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FV AUTOR : Francisco Valdece Ferreira de Sousa A responsabilidade civil e penal do médico

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Responsabilidade Civil do Medico

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AUTOR:

Francisco Valdece Ferreira de Sousa

A responsabilidade civil e penal do médico

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Na antiguidade as ativi-dades médicas tinham o caráter de coisa sobre-natural.

No ano 2.500 a. C., no Egito e 2.800 a. C, na China - o exercício da medicina estava associado aos rituais de magia.

1- EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MEDICINA

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1- EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MEDICINA

Na antiguidade as atividades médicas tinham o caráter de coisa sobrenatural.

Independentemente dos resultados obtidos, o caráter sobrenatural emprestado às práticas medicinais conferiam aos curandeiros, bruxos ou sacerdotes total e absoluta impunidade.

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1- EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MEDICINA

Na antiguidade as atividades médicas tinham o caráter de coisa sobrenatural. Seqüelas ou morte que sobreviessem aos

pacientes em decorrência do tratamento a que fossem submetidos eram recebidas como manifestação das divindades.

Havia uma completa e absoluta impunidade.

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2- A RESPONSABILIDADE MÉDICA NO TEMPO

A medicina grega baseada na mitologia, associava a cura a diversos deuses, a exemplo de Apolo, Artemis, Atenas e Afrodite. O culto a Esculápio evoluiu dessas entidades.

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2- A RESPONSABILIDADE MÉDICA NO TEMPO

Esculápio possuía duas filhas:Panacéia, que conhecia todos os remédios da terra e......Higia, que era responsável pela manutenção da saúde.

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2- A RESPONSABILIDADE MÉDICA NO TEMPO

Em Roma, os procedimentos médicos eram mesclados com práticas excêntricas e inusitada farmacopéia.

O vinho era prescrito livremente.

Mas...com o passar do tempo a “mágica” deu lugar a atitudes científicas, de observar, compreender e explicar.

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2- A RESPONSABILIDADE MÉDICA NO TEMPO

A atenção dedicada pelos médicos a seus pacientes, a aplicação dos métodos então reconhecidos e os resultados obtidos passaram a funcionar como parâmetros para a avaliação da atuação profissional dos médicos.

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O Código de Hamurabi

Nos artigos 218, 219, 220 e 226 do Código de Hamurabi estão previstas as penalidades a ser aplicadas aos médicos ou cirurgiões que cometessem lesões corporais e matassem homens livres ou escravos.

2- A RESPONSABILIDADE MÉDICA NO TEMPO

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E. Bouzon, tradutor do Código de Hamurabi comenta:

“Se o médico não tivesse sucesso em sua intervenção cirúrgica e o paciente morresse ou ficasse cego e esse paciente for um awilum (Homem livre), neste caso era aplicada contra o órgão considerado culpado, a mão do médico, a ‘Pena de Talião´. Esta era, sem dúvida, uma maneira drástica de evitar outras intervenções desastrosas desse médico.”

2- A RESPONSABILIDADE MÉDICA NO TEMPO

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No Egito

No velho Egito, onde eram festejados os conhecimentos da medicina, os esculápios, que mantinham alta posição social, confundindo-se às vezes com os sacerdotes, eram imunes de quaisquer penas, ainda que os pacientes morressem, desde que respeitassem as regras ditadas em livro sobre o exercício da Medicina.

2- A RESPONSABILIDADE MÉDICA NO TEMPO

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2- A RESPONSABILIDADE MÉDICA NO TEMPO

Na Grécia.O Juramento de Hipócrates.

Para as civilizações helênicas, a prática de Asclépio, o Deus da Medicina na cultura helênica, usava um cajado, em volta do qual se enroscava uma cobra, simbolização que perdura até hoje identificando a Medicina.

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Na Grécia. Juramento de Hipócrates.

Na Grécia antiga, segundo Plutarco, um médico foi crucificado porque foi ao teatro abandonando seu paciente, e este, por um “desvio de regime”, veio a falecer, configurando, portanto, uma negligência médica.

2- A RESPONSABILIDADE MÉDICA NO TEMPO

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Na Grécia. O Juramento de Hipócrates.

O Juramento de Hipócrates é considerado, até hoje, norma moral básica, imorredoura, para a conduta médica. Serviu de base para os mais famosos acordos internacionais, tais como o Código de Nüremberg, a Declaração de Helsinki, a Declaração de Genebra, o Código de Ética Médica e os códigos nacionais de ética aceitos pelos diversos países.

