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O AutoClássico 2009, VII Salão Interna-cional do Automóvel e Motociclo Clássico e de Época, vai ter lugar de 3 a 5 de Outubro no recinto de feiras da Exponor, no Porto. Com mais de 40 mil m2 de superfície de exposição e a participação de mais de 250 expositores, esta mostra já se converteu na mais importante da Península Ibérica de-dicada ao veículo clássico e este ano espera receber mais de 50 mil visitantes.

O evento levado a cabo pela Eventos del Motor ocupará a totalidade dos cinco pavi-lhões e três galerias do recinto, com exposito-res que irão mostrar veículos, componentes, peças, miniaturas, publicações e acessórios. Aficionados, coleccionadores e visitantes poderão desfrutar, admirar e comprar neste grande acontecimento à volta do automóvel clássico. O mundo da competição também terá o seu espaço onde se poderão contem-plar automóveis que já fazem parte da histó-ria do automobilismo nacional.

No Porto estarão presentes as empresas mais importantes que se dedicam à res-tauração e venda de veículos de época do nosso continente. Marcas como Rolls Roy-ce, Jaguar, Alfa Romeo, Ferrari, Porsche, MG, Triumph, Aston Martin ou Bentley serão algumas das protagonistas no que já se converteu num salão de referência a ní-vel europeu. Graças ao êxito alcançado nas anteriores edições, todos os anos o Auto-Clássico Porto atrai novos expositores, des-tacando-se para esta edição empresas como a Cochera/FM Clássicos, J. Barquinha ou Brandini Clássicos, entre outros, além dos já habituais Good Old Times, Clássicos My Car, Robalo & Macedo, Vintage Cars, Juan

Lumbreras, Clásicos de Mós, Clasic Cars Mandin, Lemos Old Garage ou Auto Retro, etc. Na zona da Automobilia, ocupando a totalidade do Pavilhão 1, estarão os conhe-cidos especialistas de peças e acessórios para veículos clássicos e antigos vindos de toda a Europa (Portugal, Espanha, França, Bélgica, Itália, Alemanha, Inglaterra, Suécia, etc.).

Clássicos em exposição e... em pista

Paralelamente, o AutoClássico Porto 2009

terá também o seu tradicional Motorshow, a parte dinâmica, onde se poderão ver em acção numa pista improvisada veículos de competição e grandes estrelas do automo-bilismo português e espanhol. Além disso, está já confirmada a presença em exposição dos dois carros de Rodrigo Gallego, o Lola T 292 ex Tem BIP e o March 761/8 de Fór-mula 1 que esteve no Circuito da Boavista em Julho. Dois carros emblemáticos que se juntarão a outros veículos de competição que encherão os olhos dos visitantes do Sa-lão.

Sétima edição do evento na Exponor de 3 a 5 de Outubro

AutoClássico Porto de regresso

Decepção com os incentivos

à compra de automóveis

1. Conforme a ARAN tinha pre-visto, a medida de apoio do Governo à aquisição de automóveis foi insuficien-te, ao contrário dos incentivos criados noutros países. O exemplo mais para-digmático disso é a Alemanha, que em Agosto viu as vendas de automóveis novos crescerem 28% face ao mesmo mês de 2008.

A explicação para a diferença de rea-lidades é o facto de o apoio dado pelo Governo de Angela Merkel ser mais do dobro do existente em Portugal: 2500 euros à cabeça e isenção de imposto de circulação por dois anos, para os veí-culos com emissões de CO2 até 120 g/km. Isto sem esquecer que as viatu-ras na Alemanha, por razões fiscais, em que não existe imposto à cabeça, tran-sitando este para um imposto anual de circulação, são muito mais baratas do que em Portugal. Resultado, no pri-meiro semestre de 2009, cerca de 80% dos automóveis vendidos na Alema-nha usufruíram deste apoio, mais de 1,7 milhões de unidades. Mas o caso alemão não é o único em matéria de melhorias do mercado em face de in-centivos à aquisição. Também a Itália e a França já tiveram algum crescimento face ao ano passado.

Por isso, quando ouço e leio que a crise pode estar a acabar, não concor-do. A crise acaba, sim senhor, nos paí-ses em que são tomadas medidas que, de facto, contribuem para esta acabar. Não é, infelizmente, o caso de Portu-gal, em que as medidas não se vêem.

2. E não é, da nossa parte pelo menos, por falta de sugestões. Aliás, desde Março que a ARAN está à es-pera de respostas relativas ao plano de apoio ao sector automóvel (PASA) por parte do Ministério da Economia. O PASA não englobou o retalho e a cons-trução de carroçarias, nomeadamente de autocarros. Pedimos explicações há seis meses e, até agora, não obtivemos qualquer resposta.

A falta de respostas à ARAN por parte de alguns ministérios e direc-ções-gerais é uma desilusão comple-ta. De facto, se das eleições de 27 de Setembro, qualquer que seja o partido vencedor, não houver mudanças gene-ralizadas nas direcções-gerais, a ARAN vai ter que tomar medidas concretas de responsabilização desses organismos pela ausência de respostas. Não pode ser a Associação, após o enorme esfor-ço para resolução dos problemas dos associados, a assumir a não competên-cia de outros, pois que muitos associa-dos não entendam que assim é, vindo a criticar a ARAN.

Esta falta de resposta às inúmeras so-licitações da ARAN por parte de várias entidades governamentais acaba, de resto, por deixar mal o Governo. Aliás, eu não quero crer que o Sr. primeiro-ministro queira direcções-gerais que trabalham desta forma. Há, por isso, que fazer alguma coisa!

editorial

António

teixeirA lopes

presidente da Direcção ArAn

O Centro de Arbitragem do Sector Automóvel (CASA) pres-tou, nos últimos 15 anos, mais de 45 429 informações e recebeu 5487 processos de reclamação, num total que suplanta 50916 serviços prestados a consumidores e empresas.

O CASA é uma entidade autorizada pelo Ministério da Justi-ça a realizar informação, mediação, conciliação e arbitragem de litígios decorrentes da prestação de serviços de assistência, manu-tenção e reparação automóvel, da revenda de combustíveis, óleos e lubrificantes, da compra e venda de peças, órgãos ou quaisquer outros materiais destinados a serem aplicados em veículos au-tomóveis, da compra e venda de veículos novos ou usados, e

dos serviços prestados por empresas detentoras de parques de estacionamento.

O CASA tem âmbito nacional e o seu Tribunal já se deslocou aos distritos de Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Leiria, Porto, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu. Dispõe igualmente de um serviço de mediação presencial a funcionar em Lisboa, Porto e Braga. Apoiam o CASA as Câmaras Municipais de Albufeira, Caldas da Rainha, Castelo Branco, Espinho, Loures, Matosinhos e San-tarém (mais informações em www.centroarbitragemsectorauto-movel.pt).

CASA retirou 1500 casos aos tribunais

O número de concessionários recrutados pela Mazda duplicou nos dois últimos anos. O que se tornou possível, segundo a marca, por via da exigência de investimentos razoáveis, acordos financeiros competitivos e gamas de modelos interessantes no mercado euro-peu. Uma rede de consultores financeiros aumenta a liquidez dos concessionários. Acontece que a indústria automóvel ainda não está suficientemente centrada no apoio aos concessionários, em termos de fluxos financeiros e gestão das respectivas finanças.

Os consultores financeiros têm como objectivos ajudarem os con-cessionários a libertarem-se dos recursos que são absorvidos pelas respectivas contas e a gerirem melhor a sua relação com os bancos. A prioridade desta equipa foi estabelecer novas relações bancárias para o financiamento de quase oito centenas de concessionários em dez países europeus.

Em apenas seis meses, o seu trabalho estava concluído, com condições competitivas para os concessionários em causa. Agora, a intenção da equipa de consultores é ajudar individualmente os concessionários a melhorarem a sua liquidez. Esta intervenção parte do princípio que num concessionário de pequenas dimensões pode existir muito dinheiro bloqueado na contabilidade. Cabe àquela equipa rever os processos que podem resultar nestas situações e des-bloquear verbas, retirando pressão ao balanço bancário e libertando recursos para a gestão do negócio.

Refere a marca japonesa que a iniciativa está a ter resultados bas-tante positivos, sendo que está a apoiar os negócios de novos e con-cessionários já existentes, especialmente em dois dos maiores merca-dos. Na Alemanha, a equipa de especialistas sugeriu algumas acções

que ajudaram um concessionário e uma financeira a melhorarem os processos de venda e a libertarem 500 mil euros. No Reino Unido, foi assessorado um investidor a obter o aval para um financiamento de 150 mil libras para adquirir as instalações para abrir uma nova concessão Mazda.

Os consultores financeiros pretendem, na medida do possível, facilitar o negócio dos concessionários e minimizar ao máximo as exigências financeiras. Por outro lado, a equipa de profissionais es-pecializada em finanças quer adicionar valor ao negócio dos con-cessionários, pela que é sua preocupação constante recrutar mais e melhores parceiros de distribuição.

Número de concessionários da Mazda duplica em dois anos

Esta vai ser a sétima edição do certame.

Ficha técnica

Suplemento ARAN - Associação Nacional do Ramo AutomóvelDirector: António Teixeira LopesRedacção: Aquiles Pinto, Bernardo Ferreira da Silva, Fátima Neto, João Lopes, Luís Cabral, Maria Manuel Lopes, Neli Valkanova, Nuno Santos e Tânia MotaArranjo Gráfico e Paginação: Célia César, Fernando Pinheiro, Flávia Leitão, José Barbosa e Mário AlmeidaPropriedade, Edição, Produção e Administração: ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel, em colaboração com o Jornal Vida EconómicaContactos: Rua Faria Guimarães, 631 • 4200-191 PortoTel. 225 091 053 • Fax: 225 090 646 • [email protected] • www. aran.ptPeriodicidade mensalDistribuição gratuita aos associados da ARAN

iiisexta-feira, 18 Setembro de 2009

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Os meses de Verão foram positivos para o mercado automóvel eu-ropeu. Em Julho e Agosto foram

matriculados mais 2,8% e 3% de veículos, respectivamente, face a iguais períodos do ano passado. A recuperação teve início em Junho, depois de 14 meses de quebras con-secutivas nas vendas de automóveis novos.

A melhoria verificada teve a ver com o impacto dos incentivos atribuídos ao sec-tor em vários mercados. No entanto, nos oito primeiros meses, as vendas ainda fica-ram 8,2% abaixo de período homólogo do ano passado, de acordo com a Associação de Construtores Europeus de Automóveis. Importantes mercados, como o alemão, o britânico, o francês e o italiano, têm apre-sentado desempenhos bastante mais posi-tivos. A própria Espanha também revelou uma certa estabilização durante os dois meses de Verão.

Nos oito primeiros meses do ano, as ma-trículas sofreram uma quebra de 6,6% na Europa Ocidental e de 26,8% nos novos pa-íses da União Europeia (UE). A Alemanha (26,8%), a Áustria (5,5%), a França (1,1%), a Eslováquia (22,3%), a República Checa (9%) e a Polónia (1%) tiveram crescimen-tos. Apesar dos melhores resultados relativa-mente aos últimos meses, a Itália (-7,4%), o Reino Unido (-21,5%) e a Espanha (-32%) tiveram variações negativas, tal como acon-teceu na maioria dos países europeus.

Portugal teve uma quebra acumulada de 32,1%, desde o início do ano. A Irlanda continuou a registar a maior descida nos 15 países da UE (-63,7%), seguindo-se a Fin-lândia (-40,2%). Na região foram colocados 9 565 517 de unidades no mercado dos li-geiros de passageiros. De notar que os mer-cados da Europa Ocidental têm contribuído de forma considerável para a melhoria do desempenho do sector automóvel. Importa agora aguardar pelos próximos meses, já que os incentivos vão acabar nalguns mercados, com destaque para a Alemanha, onde os consumidores já deixaram de contar com os apoios estatais no abate e na compra de um veículo novo.

Vendas europeias de automóveis melhoram nos meses de Verão

Embora a quebra tenha abrandado

Medidas de incentivo ao abate insuficientes para melhorar mercado

As vendas de veículos ligeiros deram sinais de melhorias no mês de Agosto. A que-

bra foi de 16,7%, o que significou um abrandamento, relativamente aos meses anteriores. Ainda assim, continua a ser preocupante para o sector o facto de a descida se cifrar em 33%, em termos acumulados. Os operadores querem mais medi-das para se entrar na retoma.

“As novas comparticipações do Estado podem ter ajudado nes-te abrandamento da queda, mas ainda se revelaram insuficientes. Se for efectuada uma comparação com o que se passa noutros paí-ses europeus, sobretudo a Alema-nha, as medidas são incapazes de promoverem um crescimento nas vendas. Temos apresentado várias propostas que acreditamos serem potenciadoras do sector. Medidas que atinjam globalmente o sector automóvel são cada vez mais ne-cessárias”, é a posição defendida pela ARAN.

A realidade é que continuam a ser tomadas algumas medidas pontuais, muitas delas de fraco impacto. O que os profissionais do sector defendem são altera-ções de carácter mais amplo, sobretudo ao nível fiscal. O que se torna ainda mais pertinente, tendo em conta a actual con-juntura económica. Por outro lado, Portugal teria todo o in-teresse em seguir os exemplos de outros países europeus. Para além da Alemanha, a Itália e a França também tomaram medi-das bastante interessantes para impulsionarem a indústria.

