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EVELISE MARIA GARCIA PARHAM FARD AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA MINERAL E DO PROCESSO DE ENVASE EM DUAS FONTES COMERCIAIS Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de Alimentos, do Setor de Tecnologia de Alimentos, da Universidade Federal do Paraná, como requisito parcial à obtenção do grau de Mestre. Orientador: Prof. Giovani Mocelin, Ph.D CURITIBA 2007

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EVELISE MARIA GARCIA PARHAM FARD

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA MINERAL E DO

PROCESSO DE ENVASE EM DUAS FONTES COMERCIAIS

Dissertação apresentada ao Programa

de Pós-Graduação em Tecnologia de

Alimentos, do Setor de Tecnologia de

Alimentos, da Universidade Federal do

Paraná, como requisito parcial à

obtenção do grau de Mestre.

Orientador: Prof. Giovani Mocelin, Ph.D

CURITIBA

2007

EVELISE MARIA GARCIA PARHAM FARD

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA MINERAL E DO

PROCESSO DE ENVASE EM DUAS FONTES COMERCIAIS

Dissertação aprovada como requisito parcial para obtenção do grau de

Mestre no Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de Alimentos, da

Universidade Federal do Paraná, pela Comissão formada pelos professores:

Orientador: Prof. Dr. Giovani Mocelin

Setor de Tecnologia, UFPR

Profa. Dra. Ida Chapaval Pimentel

Setor de Ciências Biológicas, UFPR

Profa. Dra. Márcia Regina Beux

Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, PUC-PR

Curitiba, 13 de Agosto de 2007

ii

Ao meu amor Benyamin,

que sempre me incentivou e apoiou.

Dedico.

iii

AGRADECIMENTOS

À Universidade Federal do Paraná e ao Programa de Pós-Graduação em

Tecnologia de Alimentos pela oportunidade.

Ao Professor Dr. Giovani Mocelin pela orientação, dedicação e ensinamentos.

Ao Beny por estar sempre ao meu lado e acreditar em mim. Amo você.

À minha mãe e minha irmã pelas palavras de incentivo. Amo vocês.

Às fontes comerciais por toda receptividade desde o início do projeto e

informações cedidas. Este apoio foi fundamental.

Ao Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto – SAMAE – de Jaraguá do

Sul pelo incentivo à realização do curso de Mestrado e disponibilidade de

recursos para o desenvolvimento deste trabalho.

À empresa Laborclin pela doação do meio de cultura m-CP.

À empresa 3M do Brasil pela doação de swabs e placas Petrifilm.

Aos professores e colegas do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de

Alimentos pelo aprendizado e troca de experiências.

Aos técnicos dos Laboratórios do SAMAE, Magda, Olga, Rose e Vinicius, e aos

operadores da ETA por toda colaboração e auxílio durante os experimentos.

A todos aqueles que direta ou indiretamente colaboraram para a realização

deste trabalho.

Muito obrigada!

iv

SUMÁRIO

ABREVIATURAS ...................................................................................vi

LISTA DE TABELAS ............................................................................vii

LISTA DE QUADROS..........................................................................viii

LISTA DE FIGURAS ..............................................................................ix

LISTA DE ANEXOS ................................................................................x

RESUMO................................................................................................xi

ABSTRACT...........................................................................................xii

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................1

1.1 JUSTIFICATIVA ......................................................................................2

2 OBJETIVOS ............................................................................................3

2.1 OBJETIVO PRINCIPAL...........................................................................3

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................3

3 REVISÃO DA LITERATURA ..................................................................4

3.1 MICRORGANISMOS INDICADORES DE QUALIDADE NA ÁGUA

MINERAL ...........................................................................................................8

3.1.1 Bactérias heterotróficas ...........................................................................9

3.1.2 Coliformes totais ......................................................................................9

3.1.3 Coliformes termotolerantes e Escherichia coli .........................................9

3.1.4 Enterococcus .........................................................................................10

3.1.6 Clostridios sulfito redutores a 46ºC........................................................11

3.2 BIOFILME..............................................................................................12

4 MATERIAL E MÉTODOS......................................................................14

4.1 MATERIAL.............................................................................................14

4.2 METODOLOGIA....................................................................................15

4.2.1 Diagrama de fluxo .................................................................................15

4.2.2 Avaliação do risco das fontes comerciais ..............................................15

4.2.3 IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS E PONTOS DE CONTROLE .............16

4.2.4 Análises físico-químicas e microbiológicas............................................18

4.2.5 Monitoramento microbiológico de superfície .........................................21

4.2.6 Avaliação das características físicas da superfície interna das

embalagens retornáveis de vinte litros ... ..........................................................23

v

4.2.7 Análise Estatística ..................................................................................24

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................25

5.1 DIAGRAMA DE FLUXO.........................................................................25

5.2 AVALIAR O RISCO DAS FONTES COMERCIAIS ATRAVÉS DE LISTA

DE VERIFICAÇÃO...........................................................................................27

5.3 IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS E PONTOS DE CONTROLE .............28

5.4 ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS .............................................................30

5.5 ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS ..........................................................32

5.6 MONITORAMENTO MICROBIOLÓGICO DE SUPERFÍCIES...............39

5.7 AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA SUPERFÍCIE

INTERNA DAS EMBALAGENS RETORNÁVEIS DE VINTE LITROS..............43

6 CONCLUSÕES .....................................................................................45

REFERÊNCIAS................................................................................................47

vi

ABREVIATURAS

ABINAM: Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais

ANVISA: Agência Nacional de Vigilância Sanitária

APPCC: Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle

BPF: Boas Práticas de Fabricação

DNPM: Departamento Nacional de Produção Mineral

PC: Ponto de Controle

PCC: Ponto Crítico de Controle

PET: Polietileno tereftalato

POP: Procedimento Operacional Padronizado

PP: Polipropileno

UFC: Unidade Formadora de Colônia

uH: Unidade de escala Hazen

uT: Unidade de turbidez

vii

LISTA DE TABELAS

TABELA 1

DESCRIÇÃO DO PRODUTO ÁGUA MINERAL, PRESENTE NO RÓTULO DA EMBALAGEM NAS FONTES COMERCIAIS A E B ..............................................................

14 TABELA 2 RESULTADO DO TESTE DE TUKEY PARA A

COMPARAÇÃO DAS MÉDIAS DAS VARIÁVEIS TURBIDEZ E COR .................................................................................... 31

TABELA 3 NÚMERO DE AMOSTRAS DE ÁGUA MINERAL DAS FONTES COMERCIAIS A E B NOS TEMPOS T0, T1 E T2 EM DESACORDO COM A RESOLUÇÃO RDC Nº 275, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005 (BRASIL, 2005a) .....................

33

TABELA 4 RESULTADO DA COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DA VARIÁVEL BACTÉRIAS HETEROTRÓFICAS (EM FUNÇÃO LOGARÍTMICA) QUANDO SUBMETIDAS A DIFERENTES TEMPOS DE ESTOCAGEM ..........................

34

TABELA 5 RESULTADO DAS ANÁLISES DA VARIÁVEL PSEUDOMONAS AERUGINOSA NOS TEMPOS DE ESTOCAGEM T0, T1 E T2 DE ACORDO COM A TABELA DO NÚMERO MAIS PROVÁVEL (NMP), ÍNDICE DE 95% DE CONFIANÇA ....................................................................

37

TABELA 6 RESULTADO DAS ANÁLISES DE BACTÉRIAS

HETEROTRÓFICAS E COLIFORMES TOTAIS DE ACORDO COM A ORIGEM DO PONTO DE COLETA NAS FONTES COMERCIAIS A E B ...............................................

39

TABELA 7 RESULTADO DAS ANÁLISES DE PSEUDOMONAS AERUGINOSA NA ORIGEM DO PONTO DE COLETA DAS FONTES COMERCIAIS A E B, DE ACORDO COM A TABELA DO NÚMERO MAIS PROVÁVEL (NMP), ÍNDICE DE 95% DE CONFIANÇA ......................................................

40

TABELA 8 RESULTADO DAS COMPARAÇÕES DE MÉDIAS DO NÚMERO DE RANHURAS ENCONTRADAS QUANTO A REGIÃO DA EMBALAGEM RETORNÁVEL .......................... 44

viii

LISTA DE QUADROS

QUADRO 1

DEFINIÇÃO DE GRUPOS PARA CLASSIFICAÇÃO DE ESTABELECIMENTO INDUSTRIALIZADOR DE ÁGUA MINERAL ..............................................................................

16

QUADRO 2

RESULTADO DA LISTA DE VERIFICAÇÃO APLICADA ÀS FONTES COMERCIAIS A E B ..............................................

28

QUADRO 3

MONITORAMENTO DO PONTO DE CONTROLE ENCONTRADO NO PROCESSO PRODUTIVO DE ÁGUA MINERAL NAS FONTES COMERCIAIS A E B .................... 30

ix

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1

ÁRVORE DECISÓRIA PARA ANÁLISE DE MATÉRIA-PRIMA ....................................................................................

17

FIGURA 2

ÁRVORE DECISÓRIA PARA PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE DO PROCESSO PRODUTIVO .........................

18

FIGURA 3

FLUXOGRAMA DAS ETAPAS DA PESQUISA ...................... 19

FIGURA 4 BICO INJETOR DE HIGIENIZAÇÃO DA FONTE A ............... 22

FIGURA 5 BICO INJETOR DE ENVASE DA FONTE A .......................... 22

FIGURA 6 FLUXOGRAMA DE PRODUÇÃO DE ÁGUA MINERAL DAS FONTES COMERCIAIS A E B ............................................... 25

x

LISTA DE ANEXOS

ANEXO 1

TABELA DO NÚMERO MAIS PROVÁVEL UTILIZADA PARA ANÁLISE DE PSEUDOMONAS AERUGINOSA, ÍNDICE DE 95% DE LIMITE CONFIANÇA PARA TODAS COMBINAÇÕES DE RESULTADOS POSITIVOS E NEGATIVOS QUANDO SÃO UTILIZADOS 10 TUBOS CONTENDO 10 ML DE MEIO (ADAPTADO DE AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION, 2005) ..............................................................................................

53

ANEXO 2

LISTA DE VERIFICAÇÃO DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO PARA INDUSTRIALIZAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE ÁGUA MINERAL NATURAL E ÁGUA NATURAL: FONTE A .....................................................................

54

ANEXO 3

LISTA DE VERIFICAÇÃO DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO PARA INDUSTRIALIZAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE ÁGUA MINERAL NATURAL E ÁGUA NATURAL: FONTE B .....................................................................

71

ANEXO 4

PLANILHA PARA ANÁLISE DE PERIGOS EM INDÚSTRIA DE ÁGUA MINERAL ............................................................................

88

ANEXO 5

ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA pH, TURBIDEZ, COR E TEMPERATURA ENTRE OS FATORES FONTE COMERCIAL (A E B) E TEMPO DE ESTOCAGEM DA ÁGUA MINERAL (T0, T1 E T2) ...................................................................................................

91

ANEXO 6

RESULTADO NUMÉRICO DAS ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS (BACTÉRIAS HETEROTRÓFICAS, COLIFORMES TOTAIS, ESCHERICHIA COLI, ENTEROCOCCUS SP. E CLOSTRÍDIOS SULFITO REDUTORES A 46°C) DAS FONTES COMERCIAIS A E B, NOS TEMPOS T0, T1 E T2 ......................................................

92

ANEXO 7

ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA BACTÉRIAS HETEROTRÓFICAS (FUNÇÃO LOGARÍTMICA) E COLIFORMES TOTAIS PARA ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE AMOSTRAS DE ÁGUA MINERAL .................................................

94

ANEXO 8

RESULTADO DO TESTE DE TUKEY PARA A COMPARAÇÃO DAS MÉDIAS DA VARIÁVEL COLIFORMES TOTAIS ..................

95

ANEXO 9 ANÁLISE DE VARIÂNCIA DOS DADOS ANALISADOS DE

QUANTIDADE DE HIGIENIZAÇÕES (ZERO, DEZ, VINTE E TRINTA) E REGIÃO DA EMBALAGEM (SUPERIOR, CENTRAL E INFERIOR) .................................................................................. 96

xi

RESUMO

A água é um recurso natural intensamente explorado pelo homem e nas últimas décadas a sua disponibilidade para o consumo humano tem se tornado limitada. Muitos consumidores preferem beber água mineral devido a preocupação com a qualidade dos mananciais e por terem a percepção de que a água mineral possui melhor qualidade que a água tratada. O objetivo principal deste estudo foi avaliar a qualidade da água mineral e de seu processo de envase em duas fontes comerciais. Os objetivos específicos foram: avaliar as fontes comerciais através de lista de verificação, identificar os pontos de controle na linha de industrialização, analisar as características físico-químicas e microbiológicas da água mineral na fonte, após 45 e 90 dias do envase, monitorar as características microbiológicas da superfície de embalagens retornáveis de vinte litros e de equipamentos de higienização e de envase de água mineral e avaliar as alterações físicas na face interna das embalagens retornáveis de vinte litros provocadas pelo processo de higienização. As Listas de Verificação de Boas Práticas de Fabricação para Industrialização e Comercialização de Água Mineral Natural e Água Natural foram aplicadas às fontes comerciais estudadas e os resultados levaram à classificação de alto risco para ambas. O processo produtivo das fontes comerciais foi avaliado e se encontrou um ponto de controle correspondente a etapa de higienização das embalagens retornáveis de vinte litros. Os resultados das análises físico-químicas pH, turbidez, cor, temperatura e cloro total na captação de água mineral nas fontes A e B apresentam médias dentro dos parâmetros exigidos pela legislação. As fontes A e B apresentaram contaminação por bactérias heterotróficas na captação e após 45 e 90 dias do envase de água mineral esta contaminação aumentou 103 vezes. Na fonte A não ocorreram amostras contaminadas por coliformes totais na captação e após o envase e na fonte B ocorreram cinco amostras contaminadas na captação, três amostras contaminadas após 45 dias de estocagem e duas amostras após 90 dias de estocagem. O declínio da quantidade de coliformes totais viáveis está relacionado com o aumento de contaminação por Pseudomonas aeruginosa. Nas fontes comerciais A e B houve contaminação por Pseudomonas aeruginosa na captação e nos tempos de estocagem de 45 e 90 dias com uma tendência de aumento da sua freqüência no decorrer dos tempos estudados. No monitoramento microbiológico ambiental, nas fontes A e B, houve maior contaminação por bactérias heterotróficas no bico de envase, comprometendo a qualidade da água envasada. Coliformes totais apresentou maior contagem no bico de higienização e no bico de envase das fontes A e B, respectivamente. A contaminação por Pseudomonas aeruginosa predominou no bico de envase das fontes A e B, constatando que a água mineral já se apresentava contaminada antes de entrar no processo de envase e possivelmente Pseudomonas aeruginosa coloniza a tubulação que conduz a água mineral da captação até a linha de envase. As higienizações aplicadas às embalagens de vinte litros não interferiram no número de ranhuras presentes na face interna destas embalagens, porém a região inferior da embalagem apresentou maior número de ranhuras que as regiões superior e central. Palavras-chave: água mineral, microbiologia, Pseudomonas aeruginosa.

xii

ABSTRACT

Water is a natural resource that has been intensively exploited by man and in the last decades its availability for human use has become limited. Several technologies are applied to exploit the superficial water for human consumption, but the consumers prefer mineral water than natural water because they have the perception that it has better quality. The main goal of this research was to evaluate the mineral water microbiological and chemical status during the processing in two different sources. The specific goals were to evaluate the commercial water sources through an official questionnaire, to identify the control points during processing, to evaluate the microbiological and physical-chemistry characteristics of the water directly in the source and under storage conditions, to check for microbiological conditions in the equipments surface and during processing the reusable bottles, and finally to evaluate the effect of the cleaning process in the reusable bottle physical conditions. The results of the official questionnaire applied to two different sources indicated that both are considered of high risk. The whole productive process was evaluated and it was detected as control point the cleaning procedure applied to reusable bottles. The physical-chemistry analysis results revealed that both sources are statistically similar in the temperature and chlorine content and different in pH and turbidity, but they are in agreement with Brazilian legislation. Both sources were contaminated with heterotrophic bacteria since the beginning of the process and the bacteria number increased 103 times until the end of shelf life. In the source identified as A it was not detected in the microbiological analysis the presence of total coliform, and in the source identified as B total coliform was present from the beginning at the source to the end of shelf life of reusable bottles. The number of total coliform decreased and the number of Pseudomonas aeruginosa increased during the evaluation period. The microbiological environmental conditions of the equipments were studied and the heterotrophic bacteria was detected in the filling nozzle of both sources. Total coliform was detected in both cleaning and filling nozzle in the sources A and B. Pseudomonas aeruginosa was detected in the filling nozzle in both sources what indicates that the contamination by this bacterium was present in the whole environment. The cleaning process applied to the reusable bottles did not change significantly the physical conditions but, the number of internal grooves detected at the bottom surface of the bottles was higher than in the other surfaces. Key-words: mineral water, microbiology, Pseudomonas aeruginosa.

1

1 INTRODUÇÃO

A água é um recurso natural intensamente explorado pelo homem e nas últimas

décadas a sua disponibilidade para o consumo humano encontra-se limitada por

diversos fatores, entre estes estão a escassez natural e a contaminação biológica e

físico-química provenientes de atividades antrópicas e industriais, agricultura,

ocupação desordenada do solo e despejo de efluentes e esgoto sanitário não

tratados. Para que a água superficial seja viável para consumo, diversas tecnologias

são aplicadas, porém muitos consumidores preferem beber água mineral à água

tratada devido a preocupação com a qualidade dos mananciais e por terem a

percepção de que a água mineral possui melhor qualidade e é mais segura sob o

ponto de vista físico-químico e microbiológico que a água tratada.

Em dez anos, a produção de água mineral no Brasil aumentou 4,1 bilhões de

litros chegando a produção estimada em 2005 de 5,6 bilhões de litros (ABINAM,

2007). Segundo o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), os estados

brasileiros que possuem o maior consumo de água mineral correspondem a São

Paulo (27,35%), Santa Catarina (12,61%) e Rio de Janeiro (8,45%), chegando ao

índice de 31,5 litros per capita, número considerado relativamente baixo quando

comparado aos principais países da Europa (BRASIL, 2005b).

A água mineral em geral é considerada pura e isenta de contaminação

microbiológica por seus consumidores, porém, ela não é submetida a qualquer

processo de tratamento para melhorar sua qualidade. No Brasil é proibida a

utilização de processos que alterem as características originais da fonte de água

mineral, portanto não são permitidos tratamentos que diminuam a carga microbiana

do produto. Deste modo, práticas rigorosas de higiene devem ser seguidas para que

não ocorra contaminação microbiológica na fonte de água mineral ou durante o

processo de industrialização.

O controle de qualidade da água mineral é realizado periodicamente, pois é

um produto que contém microbiota de espécies oriundas de lençóis de água

subterrânea e possui condições favoráveis para o desenvolvimento de

2

microrganismos. A água mineral industrializada nas fontes comerciais deve seguir o

Manual de Boas Práticas e as exigências da Agência Nacional de Vigilância

Sanitária, e para assegurar a qualidade da água mineral são realizadas análises

físico-químicas e microbiológicas antes e após o processo de envase. Em adição às

análises microbiológicas, a aplicação de testes de monitoramento microbiológico de

superfície também contribui para avaliar a higienização dos equipamentos utilizados

no processo produtivo.

1.1 JUSTIFICATIVA

A água mineral envasada é uma bebida muito consumida pela população

brasileira, a qual atribui a este produto características relacionadas à inocuidade e

segurança alimentar. No entanto, a água mineral apresenta determinada

concentração de microrganismos, uma vez que não é permitida sua esterilização.

Para regular as características microbiológicas da água mineral natural e água

natural foi estabelecido o regulamento técnico descrito na Resolução da Diretoria

Colegiada nº 275, de 22 de setembro de 2005 (BRASIL, 2005a).

Há uma preocupação crescente dos consumidores e órgãos reguladores

sobre a qualidade da água mineral, no entanto ainda são poucos os estudos e dados

disponíveis no Brasil que enfocam a microbiologia de águas minerais.

O processo de produção da água mineral e as embalagens nas quais esta é

armazenada são possíveis focos de contaminação microbiológica, caso a

higienização não seja efetuada corretamente. Sendo assim, é importante realizar

estudo de todo processo de produção, desde a captação até o produto final para

verificar a qualidade da água mineral.

3

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO PRINCIPAL

Avaliar a qualidade da água mineral e de seu processo de envase em duas

fontes comerciais.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Descrever o fluxograma de duas fontes comerciais de captação de água mineral;

• Avaliar o risco das fontes comerciais através de lista de verificação;

• Identificar os pontos de controle da linha de industrialização;

• Analisar as características físico-químicas da água mineral na fonte, após quarenta

e cinco e noventa dias do envase, mediante análises de pH, turbidez, cor,

temperatura e cloro total;

• Analisar as características microbiológicas da água mineral, na fonte, após

quarenta e cinco e noventa dias do envase, mediante análises de bactérias

heterotróficas, coliformes totais, Escherichia coli, Enterococcus, Pseudomonas

aeruginosa e clostrídios sulfito redutores a 46ºC;

• Monitorar as características microbiológicas da superfície de embalagens

retornáveis de vinte litros e de equipamentos de higienização e de envase de água

mineral, mediante análises de bactérias heterotróficas, coliformes totais,

Escherichia coli, Enterococcus, Pseudomonas aeruginosa e clostrídios sulfito

redutores a 46ºC; e

• Avaliar as alterações físicas na face interna das embalagens retornáveis de vinte

litros provocadas pelo processo de higienização.

4

3 REVISÃO DA LITERATURA

A água é um elemento essencial e indispensável à vida de todos. A maior

parcela da Terra é coberta por água, porém apenas 2,5% correspondem à

quantidade de água doce encontrada no mundo. Deste valor, aproximadamente

0,03% correspondem à água doce disponível em rios e lagos e 29,9% correspondem

à água subterrânea. Em razão do crescimento da população e da contaminação das

águas, o suprimento de água potável nas áreas urbanizadas torna-se cada vez mais

difícil e com maior custo (FILIZOLA et al., 2002).

A água utilizada para consumo pode ser obtida de diferentes fontes. Uma

destas fontes é a água subterrânea, a qual encontra-se abaixo da superfície,

preenchendo os poros ou vazios intergranulares das rochas sedimentares, ou as

fraturas, falhas e fissuras das rochas compactas. A água subterrânea apresenta

algumas propriedades que tornam o seu uso mais vantajoso em relação às águas

superficiais, pois é filtrada e purificada naturalmente através da percolação,

resultando em um produto de excelente qualidade, dispensando tratamentos prévios

e sendo submetida a menor influência das variações climáticas (BORGHETTI et al.,

2004).

Silva e Araújo (2003) apresentam alguns exemplos de fontes de

contaminação das águas subterrâneas, como: o destino final do esgoto doméstico e

industrial, disposição inadequada de resíduos sólidos urbanos e industriais e

modernização da agricultura. Tais fontes de contaminação podem levar à presença

na água, de bactérias patogênicas, vírus, parasitas, substâncias orgânicas e

inorgânicas prejudiciais à saúde humana.

A água subterrânea pode ser obtida de aqüíferos, os quais são rochas

permeáveis que apresentam a propriedade de armazenar e permitir que a água

passe entre seus poros ou fraturas (BORGHETTI et al., 2004). A água subterrânea

pode ser captada no aqüífero confinado ou artesiano, que se encontra entre duas

camadas relativamente impermeáveis, o que dificulta a sua contaminação, ou pode

ser captada no aqüífero não confinado ou livre, que fica próximo à superfície,

portanto, mais suscetível à contaminação. Em função do baixo custo e facilidade de

perfuração, a captação de água de aqüífero livre, embora mais vulnerável à

5

contaminação, é mais freqüentemente utilizada no Brasil (FOSTER, 1993 apud

SILVA; ARAÚJO, 2003).

