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AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA REVISÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DO MONTIJO
RELATÓRIO DE FATORES CRÍTICOS PARA A DECISÃO
15 SETEMBRO 2016
Revisão do Plano Diretor Municipal do Montijo
Avaliação Ambiental Estratégica | Relatório de Fatores Críticos
i
Ficha Técnica
Coordenação
Maria do Rosário Partidário
Equipa Técnica
Joana Dias
Joana Lima
Margarida B. Monteiro
Rute Martins
Revisão do Plano Diretor Municipal do Montijo
Avaliação Ambiental Estratégica | Relatório de Fatores Críticos
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Índice
Ficha Técnica .............................................................................................................................................................i
Coordenação .........................................................................................................................................................i
Equipa Técnica .......................................................................................................................................................i
Índice ........................................................................................................................................................................i
Índice de Figuras ................................................................................................................................................... ii
Índice de Quadros ................................................................................................................................................ ii
Acrónimos e Siglas .................................................................................................................................................. iv
1. Introdução ...................................................................................................................................................... 1
2. Objetivo e Metodologia da AAE ............................................................................................................... 2
2.1 Abordagem Específica ............................................................................................................................ 4
2.2 Objeto de Avaliação ............................................................................................................................... 7
3. Estratégia de Envolvimento e Comunicação ......................................................................................... 7
4. Quadro Problema ......................................................................................................................................... 9
5. Quadro de Avaliação Estratégica .......................................................................................................... 12
5.1 Justificação dos Fatores Críticos para a Decisão ............................................................................ 13
5.1.1 Questões Estratégicas (QE) ........................................................................................................... 13
5.1.2 Questões Ambientais e de Sustentabilidade (QAS) ................................................................ 14
5.1.3 Quadro de Referência Estratégico (QRE) .................................................................................. 16
5.2 Critérios de Avaliação e Indicadores ................................................................................................. 19
5.3 Fatores de Contexto ............................................................................................................................... 21
6. Quadro Institucional de Governança .................................................................................................... 22
7. Fontes de Informação ................................................................................................................................ 23
ANEXO I – Lista de entidades relevantes para consulta ................................................................................ 25
ANEXO II – Eixos Estratégicos e Respetivos Objetivos de Desenvolvimento .............................................. 27
ANEXO III – Quadro Institucional de Governança: Responsabilidades e Competências ...................... 28
ANEXO III – Orientações e metas do QRE ......................................................................................................... 36
ANEXO IV – Participação Pública no processo de focagem estratégica ................................................... 1
Inquérito à População ........................................................................................................................................ 1
Introdução ......................................................................................................................................................... 1
Caracterização da Amostra .......................................................................................................................... 4
Caracterização do Montijo pelos Inquiridos............................................................................................... 8
Workshop de Focalização................................................................................................................................ 12
Introdução ....................................................................................................................................................... 12
Objetivos do Workshop ................................................................................................................................. 12
Estrutura ............................................................................................................................................................ 12
Presenças ......................................................................................................................................................... 13
Resultados das Sessões de Trabalho .......................................................................................................... 13
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Índice de Figuras
Figura 1: Desenvolvimento da AAE e a ligação com o processo de revisão do PDM .............................. 2
Figura 2: Atividades da AAE e entregáveis em cada uma das fases ........................................................... 4
Figura 3: Matriz de compatibilidades e conflitos entre objetivos estratégicos de desenvolvimento .. 14
Figura 4: Estrutura e layout do inquérito na versão online relativamente à caracterização do perfil do
inquirido .............................................................................................................................................................. 2
Figura 5: Estrutura e layout do inquérito na versão online relativamente ao concelho do Montijo ....... 3
Figura 6: Distribuição dos inquiridos por género ................................................................................................ 5
Figura 7: Distribuição dos inquiridos por idade ................................................................................................... 5
Figura 8: Distribuição dos inquiridos por habilitações literárias ....................................................................... 5
Figura 9: Condição dos inquiridos perante o trabalho .................................................................................... 6
Figura 10: Meio de transporte dos inquiridos nas deslocações casa-trabalho e trabalho-casa ............ 7
Figura 11: Quilómetros percorridos nas deslocações casa-trabalho e trabalho-casa ............................. 8
Figura 12: Tempo médio despendido pelos inquiridos nas deslocações casa-trabalho e trabalho-casa
............................................................................................................................................................................. 8
Figura 13: Palavras mais mencionadas para descrever o que distingue o concelho do Montijo dos
outros concelhos .............................................................................................................................................. 8
Figura 14: Aspetos considerados positivos no concelho do Montijo (em % de respostas) ....................... 9
Figura 15: Aspetos a melhorar no concelho do Montijo (em % de respostas) .......................................... 10
Figura 16: Distribuição dos agentes com um papel preponderante e ativo no desenvolvimento do
concelho, na opinião dos inquiridos (em % de respostas)..................................................................... 11
Figura 17: Palavras mais mencionadas para caracterizar o Montijo daqui a 10 anos ............................ 11
Figura 18: Relações de causalidade - Sala Verde .......................................................................................... 19
Figura 19: Relações de causalidade - Sala Laranja ........................................................................................ 19
Figura 20: Relações de causalidade - Sala Azul .............................................................................................. 20
Figura 21: Relações de causalidade - Sala Rosa ............................................................................................. 20
Figura 22: Sistematização de prioridades - Fatores de Sucesso ................................................................... 21
Índice de Quadros
Quadro 1: Estratégia de envolvimento e comunicação em relação aos processos de AAE e de
revisão do PDM ................................................................................................................................................. 8
Quadro 2: Quadro Problema .............................................................................................................................. 10
Quadro 3: Quadro de Avaliação Estratégica ................................................................................................. 12
Quadro 4: Questões Ambientais e de Sustentabilidade (QAS) relevantes, por FCD ............................... 15
Quadro 5: QE, FCD e relação com QAS ........................................................................................................... 16
Quadro 6: Relevância do QRE por FCD ............................................................................................................ 17
Quadro 7: Relação entre as objetivos do QRE e os EE da revisão do PDM Montijo ................................ 18
Quadro 8: Objetivos, critérios de avaliação e indicadores por FCD .......................................................... 19
Quadro 9: Fatores de Contexto e respetivo alcance de análise ................................................................ 22
Quadro 10: Interesses no processo de revisão do PDM Montijo .................................................................. 23
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Quadro 11: Eixos Estratégicos e Objetivos de Desenvolvimento da Revisão do PDM Montijo .............. 27
Quadro 12: Agentes relevantes e responsabilidades para o processo de planeamento ..................... 28
Quadro 13: Quadro de Referência Estratégico - Orientações e Metas .................................................... 36
Quadro 14: Distribuição dos inquiridos por freguesia de residência ............................................................. 4
Quadro 15: Distribuição dos inquiridos por setor profissional de atividade ................................................. 6
Quadro 16: Representatividade, por freguesia de residência, dos aspetos positivos mais considerados
pelos inquiridos (em n.º de respostas) .......................................................................................................... 9
Quadro 17: Representatividade, por freguesia de residência, dos 3 aspetos a melhorar mais
considerados pelos inquiridos (em n.º de respostas) .............................................................................. 10
Quadro 18: Sessões de Trabalho Workshop ..................................................................................................... 12
Quadro 19: O que é Bom no concelho do Montijo ........................................................................................ 14
Quadro 20: O que está Mal no concelho do Montijo .................................................................................... 14
Quadro 21: Quadro Problema comum ............................................................................................................. 16
Quadro 22: Identificação de prioridades ......................................................................................................... 18
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Acrónimos e Siglas
AA Avaliação Ambiental
AAE Avaliação Ambiental Estratégica
AIA Avaliação de Impacto Ambiental
AMARSUL Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A.
AML Área Metropolitana de Lisboa
APA Agência Portuguesa do Ambiente
CC Comissão Consultiva
CCDR-LVT Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo
CEDEL Conselho Estratégico para o Desenvolvimento Económico Local
CMM Câmara Municipal do Montijo
DA Declaração Ambiental
EE Eixo Estratégico
EFICE2020 Estratégia de Fomento Industrial para o Crescimento e o Emprego 2014-2020
ENAAC Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas
ENCNB Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e Biodiversidade
ENF Estratégia Nacional para as Florestas
ENDS Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável
ERAE Entidades com Responsabilidade Ambiental Específica
FC Fator de Contexto
FCD Fatores Críticos para a Decisão
GNR Guarda Nacional Republicana
ICNF Instituto Nacional para a Conservação da Natureza e Florestas
IGT Instrumento de Gestão Territorial
INE Instituto Nacional de Estatística
IPSS Instituição Particular de Solidariedade Social
JF Junta de Freguesia
Lisboa2020 Estratégia Lisboa 2020
LPN Liga para a Proteção da Natureza
LVT Lisboa e Vale do Tejo
ONG Organização Não-Governamental
OT Ordenamento do Território
PANCD Programa Nacional de Ação de Combate à Desertificação
PBH-Tejo Plano das Bacias Hidrográficas do Tejo
PDM Plano Diretor Municipal
PDR2020 Plano de Desenvolvimento Rural 2020
PEDTM Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Turismo do Montijo
PEDU Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano do Município do Montijo
PEEI Programa Estratégico para o Empreendedorismo e Inovação
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PEH Plano Estratégico da Habitação
PENSAAR2020 Estratégia para p Setor de Abastecimento de Água e Saneamento de Águas
Residuais 2020
PENT Plano Estratégico Nacional de Turismo
PERSU2020 Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos 2020
PETI3+ Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas
PMOT Plano Municipal de Ordenamento do Território
PNGR Plano Nacional de Gestão de Resíduos
PNPOT Programa Nacional de Política de Ordenamento do Território
PNUEA Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água
PORNET Plano de Ordenamento da Reserva Natural do Estuário do Tejo
Portugal2020 Portugal 2020
PROF-AML Plano Regional de Ordenamento Florestal da Área Metropolitana de Lisboa
PROT-A Plano Regional de Ordenamento do Território do Alentejo
PROT-AML Plano Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa
PSP Polícia de Segurança Pública
PSRN2000 Plano Setorial Rede Natura 2000
QA Questão Ambiental
QAS Questões Ambientais e de Sustentabilidade
QE Questões Estratégicas
QRE Quadro de Referência Estratégico
RA Relatório Ambiental
RAvOp Relatório de Avaliação de Opções
RFCD Relatório de Fatores Críticos para a Decisão
RSI Rendimento Social de Inserção
SE Serviços dos Ecossistemas
SPEA Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves
TST Transportes Sul do Tejo
UF União de Freguesias
VAB Valor Acrescentado Bruto
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1. Introdução
O presente documento constitui o Relatório de Fatores Críticos para a Decisão (RFCD) da
Avaliação Ambiental (AA) do processo de elaboração da revisão do Plano Diretor
Municipal do Montijo (PDM Montijo).
A revisão do PDM Montijo encontra-se sujeito a um processo de AA de acordo com o
Decreto-Lei nº 232/2007 de 15 de junho, modificado pelo Decreto-Lei nº58/2011 de 4 de
maio, com os regulamentos da AA posteriormente introduzidos pelo Decreto-Lei n.º316/2007
de 19 de setembro, modificado pelo Decreto-Lei nº 46/2009 de 20 de fevereiro. Este
enquadramento legal define como responsável pela AA o proponente do Plano a avaliar,
neste caso a Câmara Municipal do Montijo (CMM).
Essa responsabilidade estende-se à decisão de elaborar a AA, determinação do seu âmbito
e alcance e respetiva consulta de entidades e do público, preparação do Relatório
Ambiental (RA) e respetivas consultas públicas e institucionais, e, por fim, apresentação da
Declaração Ambiental (DA) à Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
A Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) desenvolve-se através de uma metodologia que
assume um papel de facilitador do processo de planeamento, alertando para situações de
risco ou de oportunidade com uma perspetiva de sustentabilidade, em função de fatores
críticos para a decisão (FCD) identificados neste relatório. Processa-se em quatro fases,
descritas no capítulo 2, concomitantes com a definição da estratégia e das opções
estratégicas do Plano, e com o desenvolvimento do modelo territorial e das respetivas
propostas, integrando assim a definição das estratégias do Plano e a sua territorialização.
Este relatório dá cumprimento ao estipulado no nº 1 do Art.º 5º do Decreto-Lei nº 232/2007
de 15 de Junho alterado pelo Decreto-Lei nº 58/2011 de 4 de maio relativo à determinação
do âmbito da AA, bem como ao alcance e nível de pormenorização da informação a
incluir no RA e destina-se a ser apreciado pelas entidades públicas com responsabilidade
ambiental específica (ERAE) (Anexo I), nos termos do nº 3 do Art.º 3º do Decreto-Lei nº
58/2011 de 4 de Maio; e demais entidades e agentes que o proponente entenda deverem
ser consultados, designadamente os membros da Comissão Consultiva (CC) do PDM do
Montijo, nos termos do Art.º 7º da Portaria n.º 277/2015 de 10 de setembro.
O RFCD estrutura-se do seguinte modo: Objetivo e Metodologia da AAE (Capítulo 2),
Estratégia de Envolvimento e Comunicação (Capítulo 3), Quadro Problema (Capítulo
4), Quadro de Avaliação Estratégica (Capítulo 5), Quadro Institucional de Governança
(Capítulo 6), e Fontes de Informação (Capítulo 7) Em Anexo encontra-se a lista de
entidades relevantes para consulta, as responsabilidades e competências constantes
do Quadro Institucional para a Governança, as orientações e metas do Quadro de
Referência Estratégico (QRE), e por fim o detalhe dos momentos participativos e de
envolvimento no processo de focagem estratégica e identificação dos FCD.
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2. Objetivo e Metodologia da AAE
A AA da elaboração da revisão do PDM Montijo será desenvolvida com base na
metodologia de AAE descrita em Partidário (2012)1, segundo a qual a avaliação deve ser
conduzida em simultâneo com a elaboração do Plano, considerar opções estratégicas
para avaliação, considerar um contexto de sustentabilidade e apontar a atenção para
aspetos essenciais relevantes que, cumprindo a legislação, evitem descrições demasiado
detalhadas em relação à escala do Plano.
A metodologia proposta assegura o cumprimento do estipulado no Decreto – Lei nº
232/2007, de 15 de Junho alterado pelo Decreto-Lei nº 58/2011 de 4 de maio e no Decreto-
Lei nº 46/2009 de 20 de Fevereiro, desenvolvendo-se em quatro fases metodológicas
fundamentais:
I. Identificação e análise de Fatores Críticos para a Decisão;
II. Análise de tendências;
III. Avaliação de oportunidades e riscos das opções estratégicas;
IV. Estabelecimento de bases para um programa de seguimento da
implementação do Plano.
Esta abordagem estratégica pressupõe ainda que a AAE seja complementar à conceção
do PDM Montijo e conduzida simultaneamente, utilizando, sempre que possível, os
elementos de trabalho do Plano, quer no que respeita ao diagnóstico, quer no que respeita
às opções de desenvolvimento preconizadas (Figura 1). Deve ser desenvolvida em estreita
colaboração com a equipa de planeamento e com o Executivo Municipal, tendo ainda
em conta os resultados obtidos no âmbito dos processos de consulta de entidades e do
público.
Figura 1: Desenvolvimento da AAE e a ligação com o processo de revisão do PDM
1 Partidário, MR 2012. Guia de Melhores Práticas para Avaliação Ambiental Estratégica – Orientações
Metodológicas para um pensamento estratégico em AAE. Agência Portuguesa do Ambiente e Redes
Energéticas Nacionais. Lisboa
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Neste âmbito, a AAE da revisão do PDM Montijo alinha-se com a abordagem pró-ativa
seguida pela equipa de planeamento, procurando recorrer ao envolvimento de entidades
públicas, agentes relevantes e do público para a leitura das várias perspetivas e prioridades
de desenvolvimento do concelho. Desta forma, pretende-se garantir a formalidade legal
de avaliação, assegurando a informação necessária sobre as consequências ambientais
do plano, mas também uma adequada focagem da AAE e um contributo construtivo para
a realização de ajustamentos que assegurem a integração das condições ambientais
durante o processo de planeamento.
O objetivo da AAE é avaliar de que forma as estratégias do PDM Montijo respondem aos
problemas ambientais e de sustentabilidade críticos no território do Plano e quais os riscos e
oportunidades que poderão suscitar no futuro. Importa, neste contexto, assegurar que o
PDM Montijo estabeleça uma visão de futuro que seja clara e sirva de referencial à
avaliação. Para assegurar estes objetivos, a metodologia a seguir na AAE concretiza-se nas
atividades fundamentais descritas na secção seguinte, que se irão articular com o processo
de planeamento.