Um aspecto que levanta preo-cupações, relativamente às ven-das nacionais de veículos ligeiros entre Janeiro e Agosto, é que as dez primeiras marcas apresentam todas quebras. Ora, estas detêm uma quota esmagadora no mer-cado, pelo que a situação assume contornos ainda mais preocu-pantes. De notar que mesmo as

marcas de luxo começam a dar sinais de alguma fragilidade, o que representa que o mercado de topo de gama está a chegar ao ponto de saturação.

Renault lidera,mas continuaa perder terreno

Por marcas, em termos acu-mulados, a Renault continuou a liderar o ranking, mas con-tinua a perder terreno. Regis-tou uma variação negativa de 42,4%, o que se traduz num quota de 11%, apenas três pon-tos mais do que o concorrente mais directo, a Ford. A marca com a quebra menos acentuada foi a Mercedes (-14,6%) entre as dez primeiras, enquanto a Opel registou a maior descida (-56,5%). A nível global, des-taque – pela positiva – para as marcas Alfa Romeo, Dacia, Dodge e Saab.

As vendas de automóveis não foram de “férias” este Verão, mas importa agora aguar-dar pelos próximos meses, já que os incentivos vão acabar nalguns mercados.

sexta-feira, 18 Setembro de 2009IV

PaísesJaneiro – Agosto Janeiro – Agosto Variação %

2009 2008 2009/2008

Áustria 221 133 209 648 5,5

Bélgica 339 196 402 893 -15,8

Dinamarca 71 733 109 848 -34,7

Finlândia 65 051 108 694 -40,2

França 1 430 391 1 415 199 1,1

Alemanha 2 674 600 2 110 089 26,8

Grécia 169 429 207 411 -18,3

Irlanda 52 906 145 643 -63,7

Itália 1 420 658 1 534 059 -7,4

Luxemburgo 33 368 37 631 -11,3

Holanda 282 779 379 788 -25,5

Portugal 100 775 148 343 -32,1

Espanha 599 808 882 397 -32

Suécia 132 887 174 134 -23,7

Reino Unido 1 149 11 1 464 124 -21,5

União Europeia (UE15) 8 743 824 9 329 901 -6,3

Ford afirma ter a melhor quota europeiadesde 1998

A Ford Europa vendeu em Agosto 72800 nos 19 países da zona euro, 1% mais do que no mesmo mês de 2008, contrariando a tendência da indústria, negativa em 0,5%. Essa performance fez com que a quota de mercado do construtor tivesse crescido 0,1 pontos percentuais para 8,1%, o que repre-senta, segundo a marca, a mais alta pene-tração desde Agosto de 1998. Agosto foi o oitavo mês de crescimento de quota, o que reforçou a posição da Ford como segunda marca mais vendida na Europa. A quota da Ford cresceu em 12 dos 19 principais mer-cados, incluindo Portugal, face a Agosto do ano passado.

O presidente-executivo da filial europeia da marca norte-americana, John Fleming, defende que o “aturado trabalho” da Ford “neste ambiente difícil” continua a dar re-sultados. “A nossa performance demonstra como é importante contar-se com novos e atractivos produtos, propostas que possam atrair novos clientes, mesmo quando os seus níveis de confiança estão relativamen-te baixos”, defende.

Fleming está, porém, preocupado com o final dos programas de incentivo ao aba-te, que tanto sucesso tiveram este ano em muitos países europeus. De acordo com o executivo, esse cenário “poderá criar no-vos desafios aos construtores automóveis, já que os níveis de procura podem cair a pique uma vez mais”.

O presidente-executivo da Ford Europa recorda que o nível de procura de auto-móveis novos continua muito baixo. “Na indústria como um todo, continuam a existir algumas situações de sobrecapacida-de. Apesar de a Ford Europa ter tomado algumas decisões difíceis para ajustar a sua capacidade de produção à procura, tal ain-da não é transversal em toda a indústria. É por isso que o crescimento que registamos na nossa quota de vendas a clientes de re-talho é tão agradável, permitindo-nos evi-tar práticas de vendas não sustentáveis que temos visto em alguns mercados”, defende Fleming. Fonte: ACEA

Vendas contInuam em teRReno negatIVo na ue

Fonte: ACAP

MarcasUnidades Variação % no mercado

2009 2008 % 2009 2008

Renault 13 748 23 865 -42,4 11,1 12,9

Ford 10 060 14 345 -29,9 8,1 7,8

Citroen 9 953 13 920 -28,5 8 7,5

VW 9 621 13 434 -28,4 7,8 7,3

Peugeot 9 599 15 097 -36,4 7,8 8,2

Opel 8 171 18 773 -56,5 6,6 8,2

Fiat 7 870 10 160 -22,5 6,4 5,5

Toyota 7 774 10 994 -29,3 6,3 6

Seat 5 927 9 901 -40,1 4,8 5,4

Mercedes 5 642 6 603 -14,6 4,6 3,6

Renault peRde teRReno na lIdeRança(Janeiro a Agosto)

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Vida Económica- Como vê esta possibilidade dos titulares de carta de carro conduzirem motos até 125 cc?

Guálter Mota Santos- Acho que são sempre bem-vindas estas alterações. As liberdades cada vez são maio-res. É uma medida bem-vinda.

VE- Esta medida pode roubar espaço ao automó-vel?

GMS- Não sei até que ponto as pessoas podem apro-veitar o ano inteiro essa possibilidade. Há alturas que ou andam de transportes colectivos ou têm carro. Por-tanto, em termos do sector automóvel, suponho que é complementar.

VE- A lei da majoração do incentivo ao abate – que foi publicada em Diário da República quase quatro meses depois da aprovação em Conselho de Minis-tros – poderá ter alguma influência na performance do sector?

GMS - Medidas como esta acabam por ser sempre bem-vindas, já que têm o condão de representar, numa primeira fase, alguma “mexida” no mercado, inde-pendentemente de eu ter dúvidas de, na prática, esta medida em concreto ter alguma vantagem. Acredito que, com esta medida, as pessoas, pelo menos, vão ao stand.

VE- O sector automóvel está, desde 2000, a per-der consecutivamente. Onde pode parar esta des-cida?

GMS- Não sei. Se olharmos para os últimos tempos, não há muita facilidade em fazer previsões. Acho que estamos num período complicado para as pessoas que estão habituadas a fazer previsões com base no passado e que não têm criatividade. Antigamente, tudo era mais previsível desde que uma pessoa tivesse conhecimento. Estamos num período muito incerto. Nestes períodos, só se consegue dar a volta com criatividade na maneira de fazer negócios, na evolução dos modelos, na propos-ta de serviços. Em suma, para haver resultados diferen-tes, tem que se ter atitudes diferentes.

VE- Além do ciclo económico, a fiscalidade tam-bém contribui, na sua opinião, para as baixas ven-das de automóveis em Portugal?

GMS- Há aqui uma mudança que poderia ser feita. O imposto sobre veículos é o seu valor vezes o número de unidades que se vendem. Quando a receita começa a cair, não é necessariamente a melhor solução aumentar os impostos, pode ter o efeito negativo de baixar as ven-das. Não é por aí que o Governo ganha mais. Se calhar, se diminuíssem os impostos, haveria um aumento nas vendas. Volto à questão da criatividade: se formos cria-tivos, vamos ter sucesso. Eu faço a minha parte como concessionário, sendo que as marcas têm de fazer o pa-pel delas, assim como o Estado. O resultado vai ser a mistura dessas acções todas.

VE- A Citroën perdeu até Agosto 28,5%, menos do que a média do mercado (-33%). Com a chegada do novo C3, a marca pode cimentar essa posição?

GMS- É um bom sinal estarmos numa marca que não está a perder tanto como o mercado, nomeadamente, nos comerciais até atingiu, várias vezes, o primeiro lu-gar. Acho que isso tem que ver com o produto e com a maneira de trabalhar dos concessionários. A própria

marca, com os novos modelos, vai fazer a diferença. De-vemos ter uma visão bem optimista da situação.

VE- Acha que a marca vai manter esta dinâmica com o aparecimento dos carros eléctricos?

GMS- Esqueçam a electricidade. Enquanto não con-seguirem dar um salto qualitativo, os automóveis vão ter sempre baterias muito pesadas e autonomia muito pequena e isso não é compatível com o hábito que as pessoas têm. Com os híbridos vamos um pouco mais longe, mas são ainda situações muito primitivas. A energia eléctrica só tem interesse com a subida do pe-tróleo. Quando o petróleo estiver baixo, todas as outras energias “vão à vida”. O que faz sobreviver as outras tecnologias é o preço do petróleo.

VE- Porque é que os automóveis a diesel ainda

são mais caros que os a gasolina?GMS- É uma questão de oferta e de procura. Como

o diesel é mais barato, há uma procura maior de diesel. Os americanos, nomeadamente a General Motors, se ti-veram problemas foi por terem uma tecnologia ao nível dos motores muito atrasada em relação ao mercado. O grande sucesso do grupo PSA tem sido a tecnologia de ponta nos motores diesel, ao ponto de ter feito a parce-ria para fornecer esse know-how à BMW, recebendo em troca conhecimentos para os motores a gasolina.

VE- Falemos do grupo Filinto Mota. Como preten-dem fechar o ano em termos de unidades?

GMS- Isso depende muito da conjuntura. Procura-mos estar sempre melhor e sermos muito profissionais. Acredito que vamos ter muito sucesso.

VE- Ao longo dos anos mais recentes, foram no-meados vários concessionários Citroën na região de influência da Filinto Mota. A empresa tem, contudo, conseguido manter a posição de líder.

GMS- Se eu fosse investidor, preferia investir na Fi-linto Mota. Começámos a fazer uma autolimitação na guerra pelos descontos e acho que está dar bons resulta-dos. Claro que, no final do mês, com a pressão dos ob-jectivos, é natural que alguns operadores optem por uma política de descontos perigosamente baixos. Não posso criticar que alguém o faça para conseguir os objectivos. Contudo, há limites e é importante que se perceba que essa é uma estratégia perigosa a médio e longo prazo. Como sabe, trabalhamos com uma rede de reparadores autorizados Citroën com a qual temos um acordo para a promoção de vendas de carros novos. E desde que eles existem que convivemos com eles e nunca destruímos financeiramente nenhum parceiro nosso.

VE- A Citroën apresentou uma nova imagem em Fevereiro. Quando vai o grupo Filinto Mota renovar a imagem das suas instalações?

GMS- Há instalações nossas que talvez precisem mais de renovação do que outras. De qualquer maneira, a renovação está muito dependente da Citroën, porque ainda não estão definidos os fornecedores. Não posso fabricar uma imagem sem saber quem vai fabricar a imagem. Suponho que este acordo até vai ser interna-cional.

VE- Em Portugal não há dados, mas, segundo a imprensa, em França, a operação de mudança de imagem dos concessionários custa ao retalhista, em média, 300 mil euros. Se calhar, há operadores por-tugueses que não terão essa capacidade.

GMS- Em 2010 vai haver uma mudança do regula-mento da distribuição automóvel na Europa. Como se pode pedir à pessoa para fazer um investimento desses se, depois, perante as novas normas, eles não cumprem os critérios todos? Enfim, há essas questões de pormenor que estão também a ser consideradas neste momento.

AQuilES [email protected]

Guálter Mota Santos, da Filinto Mota, indica caminho para o sector vencer a crise

“Só se consegue dar a volta com criatividade”A criatividade na forma como o sector automóvel encara o mercado é, segundo o administrador-executivo do grupo Filinto Mota, uma das chaves para sair da crise em que este se encontra. “Antigamente, tudo era mais previsível desde que uma pessoa tivesse conhecimento. Estamos num período muito incerto. Nestes períodos, só se consegue dar a volta com criatividade na maneira de fazer negócios, na evolução dos modelos, na proposta de serviços. Em suma, para haver resultados diferentes, tem que se ter atitudes diferentes”, avisa Guálter Mota Santos. O empresário, que preside à Assembleia Geral da ARAN, espera que os governantes também sejam criativos na altura de aplicar impostos aos automóveis e diminuam a carga.

É já este domingo, dia 20 de Setembro, que o grupo Fi-linto Mota realiza a oitava edição do passeio de clássicos da Citroën. Num ano em que a empresa celebra 75 anos e a marca francesa 90, o desfile vai ligar duas cidades, Porto e Guimarães, depois das na primeiras sete edições ter ficado pela Invicta, onde está sediada a Filinto Mota. “Este ano, juntamos os 75 anos de Filinto Mota e os 90 da marca e portanto vamos fazer um passeio com um chamamento especial. O que levou a termos uma equipa de trabalho maior, porque englobou também a Citroën. Vamos fazer uma experiência nova. Os primeiros sete anos foram sempre dentro da mesma cidade. Este ano, partimos de uma cidade e chegamos a outra”, refe-re Guálter Mota Santos.As várias relíquias da Citroën poderão ser apreciadas à partida, às 10h30, na Avenida dos Aliados, no Porto, ou à chegada, à hora de almoço, no Pavilhão Multiusos de Guimarães. De salientar que, na edição passada, a ini-ciativa contou com a participação de mais de 200 clás-sicos da marca francesa, fazendo deste evento uma refe-rência em termos de passeios de clássicos monomarca. Entre os modelos possíveis de observar, destaque para o Arrastadeira, o Boca de Sapo, o 2 CV, o SM e o CX.