As águas minerais naturais são de origem subterrânea, obtidas diretamente

de fontes naturais ou artificialmente captadas, caracterizadas pelo conteúdo definido

e constante de sais minerais e pela presença de oligoelementos e outros

constituintes (BRASIL, 2000). A produção brasileira de água mineral é

regulamentada pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e pelo

Ministério da Saúde, através da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Para a água ser considerada mineral, deve percorrer o subsolo e ser enriquecida

com minerais através do contato com rochas (PETRACCIA, 2005), no entanto, a

composição química da água varia de acordo com as rochas e terrenos pelos quais a

mesma passou enquanto infiltrava-se no solo (MORGANO et al., 2002). A água

mineral é classificada de acordo com o elemento químico predominante (MORGANO

et al., 2002), inocuidade na fonte, presença de elementos traço e propriedades

medicinais (PETRACCIA, 2005).

As pessoas acreditam que a água mineral é pura e limpa, contudo,

ocasionalmente a água mineral é relacionada com patologias, a exemplo de

diarréias, como ocorrido em 1974 quando houve uma epidemia de cólera em

Portugal e a água mineral foi identificada como um dos veículos de transmissão de

Vibrio cholerae. Suspeitou-se que o aqüífero de calcário, então local de origem da

água, estava contaminado pelas águas do rio e do esgoto do vilarejo próximo (LI et

al., 2001).

Para que a água mineral seja considerada segura, esta deve apresentar

ausência de perigo à saúde do consumidor e da população, portanto a captação e o

processo de envase da água mineral precisam obedecer às condições higiênico-

sanitárias e às Boas Práticas (BRASIL, 2000). Existem duas razões principais para o

monitoramento da qualidade da água, uma delas é determinar se o fornecimento de

água está operando corretamente, implicando que a água é segura para os

consumidores, e a outra é provar que esta continua segura após seu fornecimento, o

que inclui o monitoramento para verificação (NATIONAL HEALTH AND MEDICAL

RESEARCH COUNCIL, 2003). As fontes mais comuns de contaminação são:

equipamentos, embalagens retornáveis, encanamento, exposição ao ar e contato

humano durante o processo de envase (RAMALHO, 2001).

6

Assim sendo, a ausência de organismos infecciosos está entre as qualidades

desejáveis dos alimentos, inclusive da água, portanto, espera-se atingir uma

produção de alimentos com nível mínimo de contaminação por microrganismos.

Contudo, alcançar níveis de “tolerância zero” de microrganismos, mesmo com a

aplicação de Boas Práticas talvez não seja possível (JAY, 2005). Para a obtenção de

adequada segurança alimentar é muito importante a aplicação de medidas

preventivas de conduta, como as Boas Práticas e a aplicação do programa de

Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle, assim como outros programas de

qualidade (DUREK, 2005).

As Boas Práticas constituem um sistema de controle de qualidade que visa

garantir segurança alimentar no processamento dos alimentos. Desta maneira, as

Boas Práticas são normas empregadas em produtos, processos, serviços e

edificações, visando a promoção e certificação da qualidade e da segurança do

alimento (TOMICH et al., 2005). Este sistema apresenta-se como base para a

implantação de outros sistemas de qualidade na indústria de alimentos.

As indústrias envasadoras de água mineral precisam adotar medidas a fim

de garantir a qualidade sanitária e a conformidade do produto com os regulamentos

técnicos. Assim, a ANVISA publicou a Resolução da Diretoria Colegiada nº173 de 13

de setembro de 2006, que dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas

para Industrialização e Comercialização de Água Mineral Natural e Água Natural

(BRASIL, 2006).

As operações de captação, envase, transporte e manuseio não podem

comprometer a qualidade da água mineral e por este motivo todas as etapas devem

ser avaliadas periodicamente. Além do Manual de Boas Práticas, os Procedimentos

Operacionais Padronizados (POP’s) são indicados para auxiliar no controle de

qualidade das etapas de produção da indústria. O POP é um procedimento escrito de

forma objetiva, estabelecendo instruções seqüenciais para a realização de operações

rotineiras e específicas na produção, armazenamento e transporte de alimentos

(BRASIL, 2002). Outra ferramenta utilizada para garantir a produção de um alimento

seguro é o programa de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC).

Este programa é uma maneira sistematizada de estabelecer pontos de

monitoramento, em uma linha específica de produção, a fim de garantir a segurança

do produto final (FRANCO e LANDGRAF, 2005). O APPCC é aplicado durante a

7

produção, processamento, preparação ou uso do alimento e da água (KIRBY et al.,

2003).

A elaboração de um APPCC na planta industrial segue as seguintes etapas:

preparar o fluxograma do processo, identificar perigos e determinar sua severidade e

riscos, determinar os pontos críticos de controle, estabelecer critérios para garantir o

controle, monitorar os pontos críticos de controle, tomar ações corretivas sempre que

o monitoramento indicar que os critérios não foram atingidos e verificar se o sistema

está funcionando como planejado (FRANCO e LANDGRAF, 2005).

Após a empresa adequar seus processos e instalações às exigências da

ANVISA e do DNPM, a industrialização de água mineral inicia-se. A água mineral

deve seguir parâmetros sensoriais, físicos e químicos definidos em legislação para

que possa ser comercializada, dentre os quais, o aspecto da água deve ser límpido,

o odor e sabor característicos, a cor com máximo de 5,0uH e a turbidez com máximo

de 3,0uT (BRASIL, 2000).

Além das características sensoriais e físico-químicas da água mineral, há a

preocupação com sua qualidade microbiológica, pois muitos consumidores acreditam

que a água mineral é isenta de microrganismos (RAMALHO et al., 2001). No entanto

a água mineral não é estéril e apresenta determinado índice de microrganismos,

mesmo que este índice seja diminuído pelo processo de filtração que ocorre quando

a água passa pelas rochas e terra (SANT’ANA, 2003), e todo crescimento dos

microrganismos pode ser influenciado por diversos fatores presentes no ambiente,

como temperatura, pH, umidade, tensão de oxigênio e nutrientes (MASSAGUER,

2005).

Com relação à microbiota, a água mineral apresenta espécies autóctones,

originárias do aqüífero, e espécies alóctones, oriundas do processo de

industrialização da água (JAYASEKARA et al., 1999). A qualidade da água mineral é

expressa de acordo com o número de bactérias presentes em certo volume de água

(CABRAL e PINTO, 2002) e as bactérias consideradas indicadoras de contaminação

em águas minerais são coliformes totais, coliformes termotolerantes, Enterococcus,

Pseudomonas aeruginosa e clostrídios sulfito redutores a 46ºC (SANT’ANA et al.,

2003).

8

3.1 MICRORGANISMOS INDICADORES DE QUALIDADE NA ÁGUA MINERAL

Apesar de não ser possível afirmar a existência de bactérias estritamente

aquáticas, é muito disseminada a idéia de que grande parte das bactérias

encontradas na água é proveniente do solo e carreada para as águas através da

chuva, de acidentes de ordem natural ou por influência antrópica (SOUZA e SILVA-

SOUZA, 2001) e da mesma maneira microrganismos do solo podem contaminar o ar

e os mananciais através do vento (FRANCO e LANDGRAF, 2005).

A água mineral proveniente diretamente do aqüífero possui população

microbiana natural ou autóctone em torno de 20 UFC/ml. Esta população aumenta

para aproximadamente 102-105 UFC/ml após duas a três semanas do envase, devido

a mudanças nas condições ambientais (JAYASEKARA et al., 1999). Este rápido

crescimento dos microrganismos pode estar relacionado à oxigenação durante o

processo de envase da água mineral, ao aumento de área de contato devido o

confinamento dentro da embalagem, ao aumento de temperatura durante a

estocagem e/ou aos nutrientes presentes na embalagem (VENIERI et al., 2005). A

embalagem de polietileno tereftalato (PET) é uma fonte de matéria orgânica que

pode contribuir para o crescimento de microrganismos, pois durante o período de

armazenamento libera diversos compostos orgânicos (CRIADO, 2005).

Fazem parte do grupo de microrganismos autóctones, as bactérias dos

gêneros Pseudomonas, Acinetobacter, Alcaligenes, Flavobacterium, Micrococcus,

Bacillus (SANT’ANA et al., 2003), Achromobacter e Moraxella (NSANZE e

BABARINDE, 1999; TAMAGNIN e GONZALEZ, 1997). Estas bactérias autóctones

podem apresentar efeito inibidor sobre a sobrevivência de alguns microrganismos

indicadores e patogênicos (RAMALHO et al., 2001). A maioria destas bactérias não

apresenta risco à saúde da população em geral, contudo, algumas são patógenos

oportunistas com capacidade de provocar efeitos adversos à saúde em indivíduos

imunocomprometidos (STELMA JR et al., 2004).

Nas águas minerais engarrafadas, a maioria dos microrganismos presentes

são bastonetes Gram-negativos, freqüentemente identificados como Pseudomonas

spp, originários da fonte (microrganismos autóctones) ou de contaminação no

processo produtivo (microrganismos alóctones) (ARMAS e SUTHERLAND, 1999). As

águas minerais estão sujeitas a apresentar microrganismos patogênicos, tornando-se

veículos de contaminação para diversas doenças transmitidas por bactérias, fungos,

9

vírus e protozoários (FRANCO e CANTUSIO NETO, 2002). Contudo, no local de

captação, fonte ou poço, assim como durante sua comercialização, a água mineral

não pode apresentar riscos à saúde do consumidor, devendo apresentar ausência de

bactérias indicadoras de contaminação.

3.1.1 Bactérias heterotróficas

A contagem de bactérias heterotróficas é um procedimento utilizado para

acompanhar variações nas condições higiênicas e do processo produtivo (SILVA et

al., 2005). Muitos destes microrganismos desenvolvem-se lentamente e necessitam

de meio de cultura pobre em nutrientes. Existem evidências que estas bactérias não

apresentam risco a população saudável, no entanto alguns destes microrganismos

são patógenos oportunistas (STELMA JR et al., 2004).

3.1.2 Coliformes totais

Segundo APHA (2005), coliformes totais são bacilos Gram-negativos,

aeróbios ou anaeróbios facultativos, não formadores de esporos, que desenvolvem

colônia vermelha com brilho metálico a 35ºC em 24 horas quando submetidos a um

meio contendo lactose. Este grupo inclui bactérias dos gêneros Escherichia,

Enterobacter, Citrobacter e Klebsiella. Estas bactérias têm como hábitat primário o

trato intestinal humano e de outros animais e, com exceção de Escherichia, também

podem ser encontrados em outros ambientes como solo e vegetais (FRANCO e

LANDGRAF, 2005). Por esta razão, a representação de coliformes totais como

indicador de contaminação fecal é menos representativa do que àquela de coliformes

termotolerantes e Escherichia coli. Apesar de coliformes totais e termotolerantes não

serem detectados na maioria das águas minerais, algumas podem apresentar tal

contaminação (TSAI e YU, 1997).

Segundo o NATIONAL HEALTH AND MEDICAL RESEARCH COUNCIL

(2003), coliformes totais não são considerados um real risco à qualidade da água,

pois estão dispersos do solo, água e plantas e nem sempre estão presentes em

surtos relacionados com doenças de veiculação hídrica.

3.1.3 Coliformes termotolerantes e Escherichia coli

As bactérias do grupo coliformes termotolerantes são muito utilizadas para

indicar contaminação fecal recente, pois se apresentam em grande densidade nas

10

fezes, sendo facilmente isoladas e identificadas na água por métodos relativamente

simples e rápidos. Estas bactérias também apresentam sobrevivência semelhante a

das bactérias enteropatogênicas (CETESB, 2004).

A definição do grupo de coliformes termotolerantes é a mesma de coliformes

totais, porém restringe-se aos microrganismos capazes de fermentar a lactose, com

produção de gás, em 24 horas e temperatura entre 44,5°C (SILVA et al., 2005).

Alguns exemplos deste grupo são os gêneros Escherichia, Klebsiella e Enterobacter

(HAGLER e HAGLER, 1987).

A espécie Escherichia coli é considerada de origem unicamente fecal e é

definida como bactéria do grupo coliforme que fermenta lactose e manitol, com

produção de ácido e gás a 44,5 ± 0,2ºC em 24 horas, produz indol a partir do

triptofano, é oxidase negativa, não hidroliza a uréia e apresenta atividade das

enzimas ß-galactosidase e ß-glucoronidase, sendo considerada o mais específico

indicador de contaminação fecal recente e de eventual presença de organismos

patogênicos (BRASIL, 2004).

3.1.4 Enterococcus

O gênero Enterococcus caracteriza-se por apresentar alta tolerância às

condições adversas de crescimento, tais como capacidade de crescer na presença

de 6,5% de cloreto de sódio, a pH 9,6 e nas temperaturas de 10°C e 45°C (FRANCO

e LANDGRAF, 2005).

A utilização de Enterococcus como indicador fecal possui algumas restrições,

pois podem ser encontrados no trato gastrintestinal e também em ambientes

diferentes deste. Este gênero não se multiplica em água contaminada por esgoto

(LLEÒ, 2005) e apresenta sobrevida maior que outros enteropatógenos quando

presente no solo, vegetais ou alimentos (FRANCO e LANDGRAF, 2005).

3.1.5 Pseudomonas aeruginosa

Pseudomonas aeruginosa é uma bactéria patogênica de larga distribuição, a

qual é utilizada como indicador de contaminação fecal e não fecal (HAGLER e

HAGLER, 1987). Pseudomonas é um gênero de bactérias Gram-negativas, as quais

possuem bastonetes movéis com flagelo polar e são aeróbias obrigatórias, capazes

de crescer em meio simples (MASSAGUER, 2005). A espécie P. aeruginosa é

oligotrófica, ou seja, é capaz de crescer em ambientes com baixa concentração de

nutrientes (JAYASEKARA et al., 1998; LEGNANI et al., 1999).

11

No Brasil, este grupo de bactérias tem aparecido com relativa freqüência em

análises de água clorada, não clorada e mineral (GALVÃO, 2004). P. aeruginosa

pode estar presente na água mineral como microrganismo autóctone, no entanto

acredita-se que é mais provável que esta contamine a água através do processo

produtivo na planta da indústria (JAYASEKARA et al., 1998). Durante o período de

estocagem da água mineral engarrafada, o desenvolvimento da biota autóctone pode

provocar alta concentração de P. aeruginosa proporcionando risco ao consumidor,

principalmente àqueles imunocomprometidos e idosos (LEGNANI et al., 1999). A

presença significativa deste microrganismo na água mineral deve-se a seu

importante potencial oportunista patogênico (WARBURTON, 1993). Pseudomonas

aeruginosa é um patógeno oportunista conhecido por causar infecções sistêmicas

urinárias, respiratórias, gastrointestinais, no sistema nervoso central e de pele, além

de endocardites, otite externa, entre outras infecções sistêmicas (SILVA, 2005).

Ainda, ARMAS e SUTHERLAND (1999) estudaram que muitas espécies de

Pseudomonas recuperadas da água podem ser resistentes a antibióticos.

3.1.6 Clostridios sulfito redutores a 46ºC

Os clostrídios sulfito redutores têm sido utilizados como indicadores de

poluição fecal em água por sua incidência no meio aquático estar constantemente

associada a fezes humanas (SILVA et al., 2000 apud GALVÃO, 2004). As bactérias

do grupo clostrídio sulfito redutor são aquelas que apresentam desenvolvimento de

colônias sulfito redutoras a 460C por 24 horas, anaeróbias e bastonetes Gram-

positivos (BRASIL, 2001). O Clostridium é um gênero anaeróbio, catalase-negativo,

largamente encontrado no solo, plantas em decomposição e trato intestinal de

animais. Para desenvolver-se necessita de mais de 30% de água, condições

anaeróbias, menos de 10% de sal e menos de 40% de açúcar (GAVA, 2002). A

espécie Clostridium perfringens é predominante sacarolítica, ou seja, fermenta

açúcares e álcool. Este microrganismo pode causar gangrena e toxinfecção alimentar

(MASSAGUER, 2005).

O esporo de Clostridium apresenta grande longevidade na água em função

de sua resistência a condições desfavoráveis do meio ambiente e por este motivo é

útil na indicação de contaminação fecal remota, pois outros microrganismos

indicadores de contaminação fecal não mais estariam presentes (SILVA et al., 2000).

12

3.2 BIOFILME

Na natureza, dificilmente os microrganismos vivem em colônias isoladas de

uma única espécie, mas vivem em comunidades denominadas biofilmes (TORTORA

et al., 2005). Falhas nos procedimentos de higienização permitem que resíduos

aderidos aos equipamentos e superfícies transformem-se em potencial fonte de

contaminação, desta maneira, algumas bactérias aderem às superfícies dos

equipamentos presentes na indústria de alimentos. Para reduzir ou eliminar os

microrganismos, são utilizadas técnicas que incluem métodos físicos, como lavar as

mãos, utilizar jatos de alta pressão, e métodos químicos, como utilizar compostos

contendo hipoclorito, iodóforos ou amônio quaternário. Ambas as técnicas possuem a

capacidade de remover ou inativar microrganismos que estejam presentes na

superfície de equipamentos que entram em contato com o alimento (ZOTTOLA e

HOOD, 1995).

Sob determinadas condições, os microrganismos aderem, interagem com as

superfícies e iniciam o crescimento celular. Essa multiplicação dá origem a colônias e

quando a massa celular é suficiente para agregar nutrientes, resíduos e outros

microrganismos, está formado o que se denomina biofilme (MACEDO, 2004).

Os biofilmes são compostos por uma população ou uma comunidade de

múltiplas espécies microbianas embebidas em uma matriz extracelular, a qual

funciona como interface aderida a uma superfície biótica ou abiótica. Em um biofilme,

as populações e comunidades participantes são interdependentes, funcionando de

maneira complexa e coordenada. Os biofilmes são formados sob superfícies, onde

há grande concentração de nutrientes. No biofilme, os microrganismos são mais

resistentes a agentes químicos e físicos, como àqueles utilizados no procedimento

de higienização, sendo uma importante fonte de contaminação na indústria de

alimentos. Para que a colônia de células microbianas seja considerada biofilme, esta

deve conter um número mínimo de 106 e 107 células aderidas por cm2 (MACEDO,

2004).

Assim, ranhuras presentes na face interna de embalagens retornáveis de

vinte litros de água mineral e equipamentos destinados a higienização e envase

podem ser locais propícios para o desenvolvimento de biofilmes e conseqüente

contaminação da água mineral.

13

O controle ambiental de superfície é fundamental para permitir a descoberta

da magnitude e tipo de contaminação do produto final. Com os dados do controle

microbiológico de superfície podem ser elaborados critérios de limpeza dos

equipamentos (MASSAGUER, 2005) visto que os desinfetantes não penetram

adequadamente na matriz de polissacarídeos e glicoproteínas do biofilme

(WIRTANEN et al., 2001).

14

4 MATERIAL E MÉTODOS

4.1 MATERIAL

Para a realização da pesquisa foram escolhidas duas fontes comerciais de

água mineral localizadas no litoral do Estado de Santa Catarina, denominadas A e B.

A descrição do produto água mineral de cada uma das fontes comerciais estudadas

está apresentada na Tabela 1.

TABELA 1: DESCRIÇÃO DO PRODUTO ÁGUA MINERAL, PRESENTE NO RÓTULO DA EMBALAGEM NAS FONTES COMERCIAIS A E B.

Fonte comercial A Fonte comercial B Nome comum Água mineral Água mineral

pH: 6,10 pH: 6,26 Temperatura da água mineral na fonte: 20ºC

Temperatura da água na fonte: 20,4 ºC

Condutividade elétrica a 25ºC: 1,65 x 10-4mhos/cm

Condutividade elétrica a 25ºC: 1,34 x 10-4mhos/cm

Características importantes do produto

final Resíduo de evaporação “calculado”: 130,67mg/l

Resíduo de evaporação “calculado”: 82,00mg/l

Cálcio: 7,01 Cálcio: 9,92 Magnésio: 7,41 Magnésio: 7,06 Sódio: 15,11 Potássio: 1,20 Potássio: 3,80 Sódio: 5,60 Bicarbonatos: 54,44 Cloretos: 7,65 Cloretos: 24,67 Fluoretos: 0,10 Sulfatos: 3,92 Sulfatos: 2,11

Fosfatos: 0,09 Bicarbonatos: 62,68

Composição química (mg/l)

Fluoretos: 0,16

Lítio: 0,004 Uso direto pelo consumidor Uso direto pelo consumidor Formas de consumo do

produto Preparo de alimentos Preparo de alimentos Características da

embalagem Embalagens retornáveis de plástico PP, volume: 20 litros.

Embalagens retornáveis de plástico PP com volume igual a 20 litros.

Prazo de validade 03 meses, a temperatura ambiente. 03 meses, a temperatura ambiente.

Local de venda do produto

Em estabelecimentos comerciais fora da empresa que envasa a água mineral.

Em estabelecimentos comerciais fora da empresa que envasa a água mineral.

Acondicionar em local fresco Acondicionar em local fresco Não expor à luz Não expor à luz

Instruções no rótulo para conservação e consumo

- Após aberto consumir em 20 dias. Fonte: Autora (2007).

15

Para analisar a qualidade físico-química e microbiológica da água mineral

foram utilizadas amostras de água mineral coletadas na fonte antes do processo de

envase (T0), e de embalagens retornáveis com capacidade para vinte litros após 45

dias da data do envase (T1) e 90 dias da data do envase (T2).

Estas embalagens são de mesmo lote e adquiridas diretamente na indústria

envasadora de água mineral. As embalagens de vinte litros recolhidas das indústrias

apresentavam-se lacradas e sem danos externos.

O teste de monitoramento microbiológico de superfície, com utilização de

swab, foi aplicado nos bicos das máquinas higienizadoras e envasadoras de água

mineral, assim como na superfície interna de embalagens retornáveis de vinte litros

antes e após o processo de higienização.

A análise das alterações físicas provocadas pelo processo de higienização

na face interna das embalagens retornáveis de vinte litros foi realizada em amostras

de plástico retiradas destas embalagens.

4.2 METODOLOGIA

4.2.1 Diagrama de fluxo

As informações para elaboração do fluxograma produtivo foram obtidas

através de questionários e entrevistas com responsáveis técnicos e funcionários das

fontes comerciais estudadas.

4.2.2 Avaliação do risco das fontes comerciais

A Lista de Verificação “Boas Práticas de Fabricação para Industrialização e

Comercialização de Água Mineral Natural e Água Natural” (BRASIL,2006), a qual se

encontra nos Anexos 2 e 3, foi utilizada na pesquisa como instrumento para avaliar o

risco das fontes comerciais. Esta lista de verificação é constituída de duas partes,

sendo que a primeira parte corresponde a identificação da indústria e a segunda

parte, a descrição dos itens a serem verificados, totalizando 285 itens.

As fontes de água mineral estudadas foram classificadas de acordo com a

Lista de Verificação, a qual propõe separar os estabelecimentos verificados em três

grupos, de acordo com a presença de conformidades. O Quadro 1 relaciona as

atribuições de cada grupo.

16

QUADRO 1: DEFINIÇÃO DE GRUPOS PARA CLASSIFICAÇÃO DE ESTABELECIMENTO

INDUSTRIALIZADOR DE ÁGUA MINERAL.

Grupo Atribuição quanto ao risco Critério de classificação 100% de atendimento dos itens referentes à Higienização da canalização, Higienização do reservatório, Recepção das embalagens e Higienização das embalagens.

