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TÉCNICAS DE ANESTESIA LOCORREGIONAL EM GRANDES ANIMAIS
ANESTESIA POR INFILTRAÇÃO- Somente são necessárias uma agulha e uma seringa
- Delimitar o local da infiltração
- Aspirar antes de injetar (para evitar injeções intravasculares)
- Aplica-se aproximadamente 1 ml de anestésico por cada cm de longitude
- Técnica
* primeiro fazer o botão
* introduzir a agulha
* puxar a agulha injetando o anestésico simultaneamente
- Para infiltrar várias camadas de tecido* injeta-se primeiro no tecido subcutâneo
* depois se avança a agulha e se injeta nos tecidos profundos
ANESTESIA POR INFILTRAÇÃO
Botão anestésico Bloqueio incisional
Bloqueio em anel Anestesia infiltrativa profunda
ANESTESIA POR
INFILTRAÇÃO
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ANESTESIA REGIONAL INTRAVENOSA (Bier)- Técnica
1. Cateterização de uma veia
2. Bandagem de Esmarch e torniquete3. Injeção do anestésico local (2-3 ml cães e 10-30 ml em grandes animais)
4. Latência ���� 15 minutos5. Injetar o mais distalmente possível (não usar adrenalina nem bupivacaína)
- Boa analgesia e sangramento mínimo ou ausente
- Possív eis complicações
* Arritmias e até parada cardíaca (colocação inadequada do torniquete)
* Falha no bloqueio (torniquete ou exsangüinação inadequados)
* Colapso após remover o torniquete (liberação de toxinas)
* Lesões x isquemia (manter o torniquete máximo 1 – 1,5 horas)
- Usada freqüentemente em bovinos e com menor freqüência em cães para amputação de dígitos
- Lidocaína a 1 ou 2% sem vasoconstritor, não se usa bupivacaína
ANESTESIA REGIONAL INTRAVENOSA (Bier) ANESTESIA REGIONAL
- Ocasionada pelo bloqueio de nervosespecíficosque inervamumaárea determinada
- Por exemplo: os bloqueios dos nervosda cabeça e os bloqueiosparavertebrais
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INFILTRAÇÃO EM “L” INVERTIDO- Dessensibiliza as regiões caudal e ventral à infiltração
- Infiltra-se uma linha caudal à última costela e outra ventralmentedesde a última costela até a 4ª vértebra lombar
- Usar uma agulha 40x12 e entre 100 e 250 ml de lidocaína a 2%
- Similar ao bloqueio por infiltração linear
- Vantagens* Sem edema, hematoma, distorção da ferida nem interferência com a cicatrização
- Desvantagens* Requer um volume grande * ↑↑↑↑ tempo para a infiltração* Analgesia incompleta (camadas profundas principalmente peritônio)
ANESTESIA PARAVERTEBRAL
- Bloqueio dos nervos espinaisperto do forame intervertebral
- Teoricamente pode ser realizada em todas as espécies e em
qualquer lugar da coluna, mas é mais usada em ruminantes na
região lombar
- Fornece analgesia e relaxamento muscular da área inervadapelos nervos bloqueados
- Técnica fácil e quase sempre efetiva
- Somente é difícil em animais grandes emusculosos
Bloqueio paravertebral proximal (Farquharson, Hall ou Cambridge)
- Realização de laparotomiasem pé (cesárea, ruminotomia, cecotomia)
- Locais de inj eção ���� cranial aos processos transversos de L1, L2 e L3
- Ramos ventrais e dorsais dosnervos espinhais T13, L1e L2
- São usados 20 ml ���� sendo 15parao ramo ventral e 5 para o dorsal
- Agulhas longas (150x15) e latência de 10 minutos
- Indicadores de sucessono bloqueio* Analgesia da pele* Escoliose para o lado dessensibilizado (paralisia dos músculos)* Aumento da temperatura da pele (vasodilatação)
- Duração da analgesia���� aproximadamente 90 minutos.
