aulão sobre o realismo e dom casmurro

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1 LITERATURA AULÃO REALISMO PROFESSOR : JOSAFÁ

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aulas do realismo

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    LITERATURA

    AULO

    REALISMO

    PROFESSOR : JOSAF

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    Entrada do Passeio Pblico no sc. XIX

    O REALISMO / NATURALISMO

    (2 metade do sc. XIX)

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    Realismo - Caractersticas

    Objetividade : fidelidade ao real Impessoalidade Anlise Psicossocial do personagem Contemporaneidade
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    Realismo - Caractersticas

    Criticidade : questionamento da burguesia Detalhismo Descritivo Lentido Narrativa Sensorialismo : Explorao dos sentidos
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    NATURALISMO - Caractersticas

    Determinismo : personagem condicionado pelos trs fatores : raa-meio-momento Cientificismo : aplicao do mtodo experimental literatura. O Patolgico : destaque s situaes e personagens anormais, doentios e desequilibrados, mrbidos.
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    Choques ideolgicos de classe: burguesia Industrial X Proletariado Manifesto comunista (1848) Karl Marx e Engels Capitalismo industrial (burguesia) Princpio do lucro empresarial Avano tecnolgico Mecanizao dos centros industriais

    Contexto histrico-cultural

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    Tecnologias:

    Melhoria e rapidez dos meios de transportes e comunicao; Construo de estradas de ferro; O telgrafo; O avio; O automvel; A navegao a vapor.

    Contexto histrico-cultural

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    Cientificismo:

    Desenvolvimento cientfico; Filosofias materialistas;Teorias cientficas.

    Contexto histrico-cultural

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    CARACTERSTICAS DO REALISMO / NATURALISMO

    Compromisso com a realidade

    O Realismo-Naturalismo contra o tradicionalismo romntico. Trata-se de uma arte engajada: ela tem compromisso com o seu momento presente e com a observao do mundo objetivo e exato.

    Presena do cotidiano

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    O Realismo e o Naturalismo tm princpios comuns, como a objetividade, o universalismo, a correo e clareza de linguagem, o materialismo, a conteno emocional, o antropocentrismo, o descritivismo, a lentido da narrativa, a impessoalidade do narrador.

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    Cabe lembrar que o Naturalismo uma ramificao cientificista do Realismo. Distinguem-se em vrios pontos, uma vez que tinham objetivos diferentes. Vamos destacar algumas dessas peculiaridades entre as duas estticas.

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    DIFERENAS ENTRE REALISMO E NATURALISMO

    Os escritores realistas propem-se a fazer o romance de revoluo, pretendendo reformar a sociedade por meio da literatura crtica. Preferem trabalhar com um pequeno elenco de personagens e analis-los psicologicamente.

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    DIFERENAS ENTRE REALISMO E NATURALISMO

    Esperavam que os leitores se identificassem com as personagens e as situaes retratadas e, a partir de uma autoanlise, pudessem transformar-se. Tratava-se, portanto, de um trabalho de educao intelectual e moral, que pretendia converter-se em transformao social.

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    J os naturalistas, comprometidos com a tica cientificista da poca; objetivavam desenvolver o romance de tese, no qual seria possvel a demonstrao das diversas teorias cientficas. Tinham uma perspectiva biolgica do mundo, reduzindo, muitas vezes, o homem condio animal, colocando o instinto sobre a razo.

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    Os aspectos desagradveis e repulsivos da condio humana so valorizados, como uma forma de reao ao idealismo romntico. Os naturalistas retratam preferencialmente o coletivo, envolvendo as personagens em espaos corrompidos social e/ou moralmente.

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    Acreditavam que a concentrao de muitas pessoas num espao desfavorvel fazia aflorar os desvios psicopatolgicos um alvo de interesse desses escritores, o que denota uma viso determinista, em que o meio e o contexto histrico tm influncia.

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    Romance realista

    uma narrativa mais preocupada com a anlise psicolgica, fazendo crtica sociedade a partir do comportamento de determinados personagens. Faz uma anlise da sociedade "por cima", visto que seus personagens so capitalistas, pertencentes classe dominante.