Por forma a dar cumprimento às exigências legalmente definidas, serão preparados os
seguintes documentos (Figura 2):
Relatório de Fatores Críticos para a Decisão (RFCD), que determina o âmbito da
avaliação a realizar, nos termos do Art.º 5º, do Decreto-Lei nº 232/2007, de 15 de
Junho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 58/2011 de 4 de Maio;
Relatório Ambiental (RA) relativo aos resultados da Avaliação Ambiental, nos termos
do Art.º 6º, do Decreto-Lei nº 232/2007, de 15 de Junho, alterado pelo Decreto-Lei n.º
58/2011 de 4 de Maio;
Declaração Ambiental (DA) a ser entregue à Agência Portuguesa do Ambiente, nos
termos do nº 1 do Art.º 10º do Decreto-Lei nº 232/2007, de 15 de Junho, alterado pelo
Decreto-Lei n.º 58/2011 de 4 de Maio.
Além destes elementos será também produzido e entregue um Relatório de Avaliação de
Opções Estratégicas (RAvOp) no qual se explana o processo de identificação de opções
estratégicas do PDM e a sua avaliação de oportunidades e riscos.
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Figura 2: Atividades da AAE e entregáveis em cada uma das fases
2.1 Abordagem Específica
Na metodologia proposta, o desenvolvimento da AAE envolve um conjunto de atividades
em três fases (ver Figura 2):
A primeira fase da AAE deverá decorrer em simultâneo com o desenvolvimento da
estratégia do PDM, das suas grandes opções políticas e com a identificação de
opções estratégicas fundamentais.
A segunda fase deverá decorrer em simultâneo com o desenvolvimento do modelo
de ordenamento da proposta de plano.
A terceira fase deverá decorrer em simultâneo com a fase de concertação e
afinamento com a comissão de acompanhamento do PDM e a discussão pública
do plano até à aprovação do PDM pela Assembleia Municipal.
Fase 1 – Contexto e focagem estratégica:
a) Metodologia e alinhamento processual – Corresponde ao estabelecimento de uma
metodologia processual para as atividades da AAE de forma coordenada com o
desenvolvimento da revisão do PDM; mapeamento dos trabalhos num cronograma
que esclareça os momentos de interação (objeto do presente documento).
Documento aprovado pela CMM em novembro de 2015.
b) Estratégia de envolvimento e comunicação – Corresponde à definição de uma
estratégia de comunicação que garanta o envolvimento de diferentes atores com
relevância para a revisão do PDM.
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c) Objeto de avaliação da AAE – Corresponde à definição do objeto de avaliação
tendo por base uma visão e objetivos estratégicos para a revisão do PDM Montijo.
d) Quadro problema – Corresponde à identificação das principais limitações bem
como das potencialidades que se colocam a um desenvolvimento sustentável do
município do Montijo, designadamente os principais valores e condicionantes bem
como os fatores de mudança que determinam a evolução do mesmo.
e) Quadro de Referência Estratégico – Corresponde à definição do conjunto de
macropolíticas europeias, nacionais, regionais e locais que enquadram o PDM
Montijo e que vão estabelecer o referencial para a avaliação. Enquadra
compromissos a satisfazer a nível municipal mas também linhas orientadoras de
futuro relevantes para a sustentabilidade do município.
f) Quadro Institucional para a de Governança – Corresponde à definição dos principais
atores, responsabilidades e competências relevantes para a AAE, bem como quais
podem ser as lacunas e as sobreposições de competências institucionais.
g) Quadro de avaliação estratégica – Corresponde à identificação e estabelecimento
dos FCD relevantes para a AAE da revisão do PDM Montijo, respetivos critérios de
avaliação e indicadores. É construído com base na visão estratégica para o
município, a estabelecer pelos agentes relevantes do município em concordância
com um diagnóstico estratégico e principais linhas de força, fundamentado
preferencialmente no envolvimento de agentes e estudos municipais. O quadro de
avaliação estratégica resulta da análise integrada de um conjunto diverso de
elementos:
Quadro de Referência Estratégico (QRE);
Questões Estratégicas (QE) da revisão do PDM Montijo - que configuram a
conjuntura estratégica, objetivos e linhas de força que orientam a revisão do
PDM e que resultam de decisões emanadas pelo Executivo Municipal, dos seus
órgãos consultivos ou resultantes de consultas a agentes com interesse municipal;
Questões Ambientais e de Sustentabilidade (QAS) - nomeadamente as que são
legalmente definidas no Decreto-Lei nº 232/2007 de 15 de junho alterado pelo
Decreto-Lei nº 58/2011 de 4 de maio, traduzidas para a escala e âmbito do PDM
do Montijo e relevantes para o contexto municipal.
Estes FCD deverão ser objeto de consulta institucional uma vez que, de acordo com o n.º1
do Art.º 5.º do Decreto-Lei nº 232/2007 de 15 de Junho alterado pelo Decreto-Lei nº 58/2011
de 4 de maio, compete à entidade responsável pelo plano "determinar o âmbito da
avaliação ambiental a realizar e o alcance e nível de pormenorização da informação a
incluir no relatório ambiental" e, de acordo com o nº 3 do citado artigo, “a entidade
responsável pela elaboração do plano solicita parecer sobre o âmbito da avaliação
ambiental e sobre o alcance da informação a incluir no relatório ambiental”. Apesar de a
legislação só exigir a consulta institucional, recomenda-se igualmente, como boa prática,
a consulta de outras entidades não mencionadas na legislação, e do público em geral, tal
como proposto no Anexo I.
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Fase 2 – Caminhos para a sustentabilidade e diretrizes:
h) Análise tendencial estratégica – Corresponde à identificação das principais
tendências estratégicas sobre as QAS enquadradas pelos FCD, com base nos
estudos realizados no âmbito da caracterização e desenvolvimento da revisão do
PDM Montijo, e em outros estudos que se justifiquem como relevantes. É desenvolvida
com base nos critérios e indicadores identificados para cada um dos FCD,
considerados relevantes no estabelecimento do âmbito e alcance da AAE.
i) Avaliação de opções estratégicas – Corresponde ao primeiro nível de avaliação
estratégica, onde se identifica e avalia as oportunidades e os riscos de opções
estratégicas de desenvolvimento municipal, atendendo ao quadro e objeto de
avaliação.
j) Discussão das opções estratégicas com agentes relevantes no quadro da
elaboração da proposta preliminar do PDM, em particular com a equipa do Plano e
o Executivo Municipal.
k) Relatório de opções estratégicas – Corresponde a informar, de forma breve e
expedita, a equipa de planeamento e registar as conclusões até à data. Como já
referido, este relatório não faz parte dos documentos formais exigidos legalmente.
l) Avaliação do modelo de ordenamento – Corresponde ao segundo nível de
avaliação estratégica, onde se identifica e avalia as oportunidades e os riscos do
modelo de ordenamento da proposta de plano, atendendo ao quadro de
avaliação e ao resultado da avaliação de opções estratégicas.
m) Diretrizes – Corresponde à preparação de diretrizes de planeamento, gestão,
governança e monitorização para serem integradas nas propostas do PDM e no seu
programa de monitorização e seguimento.
Os caminhos para a sustentabilidade e diretrizes culminam na elaboração do RA que
deverá acompanhar a apresentação da proposta formal do PDM Montijo, nos termos da
legislação em vigor. Este relatório deve ser sujeito a consulta institucional e do público.
Fase 3 – Revisão e afinamento do RA e Declaração Ambiental:
n) Acompanhar o processo de consulta das ERAE e do público, tal como legalmente
exigido, e ponderar os resultados da consulta institucional e pública na versão final
do RA bem como as alterações que decorram de alterações realizadas ao PDM.
o) Alterações ao RA - Decorrentes dos comentários que sejam dirigidos diretamente ao
RA, bem como os decorrentes de alterações ao PDM.
p) Declaração Ambiental – Elaboração do documento final que encerra formalmente
o processo legal, após a aprovação do PDM do Montijo pela Assembleia Municipal,
e entrega dos respetivos documentos, juntamente com a proposta final do PDM, à
APA.
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2.2 Objeto de Avaliação
A estratégia da revisão do PDM do Montijo, estruturada em eixos estratégicos e
consubstanciada em opções estratégicas que permitirão atingir os objetivos estratégicos
do PDM, e que se materializa no modelo territorial do Plano, constitui o objeto de avaliação
da AAE. Como referido no ponto anterior, a AAE irá compreender dois níveis de avaliação:
1. Numa primeira fase as orientações estratégicas do Plano e respetivas opções
definidas de forma a cumprir os objetivos;
2. Numa segunda fase a materialização das orientações estratégicas do modelo
territorial em medidas concretas do Plano, expressas na estrutura territorial e no
regime de uso do solo.
3. Estratégia de Envolvimento e Comunicação
Enquanto instrumento facilitador dos processos de decisão estratégica a AAE pode, e deve,
funcionar como uma plataforma de discussão e de envolvimento de agentes, um meio
para fomentar o pensamento coletivo e a comunicação, promovendo processos de
formulação de políticas ou de planeamento deliberativos e inclusivos.
Através de um envolvimento dinâmico e ativo, não só se garante a incorporação de
diversos valores e perceções sobre o desenvolvimento integrado do concelho como se
reforça a partilha de responsabilidade, a transparência e a comunicação durante o
processo de revisão do PDM. Ao mesmo tempo, o envolvimento dos agentes relevantes ao
longo do processo permite uma consulta mais eficaz nos momentos legalmente previstos,
bem como a sua mobilização para a implementação do PDM Montijo.
A estratégia de comunicação proposta pela AAE integra-se nos momentos participativos
que já são promovidos pelo Executivo Municipal (“Conversas no Bairro”). Os resultados
destas iniciativas são considerados na definição do quadro problema da AAE que é vertido
no quadro de avaliação (Fase 1).
O Quadro 1 apresenta, de forma resumida, os momentos essenciais de envolvimento de
agentes no processo da AAE da revisão do PDM do Montijo, sendo também apresentados
os objetivos desse envolvimento e as técnicas de comunicação e participação propostas.
Para cada momento participativo proposto pela equipa da AAE as respetivas metodologias
de desenvolvimento são elaboradas em estreita colaboração com a Equipa do Plano e
com o Executivo Municipal.
Quadro 1: Estratégia de envolvimento e comunicação em relação aos processos de AAE e de revisão do PDM
Etapas da AAE Técnica de participação Objetivo Fase do processo de revisão
do PDM do Montijo Agentes a envolver
Inquérito à população.
Captação de perceções sobre
problemas, potencialidades e
prioridades de desenvolvimento.
Munícipes.
A) Focagem Estratégica
(Fase 1) Workshop apoiado em
metodologia
participativa.
Modelo Territorial Municipal. Representantes de grupos de
interesse relevantes.
Munícipes.
B) Consulta institucional do
RFCD2 (Fase 1)
Disseminação do RFCD
(via web e correio) e
recolha de contributos.
Consulta de entidades e
munícipes sobre o âmbito e
alcance da AAE.
Modelo Territorial Municipal.
ERAE.
Outros agentes municipais e
munícipes.
C) Construção e discussão
de Opções (Fase 2)
Workshop apoiado em
metodologia
participativa.
Identificação preliminar de
opções estratégicas para
concretização do modelo de
ordenamento.
Proposta de Plano.
Representantes de grupos de
interesse relevantes.
Munícipes.
D) Avaliação Modelo de
Ordenamento – Resultados
Preliminares (Fase 2)
Apresentação pública
apoiada em exposição
de resultados e discussão.
Validação de resultados
preliminares da avaliação.
Captação de contributos para
diretrizes e medidas de
implementação.
Proposta de Plano.
Representantes de grupos de
interesse relevantes.
Munícipes.
E) Disseminação dos
resultados da AAE3 (Fase 3)
Disseminação do RA e
recolha de contributos.
Validação dos resultados da
AAE.
Proposta de Plano.
ERAE.
Outros agentes municipais e
munícipes.
F) Contínua - Website
Revisão do PDM
Disseminação e recolha
de contributos
espontâneos.
Informação sobre a revisão do
PDM e respetiva AAE.
Recolha de contributos para
ambos os processos.
Contínua.
Público em geral.
2 Previsto no n.º3 do artigo 5.º do Decreto-Lei nº 232/2007 de 15 de Junho alterado pelo Decreto-Lei n.º 58/2011 de 4 de Maio 3 Previsto no nº 6 do artigo 7º do Decreto-Lei nº 232/2007 de 15 de Junho alterado pelo Decreto-Lei n.º 58/2011 de 4 de Maio
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Avaliação Ambiental Estratégica | Relatório de Fatores Críticos
A) Focalização Estratégica (Fase 1) - É importante que a fase de focagem estratégica
(destinada à identificação e definição dos FCD) seja suportada por uma discussão ativa
com os agentes relevantes, incluindo munícipes. Ambas as atividades propostas para esta
etapa da AAE – inquérito e workshop - já foram desenvolvidas e os seus resultados podem
ser consultados no Anexo V.
B) Consulta institucional do RFCD (Fase 1) – Processo de consulta institucional legalmente
previsto para validação do alcance e nível de pormenorização da informação a incluir no
RA.
C) Workshop de construção e discussão de Opções (Fase 2) – Discutir com os agentes
relevantes as várias opções viáveis para a concretização das estratégias do PDM no
modelo territorial, e as grandes opções políticas entretanto estabelecidas pelo processo de
planeamento. Poder-se-á ainda considerar reuniões temáticas destinadas a discutir
determinados temas críticos ou prioritários no plano que beneficiem de uma reflexão mais
alargada com agentes relevantes e que possam vir a influenciar opções que concretizam
a proposta de plano.
D) Apresentação Pública dos resultados preliminares da AAE (Fase 2) – Validação dos
resultados preliminares da avaliação do modelo de ordenamento da proposta de plano e
discutir eventuais medidas de governança, planeamento, gestão e monitorização que
permitam evitar os riscos e concretizar as oportunidades até então identificadas.
E) Disseminação dos resultados da AAE (Fase 3) - Processo de consulta pública e
institucional legalmente previsto tendo em vista a recolha de observações e sugestões
dirigidas não só ao processo de AAE mas também ao processo de planeamento.
F) Recolha de contributos via Website Revisão do PDM (Fase contínua) - Considera-se
fundamental numa estratégia de comunicação manter um ponto de contacto
permanente com os munícipes e outros agentes interessados. Tal pode ser conseguido
através da página de internet dedicada à revisão do PDM Montijo e através de informação
disponível em locais específicos que vá sistematicamente atualizando o estado de ambos
os processos.
4. Quadro Problema
Para melhor compreender os desafios colocados à revisão do PDM Montijo, reuniram-se as
principais Debilidades, Potencialidades e Sensibilidades estratégicas (Quadro 2). Este
exercício baseou-se nos diagnósticos presentes nos Relatórios de Caracterização do
Concelho do Montijo, e nos resultados obtidos no Inquérito realizado à população e
Workshop de Focalização realizado.
9
Revisão do Plano Diretor Municipal do Montijo
Avaliação Ambiental Estratégica | Relatório de Fatores Críticos
Revisão do Plano Diretor Municipal do Montijo
Avaliação Ambiental Estratégica | Relatório de Fatores Críticos
10
Quadro 2: Quadro Problema
Principais Potencialidades Principais Debilidades Principais Sensibilidades
Capital natural e Qualidade do Ambiente
Potencial da Frente Ribeirinha.
Riqueza natural e paisagística de elevado valor
ecológico.
Potencial da ribeira de Canha para desporto e lazer.
Características do território para a produção de
energias alternativas.
Diminuição do consumo de energia elétrica.
Subaproveitamento da Frente Ribeirinha.
Desaproveitamento dos recursos naturais.
Poluição dos Recursos Hídricos (nomeadamente
pelas atividades agropecuárias).
Aumento da produção de resíduos sólidos urbanos
indiferenciados.
Suscetibilidade a riscos naturais e tecnológicos
devido às características intrínsecas do território.
Fraca qualidade de espaços verdes urbanos para
recreio e lazer.
Sapal e Salinas.
Elevada infiltração.
Complexidade da Rede Hídrica.
Dinâmica económica
Exploração da Base Aérea N.º 6 para fins comerciais.
Peso do setor primário na economia local
(agricultura, horticultura, suinicultura).
Existência de herdades e quintas com potencial
para fins turísticos.
Ausência de estratégias de desenvolvimento
económico (objetivos, incentivos, investimento, etc.)
Baixa oferta de emprego.
Elevada taxa de desemprego, e mão-de-obra
pouco qualificada no setor secundário.
Reduzida estada média turística e escassez oferta
de produtos turísticos diversificados.