2- A RESPONSABILIDADE MÉDICA NO TEMPO

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Em Roma.

O Direito Romano igualmente punia a negligência e a imperícia do médico. Os primeiros rudimentos sobre a matéria vêm contidos na Lei Aquília (ano 468), prevendo a pena de morte ou a deportação do médico culpado de falta profissional.

2- A RESPONSABILIDADE MÉDICA NO TEMPO

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Em Roma.

“Entre os visigodos, os médicos, antes de empreenderem um tratamento, combinavam o preço, que só era satisfeito depois da cura do doente. Se este morria, o médico perdia os honorários combinados. Quando o cirurgião lesionava alguém, pagava cem soldos de ouro. Se, em conseqüência da intervenção sobrevinha a morte, o cirurgião perdia a liberdade e era entregue aos parentes do morto para que o punissem como entendessem.”

2- A RESPONSABILIDADE MÉDICA NO TEMPO

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Em Roma.

“Conta Cabanés que certa rainha, Austrigilda (Sec VI dC), sentindo-se morrer, obteve do marido o juramento de que os dois médicos que a tratavam e a cuja imperícia atribuía sua morte, seriam enterrados com ela. E assim foi feito. Foram, sem dúvida, os únicos, desde que existe a Medicina, que tiveram as honras da sepultura real.”

2- A RESPONSABILIDADE MÉDICA NO TEMPO

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Na Idade Moderna.

O Parlamento de Paris e o de Bordeaux, em 1756 e 1768, pronunciaram-se sobre a responsabilidade médica.

O de Paris afirmou que são responsáveis se obraram diante do dol ou nalice de sa part.

2- A RESPONSABILIDADE MÉDICA NO TEMPO

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Na Idade Moderna.

O Código Civil de 1804, “monumento jurídico da humanidade”, e as leis posteriores não são explícitas quanto à responsabilidade médica, mas esta pode ser deduzida dos artigos 1382 e 1383: “...qui posent le principe que tout fait l`homme dommageable à outri, oblige l’auteur du dommage à le réparer.”

2- A RESPONSABILIDADE MÉDICA NO TEMPO

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Na Idade Moderna.

Somente em 1832 é que houve uma verdadeira revolução na jurisprudência francesa com o processo denunciado e sustentado pelo Procurador Dupin. O caso, em resumo, foi o seguinte:

2- A RESPONSABILIDADE MÉDICA NO TEMPO

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“Dr. Helie de Domfront foi chamado às seis horas da manhã para dar assistência ao parto da Srª. Foucault. Somente lá se apresentou às nove horas. Constatou, ao primeiro exame, que o feto se apresentava de ombros, com a mão direita no trajeto vaginal. Encontrando dificuldade de manobra na versão, resolveu amputar o membro em apresentação, para facilitar o trabalho de parto. A seguir notou que o membro esquerdo se antecipava em análoga circunstância, e, com o mesmo objetivo inicial, amputou o outro membro. Como conseqüência, a criança nasceu e sobreviveu ao tocotrau- matismo. Diante de tal situação a família Foucault ingressa em juízo contra o médico. Nasceu, daí um dos mais famosos processos submetidos à justiça francesa.”

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3- A RESPONSABILIDADE MÉDICA NOS DIAS ATUAIS

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3- A RESPONSABILIDADE MÉDICA NOS DIAS ATUAIS

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Dados estatísticos:

Nos EUA 40% do médicos estão sendo ou já foram processados.

Em Los Angeles, 7 em cada 10 médicos estão sendo ou já foram processados sob a alegação de erro médico.

Há relato de que nos EUA são atribuídas ao “erro médico” 98.000 mortes a cada ano (National Academy of Sciences).

3- A RESPONSABILIDADE MÉDICA NOS DIAS ATUAIS

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Principais queixas:

Atendimento superficial e a não realização de exames em pacientes vítimas de traumas crânio-encefálico.

Prescrição por telefone.

Corpo estranho abandonado na cavidade abdominal.

Erro anestésico.

Colocação indevida de aparelhos gessados.

3- A RESPONSABILIDADE MÉDICA NOS DIAS ATUAIS

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A obrigação assumida pelo profissional médico, como regra geral, é de meio e não de resultado.