    Este tipo de romance documental, sendo retrato de uma poca.

    Foi cultivado no Brasil por Machado de Assis, em obras como "Memrias Pstumas de Brs Cubas", "Quincas Borba" e "Dom Casmurro.

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    Romance naturalista

    Sua narrativa marcada pela anlise social a partir dos grupos humanos marginalizados, valorizando o coletivo. A influncia de Darwin marcante na mxima naturalista segundo a qual o homem um animal, deixando-se levar pelos instintos naturais, que no podem ser reprimidos pela moral da classe dominante. A constante represso leva s taras patolgicas, bem ao gosto dos naturalistas; esses romances so mais ousados, apresentando descries minuciosas de atos sexuais, tocando at em temas como o homossexualismo.


  • Foi cultivado no Brasil por Alusio de Azevedo ("O Mulato"), Ingls de Sousa, Adolfo Caminha, Domingos Olmpio e Jlio Ribeiro. Raul Pompia um caso a parte, pois seu romance, "O Ateneu", apresenta caractersticas ora naturalistas, ora realistas, ora impressionistas.

    Existem vrias semelhanas entre o romance realista e o naturalista, podendo-se at mesmo afirmar que ambos partem de um ponto comum para chegarem a mesma concluso, sendo que percorrendo caminhos distintos.

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  • Narrado em primeira pessoa,Dom Casmurrofoi publicado em 1900, embora a data da edio seja de 1899. Essa obra continua a trajetria de renovao iniciada com a publicao deMemrias Pstumas de Brs Cubas,em 1881. O emprego de captulos curtos, da j conhecida ironia, do pessimismo amargo e de tcnicas narrativas renovadoras, como as digresses, metalinguagem e intertextualidades, mantm-se tambm nesse romance.

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  • Dom Casmurro, obra de Machado de Assis, um romance de formao, visto que o autor retroage infncia, ao contexto familiar no qual vivia, ao tipo de criao, para dar conta de explicar a personalidade do protagonista Bento Santiago, de como ele chegou a um vazio existencial depois de adulto. Estrutura da obra

    O romance dividido em 148 captulos de diversas dimenses, predominando os curtos (tcnica j utilizada emMemrias Pstumas de Brs Cubas).

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  • O romance, entretanto, presta-se a muitas leituras, e interessante ver como a recepo ao livro se modificou com o passar do tempo. Quando foi lanado, era visto como o relato inquestionvel de uma situao de adultrio, do ponto de vista do marido trado. Depois dos anos 1960, quando questes relativas aos direitos da mulher assumiram importncia maior em todo o mundo, surgiram interpretaes que indicavam outra possibilidade: a de que a narrativa pudesse ser expresso de um cime doentio, que cega o narrador e o faz conceber uma situao imaginria de traio.


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  • Machado de Assis, autor sutil e de penetrao aguda em questes sociais, arma o problema e testa seu leitor. impressionante como isso vale ainda hoje, mais de um sculo depois do lanamento do livro. O romance a histria de um homem de posses que ama uma moa pobre e esperta e se casa com ela. Em sua velhice, ele escreve um romance de memrias para compreender melhor a vida.


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  • Capitu, at a metade do livro, quem d as cartas na relao. inteligente, tem iniciativa, procura articular maneiras de livr-lo do seminrio etc. Trata-se de uma garota humilde, mas avanada e independente, muito diferente da mulher vista como modelo pela sociedade patriarcal do sculo XIX. Nesse sentido, Capitu representa no livro duas categorias sociais marginalizadas no Brasil oitocentista: os pobres e as mulheres. A personagem acabar por "perturbar" a famlia abastada, ao casar-se com o homem rico.

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  • Percebe-se, por isso, o peso do possvel adultrio em suas costas. No se trata apenas de uma questo conjugal entre iguais, mas de uma condenao de classe. Bentinho utiliza o arbtrio da palavra para culpar sua esposa. Mas ele quem narra os acontecimentos e, por isso, pode manipular os fatos da maneira que melhor lhe convm. No se sabe at que ponto os fatos relatados correspondem ao que ocorreu, ou so uma interpretao feita pelo personagem, que, alm de tudo, escreve que no tem boa memria.