Grupo 1 Baixo

76 a 100% de atendimento dos demais itens. 100% de atendimento dos itens referentes à Higienização da canalização, Higienização do reservatório, Recepção das embalagens e Higienização das embalagens.

Grupo 2 Médio

51 a 75% de atendimento dos demais itens. Não atendimento a um ou mais itens referentes à Higienização da canalização, Higienização do reservatório, Recepção das embalagens e Higienização das embalagens.

Grupo 3 Alto

0 a 50% de atendimento dos demais itens. Fonte: AUTORA (2007).

4.2.3 IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS E PONTOS DE CONTROLE

A seleção de critérios e a determinação de pontos de controle são utilizadas

para analisar a qualidade e a segurança alimentar da água mineral. Os critérios são

representados por especificações ou características físicas, químicas ou biológicas

que precisam ser atingidas no processo (MASSAGUER, 2005). Os critérios para

água mineral estão descritos na Resolução RDC nº 275 (BRASIL, 2005a) e

pressupõem que deve existir ausência de coliformes totais, coliformes

termotolerantes ou Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Enterococcus e

clostrídios sulfito redutores a 46˚C neste produto. As matérias primas utilizadas nas

fontes comerciais são água mineral e embalagens retornáveis de vinte litros. Para

avaliar se a matéria-prima utilizada no processo de produção é um ponto crítico de

controle, foram realizados os questionamentos apresentados na Figura 1.

17

FIGURA 1: ÁRVORE DECISÓRIA PARA ANÁLISE DE MATÉRIA-PRIMA.

Fonte: Adaptado de MASSAGUER (2005).

A partir do fluxograma do processo produtivo foi realizada a identificação das

operações nas quais existe a possibilidade de ocorrer contaminação e posterior

identificação dos pontos críticos de controle através de árvore decisória descrita por

MASSAGUER (2005). A Figura 2 apresenta a árvore decisória para analisar o

processo produtivo da fonte comercial e assim, definir os pontos críticos de controle.

Não é um PCC

Não

Sim

Será que é provável que esta matéria-

prima apresente o perigo que estamos

estudando em níveis inaceitáveis?

O processo conjuntamente com o uso que

se espera que o consumidor faça do

produto eliminará o perigo ou reduzirá a

níveis aceitáveis?

A matéria-prima deve ser considerada

um Ponto Crítico de Controle.

Sim

Não é um PCC

Não

18

FIGURA 2: ÁRVORE DECISÓRIA PARA PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE DO PROCESSO

PRODUTIVO.

4.2.4 Análises físico-químicas e microbiológicas

As análises das amostras ocorreram em três períodos diferentes e a Figura 3

apresenta o fluxograma das etapas da pesquisa.

Tempo zero (T0): água mineral coletada na fonte, através de uma torneira

localizada na casa de captação. Este tempo corresponde a água mineral proveniente

do lençol de águas subterrâneas, antes de chegar à planta da indústria envasadora,

imediatamente antes dela ser envasada.

Tempo um (T1): água mineral coletada de embalagens de vinte litros

quarenta e cinco dias após a data de envase. O T1 foi definido em 45 dias, que

corresponde a metade do tempo de prateleira designado para este tipo de

embalagem.

Fonte: Adaptado de MASSAGUER (2005).

P1

Não é

um PCC.

Não

As etapas posteriores do processo e o

uso que se espera do consumidor vão

garantir a eliminação do perigo ou a

sua redução a níveis aceitáveis?

A etapa do processo destina-se a

eliminar ou reduzir o risco a níveis

aceitáveis.

Sim Não

Esta etapa é um

PCC para este

Não é um

PCC.

Sim Não

É provável que nesta etapa surja um novo perigo ou

que um perigo já existente alcance níveis inaceitáveis? Sim

19

Tempo dois (T2): água mineral coletada de embalagens de vinte litros

noventa dias após a data de envase, período que corresponde a data final de

validade do vasilhame de vinte litros de água mineral.

Foram realizadas seis coletas em cada um dos tempos e em cada fonte

comercial. As embalagens de vinte litros de água mineral foram estocadas em sala

escura e a temperatura ambiente até o momento das análises físico-químicas e

microbiológicas. Foram realizadas análises físico-químicas para os parâmetros pH,

turbidez, cor, temperatura e cloro total, e, nas análises microbiológicas foram

investigados os microrganismos bactérias heterotróficas, coliformes totais,

Escherichia coli, Enterococcus, Pseudomonas aeruginosa e clostrídios sulfito

redutores a 46ºC.

FIGURA 3: FLUXOGRAMA DAS ETAPAS DA PESQUISA.

Fonte: Autora. Fonte: Autora (2007).

4.2.4.1 Determinação de pH

Para a determinação do pH foi utilizado o método eletrométrico presente na

publicação AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION (2005), utilizando o

pHmetro MA 130 Mettler Toledo

Obtenção de embalagem de vinte

litros contendo água mineral, na

fonte

Análises físico-químicas

e microbiológicas

realizadas no T2

Fonte Comercial A Fonte Comercial B

Coleta de água mineral

diretamente da fonte de captação

Obtenção de embalagem de vinte

litros contendo água mineral, na

fonte

Análises físico-químicas e

microbiológicas realizadas

no T1

Análises físico-químicas

e microbiológicas

realizadas no T0

20

4.2.4.2 Determinação de turbidez

A turbidez foi determinada pelo método nefelométrico descrito na publicação

AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION (2005), utilizando-se o turbidímetro

2100P HACH.

4.2.4.3 Determinação de cor

A cor foi determinada pelo método colorimétrico descrito na publicação

AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION (2005), com auxílio de

espectrofotômetro HACH em comprimento de onda 256nm.

4.2.4.4 Determinação de temperatura

A temperatura foi lida em termômetro graduado de 0-100ºC.

4.2.4.5 Determinação de cloro total

O cloro total foi analisado através do método DPD em aparelho colorímetro

portátil HACH.

4.2.4.6 Determinação de bactérias heterotróficas

Para a determinação de bactérias heterotróficas foi utilizado o método pour

plate descrito na publicação AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION (2005).

4.2.4.7 Determinação de coliformes totais

As análises de coliformes totais foram realizadas de acordo com a técnica da

membrana filtrante descrita na publicação AMERICAN PUBLIC HEALTH

ASSOCIATION (2005).

4.2.4.8 Determinação de Escherichia coli

As análises de E. coli foram realizadas de acordo com a técnica da

membrana filtrante descrita na publicação AMERICAN PUBLIC HEALTH

ASSOCIATION (2005). Para esta análise foi utilizado o meio mTec modified Agar

(específico para Escherichia coli).

21

4.2.4.9 Determinação de Enterococcus

A contagem de Enterococcus seguiu o método da membrana filtrante

descrita na publicação AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION (2005). Para

determinação deste grupo foi necessário o meio de cultura m-Enterococcus agar.

4.2.4.10 Determinação de Pseudomonas aeruginosa

Contagem de P. aeruginosa através da técnica de tubos múltiplos proposto

na publicação AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION (2005). A leitura dos

tubos positivos foi feita através da tabela do número mais provável (Anexo 1).

4.2.4.11 Determinação de clostrídios sulfito redutores a 46ºC

A contagem de clostrídios sulfito redutores a 46ºC foi realizada através do

método de membrana filtrante, na qual o meio de cultura utilizado foi o Ágar m-CP

(Laborclin) em placas prontas.

4.2.5 Monitoramento microbiológico de superfície

Foi realizado teste de monitoramento microbiológico de superfície, utilizando

o método do cotonete úmido ou swab. Neste teste foram selecionados pontos que

apresentavam possibilidade de desenvolvimento microbiano e potencial para

contaminar a água mineral.

Os pontos escolhidos foram: face interna da embalagem de vinte litros

retornável ainda não higienizada, denominado Enhig; bico injetor de higienização,

denominado Bhig (Figura 4); face interna da embalagem de vinte litros retornável

higienizada, denominado Ehig; e bico injetor de envase, denominado Benv (Figura 5).

Estes pontos estão em seqüência de linha de produção.

As áreas dos pontos de coleta analisados, das fontes comerciais A e B,

correspondem a: região superior da superfície interna das embalagens retornáveis de

vinte litros, com área igual a 1.130 cm2, bicos injetores de higienização, com área

igual a 125,6 cm2, e bicos injetores de envase, com área de 113,982 cm2. Os

resultados foram expressos por UFC/cm2 ou NMP/cm2.

22

FIGURA 4: BICO INJETOR DE HIGIENIZAÇÃO DA FONTE A.

Fonte: AUTORA (2007).

FIGURA 5: BICO INJETOR DE ENVASE DA FONTE A.

Fonte: AUTORA (2007).

23

O swab esterilizado foi esfregado lentamente por toda área determinada,

com movimentos da esquerda para direita e de cima para baixo. Os swabs foram

aplicados sobre estas superfícies, acondicionados em tubos de ensaio contendo

10mL de água peptonada e identificados de acordo com a superfície amostrada.

Para cada área amostrada foram realizadas análises de bactérias heterotróficas,

coliformes totais, E. coli, Enterococcus, P. aeruginosa e clostrídios sulfito redutores a

46ºC.

Para as análises de E. coli, Enterococcus e clostrídios sulfito redutores a

46ºC foi aplicado 0,1ml de amostra em cada placa, e, para as análises de bactérias

heterotróficas e coliformes totais foi aplicado 1ml em cada placa e para a análise de

P. aeruginosa foi aplicado 1ml em cada tubo de ensaio contendo 10 ml de meio de

cultura.

Foram utilizados swabs rápidos e placas Petrifilm 3M, para a análise de

bactérias heterotróficas e coliformes totais (APHA,1992). As análises de E. coli,

Enterococcus, P. aeruginosa e clostrídios sulfito redutores a 46ºC foram realizadas

com os meios de cultura aplicados às análises microbiológicas. Foram realizadas

cinco repetições do teste de monitoramento de superfície em cada fonte comercial,

semanalmente. Cada repetição foi analisada separadamente e não foi realizada

comparação de médias neste teste.

4.2.6 Avaliação das características físicas da superfície interna das embalagens

retornáveis de vinte litros

Para esta análise, a superfície lateral das embalagens retornáveis de 20 litros

foi dividada em três áreas denominadas: superior, central e inferior. Cada uma

dessas áreas corresponde a superfície de 1.130 cm2. Foram escolhidas,

aleatoriamente, seis embalagens novas de vinte litros de material polipropileno (PP).

De cada uma das seis embalagens foram retiradas três amostras de plástico, de

diâmetro igual a 5 cm, sendo uma amostra da área lateral superior, outra da área

lateral central e a terceira da área lateral inferior. Estas amostras de plástico foram

observadas por uma lupa para que a análise da rugosidade fosse feita e os

resultados representados pelo número de ranhuras da amostra foi extrapolado para a

superfície total da área.

Após a determinação do número de ranhuras nas embalagens novas, as

amostras de plástico foram recolocadas nas mesmas áreas das embalagens de onde

24

foram retiradas e foram submetidas a dez, vinte e trinta higienizações na máquina

higienizadora de água mineral da fonte comercial A. Após cada dez higienizações, as

três amostras de plástico de diâmetro igual a 5 cm foram analisadas para a

determinação do número de ranhuras. Dos números obtidos nas triplicatas foram

feitas médias e os resultados numéricos obtidos na área do círculo de 5 cm de

diâmetro (19,65 cm2) foram extrapolados para a área correspondente da região da

embalagem (1.130 cm2).

4.2.7 Análise Estatística

Os resultados obtidos nas análises físico-químicas e microbiológicas da água

mineral, assim como na análise das alterações físicas observadas na face interna da

embalagem de vinte litros foram analisados estatisticamente utilizando-se o

programa computadorizado MSTAT-C, versão 2.11.

Os resultados foram analisados estatisticamente através de delineamento

inteiramente casualisado. Os resultados foram submetidos a análise de variância e

as médias dos tratamentos foram comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 95%

de probabilidade.

Para as análises físico-químicas e microbiológicas, o teste de Tukey ao nível

de 95% de probabilidade comparou a interação entre os fatores fonte comercial e

tempo de estocagem para que fosse possível analisar estatisticamente as médias

dentro das fontes comerciais. Apenas o T0 foi comparado entre as fontes comerciais

A e B.

25

Distribuição

Aplicação de luz ultravioleta sobre

embalagens

Recepção da embalagem

Seleção da embalagem

Escovação externa da embalagem

Colocação de tampa

Higienização interna da

embalagem

Envase

Colocação de rótulo

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 DIAGRAMA DE FLUXO

A pesquisa desenvolvida nas fontes de água mineral resultou no fluxograma

de produção (Figura 6) apresentado abaixo. Nas duas fontes comerciais toda a água

utilizada no processo produtivo é água mineral.

FIGURA 6: FLUXOGRAMA DE PRODUÇÃO DE ÁGUA MINERAL NAS FONTES COMERCIAIS A E B

Etapa do processo

Etapa opcional do processo

Fonte: Autora, 2007.

Captação de água mineral

Ozonização

26

• Captação: A água mineral é captada de fonte ou poço e destinada para o

envase e higienização das embalagens de vinte litros. A água captada é direcionada

à planta da empresa por tubulação de aço inox.

• Ozonização: Parte da água utilizada no processo de higienização interna das

embalagens passa pelo processo de ozonização.

• Recepção da embalagem: As embalagens de vinte litros são retiradas do

transporte e direcionadas à linha de seleção.

• Seleção da embalagem: Retiram-se os lacres e rótulos das embalagens, e são

encaminhadas à análise sensorial olfativa e visual. Através da análise sensorial

podem ser detectadas sujidades e presença de algumas substâncias químicas. As

embalagens aprovadas na análise sensorial seguem para higienização externa e

interna. As embalagens reprovadas são excluídas e direcionadas para descarte.

• Escovação externa da embalagem: As embalagens passam por lavação

externa com auxílio de escova.

• Higienização interna da embalagem: Esta etapa engloba quatro fases:

aplicação de solução alcalina, água mineral ozonizada, ácido peracético e água

mineral ozonizada. A fase de aplicação de solução alcalina varia de acordo com a

fonte comercial, a Fonte A utiliza jatos de água fria e a Fonte B, jatos de água

quente.

• Aplicação de luz ultravioleta sobre as embalagens: As embalagens de vinte

litros passam por uma esteira com aplicação de luz ultravioleta.

• Envase: O envase ocorre dentro de sala apropriadamente higienizada e

fechada através de máquina automática de envase.

• Colocação automática de tampa: A colocação da tampa é realizada

automaticamente logo após o envase.

27

• Colocação de rótulo: O rótulo é colocado manualmente dentro da sala de

envase.

• Distribuição: Após a colocação do rótulo, a embalagem é inspecionada

visualmente e se estiver aprovada, é encaminhada para distribuição em caminhão

coberto. Se houver alguma irregularidade, a embalagem retorna para a linha de

produção.

5.2 AVALIAR O RISCO DAS FONTES COMERCIAIS ATRAVÉS DE LISTA DE

VERIFICAÇÃO

Para a investigação das condições higiênico-sanitárias das indústrias

envasadoras de água mineral foi utilizada a Lista de Verificação de Boas Práticas

para Industrialização e Comercialização de Água Mineral Natural e Água Natural,

retirada da Resolução da Diretoria Colegiada nº 173 (BRASIL, 2006). Nos Anexos 2

e 3 as Listas de Verificação encontram-se preenchidas de acordo com informações

obtidas nas fontes comerciais A e B.

Cada uma das indústrias de água mineral foi avaliada de acordo com a lista

supra para que fosse possível identificar as características da fonte comercial. As

fontes comerciais foram classificadas em grupos conforme o Quadro 1, presente no

capítulo Material e Métodos. As fontes comerciais A e B enquadraram-se no Grupo 3

da Lista de Verificação, como grupo de alto risco por não atenderem 100% dos itens

referentes a higienização (Quadro 2).

A área externa dos estabelecimentos industrializadores de água mineral

encontrava-se em adequado estado de conservação, assim como seus acessos. As

instalações, como teto, piso, paredes, banheiros e lavatórios, presentes no

estabelecimento A estavam impróprias para um estabelecimento industrializador de

água mineral. A falta de lavatórios e condições inadequadas de higiene nos

banheiros, assim como rachaduras, buracos e descascamentos na área interna da

planta apresentavam risco contaminador para a água mineral.

28

QUADRO 2: RESULTADO DA LISTA DE VERIFICAÇÃO APLICADA ÀS FONTES COMERCIAIS A E

B.

ITEM FONTE COMERCIAL A

(%)

FONTE COMERCIAL B

(%)

HIGIENIZAÇÃO DA CANALIZAÇÃO 75,0 87,5

HIGIENIZAÇÃO DO RESERVATÓRIO 90,9 81,8

RECEPÇÃO DAS EMBALAGENS 69,2 92,3

HIGIENIZAÇÃO DAS EMBALAGENS 86,7 100

DEMAIS ITENS 84,3 90,9

No estabelecimento B, a área interna encontrava-se em adequado estado de

conservação e higiene, com exceção de alguns pontos localizados em paredes e

pisos que apresentavam pintura descascada e rachaduras, respectivamente. Porém,

estes pontos não estavam localizados próximos das máquinas higienizadoras e

envasadoras.

Com relação à higienização de equipamentos, maquinários e utensílios e

questões relacionadas aos manipuladores, as fontes A e B estavam em

conformidade quase total com os itens propostos na Lista de Verificação. Os pontos

não conformes na fonte comercial A e B são representados por baixa freqüência de

higienização dos equipamentos e pouca informação destinada aos manipuladores

sobre a correta lavagem das mãos e demais hábitos de higiene.

No âmbito da industrialização e comercialização da água mineral foi

registrada não conformidade na fonte comercial A, para ausência de registros de

troca de elementos filtrantes, de operações de higienização da canalização e de

destino final dos insumos reprovados, datado e assinado pelo funcionário

responsável.

5.3 IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS E PONTOS DE CONTROLE

Os perigos encontrados na planta da indústria em cada etapa do processo

produtivo foram estabelecidos através da planilha para análise de potenciais perigos

(FORSYTHE, 2002) presente no Anexo 4. Os perigos identificados na indústria de

água mineral incluem presença de microrganismos e de resíduos de produtos

29

químicos na embalagem retornável. Estes perigos levam a identificação de pontos de

controle e pontos críticos de controle.

Os pontos de controle (PC) são operações, etapas ou procedimentos nos

quais fatores biológicos, físicos ou químicos podem ser controlados por medidas

preventivas que garantam a qualidade do produto, e os pontos críticos de controle

(PCC) têm o mesmo conceito do PC, porém são aplicadas medidas preventivas que

evitam irregularidades que levem a produção de alimentos com alta probabilidade de

risco à saúde do consumidor (MASSAGUER, 2005). De acordo com o fluxograma

das indústrias envasadoras de água mineral, nenhuma etapa foi considerada PCC,

no entanto, foi encontrado um PC no processo produtivo.

Seguindo a árvore decisória para matéria-prima (MASSAGUER, 2005) foi

constatado que a água mineral não é PC apesar de em alguns casos, a água mineral

apresentar níveis inaceitáveis de contaminação microbiológica. Em caso de análise e

comprovação de contaminação microbiológica na fonte de água mineral deve-se

investigar a causa e levantar as hipóteses que levam a tal fato, como por exemplo,

contaminação do lençol de água subterrânea ou infiltração de água da chuva na

estrutura de captação.

A água mineral não foi considerada um PC, porque a fonte de água mineral

está autorizada para lavra pelo órgão governamental competente, o DNPM. Para

liberar a fonte para lavra, o DNPM atesta que ela está isenta de contaminação e,

portanto, não oferece risco nocivo à saúde do consumidor.

Outra matéria-prima do processo a ser analisada é a embalagem retornável

de 20 litros. Esta matéria-prima não foi considerada PC porque as etapas de seleção

e higienização da embalagem evitam potenciais perigos, como presença de

substâncias químicas e contaminação microbiológica.

Todas as etapas do processo produtivo também foram avaliadas e foi

encontrado um PC, na etapa de “Higienização interna da embalagem”, no qual o

perigo encontrado corresponde a presença de bactérias patogênicas e resíduos de

produtos químicos nas embalagens. O Quadro 3 apresenta o monitoramento

estabelecido para o PC encontrado no processo produtivo de água mineral.

30

QUADRO 3: MONITORAMENTO DO PONTO DE CONTROLE ENCONTRADO NO PROCESSO

PRODUTIVO DE ÁGUA MINERAL NAS FONTES COMERCIAIS A E B.

Etapa Higienização interna da embalagem

Perigo Bactérias patogênicas e resíduos de produtos

químicos

Diluir corretamente solução alcalina e ácido

peracético

Medida preventiva Regular tempo de ação dos agentes químicos

conforme especificação da máquina

higienizadora

Limite crítico Dependente da máquina higienizadora

O quê? Diluição de produtos químicos e tempo de

contato com embalagem

Como? Regulagem da máquina higienizadora

Freqüência? Cada remessa de embalagens

Monitoramento

Quem? Operador

Ajuste da máquina Ação corretiva

Reprocesso de higienização

Planilha de controle de higienização Registros

Planilha de diluição dos produtos químicos

Planilha de controle de higienização Verificação

Planilha de diluição dos produtos químicos

5.4 ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS

O Anexo 5 apresenta os resultados da análise de variância das variáveis

físico-químicas entre a fonte comercial (A e B) e o tempo de estocagem (T0, T1 e T2).

A variável cloro total não teve a análise de variância realizada porque todos

resultados foram igual a zero, ou seja, houve ausência de cloro total em todas as

amostras analisadas.

As médias encontradas para as variáveis pH e temperatura são relevantes

apenas em T0, visto que nos tempos T1 e T2 a temperatura da água mineral presente

nas embalagens retornáveis variou de acordo com a temperatura ambiente do local

de armazenamento. Em T0 a temperatura da água mineral das fontes comerciais A e

B não foi diferente estatisticamente e correspondeu a 20,92 e 21,08ºC

31

respectivamente, e tais valores são semelhantes àqueles descritos nos rótulos das

embalagens.

TABELA 2: RESULTADO DO TESTE DE TUKEY PARA A COMPARAÇÃO DAS MÉDIAS DAS

VARIÁVEIS TURBIDEZ E COR.

MEDIAS

FONTE COMERCIAL TEMPO TURBIDEZ (UT) COR (UH)

T0 0,13 b 1,50 a

A T1 0,12 b 1,50 a

T2 0,12 b 0,17 b

T0 0,29 a 1,00 ab

B T1 0,12 b 0,67 ab

T2 0,12 b 0,17 b

Médias seguidas pela mesma letra na vertical não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao

nível de 95% de probabilidade.

O resultado de pH da água mineral das fontes comerciais em T0 está dentro

dos parâmetros de potabilidade da água estabelecidos pela Portaria nº 518 (BRASIL,

2004), os quais variam de 6,0 a 9,5. Nos rótulos das embalagens das fontes

comerciais A e B há a indicação de pH igual a 6,10 e 6,26, respectivamente. No

entanto, tais valores não correspondem aos valores obtidos nas análises de pH

realizadas nas amostras de água mineral em T0, os quais foram 6,69 e 7,26 para as

fontes comerciais A e B.

Na Tabela 2 a comparação de médias da variável turbidez não foi diferente

estatisticamente com exceção de T0 na fonte comercial B que apresentou turbidez

maior que nos outros tempos. De acordo com legislação, a turbidez para água

mineral deve ser no máximo 3,0uT, portanto todas as médias estão dentro dos

parâmetros exigidos e mesmo ocorrendo uma variação estatística relevante, todas as

medidas de turbidez ficam enquadradas dentro do permitido pela legislação.