O médico obriga-se a empregar toda a técnica, diligência e perícia na tentativa da cura ou minoração dos males do paciente, sem, contudo, garantir a cura.

É, pois, um contrato de meios, e não de resultados.

4- ANÁLISE DOUTRINÁRIA

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Mas, existem situações em que o profissional médico deverá produzir resultados, tais como:

Procedimentos técnicos (Exames laboratoriais, tomografias, radiografias, tomogra- fias e ressonância magnética).

Cirurgia plástica embelezadora.

Perícias médicas.

4- ANÁLISE DOUTRINÁRIA

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Em face da diversidade de situações, necessário será apurar se o profissional médico agiu de forma premeditada, buscando o resultado danoso (Agir com dolo), ou de forma culposa (Negligência, imprudência e ou imperícia).

4- ANÁLISE DOUTRINÁRIA

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Dolo – substantivo masculino

Vontade livre e consciente de praticar uma ação ou omissão com o fim de obter um resultado prejudicial a outrem (ao paciente ou a terceiros, como sói ocorre nos casos de atestados médios graciosos ou laudo médico imprecisos, não verdadeiros), ou ainda, que sabendo ser o ato capaz de causar o dano, assuma o risco de o produzir.

4- ANÁLISE DOUTRINÁRIA

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Culpa – substantivo feminino

1- Conduta negligente ou imprudente, sem propósito de lesar, mas da qual proveio dano ou ofensa a outrem.

2- Violação ou inobservância duma regra de conduta, de que resulta lesão do direito alheio.

4- ANÁLISE DOUTRINÁRIA

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Erro médico Erro – substantivo masculino

1- Ato ou efeito de errar2- Juízo falso3- Desacerto4- Incorreção

Médico – substantivo masculino ...aquele que está habilitado a exercer a medicina.

4- ANÁLISE DOUTRINÁRIA

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Erro médicoÉ o desacerto cometido por qualquer profissional da área de saúde – Técnico de Enfermagem, Enfermeiro, Médico, etc. - no diagnóstico ou tratamento do paciente.

4- ANÁLISE DOUTRINÁRIA

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Erro do médico É o desacerto cometido pelo profissional

habilitado a exercer a medicina no diagnóstico ou tratamento do paciente.

4- ANÁLISE DOUTRINÁRIA

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Erro do médico - Dimensões legais.

Em que consiste o erro do médico sob o ponto de vista legal ?

Considerando a natureza do “CONTRATO” que se estabelece entre o médico e o paciente, podemos definir o erro médico como sendo a ação ou omissão do médico que, no exercício profissional, causa dano à vida ou à saúde do paciente.

4- ANÁLISE DOUTRINÁRIA

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Destarte, considerando os aspectos legais do contrato entre o médico e o paciente face a legislação vigente e a jurisprudência dominante em nossos tribunais, o médico só pode ser acusado de erro se for provado o nexo de causa e efeito entre a “falha” do médico e o mau resultado para o paciente.

4- ANÁLISE DOUTRINÁRIA

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A responsabilidade é examinada a partir do seguinte:

a) O que o médico fez que não deveria ter feito?

b) O que o médico deixou de fazer que deveria ter feito?

c) O que o médico falou que não deveria ter falado?

d) O que o médico não falou e deveria ter falado?

4- ANÁLISE DOUTRINÁRIA

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Concluindo: Para que um procedimento médico possa

levar seu autor a responder penal e civilmente, necessário e indispensável a ocorrência simultânea de dois fatores, quais sejam:

4- ANÁLISE DOUTRINÁRIA

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I - A existência de dano. Sem a existência de um dano real, efetivo e concreto,

não existe responsabilidade. Esse elemento objetivo, relativamente fácil de se estabelecer é condição indispensável. Tem de ter havido um dano real como a morte, uma lesão física, um perturbação funcional, etc. A determinação concreta do dano, além de indispensável em relação à responsabilidade, estabelece o grau de pena ou da indenização.

4- ANÁLISE DOUTRINÁRIA

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II - A relação causal entre o ato e o dano. É indispensável, finalmente, que ocorra relação

entre a causa e o efeito, um elo entre o ato e o dano. Quando o ato é praticado licitamente, com moderação e a atenção devidas, é aceito como simples acidente.

Se o nexo de causa e efeito se apresenta como uma decorrência entre o dano e o ato profissional apontado como seu causador, é indispensável que fique configurada esta ligação de dependência. Que fique configurado que o dano foi provocado por erro, e que houve culpa ou dolo.