Capital humano e identidade
Perceção de boa qualidade de vida pelos
munícipes (segurança, tranquilidade e bem-estar).
Crescimento populacional.
Membro integrante da Rede Portuguesa de
Municípios Saudáveis.
Estrutura etária da população com tendências de
envelhecimento.
Envelhecimento da população no Território Este.
Decréscimo do índice de renovação da população
em idade ativa.
Disparidade demográfica entre Territórios.
Aumento de apoios sociais (segurança social e RSI).
Identidade Montijense.
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Avaliação Ambiental Estratégica | Relatório de Fatores Críticos
11
Dinâmicas territoriais
Posicionamento da cidade do Montijo na AML
(proximidade a Lisboa).
Requalificação urbano-industrial (existência de
estruturas habilitadas para a promoção de
empreendedorismo e inovação).
Potencial do núcleo urbano antigo.
Boa cobertura das redes de equipamentos de
educação.
Aposta na rede de mobilidade suave (e.g. rede
pedonal e ciclável).
Elevado número de fogos vagos (maior da Península
de Setúbal).
Espaços industriais obsoletos (Brownfields –
envolvente cidade Montijo) e vazios urbanos (centro
urbano).
Fraca rede de transportes públicos.
Predomínio do uso de transporte individual, com
degradação de infraestruturas (rodovias).
Insuficientes incentivos à reabilitação dos núcleos
históricos.
Descaracterização do edificado.
Parque habitacional pouco diversificado.
Baixa oferta de equipamentos de saúde.
Centralização de equipamentos públicos no
Território Oeste.
Dualidade dos territórios Oeste-Este.
Governança
Elevada capacidade associativa.
Gestão ancorada na transparência municipal e
partilha de informação.
Ausência de orientações municipais sobre políticas
de temáticas ambientais.
Centralização de serviços de proximidade e de
equipamentos da administração pública.
Fraca prática participativa alargada e população
afastada da administração local.
Isolamento político-partidário na
Península de Setúbal.
Revisão do Plano Diretor Municipal do Montijo
Avaliação Ambiental Estratégica | Relatório de Fatores Críticos
12
5. Quadro de Avaliação Estratégica
Conforme descrito no Capítulo da Metodologia, a identificação dos FCD resulta de uma
análise integrada de elementos de base estratégica que incluem as Questões Estratégicas
(QE) para o Montijo, o Quadro Problema (consubstanciado nas Questões Ambientais e de
Sustentabilidade - QAS) e o Quadro de Referência Estratégico (QRE).
A identificação dos FCD está também fortemente ancorada nos resultados do Workshop
de Focalização realizado no dia 20 de abril de 2016 e nos resultados do inquérito à
população realizado no mês de março de 2016. Como já referido, os resultados da
participação pública estão detalhados no Anexo IV.
Para cada FCD foi definido um conjunto critérios de avaliação e indicadores. Os critérios
especificam o âmbito considerado nos FCD e os indicadores definem um instrumento de
medida através de uma dimensão analítica. Apresenta-se neste relatório como uma
proposta de âmbito e alcance da AAE da revisão do PDM Montijo, podendo estes vir a ser
revistos no decorrer da AAE, se assim se justificar, em função das consultas a realizar, das
circunstâncias de planeamento e da informação disponível.
No âmbito da revisão do PDM Montijo são ainda definidos Fatores de Contexto (FC), por
forma a garantir a contextualização da avaliação e a assegurar que os fatores estruturantes
de desenvolvimento são considerados.
O Quadro 3 apresenta o Quadro de Avaliação Estratégico.
Quadro 3: Quadro de Avaliação Estratégica
Revisão do Plano Diretor Municipal do Montijo
Avaliação Ambiental Estratégica | Relatório de Fatores Críticos
13
5.1 Justificação dos Fatores Críticos para a Decisão
5.1.1 Questões Estratégicas (QE)
As QE resultam diretamente das orientações estratégicas estabelecidas no decorrer da
revisão do PDM – Eixos Estratégicos - e constituem as principais linhas de força para o
desenvolvimento futuro do concelho do Montijo:
EE1: Sustentabilidade económica, especialização produtiva e inovação
EE2: Valorização ambiental e qualidade de vida
EE3: Coesão social e territorial
EE4: Espaço urbano e redes de infraestruturas
EE5: Governança na gestão do território
Cada Eixo Estratégico (EE) é composto por vários objetivos estratégicos que refletem as
principais intenções de desenvolvimento inerentes ao problema de decisão (ver Quadro 11
– Anexo II). É necessário, dito isto, verificar as compatibilidades e conflitos entre objetivos
estratégicos do Plano por forma a identificar compatibilidades ou potenciais conflitos que
possam constituir risco ao desenvolvimento do município. Desta forma esta análise é passível
de ser atendida numa fase inicial do processo de planeamento e no desenvolvimento do
Modelo Territorial.
Na Figura 3 apresenta-se essa relação, onde se destaca i) relações de compatibilidade, ii)
relações de conflito, e iii) sem relação plausível. Destacam-se sobretudo os potenciais
conflitos a partir da análise matricial:
1: Possível conflito entre o desenvolvimento das várias atividades económicas (p.e.
agricultura e turismo) e a preservação e potenciação dos valores naturais.
2: Possível conflito entre a aposta no desenvolvimento de atividades económicas e
a utilização racional dos recursos e eficiência energética.
3: Possível conflito devido ao foco dado às redes urbanos, excluindo o Território Este
e assim não apostando na identidade social.
4: Possível conflito devido ao foco dado aos núcleos urbanos, excluindo o Território
Este, e assim não apostando na identidade social.
Revisão do Plano Diretor Municipal do Montijo
Avaliação Ambiental Estratégica | Relatório de Fatores Críticos
14
1.1 1.1
1.2 1.2 Compatibilidade
1.3 1.3
1.4 1.4 Potencial Conflito
2.1 1 1 1 1 2.1
2.2 2.2 Sem Relação
2.3 2 2 2.3
3.1 3.1
3.2 3 3.2
3.3 3.3
3.4 3.4
4.1 4 4.1
4.2 4.2
4.3 4.3
4.4 4.4
5.1 5.1
5.2 5.2
5.3 5.3
Figura 3: Matriz de compatibilidades e conflitos entre objetivos estratégicos de desenvolvimento
5.1.2 Questões Ambientais e de Sustentabilidade (QAS)
Como anteriormente referido, as QAS consubstanciam o Quadro Problema que se coloca
no contexto de um desenvolvimento sustentável do município do Montijo e definem o
referencial ambiental. OS FCD identificados asseguram assim o tratamento das QAS tal
como exigido no Decreto-Lei nº 232/2007, de 15 de Junho alterado pelo Decreto-Lei nº
58/2011 de 4 de maio, conforme representado no Quadro 4.
Revisão do Plano Diretor Municipal do Montijo
Avaliação Ambiental Estratégica | Relatório de Fatores Críticos
15
Quadro 4: Questões Ambientais e de Sustentabilidade (QAS) relevantes, por FCD
Riscos QAS relevantes para o PDM Montijo QA definidas legalmente
Qualidade
ambiental para o
bem-estar da
comunidade
Bem-estar humano
Energia e alterações climáticas
Recursos hídricos
População
Saúde humana
Água
Atmosfera
Fatores climáticos
Solo
Vitalidade rural
Valorização dos ecossistemas
Bem-estar humano
Energia e alterações climáticas
Dinâmicas económicas
População
Biodiversidade
Fauna
Flora
Solo
Paisagem
Bens materiais
Património
Dinâmica urbana e
conetividade
Requalificação urbana
Bem-estar humano
Valorização dos ecossistemas
Dinâmicas económicas
Mobilidade
População
Bens materiais
Património
Biodiversidade
Uma vez que as QE identificadas (traduzidas pelos EE) são coerentes com objetivos
ambientais e de sustentabilidade, pretende-se que a AAE avalie de que modo o PDM
poderá assegurar que são concretizadas de modo sustentável (Quadro 5).
Revisão do Plano Diretor Municipal do Montijo
Avaliação Ambiental Estratégica | Relatório de Fatores Críticos
16
Quadro 5: QE, FCD e relação com QAS
Q
E FC
D
QA
S Sustentabilidade
económica,
especialização
produtiva
e inovação
Qualidade
Ambiental para
o bem-estar da
Comunidade
Bem-estar humano
Energia e
alterações
climáticas
Recursos hídricos Valorização
ambiental
e qualidade de
vida
Vitalidade Rural
Valorização dos
ecossistemas
Bem-estar humano
Energia e
alterações
climáticas
Dinâmicas
económicas
Coesão social
e
territorial
Espaço Urbano e
redes
d
e
infraestruturas
Dinâmica
Urbana e
Conetividade
Requalificação
urbana
Bem-estar
humano
Valorização dos
ecossistemas
Dinâmicas
económicas
Mobilidade
Governança
n
a gestão do
território
5.1.3 Quadro de Referência Estratégico (QRE)
Para a definição do QRE foram analisadas as políticas, programas e planos que enquadram
estrategicamente a revisão do PDM Montijo e para o qual estabelecem objetivos e metas
de sustentabilidade, servindo de referencial à avaliação.
O Quadro 6 apresenta a lista de instrumentos de política e planeamento identificados, e a
sua relação de relevância com os FCD preconizados. O Quadro 13 (Anexo IV) identifica os
objetivos e metas aplicáveis ao PDM Montijo, por FCD, no âmbito das suas opções de
desenvolvimento. Os objetivos e metas aqui identificados constituem, assim, os referenciais
ambientais e de sustentabilidade a partir dos quais a revisão do PDM Montijo será avaliada
estrategicamente.
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Quadro 6: Relevância do QRE por FCD
Documentos
estratégicos
relevantes
FCD
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Qualidade
ambiental para
o bem-estar da
comunidade
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Dinâmica
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17
Revisão do Plano Diretor Municipal do Montijo
Avaliação Ambiental Estratégica | Relatório de Fatores Críticos
Revisão do Plano Diretor Municipal do Montijo
Avaliação Ambiental Estratégica | Relatório de Fatores Críticos
18
O Quadro 7 sumariza a relação entre as orientações das macropolíticas constantes no QRE
e os EE da revisão do PDM Montijo, servindo também este exercício de suporte à construção
do Quadro de Avaliação Estratégica, através de uma análise de convergência entre as
estratégicas do PDM e as macropolíticas de referência.
Quadro 7: Relação entre as objetivos do QRE e os EE da revisão do PDM Montijo
Eixos Estratégicos
Macropolíticas QRE EE1 EE2 EE3 EE4 EE5
Portugal 2020 (Portugal2020)
Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável (ENDS)
Programa Nacional de Política de Ordenamento do Território
(PNPOT)
Programa Nacional de Ação de Combate à Desertificação
(PANCD)
Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e
Biodiversidade (ENCNB)
Estratégia Nacional para as Florestas (ENF) Plano Setorial Rede Natura 2000 (PSRN2000)
Plano de Desenvolvimento Rural 2020 (PDR2020)
Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas (PETI3+)
Programa Estratégico para o Empreendedorismo e Inovação
(PEEI)
Plano Estratégico Nacional de Turismo (PENT)
Plano Nacional de Gestão de Resíduos (PNGR)
Estratégia de Fomento Industrial para o Crescimento e o
Emprego 2014-2020 (EFICE2020)
Estratégia para p Setor de Abastecimento de Água e
Saneamento de Águas Residuais 2020 (PENSAAR2020)
Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água (PNUEA)
Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos 2020 (PERSU2020)
Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas
(ENAAC)
Plano Estratégico da Habitação (PEH)
Plano de Ordenamento da Reserva Natural do Estuário do Tejo
(PORNET)
Plano das Bacias Hidrográficas do Tejo (PBH-Tejo) Plano Regional de Ordenamento Florestal da Área Metropolitana
de Lisboa (PROF-AML)
Plano Regional de Ordenamento do Território da Área
Metropolitana de Lisboa (PROT-AML)
Plano Regional de Ordenamento do Território do Alentejo (PROT-
A)
Estratégia Lisboa 2020 (Lisboa2020)
Revisão do Plano Diretor Municipal do Montijo
Avaliação Ambiental Estratégica | Relatório de Fatores Críticos
19
Critérios de Avaliação Indicadores
Eixos Estratégicos
Macropolíticas QRE EE1 EE2 EE3 EE4 EE5
Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano do Município do
Montijo (PEDU)
Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Turismo do Montijo
(PEDTM)
5.2 Critérios de Avaliação e Indicadores
Seguidamente apresentam-se os critérios de avaliação e indicadores para cada FCD e que
estabelecem o âmbito da avaliação, o alcance do RA e o nível de pormenor da
informação a considerar (Quadro 8)
De notar que os FCD não pretendem descrever exaustivamente a situação existente mas
sobretudo apontar para aspetos críticos, de destaque, relacionados com as políticas e
estratégias de desenvolvimento do PDM Montijo, que sejam relevantes para a AAE. Desta
forma, os indicadores são utilizados para uma análise tendencial que permita não só
compreender a evolução dos temas críticos mas também as forças motrizes que moldam
essa evolução e que, por isso, devem ser os pontos críticos de atuação.
Quadro 8: Objetivos, critérios de avaliação e indicadores por FCD
Objetivo / Âmbito: Avalia as estratégias de valorização e requalificação ambiental, tendo em
conta a gestão dos recursos hídricos, os riscos naturais e tecnológicos e o bem-estar dos indivíduos
e da comunidade.
Gestão dos recursos hídricos
Qualidade dos recursos hídricos.
Gestão dos recursos hídricos.
Impermeabilização do solo.
Qualidade das águas superficiais e subterrâneas.
População servida por sistemas de drenagem e
tratamento de águas residuais (%).
Volume de água captado (m3) vs. Capitação
doméstica de água (m3/hab).
Programas de boas práticas para a conservação e
gestão da procura e consumo de água.
Variação da ocupação do solo, com atenção a
zonas de recarga de aquíferos.
Riscos e alterações climáticas
Alterações climáticas
Risco de inundações/cheias.
Risco sísmico.
Risco de incêndio.
Erosão.
Ocupação de áreas vulneráveis a riscos naturais
(edificação, atividades e população) e medidas de
adaptação territorial.
Vulnerabilidade ao risco (inundação, incêndio,
erosão, sísmico, movimentos de massa, e industrial
severo).
Iniciativas e mecanismos de adaptação às
alterações climáticas.
FCD#1 – Qualidade ambiental para o bem-estar da comunidade
Revisão do Plano Diretor Municipal do Montijo
Avaliação Ambiental Estratégica | Relatório de Fatores Críticos
20
Objetivo / Âmbito: Avalia as estratégias de investimento na ruralidade do Concelho como fator
âncora e de geração de valor, de atração e de dinamização do território Este. Considera a
promoção de atividades associadas aos sistemas naturais e o estímulo ao aproveitamento e
valorização dos serviços dos ecossistemas. Atende à economia rural, à qualidade de vida das
populações e ao potencial de atração dos recursos naturais como aposta na resiliência socio-
territorial.
Objetivo / Âmbito: Avalia as estratégias de conetividade territorial na ótica das acessibilidades e
mobilidade, da qualificação e recuperação/revitalização das áreas degradadas no sistema
urbano, e como se fortalece a centralidade regional do Concelho na região da AML.
Espaços verdes urbanos per capita e a respetiva
qualidade.
Prática de desporto ao ar livre (área, evolução
utilização).
Recolha seletiva e destino final de resíduos urbanos.
Fontes de poluição, mecanismos de resolução e
medidas de prevenção.
Índice de qualidade do ar (evolução).
População exposta ao ruído (evolução).
População com acesso aos cuidados de saúde
primários e/ou equipamentos de saúde (evolução).
Iniciativas municipais de eficiência energética.
Bem-estar
Qualidade do ambiente físico
envolvente dos indivíduos e da
comunidade, incluindo espaços
verdes, resíduos, qualidade do ar e
ruído.
Equipamentos e serviços de saúde.
Eficiência energética e respetivas
medidas adotadas.
Critérios de Avaliação Indicadores
Critérios de Avaliação Indicadores
FCD#2 – Vitalidade rural
FCD#3 – Dinâmica urbana e conetividade
Aglomerados rurais
Renovação da vivência
nos aglomerados rurais.
Valores patrimoniais e seu
potencial agregador de dinâmicas
sociais.
Índices de dependência e acesso
a equipamentos e serviços de
proximidade.
Qualificação dos aglomerados rurais: carências
habitacionais, equipamentos e serviços.
Investimento na reabilitação do património e cultura
(n.º iniciativas/ localização / investimento anual).
Iniciativas de empreendedorismo / inovação social
(medido em frequência, nº pessoas envolvidas).
