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Universidade Federal do Rio de Janeiro
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO TRANSPORTE PÚBLICO POR
ÔNIBUS REFERENTE À LINHA 936: CAMPO GRANDE - CIDADE
UNIVERSITÁRIA (ILHA DO FUNDÃO)
Victor Hugo Souza de Abreu
2016
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO TRANSPORTE PÚBLICO POR
ÔNIBUS REFERENTE À LINHA 936: CAMPO GRANDE - CIDADE
UNIVERSITÁRIA (ILHA DO FUNDÃO)
Victor Hugo Souza de Abreu
Projeto de Graduação apresentado ao
Curso de Engenharia Civil da Escola
Politécnica, Universidade Federal do
Rio de Janeiro, como parte dos
requisitos necessários à obtenção do
título de Engenheiro Civil.
RIO DE JANEIRO
MARÇO DE 2016
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO TRANSPORTE PÚBLICO POR
ÔNIBUS REFERENTE À LINHA 936: CAMPO GRANDE - CIDADE
UNIVERSITÁRIA (ILHA DO FUNDÃO)
Victor Hugo Souza de Abreu
PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO
DE ENGENHARIA DE CIVIL DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS
NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO CIVIL.
Examinada por:
_____________________________________________
Prof. Drª Sandra Oda – DET/UFRJ
_____________________________________________
Prof. Dr. Giovani Manso Ávila – DET/UFRJ
_____________________________________________
Eng. Marcelo Fernandes Elizardo Cardoso– Mestrando PEU
RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL
MARÇO DE 2016
Abreu, Victor Hugo Souza de
Avaliação da Qualidade do Transporte Público por Ônibus
Referente à Linha 936: Campo Grande - Cidade Universitária (Ilha
de Fundão) / Victor Hugo Souza de Abreu – Rio de Janeiro: UFRJ /
Escola Politécnica, 2016.
XI, 132 p.: il,; 29,7 cm.
Orientador: Sandra Oda
Projeto de Graduação – UFRJ / Escola Politécnica / Curso de
Engenharia Civil, 2016.
Referências Bibliográficas: p. 97- 100.
1. Transporte Público por Ônibus 2. Padrões de Qualidade 3.
Desenvolvimento Urbano 4. Mobilidade Urbana
I. Oda, Sandra. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro,
Escola Politécnica, Curso de Engenharia Civil. III. Avaliação da
Qualidade do Transporte Público por Ônibus Referente a Linha
936: Campo Grande - Cidade Universitária (Ilha de Fundão).
Agradecimentos
Agradeço e dedico este trabalho a minha amada família: meu porto seguro, as pessoas
que sempre contribuíram para o meu desenvolvimento e que me apoiaram nas
situações difíceis.
Aos meus pais, Nelson e Rosa, por terem acreditado em meu potencial e por terem me
incentivado a ir atrás dos meus sonhos.
Às minhas duas queridas irmãs, Suzana e Rosana, por terem sido, acima de tudo,
minhas amigas e por terem ajudado a minha mãe a cuidar de mim.
Aos meus três sobrinhos, Andrey, Maria Eduarda e Angelina, pelo carinho incondicional
que me oferecem.
À Deus, por me dado à capacidade e a oportunidade de escolher e trilhar meus
caminhos de maneira justa e correta.
À minha orientadora profa. Dr. Sandra Oda, pela paciência, simplicidade e pelo
conhecimento compartilhado.
À Universidade Federal do Rio de Janeiro, por todo aprendizado obtido e pelo meu
amadurecimento pessoal e profissional.
Aos meus amigos, pelos dias de luta que passaram ao meu lado.
Aos avaliadores voluntários e aos usuários do serviço de transporte em estudo, pela
contribuição extremamente preciosa.
“Desenvolver força, coragem e paz
interior demanda tempo. Não espere
resultados rápidos e imediatos, sob o
pretexto de que decidiu mudar. Cada
ação que você executa permite que
essa decisão se torne efetiva dentro de
seu coração. ”
(Dalai Lama)
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte
dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Civil.
Avaliação da qualidade do transporte público por ônibus referente à linha 936: Campo
Grande – Cidade Universitária (Ilha do Fundão)
Victor Hugo Souza de Abreu
Março/ 2016
Orientador: Sandra Oda
Curso: Engenharia Civil
O transporte público precisa ser priorizado para redução dos graves problemas de
mobilidade urbana existentes nas cidades brasileiras, como o aumento dos
congestionamentos, do número de acidentes, da poluição atmosférica, da poluição
sonora, do consumo de combustível etc. Dessa forma, precisam ser estudados
mecanismos de melhoria da qualidade do serviço prestado, necessários ao
desenvolvimento continuo do setor. Nesse sentido, foram desenvolvidas diversas
pesquisas de campo que buscaram avaliar o serviço prestado pela linha de ônibus 936
que conecta Campo Grande a Cidade Universitária a partir dos padrões de qualidade
do transporte público, a fim de determinar as principais dificuldades encontradas pelo
passageiro, no seu dia a dia, e propor ações que busquem aumentar a qualidade do
serviço. A contribuição deste estudo está no fornecimento de informações que auxiliem
os planejadores no oferecimento de um serviço de transporte coletivo capaz de atender
às expectativas dos usuários, inclusive dos portadores de deficiência física, idosos e
gestantes.
Palavras-chave: transporte público; padrões de qualidade, desenvolvimento urbano; mobilidade
urbana.
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of
the requirements for the degree of Engineer.
Quality assessment of public transportation by bus regarding the line 936: Campo
Grande - University City (Ilha do Fundão)
Victor Hugo Souza de Abreu
March/ 2016
Advisor: Sandra Oda
Course: Civil Engineering
Public transportation has to be a priority in order to contribute to the reduction of existing
urban mobility problems in Brazilian cities, such as increased congestion, accidents, air
pollution, noise pollution, fuel consumption and others. In this way, the study of
mechanisms of improvement of the quality of the services provided by the public
transport is necessary for the continued development of the sector. In this sense, it was
developed several field researches to analyze the service provided by 936 bus line,
which connects the neighborhood of Campo Grande to the University City, considering
the public transportation essential quality standards, in order to determine the main
difficulties encountered by the passenger in their daily routine, and propose actions that
seek to increase the quality of the service offered. The contribution of this study is to
provide information to help planners of urban mobility to provide a public transport
service capable of attend the expectations of the users, including people with disabilities,
the elderly and pregnant women.
Keywords: public transport; quality standards, urban development; urban mobility.