4- ANÁLISE DOUTRINÁRIA

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Enfim, que se estabeleça e se prove a ocorrência de culpa (negligência, imprudência, imperícia ou omissão de socorro) ou dolo.

4- ANÁLISE DOUTRINÁRIA

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Omissão de socorro A recusa do médico em atender o paciente que precisa

de socorros.

No atendimento O médico atende o paciente, entretanto, por culpa ou

dolo, incide em erro.

4- ANÁLISE DOUTRINÁRIA

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Negligência

No sentido legal é a inação, inércia e passividade. Decorre da inatividade material (corpórea) ou subjetiva (psíquica). Reduz-se a um comportamento negativo. Negligente é quem, podendo e devendo agir de determinado modo, por indolência ou preguiça mental não age, ou, ainda, comporta-se de modo diverso.

4- ANÁLISE DOUTRINÁRIA

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Imprudência A imprudência tem forma ativa. Trata-se um agir sem

a cautela necessária. É a afoiteza do ato, o desprezo aos cuidados que deveriam ter sido tomados no agir. É o caso do médico que receita penicilina sem exigir o teste de alergia. O cirurgião que aplica a anestesia sem esperar pelo anestesista, provocando parada respiratória. O clínico que desconhecendo a posologia do produto o administra extemporaneamente. O médico que receita e avalia um diagnóstico pelo telefone.

4- ANÁLISE DOUTRINÁRIA

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Imperícia

A imperícia é a imprudência qualificada. Consiste, sobretudo, na inaptidão técnica, na ausência de conhecimentos para a prática de um ato ou a omissão de providência que se fazia necessária.

4- ANÁLISE DOUTRINÁRIA

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Dolo Consiste, basicamente, na intenção do

agente em obter o resultado. No caso em tela, não há que se falar em erro médico, e, sim, em crime.

4- ANÁLISE DOUTRINÁRIA

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Dolo - Constitui delito penal:

- Assinar atestado médico gracioso.

- Emitir e assinar laudo médico tendencioso.

- Fechar diagnóstico e prescrever medicação sem anmnese.

4- ANÁLISE DOUTRINÁRIA

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Anamnese.

Prontuário minucioso, claro e objetivoArquivo

Prontuário

Documentos escritos pelo médico

Documentos escritos pelos assistentes

Documentos escritos pelos enfermeiros

5- ELUCIDAÇÃO DO ERRO MÉDICO

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ArquivoExames laboratoriais.Guia médico farmacêutico.Relatório do anestesista.Documentos escritos pelo paciente.Certidão de óbito (se for o caso).Relatório da necropsia.

5- ELUCIDAÇÃO DO ERRO MÉDICO

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a) Reembolso despesas havidas com o tratamento dos problemas decorrentes do erro.

b) Pagamento dos valores que a pessoa deixou de ganhar durante o tempo despendido na recuperação.

c) Em caso de morte, o valor correspondente à remuneração que pessoa iria auferir até que completasse a idade de 65 anos.

6- DANO MATERIAL. QUANTIFICAÇÃO

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a) Capacidade financeira do ofensor e do ofendido.

b) Uma quantia que sirva para amenizar a dor sofrida e ao mesmo tempo para inibir o ofensor de praticar atos semelhantes.

6- DANO MATERIAL. QUANTIFICAÇÃO

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Art. 6º - São direitos básicos do consumidor:

...

VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;

7- DO CDC - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

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Art. 14 - O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

§ 1º - O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:

I - o modo de seu fornecimento; II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se

esperam; III - a época em que foi fornecido.

7- DO CDC - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

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Art. 14 -...

§ 2º - O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas.

§ 3º - O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar:I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.

§ 4º - A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.

7- DO CDC - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

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Artº. 186 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imperícia, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Artº. 927 - Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

§ único - haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei ou quando a atividade normalmente exercida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

8- DO CÓDIGO CIVIL.

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Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações:

I - no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família;

II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a duração provável da vida da vítima.

8- DO CÓDIGO CIVIL.

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Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.

8- DO CÓDIGO CIVIL.

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Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.

Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização seja arbitrada e paga de uma só vez.

8- DO CÓDIGO CIVIL.

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Art. 951 - O disposto nos artigos 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de indenização devida por aquele que, no exercício de atividade profissional, por negligência, imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho.

8- DO CÓDIGO CIVIL.

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