Na Tabela 2 as médias para a variável cor no T2 da fonte comercial A difere

estatisticamente de T0 e T1 e na fonte comercial B não diferem estatisticamente entre

os tempos T0, T1 e T2. A ocorrência de cor em teor elevado na água mineral não é

prejudicial à saúde do consumidor, apenas é desagradável esteticamente, pois a cor

da água está associada ao grau de redução de intensidade que a luz sofre ao

atravessá-la, devido à presença de sólidos dissolvidos, principalmente material em

32

estado coloidal orgânico e inorgânico. Portanto, no T2 da fonte A, provavelmente os

sólidos dissolvidos em suspensão sedimentaram e ficaram próximos do fundo da

embalagem retornável e, portanto, a média desta amostra foi estatisticamente menor.

Todas as amostras analisadas encontravam-se dentro do parâmetro exigido pela

legislação, o qual é 5uH.

5.5 ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS

Nas fontes A e B, foram realizadas as análises microbiológicas da água

mineral na fonte de captação antes do processo de envase (T0) e da água mineral

proveniente de embalagens retornáveis de vinte litros após 45 dias (T1) e 90 dias (T2)

do envase. O resultado numérico destas análises microbiológicas está apresentado

no Anexo 6 e os resultados estatísticos estão nos Anexos 7 e 8 e na Tabela 5.

Destas análises microbiológicas realizadas, algumas amostras não estavam

de acordo com o padrão de qualidade exigido pela Resolução RDC nº 275 de 22 de

setembro de 2005 e, portanto deveriam ser rejeitadas pela indústria envasadora de

água mineral. Segundo esta Resolução, a amostra de água mineral deve ser

rejeitada quando for constatada a presença de Escherichia coli ou quando o número

de coliformes totais e/ou Enterococcus e/ou Pseudomonas aeruginosa e/ou

clostrídios sulfito redutores for maior que 1,0 UFC ou 1,0 NMP, que representa o

limite estabelecido para a amostra indicativa. A Tabela 3 apresenta o número de

amostras de água mineral em desacordo com BRASIL (2005a).

33

TABELA 3: NÚMERO DE AMOSTRAS DE AGUA MINERAL DAS FONTES COMERCIAIS A E B NOS

TEMPOS DE ESTOCAGEM T0, T1 E T2 EM DESACORDO COM OS PARÂMETROS

MICROBIOLÓGICOS DA RESOLUÇÃO RDC Nº 275, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005

(BRASIL, 2005a).

AMOSTRAS REJEITADAS (PORCENTAGEM)

FONTE

COMERCIAL

TEMPO DE

ESTOCAGEM

COLIFORMES

TOTAIS

E.

COLI ENTEROCOCCUS

PSEUDOMONAS

AERUGINOSA

CLOSTRÍDIOS

SULFITO

REDUTORES A

46ºC

T0 0 (0) 0 (0) 0 (0) 1 (16,7) 1 (16,7)

T1 0 (0) 0 (0) 0 (0) 2 (33,3) 0 (0) A

T2 0 (0) 0 (0) 0 (0) 5 (83,3) 0 (0)

T0 5 (83,3) 0 (0) 0 (0) 1 (16,7) 0 (0)

T1 3 (50,0) 0 (0) 1 (16,7) 3 (50,0) 0 (0) B

T2 2 (33,3) 0 (0) 0 (0) 4 (66,7) 0 (0)

Em nenhuma das amostras de água mineral coletadas houve presença de

Escherichia coli, portanto, não foi realizada a análise estatística para esta variável.

Enterococcus foi encontrado em apenas uma amostra, na fonte comercial B no

tempo T1 e clostrídios sulfito redutores a 46ºC foram encontrados em uma amostra,

referente à fonte comercial A no tempo T0. Como foi encontrado apenas 1

UFC/100ml não foi realizada análise estatística de tais variáveis, porém, onde houve

presença de um destes microrganismos a amostra de água mineral deveria ter sido

rejeitada.Os microrganismos bactérias heterotróficas, coliformes totais e

Pseudomonas aeruginosa foram encontrados em algumas das amostras de água

mineral analisadas e serão discutidos posteriormente.

Os resultados das análises de bactérias heterotróficas não estão incluídos na

Tabela 3 porque a legislação brasileira para água mineral não prevê limite máximo

para estes microrganismos. No entanto, as indústrias de água mineral realizam as

análises periodicamente com o intuito de controlar a qualidade microbiológica de seu

produto, assim como, a periodicidade das higienizações realizadas nos poços e

reservatórios.

Os resultados do teste de Tukey para a comparação das médias de bactérias

heterotróficas estão na Tabela 4. Nesta Tabela, o teste de Tukey comparou a

interação entre os fatores fonte comercial e tempo de estocagem para que fosse

possível analisar estatisticamente as médias dentro das fontes comerciais e apenas

T0 foi comparado entre as fontes comerciais A e B.

34

TABELA 4: RESULTADO DA COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DA VARIÁVEL BACTÉRIAS

HETEROTRÓFICAS (EM FUNÇÃO LOGARÍTMICA) QUANDO SUBMETIDAS A

DIFERENTES TEMPOS DE ESTOCAGEM.

MÉDIAS DA VARIÁVEL

BACTÉRIAS HETEROTRÓFICAS (LOG) (UFC/ML) TEMPO DE ESTOCAGEM

FONTE COMERCIAL A FONTE COMERCIAL B

T0 0,75 b 0,87 b

T1 3,84 a 3,12 a

T2 3,85 a 3,57 a

Médias seguidas pela mesma letra na vertical não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 95% de probabilidade.

Na Tabela 4, os resultados demonstram que as fontes comerciais A e B não

diferem estatisticamente em T0, pois tanto na fonte comercial A como na B o número

de bactérias heterotróficas é baixo, ou seja, entre 0 e 50 UFC/ml. Também se pode

observar que nas fontes comerciais A e B, há diferença estatística entre o tempo T0,

em que a água é proveniente da fonte de captação, e os demais tempos, que

representam o período no qual a água mineral permaneceu estocada, pois há

aumento do número de bactérias heterotróficas de aproximadamente 103 vezes. Este

resultado é corroborado por diversos estudos que comprovam o aumento da flora

microbiana autóctone da água mineral após o envase para aproximadamente 102 a

105 UFC/ml, devido a mudanças ambientais (TSAI e YU, 1997; JAYASEKARA et al.,

1999; LOY et al., 2005). Decorrido o envase há aumento da microbiota presente na

água mineral contida nas embalagens retornáveis com estabilização da multiplicação

de bactérias heterotróficas em 45 e 90 dias após o envase.

O aumento do número de bactérias heterotróficas pode estar relacionado

com a embalagem retornável de vinte litros de material PP que armazena a água

mineral ou com o processo de produção da mesma. VENIERI et al. (2005) citou em

seu trabalho que as bactérias ocorrem em grandes números na água envasada em

garrafas de plástico por estas serem permeáveis ao oxigênio e gases. Além de o

plástico ser substrato para crescimento de microrganismos (EVANDRI, 2000). Em

estudo realizado por NSANZE e BARBARINDE (1999), o percentual e freqüência de

contaminação microbiológica em garrafas de vinte litros foram maiores que em

garrafas de 1,5 litros, devido a embalagem de vinte litros ser reutilizada e o processo

de higienização não ser inteiramente eficiente. Para relacionar a possível

contaminação decorrente da embalagem retornável, estudos com teste de

35

monitoramento de superfícies na linha de produção de água mineral foram realizados

nas fontes comerciais A e B e serão discutidos posteriormente.

No entanto, é importante ressaltar que a água mineral já apresenta

contaminação por bactérias heterotróficas na fonte de captação das empresas A e B.

Assim, diversos fatores podem contribuir para o aumento de bactérias heterotróficas

na água mineral durante sua estocagem, como por exemplo: a qualidade da fonte de

água mineral, o material da embalagem retornável e a higienização dos

equipamentos presentes na linha de envase. A quantificação de bactérias

heterotróficas é importante para verificar se houve desinfecção da matéria-prima

água mineral e investigar mudanças microbiológicas da fonte de água mineral até o

produto final (LECLERC e MOREAU, 2002).

Em períodos chuvosos os resultados das análises de bactérias heterotróficas

da água mineral tenderam a ser mais elevados na fonte comercial B e para minimizar

a ocorrência destas bactérias, o ozônio foi aplicado algumas vezes na água mineral

envasada durante estes períodos, mesmo não sendo permitido realizar este

procedimento na fonte comercial (BRASIL, 2000). O ozônio é uma molécula

altamente instável, com grande potencial oxidante e eficaz em destruir

microrganismos (GÜZEL-SEYDIM et al., 2004) e no Brasil é permitida a utilização de

água ozonizada apenas para higienizar as embalagens e tampas, não sendo

permitida adição de ozônio na água mineral comercializada. Os resíduos de ozônio

são prejudiciais à saúde do consumidor, sendo os sintomas decorrentes da

intoxicação por ozônio dor de cabeça, tontura, queimação nos olhos e garganta e

tosse. A toxidez crônica inclui dor de cabeça, fraqueza, perda de memória e

propensão a bronquite (GÜZEL-SEYDIM et al., 2004).

Apesar da importância de analisar bactérias heterotróficas na água mineral, a

qualidade microbiológica deste produto é determinada pela presença ou ausência de

bactérias indicadoras de contaminação, como coliformes totais, E. coli¸

Enterococcus, P. aeruginosa e clostrídios sulfito redutores a 46˚C.

O resultado do teste de Tukey para a comparação das médias da variável

coliformes totais entre as duas fontes comerciais e os respectivos tempos de

estocagem está presente no Anexo 8. Apesar de estatisticamente não serem

detectadas diferenças entre as fontes comerciais A e B e nos tempos T0, T1 e T2, os

dados biológicos revelaram que a fonte comercial A não apresentou coliformes totais

36

em nenhum dos tempos estudados e a fonte comercial B apresentou coliformes

totais nos tempos T0, T1 e T2.

De acordo com os resultados obtidos das análises da água mineral

proveniente da fonte comercial B, apresentados na Tabela 3 e no Anexo 6, de seis

amostras do tempo T0, cinco apresentaram contaminação por coliformes totais, em

T1 três amostras estavam contaminadas e em T2 apenas duas estavam

contaminadas, demonstrando que incidência destes microrganismos tende a diminuir

com o decorrer do período de estocagem. A diminuição da carga de coliformes totais

ocorre devido o decréscimo de nutrientes disponíveis na água mineral confinada na

embalagem de vinte litros. A redução destes microrganismos na água mineral após o

processo de envase também está relacionada com o aumento de Pseudomonas

aeruginosa neste ambiente, no entanto, este fato será discutido posteriormente.

Segundo dados obtidos na lista de verificação, a fonte comercial B realiza

higienizações periódicas no poço, o qual tem 200 metros de profundidade, e na

canalização que conduz água mineral do poço à planta da indústria. Portanto, além

do fato da quantidade de coliformes totais diminuir após o envase, a higienização

realizada pela indústria confirma a hipótese que a contaminação por coliformes totais

advém do lençol de águas subterrâneas ou de infiltração no poço. A investigação de

coliformes totais é importante porque estes microrganismos são indicadores das

condições de higiene do processo produtivo de água mineral, no entanto sua

presença não significa contaminação fecal (SANT’ANA et al., 2001).

Em estudo realizado por WENDPAP et al. (1999), foram detectadas 21

amostras de água mineral com resultado positivo para presença de coliformes totais

e em nenhuma destas amostras foi encontrado E. coli, chegando a conclusão que a

detecção de coliformes totais na ausência de E. coli pode indicar que a fonte está

contaminada por águas superficiais. Na fonte comercial B também foram detectados

coliformes totais em T0 e ausência de E. coli, corroborando a hipótese de

contaminação na fonte de captação por águas superficiais por infiltração no poço.

A Tabela 5 apresenta o resultado das análises das amostras de água mineral

para a variável P. aeruginosa. Segundo a legislação vigente, para a água mineral ser

aprovada para consumo, ela deve apresentar ausência de P. aeruginosa (BRASIL,

2005a). Este microrganismo é capaz de causar infecção em indivíduos

imunocomprometidos (JAYASEKARA et al., 1993), resultando em septicemia nos

casos mais graves (MASSAGUER, 2005). A presença de P. aeruginosa em água

37

mineral é investigada devido seu potencial oportunista patogênico e por provocar

sabor desagradável a água (JAYASEKARA et al., 1998).

TABELA 5: RESULTADO DAS ANÁLISES DA VARIÁVEL PSEUDOMONAS AERUGINOSA NOS

TEMPOS DE ESTOCAGEM T0, T1 E T2 DE ACORDO COM A TABELA DO NÚMERO

MAIS PROVÁVEL (NMP), ÍNDICE DE 95% DE CONFIANÇA.

CONTAGEM DE PSEUDOMONAS AERUGINOSA (NMP/100ML)

TEMPO DE

ESTOCAGEM AMOSTRA FONTE COMERCIAL A FONTE COMERCIAL B

1 <1,1 <1,1

2 <1,1 <1,1

3 <1,1 1,1

4 <1,1 <1,1

5 <1,1 <1,1

T0

6 3,6 <1,1

1 <1,1 >23

2 <1,1 16

3 <1,1 <1,1

4 <1,1 >23

5 >23 <1,1

T1

6 3,6 <1,1

1 3,6 6,9

2 >23 <1,1

3 >23 5,1

4 1,1 23

5 <1,1 23

T2

6 >23 <1,1

A Tabela 5 apresenta o resultado das análises das amostras de água mineral

para P. aeruginosa. Segundo a legislação vigente, para a água mineral ser aprovada

para consumo, ela deve apresentar ausência de P. aeruginosa (BRASIL, 2005a).

Este microrganismo é capaz de causar infecção em indivíduos imunocomprometidos

(JAYASEKARA et al., 1993), resultando em septicemia nos casos mais graves

(MASSAGUER, 2005). P. aeruginosa em água mineral é investigada devido seu

potencial oportunista patogênico e por provocar sabor desagradável a água

(JAYASEKARA et al., 1998).

A Tabela 5 mostra os resultados da presença de P. aeruginosa no momento

da captação da água na fonte e nos tempos de estocagem de 45 e 90 dias, com uma

38

tendência de aumento da sua freqüência. No tempo T0 das fontes A e B, das seis

amostras analisadas, apenas uma amostra em cada fonte apresentou contaminação

detectável por P. aeruginosa. Nos tempos T1 e T2 da fonte A foram, respectivamente,

detectadas duas e cinco amostras contaminadas e na fonte B, três e quatro

amostras. Estes dados revelam que a água mineral já estava contaminada antes de

entrar na indústria envasadora, mesmo que algumas amostras não tenham

apresentado níveis detectáveis de contaminação. No período no qual a água mineral

ficou envasada as amostras passaram a ter níveis detectáveis de contaminação

devido a seu alto potencial de adaptação a ambientes adversos. O declínio da

quantidade de coliformes totais está relacionado com o aumento de P.aeruginosa no

decorrer do período de estocagem, conforme apresentado na Tabela 3, visto que

este microrganismo utiliza os coliformes como recurso nutritivo. Em estudo anterior

realizado por FREITAS (2004), o padrão de crescimento de P. aeruginosa mostrou

que com a disponibilidade de nutrientes esta bactéria aumenta o processo de divisão

entrando em crescimento logarítmico. A capacidade de P. aeruginosa se desenvolver

em água mineral, confirma a habilidade de adaptação deste microrganismo a

ambientes que oferecem baixa concentração de nutrientes (LEGNANI et al., 1999).

ARMAS e SUTHERLAND (1999) identificaram bactérias do gênero Pseudomonas em

águas minerais comercializadas na União Européia, assim como VENIERI et al.

(2005) registraram grandes concentrações deste gênero em amostras de águas

minerais comercializadas na Grécia. Pseudomonas aeruginosa é um microrganismo

que se adapta facilmente a condições adversas, podendo colonizar canalizações,

superfícies de equipamentos e embalagens retornáveis. Os membros do gênero

Pseudomonas possuem capacidade para degradar grande número de substratos,

incluindo compostos aromáticos, derivados halogenados e resíduos orgânicos

(ANDREW et al., 2002).

Provavelmente as fontes de contaminação não têm origem em biofilme

formado nas embalagens retornáveis de vinte litros, pois segundo dados do

monitoramento microbiológico de superfícies, posteriormente discutidos neste

trabalho, não foi encontrado P. aeruginosa a níveis detectáveis nas embalagens

higienizadas e não higienizadas.

39

5.6 MONITORAMENTO MICROBIOLÓGICO DE SUPERFÍCIES

Os resultados das análises de monitoramento microbiológico de superfícies

estão apresentados nas Tabelas 6 e 7. Para Escherichia coli, Enterococcus e

clostrídios sulfito redutores a 46°C nos pontos de coleta estudados não foram

encontradas amostras positivas.

TABELA 6: RESULTADO DAS ANÁLISES DE BACTÉRIAS HETEROTRÓFICAS E COLIFORMES

TOTAIS DE ACORDO COM A ORIGEM DO PONTO DE COLETA NAS FONTES A E B.

FONTE A FONTE B

AMOSTRA

ORIGEM DO

PONTO DE

COLETA

BACTÉRIAS

HETEROT.

(UFC/CM2)

COLIFORMES

TOTAIS

(UFC/CM2)

BACTÉRIAS

HETEROT.

(UFC/CM2)

COLIFORMES

TOTAIS

(UFC/CM2)

Enhig 5,22 x 10-1 <1,0 2,12 x 10-1 <1,0

Bhig 1,27 x 10 7,32 1,42 x 10 2,39 x 10-1

Ehig 2,9 x 10-1 <1,0 7,96 x 10-2 <1,0 1

Benv 5 <1,0 7,02 x 10-1 <1,0

Enhig 5,75 x 10-1 <1,0 1,87 8,85 x 10-3

Bhig 6,53 x 10 5,73 x 10 3,02 x 10 3,18 x 10-1

Ehig 1,26 x 10 <1,0 1,06 <1,0 2

Benv 9,83 x 10 <1,0 1,40 <1,0

Enhig 6,72 x 10-1 <1,0 2,65 x 10-1 <1,0

Bhig 1,21 x 102 2,81 x 102 <1,0 <1,0

Ehig 1,86 x 10 9,03 2,65 x 10-2 <1,0 3

Benv 1,68 x 102 <1,0 1,00 x 10 3,25

Enhig 7,34 x 10-1 <1,0 4,42 x 10-1 <1,0

Bhig 1,51 <1,0 1,91 <1,0

Ehig 1,77 x 10-1 <1,0 <1,0 <1,0 4

Benv 7,72 x 102 <1,0 6,67 x 10 1,67 x 10

Enhig 7,96 x 10-1 <1,0 3,54 x 10-2 <1,0

Bhig 6,68 <1,0 7,12 x 10-1 <1,0

Ehig 1,77 x 10-2 8,85 x 10-3 1,77 x 10-2 <1,0 5

Benv 5,79 x 10 <1,0 5,88 <1,0

Enhig = Embalagem não higienizada Bhig = Bico injetor de higienização Ehig = Embalagem higienizada Benv = Bico injetor de envase

40

TABELA 7: RESULTADO DAS ANÁLISES DE PSEUDOMONAS AERUGINOSA NA ORIGEM DO

PONTO DE COLETA DAS FONTES COMERCIAIS A E B, DE ACORDO COM A TABELA DO

NÚMERO MAIS PROVÁVEL (NMP), ÍNDICE DE 95% DE CONFIANÇA.

CONTAGEM DE PSEUDOMONAS AERUGINOSA (NMP/10ML)

AMOSTRA/

REPETIÇÃO

ORIGEM DO PONTO DE

COLETA FONTE COMERCIAL A FONTE COMERCIAL B

Enhig <0,11 <0,11

Bhig <0,11 <0,11

Ehig <0,11 <0,11 1

Benv <0,11 <0,11

Enhig <0,11 <0,11

Bhig 0,36 <0,11

Ehig <0,11 <0,11 2

Benv >2,3 <0,11

Enhig <0,11 <0,11

Bhig 0,36 0,69

Ehig <0,11 <0,11 3

Benv 0,92 0,22

Enhig <0,11 <0,11

Bhig <0,11 <0,11

Ehig <0,11 <0,11 4

Benv 2,3 >2,3

Enhig <0,11 <0,11

Bhig <0,11 <0,11

Ehig <0,11 <0,11 5

Benv 0,92 <0,11

Enhig = Embalagem não higienizada Bhig = Bico injetor de higienização Ehig = Embalagem higienizada Benv = Bico injetor de envase

Os pontos de coleta (Enhig, Bhig, Ehig e Benv) acompanham a seqüência da

linha de produção da indústria envasadora de água mineral. Na fonte comercial B, o

processo de higienização da embalagem retornável de vinte litros foi mais eficiente

que na fonte A, resultando na diminuição do número de UFC/cm2 de bactérias

heterotróficas em todas as repetições do teste de monitoramento de superfícies. A

fonte B possui processo de higienização a quente, a aproximadamente 60°C, fator

que pode ter contribuído para higienização da embalagem mais eficiente e

41

conseqüente diminuição do número de bactérias heterotróficas. A fonte A possui

processo de higienização a frio.

Nas fontes comerciais A e B, o Bhig situa-se na região frontal da máquina

higienizadora, local propício para contaminação ambiental, pois está constantemente

úmido e em contato direto com o manipulador. Neste ponto ocorre o início da

higienização das embalagens de vinte litros, portanto, a embalagem ainda irá passar

por jatos de solução alcalina, água ozonizada e ácido peracético.

Conseqüentemente, mesmo que ocorra contaminação neste ponto, o processo de

higienização é capaz de eliminar ou minimizar os microrganismos presentes na

embalagem. Porém se a contaminação no Bhig se apresentar muito elevada,

dificilmente o processo de higienização será capaz de remover todos os

microrganismos presentes.

Nas fontes comerciais A e B, houve maior contaminação por bactérias

heterotróficas no bico injetor de envase (Benv), presente no final da linha de produção,

quando comparado ao bico injetor de higienização (Bhig). Analisando as repetições do

teste de monitoramento de superfícies pode-se inferir que há relação direta entre o

aumento da contaminação por bactérias heterotróficas e o final da linha de produção,

comprometendo a qualidade da água mineral envasada.

O monitoramento de superfícies da linha de produção é fundamental para

investigar a ocorrência de contaminação microbiológica na fonte comercial e através

dos dados coletados é possível inferir que os processos de higienização devem

ocorrer com mais freqüência nas fontes comerciais, ao invés de apenas no início e

final do expediente de trabalho. Segundo o serviço de saúde pública dos Estados

Unidos, utensílio limpo é aquele que atende um padrão menor que 100 colônias por

utensílio ou área amostrada (MASSAGUER, 2005). Portanto a maior freqüência de

higienização nos bicos injetores é de grande importância para assegurar segurança

alimentar da água mineral. Além da higienização na indústria, a conservação das

instalações da mesma também é importante para a qualidade microbiológica do

produto. Conforme informações obtidas na lista de verificação, as salas de

higienização e envase da fonte A apresentam pisos em inadequado estado de

conservação, contribuindo para maior contaminação dos bicos de higienização e

envase do processo produtivo.

Conforme Tabela 6 a variável coliformes totais apresentou maior contagem

de unidades formadoras de colônias em Bhig e Benv nas fontes comerciais A e B,

42

respectivamente. Houve ausência de contaminação por coliformes totais na maioria

dos pontos Enhig e Ehig das fontes comerciais A e B, indicando que a embalagem

retornável de vinte litros não é fonte de contaminação deste microrganismo. Houve

uma amostra do ponto Ehig da fonte comercial A que apresentou contagem elevada

decorrente de contaminação existente em Bhig.

