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Filiado a CUT, CNM e FEM
Nº 839 2ª edição de julho de 2016 Rua Júlio Hanser, 140 Lageado - Sorocaba/SP CEP 18030-320
Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região
Governo Temer é retorno ao século 19
Parque São BentoBairro sofrecom descasoda prefeitura
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DemocraciaAto reúnemulheres emSão Paulo
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VarzeanoSem prazo para a retomada do campeonato
AUMENTAR JORNADA, JAMAIS!
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Fiesp, CNI e outros apoiadores do golpe querem precarizar ainda mais o mundo do trabalho, como aumentar para 80h a jornada. Mas a pressão popular é mais forte e combaterá qualquer ofensiva de retirada de direitos.
Pauta da Campanha Salarial é entregue
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Por mais direitos e sem golpe, a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2016 foi entregue na quinta-feira,dia 7, pela Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT/SP) e os 13 sindicatos que compõem a base para as bancadas patronais.
Trabalhadores da Flex e do Grupo Schaeffl er reprovaram propostas do Programa de Participação nos Resultados (PPR). Já na Hurth Infer o PPR foi aprovado e todos os trabalhadores garantiram estabilidade de emprego até o fi nal do ano.
Negociações de PPR continuam
Buracos causam acidentes e prejuízos no Parque São Bento, zona norte de Sorocaba. Os mora-dores cobram soluções da Prefei-tura de Sorocaba desde 2015, mas até agora não há sinal de obras de infraestrutura e recape.
Na Rua Doracy do Amaral, onde famílias do bairro são aten-didas pelo programa Cesta Verde, do Banco de Alimentos de Soro-caba (BAS), em parceria com a administração municipal, há uma cratera que atinge também parte da sarjeta.
O caminhão do Banco de Ali-mentos, que faz as entregas todas as sextas-feiras, tem dificuldades em chegar àquela rua e até mesmo de estacionar para fazer a distri-buição dos alimentos. O motorista Johnnie Silva afirma que deixa o veículo no meio da rua. “Quando chove a situação piora, porque o risco de cair no buraco aumenta”, lamenta.
O aposentado e morador do bairro, José Augusto Maciel, con-ta que em resposta a um requeri-mento de novembro de 2015, foi informado que a Rua Doracy não estava incluída na programação do novo contrato de recapeamento asfáltico. Além disso, em janeiro
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A direita mostra as garrasO movimento sindical cutista tem uma luta
histórica pela redução de jornada sem redução de salário, o que geraria novos postos de emprego. Na contramão, os empresários, que se nutrem da exploração capitalista, se articulam para a derru-bada de direitos e de garantias sociais.
As intenções dos setores patronais ficaram cada vez mais claras após o início do processo do gol-pe midiático-jurídico. Na semana passada, o pre-sidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) defendeu em público uma jornada de traba-lho de 80h semanais.
O que o governo interino de Temer (PMDB) pretende é a flexibilização das leis trabalhistas e a reforma da Previdência. Por isso, fizeram coop-tações na Câmara Federal e no Senado para pode-rem governar para as elites.
Eles não querem taxação de grandes fortunas. Querem é que o trabalhador, já tão explorado, pa-gue sempre o pato. O pior é que muitos trabalha-dores não enxergam essa realidade e compram o discurso propagado pela grande mídia, por setores conservadores da sociedade e pelo próprio patrão.
Por quanto tempo será atual a imagem batida de Charles Chaplin como um operário sendo massa-crado numa linha de produção, no filme “Tempos
centros acadêmicos. É preciso restaurar a vontade política de querer um projeto diferente para o Bra-sil. Lutar sempre, Temer jamais!
Uma pesquisa do Ibope divulgada na semana passada, encomendada pela própria Confederação Nacional da Indústria (CNI), indica que 75% da população consideram o governo de Temer como um tampão regular, ruim ou péssimo.
É óbvio! Quem quer viver num país sem Sis-tema Único de Saúde, no qual as pessoas tenham que trabalhar 12 horas por dia e que só possam se aposentar aos 75 anos de idade, independente de terem começado a trabalhar aos 14?
