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Terapia Focada em Esquemas
Analise Vivan
Psicologia e Psicoterapia Cognitivo-comportamental II
Aula 10
Introdução
É direcionada para tratar transtornos de personalidade;
Pressupõe a existência de esquemas ou crenças disfuncionais crônicos que se formam na infância;
Maior ênfase na relação terapêutica, no funcionamento interpessoal e nas emoções;
Maior importância aos acontecimentos da infância;
Baseada na noção de Esquemas Iniciais Desadaptativos (EID).
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Esquemas Iniciais Desadaptativos Um tema ou padrão amplo; Formado por memórias, emoções e
sensações corporais Relacionado a si próprio ou aos
relacionamentos com outras pessoas; Desenvolvido durante a infância ou
adolescência; Elaborado ao longo da vida do indivíduo; Disfuncional em nível significativo
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Origem dos esquemas
Necessidades emocionais
fundamentais
Primeiras experiências de vida
Temperamento emocional
EIDs
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Necessidades emocionais fundamentais
Ligação segura com outros (segurança, estabilidade, apoio e aceitação);
Autonomia, competência e senso de identidade;
Liberdade para expressar necessidades e emoções;
Espontaneidade e brincadeira; Limites realísticos e auto-controle.
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Primeiras experiências de vida
Frustração excessiva de necessidades;
Superproteção/permissividade excessiva;
Traumatização ou vitimização;
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Temperamento emocional
Lábil Não Reativo
Pessimista Otimista
Ansioso Calmo
Obsessivo Distraído
Passivo Agressivo
Tímido Sociável
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EID e Domínios de Esquemas
18 Esquemas iniciais desadaptativos
Agrupados em 5 domínios:
1. Desconexão e rejeição2. Autonomia e desempenho
prejudicados3. Limites prejudicados4. Direcionamento para o outro5. Supervigilância e Inibição 9/47
DOMÍNIOS ESQUEMAS INICIAIS DESADAPTATIVOS
Desconexão e rejeição
1. Abandono/instabilidade 4. Defectividade/vergonha
2. Desconfiaça/abuso 5. Isolamento social/alienação
3. Privação emocional
Autonomia e desempenho prejudicados
6. Dependência/incompetência 9. Fracasso
7. Vulnerabilidade
8. Emaranhamento/self subdesenvolvido
Limites prejudicados10. Merecimento/grandiosidade
11. Autocontrole/autodisciplina insuficientes
Orientação para o outro
12. Subjugação
13. Auto-sacrifício
14. Busca de aprovação/reconhecimento
Supervigilância e inibição
15. Negativismo/pessimismo 18. Caráter punitivo
16. Inibição emocional
17. Padrões inflexíveis/crítica exagerada
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Desconexão e rejeição
Expectativa de que as necessidades de segurança, estabilidade, aceitação, empatia não serão satisfeitas;
Características da família de origem:fria, desligada, rejeitadora, isoladora,
imprevisível ou abusadora.
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Desconexão e rejeição
1. Abandono/instabilidade:
Percepção de instabilidade ou indisponibilidade das outras pessoas;
As pessoas significativas podem a qualquer momento abandonar, e não estarem presentes quando se precisa delas.
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Desconexão e rejeição
2. Desconfiança/abuso:
Expectativa de que os outros irão magoar, abusar humilhar, etc.;
O mal sempre é intencional ou resultado de uma negligência extrema.
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Desconexão e rejeição
3. Privação emocional:
Expectativas de que não se satisfarão em grau normal os desejos de suporte emocional:
a) privação de carinho
b) privação de empatia
c) privação de proteção
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Desconexão e rejeição
4. Defectividade/vergonha:
Sentimento de que se é mau, indesejado, inferior;
Expectativa de que não seria amado por pessoas significativas caso se expusesse.
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Desconexão e rejeição
5. Isolamento social/alienação:
Sentimento de que se está isolado do mundo, de que se é diferente dos outros e de que não faz parte de nenhum grupo.