Fazendo um comparativo entre o teste de monitoramento de superfícies e as

análises microbiológicas de T0 na fonte comercial A, pode-se constatar que não há

contaminação por coliformes totais na água mineral, porém há contaminação

proveniente do ambiente. Como já citado, o bico de higienização (Bhig) fica na região

frontal da máquina higienizadora, em contato direto com o ambiente externo e o

operador da máquina, sendo estes os fatores que contribuem para a contaminação

microbiológica.

Na fonte comercial B, o ponto de coleta com maior contagem para coliformes

totais foi o bico injetor de envase (Benv), decorrente da contaminação existente na

água mineral em T0, conforme apresentado no Anexo 8. Não ocorreu contaminação

nas embalagens retornáveis, com exceção de uma ocorrência em Enhig, e houve

pequena contagem de UFC/cm2 no Bhig, confirmando a hipótese de que a

contaminação por coliformes totais na água mineral não ocorreu devido falta de

higienização da indústria envasadora de água mineral, mas sim devido a

contaminação da água mineral em T0. Nesta fonte comercial a contaminação ocorreu

no final da linha de produção, comprometendo a qualidade da água mineral

envasada.

Nas fontes comerciais A e B não houve contaminação por P. aeruginosa nas

embalagens retornáveis de vinte litros, tanto em Enhig quanto em Ehig, sendo que a

contaminação predominou no Benv. EIROA et al. (1996) ao avaliarem as

características microbiológicas de amostras de água mineral de diferentes pontos da

linha de envase de empresas de São Paulo, observaram a presença de P.

aeruginosa nas máquinas de envase e no produto final, mesmo não havendo

contaminação na fonte de água mineral. Portanto, este fato pode estar vinculado a

colonização por P. aeruginosa em equipamentos da linha de produção (SANTA’ANA

et al., 2003).

As fontes comerciais A e B apresentaram contaminação em T0, ressaltando

que a água mineral já se apresentava contaminada antes de entrar no processo de

envase, fato que salienta a possibilidade de Pseudomonas aeruginosa colonizar a

43

tubulação que conduz a água mineral da captação até a linha de envase e formar

bioflime neste ambiente. Assim, tanto a água mineral como o Benv contribuem para a

contaminação por P. aeruginosa que foi encontrada nos tempos T1 e T2, visto que

após a estocagem da água mineral em embalagens de vinte litros há aumento da

freqüência de amostras positivas para P. aeruginosa.

As fontes comerciais A e B realizam a higienização dos equipamentos da

linha de envase duas vezes ao dia, no início e ao final do expediente. Contudo, os

resultados do monitoramento microbiológico de superfícies informam que as fontes

comerciais apresentam rotina insatisfatória de higienização destes equipamentos.

Seria necessário que as fontes comerciais implantassem programas de higienização

corretos e regulares, que minimizem um dos principais problemas que preocupam os

técnicos responsáveis pela qualidade dos alimentos, que seria a ocorrência de surtos

de doenças de origem alimentar.

É importante que a indústria tenha conhecimento de quais microrganismos

devem ser removidos no processo de higienização, pois uma vez que os

microrganismos desenvolvem biofilme, o processo de limpeza e desinfecção torna-se

mais difícil (WIRTANEN et al., 2001). Apesar da contaminação por bactérias

heterotróficas, coliformes totais e P. aeruginosa nas embalagens retornáveis de vinte

litros e nos equipamentos da linha de produção, não houve formação de biofilme nos

pontos amostrados, uma vez que biofilme só é caracterizado como tal quando há

presença de no mínimo 106 ou 107 células aderidas por cm2 (MACEDO, 2004).

5.7 AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA SUPERFÍCIE INTERNA

DAS EMBALAGENS RETORNÁVEIS DE VINTE LITROS

A análise das características físicas da superfície interna da embalagem de

vinte litros, cujo material é o polipropileno, visa investigar se esta superfície pode

tornar-se um ambiente propício para a formação de biofilme. O Anexo 8 apresenta o

resultado da análise de variância dos dados da variável analisada.

A análise de variância revelou que os fatores higienizações e região da

embalagem são independentes, pois a interação higienizações e região não foi

significativa. A análise também revelou que o número de vezes que a embalagem é

submetida à maquina higienizadora não altera o número de ranhuras presentes no

plástico. No entanto, houve diferença significativa da média do número de ranhuras

44

entre as regiões da embalagem. Os resultados do teste de Tukey para a comparação

destas médias são apresentados na Tabela 8.

TABELA 8: RESULTADO DAS COMPARAÇÕES DE MÉDIAS DO NÚMERO DE RANHURAS

ENCONTRADAS QUANTO A REGIÃO DA EMBALAGEM RETORNÁVEL.

Região Médias do número de ranhuras

Superior 12,03 b

Central 3,605 b

Inferior 54,88 a

Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 95%

de probabilidade.

As médias encontradas mostram que o número de ranhuras é maior na

região inferior da embalagem de vinte litros do que nas regiões superior e central.

Este fato é corroborado por JAYASEKARA et al. (1999), no qual em seu estudo

houve maior densidade de microrganismos aderidos na base da embalagem de

água, especialmente por esta região ter característica rugosa e áspera. A

embalagem retornável de vinte litros é constituída pelo material PP, o qual possui

diversas irregularidades que podem ser locais propícios para o desenvolvimento de

microrganismos e consequentemente de biofilme.

45

6 CONCLUSÕES

• De acordo com os itens referentes a higienização da canalização, do

reservatório, das embalagens e recepção das mesmas as fontes comerciais A

e B são consideradas de alto risco.

• A higienização das embalagens retornáveis de vinte litros foi identificada como

um ponto de controle.

• Os resultados das análises físico-químicos na fonte de captação de água

mineral (T0) nas fontes comerciais A e B apresentam médias dentro dos

parâmetros exigidos pela legislação.

• Na captação e durante a estocagem da água mineral a fonte comercial A não

apresentou contaminação para coliformes totais, Escherichia coli e

Enterococcus e a fonte comercial B não apresentou contaminação para

Escherichia coli e clostrídios sulfito redutores a 46°C.

• O monitoramento microbiológico de superfícies não detectou Escherichia coli,

Enterococcus e clostrídios sulfito redutores a 46°C nas fontes comerciais A e

B.

• As fontes comerciais A e B apresentaram contaminação por bactérias

heterotróficas na captação, na água mineral estocada em embalagens

retornáveis de vinte litros por 45 e 90 dias e nos pontos de coleta estudados

no monitoramento de superfícies.

• A contaminação por bactérias heterotróficas na água mineral após o processo

de envase aumentou 103 vezes.

• Na fonte A, a contaminação por coliformes totais é proveniente do ambiente e

na fonte B é decorrente do lençol de águas subterrâneas ou do poço de

captação de água mineral.

• Nas fontes comerciais A e B a origem da contaminação por Pseudomonas

aeruginosa está na água mineral, do lençol de águas subterrâneas até a linha

de envase.

46

• O aumento de P.aeruginosa no decorrer do período de estocagem da água

mineral está relacionado com a diminuição da quantidade de coliformes totais

neste mesmo período.

• Os processos de higienização devem ocorrer com maior freqüência nas fontes

comerciais A e B.

• A quantidade de higienizações aplicadas às embalagens retornáveis de vinte

litros não alterou significativamente o número de ranhuras presentes na face

interna destas embalagens, foi observado que a região inferior da embalagem

apresenta estatisticamente maior número de ranhuras que as demais regiões

estudadas.

47

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52

ANEXOS

53

ANEXO 1 – TABELA DO NÚMERO MAIS PROVÁVEL UTILIZADA PARA ANÁLISE

DE PSEUDOMONAS AERUGINOSA, ÍNDICE DE 95% DE LIMITE CONFIANÇA

PARA TODAS COMBINAÇÕES DE RESULTADOS POSITIVOS E NEGATIVOS

QUANDO SÃO UTILIZADOS 10 TUBOS CONTENDO 10 ML DE MEIO (ADAPTADO

DE AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION, 2005)

95% de limite de confiança

Número de tubos

positivos

Índice de

NMP/100ml Inferior Superior

0 < 1,1 - 3,4

1 1,1 0,051 5,9

2 2,2 0,37 8,2

3 3,6 0,91 9,7

4 5,1 1,6 13

5 6,9 2,5 15

6 9,2 3,3 19

7 12 4,8 24

8 16 5,8 34

9 23 8,1 53

10 > 23 13 -

54

ANEXO 2 – LISTA DE VERIFICAÇÃO DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO

PARA INDUSTRIALIZAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE ÁGUA MINERAL NATURAL

E ÁGUA NATURAL: FONTE A

NÚMERO: 01/2006 A - IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA: Fonte A 1-RAZÃO SOCIAL: - 2-NOME DE FANTASIA: - 3-ALVARÁ/LICENÇA SANITÁRIA: -

4-INSCRIÇÃO ESTADUAL/MUNICIPAL: -

5-Nº. DO REGISTRO DO MS: - 6-CONCESSÃO DE LAVRA OU MANIFESTO DE MINA: - 7-PORTARIA Nº.: - 8-CNPJ/CPF: - 9-FONE: - 10-FAX: - 11-E-MAIL: - 12-ENDEREÇO: - 13- Nº. - 14-COMPL.: - 15-BAIRRO: - 16-MUNICÍPIO: - 17-UF: Santa Catarina 18-CEP: - 19-RAMO DE ATIVIDADE: Industrialização de água mineral 20-PRODUÇÃO MENSAL: Variável / sazonal 21-NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS: 22-NÚMERO DE TURNOS: 01 23-CATEGORIA DE PRODUTOS: Descrição da Categoria: Vasilhame de 20 litros, matéria-prima polipropileno. Descrição da Categoria: Descrição da Categoria: Descrição da Categoria: 24-RESPONSÁVEL TÉCNICO: - 25-FORMAÇÃO ACADÊMICA: Químico 26-RESPONSÁVEL LEGAL/PROPRIETÁRIO DO ESTABELECIMENTO: - 27-MOTIVO DA INSPEÇÃO:

( ) SOLICITAÇÃO DE ALVARÁ/LICENÇA SANITÁRIA

( ) REGISTRO DE PRODUTO

( ) PROGRAMAS ESPECÍFICOS DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

( ) VERIFICAÇÃO OU APURAÇÃO DE DENÚNCIA

( ) INSPEÇÃO PROGRAMADA

( ) REINSPEÇÃO

( ) RENOVAÇÃO DE ALVARÁ/ LICENÇA SANITÁRIA

( X ) OUTROS 28-MARCAS PRODUZIDAS: 29-CARACTERÍSTICAS DA LOCALIZAÇÃO: ( X ) URBANA ( ) RURAL 30-SISTEMA DE CAPTAÇÃO: POR CAIXA: ( ) Nº. DE CAIXAS:

POR POÇO: ( x ) Nº. DE POÇOS: 1 (profundidade 8 metros) 31-VAZÃO DA FONTE / POÇO: 3.500l/h

B - AVALIAÇÃO SIM NÃO NA( *) 1 EDIFICAÇÃO E INSTALAÇÕES 1.1 ÁREA EXTERNA:

1.1.1

Área externa livre de focos de insalubridade, de objetos em desuso ou estranhos ao ambiente, de animais domésticos no pátio e vizinhança; de focos de poeira; de acúmulo de lixo nas imediações, de água estagnada, dentre outros.

X

55

1.1.2

Vias de acesso interno com superfície dura ou pavimentada, adequada ao trânsito sobre rodas, escoamento adequado e limpas.

X

1.2 ACESSO:

1.2.1 Direto, não comum a outros usos (habitação).

X

1.3 ÁREA INTERNA:

1.3.1 Área interna livre de objetos em desuso ou estranhos ao ambiente.

X

1.4 PISO:

1.4.1 Material que permite fácil e apropriada higienização (liso, resistente, drenados com declive, impermeável e outros).

X

1.4.2 Em adequado estado de conservação (livre de defeitos, rachaduras, trincas, buracos e outros).

X

1.4.3

Sistema de drenagem dimensionado adequadamente, sem acúmulo de resíduos. Drenos, ralos sifonados e grelhas dispostas em locais adequados para facilitar o escoamento e proteger contra a entrada de baratas, roedores etc.

X

1.5 TETOS:

1.5.1 Em adequado estado de conservação (livre de trincas, rachaduras, umidade, bolor, descascamentos e outros).

X

1.6 PAREDES E DIVISÓRIAS:

1.6.1 Acabamento liso, impermeável e de fácil limpeza até uma altura adequada para todas as operações. De cor clara.

X

1.6.2 Em adequado estado de conservação (livres de falhas, rachaduras, buracos, umidade, descascamento e outros).

X

1.7 PORTAS, JANELAS E OUTRAS ABERTURAS:

1.7.1 Com superfície lisa, de fácil limpeza, ajustadas aos batentes, sem falhas de revestimento.

X

1.7.2 Proteção contra insetos e roedores (telas milimetradas ou outro sistema).

X

1.7.3 Em adequado estado de conservação (livres de falhas, rachaduras, umidade, descascamento e outros).

X

1.8 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS E VESTIÁRIOS PARA OS MANIPULADORES:

1.8.1 Quando localizados isolados da área de produção, acesso realizado por passagens cobertas e calçadas.

X

1.8.2

Independentes para cada sexo (conforme legislação específica), identificados e de uso exclusivo para manipuladores de alimentos.

X

1.8.3

Instalações sanitárias com vasos sanitários; mictórios e lavatórios íntegros e em proporção adequada ao número de empregados (conforme legislação específica).

X

1.8.4

Instalações sanitárias servidas de água corrente, dotadas de torneira acionada sem contato manual e conectadas à rede de esgoto ou fossa séptica.

X

1.8.5 Ausência de comunicação direta (incluindo sistema de exaustão) com a área de trabalho e de refeições.

X

1.8.6 Portas com fechamento automático (mola, sistema eletrônico ou outro).

X

56

1.8.7 Pisos e paredes adequadas e apresentando satisfatório estado de conservação.

X

1.8.8 Iluminação e ventilação adequadas. X

1.8.9

Instalações sanitárias dotadas de produtos destinados à higiene pessoal: papel higiênico, sabonete líquido inodoro e anti-séptico, toalhas de papel não reciclado para as mãos ou outro sistema higiênico e seguro para secagem.

X

1.8.10 Presença de lixeiras com tampas e com acionamento não manual.

X

1.8.11 Coleta freqüente do lixo. X

1.8.12 Presença de avisos com os procedimentos para lavagem das mãos.

X

1.8.13 Vestiários com área compatível e armários individuais para todos os manipuladores.

X

1.8.14

Duchas ou chuveiros em número suficiente (conforme legislação específica), com água fria ou com água quente e fria.

X

1.8.15 Apresentam-se organizados e em adequado estado de conservação.

X

1.9 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS PARA VISITANTES E OUTROS:

1.9.1 Instaladas totalmente independentes da área de produção e higienizados.

X

1.10 LAVATÓRIOS NO SETOR INDUSTRIAL:

1.10.1

Existência de lavatório na ante-sala da área de envase, com torneira acionada sem contato manual, exclusivo para higiene das mãos.

X

1.10.2

Lavatório da ante-sala da área de envase dotado de sabonete líquido inodoro, produto anti-séptico e sistema de secagem das mãos acionado sem contato manual.

X

1.10.3

Existência de lavatórios nas demais áreas de processamento, com torneira acionada sem contato manual, em posições adequadas em relação ao fluxo de produção, e em número suficiente.

X

1.10.4

Dotados de sabonete líquido inodoro e anti-séptico, toalhas de papel não reciclado para as mãos ou outro sistema higiênico e seguro para secagem.

X

1.11 ILUMINAÇÃO E INSTALAÇÃO ELÉTRICA:

1.11.1

Natural ou artificial adequada à atividade desenvolvida, sem ofuscamento, reflexos fortes, sombras e contrastes excessivos.

X

1.11.2 Luminárias com proteção adequada contra quebras e em adequado estado de conservação.

X

1.11.3

Instalações elétricas embutidas ou quando exteriores revestidas por tubulações isolantes e presas a paredes e tetos.

X

1.12 VENTILAÇÃO:

1.12.1

Ventilação e circulação de ar capazes de garantir o conforto térmico e o ambiente livre de fungos, gases, fumaça, pós, partículas em suspensão e condensação de vapores sem causar danos à produção.

X

57

1.12.2 Captação e direção da corrente de ar não seguem a direção da área contaminada para área limpa.

X

1.13 HIGIENIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES:

1.13.1 Responsável pela operação de higienização comprovadamente capacitado.

X

1.13.2 Freqüência de higienização das instalações adequada.

X

1.13.3 Existência de registro da higienização. X

1.13.4 Produtos de higienização regularizados pelo Ministério da Saúde.

X

1.13.5 Disponibilidade dos produtos de higienização necessários à realização da operação.

X

1.13.6

A diluição dos produtos de higienização, tempo de contato e modo de uso/aplicação obedecem às instruções recomendadas pelo fabricante.

X

1.13.7 Produtos de higienização identificados e guardados em local adequado.

X

1.13.8

Disponibilidade e adequação dos utensílios (escovas, esponjas etc.) necessários à realização da operação. Em bom estado de conservação e armazenados em local protegido.

X

1.13.9 Higienização adequada. X

1.14 CONTROLE INTEGRADO DE VETORES E PRAGAS URBANAS:

1.14.1 Ausência de vetores e pragas urbanas ou qualquer evidência de sua presença como fezes, ninhos e outros.

X

1.14.2

Adoção de medidas preventivas e corretivas adotadas com o objetivo de impedir a atração, o abrigo, o acesso e ou proliferação de vetores e pragas urbanas.

X

1.14.3

Em caso de adoção de controle químico, existência de comprovante de execução do serviço expedido por empresa especializada.

X

1.15 ABASTECIMENTO DE ÁGUA:

1.15.1 Sistema de abastecimento ligado à rede pública.

X

1.15.2 Sistema de captação própria, protegido, revestido e distante de fonte de contaminação.

X

1.15.3

Reservatório da água de abastecimento acessível com instalação hidráulica com volume, pressão e temperatura adequados, dotado de tampas, em satisfatória condição de uso, livre de vazamentos, infiltrações e descascamentos.

X

1.15.4

Existência de responsável comprovadamente capacitado para a higienização do reservatório da água de abastecimento.

X

1.15.5 Apropriada freqüência de higienização do reservatório da água de abastecimento.

X

1.15.6

Existência de registro da higienização do reservatório da água de abastecimento ou comprovante de execução de serviço em caso de terceirização.

X

58

1.15.7

Encanamento em estado satisfatório e ausência de infiltrações e interconexões, evitando conexão cruzada entre água potável e não potável.

X

1.15.8 Existência de planilha de registro da troca periódica do elemento filtrante.

X

1.15.9

Potabilidade da água de abastecimento atestada por meio de laudos laboratoriais, com adequada periodicidade, assinados por técnico responsável pela análise ou expedidos por empresa terceirizada.

X

1.15.10

Disponibilidade de reagentes e equipamentos necessários à análise da potabilidade da água de abastecimento realizadas no estabelecimento.

X

1.15.11 Controle de potabilidade realizado por técnico comprovadamente capacitado.

X

1.16 MANEJO DOS RESÍDUOS:

1.16.1

Recipientes para coleta de resíduos no interior do estabelecimento de fácil higienização e transporte, devidamente identificados e higienizados constantemente; uso de sacos de lixo apropriados. Quando necessário, recipientes tampados com acionamento não manual.

X

1.16.2 Retirada freqüente dos resíduos da área de processamento, evitando focos de contaminação.

X

1.16.3 Existência de área adequada para estocagem dos resíduos.

X

1.17 ESGOTAMENTO SANITÁRIO:

1.17.1

Fossas, esgoto conectado à rede pública, caixas de gordura em adequado estado de conservação e funcionamento.

X

1.18 LEIAUTE:

1.18.1

Leiaute adequado ao processamento: número, capacidade e distribuição das dependências de acordo com o ramo de atividade, volume de produção e expedição.

X

1.18.2

Áreas para recepção e depósito de matéria-prima, ingredientes e embalagens distintas das áreas de produção, armazenamento e expedição de produto final.

X

OBSERVAÇÕES

B - AVALIAÇÃO SIM NÃO NA( *) 2 EQUIPAMENTOS, MAQUINÁRIOS, MÓVEIS E UTENSÍLIOS 2.1 EQUIPAMENTOS E MAQUINÁRIOS:

2.1.1 Equipamentos da linha industrial com desenho e número adequado ao ramo.

X

2.1.2 Dispostos de forma a permitir fácil acesso e higienização adequada.

X

2.1.3 Em adequado estado de conservação e funcionamento.

X

2.1.4 Existência de registros, comprovando que os equipamentos e maquinários passam por manutenção preventiva.

X

2.1.5

Existência de registros que comprovem a calibração dos instrumentos e equipamentos de medição ou comprovante da execução do serviço

X

59

quando a calibração for realizada por empresas terceirizadas.

2.2 HIGIENIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS, MAQUINÁRIOS, MÓVEIS E UTENSÍLIOS:

2.2.1 Responsável pela operação de higienização comprovadamente capacitado.

X

2.2.2 Freqüência de higienização adequada. X

2.2.3 Existência de registro da higienização. X

2.2.4 Produtos de higienização regularizados pelo Ministério da Saúde.

X

2.2.5 Disponibilidade dos produtos de higienização necessários à realização da operação.

X

2.2.6

Diluição dos produtos de higienização, tempo de contato e modo de uso/aplicação obedece às instruções recomendadas pelo fabricante.

X

2.2.7 Produtos de higienização identificados e guardados em local adequado.

X

2.2.8

Disponibilidade e adequação dos utensílios necessários à realização da operação. Utensílios em bom estado de conservação.

X

2.2.9 Adequada higienização. X

OBSERVAÇÕES

B - AVALIAÇÃO SIM NÃO NA( *) 3 MANIPULADORES 3.1 VESTUÁRIO:

3.1.1 Utilização de uniforme de trabalho adequado à atividade e exclusivo para área de processamento.

X

3.1.2 Limpos e em adequado estado de conservação.

X

3.1.3

Asseio pessoal: boa apresentação, asseio corporal, mãos limpas, unhas curtas, sem esmalte, sem adornos (anéis, pulseiras, brincos, etc.); manipuladores barbeados, com os cabelos protegidos.

X

3.2 HÁBITOS HIGIÊNICOS:

3.2.1 Lavagem cuidadosa das mãos ao início do trabalho, após qualquer interrupção e depois do uso de sanitários.

X

3.2.2

Manipuladores não espirram, não cospem, não tossem, não fumam, não manipulam dinheiro ou não praticam outros atos que possam contaminar a água mineral natural ou água natural.

X

3.2.3

Cartazes de orientação aos manipuladores sobre a correta lavagem das mãos e demais hábitos de higiene, afixados em locais apropriados.

X

3.3 ESTADO DE SAÚDE:

3.3.1

Ausência de afecções cutâneas, feridas e supurações; ausência de sintomas e infecções respiratórias, gastrointestinais e oculares.

X

3.4 PROGRAMA DE CONTROLE DE SAÚDE:

3.4.1 Supervisão periódica do estado de saúde dos manipuladores.

X

3.4.2 Existência de registro dos exames realizados.

X

60

3.5 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL:

3.5.1 Utilização de Equipamento de Proteção Individual.

X

3.6 PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO DOS MANIPULADORES E SUPERVISÃO:

3.6.1 Programa de capacitação adequado e contínuo relacionado à higiene pessoal e à manipulação dos alimentos.

X

3.6.2 Existência de registros dessas capacitações.

X

3.6.3 Existência de supervisão da higiene pessoal e manipulação dos alimentos.

X

3.6.4 Supervisor comprovadamente capacitado.

X

OBSERVAÇÕES

B - AVALIAÇÃO SIM NÃO NA( *) 4 INDUSTRIALIZAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE ÁGUA MINERAL NATURAL E DE ÁGUA NATURAL 4.1 CAPTAÇÃO

4.1.1 Área circundante à casa de proteção da captação devidamente pavimentada, limpa e livre de focos de insalubridade.