“Dá gosto [levar a cabo a iniciativa], porque sentimos da parte dos participantes um carinho muito grande. De facto, fazemos isto por diversão e pelos fortes laços de amizade com os nossos clientes. Temos de ir mais longe que a venda ou reparação do automóvel”, afirma Mota Santos.

Oitava edição do passeio de clássicos

Relíquias ligam Porto a Guimarães este domingo

Vsexta-feira, 18 Setembro de 2009

“Se diminuíssem os impostos, haveria um aumento nas vendas. Volto à questão da criatividade: se formos criativos, vamos ter sucesso”, defende Mota Santos.

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EuroNCAP prova que modelos pouco poluentes podem ser seguros

Os mais recentes testes do EuroNCAP “distribuíram” cinco estrelas de seguran-ça, com destaque para os modelos pouco poluentes. Com efeito, dos setes veículos postos à prova pelo organismo europeu de segurança automóvel, apenas o Citroën C3 não obteve a pontuação máxima. E, mes-mo nesse caso, estamos perante um risco calculado por parte do construtor francês, já que é o facto de não oferecer de série em todos os mercados e versões o contro-lo de estabilidade que impedem o modelo de chegar às cinco estrelas. “Num veículo com uma plataforma comprovada e com estrutura reforçada, a marca decidiu pro-por o ESP, segundo os mercados, de série ou como opcional para manter o modelo como uma proposta comercial atraente”, refere a Citroën, em comunicado de im-prensa.

Os restantes modelos postos à prova fo-ram o Kia Sorento, o Renault Grand Scenic, o Skoda Yeti, o Subaru Legacy, o Volkswa-gen Polo e os híbridos Honda Insight e Toyota Prius. O EuroNCAP destaca aliás,

estes dois últimos veículos, referindo que ambos mostram que a necessidade de eco-nomia de combustível não é um obstáculo à performance nos testes de segurança. O organismo elogia os híbridos pela sua “im-pressionante pontuação na protecção a pe-ões”, que, aliás, não só já cumpre os actuais requisitos para cinco estrelas neste capítulo, com já cumpre os previstos para 2012.

Aliás, o EuroNCAP defende que a pro-tecção aos peões foi subvalorizada pelos construtores automóveis. No ano passado, apenas 25% dos modelos postos à prova atingiram mais do que duas estrelas neste capítulo. O organismo sublinha, porém, que a “maré” está a mudar, devido às no-vas regulações e a diferentes exigências dos testes. O secretário-geral do EuroNCAP, Michiel van Rantingen, defende que a tecnologia para melhorar a segurança dos peões em caso de atropelamento já está disponível. “A Honda e a Toyota estão a dar-nos uma pequena visão dos carros de futuro, que vão considerar o ambiente na-tural e social na sua totalidade”, afirma Van

Rantingen. Quanto a outras conclusões dos “crash-

tests”, os dois modelos franceses, Citroën C3 e Renault Grand Scenic, introduziram um sistema de limitação de velocidade controlado pelo condutor em algumas das versões, o que o EuroNCAP teve em con-ta na avaliação aos sistemas de segurança. “Estes sistemas dão uma grande assistência ao condutor para este manter a velocidade adequada às condições”, refere a entidade.

Outro ponto que o organismo que testa a segurança dos carros novos em solo eu-

ropeu destaca pela positiva é a protecção aos choques traseiros e ao efeito “chicote”. Refere o EuroNCAP que “alguns constru-tores responderam rapidamente” aos seus apelos neste capítulo. “O Honda Insight, o Kia Sorento e o Skoda Yeti têm assen-tos e encostos de cabeça que oferecem boa protecção ao efeito chicote. Em contraste, a protecção ao efeito chicote do Citroën C3 foi considerada baixa”, informa a en-tidade.

Aquiles [email protected]

O “eCall” permite o contacto automático com a emergência

Bruxelas apela à rápida aplicação de sistema de segurança

A Comissão Europeia lançou um último apelo para que todos países da União Eu-ropeia imprimam um ritmo mais rápido na aplicação voluntária da nova tecnologia de comunicação “eCall”, a qual poderá salvar cerca de 2500 vidas por ano.

O sistema liga automaticamente para o

112 quando o veículo tem um acidente gra-ve, enviando a sua localização para o servi-ço de emergência mais próximo. Com um tempo de resposta mais rápido, reduz a gra-vidade dos ferimentos e ajuda a salvar vidas de pessoas que não sabem ou não podem dizer onde se encontram. De momento, a implementação do sistema pelas autoridades públicas, fabricantes de automóveis e ope-radores de telemóveis é voluntária. Para já, o sistema não está operacional em qualquer país da União Europeia.

No entanto, Bruxelas avisa que, se não houver uma evolução significativa na im-

plantação deste sistema até ao final do ano, poderá avançar com medidas regulamentares destinadas a tornarem disponível em toda a Europa a tecnologia em causa. A realidade é que, no ano passado, os acidentes automóveis causaram cerca de 39 mil mortos nas estradas europeias e mais de 1,7 milhões de feridos.

Entretanto, estão disponíveis todas as nor-mas de base para tornar o sistema uma rea-lidade. Caso a implementação não seja ace-lerada, a Comissão está decidida a adoptar regras claras que obriguem os governos na-cionais, a indústria e os serviços de emergên-cia a reagirem. Mais não é que um sistema pouco dispendioso que pode ser colocado em todos os veículos novos, na perspectiva de Bruxelas. As medidas propostas assegura-riam o funcionamento do sistema em todos os Estados-membros e em veículos de todas as marcas e países de origem.

Naturalmente, a aplicação prática do

“eCall” implica a colaboração entre a in-dústria automóvel e o sector das telecomu-nicações, bem como das administrações nacionais em todos os países, que deverão assegurar que os seus serviços de emergência estejam equipados para darem resposta às respectivas chamadas.

Normas e directrizes comuns

Antes de tornar o sistema plenamente operacional em todo o espaço comunitário, os países terão que aprovar normas comuns e directrizes para a sua implantação harmoni-zada e efectuarem ensaios de campo em que o mesmo seja colocado em prática. Através do programa “Competitividade e Inovação”, a Comissão está em condições de dar apoio aos necessários testes e a campanhas de sen-sibilização junto da população sobre a forma como funciona o sistema.

Os acidentes rodoviários custam à eco-nomia da UE mais de 160 mil milhões de euros por ano. Equipando todos os veículos com o eCall seria possível reduzir esse mon-tante em mais de 26 mil milhões de euros. De notar que o preço do sistema está estima-do em menos de 100 euros por veículo. A introdução do sistema beneficiará não só os consumidores como as próprias empresas, permitindo à indústria automóvel e ao sec-tor das telecomunicações disponibilizarem aplicações e serviços novos e melhorados, utilizando a tecnologia de determinação da posição por satélite.

sexta-feira, 18 Setembro de 2009VI

Modelo Pontuação total Adultos Crianças Peões Sist. Segurança

Citroën C3 4 estrelas 83% 74% 33% 40%

Honda Insight 5 estrelas 90% 74% 76% 86%

Kia Sorento 5 estrelas 87% 84% 44% 71%

Renault Grand Scenic

5 estrelas 91% 76% 42% 99%

Skoda Yeti 5 estrelas 92% 78% 46% 71%

Subaru Legacy 5 estrelas 79% 73% 58% 71%

Toyota Prius 5 estrelas 88% 82% 68% 86%

VW Polo 5 estrelas 90% 86% 41% 71%

O EuroNCAP destaca os híbridos Honda Insight e Toyota Prius (na foto), referindo que mostram que a neces-sidade economia de combustível não é um obstáculo à performance nos testes de segurança.

GM favorável à proposta da Magna

O conselho de administração da Ge-neral Motors (GM) apoia a proposta do consórcio formado pela Magna e o Sber-bank para a aquisição de uma participa-ção maioritária na Opel. Nas próximas semanas serão finalizados diversos pontos-chave no sentido de elaborar os acordos vinculativos, incluindo o apoio expresso dos sindicatos à transacção através dos necessários custos de reestruturação para assegurar a viabilidade e a finalização de um pacote de financiamento por parte do Governo alemão.

Depois destes acordos definitivos, a transacção vai ser oficializada dentro de al-guns meses. O negócio prevê que a Mag-na/Sberbank adquira 55% do capital da Nova Opel, sendo que a GM deterá uma participação de 35%, ficando 10% para os trabalhadores da marca.

“O trabalho intenso desenvolvido nas últimas duas semanas para clarificar ques-tões em aberto e para aprofundar detalhes do pacote financeiro alemão permitiram que a GM e o seu conselho de adminis-tração recomende a Magna/Sberbank”, afirmou o presidente da GM, Fritz Hen-derson. “Agradecemos a todas as partes envolvidas no processo intensivo levado a cabo nos últimos meses – especialmente ao Governo alemão – pelo apoio continu-ado que viabiliza a nova ‘venture’. Tam-bém gostaria de agradecer aos clientes da Opel e da Vauxhall pela sua fidelidade. A GM continuará a colaborar estreitamente com a Opel e a Vauxhall para desenvol-ver e produzir excelentes automóveis, tais como o novo Insignia e o novo Astra”, acrescentou Henderson.

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VIIsexta-feira, 18 Setembro de 2009

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Iniciativas desenvolvidas pela aRan alteração ao Código da Estrada permite condução de motociclos até 125 cm3 a portadores de carta de ligeiros.

Entrou em vigor a lei 78/2009 que habilita os portadores de carta de con-dução de veículos ligeiros a conduzir motociclos até 125 cm 3 e com potência máxima de 11KW.

Assim, os portadores da carta de condução de veícu-los ligeiros poderão condu-zir os referidos motociclos desde que tenham 25 ou mais anos.

No caso de os titulares da carta de ligeiros terem ida-de inferior a 25 anos, terão apenas que se submeter ao exame prático.

O Governo terá que regu-lamentar, num prazo de 30 dias, os requisitos técnicos do exame prático a realizar pelos titulares da carta de veículos ligeiros com idade inferior a 25 anos.

Ao longo do mês de Agosto e já do início do mês de Setem-bro, a Aran desenvolveu várias iniciativas em prol dos associa-dos.

RebocadoresNa sequência de nos terem sido reportadas dificuldades por parte das empresas de veículos pronto-socorro em proceder ao averbamento de bases (locais a partir dos quais as empresas exercem parte da sua actividade) à sede da empresa, averbando essas mesmas bases no alvará ou certificado. Em qualquer dos casos, a licença de cada uma das viaturas terá sempre que especificar um único local de afectação – a sede ou uma das bases.

Muito embora o enquadra-mento legal permita este aver-bamento, o que sucede è que o IMTT não tem procedido à aplicação da lei.

Assim, enviamos em 31 de Agosto um pedido de parecer no sentido do esclarecimento do procedimento para o averba-mento das bases e viaturas.

Porém, a resposta não foi nem satisfatória nem esclarecedora nem satisfatória pelo que dirigi-mos novo pedido de parecer ao

Sr. Presidente do IMTT, estan-do de momento a aguardar.

Por outro lado, no passado dia 21 de Julho, entrou em vigor o Decreto-Lei n.º 169/2009, re-lativo ao regime contra-ordena-cional aplicável quando se veri-fique incumprimento de regras relativas à instalação e/ou uso do tacógrafo.

Muito estranhou a Aran a en-trada deste diploma em vigor, porquanto em 30 de Junho e 11 de Julho de 2008, insistiu junto do IMTT para que lhe fosse dada uma resposta sobre a regulamentação dos livretes individuais de controlo na parte directamente aplicável à activi-dade de prestação de serviços pronto-socorro, tendo também avançado com propostas para alteração da legislação do acesso à actividade de pronto-socorro.

No entanto, até ao momento, a Aran não recebeu qualquer tipo de resposta, que foi prome-tida há mais de um ano atrás.

Confrontada com a entrada em vigor do Decreto-Lei iden-tificado, a Aran solicitou ao Sr. Presidente do IMTT que se pronunciasse, com urgência quer sobre a falta de respostas quer sobre as propostas efectu-adas.

OficinasA Aran fez uma exposição de

todos os assuntos e dificulda-des pendentes ao Grupo Parla-mentar do Partido Comunista Português, que tem junto do Grupo de trabalho para o sector automóvel feito um acompa-nhamento e defesa de todas as questões que envolvem o sector.

Além disso a Aran continua a chamar a atenção para a ven-da indiscriminada de óleos nas grandes superfícies, desde logo porque as oficinas têm normas ambientais rigorosas para cum-prir no que diz respeito à reco-lha dos óleos usados.

Assim, a Aran elaborou um estudo no sentido de apurar quais os hipermercados que vendem os óleos e baterias e se os mesmos efectuam a recolha dos óleos.