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- Inserir a agulha até tocar o processo transverso
- Recuar e re-introduzir a agulha cranialmente até atravessar oligamento intertransverso e depositar 15 ml de anestésico (não háresistência)
- Retirar a agulha até ficar logo acima do ligamento e inj etar mais 5ml (há um pouco de resistência)
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-Vantagens* Anestesia completa de pele, músculose peritônio* Não se necessita contenção química* É utilizado pouco anestésico local* Evita-se o local da incisão
- Desvantagens* Difícil execução em animais obesosou bem condicionados* Escoliose e arqueamento devido àparalisia muscular* Anestesia de vísceras abdominais
- Complicações* Penetração da aorta ou da veia torácia longitudinal (lado esquerdo) ouda veia cava (lado direito)
* Perda do controle motor por migração caudal do anestésico (bloqueiode L3)
Bloqueio paravertebral distal (Magda, Cakala ou Cornell)
- As mesmas indicações do bloqueio proximal
- Os ramos ventral e dorsal de T13, L1 e L2 são bloqueadoslateralmente aos processos transversos de L1, L2 e L4,respectiv amente
- Agulha 18G (40x12), 15 ml para o ramo ventral e 5 para o dorsal
- A latência também é de 10 minutos
- Inserir a agulha ventralmente ao processo transverso, inj etar 15 mlcom mov imentos laterais
- Recuar a agulha e posiciona-la dorsalmente, injetar mais 5ml
- Sem escoliose, nem risco de perfuração de vasos
- Variações anatômicas���� ineficácia da técnica
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ANESTESIA PARA DESCORNA
- Dessensibiliza o corno ea base do corno
- Anestesia do ramo cornual do zigomático temporal (lacrimal) ramodo trigêmeo
- Na borda temporal, a 2 cm da base do corno, a 1 – 2,5 cm deprofundidade. Palpar a borda latero-temporal do osso frontal, entreos músculos frontal e temporal
- Agulha 25x12 ou 30x12 (18G)
- 5 a 10 ml de lidocaína
- Complementar com bloqueio em anel
ANESTESIA DAS PÁLPEBRAS EM BOVINOS
ACINESIA
- Bloqueio do ramo palpebral do nervo facial
- Palpável no arco zigomático, anteriormente à base dos músculos auriculares
- Agulha 25 x 6 ou 30 x 7
- 5 – 10 ml de anestésico (lidocaína a 2%)
ANESTESIA
- Bloqueio infiltrativo subcutâneo
- Circunferência 0,5 mm dorsal e ventralmente à margem das pálpebras
- Agulha 25 x 6 ou 30 x 7
- 10 ml de anestésico (lidocaína a 2%)
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NERVOS ENVOLVIDOS
- Bulbo, conjuntiva, 3ª pálpebra, parte das pálpebras � ramo oftálmico do trigêmeo
- Músculos extra-oculares � fibras motoras do troclear, abducens e oculomotor
- Nervos oculomotor, troclear, abducens e ramos oftálmico e maxilar do trigêmeo emergem do forame rotundo
BLOQUEIO RETROBULBAR EM BOVINOS
INDICAÇÕES
- Enucleação
- Cirurgia ou radioterapia em animais com carcinoma de células escamosas
TÉCNICA
- Agulha 18G de 18 cm curvada
- Pode ser feita a penetração superior, inferior, medial ou lateralmente
- Proteger o bulbo do olho com o dedo indicador
- Medial � no fórnix conjuntival cranial à membrana nictitante, dorsomedial ao dedo
- 15 ml de lidocaína lentamente na medida que se avança a agulha
ESTRUTURAS DESENSSIBILIZADAS
- Nervo óptico, músculos elevadorpalpebra l, reto medial, reto dorsa l, retoventral, ob líquo inferior, oblíquo superior,músculos retrator es, reto latera l eorbicular
COMPLICAÇÕES
- Hemorragia orbitária
- Aumento da pressão no bulbo do olho
- Penetração do bulbo
- Lesão do nervo óptico
- Estimulação do reflexo oculocardíaco
- Inj eção no espaço subaraquenóide (morte)
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BLOQUEIO DE PETERSON
TÉCNICA
- Dessensibilização da pele com 5 ml de lidocaína
- Agulha guia introduzida anterior e ventralmente
- Agulha 18G x 12 cm
- Cabeça estendida ossos frontais e nasais paralelos ao chão
- Avançar a agulha 7,5 – 10 cm
- Aspirar e injetar 15 ml de anestésico local
IMPORTANTE
- Requer mais habilidade do que o retrobulbar
- Mais seguro e efetivo se realizado adequadamente (?)