X

4.1.2 Área circundante dotada de sistema de drenagem de águas pluviais.

X

4.1.3

Casa de proteção da captação em condição higiênico-sanitária satisfatória. Livre de infiltrações, rachaduras, fendas e outras alterações.

X

4.1.4

Presença de torneira para coleta de amostras no início da canalização de distribuição da água mineral natural ou da água natural.

X

4.1.5 Edificações, instalações, canalização, equipamentos da captação submetidos à limpeza e, se for o caso, à desinfecção.

X

4.1.6 Operações de limpeza e de desinfecção realizadas por funcionários comprovadamente capacitados.

X

4.1.7 Existência de registros das operações de higienização.

X

4.1.8

Captação da água mineral natural ou da água natural e demais operações relativas à industrialização efetuadas no mesmo estabelecimento.

X

OBSERVAÇÕES Local onde a torneira de captação está presente, em condições higiênico-sanitárias deficientes, com infiltrações,

rachaduras e de material permeável.

4.2 CONDUÇÃO DA ÁGUA DA CAPTAÇÃO

4.2.1 Canalização situada em nível superior ao solo, mantida em adequado estado de conservação e sem vazamentos.

X

4.2.2 Canalização disposta de forma a permitir fácil acesso para inspeção visual.

X

4.2.3

Superfícies da canalização em contato com a água mineral natural e com a água natural lisas, íntegras, impermeáveis, resistentes à corrosão e de fácil higienização.

X

4.2.4

Água oriunda de fontes distintas misturadas apenas quando autorizadas pelo órgão competente do Ministério das Minas e Energia.

X

4.2.5 Existência de mecanismos para identificação das fontes utilizadas.

X

61

4.2.6

Canalizações de condução da água mineral natural ou da água natural independentes e sem conexão com as demais águas provenientes de sistema ou solução alternativa de abastecimento.

X

4.2.7 Canalizações da água mineral natural e da água natural identificadas e diferenciadas das demais canalizações.

X

4.2.8

Condução da água mineral natural ou da água natural captada realizada por meio de canalização fechada e contínua até o envase.

X

4.2.9

Elementos filtrantes constituídos de material que não altere as características originais e qualidade higiênico-sanitária da água mineral natural ou da água natural.

X

4.2.10 Elementos filtrantes trocados com freqüência definida pelo estabelecimento industrial.

X

4.2.11 Existência de registros da troca dos elementos filtrantes.

X

4.2.12 Higienização da canalização realizada por funcionários comprovadamente capacitados.

X

4.2.13 Existência de registros das operações de higienização da canalização.

X

4.2.14 Higienização contempla, quando aplicável, o desmonte da canalização.

X

4.2.15 Freqüência das operações de higienização estabelecida.

X

4.2.16

Existência de registros da revisão das operações de higienização e das medidas corretivas adotadas quando constatada a presença de incrustações e de outras alterações.

X

OBSERVAÇÕES

4.3 ARMAZENAMENTO DA ÁGUA DA CAPTAÇÂO

4.3.1 Armazenamento da água realizado em reservatório em nível superior ao solo e estanque.

X

4.3.2

Superfícies do reservatório lisas, íntegras, impermeáveis, resistentes à corrosão, de fácil higienização, em adequado estado de conservação, livres de vazamentos e permite inspeção interna.

X

4.3.3

Reservatório com extravasor, protegido por tela milimetrada, dotado de filtro de ar microbiológico, válvula de retenção ou fecho hídrico em forma de sifão.

X

4.3.4 Reservatório com dispositivo para esvaziamento em nível inferior.

X

4.3.5

Reservatório com torneira específica instalada no início da tubulação de distribuição da água, para coleta de amostra.

X

4.3.6 Elementos filtrantes trocados na freqüência definida pelo estabelecimento industrial.

X

4.3.7 Existência de registros da troca dos elementos filtrantes.

X

4.3.8 Reservatório submetido à inspeção visual na freqüência definida pelo

X

62

estabelecimento industrial.

4.3.9

Existência de registro da revisão das operações de higienização e das medidas corretivas adotadas quando constatada a presença de incrustações e de outras alterações.

X

4.3.10 Higienização do reservatório realizada por funcionários comprovadamente capacitados.

X

4.3.11 Existência de registro da higienização do reservatório.

X

4.4 SELEÇÃO DOS INSUMOS E DOS SEUS FORNECEDORES

4.4.1 Existência de critérios especificados e documentados para avaliação e seleção de fornecedores de insumos.

X

4.4.2 Existência de cadastro atualizado dos fornecedores.

X

4.4.3

Especificações dos insumos definidas pelo estabelecimento conforme as exigências dos regulamentos técnicos específicos.

X

OBSERVAÇÕES

4.5 RECEPÇÃO E ARMAZENAMENTO DOS INSUMOS

4.5.1 Recepção dos insumos realizada em local protegido, limpo e livre de objetos em desuso e estranhos ao ambiente.

X

4.5.2

Recepção das embalagens retornáveis para um novo ciclo de uso efetuada em área distinta da recepção dos demais insumos.

X

4.5.3 Insumos inspecionados na recepção. X

4.5.4 Produtos saneantes regularizados no órgão competente.

X

4.5.5 Existência de especificações utilizadas na recepção como critério para aprovação dos insumos.

X

4.5.6 Insumos reprovados na recepção quando não atendem as especificações.

X

4.5.7

Embalagens plásticas retornáveis para um novo ciclo de uso avaliadas individualmente quanto à aparência interna e externa, à presença de resíduos e ao odor.

X

4.5.8

Embalagens plásticas com amassamentos, rachaduras, ranhuras, remendos, deformações internas e externas do gargalo, com alterações de odor e cor, dentre outras alterações são reprovadas.

X

4.5.9 Embalagens de vidro retornáveis avaliadas individualmente quanto à integridade.

X

4.5.10

Insumos reprovados na recepção imediatamente devolvidos ao fornecedor ou distribuidor, ou identificados e armazenados em local separado até o seu destino final.

X

4.5.11 Existência de registro do destino final dos insumos reprovados, datado e assinado pelo funcionário responsável.

X

4.5.12

Armazenamento dos insumos em local limpo e organizado, sobre paletes, estrados e ou prateleiras, respeitando o espaçamento mínimo necessário para garantir ventilação adequada, limpeza e,

X

63

quando for o caso, desinfecção do local.

4.5.13 Paletes, exceto os descartáveis, estrados ou prateleiras de material liso, resistente, impermeável e lavável.

X

OBSERVAÇÕES

4.6 FABRICAÇÃO E HIGIENIZAÇÃO DAS EMBALAGENS

4.6.1 Fabricação das embalagens realizada em local específico.

X

4.6.2

Fabricação das embalagens não compromete a qualidade higiênico-sanitária da água mineral natural e da água natural.

X

4.6.3

Embalagens fabricadas no estabelecimento industrial armazenadas em local específico ou mantidas protegidas até o momento da sua utilização.

X

4.6.4

Embalagens de primeiro uso, quando não fabricadas no próprio estabelecimento industrial, submetidas ao enxágüe em maquinário automático utilizando-se solução desinfetante, exceto as embalagens descartáveis do tipo copo.

X

4.6.5

Embalagens retornadas para um novo ciclo de uso, antes da etapa da higienização automática, submetidas à pré-lavagem para a remoção do rótulo, dos resíduos da substância adesiva e das sujidades das superfícies interna e externa.

X

4.6.6 Embalagens retornadas para um novo ciclo de uso submetidas à limpeza e desinfecção em maquinário automático.

X

4.6.7

Enxágüe das embalagens retornadas para um novo ciclo de uso garante a eliminação dos resíduos dos produtos químicos, sendo comprovado por testes indicadores.

X

4.6.8

Enxágüe final das embalagens retornadas para um novo ciclo de uso e daquelas de primeiro uso feito com a água mineral natural ou com a água natural a ser envasada, exceto as embalagens descartáveis do tipo copo.

X

4.6.9 Tampas das embalagens não são veículos de contaminação da água mineral natural e da água natural.

X

4.6.10 Transporte das embalagens, da área de higienização para a sala de envase, realizado imediatamente.

X

4.6.11

Saída do equipamento de higienização das embalagens posicionada próxima à sala de envase. Quando não for possível, esteiras protegidas por cobertura.

X

4.6.12

Passagem das embalagens da área de higienização para a sala de envase feita por meio de abertura destinada exclusivamente para este fim, não sendo permitido o transporte manual das embalagens.

X

4.6.13

Passagem das embalagens da área de higienização para a sala de envase feita por abertura dimensionada somente para este fim.

X

64

4.6.14

Abertura dimensionada para passagem das embalagens da área de higienização para a sala de envase permanece fechada durante a paralisação do processo de envase.

X

4.6.15 Operações de limpeza e desinfecção realizadas por funcionários comprovadamente capacitados.

X

OBSERVAÇÕES

4.7 ENVASE E FECHAMENTO

4.7.1 Envase e o fechamento das embalagens realizados por equipamentos automáticos.

X

4.7.2 Água mineral natural e água natural envasadas devidamente vedadas pelo fechamento automático.

X

4.7.3 Sala de envase mantida em adequado estado de higiene e de conservação.

X

4.7.4 Piso, parede, teto e porta da sala de envase com revestimento liso, de cor clara, impermeável e lavável.

X

4.7.5

Porta equipada com dispositivo de fechamento automático, ajustada aos batentes e em adequado estado de conservação.

X

4.7.6

Adição de dióxido de carbono à água mineral natural e à água natural, quando houver, integrada à linha de envase.

X

4.7.7 Medidas para minimizar o risco de contaminação da sala de envase são adotadas.

X

4.7.8

Sala de envase com piso inclinado, ralo sifonado com tampa escamoteável, luminárias protegidas contra quebras e ventilação capaz de manter o ambiente livre de condensação de vapor d’água.

X

4.7.9 Acesso à sala de envase restrito e realizado exclusivamente por uma ante-sala.

X

4.7.10

Ante-sala com lavatório com torneira acionada sem contato manual, exclusivo para higiene das mãos, dotado de sabonete líquido inodoro, produto anti-séptico e sistema de secagem das mãos acionado sem contato manual.

X

4.7.11 Funcionários da sala de envase com uniformes limpos, trocados diariamente e de uso exclusivo para essa área.

X

4.7.12

Água mineral natural ou água natural envasada, transportada imediatamente da sala de envase para a área de rotulagem por meio de esteiras.

X

4.7.13

Existência de abertura destinada exclusivamente para a passagem das embalagens entre a sala de envase e a área de rotulagem.

X

4.7.14 Abertura entre a sala de envase e área de rotulagem mantida fechada durante a paralisação do processo de envase.

X

4.7.15

Sala de envase e equipamentos higienizados quantas vezes forem necessárias e imediatamente após o término do trabalho.

X

4.7.16 Higienização, quando aplicável, contempla o desmonte dos

X

65

equipamentos na freqüência definida pelo estabelecimento industrial.

OBSERVAÇÕES

4.8 ROTULAGEM E ARMAZENAMENTO

4.8.1 Água mineral natural ou a água natural envasada submetida à inspeção visual ou eletrônica.

X

4.8.2

Água mineral natural e a água natural reprovadas na inspeção, devolvidas ou recolhidas do comércio, avariadas e com prazo de validade vencido armazenadas em local separado e identificado até o seu destino final.

X

4.8.3 Operação de rotulagem das embalagens efetuada fora da área de envase.

X

4.8.4

Rótulo das embalagens da água mineral natural e da água natural obedecem aos regulamentos técnicos de rotulagem geral e específicos.

X

4.8.5

Locais para armazenamento da água mineral natural e da água natural limpos, secos, ventilados, com temperatura adequada e protegidos da incidência direta da luz solar.

X

4.8.6

Água mineral natural ou a água natural envasada armazenada sobre paletes, estrados e/ou prateleiras, respeitando o espaçamento mínimo necessário para garantir adequada ventilação, limpeza e, quando for o caso, desinfecção do local.

X

4.8.7 Paletes, estrados ou prateleiras de material liso, resistente, impermeável e lavável.

X

4.8.8

Água mineral natural ou a água natural envasada armazenada distante dos produtos saneantes, defensivos agrícolas e outros produtos potencialmente tóxicos.

X

OBSERVAÇÕES

4.9 TRANSPORTE E COMERCIALIZAÇÂO

4.9.1 Operações de carga e descarga realizadas em plataforma externa à área de processamento.

X

4.9.2 Motores dos veículos desligados durante as operações de carga e descarga.

X

4.9.3 Veículo de transporte limpo, sem odores indesejáveis e livre de vetores e pragas urbanas.

X

4.9.4 Veículo de transporte dotado de cobertura e proteção lateral limpas, impermeáveis e íntegras.

X

4.9.5

Ausência de outras cargas que comprometam a qualidade higiênico-sanitária da água mineral natural ou da água natural envasada.

X

4.9.6

Empilhamento das embalagens com água mineral natural ou com água natural, durante o transporte, realizado de forma a evitar danos às embalagens.

X

4.9.7 Água mineral natural ou a água natural envasada exposta à venda somente em estabelecimentos comerciais de

X

66

alimentos ou bebidas.

4.9.8

Água mineral natural ou a água natural envasada protegida da incidência direta da luz solar e mantida sobre paletes ou prateleiras, em local limpo, seco, arejado e reservado para esse fim.

X

4.9.9

Água mineral natural ou a água natural envasada e as embalagens retornáveis vazias estocadas e transportadas afastadas de produtos saneantes, gás liquefeito de petróleo e de outros produtos potencialmente tóxicos.

X

OBSERVAÇÕES

4.10 CONTROLE DE QUALIDADE

4.10.1

Controle de qualidade implementado e documentado da água mineral natural, da água natural, das embalagens, e quando utilizado, do dióxido de carbono.

X

4.10.2

Análises laboratoriais para controle e monitoramento da qualidade da água realizadas em laboratório próprio ou terceirizado.

X

4.10.3

Análises microbiológicas e de contaminantes da água mineral natural e da água natural atendem ao disposto em legislação específica.

X

4.10.4 Estabelecimento industrial estabelece e executa plano de amostragem.

X

4.10.5

Plano de amostragem especifica o número de amostras, o local de coleta, os parâmetros analíticos e a freqüência realizada, envolvendo as diversas etapas da industrialização.

X

4.10.6 Estabelecimento industrial define os limites de aceitação, segundo o plano de amostragem estabelecido.

X

4.10.7

Água mineral natural ou a água natural envasada com composição equivalente à da água emergente da fonte ou poço, conforme as análises laboratoriais efetuadas pelo órgão competente do Ministério das Minas e Energia.

X

4.10.8 Estabelecimento industrial adota medidas corretivas em caso de desvios dos parâmetros estabelecidos.

X

4.10.9 Medidas corretivas adotadas são documentadas.

X

OBSERVAÇÕES

4.11 MANIPULADORES E RESPONSÁVEL PELA INDUSTRIALIZAÇÃO

4.11.1

Manipuladores de alimentos supervisionados, sendo capacitados periodicamente em: higiene pessoal, manipulação higiênica dos alimentos e em doenças transmitidas por alimentos.

X

4.11.2

Responsabilidade pela industrialização da água mineral natural e da água natural exercida pelo responsável técnico, responsável legal ou proprietário do estabelecimento industrial.

X

67

4.11.3 Responsável pela industrialização devidamente capacitado em curso com carga horária mínima de 40 horas.

X

4.11.4

Conteúdo programático do curso de capacitação engloba os seguintes temas: Microbiologia de alimentos, Industrialização da água mineral natural e da água natural, Boas Práticas e Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle - APPCC.

X

4.11.5

Certificado de capacitação dos manipuladores e certificado do responsável pela industrialização, devidamente datado, com carga horária e conteúdo programático dos cursos.

X

OBSERVAÇÕES

B - AVALIAÇÃO SIM NÃO NA( *) 5 DOCUMENTAÇÃO E REGISTRO 5.1 MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO

5.1.1 Existência de Manual de Boas Práticas e Procedimentos Operacionais Padronizados.

X

5.1.2

Manual de Boas Práticas e Procedimentos Operacionais Padronizados acessíveis aos funcionários envolvidos e à autoridade sanitária.

X

5.1.3 Operações executadas de acordo com o Manual de Boas Práticas.

X

5.1.4

Procedimentos Operacionais Padronizados contêm as instruções seqüenciais, a freqüência de execução e especificam o nome, o cargo e ou a função dos responsáveis pelas atividades.

X

5.1.5

Procedimentos Operacionais Padronizados aprovados, datados e assinados pelo responsável pelo estabelecimento.

X

5.1.6

POP`s elaborados para as operações de higienização da canalização, higienização do reservatório, recepção das embalagens e higienização das embalagens atendem aos requisitos gerais e as disposições relativas ao monitoramento, avaliação e registro, estabelecidos pelo Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos.

X

5.1.7

Registros utilizados para verificação da eficácia das medidas de controle mantidos por no mínimo 1 (um) ano, a partir da data do envase da água mineral natural ou da água natural.

X

5.1.8

Existência de documentos comprobatórios sobre a regularidade do estabelecimento industrial, da água mineral natural e da água natural junto ao Ministério da Saúde e ao Ministério das Minas e Energia.

X

5.1.9

Existência de documentação que comprove que os materiais constituintes da canalização, do reservatório, dos equipamentos e das embalagens que

X

68

entram em contato com a água mineral natural ou com a água natural atendem às especificações dispostas nos regulamentos técnicos.

5.1.10 Existência de documentação que comprove a qualidade de cada carga do dióxido de carbono.

X

OBSERVAÇÕES

5.2 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS 5.2.1 Higienização das instalações, equipamentos, móveis e utensílios:

5.2.1.1 Existência de POP estabelecido para este item.

X

5.2.1.2 POP descrito está sendo cumprido. X

5.2.1.3 POP contém as informações exigidas. X

5.2.2 Controle de potabilidade da água:

5.2.2.1 Existência de POP estabelecido para este item.

X

5.2.2.2 POP descrito está sendo cumprido. X

5.2.2.3 POP contém as informações exigidas. X

5.2.3 Higiene e saúde dos manipuladores:

5.2.3.1 Existência de POP estabelecido para este item.

X

5.2.3.2 POP descrito está sendo cumprido. X

5.2.3.3 POP contém as informações exigidas. X

5.2.4 Manejo dos resíduos:

5.2.4.1 Existência de POP estabelecido para este item.

X

5.2.4.2 POP descrito está sendo cumprido. X

5.2.4.3 POP contém as informações exigidas. X

5.2.5 Manutenção preventiva e calibração de equipamentos:

5.2.5.1 Existência de POP estabelecido para este item.

X

5.2.5.2 POP descrito está sendo cumprido. X

5.2.5.3 POP contém as informações exigidas. X

5.2.6 Controle integrado de vetores e pragas urbanas:

5.2.6.1 Existência de POP estabelecido para este item.

X

5.2.6.2 POP descrito está sendo cumprido. X

5.2.6.3 POP contém as informações exigidas. X

5.2.7 Seleção das matérias-primas, ingredientes e embalagens:

5.2.7.1 Existência de POP estabelecido para este item.

X

5.2.7.2 POP descrito está sendo cumprido. X

5.2.7.3 POP contém as informações exigidas. X

69

5.2.8 Programa de recolhimento da água mineral natural e da água natural:

5.2.8.1 Existência de POP estabelecido para este item.

X

5.2.8.2 POP descrito está sendo cumprido. X

5.2.8.3 POP contém as informações exigidas. X

5.2.9 Higienização da canalização:

5.2.9.1 Existência de POP estabelecido para este item.

X

5.2.9.2 POP descrito está sendo cumprido. X

5.2.9.3 POP contém as informações exigidas. X

5.2.10 Higienização do reservatório:

5.2.10.1 Existência de POP estabelecido para este item.

X

5.2.10.2 POP descrito está sendo cumprido. X

5.2.10.3 POP contém as informações exigidas. X

5.2.11 Recepção das embalagens:

5.2.11.1 Existência de POP estabelecido para este item.

X

5.2.11.2 POP descrito está sendo cumprido. X

5.2.11.3 POP contém as informações exigidas. X

5.2.12 Higienização das embalagens:

5.2.12.1 Existência de POP estabelecido para este item.

X

5.2.12.2 POP descrito está sendo cumprido. X

5.2.12.3 POP contém as informações exigidas. X

OBSERVAÇÕES

C - CONSIDERAÇÕES FINAIS

75% de atendimento ao item referente à Higiene da canalização; 90,9% de atendimento ao item referente à Higienização do reservatório; 69,2% de atendimento ao item referente à Recepção das embalagens; 86,7% de atendimento ao item referente à Higienização das embalagens; e 84,3% de atendimento aos demais itens. D - CLASSIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO Compete aos órgãos de vigilância sanitária estaduais e distrital, em articulação com o órgão competente no âmbito federal, a construção do panorama sanitário dos estabelecimentos industriais de água mineral natural e de água natural, mediante sistematização dos dados obtidos nesse item. O panorama sanitário será utilizado como critério para definição e priorização das estratégias institucionais de intervenção. ( ) Grupo 1 - Estabelecimento de baixo risco - 100% de atendimento dos itens referentes à Higienização da canalização, Higienização do reservatório, Recepção das embalagens e Higienização das embalagens e 76 a 100% de atendimento dos demais itens. ( ) Grupo 2 - Estabelecimento de médio risco - 100% de atendimento dos itens referentes à Higienização da canalização, Higienização do reservatório, Recepção das embalagens e Higienização das embalagens e 51 a 75% de atendimento dos demais itens. ( X ) Grupo 3 - Estabelecimento de alto risco - não atendimento a um ou mais itens referentes à Higienização da canalização, Higienização do reservatório, Recepção das embalagens e Higienização das embalagens e 0 a 50% de atendimento dos demais itens. E - RESPONSÁVEIS PELA INSPEÇÃO

70

____________________________

Nome e assinatura do responsável

Matrícula:

____________________________

Nome e assinatura do responsável

Matrícula:

F - RESPONSÁVEL PELA EMPRESA _____________________________________________

Nome e assinatura do responsável pelo estabelecimento

LOCAL: DATA: _____ / _____ / _____

(*)NA: Não se aplica

71

ANEXO 3 – LISTA DE VERIFICAÇÃO DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO

PARA INDUSTRIALIZAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE ÁGUA MINERAL NATURAL

E ÁGUA NATURAL: FONTE B

NÚMERO: 01/2006 A - IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA: Fonte B 1-RAZÃO SOCIAL: - 2-NOME DE FANTASIA: - 3-ALVARÁ/LICENÇA SANITÁRIA: -

4-INSCRIÇÃO ESTADUAL/MUNICIPAL: -

5-Nº. DO REGISTRO DO MS: - 6-CONCESSÃO DE LAVRA OU MANIFESTO DE MINA: - 7-PORTARIA Nº.: - 8-CNPJ/CPF: - 9-FONE: - 10-FAX: - 11-E-MAIL: - 12-ENDEREÇO: - 13- Nº. - 14-COMPL.: - 15-BAIRRO: - 16-MUNICÍPIO: - 17-UF: Santa Catarina 18-CEP: - 19-RAMO DE ATIVIDADE: Industrialização de água mineral 20-PRODUÇÃO MENSAL: variável / sazonal 21-NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS: 30 22-NÚMERO DE TURNOS: 01 23-CATEGORIA DE PRODUTOS: Descrição da Categoria: Vasilhame de 20 litros, matéria-prima polipropileno Descrição da Categoria: Descrição da Categoria: Descrição da Categoria: 24-RESPONSÁVEL TÉCNICO: - 25-FORMAÇÃO ACADÊMICA: Químico 26-RESPONSÁVEL LEGAL/PROPRIETÁRIO DO ESTABELECIMENTO: - 27-MOTIVO DA INSPEÇÃO:

( ) SOLICITAÇÃO DE ALVARÁ/LICENÇA SANITÁRIA

( ) REGISTRO DE PRODUTO

( ) PROGRAMAS ESPECÍFICOS DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

( ) VERIFICAÇÃO OU APURAÇÃO DE DENÚNCIA

( ) INSPEÇÃO PROGRAMADA

( ) REINSPEÇÃO

( ) RENOVAÇÃO DE ALVARÁ/ LICENÇA SANITÁRIA

( X ) OUTROS 28-MARCAS PRODUZIDAS: 29-CARACTERÍSTICAS DA LOCALIZAÇÃO: ( X ) URBANA ( ) RURAL 30-SISTEMA DE CAPTAÇÃO: POR CAIXA: ( ) Nº. DE CAIXAS:

POR POÇO: (X ) Nº. DE POÇOS: 02 (profundidade 200 metros) 31-VAZÃO DA FONTE / POÇO: 12.000 litros/hora

B - AVALIAÇÃO SIM NÃO NA( *) 1 EDIFICAÇÃO E INSTALAÇÕES 1.1 ÁREA EXTERNA:

1.1.1

Área externa livre de focos de insalubridade, de objetos em desuso ou estranhos ao ambiente, de animais domésticos no pátio e vizinhança; de focos de poeira; de acúmulo de lixo nas imediações, de água estagnada, dentre outros.