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  • Nesse sentido, a questo central do livro no o adultrio, e sim como Machado introduz na literatura brasileira o problema das classes e, ainda, de forma inovadora, a questo da mulher. Dom Casmurro coloca no centro de sua temtica a menina que no se deixa comandar e, em virtude disso, perturba a ordem vigente naquele ambiente social estreito e conservador.

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  • Pardia
    Uma das formas mais clssicas que assume o humor e a ironia de Machado de Assis a pardia. Uma pardia seria uma imitao cmica de um outro texto literrio (pode ser tambm de uma msica, filme, estilo, filosofia, etc.) j consagrado pela tradio. Em "Dom Casmurro", temos trs grandes pardias:

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  • 1) "Ilada" de Homero: no captulo 125, "Uma comparao", Bentinho obrigado a fazer um discurso em honra do suposto amante de sua mulher. Em Ilada, o rei de Tria, Pramo, teve que beijar a mo de Aquiles, assassino de seu filho Heitor.


    2) "Otelo", Shakespeare: a vida de Bentinho sempre narrada com o mesmo tom trgico de uma pera. Sua maior aproximao com a pea Otelo, devido ao tema do cime e traio presente nas duas obras.


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  • 3) O mito de Abrao e Isaac: no Velho Testamento, Deus pede que Abrao sacrifique seu filho Isaac em seu nome. Porm, na hora em que Abrao ia imolar seu prprio filho, o Anjo do Senhor aparece impedindo e um carneiro oferecido em lugar de Isaac. Em "Dom Casmurro", a me de Bentinho promete seu filho a Deus (ele seria padre) antes mesmo de o conceber. Porm, Bentinho se apaixona por Capitu e eles lutam para ficarem juntos. O amor de Capitu consegue anular a promessa feita pela me dele e assim os dois podem se casar.

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  • Narrador
    O narrador Bento Santiago, transformado j no velho Dom Casmurro. O foco narrativo , portanto, em primeira pessoa e toda a narrativa uma lembrana do personagem sobre sua vida, desde os tempos de criana, quando ainda era chamado de Bentinho. Porm, trata-se de um narrador problemtico: primeiro porque o narrador um homem emotivamente arrasado e instvel; segundo porque ele narra fatos que no conhece bem, podendo ser tudo fruto de sua imaginao.

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  • Em Dom Casmurro, a narrativa exerce a funo de uma pseudo-autobiografia do protagonista, Bentinho. Dessa forma, a memria servir de vnculo entre a narrativa presente e a suposta verdade dos fatos, que a distncia entre o passado e o presente teimou algumas vezes em nublar para o narrador. Esse resgate pela memria a partir do presente(flash-back), como acabamos de dizer, falho, j que o tempo incumbiu-se de distanciar os fatos do momento da escrita. Com isso, a narrativa no poderia seguir um carter linear, nascendo fragmentada, digressiva.

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  • Oenredo apresenta uma estrutura circular, comea com Bento j velho, vivo, sozinho, tentando escrever suas memrias. Ocorre uma regresso para que a vida dele seja contada e termina onde comeou. No final, o Casmurro permanece com suas contradies, incertezas, porm, diz que o que restava era saber se a Capitu da Praia da Glria j estava dentro da de Mata-Cavalos. Ele conclui que sim uma estava dentro da outra, como a fruta dentro da casca. Esse o desfecho do livro, e assim, as duas pontas so ligadas.

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  • Onarrador autodiegtico, pois a personagem principal Bentinho que narra a sua prpria biografia, o velho Casmurro faz uma narrativa autobiogrfica. O narrador no domina os acontecimentos que envolvem a histria das outras personagens, e assim sendo, ele no onisciente, nem mesmo dos fatos que dizem respeito sobre a sua prpria vida, atitudes, pensamentos. As datas, os detalhes, o tempo, tudo isso algo permeado de incertezas, como quando diz que Jos Dias tinha 50 ou 55 anos, no captulo 4.