Atratividade da economia rural
Identificação e aproveitamento do
potencial económico do espaço
rural.
Valorização dos recursos naturais
como fator crucial na geração
de atividades.
Atividades em territórios rurais (PIB, empregos criados
diretos e indiretos) por setor de atividade.
Investimentos em atividades de valorização dos
recursos naturais (n.º iniciativas/ área / localização /
rendimento) por sector de atividade.
Fontes endógenas de energia renovável.
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Conetividade territorial, acessibilidades e
rede de mobilidade
Interfaces modais e estímulo à
transferência modal.
Acessibilidade entre funcionalidades
territoriais.
Rede de mobilidade suave.
Ligação em transportes públicos entre zona Este e
Oeste.
Oferta de modos de transporte / interface (n.º,
cobertura geográfica, utilizadores, articulação de
entidades gestoras).
Extensão e distribuição espacial da rede de
mobilidade suave (km).
Valorização do sistema urbano
Relação urbano-ecológica, valor
ecológico e áreas de proteção no
sistema urbano.
Valorização do espaço público- foco
na frente ribeirinha.
Requalificação das áreas degradadas
(e.g. Brownfields).
Atividades de valorização urbano-ecológica (n.º e
investimento anual).
Iniciativas de valorização da frente ribeirinha.
Área de territórios degradados (área e distribuição
geográfica).
Iniciativas de requalificação das áreas degradadas
e área convertida (n.º e investimento anual).
Relação de evolução do número de fogos vagos
com novas construções.
Centralidade na AML
Fatores de centralidade - atratividade
e dinâmica económica, captação
empresarial e industrial.
Adequação das estratégias às
fragilidades económicas do concelho
no contexto regional.
VAB Montijo / VAB AML (%).
Incentivos para a captação empresarial e industrial
no município (n.º, investimento).
Taxa bruta de atração / taxa de repulsão da
população empregada no concelho.
Variação do n.º de empresas existentes por setor de
atividade (%).
5.3 Fatores de Contexto
Os Fatores de Contexto (FC) são fatores transversais que se destinam a conferir à análise
estratégica um enquadramento contextual com o objetivo de:
Compreender as especificidades do contexto de desenvolvimento;
Analisar variáveis que enquadram as interações (e relações causais) entre FCD;
Avaliar a capacidade de transição do sistema face às mudanças necessárias ao
novo ciclo de planeamento, com vista à sustentabilidade;
Contribuir para uma abordagem integrada com vista à promoção de trajetórias de
sustentabilidade.
O Quadro 9 apresenta os FC identificados e respetivos âmbitos de análise. Ao longo do
processo de AAE serão considerados de forma transversal à avaliação.
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22
Quadro 9: Fatores de Contexto e respetivo alcance de análise
Fatores de Contexto
Fatores Âmbito de análise
FC1 – Demografia
Análise das dinâmicas demográficas do
concelho do Montijo e sua relação com a
estratégia de desenvolvimento concelhia,
enquanto forças determinantes de
mudança.
População e crescimento natural.
Estrutura etária e índice de envelhecimento.
Saldo migratório.
Estrutura das famílias.
Grupos minoritários.
FC2 – Governança
Análise do modelo de governança interno
(da CMM) e externo (redes e relações entre
atores e orientações estratégicas).
Recursos (atores e competências).
Estrutura e orientação organizacional municipal.
Acesso à informação (transparência).
Relações (entre atores / entre políticas e
instrumentos).
Cultura de participação.
FC3 – Serviços dos Ecossistemas (SE)
Análise dos SE enquanto elemento
transversal de sustentabilidade e dos
benefícios que estes podem dar ao
processo de planeamento.
Valorização dos SE em todo o território, incluindo o
urbano, rural e industrial.
Agentes relevantes.
Atividades económicas associadas
Mapeamento.
6. Quadro Institucional de Governança
O Quadro Institucional de Governança é uma dimensão relevante da AAE. Prende-se com
níveis de responsabilidade dos agentes principais, relações de poder e oportunidade e
capacidade de envolvimento dos mesmos.
Para identificar a capacidade institutional no processo de revisão do PDM Montijo foi
necessário identificar os agentes relevantes bem como as responsabilidade e
competências legalmente definidas (Anexo III - Quadro 12). Este exercício permite
identificar o quadro institucional existente no concelho do Montijo para o desenvolvimento
da estratégia proposta e lacunas, ou sobreposição, de responsabilidades institucionais
existentes. São identificados os seguintes grupos de interesse:
Autoridades locais e orgãos representativos;
Administração pública;
Municípios limítrofes;
Serviços públicos e privados;
Agentes económicos;
Associações;
Meios de comunicação;
Outros agentes de interesse, incluíndo munícipes.
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23
Cada grupo de interesse tem atualmente responsabilidades específicas em relação ao
processo de planeamento. No Quadro 10 estão representados os possíveis interesses dos
agentes relevantes em relação às linhas estratégicas do PDM derivados das suas
responsabilidades na concretização da estratégica de desenvolvimento para o concelho.
Quadro 10: Interesses no processo de revisão do PDM Montijo
Va
lore
s n
atu
rais
Ec
on
om
ia e
pro
du
tiv
ida
de
Qu
alid
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e
vid
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Sis
tem
a u
rba
no
C
oe
são
terr
ito
ria
l
Go
ve
rna
nç
a
Grupos de Interesse Áreas de competência e responsabilidade4
A AAE irá considerar este Quadro Institucional na avaliação, designadamente analisando
se existem capacidades instaladas para uma eficaz implementação das políticas e
medidas propostas pelo PDM e para a definição de uma rede de relações diretas e/ou
indiretas para a concretização eficaz e eficiente dessas políticas e medidas. É esperado o
envolvimento destes agentes no processo de preparação e discussão do PDM Montijo, e
será considerado o seu efetivo envolvimento.
7. Fontes de Informação
O levantamento dos dados referentes ao tratamento dos critérios e indicadores está
fortemente dependente da disponibilidade de informação constante dos estudos de
elaboração do PDM Montijo, bem como de outros estudos complementares, e dos centros
de informação especializada (e.g. INE). Os indicadores podem vir a ser ajustados
posteriormente em função da evolução da conceção do plano, da informação existente
e das necessidades e resultados intercalares do processo de avaliação subsequente. De
4 Áreas de competência abordadas nos Eixos Estratégicos da revisão do PDM Montijo.
Autoridades locais e orgãos
representativos
X
X
X
X
X
X
Administração pública X X X X X X
Municípios limítrofes X X X X
Serviços públicos e privados X X X
Agentes económicos X X X
Associações X X X X
Meios de comunicação X X X
Outros agentes de interesse X X X X X X
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24
notar contudo que muitos indicadores poderão permanecer relevantes para efeito de
monitorização do PDM Montijo, mesmo na ausência de dados utilizáveis neste momento.
Para dados de carácter intrinsecamente local, para os quais não existe outro tipo de fonte,
será solicitado à equipa de planeamento a informação respetiva.
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ANEXO I – Lista de entidades relevantes para consulta
Entidades relevantes definidas pelo Decreto-Lei nº232/2007 de 15 de Junho alterado pelo Decreto-
Lei nº 58/2011 de 4 de maio
[Consulta prevista no seu Art.º 7º]
Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, I.P.
Agência Portuguesa do Ambiente, I.P. (que integra as atribuições do Instituto da Água, I.P., e da
Administração da Região Hidrográfica do Tejo, I.P.).
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo.
Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, I.P.
Municípios de Alcochete, Benavente, Coruche, Moita, Montemor-o-Novo, Palmela e Vendas Novas.
Outras entidades recomendadas (incluindo, mas não limitado, as entidades da Comissão Consultiva
da revisão do PDM Montijo5)
Administração do Porto de Lisboa, S.A.
Agência para a Modernização Administrativa, I.P.
Águas de Lisboa e Vale do Tejo.
AMARSUL.
ANA Aeroportos de Portugal, S.A. / NAER Novo Aeroporto S.A.
Associações de Desenvolvimento Local.
Autoridade Nacional de Proteção Civil.
Autoridade Florestal Nacional.
Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal.
Conselho Estratégico para o Desenvolvimento Empresarial Local.
Conselho Municipal da Educação do Montijo.
Conselho Municipal da Juventude.
Direção-Geral de Armamento e Infraestruturas de Defesa.
Direção-Geral de Energia e Geologia, I.P.
Direção-Geral de Infraestruturas da Força Aérea Portuguesa.
Direção-Geral do Território, I.P.
Direção Regional de Agricultura e Pescas de LVT.
Direção Regional de Cultura de LVT.
Instituto das Infraestruturas Rodoviárias, I.P.
Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I.P.
Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação.
Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico, I.P.
5 Definidas em Diário da República pelo Aviso n.º 5677/2011, de 25 de fevereiro.
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Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana, I.P.
Lusoponte.
Operadores de Transporte (TST, Transtejo e Softlusa).
Organizações Não-Governamentais de Ambiente (Quercus, LPN, SPEA, Olho Vivo e Geota).
Segurança Pública (PSP, GNR, Bombeiros Voluntários).
Turismo de Portugal, I.P.
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ANEXO II – Eixos Estratégicos e Respetivos Objetivos de
Desenvolvimento
Quadro 11: Eixos Estratégicos e Objetivos de Desenvolvimento da Revisão do PDM Montijo
EE1 – Sustentabilidade económica, especialização produtiva e inovação
1.1 Apoiar os setores de especialização económica que constituem a base da economia do
concelho, promovendo a criação de emprego
1.2 Promover o correto ordenamento dos espaços de produção agrícola e sua estrutura fundiária
1.3 Definir e estruturar as áreas de vocação económica e suas relações com a rede urbana
1.4 Desenvolver o setor do turismo, atendendo à diversidade territorial do concelho e vantagens
locativas no contexto da AML
EE2 – Valorização ambiental e qualidade de vida
2.1 Preservar e potenciar os valores naturais do concelho
2.2 Assegurar a qualidade de vida das populações e promover modos de vida saudáveis
2.3 Promover o desenvolvimento sustentável, através da utilização racional de recursos e eficiência
energética
EE3 – Coesão social e territorial
3.1 Promover uma política de equidade territorial no acesso às redes de serviços
3.2 Valorizar e integrar as populações de maior propensão à exclusão
3.3 Estabelecer uma estratégia de identidade social, reforçando o sentido de comunidade da
população
3.4 Melhorar e diversificar a oferta à população nas áreas de educação, saúde, apoio social às
famílias, desporto, cultura
EE4 – Espaço urbano e redes de infraestruturas
4.1 Promover a coesão e qualificação dos núcleos urbanos
4.2 Desenvolver o espaço urbano através da programação territorial e gestão racional do solo
4.3 Equilibrar as redes de mobilidade e transportes
4.4 Estruturar as áreas de edificação dispersa
EE5 – Governança na gestão do território
5.1 Promover a aproximação do cidadão e a participação pública na execução do plano
5.2 Desenvolver mecanismos de monitorização e avaliação do plano e da sua execução
5.3 Agilizar instrumentos de cooperação, parceria e negociação flexível
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ANEXO III – Quadro Institucional de Governança: Responsabilidades e Competências6
Quadro 12: Agentes relevantes e responsabilidades para o processo de planeamento
Grupos de Interesse Atribuições e Competências
Autoridades locais e
orgãos representativos
CMM7
Elaborar os planos necessários à realização das atribuições municipais.
Participar, com outras entidades, no planeamento que diretamente se relacione com as atribuições do município.
Fixar os preços da prestação de serviços ao público pelos serviços municipais ou municipalizados.
Discutir e preparar com os departamentos governamentais e com as juntas de freguesia contratos de delegação de
competências e acordos de execucação.
Deliberar sobre as formas de apoio a entidades e organismos legalmente existentes, nomeadamente com vista à
execução de obras ou à realização de eventos de interesse para o município, bem como à informação e defesa dos
direitos do cidadão.
Deliberar sobre a concessão de apoio financeiro ou de qualquer outra natureza a institutições legalmente constituídas
ou participadas pelos trabalhadores do município, tendo por objetivo o desenvolvimento de atividades culturais,
recreativas e desportivas.
Assegurar a integração da perspetiva de género em todos os domínios de ação do município, designadamente através
da adoção de planos municipais para a igualdade.
Colaborar no apoio a programas e projetos de interesse municipal, em parceria com entidades da administração central.
Assegurar o levantamento, classificação, administração, manutenção, recuperação e divulgação do património natural,
cultural, paisagístico e urbanístico do município.
Apoiar atividades de natureza social, cultural, educativa, desportiva, recreativa ou outra de interesse para o município.
Participar na prestação de serviços e prestar apoio a pessoas em situação de vulnerabilidade, em parceria com as
entidades competentes da administração central e com IPSS’s.
Exercer o controlo prévio, designadamente nos domínios da construção, reconstrução, conservação ou demolição de
edifícios.
6 Para além do disposto salienta-se a responsabilidade de todos os agentes enumerados de garantirem o cumprimento da Convenção de Aarhus, transposta para o
regime jurídico interno pela Lei n.º 19/2006, de 12 de Junho, aprovada pela Resolução da Assembleia da República n.º 11/2003. 7 Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro, com alterações introduzidas pela Retificação n.º 46-C/2013, de 1 de novembro, e Lei n.º 69/2015, de 16 de julho.
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Grupos de Interesse Atribuições e Competências
Criar, construir e gerir instalações, equipamentos, serviços, redes de circulação, de transportes, de energia, de distribuição
de bens e recursos físicos integrados no património do município ou colocados, por lei, sob administração municipal.
Promover e apoiar o desenvolvimento de atividades e a realização de eventos relacionados com a atividade económica
de interesse municipal.
Participar em orgãos de gestão de entidades da administração central.
Administrar o domínio público municipal.
Deliberar sobre a administração dos recursos hídricos que integram o domínio público do município.
Deliberar sobre a participação do município em projetos e ações de cooperação descentralizada.
Juntas de Freguesia8
UF Atalaia e Alto
Estanqueiro-
Junqueira
Canha
UF Montijo e
Afonseiro
UF Pegões
Sarilhos Grandes
Aprovar operações urbanísticas em imóveis integrados no domínio patrimonial privado da freguesia.
Discutir e aprovar com a CMM contratos de delegação de competÊncias e acordos de execução.
Discutir e preparar com as organizações de moradores protocolos de delegação de tarefas administrativas que não envolvam o exercício de poderes de autoridade.
Discutir e preparar com instituições públicas, particulares e cooperativas que desenvolvam a sua atividade na
circunscrição territorial da freguesia protocolos de colaboração, designadamente quando os respetivos equipamentos
sejam propriedade da freguesia e se salvaguarde a sua utilização pela comunidade local.
Deliberar sobre as formas de apoio a entidades e organismos legalmente existentes, nomeadamente com vista à
execução de obras ou à realização de eventos de interesse para a freguesia, bem como à informação e defesa dos
direitos dos cidadãos.
Participar no processo de elaboração e colaborar na discussão pública, nos termos acordados com a CMM, dos PMOT.
Facultar a consulta pelos interessados dos PMOT.
Promover e executar projetos de intervenção comunitária nas áreas da ação social, cultura e desporto.
Participar, em colaboração com IPSS’s, em programas e iniciativas de açaõ social.
Apoiar atividades de natureza social, cultural, educativa, desportiva, recreativa ou outra de interesse para a freguesia.
Colaborar com a autoridade municipal de proteção civil na iminência ou ocorrência de acidente grave ou catástrofe.
Gerir e manter equipamentos desportivos de âmbito local.
Administrar e conservar o património da freguesia.
8 Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro, alterado pela Retificação n.º 46-C/2013, de 1 de novembro.
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Grupos de Interesse Atribuições e Competências
Conselhos Municipais
(CEDEL, Conselho
Municipal da
Educação, Conselho
Municipal da
Juventude)
Apoiar (e promover) a cooperação e articulação dos vários atores sociais locais para o desenvolvimento do concelho do Montijo nas suas respetivas áreas de intervenção.
Área Metropolitana de
Lisboa9
Participar na elaboração dos planos e programas de investimentos públicos com incidência na área metropolitana.
Promover o planeamento e a gestão da estratégia de desenvolvimento económico, social e ambiental do território
abrangido.
Participar na definição de redes de serviços e equipamentos de âmbito metropolitano.
Assegurar a articulação das atuações entre municípios e os serviços da administração central nas áreas definidas na
alínea 2 do artigo 67º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
Exercer as atribuições transferidas pela administração central e o exercício em comum das competÊncias delegadas
pelos municípios que as integram.
Administração Pública
APA, I.P.10
Acompanhar a execução das políticas de ambiente, nomeadamente no âmbito da AIA e da AA de planos e programas.