X

72

1.1.2

Vias de acesso interno com superfície dura ou pavimentada, adequada ao trânsito sobre rodas, escoamento adequado e limpas.

X

1.2 ACESSO:

1.2.1 Direto, não comum a outros usos (habitação).

X

1.3 ÁREA INTERNA:

1.3.1 Área interna livre de objetos em desuso ou estranhos ao ambiente.

X

1.4 PISO:

1.4.1 Material que permite fácil e apropriada higienização (liso, resistente, drenados com declive, impermeável e outros).

X

1.4.2 Em adequado estado de conservação (livre de defeitos, rachaduras, trincas, buracos e outros).

X

1.4.3

Sistema de drenagem dimensionado adequadamente, sem acúmulo de resíduos. Drenos, ralos sifonados e grelhas dispostas em locais adequados para facilitar o escoamento e proteger contra a entrada de baratas, roedores etc.

X

1.5 TETOS:

1.5.1 Em adequado estado de conservação (livre de trincas, rachaduras, umidade, bolor, descascamentos e outros).

X

1.6 PAREDES E DIVISÓRIAS:

1.6.1 Acabamento liso, impermeável e de fácil limpeza até uma altura adequada para todas as operações. De cor clara.

X

1.6.2 Em adequado estado de conservação (livres de falhas, rachaduras, buracos, umidade, descascamento e outros).

X

1.7 PORTAS, JANELAS E OUTRAS ABERTURAS:

1.7.1 Com superfície lisa, de fácil limpeza, ajustadas aos batentes, sem falhas de revestimento.

X

1.7.2 Proteção contra insetos e roedores (telas milimetradas ou outro sistema).

X

1.7.3 Em adequado estado de conservação (livres de falhas, rachaduras, umidade, descascamento e outros).

X

1.8 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS E VESTIÁRIOS PARA OS MANIPULADORES:

1.8.1 Quando localizados isolados da área de produção, acesso realizado por passagens cobertas e calçadas.

X

1.8.2

Independentes para cada sexo (conforme legislação específica), identificados e de uso exclusivo para manipuladores de alimentos.

X

1.8.3

Instalações sanitárias com vasos sanitários; mictórios e lavatórios íntegros e em proporção adequada ao número de empregados (conforme legislação específica).

X

1.8.4

Instalações sanitárias servidas de água corrente, dotadas de torneira acionada sem contato manual e conectadas à rede de esgoto ou fossa séptica.

X

1.8.5 Ausência de comunicação direta (incluindo sistema de exaustão) com a área de trabalho e de refeições.

X

1.8.6 Portas com fechamento automático (mola, sistema eletrônico ou outro).

X

73

1.8.7 Pisos e paredes adequadas e apresentando satisfatório estado de conservação.

X

1.8.8 Iluminação e ventilação adequadas. X

1.8.9

Instalações sanitárias dotadas de produtos destinados à higiene pessoal: papel higiênico, sabonete líquido inodoro e anti-séptico, toalhas de papel não reciclado para as mãos ou outro sistema higiênico e seguro para secagem.

X

1.8.10 Presença de lixeiras com tampas e com acionamento não manual.

X

1.8.11 Coleta freqüente do lixo. X

1.8.12 Presença de avisos com os procedimentos para lavagem das mãos.

X

1.8.13 Vestiários com área compatível e armários individuais para todos os manipuladores.

X

1.8.14

Duchas ou chuveiros em número suficiente (conforme legislação específica), com água fria ou com água quente e fria.

X

1.8.15 Apresentam-se organizados e em adequado estado de conservação.

X

1.9 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS PARA VISITANTES E OUTROS:

1.9.1 Instaladas totalmente independentes da área de produção e higienizados.

X

1.10 LAVATÓRIOS NO SETOR INDUSTRIAL:

1.10.1

Existência de lavatório na ante-sala da área de envase, com torneira acionada sem contato manual, exclusivo para higiene das mãos.

X

1.10.2

Lavatório da ante-sala da área de envase dotado de sabonete líquido inodoro, produto anti-séptico e sistema de secagem das mãos acionado sem contato manual.

X

1.10.3

Existência de lavatórios nas demais áreas de processamento, com torneira acionada sem contato manual, em posições adequadas em relação ao fluxo de produção, e em número suficiente.

X

1.10.4

Dotados de sabonete líquido inodoro e anti-séptico, toalhas de papel não reciclado para as mãos ou outro sistema higiênico e seguro para secagem.

X

1.11 ILUMINAÇÃO E INSTALAÇÃO ELÉTRICA:

1.11.1

Natural ou artificial adequada à atividade desenvolvida, sem ofuscamento, reflexos fortes, sombras e contrastes excessivos.

X

1.11.2 Luminárias com proteção adequada contra quebras e em adequado estado de conservação.

X

1.11.3

Instalações elétricas embutidas ou quando exteriores revestidas por tubulações isolantes e presas a paredes e tetos.

X

1.12 VENTILAÇÃO:

1.12.1

Ventilação e circulação de ar capazes de garantir o conforto térmico e o ambiente livre de fungos, gases, fumaça, pós, partículas em suspensão e condensação de vapores sem causar danos à produção.

X

74

1.12.2 Captação e direção da corrente de ar não seguem a direção da área contaminada para área limpa.

X

1.13 HIGIENIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES:

1.13.1 Responsável pela operação de higienização comprovadamente capacitado.

X

1.13.2 Freqüência de higienização das instalações adequada.

X

1.13.3 Existência de registro da higienização. X

1.13.4 Produtos de higienização regularizados pelo Ministério da Saúde.

X

1.13.5 Disponibilidade dos produtos de higienização necessários à realização da operação.

X

1.13.6

A diluição dos produtos de higienização, tempo de contato e modo de uso/aplicação obedecem às instruções recomendadas pelo fabricante.

X

1.13.7 Produtos de higienização identificados e guardados em local adequado.

X

1.13.8

Disponibilidade e adequação dos utensílios (escovas, esponjas etc.) necessários à realização da operação. Em bom estado de conservação e armazenados em local protegido.

X

1.13.9 Higienização adequada. X

1.14 CONTROLE INTEGRADO DE VETORES E PRAGAS URBANAS:

1.14.1 Ausência de vetores e pragas urbanas ou qualquer evidência de sua presença como fezes, ninhos e outros.

X

1.14.2

Adoção de medidas preventivas e corretivas adotadas com o objetivo de impedir a atração, o abrigo, o acesso e ou proliferação de vetores e pragas urbanas.

X

1.14.3

Em caso de adoção de controle químico, existência de comprovante de execução do serviço expedido por empresa especializada.

X

1.15 ABASTECIMENTO DE ÁGUA:

1.15.1 Sistema de abastecimento ligado à rede pública.

X

1.15.2 Sistema de captação própria, protegido, revestido e distante de fonte de contaminação.

X

1.15.3

Reservatório da água de abastecimento acessível com instalação hidráulica com volume, pressão e temperatura adequados, dotado de tampas, em satisfatória condição de uso, livre de vazamentos, infiltrações e descascamentos.

X

1.15.4

Existência de responsável comprovadamente capacitado para a higienização do reservatório da água de abastecimento.

X

1.15.5 Apropriada freqüência de higienização do reservatório da água de abastecimento.

X

1.15.6

Existência de registro da higienização do reservatório da água de abastecimento ou comprovante de execução de serviço em caso de terceirização.

X

75

1.15.7

Encanamento em estado satisfatório e ausência de infiltrações e interconexões, evitando conexão cruzada entre água potável e não potável.

X

1.15.8 Existência de planilha de registro da troca periódica do elemento filtrante.

X

1.15.9

Potabilidade da água de abastecimento atestada por meio de laudos laboratoriais, com adequada periodicidade, assinados por técnico responsável pela análise ou expedidos por empresa terceirizada.

X

1.15.10

Disponibilidade de reagentes e equipamentos necessários à análise da potabilidade da água de abastecimento realizadas no estabelecimento.

X

1.15.11 Controle de potabilidade realizado por técnico comprovadamente capacitado.

X

1.16 MANEJO DOS RESÍDUOS:

1.16.1

Recipientes para coleta de resíduos no interior do estabelecimento de fácil higienização e transporte, devidamente identificados e higienizados constantemente; uso de sacos de lixo apropriados. Quando necessário, recipientes tampados com acionamento não manual.

X

1.16.2 Retirada freqüente dos resíduos da área de processamento, evitando focos de contaminação.

X

1.16.3 Existência de área adequada para estocagem dos resíduos.

X

1.17 ESGOTAMENTO SANITÁRIO:

1.17.1

Fossas, esgoto conectado à rede pública, caixas de gordura em adequado estado de conservação e funcionamento.

X

1.18 LEIAUTE:

1.18.1

Leiaute adequado ao processamento: número, capacidade e distribuição das dependências de acordo com o ramo de atividade, volume de produção e expedição.

X

1.18.2

Áreas para recepção e depósito de matéria-prima, ingredientes e embalagens distintas das áreas de produção, armazenamento e expedição de produto final.

X

OBSERVAÇÕES

B - AVALIAÇÃO SIM NÃO NA( *) 2 EQUIPAMENTOS, MAQUINÁRIOS, MÓVEIS E UTENSÍLIOS 2.1 EQUIPAMENTOS E MAQUINÁRIOS:

2.1.1 Equipamentos da linha industrial com desenho e número adequado ao ramo.

X

2.1.2 Dispostos de forma a permitir fácil acesso e higienização adequada.

X

2.1.3 Em adequado estado de conservação e funcionamento.

X

2.1.4 Existência de registros, comprovando que os equipamentos e maquinários passam por manutenção preventiva.

X

2.1.5

Existência de registros que comprovem a calibração dos instrumentos e equipamentos de medição ou comprovante da execução do serviço

X

76

quando a calibração for realizada por empresas terceirizadas.

2.2 HIGIENIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS, MAQUINÁRIOS, MÓVEIS E UTENSÍLIOS:

2.2.1 Responsável pela operação de higienização comprovadamente capacitado.

X

2.2.2 Freqüência de higienização adequada. X

2.2.3 Existência de registro da higienização. X

2.2.4 Produtos de higienização regularizados pelo Ministério da Saúde.

X

2.2.5 Disponibilidade dos produtos de higienização necessários à realização da operação.

X

2.2.6

Diluição dos produtos de higienização, tempo de contato e modo de uso/aplicação obedece às instruções recomendadas pelo fabricante.

X

2.2.7 Produtos de higienização identificados e guardados em local adequado.

X

2.2.8

Disponibilidade e adequação dos utensílios necessários à realização da operação. Utensílios em bom estado de conservação.

X

2.2.9 Adequada higienização. X

OBSERVAÇÕES

B - AVALIAÇÃO SIM NÃO NA( *) 3 MANIPULADORES 3.1 VESTUÁRIO:

3.1.1 Utilização de uniforme de trabalho adequado à atividade e exclusivo para área de processamento.

X

3.1.2 Limpos e em adequado estado de conservação.

X

3.1.3

Asseio pessoal: boa apresentação, asseio corporal, mãos limpas, unhas curtas, sem esmalte, sem adornos (anéis, pulseiras, brincos, etc.); manipuladores barbeados, com os cabelos protegidos.

X

3.2 HÁBITOS HIGIÊNICOS:

3.2.1 Lavagem cuidadosa das mãos ao início do trabalho, após qualquer interrupção e depois do uso de sanitários.

X

3.2.2

Manipuladores não espirram, não cospem, não tossem, não fumam, não manipulam dinheiro ou não praticam outros atos que possam contaminar a água mineral natural ou água natural.

X

3.2.3

Cartazes de orientação aos manipuladores sobre a correta lavagem das mãos e demais hábitos de higiene, afixados em locais apropriados.

X

3.3 ESTADO DE SAÚDE:

3.3.1

Ausência de afecções cutâneas, feridas e supurações; ausência de sintomas e infecções respiratórias, gastrointestinais e oculares.

X

3.4 PROGRAMA DE CONTROLE DE SAÚDE:

3.4.1 Supervisão periódica do estado de saúde dos manipuladores.

X

3.4.2 Existência de registro dos exames realizados.

X

77

3.5 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL:

3.5.1 Utilização de Equipamento de Proteção Individual.

X

3.6 PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO DOS MANIPULADORES E SUPERVISÃO:

3.6.1 Programa de capacitação adequado e contínuo relacionado à higiene pessoal e à manipulação dos alimentos.

X

3.6.2 Existência de registros dessas capacitações.

X

3.6.3 Existência de supervisão da higiene pessoal e manipulação dos alimentos.

X

3.6.4 Supervisor comprovadamente capacitado.

X

OBSERVAÇÕES

B - AVALIAÇÃO SIM NÃO NA( *) 4 INDUSTRIALIZAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE ÁGUA MINERAL NATURAL E DE ÁGUA NATURAL 4.1 CAPTAÇÃO

4.1.1 Área circundante à casa de proteção da captação devidamente pavimentada, limpa e livre de focos de insalubridade.

X

4.1.2 Área circundante dotada de sistema de drenagem de águas pluviais.

X

4.1.3

Casa de proteção da captação em condição higiênico-sanitária satisfatória. Livre de infiltrações, rachaduras, fendas e outras alterações.

X

4.1.4

Presença de torneira para coleta de amostras no início da canalização de distribuição da água mineral natural ou da água natural.

X

4.1.5 Edificações, instalações, canalização, equipamentos da captação submetidos à limpeza e, se for o caso, à desinfecção.

X

4.1.6 Operações de limpeza e de desinfecção realizadas por funcionários comprovadamente capacitados.

X

4.1.7 Existência de registros das operações de higienização.

X

4.1.8

Captação da água mineral natural ou da água natural e demais operações relativas à industrialização efetuadas no mesmo estabelecimento.

X

OBSERVAÇÕES

4.2 CONDUÇÃO DA ÁGUA DA CAPTAÇÃO

4.2.1 Canalização situada em nível superior ao solo, mantida em adequado estado de conservação e sem vazamentos.

X

4.2.2 Canalização disposta de forma a permitir fácil acesso para inspeção visual.

X

4.2.3

Superfícies da canalização em contato com a água mineral natural e com a água natural lisas, íntegras, impermeáveis, resistentes à corrosão e de fácil higienização.

X

4.2.4

Água oriunda de fontes distintas misturadas apenas quando autorizadas pelo órgão competente do Ministério das Minas e Energia.

X

4.2.5 Existência de mecanismos para identificação das fontes utilizadas.

X

4.2.6 Canalizações de condução da água mineral natural ou da água natural

X

78

independentes e sem conexão com as demais águas provenientes de sistema ou solução alternativa de abastecimento.

4.2.7 Canalizações da água mineral natural e da água natural identificadas e diferenciadas das demais canalizações.

X

4.2.8

Condução da água mineral natural ou da água natural captada realizada por meio de canalização fechada e contínua até o envase.

X

4.2.9

Elementos filtrantes constituídos de material que não altere as características originais e qualidade higiênico-sanitária da água mineral natural ou da água natural.

X

4.2.10 Elementos filtrantes trocados com freqüência definida pelo estabelecimento industrial.

X

4.2.11 Existência de registros da troca dos elementos filtrantes.

X

4.2.12 Higienização da canalização realizada por funcionários comprovadamente capacitados.

X

4.2.13 Existência de registros das operações de higienização da canalização.

X

4.2.14 Higienização contempla, quando aplicável, o desmonte da canalização.

X

4.2.15 Freqüência das operações de higienização estabelecida.

X

4.2.16

Existência de registros da revisão das operações de higienização e das medidas corretivas adotadas quando constatada a presença de incrustações e de outras alterações.

X

OBSERVAÇÕES

4.3 ARMAZENAMENTO DA ÁGUA DA CAPTAÇÂO

4.3.1 Armazenamento da água realizado em reservatório em nível superior ao solo e estanque.

X

4.3.2

Superfícies do reservatório lisas, íntegras, impermeáveis, resistentes à corrosão, de fácil higienização, em adequado estado de conservação, livres de vazamentos e permite inspeção interna.

X

4.3.3

Reservatório com extravasor, protegido por tela milimetrada, dotado de filtro de ar microbiológico, válvula de retenção ou fecho hídrico em forma de sifão.

X

4.3.4 Reservatório com dispositivo para esvaziamento em nível inferior.

X

4.3.5

Reservatório com torneira específica instalada no início da tubulação de distribuição da água, para coleta de amostra.

X

4.3.6 Elementos filtrantes trocados na freqüência definida pelo estabelecimento industrial.

X

4.3.7 Existência de registros da troca dos elementos filtrantes.

X

4.3.8 Reservatório submetido à inspeção visual na freqüência definida pelo estabelecimento industrial.

X

4.3.9 Existência de registro da revisão das X

79

operações de higienização e das medidas corretivas adotadas quando constatada a presença de incrustações e de outras alterações.

4.3.10 Higienização do reservatório realizada por funcionários comprovadamente capacitados.

4.3.11 Existência de registro da higienização do reservatório.

4.4 SELEÇÃO DOS INSUMOS E DOS SEUS FORNECEDORES

4.4.1 Existência de critérios especificados e documentados para avaliação e seleção de fornecedores de insumos.

X

4.4.2 Existência de cadastro atualizado dos fornecedores.

X

4.4.3

Especificações dos insumos definidas pelo estabelecimento conforme as exigências dos regulamentos técnicos específicos.

X

OBSERVAÇÕES

4.5 RECEPÇÃO E ARMAZENAMENTO DOS INSUMOS

4.5.1 Recepção dos insumos realizada em local protegido, limpo e livre de objetos em desuso e estranhos ao ambiente.

X

4.5.2

Recepção das embalagens retornáveis para um novo ciclo de uso efetuada em área distinta da recepção dos demais insumos.

X

4.5.3 Insumos inspecionados na recepção. X

4.5.4 Produtos saneantes regularizados no órgão competente.

X

4.5.5 Existência de especificações utilizadas na recepção como critério para aprovação dos insumos.

X

4.5.6 Insumos reprovados na recepção quando não atendem as especificações.

X

4.5.7

Embalagens plásticas retornáveis para um novo ciclo de uso avaliadas individualmente quanto à aparência interna e externa, à presença de resíduos e ao odor.

X

4.5.8

Embalagens plásticas com amassamentos, rachaduras, ranhuras, remendos, deformações internas e externas do gargalo, com alterações de odor e cor, dentre outras alterações são reprovadas.

X

4.5.9 Embalagens de vidro retornáveis avaliadas individualmente quanto à integridade.

X

4.5.10

Insumos reprovados na recepção imediatamente devolvidos ao fornecedor ou distribuidor, ou identificados e armazenados em local separado até o seu destino final.

X

4.5.11 Existência de registro do destino final dos insumos reprovados, datado e assinado pelo funcionário responsável.

X

4.5.12

Armazenamento dos insumos em local limpo e organizado, sobre paletes, estrados e ou prateleiras, respeitando o espaçamento mínimo necessário para garantir ventilação adequada, limpeza e, quando for o caso, desinfecção do local.

X

80

4.5.13 Paletes, exceto os descartáveis, estrados ou prateleiras de material liso, resistente, impermeável e lavável.

X

OBSERVAÇÕES

4.6 FABRICAÇÃO E HIGIENIZAÇÃO DAS EMBALAGENS

4.6.1 Fabricação das embalagens realizada em local específico.

X

4.6.2

Fabricação das embalagens não compromete a qualidade higiênico-sanitária da água mineral natural e da água natural.

X

4.6.3

Embalagens fabricadas no estabelecimento industrial armazenadas em local específico ou mantidas protegidas até o momento da sua utilização.

X

4.6.4

Embalagens de primeiro uso, quando não fabricadas no próprio estabelecimento industrial, submetidas ao enxágüe em maquinário automático utilizando-se solução desinfetante, exceto as embalagens descartáveis do tipo copo.

X

4.6.5

Embalagens retornadas para um novo ciclo de uso, antes da etapa da higienização automática, submetidas à pré-lavagem para a remoção do rótulo, dos resíduos da substância adesiva e das sujidades das superfícies interna e externa.

X

4.6.6 Embalagens retornadas para um novo ciclo de uso submetidas à limpeza e desinfecção em maquinário automático.

X

4.6.7

Enxágüe das embalagens retornadas para um novo ciclo de uso garante a eliminação dos resíduos dos produtos químicos, sendo comprovado por testes indicadores.

X

4.6.8

Enxágüe final das embalagens retornadas para um novo ciclo de uso e daquelas de primeiro uso feito com a água mineral natural ou com a água natural a ser envasada, exceto as embalagens descartáveis do tipo copo.

X

4.6.9 Tampas das embalagens não são veículos de contaminação da água mineral natural e da água natural.

X

4.6.10 Transporte das embalagens, da área de higienização para a sala de envase, realizado imediatamente.

X

4.6.11

Saída do equipamento de higienização das embalagens posicionada próxima à sala de envase. Quando não for possível, esteiras protegidas por cobertura.

X

4.6.12

Passagem das embalagens da área de higienização para a sala de envase feita por meio de abertura destinada exclusivamente para este fim, não sendo permitido o transporte manual das embalagens.

X

4.6.13

Passagem das embalagens da área de higienização para a sala de envase feita por abertura dimensionada somente para este fim.

X

4.6.14 Abertura dimensionada para passagem X

81

das embalagens da área de higienização para a sala de envase permanece fechada durante a paralisação do processo de envase.

4.6.15 Operações de limpeza e desinfecção realizadas por funcionários comprovadamente capacitados.

X

OBSERVAÇÕES

4.7 ENVASE E FECHAMENTO

4.7.1 Envase e o fechamento das embalagens realizados por equipamentos automáticos.

X

4.7.2 Água mineral natural e água natural envasadas devidamente vedadas pelo fechamento automático.