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Autonomia e desempenho prejudicados Expectativa de pouca capacidade de
sobreviver, funcionar independentemente e agir com sucesso;
Características da família de origem:superprotetora, emaranhada, destruidora
da confiança da criança; não consegue reforçar a criança a ter um desempenho competente fora da família.
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6. Dependência/incompetência:
Crença de que se é incapaz de exercer as responsabilidades do dia a dia de uma maneira competente, sem a ajuda dos outros;
Autonomia e desempenho prejudicados
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7. Vulnerabilidade:
Medo exagerado de que uma catástrofe inevitável aconteça e de ser incapaz de evitar isso.
Autonomia e desempenho prejudicados
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8. Emaranhamento/self subdesenvolvido:
Envolvimento emocional excessivo com pessoas significativas comprometendo uma individualização;
Crença de que pelo menos uma das pessoas emaranhadas não pode viver ou ser feliz sem o constante apoio dos outros.
Autonomia e desempenho prejudicados
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9. Fracasso:
Crença de que se fracassou, se irá inevitavelmente fracassar ou se é fundamentalmente inadequado face aos seus pares, em áreas de realização pessoal;
Envolve a crença de que se é burro, inapto, sem talento, ignorante, menos bem sucedido, etc.
Autonomia e desempenho prejudicados
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Limites Prejudicados
Deficiência nos limites internos; Dificuldades em respeitar os direitos dos
outros; Características da família de origem:
Permissividade, falta de direção; senso de permissividade; excesso de indulgência
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Limites prejudicados
10. Merecimento/grandiosidade:
Crença de que se é superior aos outros, e de que não se está subjugado às regras de reciprocidade que governam a interação social normal;
Insistência em se ter o que quer independente do que isto custe aos outros.
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Limites prejudicados
11. Autocontrole/autodisciplina insuficientes:
Dificuldade ou recusa em exercer auto-controle e tolerância a frustração ao buscar metas pessoais;
Dificuldade de restringir a expressão excessiva de emoções e impulsos.
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Orientação para o outro
Foco excessivo nos desejos, sentimentos dos outros, comprometendo às suas próprias necessidades;
Características da família de origem: aceitação condicional, onde as crianças devem
suprimir aspectos importantes de si próprio para obterem amor, aceitação social ou status;
As vontades dos pais são mais importantes que os desejos e necessidades das crianças.
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Orientação para o outro
12. Subjugação:
Excessiva submissão ao controle dos outros para evitar raiva, retaliação ou abandono:
a) subjugação de necessidades (desejos, opiniões)
b) subjugação de emoções
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Orientação para o outro
13. Auto-sacrifício:
Satisfação voluntária das necessidades dos outros, com o objetivo de evitar causar dor aos outros ou evitar a culpa de se sentir egoísta.
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Orientação para o outro
14. Busca de aprovação/reconhecimento:
Ênfase excessiva na obtenção de aprovação, reconhecimento ou atenção por parte dos outros;
O sentido de auto-estima esta mais ligado a aprovação dos outros ou de suas próprias inclinações naturais
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Supervigilância e inibição
Ênfase excessiva no controle dos impulsos, diminuição da espontaneidade;
Há uma preocupação de que as coisas irão desabar se houver falha na vigilância
Características da família de origem: Severa, exigente, punitiva, perfeccionista
(escondendo emoções e evitando erros), propensão ao pessimismo e a preocupações de que as coisas não vão dar certo.
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Supervigilância e inibição
15. Negativismo/pessimismo:
Um foco intenso nos aspectos negativos da vida (dor, morte, decepção, traição);
Foco minimizado nos aspectos positivos; Expectativa de que as coisas irão ocorrer
seriamente mal, mesmo que todas as evidências demonstrem o contrário.
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Supervigilância e inibição
16. Inibição emocional:
Inibição excessiva da ação, sentimentos ou comunicação espontânea, com o objetivo de evitar a desaprovação dos outros;
Inibição da raiva e agressão, organização e planejamento compulsivos, inibição de sentimentos positivos, rotinas e rituais, dificuldade de expressar vulnerabilidade, ênfase excessiva na racionalidade.