Sumário
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1
1.1. Contextualização ........................................................................................................ 1
1.2. Problemática e Justificativa ...................................................................................... 2
1.3. Objetivo ........................................................................................................................ 3
1.4. Estrutura do Trabalho ................................................................................................ 3
2. ATORES DO TRANSPORTE PÚBLICO URBANO ..................................................... 5
2.1. Governo ....................................................................................................................... 5
2.2. Usuários ....................................................................................................................... 6
2.3. Operadores .................................................................................................................. 7
2.4. Empresas de ônibus .................................................................................................. 8
2.5. Comunidade ................................................................................................................ 8
3. PADRÕES DE QUALIDADE DO SISTEMA DE TRANSPORTE PÚBLICO
URBANO ................................................................................................................................... 10
3.1. Acessibilidade ........................................................................................................... 11
3.2. Frequência de atendimento .................................................................................... 11
3.3. Tempo de viagem ..................................................................................................... 12
3.4. Capacidade e lotação do veiculo ........................................................................... 13
3.5. Confiabilidade ........................................................................................................... 14
3.6. Segurança ................................................................................................................. 14
3.7. Características do veículo ....................................................................................... 15
3.8. Características dos locais de parada .................................................................... 16
3.9. Sistemas de informação .......................................................................................... 17
3.9.1. Moovit ................................................................................................................. 19
3.9.2. Rio Bus ............................................................................................................... 20
3.10. Conectividade ........................................................................................................... 21
3.11. Comportamento dos operadores ........................................................................... 22
3.12. Estado das Vias ....................................................................................................... 23
4. AVALIAÇÃO DOS PADRÕES DE QUALIDADE: PARÂMETROS DE
QUALIDADE ............................................................................................................................. 29
5. ESTUDO DE CASO ......................................................................................................... 37
5.1. Principais áreas abrangidas pelo serviço ............................................................. 37
5.1.1. Campo Grande.................................................................................................. 37
5.1.2. Avenida Brasil ................................................................................................... 40
5.1.3. Ilha do Fundão – Cidade Universitária .......................................................... 44
5.2. Pesquisas de Campo ............................................................................................... 45
5.2.1. Acessibilidade ................................................................................................... 45
5.2.2. Frequência de Atendimento e confiabilidade ............................................... 50
5.2.3. Tempo de viagem ............................................................................................. 54
5.2.4. Capacidade e lotação do veículo ................................................................... 56
5.2.5. Segurança.......................................................................................................... 58
5.2.6. Características dos Veículos .......................................................................... 62
5.2.7. Características dos Locais de Parada........................................................... 65
5.2.8. Sistemas de informação aos usuários .......................................................... 70
5.2.9. Conectividade.................................................................................................... 77
5.2.10. Comportamento dos Operadores ................................................................... 82
5.2.11. Estado das Vias ................................................................................................ 85
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 91
6.1. Limitações Relativas às Pesquisas ....................................................................... 95
6.2. Avaliação do Processo e Recomendações .......................................................... 96
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 97
ANEXO I ..................................................................................................................................... 101
ANEXO II .................................................................................................................................... 102
ANEXO III ................................................................................................................................... 107
ANEXO IV .................................................................................................................................. 115
ANEXO V .................................................................................................................................... 117
ANEXO VI .................................................................................................................................. 132
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Padrões de qualidade do transporte público urbano. ................................... 10
Figura 2: Mapa presente no aplicativo Moovit. ............................................................ 19
Figura 3: Mapa do Google Maps presente no aplicativo Rio Bus. ............................... 21
Figura 4: Parâmetros da acessibilidade no ponto de vista do usuário. ........................ 29
Figura 5: Parâmetro da frequência de atendimento no ponto de vista do usuário. ...... 30
Figura 6: Parâmetro do tempo de viagem no ponto de vista do usuário. ..................... 30
Figura 7: Parâmetro da lotação no ponto de vista do usuário. .................................... 30
Figura 8: Parâmetro da confiabilidade no ponto de vista do usuário. .......................... 31
Figura 9: Parâmetro da segurança no ponto de vista do usuário. ............................... 31
Figura 10: Parâmetros das características do veículo no ponto de vista do usuário.... 32
Figura 11: Parâmetros das características dos locais de parada no ponto de vista do
usuário. ....................................................................................................................... 33
Figura 12: Parâmetros do sistema de informações no ponto de vista do usuário. ....... 34
Figura 13: Parâmetros da conectividade no ponto de vista do usuário........................ 35
Figura 14: Parâmetros do comportamento dos operadores no ponto de vista do
usuário. ....................................................................................................................... 36
Figura 15: Parâmetro do estado das vias no ponto de vista do usuário. ..................... 36
Figura 16: Vista frontal do Park Shopping Campo Grande, importante polo gerador de
tráfego na atualidade. ................................................................................................. 38
Figura 17: Localização do bairro de Campo Grande. .................................................. 39
Figura 18: Obras do BRT TransBrasil. ........................................................................ 43
Figura 19: Localização da Ilha do Fundão (Cidade Universitária). .............................. 44
Figura 20: Ponto de ônibus da linha localizado na Estação de Integração de Campo
Grande........................................................................................................................ 47
Figura 21: Passeio presente na Estação de Integração de Campo Grande com espaço
limitado e revestimento com mau estado de conservação. ......................................... 48
Figura 22: Amplo espaço físico disponível na Estação de Integração da Cidade
Universitária. ............................................................................................................... 49
Figura 23: Infraestrutura adequada aos portadores de deficiência física e sinalização
para realização da travessia da rua. ........................................................................... 50
Figura 24: Veículo D58561 com assento solto. ........................................................... 63
Figura 25: Veículo D58561 com dispositivo de alerta de paradas apresentando mau
funcionamento do lado direito e ausente do lado direito. ............................................ 64
Figura 26: Ponto de ônibus da Estrada da Posse (próximo ao número 906). .............. 67
Figura 27: Ponto de ônibus da Cidade Universitária localizado em frente ao Prédio da
Faculdade de Letras. .................................................................................................. 70
Figura 28: Reclamação, na integra, realizada por um usuário no site do Reclame Aqui.
................................................................................................................................... 73
Figura 29: Resposta, na integra, da empresa de ônibus. ............................................ 73
Figura 30: Réplica, na integra, do usuário. .................................................................. 74
Figura 31: Resposta, na integra, a reclamação por e-mail. ......................................... 75
Figura 32: Estação de Integração de Campo Grande. ................................................ 77
Figura 33: Estação de Trem de Campo Grande que compõe o Ramal de Santa Cruz.