O governo interino e golpista está recuando conforme a pressão social. Temer chegou a anun-ciar a composição dos ministérios sem mulheres e sem negros. Após metade dos nomeados estarem envolvidos em corrupção houve uma reorganiza-ção. O corte do Minha Casa Minha Vida foi inter-rompido graças à resistência do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Esse é o caminho. O governo interino não nos representa! O SMetal está na luta e continuará como sindicato cutista representando os interes-ses da classe trabalhadora contra qualquer ofen-siva de direita.
editorial
Moradores cobram solução da Prefeitura no Parque São Bento
Sorocaba
Jornalista responsável: Paulo Rogério L. de Andrade
Redação e reportagem: Paulo Rogério L. de Andrade Fernanda Ikedo Daniela Gaspari
Fotografia: José Gonçalves Filho (Foguinho)
Projeto Gráfico e Editoração: Lucas Delgado Cássio de Abreu Freire
Auxiliar de Redação: Gabrielli Duarte Vagner Santos
ComunicaçãoSMetal
Folha Metalúrgica, Portal SMetal, Revista Ponto de Fusão,
redes sociais, comunicação visual e assessoria de imprensa
Sindicato do Metalúrgicos de Sorocaba e RegiãoRua Júlio Hanser, 140 - Sorocaba SP - www.smetal.org.br
Diretoria Executiva SMetal
Presidente: Ademilson Terto da Silva
Vice Presidente: Tiago Almeida do Nascimento
Secretário Geral: Leandro Cândido Soares
Administrativo e de Finanças: Alex Sandro Fogaça
Secretário de Organização: João de Moraes Farani
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Folha Metalúrgica Impressão: Bangraf Publicação: Semanal Tiragem: 30 mil exemplares
Modernos”? Até quando o trabalhador será visto apenas como uma engrenagem de um sistema lu-crativo para empresários e industriais?
Não podem nos tirar os direitos e garantias con-quistados durante décadas. Não podem aumentar a jornada de trabalho. É inconstitucional, pois a jornada está prevista no art. 7º, inciso XIII, da Constituição Federal.
Quando a dignidade e a vida serão valorizadas para uma sociedade saudável e mais justa? É pre-ciso reacender as massas, ou seja, o povo precisa mais do que nunca da motivação para lutar por seus direitos e por justiça.
Mais do que se indignar é preciso se organi-zar, estar atento às mobilizações nos bairros, nos sindicatos, nas lutas estudantis, sejam grêmios ou
A parceria firmada entre o SMetal e a Academia Viva possibili-ta que o associado e dependente tenham descontos nas mensalidades para realizar exercícios de musculação e aeróbicos nas duas unidades da academia (Centro e Éden).
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Mais informações pelo telefone: (15) 4062-9125.
Academia facilita matrícula com plataforma online
parceria
Temer não nos representa! Ele governapara as elites
Perigo: Buracos causam acidentes e prejuízospara quem frequenta o bairro
deste ano, Maciel entrou com pro-cesso judicial contra a Prefeitura para obter ressarcimento do valor investido na troca de rodas de seu carro, que quebraram no buraco.
Questionada pela imprensa SMetal a assessoria de imprensa da prefeitura apenas deu uma in-formação genérica, a de que a Se-cretaria de Mobilidade, Desenvol-vimento Urbano e Obras (Semob) tem previsão de execução de ser-viços de recuperação de trecho da Rua Doracy do Amaral e de intervenções em trechos das vias Alcino Oliveira Rosa, Libório Maldonado e José Antonio Leme, no mesmo bairro, mas não respon-deu sobre prazos para resolver o problema.
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Fiesp: O tema da pauta de reivindicações entregue aos sindicatos patronais na quinta, dia 7, é “Sem pato, sem golpe, por mais empregos e direitos”
mobilização
A pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2016 dos meta-lúrgicos foi entregue aos sindicatos patronais na última quinta-feira, dia 7, pela Federação estadual da categoria (FEM/CUT). A data-base dos metalúrgicos é 1º de setembro.
O tema deste ano é “Sem pato, sem golpe, por mais empregos e direitos” e possui cinco eixos: não à terceirização e à perda de direitos; estabilidade e geração de empregos; reposição integral da inflação mais aumento real; valori-zação dos pisos e jornada semanal de 40 horas.
