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Segunda aula de treinamento desportivo.TRANSCRIPT
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AULA 02
Esta aula fala sobre as variveis de
treinamento, como manipul-las e como
so inter-relacionadas para otimizao
do desempenho humano. Tem por
objetivo que o acadmico compreenda a
importncia de cada uma delas e como
emprega-las de maneira coerente e
eficiente durante a prescrio do
exerccio.
VARIVEIS DE TREINAMENTO
CARGA
a relao entre carga e trabalho determinada por variveis como volume,
intensidade e densidade (Arruda e Bolaos, 2010). uma capacidade individual
complexa que auxilia na adaptao e consequente tolerncia de aplicar cargas
determinantes de ajustes morfolgicos, orgnicos e funcionais (Arruda e
Bolaos, 2010).
As cargas devem ser planejadas em longo prazo e devem ter um acrscimo
de forma progressiva, dependendo da adaptao e superao de etapas de
treinamento (Arruda e Bolaos, 2010).
COMPONENTES DA CARGA DE TREINAMENTO
VOLUME
uma medida quantitativa total de carga de trabalho executada em uma
sesso, semana, ou qualquer perodo de treinamento (Rosa e Farto, 2007). A
durao da sesso de treinamento, a frequncia das sesses, o nmero de sries
e repeties influenciam diretamente no volume de treinamento (Fleck e
Kraemer, 2006). Significa enfim a quantidade total de atividade realizada no
treinamento (Bompa, 2002).
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determinado:
Pela durao do treinamento;
Pela distncia percorrida ou peso levantado por unidade de tempo;
Pela quantidade de repeties. (Bompa, 2002; Arruda e Bolaos, 2010)
O volume varia com a experincia do atleta, ou seja, atletas com mais anos
de treinamento realizam maiores volumes de treino (Arruda e Bolaos, 2010).
DURAO
Um aspecto fundamental do volume durao da carga (Gomes, 2009). Diz
respeito ao tempo gasto para executar determinada atividade.
INTENSIDADE
A intensidade pode ser estimada atravs do percentual de uma repetio
mxima, por exemplo (Fleck e Kraemer, 2006), ou por zonas de treinamento
(Ide, Lopes et al., 2010). Quanto mais trabalho realizado por unidade de
tempo, maior a intensidade (Bompa, 2002; Arruda e Bolaos, 2010).
DENSIDADE
Trata-se da frequncia com que o indivduo efetua uma srie de estmulos
por unidade de tempo dentro de uma sesso de treinamento (Bompa, 2002;
Rosa e Farto, 2007; Arruda e Bolaos, 2010). Durao do intervalo de tempo
entre a fase de trabalho e a de recuperao (Bompa, 2002).
A densidade pode ser completa ou incompleta, com pausas ativas ou
passivas (Arruda e Bolaos, 2010).
FREQUNCIA
o nmero de sesses de treinamentos em uma semana, ou por microciclos
ou por ano, etc. (Arruda e Bolaos, 2010).
SUPERCOMPENSAO
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Significa uma recuperao da capacidade funcional acima do nvel usual (Weineck,
2003).
Figura 1: dinmica do processo de supercompensao (Gomes, 2009)
PROGRESSO DA CARGA
A melhora do desempenho uma consequncia direta da quantidade e
qualidade do trabalho realizado pelo atleta (Bompa, 2002). Temos quatro teorias
de progresso de cargas (Bompa, 2002).
CARGA PADRO
Em diversos esportes mantida a mesma carga de treinamento durante todo
o ano (Bompa, 2002). Observa-se uma melhoria em um primeiro estgio do
planejamento, seguido de uma estagnao do desempenho (Bompa, 2002).
Figura 2: ilustrao do desenvolvimento (Bompa, 2002)
SOBRECARGA
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Apenas haver aumento de desempenho se os atletas trabalharem em sua
capacidade mxima contra cargas maiores que a normalmente encontrada
(Bompa, 2002).