................................................................................................................................... 78
Figura 34: Trecho da ciclovia de Campo Grande com revestimento e pintura em mau
estado de conservação. .............................................................................................. 79
Figura 35: Estação de Integração da Cidade Universitária. ........................................ 80
Figura 36: BRT Transcarioca: Terminal Aroldo Melodia. ............................................. 82
Figura 37: Avaliação referente ao parâmetro de qualidade “Cautela”. ........................ 84
Figura 38: Avaliação referente ao parâmetro de qualidade “Cordialidade”. ................. 84
Figura 39: Um dos diversos trechos localizados na Av. Brasil II com graves problemas
na pavimentação. ....................................................................................................... 89
Figura 40: Trecho da Av. Bento Ribeiro Dantas com pavimentação em ótimo estado de
conservação. .............................................................................................................. 89
Figura 41: Trecho da Avenida Horácio Macedo (Cidade Universitária) com graves
problemas na pavimentação. ...................................................................................... 90
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Fatores que influenciam no tempo de viagem. .................................................. 12
Tabela 2: Identificação de defeitos nos pavimentos e dos seus respectivos níveis
severidade. ................................................................................................................................ 24
Tabela 3: Regiões Limítrofes a Campo Grande. ................................................................. 38
Tabela 4: Contagem volumétrica de veículos – março de 2013. ...................................... 40
Tabela 5: Bairros atendidos pelo traçado da Avenida Brasil. ............................................ 42
Tabela 6: Resultado da avaliação da Estação de Integração de Campo Grande. ........ 47
Tabela 7: Resultado da avaliação da Estação de Integração da Cidade Universitária. 49
Tabela 8: Frequência de Atendimento disponibilizada pelo aplicativo Moovit. .............. 51
Tabela 9: Frequência de atendimento obtida pela pesquisa realizada no dia
12/01/2016. ................................................................................................................................ 52
Tabela 10: Frequência de atendimento obtida pela pesquisa realizada no dia
14/01/2016. ................................................................................................................................ 53
Tabela 11: Quantitativo de usuários na fila de embarque à espera dos coletivos nos
períodos de maior intervalo entre atendimentos. ................................................................ 54
Tabela 12: Tempo de viagem por ônibus. ............................................................................ 55
Tabela 13: Tempo de viagem por automóvel. ..................................................................... 55
Tabela 14: Quantidade de embarques e desembarques por região durante o percurso
realizado de Campo Grande a Cidade Universitária. ......................................................... 58
Tabela 15: Acompanhamento dos assaltos a coletivos na Cidade Universitária. .......... 58
Tabela 16: Análise das Características dos Locais de Parada da Região de Campo
Grande. ...................................................................................................................................... 66
Tabela 17: Análise das Características dos Locais de Parada da Região da Avenida
Brasil. .......................................................................................................................................... 68
Tabela 18: Análise das Características dos Locais de Parada da Avenida Bento
Ribeiro Dantas. ......................................................................................................................... 68
Tabela 19: Análise das Características dos Locais de Parada da Região da Cidade
Universitária. ............................................................................................................................. 69
Tabela 20: Algumas reclamações realizadas no site do ReclameAqui a respeito do
serviço prestado pela linha em estudo. ................................................................................ 71
Tabela 21: Serviço de Atendimento ao Cliente disponibilizado pela Fetranspor. .......... 74
Tabela 22: Valor de Serventia Atual. ..................................................................................... 88
Tabela 23: Resumo dos resultados obtidos pelas pesquisas de campo......................... 91
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AIRJ – Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro
Av. – Avenida
BRS – Bus Rapid Service
BRT – Bus Rapid Transit
CBPF – Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas
CCS – Centro de Ciências da Saúde
CEGN – Centro de Excelência em Gás Natural
CENPES – Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de
Mello
CEPEL – Centro de Pesquisas de Energia Elétrica
CETEM – Centro de Tecnologia Mineral
CTB – Código de Trânsito Brasileiro
DNER – Departamento Nacional de Estradas de Rodagem
DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
DP – Delegacia de Polícia
EEFD – Escola de Educação Física e Desportos
Fetranspor – Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do
Rio de Janeiro
GE – Centro Tecnológico Global da General Electric
HUCFF – Hospital Universitário Clementino Fraga Filho
IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
Lamce – Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia
NTU – Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos
PM – Polícia Militar
SIU – Sistemas de Informação Aos Usuários
UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro
SIGA – Sistema Integrado de Gestão Acadêmica
SMT – Secretaria Municipal de Transportes
SMTR – Secretaria Municipal de Transportes do Rio de Janeiro
VSA – Valor de Serventia Atual
1
1. INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização
O transporte público representa o meio de integração necessário ao desenvolvimento
das atividades econômicas e sociais no contexto urbano. Tem como principal objetivo
fazer a ligação entre as várias regiões, proporcionando, principalmente para população
com menos recursos, alternativas de deslocamento dentro dos padrões mínimos
aceitáveis de qualidade e custo e reduzindo de maneira significativa os
congestionamentos, a poluição ambiental (sonora, atmosférica e visual), o número de
acidentes e o consumo de combustível.
Boareto (2003) considera que, nos grandes centros urbanos das principais metrópoles
brasileiras, há uma crise de mobilidade, ilustrada diariamente pelos longos
congestionamentos gerados pela grande quantidade de automóveis. Vasconcelos
(2001) acrescenta que os veículos privados vêm causando prejuízo crescente ao
desempenho dos coletivos, onerando assim diretamente os custos da operação, a
confiabilidade, a atratividade e as tarifas do transporte público.
Para NTU (2013), o transporte público urbano é o modo mais importante no
deslocamento dos indivíduos, sendo assim precisa ter preferência em relação aos
modos individuais.
Ainda de acordo com NTU (2013), apesar de ter perdido importância devido à intensa
valorização do automóvel nos últimos 30 anos, o transporte público coletivo por ônibus
representa hoje a mais importante ação para superar a crise da mobilidade urbana
brasileira e pode significar a quebra do ciclo vicioso, que decorre da falta de prioridade
e infraestrutura, alta carga tributária e aumento dos insumos e gratuidades e produz
congestionamentos, poluição, acidentes e desigualdades urbanas.
“Por meio da priorização dos ônibus, existe o potencial de recuperar parte do espaço
viário e devolvê-lo à maior parte da população urbana. Além disso, o aumento da
velocidade operacional, da confiabilidade dos serviços e a redução dos custos
operacionais serão provavelmente percebidos a curtíssimo prazo” (NTU, 2013).
A lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012, que institui a Política Nacional de Mobilidade
Urbana e representou importante passo na valorização do transporte público, apresenta,
dentre outras, as seguintes diretrizes contidas no Art. 6o:
2
Priorização dos modos de transportes não motorizados sobre os motorizados e
dos serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual
motorizado;
Integração entre os modos e serviços de transporte urbano;
Priorização de projetos de transporte público coletivo estruturadores do território
e indutores do desenvolvimento urbano integrado;
Mitigação dos custos ambientais, sociais e econômicos dos deslocamentos de
pessoas e cargas na cidade; e
Incentivo ao desenvolvimento científico-tecnológico e ao uso de energias
renováveis e menos poluentes.
Mas para que os cidadãos realizem seus deslocamentos por ônibus é essencial que
sejam realizados investimentos na melhoria da qualidade do serviço, tanto para atrair
novos usuários quanto para manter os habituais. Desta forma, o desenvolvimento dessa
pesquisa busca caracterizar a qualidade do serviço de ônibus, em especial o da linha
936, e propor ideias que busquem a desenvolvimento contínuo do setor.
1.2. Problemática e Justificativa
Segundo IPEA (2011), os problemas relacionados à mobilidade das pessoas e das
mercadorias nos centros urbanos afetam diretamente a qualidade de vida da população,
com as externalidades geradas na produção do transporte e, também, o desempenho
econômico das atividades urbanas. Somado a isso, sistemas de mobilidade ineficientes
pioram as desigualdades sócio espaciais e pressionam as frágeis condições de
equilíbrio ambiental no espaço urbano, o que demanda, por parte dos governantes, a
adoção de políticas públicas alinhadas com o grande objetivo de se construir uma
mobilidade urbana sustentável do ponto de vista econômico, social e ambiental.