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  • As descries que o narrador faz so fsicas e psicolgicas. Geralmente utiliza a descrio fsica para falar de lugares, objetos, assim como fez logo de inicio, no primeiro captulo, ao descrever a casa em que havia crescido, porm lana mo da descrio psicolgica para descrever as pessoas, tomando corpo de anlise os retratos que pinta. No era relevante para a histria, mencionar se os olhos de Capitu eram azuis ou pretos, mas sim dizer que eram olhos de ressaca, que havia neles uma fora capaz de tragar quem os fitasse.

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  • O tempo tambm passa pelo psicolgico, porm o cronolgico est presente na obra, uma vez que a narrativa se d de forma linear, Dom Casmurro criana, adolescente, adulto e velho. J o tempo psicolgico evidenciado pela impreciso do narrador em dizer algumas vezes que os minutos passaram rpidos ou lentos. (Cap. 32)

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  • Tempo -O tempo cronolgico, cuja primeira referncia o ano de 1857, no momento que Jos Dias sugere a D. Glria a necessidade de apressar a ida de Bentinho para o seminrio. Em 1858, Bentinho vai para o seminrio. Em 1865, Bentinho e Capitu casam-se. Em 1872, Bentinho e Capitu separam-se. Alis, se observarmos melhor essas datas, veremos que entre a ida de Bentinho para o seminrio e o casamento decorrem sete anos, entre este ltimo e a separao mais sete anos. Se tomarmos em conta essa suposta coincidncia, podemos perceber que cada perodo forma um ciclo completo: ascenso, plenitude e declnio ou morte do sentimento amoroso.

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  • Espao -Toda a ao narrativa passa-se no Rio de Janeiro. O narrador faz-nos acompanhar sua trajetria pelos bairros e ruas do Rio, desde o Engenho Novo, onde -escreve sua obra, at a Rua de Matacavalos, onde passou sua infncia e conheceu Capitu. interessante lembrar, que as duas casas amarram-se novamente num crculo perfeito, j que a do Engenho Novo foi construda semelhana da casa de Matacavalos. A tentativa do narrador de atar as duas pontas da vida parece funcionar no apenas na ligao entre o presente e o passado, mas tambm na prpria estrutura da obra, como vimos na introduo dessa parte.

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  • Personagens

    EmDom Casmurro, as personagens so apresentadas a partir das descries de seus dotes fsicos. Temos, portanto, a descrio, funcional, bastante comum no Realismo.

    As personagens principais so:

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  • Capitu (Capitolina),"criatura de 14 anos, alta, forte e cheia, apertada em um vestido de chita, meio desbotado. Os cabelos grossos, feitos em duas tranas, com as pontas atadas uma outra, moda do tempo,... morena, olhos claros e grandes, nariz reto e comprido, tinha a boca fina e o queixo largo... calava sapatos de duraque, rasos e velhos, a que ela mesma dera alguns pontos". Personagem que tem o poder de surpreender :"Fiquei aturdido. Capitu gostava tanto de minha me, e minha me dela, que eu no podia entender tamanha exploso".

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  • Segundo Jos Dias, Capitu possua"olhos de cigana oblqua e dissimulada", mas para Bentinho os olhos pareciam"olhos de ressaca";"Traziam no sei que fluido misterioso e energtico, uma fora que arrastava para dentro, com a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca". A personagem nos pintada leviana, ftil, a que desde pequena s pensa em vestidos e penteados, a que tinha ambies de grandeza e luxo. Foi comparada, certa vez pela crtica, como a aranha que devora o macho depois de fecundada.