O resultado foi inclusivamente publicado na revista Auto Hoje, sendo que, se concluiu pelo se-guinte: “Em muitos hipermer-cados o óleo para o automóvel é vendido, mas a sua recolha não é feita e a retoma das baterias só é aceite mediante a compra de uma nova. O sector critica a passividade das autoridades e os ambientalistas alertam para o perigo ambiental desta situação,

mas o facto é que a lei está do lado das grandes superfícies”.

autocarrosSentindo os sinais da crise no

sector de fabrico de carroçarias para autocarros, o Presidente da Aran e a Acigaia (Associação Comercial e Industrial de Vila Nova de Gaia) reuniram no pas-sado dia 11 de Setembro.

Entre os assuntos que estive-ram sobre a mesa, destaca-se o encerramento da Marcopolo, que de acordo com as conclu-sões retiradas da reunião, pode-rá não ser a única empresa do sector a encerrar.

Além disso, também se fez es-pecial referência ao estrangula-mento da política fiscal e à falta de apoios.

A revista Auto Hoje na sua edição de dia 11 de Setembro, tal como toda a imprensa na-cional, noticiou o mencionado encerramento da Marcopolo, e, bem assim, os motivos pelos quais as empresas de construção de carroçarias se encontram pe-rante tal aperto.

* Ambos os artigos da revista Auto Hoje podem ser consul-tados na página da Internet da ARAN.

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OS * Continuação do artigo sobre actualização dos valores orientadores de apresentação aos lesados por acidente automóvel da proposta razoável

por indemnização do dano corporal.

Compensação devida pela violação do direito à integridade física e psíquica – Dano biológico

Tabela indicativa dos valores para proposta razoável em caso de despesas incorridas e rendimentos perdidos por incapacidade.

notas: (1) São apenas aceites facturas originais, não sendo admissíveis segundas vias. (2) Determinação do valor actual com a fórmula de cálculo do Dano Patrimonial Futuro.

1. Rendimentos perdidos por incapacidade

temporária absoluta (ITa)

Todos os comprovados e decla-rados fiscalmente, determinados com a seguinte fórmula, excepto se a produção de rendimentos ti-ver diferente período temporal.

RENDIMENTOS PERDIDOS = RENDIMENTO ANUAL /

365 x NÚMERO DE DIAS ITA

2. Despesas Emergentes

Refeições, estadias, transportes ou outras despesas emergentes – Comprovadas (ver nota 1)Médicas, medicamentosas e assistência – Comprovadas (ver

nota 1)

Ajuda doméstica temporária até 6,16G / horaAdaptação de veículo até 7.695,00G

Adaptação de casa até 30.780,00G

3. Despesas Futuras

Médicas, medicamentosas e assis-tência, desde que clinicamente pre-visíveis – Valor actual (ver nota 2)

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sexta-feira, 19 Setembro de 2009VIII

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CIVIL

•Lei nº 34/2009, de 14 de JulhoEstabelece o regime jurídico aplicável ao trata-mento de dados referentes ao Sistema Judicial e procede à segunda alteração à Lei nº 32/2004, de 22 de Julho, que estabelece o estatuto do Administrador de Insolvência.

•Lei nº 37/2009, de 20 de JulhoDécima segunda alteração à Lei nº 21/85, de 30 de Julho (Estatuto dos Magistrados Judiciais), e oitava alteração à Lei nº 47/86, de 15 de Outu-bro (Estatuto do Ministério Público), no sentido de conferir aos Magistrados direito ao abono de ajudas de custo e de transporte para a frequên-cia em acções de formação contínua.

•Portaria 771/2009, de 20 de JulhoAltera o Regulamento do Registo Nacional das Organizações não Governamentais de Ambiente (ONGA) e Equiparadas, aprovado pela Portaria nº 478/99, de 29 de Junho, com as alterações introduzidas pela Portaria nº 71/2003, de 20 de Janeiro.

•Lei nº 85/2009, de 27 de AgostoEstabelece o regime de escolaridade obrigatória para as crianças e jovens que se encontrem em idade escolar e consagra a universalidade da educação pré-escolar para as crianças a partir dos 5 anos de idade.

•Lei nº 103/2009, de 11 de SetembroAprova o regime jurídico de apadrinhamento ci-vil, procedendo à alteração do Código do Registo Civil, do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, da Lei de Organização e Funcionamento dos Tribunais Judiciais e do Código Civil.

•Decreto-Lei nº 223/2009, de 11 de SetembroAltera o Decreto-Lei nº 18/2008, de 29 de Ja-neiro, que aprovou o Código dos Contratos Públi-cos, prorrogando até 31 de Outubro de 2009 a possibilidade de os documentos que constituem a proposta ou a candidatura poderem ser apre-sentados em suporte papel.

PENAL

•Lei nº 38/2009, de 20 de Julho

Define os objectivos, prioridades e orientações de política criminal para o biénio de 2009-2011, em cumprimento da Lei nº 17/2006, de 23 de Maio (Lei Quadro da Política Criminal).

•Lei nº 39/2009, de 30 de JulhoEstabelece o regime jurídico do combate à vio-lência, ao racismo, à xenofobia e à intolerância nos espectáculos desportivos, de forma a possi-bilitar a realização dos mesmos com segurança.

ECONOMIA

•Portaria nº 746/2009, de 14 de JulhoQuinta alteração à Portaria nº 95/94, de 9 de Fevereiro, que fixa o capital social mínimo das instituições de crédito e das sociedades finan-ceiras.

•Decreto-Lei nº 162/2009, de 20 de JulhoAltera o Regime Geral das Instituições de Cré-dito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/82, de 31 de Dezembro, o Decreto-Lei nº 345/98, de 9 de Novembro, que regula o funcionamento do Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, e o regime jurídico relativo ao Sistema de Indemnização aos Investi-dores, aprovado pelo Decreto-Lei nº 222/99, de 22 de Junho, transpondo para a ordem jurídica interna a Directiva nº 2009/14/CE, do Parlamen-to Europeu e do Conselho, de 11 de Março, que altera a Directiva nº 04/19/CE, relativa aos siste-mas de garantia de depósitos no que respeita ao nível de cobertura e ao prazo de reembolso.

•Portaria nº 772/2009, de 21 de JulhoActualiza os coeficientes de desvalorização da moeda a aplicar aos bens e direitos alienados durante o ano de 2009, para efeitos de determi-nação da matéria colectável do imposto sobre o rendimento das pessoas singulares.

•Portaria nº 866/2009, de 13 de AgostoDetermina que a Direcção-Geral do Consumidor disponibilize em ambiente electrónico uma rede telemática de informação comum (RTIC) que as-segure às entidades reguladoras e de controlo de mercado sectorialmente competentes uma pla-taforma para a gestão de reclamações.

•Decreto-Lei nº 192/2009, de 17 de AgostoProcede à segunda alteração ao Decreto-Lei nº

51/2007, de 7 de Março, que regula as práticas bancárias na concessão do crédito à habitação, estendendo o seu regime a outros contratos de crédito garantidos pelo mesmo imóvel e refor-çando o direito do consumidor à informação, e procede à extensão do regime estabelecido pelo Decreto-Lei nº 171/2008, de 26 de Agosto, a este tipo de créditos.

•Decreto-Lei nº 199/2009, de 27 de AgostoProcede à primeira alteração ao Decreto-Lei nº 54/2008, de 26 de Março, estendendo o regime de não penalização da movimentação de saldos de contas poupança-habitação às entregas efec-tuadas até 1 de Janeiro de 2005.

•Portaria nº 985/2009, de 04 de SetembroAprova a criação do Programa de Apoio ao Em-preendimento e à Criação do Próprio Emprego (PAECPE), a promover e executar pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P., e re-gulamenta os apoios a conceder no seu âmbito.

•Portaria nº 1011/2009, de 09 de SetembroAprova o Código de Contas.

•Decreto-Lei nº 222/2009, de 11 de SetembroEstabelece medidas de protecção do consumi-dor na celebração de contratos de seguro de vida associados ao crédito à habitação e procede à nona alteração ao Decreto-Lei nº 349/98, de 11 de Novembro.

FISCAL

•Decreto-Lei nº 175/2009, de 4 de AgostoNo uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 122.º da Lei nº 64-A/2008, de 31 de De-zembro, altera o Código do Imposto sobre o Ren-dimento das Pessoas Singulares, aprovado pelo Decreto-Lei nº 442-A/88, de 30 de Novembro, e o Código do Imposto do Selo, aprovado pela Lei nº 150/99, de 11 de Setembro.

•Lei nº 72/2009, de 6 de AgostoIntroduz um regime transitório de majoração do incentivo fiscal à destruição de automóveis ligei-ros em fim de vida previsto no Decreto-Lei nº 292-A/2000, de 15 de Novembro.

•Decreto-Lei nº 185/2009, de 12 de AgostoTranspõe para a ordem jurídica interna a Direc-

tiva nº 2006/46/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 14 de Junho, que altera a Di-rectiva nº 78/660/CEE, do Conselho, relativa às contas anuais de certas formas de sociedades, a Directiva nº 83/349/CEE, do Conselho, relativa às contas consolidadas, a Directiva nº 86/635/CEE, do Conselho, relativa às contas anuais e às contas consolidadas dos bancos e outras ins-tituições financeiras, e a Directiva nº 91/674/CEE, do Conselho, relativa às contas anuais e às contas consolidadas das empresas de seguros, e adopta medidas de simplificação e elimina-ção de actos no âmbito de operações de fusão e cisão, alterando o Código de Registo Predial, o Código das Sociedades Comerciais, o Código de Registo Comercial, o Estatuto dos Benefícios Fiscais, o Código dos Valores Mobiliários, o Esta-tuto da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, o Regulamento Emolumentar dos Registos e do Notariado, o Código da Insolvência e da Recupe-ração de Empresas e o Regulamento do Registo Automóvel.

•Decreto-Lei nº 186/2009, de 12 de AgostoNo uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 118.º da Lei nº 64-A/2008, de 31 de Dezembro, altera o Código do IVA, o Regime do IVA nas Transacções Intracomunitárias, trans-pondo para a ordem jurídica interna a Directiva nº 2008/8/CE, do Conselho, de 12 de Fevereiro, e a Directiva nº 2008/117/CE, do Conselho, de 16 de Dezembro, e cria o regime de reembolso do IVA a sujeitos passivos não estabelecidos no Estado Membro de reembolso, transpondo para a ordem jurídica interna a Directiva nº 2008/9/CE, do Conselho, de 12 de Fevereiro.

•Lei nº 94/2009, de 1 de SetembroAprova medidas de derrogação do sigilo bancá-rio, bem como a tributação a uma taxa especial dos acréscimos patrimoniais injustificados supe-riores a (euro) 100 000, procedendo à alteração do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, aprovado pelo Decreto-Lei nº 442-A/88, de 30 de Novembro, à décima nona alteração à Lei Geral Tributária, aprovada pelo Decreto-Lei nº 398/98, de 17 de Dezem-bro, e à décima sexta alteração ao Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Finan-ceiras, aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro.

S íntese Legislativa

O direito de retenção constitui um direito real de garantia (garantia de cré-ditos, de dívidas de dinheiro ou valor) que decorre directamente da lei, ou seja, surge sem necessidade de declaração ju-dicial.

Encontra-se previsto no artigo 754º do Código Civil, que dispõe o seguinte: “O devedor que disponha de um crédito contra o seu credor goza do direito de retenção se, estando obrigado a entregar certa coisa, o seu crédito resultar de des-pesas feitas por causa dela ou de danos por ela causados”.

No entanto, para que este direito pos-sa ser exercido devem verificar-se três requisitos em simultâneo, a saber:

• A detenção lícita de uma coisa que se deve entregar a outrem;

• A reciprocidade de créditos entre o detentor da coisa e aquele a quem está obrigado a entregá-la (a pessoa com di-reito à restituição);

• Existência de uma certa conexão en-tre a coisa retida e o crédito de quem exerce o direito de retenção.

Assim, estaremos perante uma deten-ção lícita, sempre que, por exemplo, uma viatura seja entregue numa oficina para que seja efectuada uma determinada re-paração. Reparação cujo valor não vem, posteriormente, a ser pago pelo devedor (em princípio o proprietário da viatura), nascendo assim, na esfera da oficina um direito de crédito em relação ao mesmo.

Situação em que, o crédito que surgiu na esfera da oficina está directamente relacionado com despesas feitas com a viatura, relativamente à qual, a oficina pode exercer o direito de retenção.

Havendo injustificada recusa por par-te do proprietário do pagamento do preço, o prestador de serviço da repara-ção dispõe de direito de retenção sobre a viatura.

Verificando-se num determinado caso concreto todos os pressupostos mencio-nados, pode o detentor da coisa (viatu-ra), retê-la, pressionando assim o devedor a fazer o pagamento do preço, podendo mesmo não entregar a viatura enquanto o seu crédito não for satisfeito.

Pode também o detentor executar a coisa e fazer-se pagar à custa do seu valor, com preferência sobre os demais credores.

O direito de retenção, assume, assim, para além de uma função de garantia dos créditos, também uma função coer-citiva, pois o credor retém a coisa que devia entregar para garantir e compelir/obrigar o devedor a pagar-lhe o que lhe é devido.