Figura 3: elevao da carga (Bompa, 2002)
CARGA PROGRESSIVA
Este mtodo mais eficiente que os dois anteriores por preencher as
necessidades fisiolgicas e psicolgicas do atleta (Bompa, 2002).
Figura 4: elevao da carga de treinamento em degraus (Bompa, 2002)
CARGA PADRO
J para atletas experientes, utiliza-se a carga horizontal, onde as trs
primeiras cargas so extremamente exigentes tanto em volume quanto em
intensidade, com a quarta semana sendo de recuperao (Bompa, 2002).
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Figura 5: padro de carga horizontal (Bompa, 2002)
AVALIAES E CONTROLES DE TREINAMENTOS
Controle e avaliao so dois elementos fundamentais ao processo de
treinamento, a ponto da ausncia destes impossibilitar projetar uma melhora de
rendimento ou capacidade de qualquer indivduo (Granell e Cervera, 2003).
AVALIAES
Medir significa associar um nmero determinada caracterstica de um ser
ou objeto e avaliar significa julgar o valor desta medida (Kiss, 2003). No
conceito de avaliao sistmica, a medida considerada uma etapa da
avaliao.
Avaliao pode ser referenciada a norma quando se compara:
1. Valores da mdia de outros grupos ou do prprio grupo;
2. Com resultados anteriores do prprio grupo.
Avaliao referenciada a critrio quando se compara com nveis pr-estabelecidos.
O tipo de avaliao que utilizaremos nesta cadeira a Avaliao de produto.
Tal avaliao a mais utilizada e compreende as seguintes etapas:
1. Delinear (planejar a prpria avaliao):
Nesta etapa, deve-se responder as seguintes perguntas: o que e
como medir e avaliar, alm de como julgar (com o que comparar,
referencias populacionais, etc.)
2. Obter os dados
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3. Analisar os dados (julgar)
4. Aplicar
Atravs da avaliao, o educador fsico verificar as condies biolgicas,
psicolgicas e sociais, para que, com essas informaes, oriente adequadamente
o treinamento do indivduo. A avaliao , portanto, o julgamento de valor
sobre se os objetivos esto ou foram alcanados.
(Kiss, 2003)
CONTROLES DE TREINAMENTOS
Pode-se realizar controle em mbitos mdicos, biomecnicos,
condicionantes, psicolgicos ou qualquer outro em que haja colaborao na
obteno da melhora do rendimento (Granell e Cervera, 2003).
Exemplos de que podemos controlar:
1. Presena em treinamentos;
2. Carga de treinamento;
3. Leses
PLANEJAMENTO E REALIZAO DO TREINAMENTO
Na primeira etapa do planejamento do treinamento, deve-se buscar
responder a algumas perguntas bsicas:
1. O que deve-se verificar e avaliar?
2. Para que as informaes obtidas sero utilizadas?
3. Que meios de avaliao esto disponveis?
4. Quais destes meios atendem aos critrios de autenticidade cientfica?
5. Quais os menos onerosos?
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6. H necessidade de auxilio externo?
7. Como sero analisados os resultados obtidos? Se em relao ao
prprio atleta ou equipe ou ao referencial externo?
Na segunda etapa, deve-se planejar:
1. Como sero anotados os dados:
Esquematizar um protocolo e uma ficha ou tabela para a anotao
dos dados obtidos.
2. Em que local ser realizada a avaliao:
3. Qual o horrio da avaliao:
4. Procurar realizar as avaliaes sempre no mesmo horrio.
5. De que maneira a medio ser utilizada:
6. Qual o material necessrio:
Providenciar anteriormente o material necessrio para a avaliao
Possveis problemas a serem encontrados:
7. Motivao do atleta para se submeter ao teste;
8. Efeito da aprendizagem do teste
9. Influncia da temperatura, umidade relativa do ar ou presso
atmosfrica;
10. Outras influncias como barulho, deficincia de luz, etc.