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  • Bentinho, tambm protagonista, que ocupa uma postura de anti-heri. No pretendia ser padre como determinara sua me, mas tencionava casar-se com Capitu, sua amiga de infncia. Um fato interessante que os planos, para no entrar no seminrio, eram sempre elaborados por Capitu. o narrador e pseudoautor da obra. Na velhice, momento da narrao, era um homem fechado, solitrio e triste. As lembranas de um passado triste e doloroso, tornaram-no um indivduo de poucos amigos. Desde menino, foi sempre mimado pela me, pelo tio Cosme, por prima Justina e pelo agregado Jos Dias. Essa superproteo tornou-o um indivduo inseguro e dependente, incapaz de tomar decises por conta prpria e resolver seus prprios problemas. Essa insegurana foi, sem dvida, o fato gerador dos cimes da suspeita de adultrio que estragaram sua vida. As personagens secundrias so descritas pelo narrador:

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  • Dona Glria, me de Bentinho, que desejava fazer do filho um padre, devido a uma antiga promessa, mas, ao mesmo tempo, desejava t-lo perto de si, retardando a sua deciso de mand-lo para o Seminrio. Portanto, no incio encontra-se como opositora, tornando-se depois, adjuvante. As suas qualidades fsicas e espirituais.

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  • Tio Cosme, irmo de Dona Glria, advogado, vivo, "tinha escritrio na antiga Rua das Violas, perto do jri... trabalhava no crime"; "Era gordo e pesado, tinha a respirao curta e os olhos dorminhocos". Ocupa uma posio neutra: no se opunha ao plano de Bentinho, mas tambm no intervinha como adjuvante.

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  • Jos Dias, agregado,"amava os superlativos","ria largo, se era preciso, de um grande riso sem vontade, mas comunicativo... nos lances graves, gravssimo","como o tempo adquiriu curta autoridade na famlia, certa audincia, ao menos; no abusava, e sabia opinar obedecendo","as cortesias que fizesse vinham antes do clculo que da ndole". Tenta, no incio, persuadir Dona Glria mandar Bentinho para o Seminrio, passando-se, depois, para adjuvante. Vestia-se de maneira antiga, usando calas brancas engomadas com presilhas, colete e gravata de mola. Teria cinqenta e cinco anos. Depois de muitos anos em casa de D. Glria, passou a fazer parte da famlia, sendo ouvido pela velha senhora. No apenas cuidava de Bentinho como protegia-o de forma paternal.

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  • Prima Justina,prima de Dona Glria. Parece opor-se por ser muito egosta, ciumenta e intrigante. Viva, e segundo as palavras do narrador:"vivia conosco por favor de minha me, e tambm por interesse","dizia francamente a Pedro o mal que pensava de Paulo, e a Paulo o que pensava de Pedro".

    Pedro de Albuquerque Santiago,falecido, pai de Bentinho. A respeito do pai o narrador coloca: "No me lembro nada dele, a no ser vagamente que era alto e usava cabeleira grande; o retrato mostra uns olhos redondos, que me acompanham para todos os lados..."

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  • Sr. Pdua e Dona Fortunata, pais de Capitu. O primeiro,"era empregado em repartio dependente do Ministrio da Guerra"e a me"alta, forte, cheia, como a filha, a mesma cabea, os mesmos olhos claros". Jamais opuseram-se amizade de Capitu e Bentinho.

    Padre Cabral, personagem que encontra a soluo para o caso de Bentinho; se a me do menino sustentasse um outro, que quisesse ser padre, no Seminrio, estaria cumprida a promessa.

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  • Escobar,amigo de Bentinho, seminarista, "era um rapaz esbelto, olhos claros, um pouco fugitivos, como as mos,... como tudo". Ezequiel Escobar foi colega de seminrio de Bentinho e, como este, no tinha vocao para o sacerdcio. Melhor amigo de Bentinho. Gostava de matemtica e do comrcio. Quando saiu do seminrio, conseguiu dinheiro emprestado de D. Glria para comear seu prprio negcio. Casou com Sancha, melhor amiga de Capitu. Morreu afogado depois de enfrentar a ressaca do mar.

    Sancha,companheira de Colgio de Capitu, que mais tarde casa-se com Escobar.

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  • Ezequiel,filho de Capitu e Bentinho. Tem o primeiro nome de Escobar. Quando pequeno, imitava as pessoas. Vai para a Europa com a me, estudou antropologia e mais tarde volta ao Brasil para rever o pai. Morre na sia de febre tifoide perto de Jerusalm.

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