A existência de um serviço de transporte coletivo acessível, qualificado, eficiente e de
preço justo pode aumentar consideravelmente a disponibilidade de renda e influenciar
nos hábitos da população. Em vários países desenvolvidos como na Alemanha, por
exemplo, até mesmo o cidadão que possui elevado poder aquisitivo faz uso do
transporte coletivo, tornando assim as cidades mais silenciosas e despoluídas. Além
disso, em muitos desses países há elevada integração entre os sistemas de transportes
diferenciados, havendo, inclusive, vasta quantidade de ciclovias que incentivam o uso
3
de bicicleta que além de evitar a poluição da atmosfera, melhora o desempenho físico
e mental dos usuários contribuindo assim para melhor qualidade de vida da população.
As graves deficiências do setor de transporte coletivo em nosso país, que se
intensificaram com expansão de formas clandestinas de transporte público e com a
intensa valorização do transporte particular, causam prejuízos inaceitáveis e constituem
como um importante obstáculo para o desenvolvimento econômico brasileiro. Sendo
assim, faz-se necessário a utilização de mecanismos de aperfeiçoamento que
estimulem a sua melhor qualificação e a criação de políticas urbanas que visem à
modificação deste quadro tendenciosamente negativo. É de extrema necessidade que
sejam definidos padrões que auxiliem no planejamento e na execução do serviço,
satisfazendo, desta forma, a maiorias dos habituais usuários do coletivo.
1.3. Objetivo
O presente projeto de graduação possui como objetivo central realizar a avaliação
detalhada da qualidade do sistema de transporte público por ônibus referente à linha
936 que conecta Campo Grande à Cidade Universitária da Universidade Federal do Rio
de Janeiro (UFRJ) através de pesquisas de campo desenvolvidas a partir dos padrões
de qualidade estabelecidos por Ferraz e Torres (2004).
1.4. Estrutura do Trabalho
O presente projeto encontra-se dividido em seis capítulos, no qual o primeiro deles é
uma introdução ao tema, contendo a contextualização, a problemática, a justificativa e
o objetivo principal do trabalho.
O segundo capítulo aborda sobre os atores do sistema de transporte público por ônibus
apresentando seus principais direitos, deveres, metas e objetivos, na busca pela
garantia de satisfação de todos envolvidos na prestação do serviço. O terceiro capítulo
trata da descrição dos padrões de qualidade do transporte público por ônibus e o quarto
apresenta propostas de avaliações desses padrões através do estudo dos parâmetros
de qualidade criados por Ferraz e Torres (2004).
O quinto capítulo, estudo de caso, se inicia com a descrição das principais áreas
abrangidas pelo serviço disponibilizado pela linha em estudo, apresentando suas
principais características e peculiaridades. Nesse capítulo também se encontra a
4
descrição, minuciosa, de todas as pesquisas de campo realizadas para avaliação de
cada um dos padrões de qualidade do transporte público por ônibus, assim como, os
resultados obtidos e a melhor forma de resolução dos problemas apresentados.
O sexto capítulo apresenta as considerações finais do projeto, contendo as limitações e
observações relativas às pesquisas, a avaliação do processo e as recomendações para
o desenvolvimento de novas pesquisas.
5
2. ATORES DO TRANSPORTE PÚBLICO URBANO
“A qualidade no transporte público urbano deve ser contemplada com uma visão geral,
isto é, deve considerar o nível de satisfação de todos os atores direta ou indiretamente
envolvidos no sistema: usuários, comunidade, governo, trabalhadores do setor e
empresários do ramo” (FERRAZ e TORRES, 2004).
Para que seja garantida a satisfação de todos os atores envolvidos na prestação do
serviço de transporte público é necessário que cada ator reconheça o seu papel no
funcionamento do sistema, tenha suas metas, objetivos, direitos e obrigações bem
determinados e possua a capacidade de reconhecer essas características dos outros
agentes envolvidos. A satisfação do conjunto deve ser garantida a fim de evitar o
desequilíbrio no sistema (perda de qualidade, eficiência e demanda), o que poderia
ocasionar o fim do serviço prestado.
2.1. Governo
“O principal objetivo do governo é proporcionar um transporte coletivo urbano com
qualidade (segurança, comodidade e rapidez), a um custo compatível com a renda dos
usuários e que atenda aos interesses maiores da comunidade no que concerne à justiça
social, preservação do meio ambiente, segurança e fluidez no trânsito, ocupação e uso
racional do solo, sustentabilidade econômica do sistema, etc.” (FERRAZ e TORRES,
2004).
O poder público representa o papel de arbitro nos conflitos naturais entre os vários
agentes de transporte e tem o dever de regulamentar e fiscalizar o sistema de maneira
clara e objetiva de modo a garantir a satisfação de todos os setores envolvidos na
prestação do serviço.
De acordo Reck (2015), no transporte particular as tarefas do governo se restringem a
implantação do sistema viário, a regulamentação do seu uso e o controle operacional
do sistema de transito em geral. Entretanto, no transporte público o comportamento do
usuário deve ser enfocado com muito mais profundidade, pois, segundo ele, o cliente
se apresenta de forma passiva, diferentemente do usuário do transporte particular.
Dessa forma, há necessidade de uma gerência do poder público com conhecimento
mais diversificado e complexo com necessidade de realizar intervenções em todos os
6
seus quatro componentes do transporte público: infraestrutura, material rodante,
comportamento do usuário e equipamentos de operação.
“As obrigações do governo são principalmente três: fazer o planejamento do transporte,
implementar as obras e as ações que lhe dizem respeito e realizar a gestão do sistema.
Para isso, tem de contar com uma adequada estrutura administrativa, técnica e jurídica,
constituída por pessoal preparado” (FERRAZ e TORRES, 2004).
Na Cidade do Rio de Janeiro, a fiscalização e monitoramento do serviço de transporte
público por ônibus e vans são realizados pela Secretaria Municipal de Transportes do
Rio de Janeiro (SMTR, 2015).
“A Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) monitora e fiscaliza toda a frota de
ônibus da cidade do Rio de Janeiro de maneira eletrônica, por meio de GPS instalado
nos coletivos, que contam também com câmeras de segurança. Dessa forma, é possível
fazer um monitoramento "inteligente" do serviço prestado ao usuário em tempo real. A
SMTR realiza também constantes ações de fiscalização nas ruas, principalmente nos
corredores BRS (faixas preferenciais para ônibus), e nas garagens das empresas. As
ações presenciais são realizadas por cerca de 40 fiscais da SMTR que verificam o
cumprimento do Código Disciplinar dos Ônibus. Os fiscais atuam em conjunto com a
Guarda Municipal que fiscaliza o cumprimento das regras estabelecidas pelo Código de
Trânsito Brasileiro (CTB) ” (SMTR, 2015).
2.2. Usuários
O usuário é considerado a razão de existir do sistema de transporte público e tem como
principal objetivo o deslocamento em um meio de transporte que ofereça qualidade,
conforto e segurança. Quando insatisfeito tem todo o direito de exigir mudanças ou
buscar outra opção de transporte que melhor satisfaça os seus desejos. Além disso, o
cliente insatisfeito pode fazer uma propaganda negativa do transporte e assim levar
consigo outros clientes, o que ocasionará perda significativa de demanda.