Promover e garantir a participação pública, a cidadania ambiental e o acesso à informação nos processos de decisão
em matéria de ambiente.
Promover a educação, formação e sensibilização para o ambiente e desenvolvimento sustentável.
Promover o acompanhamento e apoio às ONG’s de ambiente.
Propor e acompanhar, em articulação com o ICNF as políticas de conservação da natureza e da biodiversidade.
Assegurar a protecção, o planeamento e o ordenamento dos recursos hídricos.
Promover o uso eficiente da água e o ordenamento dos usos das águas.
Estabelecer e implementar programas de monitorização dos recursos hídricos.
Promover uma política de gestão da qualidade do ar, visando a protecção da saúde pública e a qualidade de vida das
populações.
Assegurar o exercício de competências próprias de licenciamento, da emissão de normas técnicas aplicáveis às
operações de gestão de resíduos.
9 Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro. 10 Decreto-Lei n.º 56/2012, de 12 de março.
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Grupos de Interesse Atribuições e Competências
Garantir a adopção das medidas necessárias à protecção da saúde humana e do ambiente, elaborar e adoptar quadros
de referência para a gestão de riscos, designadamente assegurando a consideração dos riscos tecnológicos nos
instrumentos de planeamento territorial.
ICNF, I.P.11
Articular as políticas de conservação da natureza, biodiversidade e florestas com os diversos instrumentos de OT e
cooperar com outros serviços e organismos na concretização de quaisquer políticas ou programas nestes domínios.
Apoiar a formulação da política de conservação da natureza e biodiversidade e garantir o cumprimento dos objetivos
decorrentes dos seus regimes, em articulação com a APA.
Contribuir para a definição dos instrumentos de financiamento do investimento nos domínios da conservação da natureza
e da floresta e proceder ao acompanhamento da sua concretização.
Assegurar a elaboração, aprovação, execução e monitorização dos planos de gestão florestal e de outros instrumentos
de planeamento e proceder à regulação e licenciamento da ocupação florestal dos solos.
Fomentar o potencial produtivo dos povoamentos florestais e a certificação da sua gestão.
Promover a articulação e a integração dos objetivos de conservação e de utilização sustentável dos recursos naturais na
política de ordenamento do território e nas diferentes políticas setoriais.
Promover e desenvolver a informação e sensibilização das populações, dos agentes e das organizações na área da
conservação da natureza e da biodiversidade e florestas.
Autoridade Nacional de
Proteção Civil12
Assegurar e apoiar a atividade de planeamento de emergência de proteção civil para fazer face, em particular, a
situações de acidente grave, catátrofe, crise ou guerra.
Promover o levantamento, previsão, análise e avaliação dos riscos coletivos de origem natural ou tecnológica e o estudo,
normalização e aplicação de técnicas adequadas de prevenção e socorro.
Proceder à regulamentação e assegurar a implementação do regime jurídico da segurança contra incêndios em
edifícios.
Acompanhar todas as operações de proteção e socorro, no âmbito local.
Assegurar a coordenação horizontal de todos os agentes de proteção civil e as demais estruturas e serviços públicos com
intervenção ou responsabilidades de proteção e socorro.
Orientar, coordenar e fiscalizar a atividade dos corpos de bombeiros.
Promover e incentivar a participação das populações no voluntariado e todas as formas de auxílio na missão dos
bombeiros.
11 Decreto-Lei n.º 135/2012, de 29 de junho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 78/2015, de 13 de maio. 12 Decreto-Lei n.º 73/2013, de 31 de maio, alterado pelo Decreto-Lei n.º 163/2014, de 31 de outubro.
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Grupos de Interesse Atribuições e Competências
Direção Geral do
Território13
Intervir nos procedimentos de AA e na elaboração, acompanhamento, execução e compatibilização dos IGT’s.
Dinamizar, acompanhar, orientar e apoiar tecnicamente as práticas de gestão territorial no âmbito local, promovendo a
concertação dos procedimentos e dos critérios técnicos aplicáveis e a divulgação de boas práticas.
Assegurar, em colaboração com as demais entidades competentes, a articulação da política de OT e de urbanismo com
as políticas setoriais.
Direção Geral do
Património Cultural14
Elaborar, em articulação com as respetivas direções regionais de cultura, planos, programas e projetos para a execução
de obras e intervenções de conservação, recuperação, restauro e valorização, em imóveis classificados ou em vias de
classificação do Estado, bem como proceder à respetiva fiscalização ou acompanhamento técnico.
Assegurar a gestão e valorização do património cultural arquitetónico e arqueológico que lhe esteja afeto e promover,
executar e fiscalizar as obras ou intervenções necessárias a esse fim.
Participar, nos termos da lei, nos procedimentos de AIA e na elaboração dos IGT’s.
Fomentar e acompanhar a execução de atividades de cooperação com outras instituições públicas ou da sociedade civill.
Promover a sensibilização e a divulgação de boas práticas para a defesa e valorização do património cultural
arquitetónico e arqueológico.
Pronunciar-se sobre o impacte de planos ou grandes projetos e obras, tanto públicos como privados, e propor medidas
de proteção e as medidas corretivas e de minimização que resultem necessárias para a proteção do património cultural
arquitetónico e arqueológico.
Celebrar protocolos de colaboração e contratos-programa com autarquias locais e outras entidades tendo em vista a
qualificação e gestão de museus.
CCDR-LVT15
Assegurar a articulação entre instituições da administração direta do Estado, autarquias locais e entidades equiparadas
e dinamizar a cooperação inter-regional transfronteiriça, contribuindo para a integração europeia do espaço regional e
para o reforço da competitivbidade, com base em estratégias de desenvolvimento sustentáveis de níveis regional e local.
Apoiar tecnicamente autarquias locais e as suas associações.
Garantir a elaboração, acompanhamento e avaliação dos IGT’s, assegurando a sua articulação com os IGT’s de âmbito
nacional e regional.
Dinamizar e promover, na respetiva região, as necessárias políticas públicas com o objetivo de contribuir para a sua
competitividade económica e social e para a sustentabilidade.
13 Decreto Regulamentar n.º 30/2012, de 13 de março, alterado pelo Decreto-Lei n.º 153/2015, de 7 de agosto. 14 Decreto-Lei n.º 115/2012, de 25 de maio. 15 Decreto-Lei n.º 228/2012, de 25 de outubro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 68/2014, de 8 de outubro.
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33
Grupos de Interesse Atribuições e Competências
Demais Entidades da
Administração Pública
Regional
Assegurar o cumprimento de regras e regulamentos existentes a nível regional e municipal para as suas áreas de atividade
Participar ativamente nos processos de planeamento e desenvolvimento territorial.
Legitimar o processo de desenvolvimento de projetos existentes e a concretizar de acordo com as atribuições definidas
por Lei para as suas áreas de atividade.
Implementar mecanismos procedimentais que assegurem a cooperação vertical dos níveis hierárquicos de decisão.
Municípios Limítrofes
Alcochete
Benavente
Coruche
Moita
Montemor-o-Novo
Palmela
Vendas Novas
Assegurar uma atuação articulada entre municípios e entre municípios e serviços da administração central nas demais
áreas de atividade e processos de planeamento.
Serviços Públicos e
Privados
Operadores de
Transportes (Transtejo e
Soflusa16, TST17)
Prestar serviço público de transporte fluvial integrado no sistema global da Área Metropolitana de Lisboa.
Garantir qualidade e segurança no serviço público prestado.
Promover a mobilidade sustentável, seguindo uma estratégia integrada de transportes para a Área Metropolitana de Lisboa
Prestar serviços de transporte rodoviário de passageiros.
Assegurar o adequado nível de mobilidade a todos os agentes.
Contribuir para a qualidade de vida das populações onde os respetivos serviços são operados.
Serviços
Municipalizados de
Água e Saneamento18
Conceber, construir e gerir o sistema de captação, tratamento, armazenamento e distribuição de água e escoamento
de efluentes do Concelho de Montijo.
Assegurar o abastecimento público de água ao município de Montijo.
Assegurar a rede de águas residuais urbanas e pluviais em baixa.
Manutenção das redes de drenagem de águas residuais.
Prestar todas as informações necessárias e obrigatórias às entidades reguladoras e outras.
16 http://transtejo.transporteslisboa.pt/empresa/quem-somos/ 17 http://www.tsuldotejo.pt/index.php?page=tst 18 Despacho n.º 10462/2013 publicado no Diário da República, 2ª Séries, n.º 153 de 9 de agosto de 2013.
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34
Grupos de Interesse Atribuições e Competências
Gabinete Técnico
Florestal Intermunicipal
Alcochete-Montijo
Elaboração e atualização do Plano Intermunicipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios;
Acompanhar os programas de Acão previstos no PIMDFCI;
Elaborar anualmente os planos operacionais Municipais dos Municípios de Alcochete e Montijo;
Participar nas tarefas de planeamento e ordenamento dos espaços rurais do Município;
Promover o cumprimento das medidas e ações a desenvolver no âmbito do Sistema Nacional de Defesa da Floresta
contra Incêndios;
Promover a sensibilização dos Municípios;
Centralizar a informação relativa a Incêndios Florestais;
Gestão de um Sistema de Informação Geográfica de DFCI;
Emissão de pareceres de florestação reflorestação.
Demais entidades de
prestação de serviços
públicos e privados
(sociais, saúde,
emprego, educação,
ambiente, resíduco,
etc.)
Prestar apoio social, serviços de saúde, formação profissional, educação e voluntariado.
Assegurar o cumprimento das regras e regulamentos existentes, a nível municipal, para as suas áreas de atividade.
Legitimar o processo de desenvolvimento de projetos existentes.
Agentes Económicos
Comissão Vitvinícola
Regional da Península
de Setúbal
Apostar no enriquecimento económico local pela comercialização de produtos endógenos e promoção de identidade
concelhia.
Fortalecer a confiança de investidores para o desenvolvimento económico local.
Desenvolver esforços de marketing dirrecionados para a promoção de atividades locais.
Assegurar o cumprimentos das responsabilidades sociais e ambientais.
Assegurar o cumprimento do princípio do poluidor-pagador resultante do exercício das atividades desenvolvidas.
Assegurar responsabilidade de participação atvida nos processos de planeamento e desenvolvimento do território.
Cumprimento dos dispostos legais existentes para a sua área de atividade e funcionamento.
Cooperativa Agrícola
de Santo Isidro de
Pegões
Indústrias
transformadoras de
carne / Suinicultura
Demais empresas
sediadas no município
(floricultura,
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Grupos de Interesse Atribuições e Competências
vitvinicultura, turismo,
etc.)
Associações
Culturais
Promoção e desenvolvimento de atividades comunitárias na sua área de atividade.
Assegurar o cumprimento e racionalidade dos apoios (quando existem) concedidos pela CMM e respetivas Freguesias
(juventude, desporto, cultura e recreio, apetrechamento, infra-estruturas, religiosidade, aquisição de viaturas,
organização de eventos pontuais, ambiental, defesa dos animais e artísticas).
Cumprimento dos dispostos legais presentes nos regulamentos de apoio ao associativismo local.
Cumprimento dos dispostos legais presentes nos diplomas que estabelecem o regime jurídico do associativismo municipal
e autárquico.
Recreativas e
Desportivas
Defesa do Ambiente e
Património
Moradores
Comerciais e Industriais
IPSS’s
Outras associações de
interesse
Orgãos de
Comunicação
Locais: Jornais, Rádios,
Redes Sociais
Divulgação de informação a todos os agentes existentes.
Outros agentes de
interesse
ONG’s
Munícipes
Outros
Assegurar o cumprimento das diversas políticas municipais (regras e regulamentos para as suas áreas de atividades).
Participar ativamente nos processos de planeamento e desenvolvimento do território.
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36
ANEXO IV – Orientações e metas do QRE
Quadro 13: Quadro de Referência Estratégico - Orientações e Metas
Orientações de Ambiente e Sustentabilidade FC
D
Metas relevantes
#1 #2 #3
Criar condições para uma exploração sustentável dos recursos hídricos subterrâneos na Região de Lisboa
(Lisboa2020). Até 2020 (Portugal 2020 e
EFICE2020):
Investimento em I&D
em % do PIB: 2,7 a 3,3%;
Diplomados entre os 30
e os 34 anos que
tenham completado o
ensino superior ou
equivalente: 40%;
Taxa de emprego (20-
64 anos): 75%
Até 2020 (Portugal 2020):
Emissões de GEE (face
a 2005): +1%;
Energias renováveis no
consumo de energia
final: 31%;
Eficiência energética
(ganho em % no
consumo de energia
primária face a 2005):
20%.
PNPOT:
Promover o ordenamento dos diferentes usos e atividades realizadas no plano de água e nas zonas
adjacentes (PORNET).
Promover o bom estado das massas de água através da proteção, melhoria e recuperação da qualidade
dos recursos hídricos. Monitorizar o estado quantitativo e qualitativo das massas de água (PBH-Tejo).
Promoção da requalificação e continuidade das linhas de água com recuperação das galerias ripícolas,
assegurando o fornecimento em quantidade suficiente de água superficial e subterrânea de boa
qualidade (PNUEA).
Eliminar os desperdícios de água e reduzir a níveis aceitáveis as perdas (PNUEA); Aumentar a eficiência
na utilização dos recursos hídricos (Lisboa2020; PANCD).
Promoção de programas de uso eficiente da água direcionados para uma utilização sustentável dos
recursos hídricos nos sectores urbano, agrícola e industrial, reduzindo desperdícios, diminuindo perdas na
distribuição e assegurando a capacidade de reserva dos sistemas públicos de abastecimento de água,
de forma a minimizar situações hidrológicas extremas (cheias, secas) (PNUEA).
Reduzir a poluição urbana nas massas de água e aumentar a acessibilidade física ao serviço de
saneamento de águas residuais (PENSAAR2020).
Promover a comunicação, sensibilização e envolvimento das populações, agentes económicos e outros
agentes com interesses no sector da água, no processo de planeamento e gestão dos recursos hídricos
(PBH-Tejo).
Apoiar e mobilizar as populações locais para empreender intervenções e ações temáticas e ou
correlacionadas com o combate à desertificação (PANCD).
Transitar para uma economia com baixas emissões de carbono, promover a adaptação às alterações
climáticas e a prevenção e gestão de riscos (Portugal2020).
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37
Orientações de Ambiente e Sustentabilidade FC
D
Metas relevantes
#1 #2 #3 Sensibilização das populações para a necessidade de prevenção de incêndios, estabelecendo medidas
preventivas adequadas, procurando o equilíbrio entre as funções sociais, económicas e ambientais
proporcionadas pelos espaços florestais (PNPOT).
Triplicar o número de
patentes registadas e
triplicar o esforço
privado em I&D
empresarial, criando
condições de estímulo
necessárias;
Garantir que 65% da
população termina o
ensino secundário (20-
24 anos).
Até 2020 (PERSU2020):
Reduzir para 35% a
deposição em aterro
dos resíduos urbanos
biodegradáveis,
comparativamente a
1995;
Aumentar para 50% a
taxa de preparação de
resíduos para
reutilização e
reciclagem;
Assegurar níveis de
recolha seletiva de 47
kg/hab/ano.
Até 2020 atingir uma
eficiência do uso da água
de (PNUEA):
Reforçar a monitorização dos riscos naturais e ambientais em todo o território regional (Lisboa2020).
Identificar e promover a proteção de zonas críticas de risco e desenvolver e promover os sistemas de
alerta precoce para ocorrências de fenómenos meteorológicos extremos (PANCD).
Promover a capacitação e os programas de formação/treino específico das populações para prevenir
e responder às situações de catástrofe ou emergência (PANCD).
Conhecer, identificar e antecipar as vulnerabilidades e os impactes decorrentes das alterações climáticas
nos vários setores (ENAAC).
Incentivar e apoiar o restauro e a requalificação ambiental e paisagística de áreas afetadas por incêndios
ou sobre-exploração (PANCD).
Promover uma florestação sustentável (ENDS; PNPOT) e uma prevenção eficaz dos incêndios florestais
para aumentar a resiliência do território a incêndios (PNPOT; ENF).
Aumentar a resiliência dos ecossistemas das áreas suscetíveis através de intervenções visando a
conservação do solo e da água (PANCD).
Assegurar a defesa dos valores naturais (PSRN2000); Proteger e valorizar recursos naturais, os estuários, a
orla costeira e os espaços agroflorestais sensíveis, integrando-os num conceito alargado de região
metropolitana (PROT-AML).
Conservar a valorizar o património natural dos Sítios e das Zonas de Proteção Especial da Rede Natura
2000 (ENCNB).