Direito de retenção por despesas motivadas pela recusa de levantamento de viatura ou abandono:

Sucede por vezes, que uma determina-da viatura é entregue numa oficina com

vista à sua eventual reparação, que, no entanto, não chega a ser decidida, e por isso, também não chega a ser efectuada.

Acresce, não raras vezes, que a viatura fica nas oficinas durante longos perío-dos de tempo sem que o proprietário proceda ao seu levantamento, ocorren-do mesmo em certos casos, o abandono das viaturas.

Ora, nestes casos, a oficina deve no-tificar o proprietário da viatura para proceder ao levantamento, concedendo -lhe um determinado prazo, sob pena de a partir daquele momento, e em vir-tude de o espaço ocupado pela viatura em causa ser essencial para a prestação de serviços da oficina, se passar a cobrar um determinado montante diário, a tí-tulo de indemnização por ocupação in-devida do espaço.

Este tipo de crédito que surge na esfera

da oficina justifica-se pela ocorrência de prejuízos, motivados pela permanência do veículo nas instalações da mesma.

Prejuízos ocasionados com a ocupação ilícita do espaço (ilícita pois o proprietá-rio da viatura, não obstante ter sido in-timado para proceder ao levantamento da viatura após a frustração da reparação assim não procedeu).

A avaliação destes prejuízos deve ser fixada num quantitativo diário.

Exercer o direito de retenção para ga-rantia do pagamento deste quantitativo (dos prejuízos) não parece ser possível, visto que, neste caso estamos peran-te uma obrigação de indemnização do proprietário em relação à oficina pelos prejuízos resultantes da permanência do veículo nas suas instalações.

Ou seja, estamos no âmbito da res-ponsabilidade civil extra contratual, sendo necessário que a oficina, enquan-to lesada prove a ocorrência do acto ilí-cito (não levantamento da viatura pelo proprietário após ter sido para tal inti-mado), a culpa, o dano (os prejuízos) e o nexo de causalidade entre o acto ilícito e o dano.

Ora, conforme já referimos o direito de retenção decorre directamente da lei, surgindo sem necessidade de prévia declaração judicial, enquanto que estes prejuízos, resultantes da ocupação inde-vida do espaço terão que ser declarados judicialmente.

DIREITO DE RETENÇÃO

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IXsexta-feira, 18 Setembro de 2009

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O Regulamento (CE) n.º 561/2006, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de Março, relativo à harmonização de determinadas disposições em matéria social no domínio dos transportes rodo-viários, determinou a obrigatoriedade de equipar os veículos colocados em circu-lação pela primeira vez a partir de Maio de 2006 com aparelho de controlo digi-tal. Com a entrada em vigor desse Re-gulamento, os veículos especializados de pronto-socorro, com mais de 3,5 tonela-das, circulando num raio de 100 km a partir do local de afectação, ficam obriga-dos ao cumprimento de vários requisitos, entre os quais se destacam o uso do apa-relho de controlo, os limites de tempo de condução, pausas e períodos de repouso.

Com a publicação e entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 169/2009, de 21 de Julho, ficou estabelecido o regime con-tra-ordenacional aplicável ao incumpri-mento das regras relativas à instalação e uso do tacógrafo, atendendo ao disposto no Regulamento (CEE) n.º 3821/85, do Conselho, de 20 de Dezembro, alterado pelo Regulamento (CE) n.º 2135/98, do Conselho, de 24 de Setembro, e pelo Re-gulamento (CE) n.º 561/2006, do Par-lamento Europeu e do Conselho, de 15 de Março.

Instalação e utilização de tacógrafo

Considera-se aparelho de controlo o equipamento completo destinado a ser instalado a bordo dos veículos rodoviá-rios para indicação, registo e memoriza-ção automática ou semiautomática de dados sobre a marcha desses veículos, assim como sobre tempos de condução e de repouso dos condutores, também designado por tacógrafo, o qual pode ser analógico ou digital. Atendendo ao dis-posto no Decreto-Lei n.º 169/2009, só são permitidos tacógrafos devidamente homologados, cujas operações de contro-lo metrológico são efectuadas por instala-dores ou reparadores reconhecidos. A pe-riodicidade das verificações do tacógrafo, seja analógico ou digital, deve ocorrer com intervalo máximo de dois anos entre cada verificação. Contudo, as verificações periódicas devem ocorrer igualmente nas seguintes situações:

- Após qualquer reparação do tacógrafo digital;

- Sempre que se verifique alteração do coeficiente característico do veículo ou do perímetro efectivo dos pneus;

- Quando a hora do aparelho de con-trolo apresentar desfasamentos supe-riores a vinte minutos;

- Quando a matrícula do veículo for alterada.

Tacógrafo digital: transferência e conservação de dados

De acordo com o ponto 1 do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 169/2009, as empre-sas proprietárias ou locatárias de veículos equipados com tacógrafo digital devem proceder à transferência de dados do apa-relho de controlo e dos cartões tacográfi-cos dos condutores para qualquer meio externo, fiável e adequado, de armazena-mento de dados. Essa transferência tanto pode ser integral como parcial, contudo deve assegurar-se que não haja desconti-nuidade dos dados.

A transferência de dados dos cartões ta-cográficos dos condutores deve fazer-se:

- Pelo menos em cada 28 dias, para ga-rantir que não aconteça sobreposição de dados;

- Quando o condutor deixar de traba-lhar para a empresa;

- Em caso de caducidade do cartão;- Antes da devolução do cartão ao ór-

gão emissor, quando tal seja exigível.A transferência de dados do aparelho

de controlo deve fazer-se:- Pelo menos, em cada três meses;- Em caso de venda, de restituição ou

de cedência do uso de veículo a tercei-ro;

- Quando se detecte um mau funcio-namento do aparelho e seja ainda possí-vel a descarga de dados.

Todas as empresas proprietárias ou locatárias de veículos equipados com tacógrafo digital são obrigadas a man-ter os dados transferidos, guardados e disponíveis na empresa durante, pelo menos, um ano a contar da data do seu registo.

Fiscalização e Regime Sancionatório

Os funcionários do Instituto de Mo-bilidade e Transporte Terrestre, I.P. com competência na área da fiscali-zação e no exercício das suas funções, desde que devidamente credenciados, têm livre acesso aos locais destinados ao exercício da actividade das empre-sas. A Autoridade para as Condições do Trabalho, a Guarda Nacional Republi-cana e a Polícia de Segurança Pública são, igualmente, entidades com compe-tências para fiscalizar a aplicação deste regulamento.

De seguida apresenta-se o quadro-re-sumo das contra-ordenações, no âmbito dessa regulamentação.

INSTALAÇÃO E USO DO TACÓGRAFO – novo regime de contra-ordenação

Contra-Ordenação Gravidade da Infracção Coima Referência

A falta de aparelho de controlo, tacógrafo analógico ou digital, em veículo afecto ao transporte rodoviário de passageiros ou de mercadorias, em que tal seja obrigatório

Contra-Ordenação Muito Grave

– G 1200 a G 3600 para pessoa singular;

– G 1200 a G 6000 para pessoa colectiva

N.º 2 do artigo 7º

A manipulação do aparelho de controlo ou a instalação no veículo de quaisquer dispositivos de manipulação mecânicos, elec-trónicos ou de outra natureza que falseiem os dados ou alterem o correcto e normal funcionamento do tacógrafo, sem prejuízo da responsabilidade criminal

A utilização de veículo com tacógrafo avariado ou a funcionar defeituosamenteA destruição ou a supressão de quaisquer dados registados no aparelho de controlo ou no cartão tacográfico do condutorA falta de conservação de dados transferidos do cartão do condutor e do tacógrafo, pelas empresas proprietárias ou locatárias de veículos equipados com tacógrafo digital durante 365 dias a contar da data do seu registoA utilização de tacógrafo, analógico ou digital, não homologado, não verificado ou não activado

A utilização de tacógrafo, analógico ou digital, instalado por entidade reconhecida, em que falte a marca do instalador ou reparador nas selagens, assim como a falta de selagem obrigatória, o documento comprovativo da selagem, a chapa de instalação ou a não justificação da abertura das selagens, nos casos permitidos

A inobservância de transferência de dados do cartão tacográfico de condutor e do aparelho de controlo nos prazos e situações a que se refere o artigo 4º quando haja perda de dadosA recusa de sujeição a controlo

Contra-Ordenação Muito Grave

– G 600 a G 1800 imputável ao condutor

N.º 3 do artigo 7º

A condução de veículo equipado com tacógrafo sem estar inserido a folha de registo, no caso de tacógrafo analógico, ou o cartão de condutor, no caso de tacógrafo digitalA utilização de cartão de condutor por pessoa diferente do seu titular, sem prejuízo da responsabilidade criminalA utilização de cartão de condutor originário, quando este tenha sido substituídoA utilização de cartão de condutor falsificado ou obtido por meio de falsas declarações, sem prejuízo da responsabilidade criminal

A manipulação do cartão de condutor ou das folhas de registo que falseie os dados ou altere o seu correcto e normal funcionamento, sem prejuízo da responsabilidade criminalA utilização de cartão de condutor ou folha de registo deteriorado ou danificado, em caso de dados legíveisA não comunicação formal da perda, furto ou roubo do cartão de condutor às autoridades competentes do local onde tal ocorreuUtilização incorrecta de folhas de registo ou cartão de condutor.A falta de verificação do tacógrafo, nos termos referidos no n.º 2 do artigo 3º

Contra-Ordenação Grave

– G 400 a G 1200 para pessoa singular

– G 400 a G 2000 para pessoa colectiva

N.º 4 do artigo 7º

A utilização de folha de registo não conforme com o modelo homologadoA utilização de tacógrafo analógico em veiculo sujeito a tacógrafo digitalA utilização de tacógrafo que se tenha avariado durante o percurso ou se tenha verificado funcionamento defeituoso, se o regresso às instalações da empresa for superior a uma semanaA falta de folhas de registo de dados no caso do tacógrafo analógicoA utilização de cartão de condutor deteriorado ou danificado, em caso de dados legíveis

Contra-Ordenação Grave

– G 200 a G 600 imputável ao condutor

N.º 5 do artigo 7º

A utilização do cartão tacográfico, quando tenha havido alteração dos dados relativos ao titular do mesmo, sem que tenha sido requerida substituição nos 30 dias seguintes à data em que se produziu a causa determinante da alteração

O incumprimento da obrigação de requerer, no prazo de sete dias, a substituição do cartão de condutor, em caso de danificação, mau funcionamento, extravio, furto ou rouboInsuficiência de papel de impressão, no caso dos tacógrafos digitais, imputável à empresa

Contra-Ordenação Leve – G 100 a G 300 N.º 6

do artigo 7º

Inobservância da transmissão de dados, sem a respectiva perda, nos prazos e situações a que se refere o artigo 4º, imputável a empresaUtilização de cartão de condutor ou folhas de registo sujos ou danificados, ainda que com dados legíveis, imputável ao motorista

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sexta-feira, 18 Setembro de 2009X

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Os condutores dos veículos C, C+E, das subcategorias C1 e C1 + E, e os condutores de ci-clomotores com cilindrada não superior a 50 cm3 e de veículos agrícolas, passam a revalidar as suas licenças de condução nos novos prazos fixados pelo De-creto-Lei n.º 174/2009, de 3 de Agosto.

Este decreto-lei transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2006/103/CE, do Conselho, de 20 de Novembro, e a Directiva n.º 2008/65/CE, da Comissão, de 27 de Junho, relativas à carta de condução, e altera o Decreto-Lei n.º 45/2005 de 23 de Fevereiro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 103/2005, de 24 de Junho.

Com esta alteração, o pre-sente diploma estabelece que o termo de validade da carta e da licença de condução ocorre nas datas em que os seus titulares

perfaçam as idades seguintes:- Condutores de veículos das

categorias A, B e B+E, das sub-categorias A1, B1, de ciclomo-tores, de motociclos de cilin-drada não superior a 50 cm3 e de veículos agrícolas - 50, 60, 65, 70 anos e, posteriormente, de dois em dois anos;

- Condutores de veículos das categorias C e C+E e das subcategorias C1 e C1+E - 40, 45, 50, 55, 60, 65,68 e, pos-teriormente, de dois em dois anos;

- Condutores de veículos das categorias D e D+E e das sub-categorias D1 e D1+E - 40, 45, 50, 55, 60, 65 anos.

Outra nota a acrescentar é que os condutores de veícu-los das categorias D e D+E, das subcategorias D1 e D1+E e ainda da categoria C+E, só podem conduzir automóveis cujo peso bruto exceda 20 000 kg, até aos 65 anos.

Novas datas de revalidação das Cartas e Licenças de Condução - Decreto-Lei n.º 174/2009

Foi publicado no diário de repú-blica no passado dia 13 de Agosto, o Decreto-Lei n.º 78/2009 que procede a oitava alteração ao Có-digo da Estrada, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 44/2005, de 23 de Fevereiro e alterado pelo De-creto-Lei n.º 113/2008, de 1 de Julho. Neste presente diploma estabelece que os titulares da carta de condução válida para veículos

da categoria B, consideram-se, para além dos veículos enunciados nas alíneas do ponto 4 do artigo 123º, também habilitados para a condução de motociclos de cilin-drada não superior a 125 cm3 e de potência máxima até 11 kW. Para tal, é necessário que os titulares da carta de condução válida para veículos da categoria B, satisfaçam uma das seguintes condições:

- Tenham idade igual ou supe-rior a 25 anos;

- Sejam titulares da habilitação legal válida para a condução de ci-clomotores.

