aula período democrático-populista
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Período Democrático-Populista
(1945-1964)
Disciplina: Realidade Sócio-Econômica e Política Brasileira
Prof.: Ms. Laércio Torres de Góes
Transição após fim do Estado Novo
José Linhares (29/10/45 – 31/01/46)
Presidente do Supremo Tribunal Federal
Eleições Presidenciais
Vitória do Gen. Eurico Gaspar Dutra
PSD + PTB
Eurico Gaspar Dutra
(31/01/1946 – 31/01/1951)
Constituição de 1946:
Federalismo
Presidencialismo – mandato de 5 anos
Voto secreto e universal para maiores de 18 anos, menos analfabetos e convocados para as Forças Militares.
Pluripartidarismo
Criação de CPI
Manteve-se a estrutura de propriedade da terra (latifúndios).
Garantia dos direitos trabalhistas da Era Vargas.
Manteve-se a estrutura sindical, mas com intervenções do Governo.
Direito de greve reconhecido, mas sem legislação ordinária.
Proibição de cassinos e jogos de azar.
Casamento indissolúvel (pressão da Igreja Católica).
Eurico Gaspar Dutra
(31/01/1946 – 31/01/1951)
Brasil insere-se no quadro da Guerra Fria (Bipolarização) (Doutrina Truman - 1947)
Política externa alinhada aos EUA
OEA (1948): ativa participação do Brasil
Rompimento com a União Soviética
Ilegalidade do PCB e cassação dos mandatos dos representantes no Congresso eleitos por esse partido: Luis Carlos Prestes (senador) e Jorge Amado, Gregório Bezerra, Carlos Marighela e outros (deputados).
Getúlio Vargas
(31/01/1951-24/08/1954)
Criação da Petrobrás (1953)
Monopólio: pesquisa, exploração e refino
Campanha “O Petróleo é nosso”
Criação da Eletrobrás (1954)
Getúlio Vargas
(31/01/1951-24/08/1954) Criação do BNDE: investimentos industriais
nacionais.
03/1953: Greve de 300.000 operários por melhores salários
Crescimento do Trabalhismo
1954: aumento do Salário Mínimo em 100%
Oposição dos conservadores ligados ao capital estrangeiro
Nacionalismo (Estudantes, sindicalistas, PTB, comunistas) X Liberalismo (entreguistas) (UDN, empresários ligados aos EUA, setores das forças armadas e dos meios de comunicação.)
Getúlio Vargas
(31/01/1951-24/08/1954)
Demissão de João Goulart (Ministro do Trabalho)
Brasil, Argentina e Chile X EUA: populismo
Atentado da Rua Toneleros (05/08/1954): tentativa de assassinato de Carlos Lacerda e morte do Major Rubens Vaz (críticas ao governo com denúncia dos escândalos).
Membros da segurança pessoal de Vargas envolvidos no atentado (Gregório Fortunato)
Oposição e Exército pedem renúncia de Vargas
Suicídio de Vargas (24/08/1954)(Carta-Testamento)
Grande comoção e revolta popular (sedes da UDN, O Globo, Tribuna da Imprensa, etc.)
Transição
(25/08/1954 – 31/01/1956)
João Café Filho (vice-presidente): (24/08/1954 – 09/11/1955)
Reorganização dos Ministérios
Eleições presidenciais: Juscelino Kubitscheck (36% votos) e João Goulart como vice-presidente.
Carlos Lacerda: Campanha para impedir a posse dos eleitos (PSD – PTB)
Carta Brandi (Jango comprara armas de Peron para equipar trabalhadores)
Renúncia de Café Filho (motivos de saúde – enfarte)
Transição
(25/08/1954 – 31/01/1956)
Carlos Luz (09/11/1955 – 11/11/1955) - Presidente da Câmara
Tentativa de golpe para impedir a posse de Juscelino e João Goulart .
Resistência do Ministro da Guerra General Henrique Lott
Impedimento de Carlos Luz e refúgio no navio Tamandaré.
Nereu Ramos (11/11/1955-31/01/1956) - Presidente do Senado
Estado de Sítio para garantir a posse dos eleitos
Posse de Juscelino Kubitschek e João Goulart em 31/01/1956
Juscelino Kubitschek
(31/01/1956 - 31/01/1961)
Transformações econômicas: “50 anos em 5”
Crescimento econômico – desenvolvimentismo
Política econômica de captação de capital estrangeiro
Plano de Metas (1956-1961): Estado coordena o desenvolvimento.
Energia, Transporte, Alimentos e Indústria de Base
Desenvolvimento Industrial: 80%
Transportes e Indústria Automobilística: 600%
Incentivo ao transporte rodoviário.
Juscelino Kubitschek
(31/01/1956 - 31/01/1961)
Criação da Sudene
Construção de Brasília (1960)
Expressivo aumento da dívida externa
Dependência econômica do capital externo
Indústria de bens de consumo duráveis
Crescimento da inflação e da pobreza
Efervescência cultural: Bossa nova, Cinema Novo, Teatro de Arena, Copa do Mundo (1958) etc.