Recuperar e preservar o património natural efetivado zonas tampão que protejam os valores paisagísticos
e culturais e promovendo atividades de educação cultural e o desenvolvimento rural (PNPOT).
Promover a conservação, recuperação e valorização da biodiversidade, dos recursos e do património
natural, paisagístico, cultural e geológico (PNPOT; ENCNB), assegurando a manutenção dos processos
ecológicos essenciais ao funcionamento dos sistemas ecológicos e à sua conectividade, e coerência na
aplicação dos diversos instrumentos de política de conservação e biodiversidade (PNPOT).
Reduzir as pressões diretas sobre a biodiversidade característica e promover o seu uso sustentável
(PANCD).
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Orientações de Ambiente e Sustentabilidade FC
D
Metas relevantes
#1 #2 #3 Corresponder aos imperativos de conservação e manutenção dos habitats naturais e das espécies de
flora e fauna selvagens protegidas, corrigindo os processos que possam conduzir à sua degradação
(PORNET).
80% para o setor
urbano;
65% para o setor
agrícola;
85% para o setor
industrial.
PBH-Tejo e ENDS:
Garantir o nível de
atendimento de água
de 95% às populações.
PBH-Tejo:
Assegurar 80% das
necessidades no
abastecimento para
rega e 95% das
necessidades
estimadas para o
abastecimento dos
efetivos pecuários.
Recuperar e reabilitar os ecossistemas degradados (PROF-AML).
Reconverter as atividades que se encontrem desajustadas relativamente aos objetivos de conservação
da natureza e da biodiversidade (PORNET).
Devolver ao estuário do Tejo elevados níveis de preservação ambiental (Lisboa2020); Capacitar o estuário
para o desenvolvimento sustentável de atividades económicas baseadas no seu potencial paisagístico e
natural (Lisboa2020); Promover a visitação na Reserva Natural do Estuário do Tejo integrando a
informação, sensibilização e participação da sociedade civil em geral para a conservação do património
natural e cultural em presença (PORNET).
Preservar, proteger e recuperar as frentes ribeirinhas (PNPOT; Lisboa2020) em articulação com a utilização
do estuário para atividades de recreio e lazer (PROT-AML).
Promover a conservação e a recuperação de galerias ripícolas (PANCD).
Implementar a Rede Ecológica Metropolitana e garantir uma gestão integrada dos corredores ecológicos
(PNPOT); Preservar os elementos constitutivos da Rede Ecológica Metropolitana (Lisboa2020);
Salvaguardar os terrenos periurbanos vocacionados para atividades agrícolas e florestais, ou importantes
contribuintes da REM, de usos que reduzam ou retirem o seu carácter e potencialidade (PROT-AML).
Reconhecer, sistematizar e divulgar a informação sobre conhecimentos tradicionais, inovações e práticas
sustentáveis das comunidades locais relevantes para a conservação dos recursos naturais e
biodiversidade (PANCD); Desenvolver ações específicas de conservação e gestão espécies, habitats e
ecossistemas (ENCNB).
Estruturar os espaços de maior aptidão para as indústrias de ócio e lazer (PNPOT); Desenvolver uma rede
supramunicipal articulada de equipamentos desportivos e de lazer ativo que atendam às necessidades
dos vários grupos etários e sociais (PNPOT).
Promover o sentimento de territorialidade e de identidade local nas áreas social e urbanisticamente mais
desqualificadas, apelando à participação dos indivíduos e dos movimentos cívicos, na dinamização de
atividades culturais, lúdicas e desportivas (PROT-AML).
Garantir a manutenção de percursos lentos nas estradas panorâmicas de fruição paisagística (PROT-AML).
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Orientações de Ambiente e Sustentabilidade FC
D
Metas relevantes
#1 #2 #3 Assegurar a informação, sensibilização e formação, em particular das populações locais, com vista à
participação da sociedade civil na gestão dos valores naturais em presença e no desenvolvimento
sustentável da região (PORNET).
Apoiar iniciativas para valorizar atividades criativas, culturais e desportivas e atrair estratos populacionais
mais jovens e qualificados, nomeadamente em áreas de menor densidade e vitalidade demográfica e
social (PNPOT).
Desenvolver e apoiar iniciativas inovadoras em todas as áreas de suporte da vida social, da produção de
bens e serviços, à educação e formação, passando pela cultura, desporto e convivialidade urbana,
manifestando publicamente a modernidade e multiculturalidade (Lisboa2020).
Promover a educação ambiental, divulgação e conhecimento dos valores naturais e socioculturais,
contribuindo assim para o reconhecimento do valor da Reserva Natural do Estuário do Tejo (PORNET).
Modernizar o tratamento dos resíduos sólidos (Lisboa2020); Prevenir a produção e perigosidade dos
resíduos urbanos e reduzir a sua deposição em aterro, aumentar a preparação para reutilização, a
reciclagem e a qualidade dos recicláveis, valorizar economicamente os recicláveis e outros materiais
(PERSU2020); Promover uma política integrada de gestão que aumente a coerência e articulação das
políticas dirigidas para os diferentes tipos de resíduos (PERSU2020).
Resolver o passivo ambiental existente e ainda introduzir/desenvolver tecnologias mais eficientes de
tratamento de resíduos (valorização e eliminação), através da inovação tecnológica (PNGR).
Promover a valorização dos efluentes pecuários, de lamas de depuração e de subprodutos de
agroindústrias como matérias fertilizantes (PANCD).
Enquadrar os espaços agrícolas, florestais e agroflorestais, produtivos ou não, nas perspetivas e políticas
de desenvolvimento e ordenamento (PROT-AML).
Promover a mitigação e a adaptação, incluindo o desenvolvimento de atividades que melhores a
resiliência dos sistemas agrícolas e florestais (PANCD).
Promover o desenvolvimento sustentável dos espaços rurais e dos recursos naturais (PROT-A); Dotar o
espaço rural de uma multifuncionalidade (PNPOT; PANCD; PROT-A); Modernizar e reconverter os espaços
rurais face às novas expectativas da sociedade (PANCD).
Avaliar e promover a adequada remuneração dos serviços ambientais prestados pelos espaços rurais
(PANCD).
Promover, melhorar e racionalizar o aumento dos espaços florestais dedicados ao turismo, recreio e
lazer (PROF-AML); Consolidar e promover o uso múltiplo da floresta (ENF).
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Orientações de Ambiente e Sustentabilidade FC
D
Metas relevantes
#1 #2 #3 Apoiar a manutenção dos sistemas agroflorestais em todas as áreas classificadas da Rede Natura e
articular o sistema de “espaços abertos” de natureza ambiental e paisagística com o sistema urbano e as
redes de infraestruturas (PNPOT).
Promover a diversificação da economia e o emprego em meio rural, aumentando a competitividade dos
setores agrícola e florestal e diversificando atividades económicas complementares (PNPOT).
Aumentar a capacidade de inovação, de geração e transferência de conhecimento para o sector
agroflorestal (PDR2020); Diversificar atividades nas explorações agrícolas e florestais, potenciando a
utilização dos recursos associados (PANCD).
Desenvolver o modelo de produção agro – florestal e agro -industrial com base nas fileiras estratégicas
regionais, garantindo a utilização racional dos recursos disponíveis, promovendo a diversificação e
valorização das produções e tornando operativa a multifuncionalidade dos sistemas agro-silvo-pastoris e
do património agrícola e rural (PROT-A).
Renovar e reestruturar as explorações agrícolas (PDR2020); Aumentar a eficiência do sistema produtivo
(ENDS).
Assegurar a manutenção da agricultura como atividade económica importante e qualificadora da
paisagem e do território (PROT-AML).
Fomentar os modos de produção sustentável (e. g. a agricultura biológica, a produção integrada e o
pastoreio extensivo) (PANCD); Promover a certificação da gestão que tenham em conta a proteção dos
solos (PANCD).
Adotar e promover as boas práticas agrícolas e pastoris, designadamente as de conservação do solo e
uso eficiente da água incluindo o desenvolvimento de sistemas de aconselhamento agrícola e florestal
(PANCD); Melhorar o nível de capacitação e de aconselhamento dos produtores agrícolas e florestais,
nomeadamente na gestão e utilização eficiente dos recursos (PDR2020).
Apostar nas produções de qualidade que possam viabilizar e fomentar as explorações agrícolas de
reduzida dimensão (PNPOT); Viabilizar a pequena agricultura nomeadamente através do apoio aos
investimentos de pequena dimensão, mas também aos mercados locais e cadeias curtas melhorando a
distribuição de valor ao longo da cadeia alimentar (PDR2020).
Preservar os espaços de potencial agrícola, recuperando, conservando e protegendo os solos com maior
produtividade agrícola, designadamente da erosão, contaminação, ocupação e pressão urbanas e de
valorizações especulativas (PNPOT).
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Orientações de Ambiente e Sustentabilidade FC
D
Metas relevantes
#1 #2 #3 Acautelar a proliferação da edificação dispersa nas áreas agrícolas, florestais ou naturais – habitacionais,
equipamentos, industriais ou de armazenagem (PROT-AML); Promover a contenção da edificação
dispersa e do parcelamento da propriedade em meio não urbano (PROT-AML); Incentivar a gestão
conjunta nas áreas de maior fragmentação da propriedade (PROF-AML).
Promover o desenvolvimento económico das zonas rurais (PDR2020); Definir mecanismos de reforço da
imagem e identidade próprias dos aglomerados rurais (PROT-AML).
Elevar o perfil da oferta turística da região (Lisboa2020); Garantir que a ocupação turística seja
consentânea com áreas de elevado interesse paisagístico, ecológico e patrimonial (PROT-AML).
Projetar a região como destino turístico nos segmentos identificados, através de uma estratégia de
marketing adequada (PEDTM).
Prestar uma atenção global e decisiva ao turismo, quer com a afirmação de iniciativas e estruturas de
negócios, congressos, feiras e exposições, quer para o desenvolvimento das indústrias criativas e culturais,
quer com uma aposta de grande qualidade arquitetónica e ambiental no sector imobiliário (Lisboa2020).
Assegurar o planeamento dos conjuntos turísticos, visando a sua sustentabilidade ambiental, económica
e social, um adequado enquadramento paisagístico, o seu contributo para a estabilização das áreas
agrícolas e florestais onde se inserem, e conservação e recuperação dos valores naturais, assumindo a
diversidade paisagística e natural como fator decisivo para a competitividade da AML e para o seu
desenvolvimento sustentável (PNPOT).
Qualificar os equipamentos de alojamento turístico e de entretenimento e lazer atualmente existentes e
investir na formação e capacitação das pessoas que assegure o desenvolvimento de competências no
sector turismo (PNPOT; PEDTM).
Assegurar o investimento em turismo residencial em condições que garantam a sustentabilidade e a
preservação dos valores ambientais e paisagísticos que estão na base da atratividade da Região
(PNPOT); garantir elevados padrões de qualidade em novos projetos de turismo residencial (PENT).
Reforçar a aposta no turismo cultural e no Touring Cultural, atuando de forma focalizada sobre alguns dos
atributos fundamentais da sua competitividade: identidade, património, atratividade, recetividade e
visibilidade (PNPOT).
Aproveitar a frente ribeirinha para atividades de turismo náutico de recreio (PNPOT; PENT) em articulação
com a estruturação das atividades concorrentes, potenciando uma utilização sustentável do estuário do
Tejo e da frente atlântica (PNPOT).
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Orientações de Ambiente e Sustentabilidade FC
D
Metas relevantes
#1 #2 #3 Estruturar, promover e divulgar a oferta de turismo de natureza e turismo rural sustentável (PENT; PORNET;
PANCD), reforçar os circuitos turísticos que qualifiquem e diferenciem o produto, desenvolver o turismo de
negócios e consolidar os investimentos (PENT).
Apoiar e promover o agroturismo e ecoturismo no âmbito da REM, especialmente nas áreas classificadas,
potenciando sinergias de desenvolvimento favoráveis à viabilidade e competitividade económica e à
proteção e valorização ambiental (PROT-AML).
Potenciar o papel das infraestruturas e serviços de transportes no desenvolvimento do turismo (PETI3+).
Salvaguardar o património histórico, cultural e tradicional da região e promover uma arquitetura
integrada na paisagem (PORNET).
Melhorar a competitividade dos fatores produtivos, entre os quais os custos energéticos (EFICE2020).
Utilização sustentável de recursos endógenos para a produção, apostando nas FER (PNPOT); Promover o
aproveitamento energético da biomassa florestal e agrícola e divulgar técnicas e modelos de silvicultura
adequados (PNPOT).
Estimular e valorizar as atividades económicas que garantam a evolução equilibrada das paisagens e da
vida da comunidade (PNPOT).
Promover o empreendedorismo e a inovação social (Portugal2020); Promover um ambiente social
favorável ao empreendedorismo (EFICE2020); Encorajar a partilha de experiências e competências (PEEI);
Desenvolver a educação e a formação para o empreendedorismo (Lisboa2020).
Reforçar a competitividade das pequenas e médias empresas (Portugal2020); Melhorar as condições
logísticas oferecidas às PMEs na região (Lisboa2020).
Reforçar e desenvolver de forma sustentada e mais competitiva os sectores tradicionais estratégicos
ampliando e qualificando as respetivas cadeias de valor (PROT-A).
Promover a eficiência da utilização de recursos naturais na economia (PNGR); Promover setores com
elevada componente nacional na sua produção (EFICE2020).
Desenvolver atividades económicas portadoras de valor e diferenciação para a região (Lisboa2020);
Desenvolver e consolidar as atividades económicas com capacidade de valorização e diferenciação
funcional, ao nível nacional e internacional (PROT-AML).
Fomentar a aproximação entre os centros de investigação e o tecido empresarial. Reforçar a atratividade
da região para as empresas de base científica e tecnológica (Lisboa2020).
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D
Metas relevantes
#1 #2 #3
Estruturar sistemas urbanos sub-regionais de forma a constituir polos de competitividade, nomeadamente
racionalizando e qualificando os espaços para a implantação de atividades económicas (PNPOT).
Melhorar o investimento em áreas adjacentes à inovação e que são fundamentais para que os produtos
e serviços tenham sucesso nos mercados (e.g. marketing, qualidade, gestão, internacionalização) (PEEI).
Promover o desenvolvimento de um mercado favorável a ̀ comercialização de produtos mais ecológicos
e a informação, responsabilização e consciencialização ambiental, quer por parte dos cidadãos, quer
por parte das empresas (PNGR).
Elevação dos níveis de desempenho ambiental das empresas em atividade na região (Lisboa2020).
Fomentar dinâmicas de autoemprego através da criação de empresas (Lisboa2020).
Investir na educação, formação profissional e aprendizagem ao longo da vida (Portugal2020); Reforçar a
adequação entre a oferta de empregos e os perfis de qualificação dos estudantes (Lisboa2020); Criação
de serviços intensivos de informação e conhecimento (PEDU).
Valorizar os recursos humanos e promover emprego e empregabilidade como vertentes centrais de uma
estratégia de coesão económica e social e de equidade territorial (PROT-AML).
Promover a aplicação de mecanismos de incentivo fiscal e económico e ações de infraestruturação para
a localização de indústrias e armazéns em áreas expressamente definidas para esse efeito (PROT-AML).
Melhorar o potencial de desenvolvimento tecnológico endógeno da atividade empresarial, das
infraestruturas e dos serviços de suporte, nomeadamente nas atividades logísticas e de distribuição,
visando um alargamento da cadeia de valor (PROT-AML).
Promover o Eixo Urbano Vendas Novas -Montemor--Évora como um espaço dinâmico e atrativo não só
para as atividades industriais, logística e de serviços da AML, rentabilizando a proximidade ao novo
aeroporto de Lisboa (PROT-A).
Reconverter as áreas industriais em declínio ou abandonadas (Lisboa2020; PROT-AML), privilegiando a sua
utilização para serviços de apoio às atividades económicas e para a criação de espaço público (PROT-
AML).
Desenvolver programas integrados de renovação dos espaços industriais abandonados criando novas
centralidades e referenciais no espaço urbano (PNPOT).
Melhorar a capacidade intervenção autárquica através da construção de infraestruturas, equipamentos
e aquisição de solos necessários às operações de reabilitação das áreas degradadas (PEH).
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D
Metas relevantes
#1 #2 #3 Adequar a oferta de transporte público coletivo às necessidades de mobilidade (PEDU); Melhorar a
eficácia e a eficiência dos investimentos públicos no sector dos transportes (Lisboa2020); Promover a
migração do transporte individual para o transporte público (PETI3+).