No caso de não cumprirem com nenhum dos requisitos anterior-mente referidos, poderão efectuar um exame prático, sendo faculta-tiva a instrução adicional em esco-la de condução.

Habilitação legal para a condução de veículos da categoria A1 à carta de condução que habilita legalmente para a condução de veículos da categoria B

O Regulamento de Auto-rizações Especiais de Trânsito (RAET), aprovado pela portaria n.º 472/2007, de 15 de Junho, consagra as condições em que podem utilizar a via pública os veículos que, pelas suas próprias características ou em virtude do transporte de objectos indivisíveis, excedem as dimensões ou pesos regulamentares.

Com a necessidade de introdu-zir algumas alterações ao RAET, tendo em conta que as actividades ligadas ao transporte de objectos indivisíveis de grandes dimensões

se revestem de particularidades, designadamente a nível de logísti-ca e de gestão de frotas, foi publi-cado a portaria n.º 787/2009, de 28 de Julho.

Assim, acrescenta-se que nas autorizações ocasionais emitidas pelo IMTT, I.P, e antes da reali-zação do transporte, o transporta-dor inscreve a data de operação de transporte, a matrícula do veículo tractor e do reboque ou semi-re-boque a utilizar e apõe a assinatura do responsável da empresa que de-tém poderes a obrigar e respectivo carimbo.

A realização de transporte com uma autorização ocasional sem que tenham sido inscritos os dados da responsabilidade do transportador a que se refere no n.º 4 do artigo 9º do presente regulamento en-quadra a infracção prevista no n.º 7 do artigo do Código da Estrada. (Coima de 120 a 600J).

É também revogada a alínea d) do n.º 1 do artigo10º do RAET.

A respeito dos pronto-socorros e respectivas autorizações anuais, es-tas não sofreram quaisquer altera-ções com a publicação da presente portaria.

Alteração ao Regulamento de Autorizações Especiais de Trânsito (RAET) - Portaria nº 787/2009

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Plano de formação ARAN 2009

(Setembro até Dezembro)

Condições exigidas para a inscrição ser considerada válida (as vagas são preenchidas por ordem de chegada):1. Ficha de Inscrição preenchida;2. Cheque do montante endossado à ARAN ou transferência bancária: NIB 0035 0442 0000 2848 930 69.3. Cópias de B.I., Cartão de Contribuinte.

Local: Instalações da ARAN sita Rua Faria Guimarães 631 4200-291 Porto Telf. 22 509 10 53 Fax. 22 509 06 46 E-mail: [email protected]

A ARAN, para ir de encontro às necessidades de formação dos seus associados, divulga acções do Plano de Formação 2009 do CEPRA, uma vez que não foram atribuídas verbas à Região de Lisboa na Candidatura Integrada de Formação que apresentou ao POPH - Programa Operacio-nal Potencial Humano.

Os interessados devem contactar o Departamento de Recursos Humanos e Formação da ARAN

CURSOS DO PLANO DE FORMAÇÃO DO CEPRA DIVULGADOS PELA ARAN

(Setembro até Dezembro)

Designação Local Duração Início Fim Horário Valor

Electricidade / Electrónica Coimbra 50h 15-09-09 01-10-09 19-23h 89 G

Diagnóstico e Rep. Sistemas de Segurança Activa e Passiva Viseu 50h 15-09-09 01-10-09 19-23h 89 G

Diag. Rep. Sist. Ign. Inj. Electrónica Motores Gasolina

Castelo Branco 50h 22-09-09 09-10-09 19-23h 89 G

Diag. Rep. Sist. Ign. Inj. Electrónica Motores Gasolina Vila Real 50h 06-10-09 22-10-09 19-23h 89 G

Diagnóstico e Rep. Sistemas de Segurança Activa e Passiva Aveiro 50h 06-10-09 22-10-09 19-23h 89 G

Sistemas Multiplexados Albufeira 25h 12-10-09 20-10-09 19-23h 45 G

Sistemas Multiplexados Santarém 25h 15-10-09 23-10-09 19-23h 45 G

Diag. Rep. Sist. Ign. Inj. Electrónica Motores Gasolina Guarda 50h 27-10-09 12-11-09 19-23h 89 G

Sistemas Multiplexados Leiria 25h 16-11-09 24-11-09 19-23h 45 G

Diagnóstico e Rep. Sistemas de Segurança Activa e Passiva Coimbra 50h 16-11-09 04-12-09 19-23h 89 G

Diagnóstico e Rep. Sistemas de Direcção / Suspensão Coimbra 50h aguarda

dataaguarda data 19-23h 89 G

Designação Local Duração Datas Horário Valor

Imagem na Empresa Porto 12 horas 15/17/22/24 de Setembro 19-22h G 60

Inglês Comercial Porto 12 horas 13/15/20/22 de Outubro 19-22h G 60

Certificação da Qualidade nas Empresas

Porto 12 horas 2/3/4/5 de Novembro 19-22h G 60

Finanças para não Financeiros Porto 12 horas

16/17/18/19 de Novembro

19-22h G 60

Formação Profissional = Ferramenta de Competitividade

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Novo director de vendas no Entreposto VH Paulo Eduardo Isidoro assu-

miu no início do mês a direcção de vendas e rede da Hyundai Portugal. Sucede a Jorge Cae-tano, que inicia uma carreira internacional no grupo Entre-posto em Moçambique.

Com uma experiência de vinte

anos no sector automóvel, Paulo Isidoro, licenciado em Informá-tica de Gestão, iniciou a sua vida profissional em Importadores de diferentes marcas desempenhan-do várias funções nomeadamen-te nas direcções de formação, vendas e rede. A partir do ano

2000 passou a liderar os desti-nos de várias concessões tendo desenvolvido actividades tanto no mercado de novos como de usados e tendo como responsabi-lidades não só vendas mas tam-bém os outros departamentos das concessões que dirigiu.

A Peugeot Portugal colocou, em Abril, o 206+, ou seja o modelo lançado pela marca 1998 “vestido” de 207 e para a crise. A marca acredita que o 206+ vai permitir-lhe aumentar as vendas, sem ter que realizar o investimento de desenvol-ver um produto de raiz, ao abranger uma franja de motores na casa dos 1100 ou 1200 cc, algo que não tem no 207, cujo motor a gasolina mais pequeno é um 1.4.

Além disso, a Peugeot acredita que havia uma lacuna por preencher entre o 107 e o 207.

A marca acredita ainda que o 206+ pode capitalizar o sucesso do seu “progenitor”, que, entre 1998 e 2006, vendeu 6,5 mi-lhões de unidades em todo o mundo. Em Portugal, o modelo foi responsável por 120 mil unidades, das quais 100 mil ainda cir-culam.

Boa opção, mas passar dos anos nota-se

A “Vida Económica” ensaiou o modelo com motor 1.1 a gasolina de 60 cv (há ain-da o 1.4 HDi com 70 cv) e constatou que o 206+ está melhor do que o 206. O motor está mais eficiente em termos de consumo do que era, além de o modelo estar mais espaçoso, apesar de manter, claro, a plata-forma. A distância entre eixos (2443 mm), a largura (1903 mm) e a altura (1446 mm) mantêm-se, mas as vias crescem 20 mm e o comprimento 36 mm (para 3872 mm). A bagageira mantém nos 245 litros. No que a marca afirma que também há ganhos é no espaço interior, fruto dos bancos serem mais finas e do tablier. Este é, aliás, o ponto em que o modelo mais difere do anterior modelo e é, praticamente, decalcado do 207.

Apesar de tudo, o 206+ não esconde que as raízes remontam a 1998 e não consegue estar no mesmo patamar dos actuais mode-los do segmento B no capítulo do espaço, do conforto e da estabilidade em estrada. Importa, ainda assim, sublinhar que o Peu-geot 206+ pode ser uma boa opção para clientes do segmento B que precisem de

espaço para transportar quatro adultos e alguma bagagem.

Isto sem esquecer que o Peugeot 206+ tem um preço ao nível do segmento abai-xo e surge bem equipado. Com o motor 1.1 custa entre 10 990 e 12 040 euros. O preço mais baixo refere-se ao nível Urban e inclui de série ABS, airbags frontais e late-rais, fixação Isofix para cadeiras de criança e vidros eléctricos à frente. Já no ensaiado Trendy destaca-se, além daqueles elemen-tos, ar condicionado, faróis de nevoeiro dianteiros, rádio com CD e computador de bordo (como motor 1.4 diesel este nível custa 16 750 euros). A versão “dois luga-res” XA diesel custa 15 270 euros.

Aquiles [email protected]

Fiat Panda chega a 1,5 milhões de unidadesO modelo Panda chegou a 1,5

milhões de unidades produzidas-na fábrica polaca da Fiat. Iniciada em Maio de 2003, a produção do Panda de Tychy cresceu de for-ma constante. Este ano será al-

cançada a montagem recorde de 285 mil unidades.

O Fiat Panda é comercializa-do com uma gama de quatro motores, três dos quais a ga-solina e um a diesel, de baixo impacto ambiental e consumos reduzidos. Conta ainda com as

versões 4x4 de tracção inte-gral, as séries especiais e as versões ecológicas a gás natural e GPL. O Panda pode ser equi-pado com uma caixa

manual ou automática.

O modelo é exportado para mais de sete dezenas de países. Os seus principais mercados são a Itália, a França e a Alemanha. Está a ser dada especial atenção aos mercados japonês, sul-afri-cano e mexicano.

É produzido na fábrica de Ti-chy, na Polónia, que dá trabalho a quase seis mil pessoas e das respectivas linhas sai um auto-móvel a cada 35 segundos. Este ano, as previsões apontam para a produção de cerca de 600 mil unidades.

Ford reforça competitividade do FocusCom o substituto previsto para o

fim do próximo ano, a Ford reforçou os argumentos do Focus, que tem tido um carreira comercial invejável após o “restyling” operado em 2007, com o lançamento da versão Tita-nium X. Este novo nível de equipa-mento surge associado ao motor 1.6 turbodiesel, com 90 e 109 cv.

Disponível por 22 900 euros (23 765 na carrinha) com 90 cv e 24 190 euros (24 965 na car-rinha) com 110 cv, o novo Ford Focus Titanium X vem equipado com ar condicionado electrónico automático bizona, estofos em pele, rádio com CD, controlador

da velocidade cruzeiro, faróis de acendimento automático e senso-res de chuva, faróis direccionais e tecnologia LED nas luzes tra-seiras, vidros escurecidos e jantes de liga leve de 17 polegadas com sistema de aviso de deflação dos pneus.

Este equipamento junta-se a equipamentos como controlo electrónico de estabilidade, to-mada de ligação de equipamentos áudio via ficha USB ou a certifi-cação antialérgica dos interiores. O Focus conta ainda de série com o sistema de abastecimento de combustível Ford Easyfuel, uma

solução que evita erros no abaste-cimento de combustível.

Como opção propõem-se, entre outras soluções, o sistema Blue-tooth com V2C (“Voice to Con-trol”) em Português, associados aos vários sistemas de áudio e/ou de navegação previstos e os diver-sos opcionais isolados ou incluídos em packs. Destaque também para o botão de arranque Ford Power, associado ao sistema de abertura de portas Ford KeyFree, conjun-to que apresenta vantagens para o cliente, já que não obriga ao ma-nuseamento da chave para operar e/ou aceder ao veículo.

Suzuki vende mais de 40 milhões de carros

A Suzuki anunciou que ultra-passou a fasquia dos 40 milhões de unidades colocadas no mercado, cerca de 54 anos após ter iniciado as vendas de automóveis. A história começou com a venda do pequeno Suzuki Light.

Para passar a fasquia dos 40 mi-lhões contribuíram as vendas de quase 19,7 milhões de unidades no Japão (entre miniveículos e ligeiros convencionais) a que se juntam os mais de 20,3 milhões de exemplares comercializados nos mercados inter-nacionais. A marca tem desenvolvi-do sempre esforços para se adequar aos diferentes tipos de mercados.

As vendas no Japão arrancaram com aquele modelo e, desde então, a marca permaneceu na liderança do mercado dos miniveículos. A partir de 1965 iniciou a produção e o comércio de veículos de outros segmentos no mercado nipónico.

Modelos notáveis e carismáticos de veículos de outros segmentos acaba-ram por entrar na história automó-vel, entre os quais o Fronte 800 ou o Jimmy 1000.

Em termos internacionais, a sua entrada teve lugar em 1959, com a exportação do Suzukilight Carry. Ao longo dos anos tem expandido as suas unidades de produção fora de portas. Agora não produz apenas no país de origem, mas em 15 fábricas locali-zadas em 14 países, entre os quais a Índia, a Hungria e a Indonésia.

Os modelos da gama actual e co-mercializados na Europa são oriun-dos do Japão, da Hungria e da Ín-dia e são os modelos Jimmy, Grand Vitara, Swift, Sx4 e Alto. Todos são adaptados às exigências e necessida-des de cada mercado. No entanto, há sempre a preocupação de não perde-rem as características e o estilo muito próprio da marca.