De acordo com o artigo 14º da Lei nº. 12.587/2012, são direitos dos usuários do Sistema
Nacional de Mobilidade Urbana:
Receber o serviço adequado;
Participar do planejamento, da fiscalização e da avaliação da política local de
mobilidade urbana;
7
Ser informado nos pontos de embarque e desembarque de passageiros, de forma
gratuita e acessível, sobre itinerários, horários, tarifas dos serviços e modos de
interação com outros modais; e
Ter ambiente seguro e acessível para a utilização do Sistema Nacional de
Mobilidade Urbana.
Além disso, é de extrema importância que os usuários conheçam as suas obrigações,
dentre elas: respeito às normas e regras de segurança, conservação do veículo e das
instalações do sistema evitando pichações e depredações, uso obrigatório de fones de
ouvido quando estiverem escutando música e tratar bem os demais usuários e os
operadores do transporte.
“Para obter um comportamento adequado dos usuários, é importante o desenvolvimento
de programas de educação no transporte agregados aos programas de educação no
trânsito” (FERRAZ e TORRES, 2004).
2.3. Operadores
A fim de obter melhor desempenho pessoal e motivação para realização das tarefas é
necessário que os objetivos dos operadores sejam alcançados, sendo assim, a empresa
de transporte deve propiciar salários compatíveis com o cargo, benefícios sociais e
jornada de trabalho adequados, além de possibilitar que o trabalhador possa contribuir
nas decisões que melhorem a qualidade e a eficiência do serviço.
Dentre as principais obrigações dos operadores do transporte público podem ser
citadas: a realização da tarefa de maneira qualificada, eficiente e segura, o respeito aos
chefes e usuários do transporte público e a iniciativa em resolver possíveis problemas
que possam vir a acontecer ao longo do percurso.
“O motorista capacitado e satisfeito conduz os ônibus com eficiência, precaução e
paciência. Dessa forma, há redução do consumo de combustível e de pneus e aumento
da vida útil dos coletivos e das peças e acessórios, com consequente diminuição dos
custos de operação e manutenção. Dirigindo adequadamente, também evita quebras
que poderiam provocar interrupções das viagens e deixar os veículos fora de operação,
com prejuízo para a qualidade do serviço e para as finanças das empresas” (FERRAZ
e TORRES, 2004).
8
2.4. Empresas de ônibus
Visando obter o máximo lucro de seus investimentos, os empresários possuem entre
seus principais objetivos a manutenção da prestação do serviço por maior tempo
possível, um retorno econômico justo e o reconhecimento da importância de seu
trabalho pelos outros agentes de transporte.
Conforme Faesarella, Sacomano e Carpinetti (2007), as empresas de transporte público
devem satisfazer as seguintes pretensões dos outros agentes a fim de garantir assim o
prestigio desejado e o aumento pela demanda pelo serviço ofertado:
Consumidores: precisam estar satisfeitos com os produtos e os serviços prestados
pela empresa;
Funcionários: devem ter oportunidades de crescerem como pessoas e como
profissionais, recebendo salários justos e condições de trabalho favoráveis;
Acionistas: devem receber dividendos; e
Comunidade: deve ser respeitada através do controle ambiental.
Além de possuir boa estrutura física e organizacional, as empresas de transporte público
necessitam estar sempre alerta às novas técnicas de aperfeiçoamento do setor
buscando melhorar a qualidade do serviço continuamente. Segundo Travassos (2000),
devem também encontrar novas formas de relacionamento com os órgãos gestores que
apesar de muitas vezes possuírem interesses divergentes, não precisam ser,
necessariamente, entidades antagônicas em litigio permanente.
Segundo Ferraz e Torres (2004), são obrigações dos empresários: pagar corretamente
impostos e encargos sociais, obedecer à legislação trabalhista, pagar salários justos,
tratar os empregados com respeito e humanidade, melhorar a qualidade e a eficiência
do sistema e promover a permanente capacitação de seus funcionários.
2.5. Comunidade
A principal preocupação da comunidade refere-se aos impactos provocados pelas
externalidades do sistema de transportes como ruído excessivo, poluição atmosférica,
conflitos relacionados ao uso do solo etc.
Por outro lado, segundo Ferraz e Torres (2004), a comunidade precisa apoiar o sistema
de transporte público e reconhecer a sua importância social e econômica. Sendo assim,
9
é dever da comunidade colaborar com os coletivos no trânsito, respeitar os locais de
parada, vigiar e denunciar possíveis depredações dos coletivos e das instalações etc.
10
3. PADRÕES DE QUALIDADE DO SISTEMA DE TRANSPORTE PÚBLICO
URBANO
“Qualidade em transporte público urbano é definida com a adequação dos fatores
críticos gerenciais e seus resultados aos requisitos dos clientes da prestadora dos
serviços, que são: usuários, poder público, acionistas das empresas, funcionários e
comunidade” (LIMA, 1995).
Com o intuito de avaliar a qualidade do transporte público urbano, os principais padrões
que a influenciam, segundo Ferraz e Torres (2004), encontram-se expostos na figura 1.
Figura 1: Padrões de qualidade do transporte público urbano.
Para Ferraz e Torres (2004), é importante que cada padrão de qualidade seja avaliado
em conformidade com a percepção individual e conjunta, uma vez que esses
indicadores variam em função da classe social e econômica do usuário, dos costumes,
da cultura, da tradição da região, da idade, do sexo, do nível de deficiência física, etc.
Ferraz e Torres (2004) ainda acrescenta que deve ser estabelecido o equilíbrio entre
custo e benefício do serviço, já que quase sempre o aumento da qualidade significa
maiores tarifas. Caso haja investimentos elevados em qualidade, há a possibilidade de
que usuário que possui menor poder aquisitivo seja excluído, o que geraria uma perda
significativa de demanda.
AcessibilidadeFrequência de atendimento
Tempo de viagemCapacidade e
lotação do veiculo
Confiabilidade SegurançaCaracterísticas do
veículo
Características dos locais de
parada
Sistemas de informação
ConectividadeComportamento dos operadores
Estado das Vias
11
3.1. Acessibilidade
Entende-se como acessibilidade a facilidade de chegar ao embarque, embarcar e
alcançar o destino final, segundo Ferraz e Torres (2004).
É de fundamental importância que o órgão gerenciador planeje precisamente os pontos
de paradas dos coletivos, visando obter para a maior parte dos usuários uma caminhada
curta e segura, melhorando assim a qualidade do serviço ofertado.
Para Aguiar (1985), um item que reflete a acessibilidade do sistema de transportes é o
número de estações ou pontos de embarque e desembarque, já que quanto maior for
esse número, maior será a área de influência do sistema, sendo assim, maior será a
quantidade de clientes atendidos e satisfeitos.