- Menor edema e inflamação do que a infiltração das pálpebras e órbita
- Menor risco de hemorragia, penetração, pressão no bulbo, lesão do nervo óptico e injeção subraquenóide
ANESTESIA REGIONAL NA CABEÇA (EQÜINOS)Anestesia da pálpebra superior e da testa
* Nervo supra-orbitário* Agulha 25x6 e 5 ml de lidocaína a 2%
* Forame supra-orbitário 5 cm acima do canto lateral do olho* Inserir a agulha 1,5 cm, injetar 2 ml, retirar lentamente e injetar 1 ml e mais2 ml na saída do forame no subcutâneo
SS
Acinesia das pálpebras* Paralisia do músculo orbicular (sem analgesia)* Nervo aurículo-palpebral
* Agulha 25x6 e 5 ml de lidocaína a 2%* Inserir a agulha na depressão caudal à mandíbula ventralmente à partetemporal do arco zigomático
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Nervo infra-orbitário* Lábio superior, narina, teto da cavidade nasal, pele rostral
* Agulha 25x6 e 5 ml de lidocaína a 2%* No meio do caminho entre o vértice naso-maxilar e a crista facial, retirar omúsculo elevador superior do lábio
ANESTESIA PARA CASTRAÇÃO
1ª Técnica* São injetados de 20 a 30 ml de anestésico em cada testículo* Latência 10 minutos
2ª Técnica* Anestesia percutânea do cordão espermático* Injetar o mais próximo possível do anel inguinal externo* Agulha 30x8 e 20 – 30 ml de lidocaína a 2% com movimentos laterais* Não transfixar pele, veia nem artéria espermática* Infiltrar a pele do escroto com 5 – 10 ml de lidocaína antes da incisão* Repetir no outro cordão espermático* Técnica menos efetiva do que a injeção intra-testicular
3ª Técnica* Injeção através do testículo dirigindo-se ao cordão espermático* Agulha longa (15 cm) e 30 ml de lidocaína a 2%* Infiltrar a pele do escroto com 5 – 10 ml de lidocaína antes de incisar
Neuroleptoanalgesia
* Xilazina (0,5 – 1,1 mg/k) + butorfanol (0,04 mg/kg)
* Acepromazina (0,025– 0,05 mg/kg) + meperidina (2 – 4mg/kg)
Castração em posição quadrupedal (?)
Castração em decúbito (?)
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ANESTESIA EPIDURAL
- Injeção de anestésico local ao redor da medula espinhal
- Com os anestésicos locais ���� bloqueio sensitivo e motor (analgesia e
paralisia)
- Epidural (ou peridural) ���� deposição do anestésico no espaço
extradural
- Espinhal (ou subaraquenóide) ���� se ultrapassa a dura-máter e se
injeta no espaço que contém o líquido cefalorraquidiano
ANESTESIA EPIDURAL
- Ocorre bloqueio dos nervos e anestesia da área cirúrgica
- O relaxamento muscular pode ser vantajoso ou prejudicial
- Pode ocorrer decúbito (dependendo do local e do volume da injeção)
- Dispersão cranial para a região torácia ���� ↓↓↓↓ da função ventilatória
- Se atingir a região cervical ���� parada respiratória
- Em grandes animais ���� região coccígea (epidural caudal ou baixa)
- Em pequenos animais ���� espaço lombossacro
- Em grandes animais também pode ser no espaço lombossacro
���� ocorre decúbito (também com volumes altos)���� “epidural alta”
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- A medula espinhal termina na última vértebra lombar, mas o saco meníngeo vai até o 3º ou 4º segmento sacral
- Local: espaço intercoccígeoCo1-Co2 (primeiro ponto de articulação na cauda) � pode ser feita entre S5 e Co1
- Volume: 1-2 ml / 100 kg lidocaína a 2% ���� não causa ataxianem paralisia
- Latência: 1-2 minutos / Duração: 1-2 horas
TÉCNICA EM BOVINOS
- Com 100-150 ml de lidocaína a 2% ���� analgesia de membros pélvicos, glândula mamária, flancos e parede abdominal
� se esse for o objetivo melhor no espaço lombossacro� se usa menos anestésico � cuidado � risco de injeção subaraquenóide
- Procedimentos obstétricos e cirurgias perineais
- Anestesia segmentar ���� difícil execução, mas muito útil
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- Uso de xilazina� Bloqueio mais consistente, abrangente e duradouro� Entre 3 e 4 horas de anestesia� Cuidado �maior risco de ataxia e efeitos sistêmicos� Doses baixas (10 a 20 % da dose sistêmica): 0,004 a 0,05 mg/kg
TÉCNICA EM EQÜINOS- A medula espinhal vai até a segunda vértebra sacral
- Realizado entre Co1 e Co2 (pode ser feito também no sacro-coccígeo)
- Identificar por palpação e flexão da cauda, 3,5 a 8 cm entre a pele e o
espaço epidural
- Botão anestésico (1 ml) / angulação da agulha (30 – 90º)
- Anestesia de anus, períneo, reto, vulva, vagina, uretra e bexiga
- 6 a 8 ml de lidocaína a 2% para um animal de 450 kg (0,26-0,35 mg/kg)
- Ataxia dos membros pélvicos e decúbito são indesejáveis no eqüino
- Técnicamente mais difícil do que no bovino
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