XIsexta-feira, 18 Setembro de 2009

Ensaio – Peugeot 206+ 1.1 Trendy

“Reavivar” qualidades

Peugeot 206+ 1.1 TrendyCilindrada 1124 ccPotência 60 cv Binário 94 NmAcel. 0-100 km/h 16,1 s.Vel. Max. 155 km/hConsumo misto 5,7 l/100 kmEmissões de CO2 135 g/kmPreço: 12 040 euros

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Citroën C3Uma das mais importantes estreias do certame alemão

chega da… França. O novo Citroën C3, que chega a Por-tugal em Novembro, tem a responsabilidade de substi-tuir na gama do construtor gaulês o modelo que iniciou a reviravolta por que passou a marca. A Citroën garante que o C3 exibe dimensões perfeitamente adaptadas a uma utilização urbana, mas não rejeita a estrada. Com efeito, a exemplo de outras propostas do segmento B, o mode-lo cresceu face ao antecessor, mas fica abaixo da barreira psicológica dos quatro metros (tem 3,94). Ainda assim, a bagageira, por exemplo, tem 300 litros de capacidade, um valor ao nível das melhores propostas da classe e que faz o C3 “piscar” o olho às famílias. Até porque são muitos os pequenos espaços para arrumação de pequenos objectos, ao estilo dos monovolumes.

A propósito de monovolumes, destaque para o pára-bri-sas Zenith, que aumenta o campo de visão dos passagei-ros da frente para cerca de 80 graus. Segundo a marca, a segunda geração do C3 é a mais pequena berlina com o maior pára-brisas do mercado. Debaixo do capot, o mo-delo repete os diesel 1.4 (68 cv) e 1.6 (90 ou 110 cv) e os gasolina 1.1 com 60 cv e 1.4 com 75 cv, mas acrescenta o 1.4 VTi com 95 e 120 cv.

Fiat Punto EvoA Fiat está a apresentar em Frankfurt um “restyling” ao

seu modelo de maior volume: o Grande Punto. Rebap-tizado de Punto Evo, o modelo italiano do segmento B, vai chegar no fim de Novembro com uma estética mais próxima da restante família Fiat.

Realce para o facto de todos os motores passarem a ter de série, sistema Start & Stop, que desliga o motor tem-porariamente em caso de paragem da viatura. No capítulo dos motores, a marca destaca o 1.3 diesel – que cumpre as normas Euro 5 – e o 1.4 a gasolina Multiair. O segredo do Multiair é o novo sistema electro-hidráulico de gestão

das válvulas que permite reduzir os consumos (graças a um controlo directo da entrada de ar através das válvulas de admissão do motor sem utilização da borboleta) e as emis-sões poluidoras (graças ao controlo da combustão), melho-rando simultaneamente as prestações com um aumento de binário e potência.

No interior do Punto Evo, tablier, bancos e instru-mentação mudaram. Sobressai o novo navegador portátil “Blue&Me-TomTom” que permite gerir, através de um prático ecrã táctil a cores, o telemóvel, a navegação e todas as informações necessárias à condução.

Ford C-MAXA Ford está a revelar o C-MAX. A segunda geração do

monovolume médio baseia-se no “concept” Iosis MAX mostrado em Março no Salão de Genebra e revela um

visual mais orientado para um automóvel de passageiros, graças à uma linha de tejadilho tipo coupé. No que se re-fere a propulsores, realce para a introdução de um leque de novas tecnologias, com destaque para o novo motor a gasolina de injecção directa de 1,6 litros da família Ford EcoBoost. Realce ainda, em termos tecnológicos, para o sistema estacionamento em paralelo semiautomático e o sistema de detecção do ângulo morto.

O novo Ford C-MAX (que vai contar com uma ver-são de cinco lugares e outra de sete, designada de Grand C-MAX) será lançado no fim de 2010 e é o primeiro de uma nova geração de veículos globais desenvolvidos sobre a nova plataforma da marca para o segmento C, viaturas que estão agendadas para surgir ao longo dos próximos anos. Realce natural, entre estas, para o sucessor do actual Focus a partir do final de 2010.Citroën C3

63º Salão de Frankfurt decorre até dia 27

Novidades de pesoO Salão Automóvel de Frankfurt abriu portas ontem, dia 17, e vai decorrer até dia 27. Apesar de o cenário de crise ter afastado algumas marcas – Honda e Nissan, por exemplo, são duas marcas de dimensão considerável no mercado europeu que optaram por não estar no certame – não faltam novidades na feira alemã. Ao todo, são mais de uma centena as estreias, correspondendo a modelos para várias necessidades e, claro está, carteiras. Não fosse esse um caminho sem retorno, as propostas ecológicas são mais do que muitas, não há marca que não lhes reserve um “canto”, mas há também modelos de luxo, desportivos e ultradesportivos. Para observar com olhos de “comprar” ou de sonhar…

Frankfurt é considerado o maior salão automóvel mundial.

sexta-feira, 18 Setembro de 2009XII

Aquiles Pinto [email protected]

DEsPortIvos tAMbéM FAzEM A FEstA

Apesar de a crise e ecologia serem, como seria de esperar, a “base” de Frankfurt 2009, também há modelos de paixão. Desde logo pela Porsche, que, a “jogar” em casa, apresenta

nada mais do que quatro estreias mundiais (911 Turbo, 911 GT3 RS, o seu “gémeo” da competição 911 GT3 Cup, e 911 Sport Clas-sic) e uma europeia (o quatro portas Panamera).

Mas o desportivo do salão é o impressionante Mercedes SLS AMG (na foto). Também em casa, a marca de Estugarda recupera o conceito de abertura (para cima) de portas asas de gaivota. Com comercialização agendada para a Primavera, o modelo tem um impressionante motor V8 6.3 com 571 cv e 650 Nm de binário capaz de levar o SLS AMG a uma velocidade máxima de 317 km/h e de zero a 100 km/h em apenas 3,8 segundos. Demora mais a ler a frase…

Num patamar (bem) mais terreno, a Peugeot está a revelar o des-portivo RCZ. Inspirado no “concept” 308 RCZ, que a marca apresen-tou no último Salão de Frankfurt, em 2007, o modelo é um coupé 2+2 e chega na Primavera. Vai contar com três opções de motoriza-ção, entre as quais o novo 1.6 THP de 200 cv, de origem BMW.

Fiat Punto Evo

Ford C-MAX

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Hyundai ix35O ix35, SUV que substitui o Tucson, é a principal novi-

dade no stand da Hyundai. Com 4,410 metros de compri-mento e 1,820 metros de largura, o ix35 é mais comprido e largo do que o Tucson (85 mm e 20 mm, respectiva-mente, em comprimento e largura), mas é, por outro lado, mais baixo (1,65 m, menos 30 mm). Simultaneamente, ganhou espaço interior.

O modelo apresenta três novos motores, 1.6 turbo a ga-solina com 140 cv (149 g/km de CO2) e 2.0 e 2.2 diesel. Estes motores estão também presentes no renovado Santa Fé, que a marca coreana também está a mostrar em Frank-furt.

Jaguar XJFrankfurt é um salão talismã para a Jaguar. Talvez por

o “principal” alvo dos novos modelos da marca britânica do grupo Tata serem os concorrentes alemães, talvez por outro motivo qualquer, o facto é que, depois do XK em 2007, chega agora o novo XJ. Preconizado tal como o XK, pelo designer Ian Callum, o novo segmento F da Jaguar já pode ser encomendado em Portugal por preços de 98 mil euros, sendo que as primeiras unidades para clientes vão chegar no início de 2010.

O novo XJ é disponibilizado em Portugal com três mo-tores. O topo-de-gama a gasolina é o 5.0, sobrealimentado com 510 cv (aceleração de zero a 100 km/h em apenas 4,9 segundos), complementado pela versão atmosférica do motor V8 (385 cv). Quanto ao diesel, a marca disponibili-za o recente 3.0 biturbo com 275 cv. Este motor diesel leva o modelo aos 100 km/h em 6,4 segundos e tem um consu-mo médio anunciado de sete litros aos 100 km e emissões de CO2 de 184 g/km.

Opel AstraA maior estreia do certame pode muito vir a ser conside-

rado o novo Opel Astra. Isto pela importância histórica da marca no segmento,

pelo facto de o construtor ser alemão e por a General Mo-tors e as suas marcas estarem a viver momentos decisivos.

Representando a décima geração de automóveis da Opel para este segmento (o terceira com esta designação), o novo Astra chegará ao mercado europeu no final deste ano, oferecendo à escolha uma gama alargada de oito motores, com potências entre 95 e 180 cv. Inspirado no Insignia, o novo Astra cresceu ligeiramente face ao modelo actual, de modo a proporcionar uma habitabilidade superior. Ao mesmo tempo, o novo modelo beneficia de muitos avan-ços da engenharia que permitiram melhorar o consumo de combustível e a performance.

Todos os motores do novo Astra associados a transmis-são de comando manual obtêm, em média, uma redução no consumo de combustível e das emissões de CO2 em 12% face à anterior geração. O consumo médio das qua-tro motorizações diesel, com potências entre 95 e 160 cv, que deverão representar quase metade do volume de vendas do novo modelo na Europa durante a fase de lan-çamento, é de 4,6 litros aos 100. O consumo de combus-tível em ciclo combinado da gama a gasolina cifra-se em 6,1 litros.

Peugeot 5008A Peugeot está a revelar na Alemanha o C4 Picasso…

perdão o 5008. Decalcado do “primo” da Citroën, o Peugeot 5008 representa uma mudança na estratégia da PSA que não colocava monovolumes na marca do leão. Esse facto não invalida, porém, o construtor de Sochaux de colocar a fasquia elevada para o modelo. O primeiro monovolume compacto da Peugeot oferece um interior espaçoso, qualidade de vida a bordo, mo-dularidade e volume útil, exemplares. Pode ter cinco ou sete lugares.

No capítulo tecnológico, realce no 5008 para tecno-logias como o Head-Up Display (informação projectada no pára-brisas)) e um sistema que alerta quando a distân-cia para o veículo da frente é demasiado curta. A Peugeot apresenta também em Frankfurt um 5008 equipado com um acesso WIFI a bordo. Uma caixa instalada no veícu-lo recebe o cartão SIM do cliente, permitindo partilhar uma ligação à Internet, com a viatura parada ou em an-damento.

Renault FluenceA Renault está a revelar o Fluence. Com recurso à mes-

ma plataforma que o novo Mégane usa, o modelo vem ocupar na gama do construtor francês o lugar do Mégane tricorpo.

O exercício do construtor francês é semelhante ao que a Toyota fez com o Corolla, a Volkswagen fez com o Jetta e a Volvo com o S40, criar um modelo intermédio en-tre o segmento C e o D. O Fluence tem 4 620 mm de comprimento, 1809 mm de largura, 1479 mm de altura e 2702mm de distância entre eixos. Com uma mala de 530 litros (e 23 litros de espaços de arrumação no interior), o modelo oferece uma amplitude para os cotovelos de 1480 mm à frente e 1475 mm atrás.

Com base nos mesmos motores do Mégane, o Renault Fluence chega a Portugal no início de 2010, três meses depois de boa parte dos restantes mercados europeus.

Saab 9-5Em processo de venda da General Motors à Koenigse-

gg, a Saab está a ter em Frankfurt um verdadeira prova de “fogo”, com a apresentação do novo 9-5. Segundo a marca sueca, o formato do pára-brisas evoca a herança da Saab no campo aeronáutico. Com uma secção dianteira inspirada no “concept-car” Aero X o novo 9-5 exibe uma nova lin-guagem de design para a marca.

No campo tecnológico, o modelo do segmento E inclui “Head Up Display” (projecção de informações do painel de instrumentos na face interior do pára-brisas, em frente do condutor), sistema Saab DriveSense de chassis adap-tativo com controlo de amortecimento em tempo real, ar condicionado trizona, dispositivo dinâmico de ajuda ao estacionamento e sistema de tracção integral Saab XWD com diferencial traseiro de controlo electrónico eLSD.

A gama de motores, todos sobrealimentados, inicia-se com uma unidade de apenas 1,6 litros, reflectindo mais um passo na estratégia de redimensionamento de motores da marca. A escolha alarga-se a três tipos de combustível – gasolina, gasóleo e bioetanol E85 – e as opções turbodie-sel envolvem emissões de CO2 a partir de 139 g/km.

XIIIsexta-feira, 18 Setembro de 2009

Hyundai ix35

EcOlOgIA “AcElERA” A FundO

Não há, praticamente, marca que neste certame não apresente soluções “verdes”. Quer sejam assinaturas ambientais com sistemas Stop & Start, quer sejam hí-

bridos, quer sejam 100% eléctricos, quer sejam de produção ou “concept”, quase todos os construtores dizem presente às tecnologias do futuro próximo.

Em termos de modelo que estão quase em fase de produção, realce para o Peugeot iON (na foto). Baseado no Mitsubishi i-MiEV, resultado de uma colaboração entre a PSA e o construtor japonês, o modelo – que terá um gémeo da Citroën, mas que a marca do “double chevron” ainda não levou a Frankfurt – vai chegar no fim do próximo ano.