Cabe ressaltar que a acessibilidade também está relacionada à facilidade de acesso
aos portadores de deficiência física e idosos. Esses indivíduos apresentam uma série
de dificuldades que podem ser minimizadas quando o serviço ofertado apresenta
características positivas ao seu descolamento. Rampas de acesso, passeios amplos e
bem revestidos, elevadores para cadeira de rodas nos veículos, bancos diferenciados
no interior dos ônibus e terminais, apoio no embarque e desembarque etc. são de
fundamental importância para uma melhor utilização do transporte público por essa
parcela da população, que assim como qualquer outro individuo possui o direito ao
transporte público, conforme estabelecido pela Lei 10.098/2000, regulamentada pelo
Decreto Federal Nº. 5.296/04, que define acessibilidade como: condição para utilização,
com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e
equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos,
sistema e meio de comunicação, e informação, por pessoas portadoras de deficiência
ou mobilidade reduzida. O artigo 16o da lei determina que os veículos de transporte
coletivo deverão cumprir os requisitos de acessibilidade estabelecidos nas normas
técnicas específicas.
3.2. Frequência de atendimento
“A frequência de atendimento está relacionada ao intervalo de tempo entre a passagem
de veículos sucessivos do transporte coletivo, o qual afeta diretamente o tempo de
espera nos locais de parada para os usuários que não conhecem os horários e chegam
12
aleatoriamente aos mesmos, bem como reduz a flexibilidade de utilização do serviço
aos usuários que conhecem os horários” (RODRIGUES, 2008).
De acordo com Kawamoto (1984), a frequência de atendimento é um dos elementos
mais importantes do nível de serviço, uma vez que reflete o volume do serviço ofertado
por unidade de tempo e provoca impactos em diversos aspectos como as aglomerações
no interior dos veículos e o aumento do tempo de espera nos pontos de parada, fazendo
com que os usuários insatisfeitos procurem outros modos de transporte, reduzindo
assim a demanda pelo serviço. Sendo assim, é importante que os intervalos das viagens
sejam criteriosamente estudados pelo órgão gestor, visando estabelecer o equilíbrio da
oferta diante das variações da demanda.
3.3. Tempo de viagem
Segundo Ferraz e Torres (2004), o tempo de viagem é o tempo necessário no interior
do veículo para realizar o deslocamento dos usuários. Esse padrão de qualidade
depende fundamentalmente da velocidade média de transporte e da distância percorrida
entre os locais de embarque e desembarque.
Na tabela 1 são apresentados os fatores determinantes na duração da viagem e seus
respectivos motivos de acordo com Ferraz e Torres (2004).
Tabela 1: Fatores que influenciam no tempo de viagem.
Fator Motivo
Grau de
segregação das
vias
Velocidades maiores são conseguidas quando os coletivos
utilizam vias preferenciais e transitam em faixas segregadas ou
exclusivas. Quando compartilham as vias com veículos
individuais sofrem com os efeitos relacionados aos
congestionamentos.
Condições da
superfície de
rolamento
A falta de pavimentação das vias, assim como a existência de
buracos, lombadas e valetas reduz a velocidade do veículo,
aumentando o tempo de deslocamento.
Condições do
trânsito
O movimento compartilhado com o trânsito normal em
condições de tráfego intenso reduz a velocidade e aumenta o
tempo de viagem.
13
Fator Motivo
Tipo de tecnologia
utilizada no
veículo
A capacidade de aceleração e frenagem dos veículos influi na
velocidade média de percurso.
Traçado das vias
Rotas abertas nas pontas, bem como sinuosas e tortuosas,
aumentam o tempo de viagem, pois aumentam as distâncias
percorridas e exigem redução da velocidade nas conversões.
Assim, um aspecto importante no tempo de viagem é a retidão
das rotas, ou seja, quão reta elas são.
Distância entre os
locais de parada
Quanto menor for a distância média entre paradas, menor será
a velocidade média de operação e maior o tempo de viagem.
Na avaliação da qualidade do transporte coletivo em relação ao tempo de viagem é
necessário comparar a duração do percurso realizado pelo coletivo com a duração do
percurso realizado por transporte privado, uma vez que os usuários realizam essa
comparação intuitivamente e o estudo permite determinar a capacidade do transporte
público em competir com o transporte privado.
3.4. Capacidade e lotação do veiculo
Capacidade refere-se à quantidade de passageiros que cada veículo pode comportar
em uma mesma viagem.
Segundo Ferraz e Torres (2004), um dos principais problemas relacionados aos veículos
que comportam um grande número de passageiros é a grande quantidade de pessoas
em pé que gera desconforto decorrente da proximidade entre os usuários e a limitação
de seus movimentos, dificultando até mesmo o embarque e desembarque dos
passageiros.
“A densidade de passageiros encontrada nos transportes públicos urbanos reflete, em
parte, na incapacidade de atendimento à demanda” (RODRIGUES, 2006).
Ainda de acordo com Ferraz e Torres (2004), “a avaliação da qualidade do parâmetro
lotação pode ser feita com base na taxa de pessoas em pé por metro quadrado que
ocupam os espaços livres no interior dos veículos”.
14
3.5. Confiabilidade
Para Ferraz e Torres (2004), a confiabilidade é o grau de certeza dos usuários de que
o veículo vai passar na origem e chegar ao destino na hora prevista, considerando uma
margem de tolerância relacionada a possíveis imprevistos que possam acontecer no
trajeto como acidentes, assaltos, defeitos nos ônibus e trânsito. Esse padrão de
qualidade pode ser determinado pelos seguintes conceitos: pontualidade e efetividade,
que são definidos como:
A pontualidade consiste no cumprimento dos horários estimulados pelo itinerário; e
A efetividade é a realização da programação operacional pré-estabelecida, ou seja,
é a porcentagem das viagens realizadas em relação às viagens programadas.
“A avaliação da confiabilidade pode ser realizada pela porcentagem de viagens
programadas não realizadas por inteiro ou concluídas com atraso superior a cinco
minutos ou adiantamento superior a três minutos” (FERRAZ e TORRES, 2004).
3.6. Segurança
A segurança se traduz no desejo de proteção física e moral dos agentes do transporte
público durante o deslocamento. Está relacionada aos acidentes envolvendo os veículos
de transporte público e os incidentes como agressões e roubo no interior dos ônibus e
nos locais de parada e terminais.
Cabe ao condutor do veículo zelar pela segurança dos passageiros evitando manobras
perigosas, procurando sempre parar nos locais destinados a este fim, não ultrapassando
sinais fechados e respeitando o limite de velocidade determinado pelas placas dispostas
ao longo da via.
Segundo Volvo (2014), as principais causas dos acidentes envolvendo ônibus nas
principais Rodovias Federais no período de 2008 a 2012 são: a falta de atenção do
motorista, a não manutenção da distância segura em relação ao veículo da frente, a
velocidade incompatível com a via, a presença de animais na pista e a ingestão de álcool
pelo condutor. Outra estimativa realizada constata que a maioria dos acidentes ocorre
em pleno dia, porém, a maior parte dos acidentes com vítima fatal, que gera maior
prejuízo aos cofres públicos, cerca de 25 vezes mais custos que os sem vítima, ocorre
de noite. Os dados coletados mostram a necessidade da atuação em conjunto de todos
15
os setores das empresas de ônibus responsáveis pela coordenação do tráfego e pela
melhor orientação aos motoristas.