As reivindicações foram entre-gues na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) a representantes da Fundição, Es-tamparia, Sinpa e Sindiforja, Si-cetel, Sindicel, G8 e G10. No Sin-dipeças a apresentação da pauta aconteceu na sede da entidade.
Para o G2, grupo no qual as ne-gociações das cláusulas sociais es-tão mais avançadas, a entrega será dia 14 de julho.
O presidente da FEM/CUT, Luiz Carlos da Silva, o Luizão, res-
INTENÇÕES GOLPISTAS Trabalhadores da Hurth Infer aprovam PPR;Flex e Schaeffler rejeitam
Empresários querem aumentarjornada de trabalho
Metalúrgicos da CUT entregam pauta e dão início à Campanha Salarial
Em reunião com o presidente interino, Michel Temer (PMDB), o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, defendeu, na sexta-feira, dia 8, a jor-nada de trabalho de 80h semanais, entre outras mudanças trabalhistas.
Tanto a CNI quanto a Fiesp, de Paulo Skaf (PMDB), são apoiadores do golpe que afastaram Dilma Rousseff (PT) da presidência da República por 180 dias. A declaração foi feita após reunião com 100 empresários do Comitê de Líderes da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI).
Para o presidente da CNI essa é uma medida para o governo melhorar a situação do déficit fis-cal. Outra medida seria uma “mudança brusca” na Previdência Social, aumentando o tempo para a aposentadoria.
“Vimos agora o governo francês, sem enviar
ao Congresso Nacional, tomar decisões com re-lação às questões trabalhistas. No Brasil, temos 44 horas de trabalho semanal. As centrais sindi-cais tentam passar esse número para 40. A Fran-ça, que tem 36, passou para a possibilidade de até 60 horas de trabalho semanal e até 12 horas diárias de trabalho”, citou o presidente da CNI.
No entanto, a nova lei trabalhista francesa estipula que, apenas em casos de emergências, como nevasca ou desabastecimento de remédio por epidemia, e após negociação com sindicato, as horas extras podem chegar às 12 horas diárias (oito horas, mais quatro horas extras pagas em 5 dias de semana).
Após diversos protestos em redes sociais e em publicações de jornais devido à posição da enti-dade, o presidente da CNI divulgou nota tentan-do desmentir sua própria declaração.
Após comunicado de estado de greve e mobilização, os trabalhadores da Hurth Infer conquistaram uma proposta de Programa de Participação nos Resultados (PPR) da empresa e a aprovaram na quarta-feira, dia 6, em assembleia liderada pela diretoria do SMetal.
A primeira parcela será paga no dia 15 de agosto e a segunda em 15 de março de 2017.
Conforme o diretor executivo, João Farani, um dos destaques conquistados na negociação foi a garantia de estabilidade de emprego para todos os 130 metalúrgicos da empresa até dezembro deste ano.
RejeitadoJá na Flex, os metalúrgicos reprovaram a
segunda proposta de PPR da empresa em assembleia na sexta-feira, dia 8. No Grupo Schaeffler é a terceira vez que os trabalhadores rejeitam o valor do benefício apresentado pela empresa, que está 30% abaixo da proposta aprovada em 2015. A última assembleia aconteceu na segunda-feira, dia 11.
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saltou que o objetivo é buscar um acordo à altura da categoria. “De-vemos ser criativos e ter disposição de diálogo na busca por soluções para manutenção dos empregos. O trabalhador não pode ser mais pe-
nalizado nem pagar o pato”, enfa-tizou.
Durante a entrega da pauta, Ademilson Terto da Silva, presi-dente do Sindicato dos Metalúrgi-cos de Sorocaba e Região (SMetal),
reforçou a importância da unidade e mobilização dos trabalhadores “para que não haja retrocesso nas negociações das cláusulas sociais e conquistam um aumento de salário digno para os metalúrgicos”.
São PauloPágina 4 Folha Metalúrgica - Julho de 2016 - Ed. 839
Sindicalistas de Sorocaba e re-gião participaram na última sexta--feira, dia 8, do ato “Mulheres pela Democracia”, promovido pela Fren-te Brasil Atual, que ocorreu na Casa Portugal, em São Paulo.