Jânio Quadros
(31/01/1961 - 25/08/1961)
Eleito por um partido pequeno (PTN) com o apoio da UDN
Combate a Corrupção (“vassourinha”)
Política Anti-inflacionária
Restrição de Créditos
Congelamento de Salários
Desvalorização do Cruzeiro em 100%
Incentivo às Exportações
Controle de remessa de Lucros das multinacionais para fora do país
Jânio Quadros
(31/01/1961 - 25/08/1961)
Política externa independente
Reatou relações diplomáticas com URSS, CHINA e CUBA.
Independência em relação aos EUA
Acordos econômicos com Países Socialistas (aumentar mercado)
Apoia Cuba quando expulsa da OEA
Condecoração de Che Guevara com a Ordem do Cruzeiro do Sul
“Folclóricas”:
Proibição de Biquíni
Proibição de Lança Perfume
Proibição da Briga de Galo
Jânio Quadros
(31/01/1961 - 25/08/1961)
Renúncia de Jânio Quadros em 25/08/1961
Renunciou esperando:
Povo pressionaria para sua volta
Fecharia o Congresso (não tinha base
parlamentar)
Implantaria suas Medidas
Militares impedem qualquer apoio a Jânio
Transição: Ranieri Mazzili João Goulart em viagem a China
29/08/1961: Manifesto de ministros militares contra a posse de Jango
Rede da Legalidade: Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul (Leonel Brizola)
01/09/1961: Greves e Sindicatos apoiam João Goulart
07/09/1961: Aprovação do Parlamentarismo no Brasil para retirar poderes da Presidência (conciliação entre os contra a posse e os legalistas.
Tancredo Neves é escolhido primeiro-ministro.
Plebiscito: Parlamentarismo ou Presidencialismo, marcado para nove meses antes de terminar o mandato de João Goulart.
João Goulart
(07/09/1961 – 31/03/1964
01/03/1962: reata relações com URSS
Discurso em favor da Reforma Agrária
Nacionalismo X Capital estrangeiro
Instabilidade Política:
Nenhum partido é majoritário no Congresso
Renúncia de Tancredo Neves
Antecipação do Plebiscito: 06/01/1963 - Não ao Parlamentarismo.
João Goulart
(08/09/1961 – 31/03/1964
Plano Trienal:
Alterar o sistema de distribuição de renda no país (mais distribuído)
Combater inflação
Nacionalismo
Reformas de Base:
Tributária (impostos diferenciados)
Agrária (divisão dos latifúndios)
Urbana (inquilinos poderiam tornar-se proprietários dos imóveis)
Bancária (menor remessa de lucros para o exterior)
Administrativa (maior eficiência)
Eleitoral (voto aos analfabetos)
Universitária (ampliação de vagas)
João Goulart
(08/09/1961 – 31/03/1964 Governo X Ação das Multinacionais
Oposição dos Setores Empresariais
Movimentos por direitos e melhorias para os trabalhadores (Comando Geral dos Trabalhadores)
Atuação intensa das Ligas Camponesas (Francisco Julião)
Esquerda Católica (Juventude Universitária Católica e Ação Popular)
13/04/1964: Comício da Central (150 mil)
Nacionalização das refinarias estrangeiras
Reforma Agrária
Desapropriação de terras às margens das ferrovias, rodovias e zonas de irrigação.
João Goulart
(08/09/1961 – 31/03/1964 Marcha da Família com Deus e pela Liberdade (500
mil)
Revolta de sargentos e cabos da Marinha e Aeronáutica (1963) e prisão da Associação dos Marinheiros (1964) (Cabo Anselmo)
Quebra da hierarquia e disciplina militar
Anistia de militares
Escola Superior de Guerra: Doutrina da Segurança Nacional (inimigo interno)
Golpe Militar (Revolução) em 31/03/1964
Fim da República Populista e início do Regime Militar.
Os meios de comunicação no período
Oposição da Rádio Globo ao Governo de Vargas. A partir de 1953, Carlos Lacerda usava o espaço contra Getúlio e Samuel Wainer, que havia criado o jornal Última Hora, em 1951.
Transmissão das sessões da CPI contra Wainer, com comentários de Lacerda.
Suicídio de Getúlio levou a uma comoção popular e uma revolta contra Carlos Lacerda e a Rádio Globo.
Década de 1950, início das transmissões de televisão. Muitas das produções do rádio eram adaptadas para a televisão: teleteatro, programa de auditório, de calouros, os noticiários.
A mudança afetou a programação do rádio, já que os gastos foram reduzidos e ocorreu uma reformulação nos quadros apresentados.
Os meios de comunicação no período
A primeira televisão no Brasil foi inaugurada em 18 de setembro de 1950, por Assis Chateaubriand. Mas desde julho de 1950, a pioneira da América do Sul, a TV Tupi-Difusora, PRF-3, já realizava seus testes de transmissão em circuito fechado.
TV para poucos: Ao final da década de 1950, havia aproximadamente 344 mil
aparelhos receptores de televisão no Brasil .
Programação elitista: A chamada elite brasileira que tinha condições de adquirir
um televisor, cultuava certos valores e referências culturais que, pretensamente,
diferenciavam seu espírito do gosto popular.
Segundo a Associação Brasileira de Indústria Elétrica (Abinee), em 1960, havia 621.919 aparelhos de TV no país.
Classe média como telespectadora.
FIM