO-
LESTE PAULISTA
Maria Rita CAETANO-CHANG & WU Fu Tai / São Paulo, UNESP, Geociências, v. 22, N. Especial, p. 33-39, 2003
http://jasper.rc.unesp.br/revistageociencias/22_especial/3.PDF#search=%22diag%C3%AAnese%20reservat%C3%B3rio%22
Intensa infiltração mecânica de argila. Observar as finas palhetas de argila
dispostas tangencialmente à superfície dos grãos detríticos. Nicóis cruzados.
Altura da foto: 2,0 mm
CONDIÇÕES FUNDAMENTAIS PARA A EXISTÊNCIA DE UM
CAMPO DE PETRÓLEO
BACIA SEDIMENTAR
1ª) Rocha Geradora
2ª) Rocha Reservatório
3ª) Rocha Selante (capeadora)
4ª) Armadilha (trap)
5ª) Migração
6ª) Sincronismo (timing)
Definição de Rocha selante
-Atendidas as condições de geração, migração e reservatório,
- acumulação do petróleo, alguma barreira se interponha no seu caminho.
- baixa permeabilidade.
- plasticidade
- A eficiência selante de um rocha não depende só de sua espessura mas também de sua extensão.
Classes de Rochas Selantes
• Duas Importantes classes de rochas selantes são :
os folhelhos mais comuns
evaporitos (sal) mais eficientes
Mas outros tipos de rochas também podem funcionar como
tal.
Dinâmica da AcumulaçãoExpulso da rocha geradora e fluindo pelos poros das rochas
reservatório, o petróleo tende a chegar à superfície, só não o
fazendo se houver, sobre a rocha porosa, uma camada
impermeável. Esta camada, que pode ser a própria geradora do
petróleo, é de fundamental importância. A ela dá-se o nome de
rocha capeadora.
Ilustração de dois tipos de reservatórios, um associado com uma
estrutura capeadora do tipo convexo (anticlinal) e outro com um
deslocamento linear (falha geológica).
1000
2000
4000
6000
Fundo do mar
Janela de sal
SAL (selo)
3000
SAL (selo)
Rochas geradoras
Campo A Campo B Campo DCampo C
Pro
f. (
m)
Rochas sedimentares pós-sal
Dinâmica do Sistema Petrolífero do Pré-Sal
2200
3000
5000
7000
Pro
f. (
m)
Fundo do mar
Topo do sal
SAL (selo)
Reservatório
Rochas geradoras
Rochas sedimentares pós-sal
Campo A Campo B Campo C
Dinâmica do Sistema Petrolífero do Pré-Sal
Folhelho
Folhelho Siltoso
Evaporitos (halita)
Relação: Trapa x R.Selante
Para que seja possível a formação de uma jazida petrolífera, é fundamental que a formação da trapa seja contemporânea ou anteceda a geração e migração do petróleo.
CONDIÇÕES FUNDAMENTAIS PARA A EXISTÊNCIA DE UM
CAMPO DE PETRÓLEO
BACIA SEDIMENTAR
1ª) Rocha Geradora
2ª) Rocha Reservatório
3ª) Rocha Selante (capeadora)
4ª) Armadilha (trap)
5ª) Migração
6ª) Sincronismo (timing)
MARAVILHA
Tipos de Trapas Estruturais
Definição de Trapa• São situações geológicas em que o arranjo espacial de rochas
reservatório e selante possibilita a acumulação de petróleo.
Tipos de Trapas Estruturais:
As trapas estruturais são aquelas cuja geometria é o resultado de atividade tectônica, estando relacionadas a falhas, dobras ou diápiros.
i) Dobras (anticlinais)
ii) Associadas a falhas
iii) Associadas ao Diapirismo
iv) Combinada Falha/Dobra
v) Inconformidade
Tipos de Trapas estratigráficas:
São aquelas resultantes devariações litológicas, podendo serde origem deposicional (ex: recifes,lentes de arenitos, etc).