No evento, lideranças e repre-sentantes de mulheres criticaram o golpe à democracia brasileira que foi efetivado com a abertura do pro-cesso de impeachment da presiden-ta Dilma Rousseff (PT).
A presidenta do Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Noronha, defendeu Dilma e disse que ela é exemplo de luta e resistência. “Es-tamos diante da maior ofensiva que esse país já teve em termos de de-mocracia. Veja o que fi zeram com o Conselho Nacional de Educação (CNE)”, afi rmou referindo-se à re-
vogação da nomeação de 12 con-selheiros do CNE, realizada pelo presidente interino Michel Temer (PMDB) em junho.
Presente no ato, a presidenta eleita Dilma Rousseff afi rmou que o golpe se caracteriza também como uma tentativa de implantar medi-das que “jamais seriam eleitas pelas urnas”. Ela citou como exemplos a proposta de jornada semanal de 80 horas, anunciada pela CNI, e os cor-tes no programa Minha Casa Minha Vida.
Negando que irá renunciar, ela afi rmou ainda: “vou lutar todos os dias de minha vida. Eu não entrego o jogo. Tenho clareza de quem devo honrar. Quero honrar o povo que me elegeu, homens e mulheres”.
Confi ra a galeria de fotos do ato em www.smetal.org.br
‘Qual direito você perdeu hoje?’
notas
Encontro: Mais de duas mil mulheres participaram do ato contra o golpe
Campeonato adiado: A Prefeitura não renovou contrato com associação de árbitros
Com o intuito de denunciar todas as ações antidemocráticas do governo ilegítimo de Michel Temer e exigir nenhum direito a menos, foi criado em junho deste ano o site Alerta Social, que pode ser acessado em www.alertasocial.com.br . O canal faz um monitoramento das notícias que saíram na imprensa brasileira e internacional sobre as medidas do governo golpista. O ‘Alerta Social’ possui ainda página no Facebook (www.facebook.com/alertasocialBR), na qual o internauta pode acompanhar as novidades do site.
Mulheres se mobilizamem defesa da democracia
Melhorias naregião da ToyotaO vereador metalúrgico Izídio de Brito (PT) aprovou na terça-feira, dia 12, um requerimento cobrando da Prefeitura de Sorocaba melhorias na infraestrutura da nova zona industrial da cidade, onde estão instaladas empresas sistemistas da montadora Toyota. De acordo com o vereador, além de problemas no asfalto, os trabalhadores que passam pelo local reclamam da falta de iluminação, o que gera insegurança. O prefeito Pannunzio (PSDB) tem até 15 dias para encaminhar resposta à Câmara Municipal.
Futebol varzeano está parado por falta de contrato
As fases fi nais do Campeonato Varzeano de Sorocaba Baltazar Fer-nandes - 1ª divisão do veterano, que deveria ter sido iniciada em 2 de ju-lho, foi adiada pela Prefeitura de Sorocaba.
O contrato com a Associação Sorocabana de Árbitros (ASA) ven-ceu no dia 29 de junho e, em respos-ta à imprensa SMetal, a Secretaria de Esportes e Lazer (Semes) afi rma que aguarda a aprovação do contra-to para a renovação por parte dos setores competentes na Prefeitura.
De acordo com o diretor da ASA, Eliseu Sentelhas, o contrato com a prefeitura começou com a li-citação para o serviço de arbitragem em 2014 e foi renovado em 2015/2016 com o mesmo valor. “Enviamos para a Semes o mesmo valor e toda documentação e esta-mos no aguardo da renovação para dar continuidade aos campeona-tos”, afi rma.
Fora o Varzeano, o contrato com a ASA inclui prestação de serviços em todos os outros eventos esporti-vos da cidade, como Taça Tropei-ros, Vetererano 1ª e 2ª divisões, fu-tebol de salão e todas as modalidades dos Jogos Escolares (JES).
Segundo informações recebidas por Sentelhas, o contrato de reno-vação está parado no setor que ad-
ministra contratos da prefeitura. Desde o início do ano até agora fo-ram 192 jogos do varzeano, terceira divisão local, da Taça Baltazar Fer-nandes e 56 partidas no Campeona-to Veterano da 1ª divisão.
A ASA tem cerca de 120 pesso-as entre árbitro, e anotadores e presta serviços para outras cidades da região.
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