Assegurar um modelo de financiamento do investimento e da exploração do sistema de transportes, que
seja coerente com o seu valor e a importância estratégica social, económica, territorial e ambiental
(PEDU).
Reforçar a quota de utilização dos modos suaves nas deslocações de curta distância e no acesso ao
transporte público (PEDU); Implementar medidas de gestão da mobilidade (e.g. medidas indutoras da
melhoria da eficiência da utilização do TI e campanhas de sensibilização para utilização do TP e dos
modos suaves, entre outras) (PEDU).
Melhorar as condições e promover a intermodalidade (PEDU; PNPOT; PETI3+), potenciando as diferentes
dimensões (integração física e funcional, lógica, tarifária e bilhética) promovendo uma lógica
coordenada de funcionamento em rede (PEDU).
Reforçar a atratividade da região, induzindo uma melhoria do desempenho operacional do sistema de
transportes (Lisboa2020); Promover a sustentabilidade e a eficiência do sistema de deslocações
(Lisboa2020).
Melhorar a governança, qualidade e segurança do sector dos transportes, compatibilizando a
mobilidade urbana com uma elevada qualidade de vida (PNPOT)
Apoiar os segmentos da população com menores rendimentos na utilização dos serviços públicos de
transporte de passageiros (PETI3+).
Contribuir para a melhoria da qualidade de vida de quem vive, trabalha ou visita a região, através da
melhoria da qualidade do exercício da mobilidade (Lisboa2020).
Assegurar a equidade territorial (PNPOT; ENDS; Lisboa2020) e articulação urbano-rural (PNPOT; ENDS) no
provimento de infraestruturas e de equipamentos coletivos e a universalidade no acesso aos serviços de
interesse geral (PNPOT).
Promover a coesão e a inclusão social (PEDU; PDR2020; Lisboa2020; PROT-AML); Combater a pobreza e
assegurar os direitos básicos de cidadania (PDR2020; Portugal2020; PROT-AML).
Transitar para cuidados sociais e de saúde de proximidade (Portugal2020); Promover o acesso a serviços
de interesse geral (e. g., saúde, educação e cultura) (PANCD).
Reforço da oferta de equipamentos de proximidade (PEDU).
Encorajar o restabelecimento de laços de sociabilidade urbana (Lisboa2020).
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D
Metas relevantes
#1 #2 #3 Promover a liberdade de opção por diferentes espaços e modos de vida com incidência sobre a
qualificação dos espaços de baixa densidade através da melhoria de acessibilidades locais,
infraestruturação e dotação em equipamentos coletivos (PNPOT).
Apoiar o acesso ao mercado habitacional da população com dificuldades de acesso ao mercado
regulando as dinâmicas habitacionais para melhor harmonia da relação entre oferta e procura (PEH).
Evoluir para a eficiência, qualidade e segurança das infraestruturas e equipamentos coletivos
(Lisboa2020); Melhorar o ambiente urbano e a segurança a nível local (Lisboa2020).
Desenvolver um sistema policêntrico de âmbito regional, assente num conjunto de centros urbanos de
nível superior, capazes de articular redes regionais, de promover a sua integração funcional e de gerar
níveis acrescidos de cooperação estratégica (PROT-A).
Melhorar a capacitação, a eficiência e a integração dos serviços públicos, reduzindo custos de contexto
(Portugal2020).
Promover a estruturação polinucleada e as ligações funcionais internas (PROT-AML).
Revitalizar os espaços públicos, nomeadamente nos centros urbanos (Lisboa2020); Garantir padrões de
elevada exigência urbanística, arquitetónica e paisagística para os núcleos urbanos (PROT-AML).
Promover a urbanização programada, garantida por redes de infraestruturas e devidamente articulada
em termos de desenho e funcionamento urbano com as áreas urbanas contíguas (PROT-AML).
Demonstrar as virtualidades das melhores práticas nos domínios do planeamento urbano e da edificação
no estabelecimento de um modelo de desenvolvimento sustentável (Lisboa2020).
Promover a contenção da densificação e a qualificação de áreas urbanas extensivamente saturadas,
bem como a requalificação do espaço público e da imagem urbana (PROT-AML).
Estruturar, ordenar e requalificar urbanisticamente o sistema urbano Almada/Montijo (PROT-AML);
Definição da área central da cidade do Montijo e, também, das áreas do Afonsoeiro e Bairro do Areias,
como prioridade de intervenção (PEDU).
Qualificar urbanística e paisagisticamente as áreas urbanas tradicionais, associando-lhes um papel
central na prestação de bens e serviços (PROT-AML).
Estabilizar os limites do edificado, salvaguardando as áreas vitais para o funcionamento dos sistemas
ecológico e urbano (PROT-AML).
Incentivar a reabilitação urbana com ações que promovam a eficiência energética (PNPOT).
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46
Orientações de Ambiente e Sustentabilidade FC
D
Metas relevantes
#1 #2 #3 Reforço da atratividade da cidade do Montijo, em particular do seu núcleo central, através da
valorização de espaços de excelência urbana e de significado relevante na identidade local (PEDU).
Revitalizar os centros históricos, reabilitando o património edificado, recuperando as funções residenciais
e revitalizando as funções urbanas (PNPOT).
Estimular o surgimento de redes de valorização, conservação e proteção do património histórico, cultural
(material e imaterial) e natural numa perspetiva de coesão territorial e reforço da identidade regional
(ENCNB).
Reforçar o envolvimento do sector privado (empresas, cooperativas, fundos imobiliários) na resolução dos
problemas da habitação (PEH).
Incentivar a requalificação urbana, reabilitando o parque habitacional privado e público em conjunto
com o desenvolvimento de programas e o incentivo de ações que melhorem as condições de
habitabilidade (PNPOT).
Revitalização do parque habitacional edificado e parcialmente devoluto, contribuindo para a fixação
de população (PEDU); Promover a requalificação urbana das áreas degradadas (Lisboa2020).
Aumentar os níveis de eficiência e de eficácia da política pública de habitação, estimulando a
promoção de parcerias e da participação pública (PEH).
Desenvolver estruturas de cooperação intermunicipal em matéria de ordenamento do território (PNPOT).
Simplificar os procedimentos administrativos agilizando as interações entre cidadãos, empresas e
administração pública (ENDS, Lisboa2020); Combate à burocracia, garantia de celeridade e
desmaterialização dos processos administrativos, jurídicos e legais; Redução do desperdício de recursos
na administração pública (EFICE2020); Promover um ambiente social favorável ao empreendedorismo
(EFICE2020).
Revisão do Plano Diretor Municipal do Montijo
Avaliação Ambiental Estratégica | Relatório de Fatores Críticos
1
ANEXO V – Participação Pública no processo de focagem
estratégica
Inquérito à População
Introdução
No âmbito da presente AAE relativa à revisão do PDM Montijo, foi realizado um inquérito à
população com o objetivo de captar perceções sobre potencialidades, debilidades e
prioridades de desenvolvimento para o município.
O inquérito foi disseminado em formato digital através do site da CMM19, por correio
eletrónico, pelas redes sociais, e por diversos meios de comunicação social (jornais da
região, blogs, etc.). Esta iniciativa decorreu entre os dias 7 e 31 de março de 2016.
Pôde ser submetido e/ou entregue de três formas:
online, através da plataforma Google Forms20;
correio eletrónico, através do envio para [email protected]; e
em papel, após impressão e entrega na Junta de Freguesia (JF) da área de residência
ou no edifício dos Serviços Técnicos da CMM.
O inquérito é composto por duas partes: a primeira parte diz respeito à caracterização do
inquirido (Figura 4) e a segunda ao concelho do Montijo (Figura 5), mais especificamente à
perceção que a população tem deste.
19 http://www.mun-montijo.pt/ 20 http://goo.gl/forms/dJFzep6deU
Revisão do Plano Diretor Municipal do Montijo
Avaliação Ambiental Estratégica | Relatório de Fatores Críticos
2
Figura 4: Estrutura e layout do inquérito na versão online relativamente à caracterização do perfil do inquirido
Figura 5: Estrutura e layout do inquérito na versão online relativamente ao concelho do Montijo
3
Revisão do Plano Diretor Municipal do Montijo
Avaliação Ambiental Estratégica | Fase de Focalização
Revisão do Plano Diretor Municipal do Montijo
Avaliação Ambiental Estratégica | Workshop de Focalização
4
A primeira parte do inquérito é constituída por sete questões fechadas, incluindo questões
sobre a idade, sexo, freguesia de residência, habilitações literárias, condições sobre o
trabalho, setor profissional de atividade e deslocações casa-trabalho e trabalho-casa dos
inquiridos. A segunda parte é constituída por questões relativas ao concelho do Montijo,
que incluem duas questões de escolha múltipla (aspetos considerados mais positivos e a
serem melhorados, na opinião dos inquiridos) e três questões de resposta aberta (razões que
distinguem o concelho, o que pode caracterizar o município daqui a 10 anos e sugestões
que os inquiridos queiram deixar).
O inquérito foi aberto a toda a população, residente e não residente (deslocada em
trabalho) que quisesse participar.
Caracterização da Amostra
A população do município do Montijo é de 51 222 habitantes21, tendo, no total, sido obtidas
275 respostas (215 respostas obtidas através da plataforma online, 35 em papel e 25 por
email). Destas, 261 são população residente no concelho, perfazendo aproximadamente
0,5% do universo de análise.
Importa realçar que, embora não tenha sido excluída nenhuma resposta ao inquérito,
algumas destas (fornecidas em papel e via email) continham perguntas por responder.
Alerta-se para o facto de, em perguntas de caráter obrigatório, o número total de respostas
nem sempre corresponde ao número total de inquéritos recebidos.
A possibilidade de entrega do inquérito respondido em papel e via email viabilizou a
seleção de mais do que uma opção de resposta em perguntas fechadas. Nestes casos, as
respostas foram consideradas aquando do tratamento dos dados como uma nova
categoria “outro”.
O Quadro 14 apresenta a distribuição da amostra por freguesia de residência. Verifica-se
pela análise deste quadro que a freguesia com maior representatividade de respostas é a
União das Freguesias do Montijo e Afonsoeiro, e as freguesias com menor de respostas ao
inquérito são a União das Freguesias de Pegões, a Freguesia de Sarilhos Grandes e a
Freguesia de Canha.
Quadro 14: Distribuição dos inquiridos por freguesia de residência
FREGUESIA N.º DE
INQUIRIDOS %
POPULAÇÃO
RESIDENTE22
%
AMOSTRA
UF do Montijo e Afonsoeiro 215 78 37 111 0,42
UF de Atalaia e Alto Estanqueiro-Jardia 25 9 5 085 0,05
Freguesia de Canha 10 4 1 689 0,02
Freguesia de Sarilhos Grandes 6 2 3 424 0,01
UF de Pegões 5 2 3 913 0,01
Não residente 13 5 - -
21 INE, Censos 2011 22 INE, Censos 2011
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5
16%
81%
(em branco) 1 - - -
Total 261 100 51 222
Verificou-se que a distribuição dos inquiridos por género é equilibrada (Figura 6),
aproximadamente 50% / 50%. No que diz respeito à idade (Figura 7), 223 inquiridos (81%)
tem idade compreendida entre os 24 e 61 anos, 44 (16%) tem menos de 24 anos e os
restantes 8 inquiridos (3%) tem mais de 65 anos.
3%
Feminino Masculino
0 - 24 anos 25 - 64 anos
Mais de 65 anos
Figura 6: Distribuição dos inquiridos por
género
Figura 7: Distribuição dos inquiridos por
idade
Relativamente às habilitações literárias (Figura 8) Os inquiridos com formação superior são
os mais representados, com 156 inquiridos (57%). Dos restantes 43%, 28% tem formação até
ao ensino secundário (até 12º ano) e 15% tem formação até ao 3º ciclo (até 9º ano).
Até 9º ano (3º ciclo)
Até 12º ano (Ensino Secundário)
Formação Superior
Figura 8: Distribuição dos inquiridos por habilitações literárias
Sobre a condição dos inquiridos perante o trabalho, a maioria encontra-se empregado
(76%, 209 inquiridos), tal como se pode verificar na Figura 9. Destaca-se ainda que 41 dos
inquiridos (15%) que responderam ao inquérito são estudantes, correspondendo à segunda
condição perante o trabalho mais representada entre os inquiridos.
50% 50%
15%
57% 28%
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6
Empregado(a)
Desempregado(a)
Estudante
Reformado(a)
Figura 9: Condição dos inquiridos perante o trabalho
Quanto ao setor profissional de atividade (Quadro 15), a administração pública é o setor
com maior representatividade (20%), seguida do setor atividades de consultoria, científicas,
técnicas e similares (17%) e da educação (15%). 49 dos inquiridos (18%) considera que
nenhuma das opções disponíveis se aplica à sua situação, tendo selecionado a opção
“não aplicável”.
Realça-se que apenas dois setores de atividade não se encontram representados entre os
inquiridos - indústrias transformadoras e produção e distribuição de eletricidade, gás e água
- não tendo obtido nenhuma resposta.
Quadro 15: Distribuição dos inquiridos por setor profissional de atividade
SETOR PROFISSIONAL DE ATIVIDADE N.º DE INQUIRIDOS %
Administração pública 54 20
Não Aplicável 49 18
Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares 47 17
Educação 40 15
Saúde e ação social 21 8
Outras atividades de serviços coletivos 16 6
Outro 12 4
Comércio por grosso e a retalho 7 3
Alojamento, restauração e similares 6 2
Transportes e armazenagem 5 2
(em branco) 5 2
Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca 4 1
Atividades artísticas, desportivas e recreativas 3 1
Construção 3 1
Atividades imobiliárias 2 1
Indústrias extrativas 1 0
4%
15%
4%
76%
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7
Indústrias transformadoras 0 0
Produção e distribuição de eletricidade, gás e água 0 0
Total 275 100
Relativamente à caracterização das deslocações casa-trabalho e trabalho-casa, o meio
de deslocação (Figura 10) mais utilizado pelos inquiridos nas deslocações casa-trabalho e
trabalho-casa é o automóvel ligeiro (175 inquiridos, 63%), seguido de um uso de diversos
meios de deslocação complementares, por exemplo barco e autocarro – categoria “outro”
– (46 inquiridos, 17%).
1% 17%
8%
10%
64%
Automóvel ligeiro
Autocarro
Barco
Outro
(em branco)
Figura 10: Meio de transporte dos inquiridos nas deslocações casa-trabalho e trabalho-casa
Como é possível verificar pela Figura 11, percorrer menos de 10 km e mais de 30 km são as
opções mais representativas no que diz respeito aos quilómetros percorridos pelos inquiridos
nas deslocações casa-trabalho e trabalho-casa, com 40% e 32%, respetivamente. Também
em relação ao tempo médio despendido entre estas deslocações (Figura 12), as duas
opções mais estremas são as que apresentam maior peso, com 72 dos inquiridos (26%) a
demorar menos de 10 minutos a realizar estas deslocações e 71 (26%) a demorar mais de
40 minutos.
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8
Menos de 10 quilómetros
10 – 20 quilómetros
20 – 30 quilómetros
Mais de 30 quilómetros
(em branco)
Menos de 10 minutos 10 – 20 minutos 20 – 30 minutos 30 – 40 minutos
Mais de 40 minutos (em branco)
Figura 11: Quilómetros percorridos nas
deslocações casa-trabalho e trabalho-casa
Figura 12: Tempo médio despendido pelos
inquiridos nas deslocações casa-trabalho
e trabalho-casa
Caracterização do Montijo pelos Inquiridos
Quando questionados sobre o que distingue o concelho do Montijo dos outros concelhos,
os inquiridos podiam indicar três razões para essa distinção. Quando compiladas e tratadas
as respostas obteve-se a Figura 13 que apresenta as perspetivas com maior
representatividade na globalidade dos resultados. As acessibilidades, a localização e
proximidade a Lisboa, a qualidade de vida, e a qualidade dos espaços verdes são os mais
mencionados nesta questão.
Figura 13: Palavras mais mencionadas para descrever o que distingue o concelho do Montijo dos outros
concelhos
Na questão relativa aos “cinco aspetos que considera mais positivos no concelho do
Montijo”, os aspetos com maior representatividade de resposta são “Acessibilidades e
estacionamento”, “Frente ribeirinha”, “Qualidade ambiental” e “Identidade cultural e
tradições” (Figura 14).