i) Deposicionais (ou Primárias)
ii) Associadas a Inconformidades
iii) Diagenéticas (ou Secundárias)
MISTAS ou COMBINADAS
Mais exemplos de Trapas Estruturais
Mais exemplos de Trapas Estruturais
CONDIÇÕES FUNDAMENTAIS PARA A EXISTÊNCIA DE UM
CAMPO DE PETRÓLEO
BACIA SEDIMENTAR
1ª) Rocha Geradora
2ª) Rocha Reservatório
3ª) Rocha Selante (capeadora)
4ª) Armadilha (trap)
5ª) Migração
6ª) Sincronismo (timing)
Migração
•Migração Primária;
•Migração Secundária;
•Migração Terciária
O processo de expulsão do petróleo das rochas geradoras,
fator essencial para a formação das acumulações comerciais,
é denominado de migração primária.
Migração Primária
FORMAÇÃO DE HC
PRGRESSIVA COMPRESSÃO
AUMENTO DE PRESSÃO
Formação de microfraturas e o deslocamento
de fases discretas de hidrocarbonetos
GRADIENTE DE PRESSÃO(geradora e camadas adjacentes)
Migração Primária• Ex: Formação La Luna, Bacia de Maracaibo, Venezuela
Migração: esquema
Curiosidades sobre Migração Secundária
• Distâncias horizontais de migração muito longas têm sido
documentadas em algumas bacias. Na Bacia de Alberta,
Canadá, houve migração de óleo de mais de 400 Km.
• Em outros casos, a direção dominante de migração é
vertical, acompanhando falhas ou sistemas de fraturas, tais
como algumas acumulações do Mar do Norte.
Migração Terciária
• Migração Terciária
– Formada por rearrumação estrutural (surgimento de novas
falhas) e porosidades criada por diagênese.
CONDIÇÕES FUNDAMENTAIS PARA A EXISTÊNCIA DE UM
CAMPO DE PETRÓLEO
BACIA SEDIMENTAR
1ª) Rocha Geradora
2ª) Rocha Reservatório
3ª) Rocha Selante (capeadora)
4ª) Armadilha (trap)
5ª) Migração
6ª) Sincronismo (timing)
Relações Temporais e Considerações Finais
Dentre as condições para a geração de petróleo, destaca-se a
grande importância da sincronia nos eventos que estão
correlacionados. (Timing)
É importante que quando um óleo passe a ser expulso da rocha
geradora ele encontre um reservatório selado para ser
abrigado.
Caso não encontre uma boa armadilha esse óleo pode migrar
até a superfície, caracterizando exsudações.
Caso seja trapeado a uma profundidade grande (o que implica
em alta temperatura), este óleo pode se transformar todo em
gás.
Caso seja trapeado a uma baixa profundidade (o que implica
em baixa temperatura), a matéria orgânica pode não vir a
maturar.
Relações Temporais• Uma das melhores maneiras de se representar a seqüência de
eventos de um sistema petrolífero é através de uma carta de
eventos (The Petroleum System, Magoon & Dow, 1994).
Geólogo Geólogo é como a Ilha de Caras: a gente sabe que
existe, mas poucos privilegiados conhecem.
Parece que se trata de uma espécie meio
alienígena, que usa um dialeto todo especial.
Conseguem ver, nas pedras, coisas que os demais
mortais nem sonham - isso, antes
de tomar umas cervejas. Depois, então...
São tão bons em inventar histórias que acabam por
acreditar nelas e, com suas mentiras, convencem os
homens do dinheiro a gastar milhões só pra abrir
buracos. O mais incrível
é que acabam achando ouro, petróleo, pedras
preciosas e minérios simplesmente manipulando uns
poucos lápis de cor.
Vivem em bando nos acostamentos das estradas,
batendo em pedras indefesas com martelos
especiais, que só eles sabem onde comprar.
Vivem tirando fotos de pedras e lugares que só eles
podem explicar o que significam.
São pais corujas e maridos desligados.
Geólogos gostam de cozinhar; geólogas, não.
Costumam ser personagens desonestos nos filmes e
novelas, mas isso é pura inveja dos roteiristas.
P.S.: vocês identificaram alguém dentro destas
descrições??