Com quatro portas, quatro lugares, um comprimento de 3,48 m e um raio de viragem de 4,50 m, o Peugeot iON 100% eléc-trico desenvolverá uma potência máxima de 47 kW (64 cv) e um binário de 180 Nm, oferecendo performances (velocidade máxima de 130 km/h) e uma autonomia de 130 km (em ciclo normalizado europeu), adequadas à condição de citadino que tem. As baterias de iões de lítio do automóvel são recarregáveis em seis horas numa tomada clássica de 220 V, ou a 80 % em 30 minutos, graças ao seu sistema de recarga rápida.

Outro veículo eléctrico em destaque é o Hyundai i10 EV, um dos cinco modelos com características ecológicas que o cons-

trutor asiático está a revelar na Alemanha. Com uma autonomia de 160 km, o primeiro modelo eléctrico de produção da Hyun-dai vai encetar, de forma limitada, a ser produzido em 2010, começando pelo mercado coreano. Na primeira fase, será ven-dido aos Ministérios do Governo e às entidades públicas.

Não é a primeira vez que é mostrado em salões, mas o Opel Ampera é um dos destaques do certame. A “culpa” para esse facto é o sistema Voltec, o mesmo a que recorre o Chevrolet

Volt – aliás, os dois modelos são, em termos técnicos, iguais. O Ampera, cuja produção vai arrancar apenas no fim de 2011, é um veículo eléctrico com extensor de autonomia (E-REV, “Ex-tended-Range Electric Vehicle”). Utiliza electricidade como fonte primária de energia e gasolina como fonte secundária para gerar electricidade. Em deslocações até 60 km, o motor eléctrico é alimentado exclusivamente com electricidade arma-zenada numa bateria de iões de lítio com capacidade de 16 kW. Quando a carga da bateria chega ao mínimo, o sistema acciona automaticamente um motor-gerador de electricidade para alargar a autonomia para além de 500 km. A bateria pode ser recarregada através de tomadas domésticas.

Se o tema é ambiente, há uma marca incontornável: a Toyo-ta. A marca japonesa está a revelar na Alemanha o Auris híbri-do. Com chegada ao mercado prevista para o próximo ano, o modelo representa a aplicação da tecnologia Hybrid Synergy Drive (HSD) num modelo de volume e o primeiro passo no alar-gamento à restante gama de modelos Toyota. O novo concept Prius Híbrido Plug-in também está em exposição. Passível de ser carregado em tomadas eléctricos, o modelo apresenta o pró-ximo passo da tecnologia HSD, utilizando apenas o modo eléc-trico para distâncias curtas do dia-a-dia. Em 2010, a Europa vai presenciar ao aluguer de 150 viaturas a clientes frotistas.

Jaguar XJ

Peugeot 5008

Renault Fluence

Opel Astra

Saab 9-5

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Mercedes apresenta nova geração do Classe GL

Range Rover ainda mais potente O topo-de-gama da Land Rover foi completamente actualizado. Os novos mo-tores, a tecnologia inovadora no interior e o aperfeiçoamento da dinâmica de condu-ção nas versões de 2010 pretendem refor-çar os argumentos da marca Range Rover no topo do segmento 4x4 de luxo.

Uma das principais novidades do mo-delo, que está a ser apresentado no Salão de Frankfurt, é o novo motor Superchar-ged (sobrealimentado) a gasolina LR – V8, de 510 cv, desenvolvido internamente pela equipa de motores Jaguar Land Rover. Permite reduzir o consumo de combustí-vel em quase 7% no ciclo combinado e as emissões de CO2 em mais de 7%, apesar dos aumentos substanciais de potência. O motor diesel utilizado continua a ser o TDV8, de 3.6 litros e 272 cavalos.

Por outro lado, o novo Range Rover beneficia de um design actualizado e me-lhorias ao nível do interior. Foram reali-zadas alterações nos faróis, na grelha e no pára-choques. Já no interior, foram utili-zados materiais e acabamentos mais luxu-osos. Mas a marca destaca a utilização de novas tecnologias no habitáculo. Trata-se do primeiro veículo equipado com um sis-

tema de informação e entretenimento com tecnologia de ecrã táctil de visão dupla, que permite ao condutor e ao passageiro dianteiro verem imagens diferentes em si-multâneo.

Destaque ainda para uma inovação no-tável ao nível do painel de instrumentos. Os manómetros e indicadores conven-cionais foram substituídos por um ecrã totalmente configurável, o qual apresenta toda a informação através de manómetros “virtuais” e indicações gráficas. O veículo incorpora a tecnologia conhecida por Sis-tema Dinâmico Adaptativo, para maximi-zar a qualidade de rolamento.

As prestações fora de estrada são ma-ximizadas através da actualização dos sis-temas “Terrain Response” e de Controlo de Estabilidade. O Range Rover incorpora uma gama opcional de sistemas aperfeiço-ados de auxílio activo à condução, que in-cluem o controlo de velocidade de cruzeiro adaptativo, o sistema de travagem assistida de emergência, a monitorização de ângulo morto do retrovisor exterior, os faróis au-tomáticos e o sistema de câmaras rotativo. Os preços variam entre os 132 e 173 mil euros.

sexta-feira, 18 Setembro de 2009XIV

A Mercedes-Benz tem no mercado a nova geração classe GL. O modelo conta com no-vos elementos na carroçaria, um interior remodelado, tecnologias BlueEfficiency e BlueTec, bem como motores mais eficientes. Foi também possível reduzir o consu-mo em cerca de 8% e, como tal, trata-se de uma viatura com mais preocupações ambientais.

O classe GL mantém a sua

posição cimeira no segmento do mercado dos veículos desporti-vos multiuso de luxo. Além da introdução de várias inovações tecnológicas – que aumentam a eficiência do consumo e a com-patibilidade ambiental – em ter-mos de design a carroçaria passou a ter um visual mais apelativo. Os novos pára-choques, a redesenha-

da protecção interior cromada, a nova grelha do radiador e as luzes diurnas dianteira e traseira (em LED) acentuam a expressividade da nova geração.

Outros novos elementos de destaque incluem as jantes de liga leve e as saídas de escape remod-eladas. Por sua vez, à gama de cores foram adicionadas duas no-vas tonalidades. Mas também há inovações ao nível da segurança,

designadamente sistemas de as-sistência ao condutor, como é o caso do “Pre-Safe”, que prepara, automaticamente, o veículo e os ocupantes em caso de uma colisão iminente, através da activação das funções de protecção. O sistema de luzes inteligente ilumina de forma ideal a estrada, de acordo com a situação de condução e o

estado climatérico.O motor V8 de 5.5 litros de

cilindrada debita uma potência de 388 cv. Atinge uma velocidade máxima de 240 km/h, no caso do GL 500. Já o GL 450, possui um motor V( a gasolina e conta com 340 cv de potência, atingindo uma velocidade máxima de 235 km/h. Na sua versão diesel, o

motor V8, que equipa o GL 450 CDI 4MATIC, disponibiliza 306 cv. A segurança está garantida fora e dentro da estrada, por via do novo sistema de tracção in-tegral e dos novos sistemas elec-trónicos incorporados em todos os modelos.

A nova geração do classe GL encontra-se disponível, em Por-

tugal, com cinco motorizações, duas a diesel e três a gasolina. O 350 CDI BlueEfficiency é com-ercializado por cerca de 108 mil euros, enquanto o 450 CDI está disponível por pouco mais de 142 mil euros. Os modelos a gasolina estão disponíveis por encomenda, com valores que vão de 110 mil a perto de 142 mil euros.

A Mercedes Benz usufrui de mais um argumen-to de peso na venda dos seus veículos de topo de gama. O S 400 Hybrid – primeiro automóvel equi-pado com uma bateria de iões de lítio – recebeu a homologação de veículo híbrido, pelo que é proposto em Portugal com uma isenção de 50% no ISV, pas-sando a estar disponível por 99 640 euros.

Garante a Mercedes que se trata do automóvel no segmento de luxo com o nível de emissões mais baixo do mundo. No caso português, verifica-se uma redução no preço de cerca de oito mil euros. A introdução de um motor eléctrico actua como um gerador durante as travagens, recuperando a energia cinética. Durante este processo, o motor eléctrico opera em perfeita combinação com o travão do mo-tor de combustão interna e os travões convencionais das rodas.

A sua bateria apresenta importantes vantagens em relação às tradicionais baterias de níquel/metal hídrico, com destaque para uma maior densidade de energia, maior eficiência eléctrica, dimensões mais compactas e baixo peso.

S 400 HybrId CoM ISenção de 50% no ISV

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A Volkswagen tem no mercado o seu motor mais moderno da ge-ração “common-rail”. Trata-se do 1.6 TDI, de 105 cv, equipado no Golf, com consumos de 3,9 litros aos 100 quilómetros. A nova mo-torização substitui o 2.0 TDI de 110 cv em toda a gama Golf.

No próximo ano, a marca ger-mânica tenciona introduzir as versões Bluemotion2, equipadas com os sistemas “start & stop” e “recuperação de energia na tra-vagem”, com a mesma potência, mas com emissões de gases ain-da mais baixas. De notar que a Volkswagen garante que as pres-tações não são afectadas com a economia. Basta ter em conta que a velocidade máxima potencial é de 190 km/h.

Este Golf está disponível com caixa manual de cinco velocida-des e com a nova DSG de sete

velocidades. Por sua vez, todas as versões de equipamento estão disponíveis com o novo motor, Trendline, Confortline e Highli-ne. Mantém-se em comercializa-ção a versão Golf Trendline 1.6 TDI de 90 cv e caixa manual de cinco velocidades.

Os preços começam nos 25 mil euros e este motor vai alargar-se, progressivamente, a outras gamas da marca. Marca já presença no novo Polo e passará a equipar o resto da família Golf (Plus e Va-riant), tal como o Jetta, o Touran e o Passat.

Opel celebra um milhão de unidades do Meriva

A Opel ultrapassou a fasquia de um mi-lhão de unidades produzidas do modelo Meriva. O “pequeno” mojnovolume é co-mercializado em 25 países europeus, tendo como principais mercados a Alemanha, o Reino Unido, a Itália e a Espanha.

O sucesso deste modelo deve-se à conju-gação de vários factores, desde logo o facto

de ter sido responsável pela criação de um novo segmento. Pode-se afirmar que terá sido o primeiro pequeno monovolume a aparecer no mercado automóvel. A sua fle-xibilidade é um dos argumentos de peso na procura. O sistema “Flexspace” permite configurar o habitáculo de forma simples e rápida, em função das necessidades do seu utilizador. Está disponível com o mo-tor 1.3 CDTI, com baixas emissões e um preço muito competitivo.

A Opel quer ir ainda mais longe, pelo que prepara uma nova geração do Mervia para o próximo ano. O novo modelo vai incluir um sistema de portas traseiras com dobradiças posteriores, que abrem em di-recção à traseira do automóvel. Também serão introduzidos novos sistemas de segu-rança. Este veículo tem já recebido vários prémios pela preocupação manifestada ao nível da segurança.

Insignia conquista 24 prémios num ano

Enquanto o Meriva, um dos mode-los mais antigos da actual gama da Opel, atingiu esta marca de produção, um dos mais recentes, o Insignia, não se “cansa” de obter distinções. Em cerca de um ano, foi lançado em Setembro de 2008, o modelo do segmento D conquistou 24 prémios.

Entre as 24 distinções, destaque para o título de Carro do Europeu do Ano 2009 e diversos outros atribuídos por painéis de especialistas e consumidores de 11 países. O Insignia foi nomeado melhor automóvel executivo de 2009 no Reino Unido, Dina-marca e Eslovénia. Por duas vezes recebeu o prémio de melhor automóvel familiar na Irlanda e foi eleito o melhor modelo para frotas em Portugal e na Áustria. Foi também galardoado em Espanha na área de segurança. O Insignia “sedan” é líder de vendas do seu segmento na Europa.

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A Hyundai reforçou a sua gama uti-litária com o lançamento de mais uma versão do i20. A grande novi-dade é que se trata de um veículo

de três portas, disponível com os níveis de equipamento Classic e Comfort. A marca sul-coreana pre-tende esgrimir argumentos no mer-cado, através de um nível completo de equipamento, eficácia e preço competitivo.Uma das principais preocupações é a segurança, sendo que o mode-lo obteve é detentor das cinco es-

trelas EuroNCAP. O equipamento inclui de série airbags de cortina laterais (para além dos frontais), encostos de cabeça activos à fren-

te, ESP e discos de travão em to-das as rodas. O motor que deve-rá ser mais pro-curado é o 1.2 litros a gasolina, com 78 cv. O seu consumo é de 5,2 litros por 100 km, em ci-clo combinado.

O diesel 1.4 litros disponibiliza 75 cv, com um consumo médio de 4,4 litros.O i20 de três portas beneficia de uma garantia de três anos sem li-mite de quilómetros. Este veículo é desenhado especificamente para o mercado europeu. A marca pre-tende continuar a aumentar a sua quota de mercado.

Hyundai i20 agora com três portas Volkswagen Golf com motor 1.6 diesel

XVsexta-feira, 18 Setembro de 2009

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