X

4.7.3 Sala de envase mantida em adequado estado de higiene e de conservação.

X

4.7.4 Piso, parede, teto e porta da sala de envase com revestimento liso, de cor clara, impermeável e lavável.

X

4.7.5

Porta equipada com dispositivo de fechamento automático, ajustada aos batentes e em adequado estado de conservação.

X

4.7.6

Adição de dióxido de carbono à água mineral natural e à água natural, quando houver, integrada à linha de envase.

X

4.7.7 Medidas para minimizar o risco de contaminação da sala de envase são adotadas.

X

4.7.8

Sala de envase com piso inclinado, ralo sifonado com tampa escamoteável, luminárias protegidas contra quebras e ventilação capaz de manter o ambiente livre de condensação de vapor d’água.

X

4.7.9 Acesso à sala de envase restrito e realizado exclusivamente por uma ante-sala.

X

4.7.10

Ante-sala com lavatório com torneira acionada sem contato manual, exclusivo para higiene das mãos, dotado de sabonete líquido inodoro, produto anti-séptico e sistema de secagem das mãos acionado sem contato manual.

X

4.7.11 Funcionários da sala de envase com uniformes limpos, trocados diariamente e de uso exclusivo para essa área.

X

4.7.12

Água mineral natural ou água natural envasada, transportada imediatamente da sala de envase para a área de rotulagem por meio de esteiras.

X

4.7.13

Existência de abertura destinada exclusivamente para a passagem das embalagens entre a sala de envase e a área de rotulagem.

X

4.7.14 Abertura entre a sala de envase e área de rotulagem mantida fechada durante a paralisação do processo de envase.

X

4.7.15

Sala de envase e equipamentos higienizados quantas vezes forem necessárias e imediatamente após o término do trabalho.

X

4.7.16 Higienização, quando aplicável, contempla o desmonte dos equipamentos na freqüência definida

X

82

pelo estabelecimento industrial. OBSERVAÇÕES

4.8 ROTULAGEM E ARMAZENAMENTO

4.8.1 Água mineral natural ou a água natural envasada submetida à inspeção visual ou eletrônica.

X

4.8.2

Água mineral natural e a água natural reprovadas na inspeção, devolvidas ou recolhidas do comércio, avariadas e com prazo de validade vencido armazenadas em local separado e identificado até o seu destino final.

X

4.8.3 Operação de rotulagem das embalagens efetuada fora da área de envase.

X

4.8.4

Rótulo das embalagens da água mineral natural e da água natural obedecem aos regulamentos técnicos de rotulagem geral e específicos.

X

4.8.5

Locais para armazenamento da água mineral natural e da água natural limpos, secos, ventilados, com temperatura adequada e protegidos da incidência direta da luz solar.

X

4.8.6

Água mineral natural ou a água natural envasada armazenada sobre paletes, estrados e/ou prateleiras, respeitando o espaçamento mínimo necessário para garantir adequada ventilação, limpeza e, quando for o caso, desinfecção do local.

X

4.8.7 Paletes, estrados ou prateleiras de material liso, resistente, impermeável e lavável.

X

4.8.8

Água mineral natural ou a água natural envasada armazenada distante dos produtos saneantes, defensivos agrícolas e outros produtos potencialmente tóxicos.

X

OBSERVAÇÕES

4.9 TRANSPORTE E COMERCIALIZAÇÂO

4.9.1 Operações de carga e descarga realizadas em plataforma externa à área de processamento.

X

4.9.2 Motores dos veículos desligados durante as operações de carga e descarga.

X

4.9.3 Veículo de transporte limpo, sem odores indesejáveis e livre de vetores e pragas urbanas.

X

4.9.4 Veículo de transporte dotado de cobertura e proteção lateral limpas, impermeáveis e íntegras.

X

4.9.5

Ausência de outras cargas que comprometam a qualidade higiênico-sanitária da água mineral natural ou da água natural envasada.

X

4.9.6

Empilhamento das embalagens com água mineral natural ou com água natural, durante o transporte, realizado de forma a evitar danos às embalagens.

X

4.9.7

Água mineral natural ou a água natural envasada exposta à venda somente em estabelecimentos comerciais de alimentos ou bebidas.

X

83

4.9.8

Água mineral natural ou a água natural envasada protegida da incidência direta da luz solar e mantida sobre paletes ou prateleiras, em local limpo, seco, arejado e reservado para esse fim.

X

4.9.9

Água mineral natural ou a água natural envasada e as embalagens retornáveis vazias estocadas e transportadas afastadas de produtos saneantes, gás liquefeito de petróleo e de outros produtos potencialmente tóxicos.

X

OBSERVAÇÕES

4.10 CONTROLE DE QUALIDADE

4.10.1

Controle de qualidade implementado e documentado da água mineral natural, da água natural, das embalagens, e quando utilizado, do dióxido de carbono.

X

4.10.2

Análises laboratoriais para controle e monitoramento da qualidade da água realizadas em laboratório próprio ou terceirizado.

X

4.10.3

Análises microbiológicas e de contaminantes da água mineral natural e da água natural atendem ao disposto em legislação específica.

X

4.10.4 Estabelecimento industrial estabelece e executa plano de amostragem.

X

4.10.5

Plano de amostragem especifica o número de amostras, o local de coleta, os parâmetros analíticos e a freqüência realizada, envolvendo as diversas etapas da industrialização.

X

4.10.6 Estabelecimento industrial define os limites de aceitação, segundo o plano de amostragem estabelecido.

X

4.10.7

Água mineral natural ou a água natural envasada com composição equivalente à da água emergente da fonte ou poço, conforme as análises laboratoriais efetuadas pelo órgão competente do Ministério das Minas e Energia.

X

4.10.8 Estabelecimento industrial adota medidas corretivas em caso de desvios dos parâmetros estabelecidos.

X

4.10.9 Medidas corretivas adotadas são documentadas.

X

OBSERVAÇÕES

4.11 MANIPULADORES E RESPONSÁVEL PELA INDUSTRIALIZAÇÃO

4.11.1

Manipuladores de alimentos supervisionados, sendo capacitados periodicamente em: higiene pessoal, manipulação higiênica dos alimentos e em doenças transmitidas por alimentos.

X

4.11.2

Responsabilidade pela industrialização da água mineral natural e da água natural exercida pelo responsável técnico, responsável legal ou proprietário do estabelecimento industrial.

X

84

4.11.3 Responsável pela industrialização devidamente capacitado em curso com carga horária mínima de 40 horas.

X

4.11.4

Conteúdo programático do curso de capacitação engloba os seguintes temas: Microbiologia de alimentos, Industrialização da água mineral natural e da água natural, Boas Práticas e Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle - APPCC.

X

4.11.5

Certificado de capacitação dos manipuladores e certificado do responsável pela industrialização, devidamente datado, com carga horária e conteúdo programático dos cursos.

X

OBSERVAÇÕES

B - AVALIAÇÃO SIM NÃO NA( *) 5 DOCUMENTAÇÃO E REGISTRO 5.1 MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO

5.1.1 Existência de Manual de Boas Práticas e Procedimentos Operacionais Padronizados.

X

5.1.2

Manual de Boas Práticas e Procedimentos Operacionais Padronizados acessíveis aos funcionários envolvidos e à autoridade sanitária.

X

5.1.3 Operações executadas de acordo com o Manual de Boas Práticas.

X

5.1.4

Procedimentos Operacionais Padronizados contêm as instruções seqüenciais, a freqüência de execução e especificam o nome, o cargo e ou a função dos responsáveis pelas atividades.

X

5.1.5

Procedimentos Operacionais Padronizados aprovados, datados e assinados pelo responsável pelo estabelecimento.

X

5.1.6

POP`s elaborados para as operações de higienização da canalização, higienização do reservatório, recepção das embalagens e higienização das embalagens atendem aos requisitos gerais e as disposições relativas ao monitoramento, avaliação e registro, estabelecidos pelo Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos.

X

5.1.7

Registros utilizados para verificação da eficácia das medidas de controle mantidos por no mínimo 1 (um) ano, a partir da data do envase da água mineral natural ou da água natural.

X

5.1.8

Existência de documentos comprobatórios sobre a regularidade do estabelecimento industrial, da água mineral natural e da água natural junto ao Ministério da Saúde e ao Ministério das Minas e Energia.

X

5.1.9

Existência de documentação que comprove que os materiais constituintes da canalização, do reservatório, dos equipamentos e das embalagens que

X

85

entram em contato com a água mineral natural ou com a água natural atendem às especificações dispostas nos regulamentos técnicos.

5.1.10 Existência de documentação que comprove a qualidade de cada carga do dióxido de carbono.

X

OBSERVAÇÕES

5.2 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS 5.2.1 Higienização das instalações, equipamentos, móveis e utensílios:

5.2.1.1 Existência de POP estabelecido para este item.

X

5.2.1.2 POP descrito está sendo cumprido. X

5.2.1.3 POP contém as informações exigidas. X

5.2.2 Controle de potabilidade da água:

5.2.2.1 Existência de POP estabelecido para este item.

X

5.2.2.2 POP descrito está sendo cumprido. X

5.2.2.3 POP contém as informações exigidas. X

5.2.3 Higiene e saúde dos manipuladores:

5.2.3.1 Existência de POP estabelecido para este item.

X

5.2.3.2 POP descrito está sendo cumprido. X

5.2.3.3 POP contém as informações exigidas. X

5.2.4 Manejo dos resíduos:

5.2.4.1 Existência de POP estabelecido para este item.

X

5.2.4.2 POP descrito está sendo cumprido. X

5.2.4.3 POP contém as informações exigidas. X

5.2.5 Manutenção preventiva e calibração de equipamentos:

5.2.5.1 Existência de POP estabelecido para este item.

X

5.2.5.2 POP descrito está sendo cumprido. X

5.2.5.3 POP contém as informações exigidas. X

5.2.6 Controle integrado de vetores e pragas urbanas:

5.2.6.1 Existência de POP estabelecido para este item.

X

5.2.6.2 POP descrito está sendo cumprido. X

5.2.6.3 POP contém as informações exigidas. X

5.2.7 Seleção das matérias-primas, ingredientes e embalagens:

5.2.7.1 Existência de POP estabelecido para este item.

X

5.2.7.2 POP descrito está sendo cumprido. X

5.2.7.3 POP contém as informações exigidas. X

86

5.2.8 Programa de recolhimento da água mineral natural e da água natural:

5.2.8.1 Existência de POP estabelecido para este item.

X

5.2.8.2 POP descrito está sendo cumprido. X

5.2.8.3 POP contém as informações exigidas. X

5.2.9 Higienização da canalização:

5.2.9.1 Existência de POP estabelecido para este item.

X

5.2.9.2 POP descrito está sendo cumprido. X

5.2.9.3 POP contém as informações exigidas. X

5.2.10 Higienização do reservatório:

5.2.10.1 Existência de POP estabelecido para este item.

X

5.2.10.2 POP descrito está sendo cumprido. X

5.2.10.3 POP contém as informações exigidas. X

5.2.11 Recepção das embalagens:

5.2.11.1 Existência de POP estabelecido para este item.

X

5.2.11.2 POP descrito está sendo cumprido. X

5.2.11.3 POP contém as informações exigidas. X

5.2.12 Higienização das embalagens:

5.2.12.1 Existência de POP estabelecido para este item.

X

5.2.12.2 POP descrito está sendo cumprido. X

5.2.12.3 POP contém as informações exigidas. X

OBSERVAÇÕES

C - CONSIDERAÇÕES FINAIS

87,5% de atendimento ao item referente à Higiene da canalização; 81,8% de atendimento ao item referente à Higienização do reservatório; 92,3% de atendimento ao item referente à Recepção das embalagens; 100% de atendimento ao item referente à Higienização das embalagens; e 90,9% de atendimento aos demais itens. D - CLASSIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO Compete aos órgãos de vigilância sanitária estaduais e distrital, em articulação com o órgão competente no âmbito federal, a construção do panorama sanitário dos estabelecimentos industriais de água mineral natural e de água natural, mediante sistematização dos dados obtidos nesse item. O panorama sanitário será utilizado como critério para definição e priorização das estratégias institucionais de intervenção. ( ) Grupo 1 - Estabelecimento de baixo risco - 100% de atendimento dos itens referentes à Higienização da canalização, Higienização do reservatório, Recepção das embalagens e Higienização das embalagens e 76 a 100% de atendimento dos demais itens. ( ) Grupo 2 - Estabelecimento de médio risco - 100% de atendimento dos itens referentes à Higienização da canalização, Higienização do reservatório, Recepção das embalagens e Higienização das embalagens e 51 a 75% de atendimento dos demais itens. (X) Grupo 3 - Estabelecimento de alto risco - não atendimento a um ou mais itens referentes à Higienização da canalização, Higienização do reservatório, Recepção das embalagens e Higienização das embalagens e 0 a 50% de atendimento dos demais itens. E - RESPONSÁVEIS PELA INSPEÇÃO

87

____________________________

Nome e assinatura do responsável

Matrícula:

____________________________

Nome e assinatura do responsável

Matrícula:

F - RESPONSÁVEL PELA EMPRESA _____________________________________________

Nome e assinatura do responsável pelo estabelecimento

LOCAL: DATA: _____ / _____ / _____

(*)NA: Não se aplica

88

ANEXO 4 – PLANILHA PARA ANÁLISE DE PERIGOS EM INDÚSTRIA DE ÁGUA MINERAL

Etapa do processo Perigo potencial É um perigo potencial

a segurança alimentar Justificativa

Quais medidas podem

ser aplicadas para

prevenir, reduzir ou

eliminar os perigos a um

nível aceitável?

É um Ponto

de Controle?

Biológico: bactérias

patogênicas. Sim

Água mineral é um ambiente

propício para o crescimento de

microrganismos.

Realizar higienização

periódica da fonte ou

reservatório.

Não

Químico: Não. - - - -

Captação de água

mineral

Físico: Não. - - - -

Biológico: Não. - - - -

Químico: Resíduos de

ozônio. Sim

Altas concentrações de ozônio na

água podem prejudicar a saúde do

consumidor.

Monitorar a concentração

de ozônio adicionado à

água mineral.

Não Ozonização

Físico: Não. - - - -

Biológico: Não. - - - -

Químico: Não. - - - - Recepção da

embalagem retornável Físico: Não. - - - -

Seleção da embalagem

retornável Biológico: Microrganismos. Sim

Possível contaminação pelo

consumidor ou na planta da

indústria enquanto aguarda o

processo de triagem.

Realizar escovação na

superfície interna da

embalagem e higienização

eficiente da mesma.

Não

89

Químico: Resíduos

químicos Sim

Resíduos químicos podem estar

aderidos na superfície interna do

vasilhame.

Análise sensorial criteriosa

e higienização da

embalagem.

Não

Físico: Não. - - - -

Biológico: Não. - - - -

Químico: Não. - - - - Escovação interna da

embalagem Físico: Não. - - - -

Biológico: Bactérias

patogênicas. Sim

Bactérias patogênicas podem

permanecer na embalagem se esta não

for higienizada eficientemente.

Diluir corretamente solução

alcalina e ácido peracético e

regular o tempo de ação

destes agentes químicos

conforme especificação do

equipamento.

Sim

Químico: Resíduos de

produtos químicos -

Resíduos de produtos químicos podem

permanecer aderidos à face interna da

embalagem se esta não for higienizada

eficientemente,

Diluir corretamente solução

alcalina e ácido peracético e

regular o tempo de ação

destes agentes químicos

conforme especificação do

equipamento.

Sim

Higienização interna da

embalagem

Físico: Não. - - - -

Biológico: Não. - - - -

Químico: Não. - - - -

Aplicação de luz

ultravioleta sobre

embalagens Físico: Não. - - - -

Biológico: Bactérias

patogênicas. Sim

Os bicos de envase podem conter

microrganismos patogênicos.

Higienizar os bicos e a sala de

envase corretamente. Não

Químico: Não. - - - - Envase

Físico: Não. - - - -

90

Biológico: Não. - - - -

Químico: Não. - - - - Colocação de tampa

Físico: Não. - - - -

Biológico: Não. - - - -

Químico: Não. - - - - Colocação de rótulo

Físico: Não. - - - -

Biológico: Não. - - - -

Químico: Gás liquefeito de

petróleo (GLP). - - - - Distribuição

Físico: Não - - - -

Biológico: Bactérias

patogênicas. Sim

Se os bicos das máquinas

higienizadora de embalagem retornável

e envasadora não forem higienizados

corretamente, podem contaminar a

água mineral.

Realizar higienização

periódica do bico das

máquinas higienizadora de

embalagem retornável e

envasadora.

Não

Químico: Não. - - - -

Higienização dos

equipamentos e máquinas

Físico: Não. - - - -

Fonte: Adaptado de MASSAGUER (2005).

91

ANEXO 5 – ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA pH, TURBIDEZ, COR E

TEMPERATURA ENTRE OS FATORES FONTE COMERCIAL (A E B) E TEMPO DE

ESTOCAGEM DA ÁGUA MINERAL (T0, T1 E T2).

QUADRADOS MÉDIOS

FONTE DE VARIAÇÃO G.L. pH TURB. (UT) COR (UH) TEMP

(°C)

FATOR A (FONTE

COMERCIAL) 1 0,01 ns 0,00 ns 1,78 ns 4,69 ns

FATOR B (TEMPO) 2 0,73 ** 0,001 ns 4,08 ** 173,44 **

INTERAÇÃO AB 2 0,69 ** 0,00 ns 0,53 ns 1,78 ns

ERRO 30 0,10 0,02 0,53 1,66

COEFICIENTE DE VARIAÇÃO (%) 4,31 23,74 87,64 5,08

92

ANEXO 6 – RESULTADO NUMÉRICO DAS ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS (BACTÉRIAS HETEROTRÓFICAS, COLIFORMES

TOTAIS, ESCHERICHIA COLI, ENTEROCOCCUS SP. E CLOSTRÍDIOS SULFITO REDUTORES A 46°C) DAS FONTES

COMERCIAIS A E B, NOS TEMPOS T0, T1 E T2.

Fonte comercial Tempo de

estocagem

Bactérias

Heterotróficas Coliformes totais Escherichia coli Enterococcus sp

Clostrídios sulfito

redutores a 46°C

A T0 1 < 1,0 < 1,0 < 1,0 < 1,0

A T0 18 < 1,0 < 1,0 < 1,0 < 1,0

A T0 1 < 1,0 < 1,0 < 1,0 1,0

A T0 46 < 1,0 < 1,0 < 1,0 < 1,0

A T0 3 < 1,0 < 1,0 < 1,0 < 1,0

A T0 13 < 1,0 < 1,0 < 1,0 < 1,0

A T1 1,80 x 10³ < 1,0 < 1,0 < 1,0 < 1,0

A T1 3,16 x 10³ < 1,0 < 1,0 < 1,0 < 1,0

A T1 5,6 x 10³ < 1,0 < 1,0 < 1,0 < 1,0

A T1 5,6 x 10³ < 1,0 < 1,0 < 1,0 < 1,0

A T1 3,24 x 104 < 1,0 < 1,0 < 1,0 < 1,0

A T1 1,80 x 104 < 1,0 < 1,0 < 1,0 < 1,0

A T2 5,6 x 10³ < 1,0 < 1,0 < 1,0 < 1,0

A T2 4,86 x 105 < 1,0 < 1,0 < 1,0 < 1,0

A T2 2,46 x 102 < 1,0 < 1,0 < 1,0 < 1,0

A T2 2,57 x 104 < 1,0 < 1,0 < 1,0 < 1,0

A T2 1,12 x 104 < 1,0 < 1,0 < 1,0 < 1,0

A T2 6,21x 104 < 1,0 < 1,0 < 1,0 < 1,0

93

B T0 1 31 < 1,0 < 1,0 < 1,0

B T0 19 5 < 1,0 < 1,0 < 1,0

B T0 19 68 < 1,0 < 1,0 < 1,0

B T0 5 10 < 1,0 < 1,0 < 1,0

B T0 8 23 < 1,0 < 1,0 < 1,0

B T0 11 < 1,0 < 1,0 < 1,0 < 1,0

B T1 5 22 < 1,0 1 < 1,0

B T1 90 2 < 1,0 < 1,0 < 1,0

B T1 5,6 x 10³ 109 < 1,0 < 1,0 < 1,0

B T1 2,04 x 10³ < 1,0 < 1,0 < 1,0 < 1,0

B T1 3,62 x 104 < 1,0 < 1,0 < 1,0 < 1,0

B T1 2,83 x 104 < 1,0 < 1,0 < 1,0 < 1,0

B T2 5,6 x 10³ 219 < 1,0 < 1,0 < 1,0

B T2 1,3 x 10² < 1,0 < 1,0 < 1,0 < 1,0

B T2 4,9 x 10³ < 1,0 < 1,0 < 1,0 < 1,0

B T2 1,12 x 10³ < 1,0 < 1,0 < 1,0 < 1,0

B T2 4,04 x 104 < 1,0 < 1,0 < 1,0 < 1,0

B T2 1,56 x 104 6 < 1,0 < 1,0 < 1,0

Tempo zero (T0): água mineral coletada na fonte, através de uma torneira localizada na casa de captação. Este tempo corresponde a água mineral

proveniente do lençol de águas subterrâneas, antes de chegar à planta da indústria envasadora, imediatamente antes dela ser envasada.

Tempo um (T1): água mineral coletada de embalagens de vinte litros quarenta e cinco dias após a data de envase. O T1 foi definido em 45 dias, que

corresponde a metade do tempo de prateleira designado para este tipo de embalagem.

Tempo dois (T2): água mineral coletada de embalagens de vinte litros noventa dias após a data de envase, período que corresponde a data final de validade

do vasilhame de vinte litros de água mineral.

94

ANEXO 7 – ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA BACTÉRIAS

HETEROTRÓFICAS (FUNÇÃO LOGARÍTMICA) E COLIFORMES TOTAIS

PARA ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE AMOSTRAS DE ÁGUA MINERAL.

QUADRADOS MÉDIOS

FONTE DE VARIAÇÃO G.L. BACTÉRIAS

HETEROTRÓFICAS

COLIFORMES

TOTAIS

FATOR A (FONTE COMERCIAL) 1 0,775 ns 6.806,250 **

FATOR B (TEMPO) 2 31,142 ** 196,333 ns

INTERAÇÃO AB 2 0,519 ns 196,333 ns

ERRO 30 0,801 943,039

COEFICIENTE DE VARIAÇÃO (%) 33,58 223,34 ns – não significativo ** – significativo ao nível de 95% de probabilidade

95

ANEXO 8 – RESULTADO DO TESTE DE TUKEY PARA A COMPARAÇÃO

DAS MÉDIAS DA VARIÁVEL COLIFORMES TOTAIS.

MÉDIAS DA VARIÁVEL

COLIFORMES TOTAIS (UFC/100ML) TEMPO DE

ESTOCAGEM FONTE COMERCIAL A FONTE COMERCIAL B

T0 0 a 22,83 a

T1 0 a 22,17 a

T2 0 a 37,50 a

Médias seguidas pela mesma letra na vertical não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 95% de probabilidade.

96

ANEXO 9 – ANÁLISE DE VARIÂNCIA DOS DADOS ANALISADOS DE

QUANTIDADE DE HIGIENIZAÇÕES (ZERO, DEZ, VINTE E TRINTA) E

REGIÃO DA EMBALAGEM (SUPERIOR, CENTRAL E INFERIOR).

Quadrados Médios

Fonte de variação G.L. Número de ranhuras

Fator A (Higienizações) 3 6,555 ns

Fator B (Região) 2 9.072,259 **

Interação AB 6 19,949 ns

Erro 24 296,844

Coeficiente de Variação (%) 73,30 ns – não significativo

** – significativo ao nível de 95% de probabilidade