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Supervigilância e inibição
17. Padrões inflexíveis/crítica exagerada:
A crença subjacente é de que é preciso tentar estar à altura de padrões internalizados muito elevados de comportamento e desempenho para evitar críticas;
Se caracteriza por perfeccionismo, regras rígidas (moral, ética...), e preocupação com tempo e eficiência
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Supervigilância e inibição
18. Caráter punitivo:
A crença de que as pessoas deveriam ser severamente punidas por cometerem erros;
Tendência a ser agressivo, intolerante, punitivo e impaciente com as outras pessoas.
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Manutenção do Esquema
Processo pelo qual os EIDs são reforçados;
Nível cognitivo: uso de distorções cognitivas- maximização e minimização, abstração seletiva.
Nível comportamental: padrões de comportamento autoderrotistas
- ex: mulher com esquema de subjugação escolhe repetidamente homens dominadores.
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Evitação do Esquema Processo voluntário para evitar a ativação
do esquema e os afetos a ele relacionados;
Evitação cognitiva: bloqueio de pensamentos e imagens/comportamento compulsivo;
“Eu não quero pensar sobre isto”, “Eu esqueci”
Evitação afetiva: bloqueio de sentimentos desencadeados pelos esquemas;
Ex: paciente borderline cortar os pulsos para amortecer a dor emocional provocada por um esquema.
Evitação comportamental: evitação de situações que possam desencadear esquemas.
Ex: isolamento social, agorafobia, incapacidade em tentar uma carreira produtiva ou assumir responsabilidades.
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Compensação do Esquema
Padrões cognitivos e comportamentais que vão na direção oposta ao esquema;
“Formação reativa”; A tentativa de supercompensação
acabar por reforçar o esquema.ex: paciente que experienciou privação emocional na infância comporta-se de maneira narcisista quando adulto.
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Avaliação
Identificar esquemas centrais; Educar o paciente sobre os esquemas; Relacionar história de vida, esquemas e
dificuldades atuais; Contato com as emoções relacionadas
aos esquemas; Identificar estratégias de enfrentamento
disfuncionais.
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Avaliação
Identificação de esquemas:Objetivos terapêuticosHistória de vidaAtivação de imagensRelação terapêuticaQuestionário de esquemas
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Questionário de Esquemas
Escala de avaliação
1 = Inteiramente falsa2 = Em grande parte falsa3 = Levemente mais verdadeira do que falsa4 = Moderadamente verdadeira5 = Em grande parte verdadeira6 = Descreve perfeitamente
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Questionário de Esquemas1. ___ As pessoas não conseguiram satisfazer minhas
necessidades emocionais.12. ___ Eu me preocupo com a possibilidade de as pessoas de quem
eu gosto me deixarem ou me abandonarem.29. ___ Frequentemente, sinto que tenho que me proteger dos
outros.49. ___ Eu me sinto isolada/o e sozinha/o.68. ___ Um dos meus maiores medos é que meus defeitos sejam
expostos.74. ___ Sou chata/o e desinteressante em situações sociais.82. ___ Eu sou um fracasso111.___ Sou uma pessoa medrosa.169.___ Quase nada é bom o bastante; sempre posso fazer melhor.205.___ Frequentemente faço, por impulso, coisas que mais tarde
lamento.42/47
Mudança
Técnicas:
Cognitivas
Comportamentais
Experienciais
Interpessoais (relação terapêutica)
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Técnicas Cognitivas
Teste da validade do esquema Análise de evidências Avaliação de vantagens e
desvantagens dos estilos de enfrentamento
Condução de diálogos entre o lado do esquema e o lado saudável
Cartões de enfrentamento Diário de esquemas
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Técnicas Comportamentais
Role-play Treinamento em Habilidades Sociais Treinamento em Assertividade Exposição sistemática Agendamento de atividades Experimentos comportamentais
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Técnicas Experienciais
Diálogos com imagens Carta aos pais Imaginação para quebra de padrões Imaginação para re-parentagem
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