Outra preocupação constante se refere à segurança em relação a possíveis assaltos,
tanto dentro dos veículos públicos quanto nos locais de embarque e desembarque. É
necessário que a Polícia Militar reforce o patrulhamento e intensifique as investigações
relacionadas aos assaltos a coletivos garantindo maior segurança aos usuários do
transporte.
Os furtos no interior dos transportes públicos são cada dia mais comuns na realidade
dos brasileiros devido à grande facilidade que o assaltante encontra em entrar no
veículo e realizar o assalto, uma vez que se trata de uma ação rápida (geralmente dura
o intervalo entre dois pontos), lucrativa (é fácil vender o que foi arrecadado) e de baixo
risco (muitos desses crimes não chegam aos boletins de ocorrência).
Na maior parte das vezes o condutor ou cobrador do coletivo nem percebe o ataque,
visto que o salteador prefere atacar os passageiros, principalmente mulheres
desacompanhadas, evitando possíveis reconhecimentos futuros, sendo assim, é
importante que a população se conscientize e procure realizar procedimentos como
sentar na frente quando o veículo estiver vazio e procurar ficar visível em relação às
câmeras de segurança.
Segundo Ferraz e Torres (2004), a questão da violência no interior dos veículos e nos
locais de parada extrapola o sistema de transporte público, devendo ser tratada como
um problema de segurança da comunidade. Dessa forma, o poder público e as
empresas de ônibus precisam traçar estratégias que busquem reduzir os casos de furtos
a coletivos nos grandes centros como a utilização do monitoramento embarcado que é
constituído por uma ou mais câmeras e um DVR veicular, que faz o armazenamento
das imagens, e a intensificação do patrulhamento das vias pela Polícia Militar (PM).
3.7. Características do veículo
Segundo Ferraz e Torres (2004), as características dos veículos que mais influenciam
na qualidade do serviço são: o grau de sensação térmica dentro do veículo (temperatura
e ventilação), a quantidade de ruídos emitidos, a aceleração/ desaceleração, a altura
dos degraus, a largura das portas, a aparência interna e externa, a perfeita
funcionalidade de seus componentes como os sinais de alerta e a disposição e o
16
material dos assentos. Também é necessário que haja conservação e limpeza do
interior dos veículos evitando assim cheiros indesejáveis, poeira, ou até elementos
enferrujados que possam ferir os passageiros.
“No que diz respeito ao estado de conservação dos veículos, contam a idade, a limpeza,
o aspecto geral e a existência ou não de ruídos decorrentes de partes soltas” (FERRAZ
e TORRES, 2004).
Na maior parte dos ônibus, a presença de apenas 2 portas dificulta o desembarque,
sobretudo, quando o veículo apresenta maior quantidade de pessoas em pé, desta
forma, faz-se necessário a existência de mais uma porta no meio do ônibus para facilitar
a descida e diminuir o tempo gasto durante o desembarque. Alguns ônibus apresentam
essa terceira porta, porém, muitos dos motoristas só as utilizam quando há presença de
portadores de deficiência física, já que nesta porta há elevador para a cadeira de rodas,
mantendo-a inutilizada frequentemente.
3.8. Características dos locais de parada
“Em relação às características físicas dos locais de parada, os seguintes aspectos são
importantes: sinalização adequada, existência de cobertura e bancos para sentar
(sobretudo nos locais de maior movimento) ” (FERRAZ e TORRES, 2004).
De acordo com Ferraz e Torres (2004), a sinalização dos locais de parada é importante
para evitar a ocorrência de paradas em distâncias curtas e paradas de outros veículos
em locais de embarque e desembarque de passageiros. Cabe acrescentar ainda, a
necessidade da presença de painéis que apresentem informações relativas às linhas
que abastecem o local e horário em que elas costumam passar, orientando assim,
principalmente, os usuários não habituais do serviço.
A presença de cobertura e assentos nos locais de parada aumenta significativamente o
conforto dos usuários do transporte público durante a espera para embarcar nos
coletivos, uma vez que as coberturas fornecem proteção, principalmente, durante os
dias de sol inteiro ou de chuva e os bancos para sentar possibilitam descanso,
principalmente, para idosos, crianças, deficientes físicos e mulheres grávidas.
Outra característica que precisa ser verificada refere-se à presença de iluminação
noturna adequada, já que muitos usuários realizam seus deslocamentos durante a noite
17
e a má iluminação dos locais de embarque e desembarque facilita os furtos a usuários
durante a espera pelos coletivos.
3.9. Sistemas de informação
Uma vez que os transportes públicos não são somente utilizados pelos usuários
habituais, se faz necessário à utilização de instrumentos de informação que ajudem a
entendê-lo e utiliza-lo sem dificuldades, melhorando assim de forma significativa o
serviço prestado e evitando perda de mercado para outras formas alternativas de
transporte.
Em conformidade com Fontenele e Silva Jr. (2006), o Sistema de Informações aos
Usuários (SIU) que estiver de acordo com as necessidades dos passageiros conquistará
novos clientes e fidelizará os habituais, visto que, através de informações claras e
objetivas é possível realizar a programação antecipada da viagem, gerando comodidade
e eficiência na utilização do transporte público urbano.
De acordo com a Lei nº 12.587/2012, que institui diretrizes da Política Nacional de
Mobilidade Urbana, é obrigação do poder competente informar a população a respeito
do serviço de transporte público coletivo. Assim, passa a ser direito do usuário ser
informado nos pontos de embarque e desembarque de passageiros, de forma gratuita
e acessível, sobre: itinerários; horários; tarifas dos serviços; e modos de interação com
outros modais. Ainda, pela nova lei, o usuário do transporte público coletivo tem o direito
de ser informado, em linguagem acessível e de fácil compreensão, sobre: seus direitos
e responsabilidades; direitos e obrigações dos operadores dos serviços; padrões pré-
estabelecidos de qualidade e quantidade dos serviços ofertados; e meios para
reclamações e seus respectivos prazos de resposta.
Segundo Ferraz e Torres (2004), o SIU envolve os seguintes pontos: disponibilidade de
folhetos com a correta determinação dos horários e itinerários das linhas, informações
sobre o trajeto da linha no inteiro do veículo através de mapa geral simplificado da rede,
fornecimento de informação quando necessário pelos motoristas ou cobradores, postos
fixos de fornecimento de informações nos terminais e disponibilidade de um canal de
reclamações via telefone, internet ou até mesmo pessoalmente.
Silva (2000) cita que o SIU é composto por diversas funções e pode ser subdividido em
promocional, de ensinamento, operacional e de moderação. As informações
18
promocionais têm como objetivo motivar a utilização do transporte público urbano,
disponibilizando informações sobre o sistema e promovendo a melhoria da imagem do
transporte pela visão dos usuários, os de ensinamento divulgam como utilizar da melhor
forma o transporte público e as regras para a utilização do sistema. As informações
operacionais têm a finalidade de capacitar os usuários para um melhor aproveitamento
na utilização dos equipamentos do sistema. E os de moderação visam influenciar no
comportamento do usuário e promover um maior controle na escolha sobre as diversas
opções disponíveis.