4%
32% 40%
12% 12%
2%
26% 26%
13% 20%
13%
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9
Acessibilidades e estacionamento
Frente Ribeirinha
Qualidade ambiental
Identidade cultural e tradições
Festas e eventos
Crescimento urbano e parque edificado
Equipamentos de lazer e espaços verdes
Educação
Espaço público
Associativismo e coletividades
Saneamento básico
Rede de transportes
Agricultura e pecuária
Quintas e herdades
Montado e pinhais
Funcionamento dos serviços municipais
Equipamentos sociais
Vitivinicultura
Serviços de saúde
Participação ativa dos cidadãos no…
Outro
Dinâmica empresarial e incentivos à fixação…
Oportunidades de emprego
Igualdade territorial (Este-Oeste)
Fiscalização
Oferta turística
0 20 40 60
Figura 14: Aspetos considerados positivos no concelho do Montijo (em % de respostas)
Verifica-se, através da análise do Quadro 16, que os quatro aspetos identificados como os
mais positivos no concelho são idênticos para todas as freguesias com resposta.
Quadro 16: Representatividade, por freguesia de residência, dos aspetos positivos mais considerados pelos
inquiridos (em n.º de respostas)
LOCAL DE
RESIDÊNCIA
N.º total de
respostas
N.º de respostas por aspeto mais mencionado
Acessibilidades e
estacionamento
Frente
ribeirinha
Qualidade
ambiental
Identidade cultural
e tradições
UF do Montijo e
Afonsoeiro 215 127 86 74 71
UF de Atalaia e Alto
Estanqueiro-Jardia 25 11 11 14 10
Freguesia de Canha 10 2 2 4 2
Freguesia de Sarilhos
Grandes 6 1 4 0 4
UF de Pegões 5 1 2 2 2
Não residente 13 9 8 6 5
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10
Na questão relativa aos “cinco aspetos que considera que devem ser melhorados no
concelho do Montijo”, destaca-se as “oportunidades de emprego”, os “serviços de saúde”,
a “rede de transportes”, e os “equipamento de lazer e espaços verdes” como os mais
referidos pelos inquiridos (Figura 15).
Oportunidades de emprego
Serviços de saúde
Rede de transportes
Equipamentos de lazer e espaços…
Dinâmica empresarial e incentivos…
Frente Ribeirinha
Espaço público
Oferta turística
Acessibilidades e estacionamento
Participação ativa dos cidadãos…
Educação
Funcionamento dos serviços…
Crescimento urbano e parque…
Equipamentos sociais
Fiscalização
Saneamento básico
Qualidade ambiental
Igualdade territorial (Este-Oeste)
Festas e eventos
Associativismo e coletividades
Agricultura e pecuária
Identidade cultural e tradições
Outro
Quintas e herdades
Vitivinicultura
Montado e pinhais
0 10 20 30 40 50
Figura 15: Aspetos a melhorar no concelho do Montijo (em % de respostas)
É possível verificar que os quatro aspetos a melhorar mais apontados pelos inquiridos são
semelhantes para todas as freguesias, tal como se pode observar no Quadro 17.
Quadro 17: Representatividade, por freguesia de residência, dos 3 aspetos a melhorar mais considerados pelos
inquiridos (em n.º de respostas)
LOCAL DE
RESIDÊNCIA
N.º Total de
Respostas
N.º de respostas por aspeto mais mencionado
Oportunidades de
emprego
Serviços
de saúde
Rede de
transportes
Equipamentos de
lazer e espaços
verdes
UF do Montijo e
Afonsoeiro 215 89 95 92 88
UF de Atalaia e Alto
Estanqueiro-Jardia 25 12 9 19 6
Freguesia de Canha 10 9 5 4 2
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11
Freguesia de Sarilhos
Grandes 6 1 4 3 0
UF de Pegões 5 4 2 4 0
Não residente 13 7 6 2 6
Relativamente a quem deve ter, na opinião dos inquiridos, um papel preponderante e ativo
no desenvolvimento do concelho (Figura 16), a Câmara Municipal, as JF e a população são
considerados como os principais agentes que devem ter esse papel.
Câmara Municipal
Juntas de Freguesia
População
Empresas
Associações e coletividades
Administração Pública Central
Governo
Organizações Não-governamentais
Sindicatos
0 20 40 60 80 100
Figura 16: Distribuição dos agentes com um papel preponderante e ativo no desenvolvimento do concelho, na
opinião dos inquiridos (em % de respostas)
Relativamente à questão “O que gostaria que fosse o Montijo daqui a 10 anos”, as respostas
foram diversas, mas os pontos em comum permitiram realçar os aspetos ou expressões mais
mencionados (Figura 17).
Como se pode constatar, a qualidade de vida, o aeroporto e o desenvolvimento do
município são a visão dos inquiridos para o Montijo em 10 anos. Destaca-se ainda que uma
grande parte dos inquiridos ressalvou não gostar que o Montijo se tornasse num dormitório,
no espaço de 10 anos.
Figura 17: Palavras mais mencionadas para caracterizar o Montijo daqui a 10 anos
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12
Workshop de Focalização
Introdução
No dia 20 de abril de 2016 realizou-se um Workshop de Focalização, no âmbito da AAE da
revisão do PDM Montijo. A realização desta sessão está prevista na Metodologia da AAE.
Para este evento foram convidadas várias entidades com relevância no concelho e
munícipes com interesse em participar, tendo-se realizado na Escola Profissional do Montijo,
entre as 9:00 e as 13:30. O sucesso deste evento resultou do esforço conjunto de ambas as
equipas de AAE e de Planeamento da CMM – cuja dedicação e empenho garantiu uma
adesão significativa.
Objetivos do Workshop
A participação e envolvimento de agentes chave numa fase inicial do processo de revisão
do PDM tem como objetivos:
Acrescentar valor ao processo de decisão pela consideração de diferentes
perspetivas (valores e preocupações dos agentes relevantes) na consolidação de
prioridades estratégicas de desenvolvimento do concelho;
Assegurar que o processo de planeamento do concelho do Montijo assenta em
princípios democráticos de transparência e participação;
Criar sentido de compromisso para com o processo de planeamento dos agentes
relevantes envolvidos, ao permitir que estes se identifiquem com os resultados do
processo, aumentando assim o sucesso de implementação do novo PDM.
Com este Workshop pretendeu-se promover a interação entre os agentes relevantes do
concelho do Montijo com o objetivo de identificar prioridades para um desenvolvimento
sustentável do município, assegurando uma focagem estratégica nos processos de AAE e
de planeamento. Deste modo obteve-se um rápido diagnóstico sobre as prioridades do
município que assegurem uma focagem estratégica tanto no processo de AAE como no
processo de planeamento.
Estrutura
O Workshop dividiu-se em duas sessões de trabalho (Quadro 18):
Sessão de trabalho em grupos; e
Sessão de trabalho coletiva.
Quadro 18: Sessões de Trabalho Workshop
Sessão / Atividades Objetivo
Sessão de trabalho em
grupos
Identificação do Problema Identificação das potencialidades e
debilidades do concelho do Montijo.
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13
Priorização.
Identificação de relações de
causalidade.
Priorização das potencialidades e
debilidades.
Identificação de relações de causalidade.
Sessão de trabalho
coletiva
Sintetização de fatores de
sucesso.
Síntese dos resultados das salas de grupo -
Identificação de fatores de sucesso a serem
considerados na revisão do PDM do Montijo.
Presenças
O Workshop teve caráter público, sendo a inscrição para participação aberta a toda a
população. Foram ainda formalmente convidados vários agentes com capacidade de
influência e de liderança na formação de opinião e considerados “chave” para o
desenvolvimento concelhio. Marcaram presença 63 participantes.
Em relação à representatividade de agentes no Workshop, as estatísticas são:
Câmara Municipal do Montijo: 20,6%
Juntas de Freguesia: 4,8%
Particulares: 47,6%
Setor Privado: 6,4%
Associações e outros: 11,1&
Administração central: 3,2%
Municípios limítrofes: 1,6%
Assembleia Municipal: 4,7%
Contou-se ainda com a presença do Exmo. Sr. Presidente Nuno Canta no desenvolvimento
da sessão de trabalho coletiva.
Resultados das Sessões de Trabalho
A sessão de trabalho em grupos realizou-se em 4 salas – Verde, Laranja, Azul e Rosa – e
dividiu-se em dois exercícios complementares:
1º Exercício: identificar o problema, ou seja, as principais potencialidades e
debilidades do concelho do Montijo;
2º Exercício: identificar os aspetos considerados prioritários para o desenvolvimento
do concelho do Montijo, e respetivas relações de causalidade.
Após, foi realizada uma sessão de trabalho coletiva com todos os participantes para, em
conjunto, identificarem-se os fatores de sucesso.
1º Exercício de grupo: Identificação do Problema
Para a identificação do Problema, duas questões foram colocadas aos participantes
pedindo-se que, para cada questão, identificassem um aspeto:
1ª Questão: “O que é que é Bom no concelho do Montijo?”; e
2ª Questão: “O que é que está Mal no concelho do Montijo?”.
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Avaliação Ambiental Estratégica | Workshop de Focalização
14
Nos Quadro 19 e Quadro 20 apresentam-se os resultados globais deste exercício. A escala
de cores é indicativa das preferências dos participantes – cor mais escura representa os
aspetos mencionados mais vezes no conjunto das quatro salas de trabalho.
Quadro 19: O que é Bom no concelho do Montijo
Rio / Frente Ribeirinha
Zonas comerciais
Acessibilidades
Localização
Segurança
Qualidade de Vida / Bom ambiente para viver
Espaços Verdes
Área rural / Campo
Tranquilidade
Território
Diversidade
Ensino Público
Ciclovias
Passadeira
Tradição
Cidade organizada
Qualidade do ar
Potencial industrial das áreas agrícolas
Investimento rural / agropecuária
Núcleo urbano antigo
Natureza
Boa comida
Quadro 20: O que está Mal no concelho do Montijo
Ordenamento urbano
Transportes públicos
Poluição
Aproveitamento deficiente das zonas ribeirinhas
Investimento na económica
Degradação das rodovias
Equipamentos de lazer
Fraca oferta de emprego
Tratamento de resíduos
Parque habitacional
Abandono dos núcleos mais antigos
Zonas industriais desativadas
Desaproveitamento dos recursos naturais
Densidade populacional
Descontinuidade territorial
Reabilitação urbana
Casas de banho públicas
Rede de saneamento
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15
Hospital do Montijo
Falta de estacionamento público
Falta de apostas em sistemas energicamente eficientes
Autarquia pouco virada para as pessoas e empresários
Quadros das autarquias eleitos politicamente e não por competências
Falta de ordenamento do território
Abandono da cidade ao rio
Espaços verdes desregrados
Má acessibilidade do canal de acesso ao Montijo
Ordenamento desregrado pela Ponte VG
Carência de equipamentos sociais
Ocupação social
Desertificação das zonas ribeirinhas
Ausência de industriais e parques industriais
Falta de planeamento e estratégia que desperdiça oportunidades de desenvolvimento
Atratividade e dinamização social nos núcleos urbanos antigos
Recuperação da zona urbana e zonas históricas da cidade
Fraca dinamização económica do centro da cidade
Higiene urbana
Espaços públicos
Cada sala deveria completar o Quadro Problema inicial (entradas a preto), e no final desta
atividade obteve-se um Quadro Problema completo com os resultados de cada sala de
trabalho - Quadro 21 (as novas entradas face ao Quadro Problema inicial encontram-se na
cor da sala correspondente).
Quadro 21: Quadro Problema comum
Principais Potencialidades Principais debilidades
Potencial da Frente Ribeirinha.
Exploração da Base Aérea N.º 6 para fins comerciais.
Riqueza Natural e Paisagística.
Potencial para a produção de energias alternativas.
Peso do setor primário na economia local.
Existência de herdades e quintas com potencial para fins turísticos.
Capacidade associativa.
Centralidade da cidade do Montijo na AML.
Requalificação urbano-industrial (existência de estruturas habilitadas para a
promoção de empreendedorismo e inovação).
Riqueza do Sapal e Salinas.
Forte Identidade Montijense.
Ribeira de Canha para desporto e lazer.
Acessibilidades Proximidade a Lisboa - acesso fácil.
Espaços verdes (quantidade).
Diversidade (do território).
Escolas e ensino público.
Segurança (qualidade de vida) / Qualidade de vida e segurança. Tranquilidade (qualidade de vida).
Construção organizada.
Núcleo Urbano Antigo.
Gastronomia.
Subaproveitamento da Frente Ribeirinha.
Poluição dos Recursos Hídricos.
Vulnerabilidade à infiltração.
Ausência de orientações municipais sobre políticas de temáticas ambientais. Carências de infraestruturas.
Assimetrias entre os territórios Oeste-Este.
Ritmo de urbanização superior à procura (fogos devolutos e não o ritmo de
urbanização que está parado de momento).
Oferta habitacional pouco diversificada / Parque habitacional.
Brownfields (envolvente) e vazios urbanos (centro).
Fraca oferta de produtos turísticos diversificados.
Envelhecimento da população no Território Este.
Qualidade / défice de espaços verdes e de lazer.
Fraca rede de transportes públicos e predomínio do uso de transporte individual.
Poucos incentivos à fixação empresarial.
Baixa oferta de equipamentos de saúde (serviços de atendimento e recursos humanos
qualificados).
Tratamento de resíduos.
Densidade populacional (pontual).
Investimentos às empresas (mais do que os incentivos).
Desaproveitamento dos recursos naturais.
Degradação das rodovias.
Escassez e falta de condições de equipamentos públicos.
Fraca oferta de emprego.
Falta de manutenção das vias de trânsito e acessos.
Falta de estacionamento público.
Mobilidade interna deficiente (entre freguesias).
Falta de incentivos à implementação de estratégias energeticamente /
ambientalmente sustentáveis.
Insuficiência de incentivos à reabilitação dos núcleos históricos.
Estruturação do espaço publico. Incentivo a indústria e agroindústria.
Equipamentos sociais (balneários públicos, abrigos a carenciados).
Estratégia de desenvolvimento económico.
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2º Exercício de grupo: Identificação de Prioridades e Relações
Para a identificação dos aspetos considerados prioritários, três questões foram colocadas
aos participantes pedindo-se que, para cada questão, identificassem um aspeto constante
do Quadro Problema comum:
1ª Questão: “De entre os aspetos listados no Quadro Problema, qual considera ser o
mais prioritário?”;
2ª Questão: “De entre os aspetos listados no Quadro Problema, qual considera ser o
segundo mais prioritário?”; e
3ª Questão: “De entre os aspetos listados no Quadro Problema, qual considera ser o
menos prioritário para o desenvolvimento do Montijo?”.
A Quadro 22 sintetiza os principais resultados obtidos neste exercício para cada uma das
três questões colocadas aos participantes – cada coluna da Tabela tem os resultados
representados por ordem decrescente de prioridade.
17
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Quadro 22: Identificação de prioridades
Mais
Prioritário
2º Mais
Prioritário
Menos Prioritário
Frente Ribeirinha
(Potencial/Subaproveitamento
)
Baixa oferta de equipamentos de saúde
Falta de estacionamento público
Estratégia de desenvolvimento económico Frente Ribeirinha
(Potencial/Subaproveitament
o)
Gastronomia
Poucos incentivos à fixação empresarial Espaços verdes Assimetria entre territórios
Brownfields e vazios urbanos Acessibilidades Oferta habitacional pouco diversificada
Baixa oferta de equipamentos de saúde Oferta habitacional / Parque habitacional
pouco diversificado
Potencial da frente ribeirinha
Espaços verdes Falta de manutenção das vias de trânsito e
acessos Qualidade de vida e segurança
Acessibilidades Falta de incentivo à implantação de estratégias
energeticamente e ambientalmente
sustentáveis
Acessibilidades - proximidade a Lisboa
Fraca oferta de emprego Assimetrias Oeste/Este Espaços verdes
Exploração da BA6 para fins comerciais Brownfields e vazios urbanos Urbanização superior à procura
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Relações de Causalidade
As Figura 18, Figura 19, Figura 20 e Figura 21 representam os resultados obtidos em cada sala
de grupo quando pedido para identificarem as relações de causalidade entre os aspetos
considerados mais prioritários.
Figura 18: Relações de causalidade - Sala Verde
Figura 19: Relações de causalidade - Sala Laranja
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Figura 20: Relações de causalidade - Sala Azul
Figura 21: Relações de causalidade - Sala Rosa
Sessão de Trabalho Coletiva
Este exercício, realizado numa sessão coletiva com todos os participantes, teve como
objetivo sistematizar os resultados obtidos nas sessões de grupo anteriores. Como resultado
obteve-se um conjunto de temas fundamentais para o processo de decisão estratégica
(fatores de sucesso), representativos dos vários interesses relevantes presentes no concelho.
Na Figura 22 estão apresentados os resultados da sessão de trabalho coletiva.