Também é importante que seja estudado e conhecido o perfil de cada usuário do
coletivo de maneira a prestar o melhor atendimento possível. Para cada grupo de
usuários é necessário determinar a melhor informação com relação as suas
necessidades, a determinação dos locais dos pontos de informação e sua distribuição.
Conforme Molinero e Sanchez (1998) encontram-se listados em seguida os quatro tipos
de usuários do transporte coletivo:
Usuário regular em rota cotidiana: é cativo, rotineiro, costuma utilizar o serviço
frequentemente, como exemplo, podem ser citados os estudantes e
trabalhadores;
Usuário regular em uma rota nova: é aquele que desconhece o caminho, mas usa
o sistema constantemente;
Usuário potencial: este grupo é constituído por habitantes que conhecem a cidade,
mas não utilizam o sistema de transporte público constantemente; e
Turista: são visitantes que desconhecem os sistemas de transportes da cidade.
É perceptível que os usuários regulares são os que menos necessitam de informações
sobre o transporte, já que o serviço faz parte de sua rotina, enquanto os turistas
representam o grupo que mais precisa de informação, dentre as quais podem ser
citados o mapa da rede, o mapa da rota, o itinerário e o preço da passagem.
Na atualidade, diversos aplicativos foram desenvolvidos visando auxiliar o usuário do
sistema de transporte público a programar suas viagens e evitar perdas desnecessárias
de tempo nos locais de parada. Esses aplicativos são de extrema necessidade em
regiões como o Rio de Janeiro que não apresentam o mínimo aceitável de informações
19
aos clientes nos locais de embarque e desembarque de passageiros e no interior dos
veículos.
3.9.1. Moovit
O Moovit é um software de navegação que permite que o usuário de transporte público
possa se programar e realizar o seu deslocamento da maneira mais eficiente possível.
O aplicativo apresenta diversas funções como o “Planejador de Viagens” que determina,
através do preenchimento das posições inicial e final, as melhores formas de
deslocamento, o tempo gasto durante a viagem, os locais onde o usuário precisa realizar
as transferências e o valor gasto durante o percurso.
O Moovit possui mapa próprio, figura 2, contendo a localização de todos os pontos de
parada dos coletivos e as linhas que são ofertadas no local.
Figura 2: Mapa presente no aplicativo Moovit.
20
Outra função, denominada “Horário”, determina a hora em que o veículo de um
determinado modal (ônibus, trem, metrô, teleférico, barca etc.) passará nos pontos
destinados ao embarque e desembarque de passageiros, possibilitando que o usuário
se programe e não perca tempo desnecessário nos locais de parada. Esse tipo de
serviço é eficiente quando as empresas de transporte público e os funcionários
destinados ao controle das viagens consigam cumprir com os horários pré-
estabelecidos e quando o aplicativo é capaz de apresentar dados atualizados referentes
a atrasados inesperados.
3.9.2. Rio Bus
O aplicativo gratuito Rio Bus, apesar de mais simples que o Moovit, desempenha
importante papel na programação das viagens dos usuários do transporte público por
ônibus. O software possui um mapa, originário do Google, que apresenta a posição
geográfica dos veículos de uma determinada linha e sua velocidade, através de dados
coletados diretamente do Data Rio, um serviço público, aberto e gratuito da Prefeitura
Municipal do Rio de Janeiro. As informações apresentadas no aplicativo são atualizadas
minuto a minuto pelo servidor e tem sua confiabilidade inteiramente relacionada aos
dados que a prefeitura oferece.
Com uma navegação simples e objetiva, o usuário do aplicativo, ao digitar a linha de
ônibus na caixa de busca, obtém a posição de cada coletivo no mapa e ao clicar sobre
o marcador obtém ainda informações como velocidade, sentido, número do veículo e
horário da última atualização dos dados como apresentado na figura 3.
21
Figura 3: Mapa do Google Maps presente no aplicativo Rio Bus.
As principais críticas refeitas pelos usuários em relação ao aplicativo são:
Atualização dos dados: algumas vezes, os dados disponibilizados apresentam
atualizações com atrasos significativos;
Frota incompleta: nem sempre todos os veículos circulantes da linha encontram-
se no mapa; e
Linhas não apresentadas: muitos usuários reclamam da ausência de linhas,
principalmente, daquelas circulantes na Zona Oeste do Rio de Janeiro;
3.10. Conectividade
“O termo conectividade é utilizado para designar a facilidade de deslocamento dos
usuários de transporte público entre dois locais quaisquer da cidade. Essa facilidade é
avaliada pela porcentagem de viagens que não necessita de transbordo e pelas
características dos transbordos realizados” (FERRAZ e TORRES, 2004).
22
Ainda segundo Ferraz e Torres (2004), quando há necessidade de transbordo é
necessário que exista a integração física e tarifária. A primeira existe quando a
transferência é realizada em um local fechado e apropriado, dotado de cobertura e
bancos. A segunda ocorre quando o usuário não necessita pagar novamente ou pagam
um valor menor ao trocar de veículo para concluir a viagem.
Atualmente, a integração tarifária é realizada através da utilização do cartão RioCard.
Descrito como um sistema de bilhetagem eletrônica que apresenta tecnologia moderna,
prática e eficiente, é utilizado em várias cidades brasileiras e nos maiores centros
urbanos do mundo. O sistema utiliza a tecnologia de cartões smartcard sem contato,
que funcionam por rádio frequência, permitindo assim uma comunicação segura com o
equipamento que faz a leitura dos cartões, o validador, para débito da tarifa e liberação
da roleta ou recarga de créditos. No Rio de Janeiro é produzido, gerenciado e distribuído
pela Fetranspor e seus associados, sendo distribuído através da rede de agências do Itaú,
pela internet e postos de atendimento.
A integração tarifária permite a utilização seguida de dois ou mais meios de transporte
(ônibus, metrô, trem ou barcas) dependendo do tipo de cartão utilizado pelo passageiro.
Esses cartões permitem economia de dinheiro, pois a viagem integrada tem valor menor
que a soma das tarifas dos meios de transporte utilizados se fossem pagos
separadamente, além disso, facilitam e agilizam o processo de embarque dos usuários
nos coletivos.
3.11. Comportamento dos operadores
No transporte coletivo o contato do usuário com o operador do serviço é permanente e,
quase sempre, direto, dessa forma, caraterísticas como aparência e comportamento dos
funcionários contribuem, significativamente, para a percepção da qualidade do serviço
por parte dos passageiros.
“Os seguintes aspectos são importantes em relação ao comportamento dos motoristas:
conduzir o veículo com habilidade e cuidado, tratar os passageiros com respeito,
esperar que os usuários completem as operações de embarque e desembarque antes
de fechar as portas, responder a perguntas dos usuários com cortesia, não falar
palavras inconvenientes etc. Em relação ao cobrador valem as mesmas observações,
exceto as que se relacionam ao modo de dirigir” (FERRAZ e TORRES, 2004).
23
Por mais que sejam dadas recomendações aos condutores dos veículos, é necessário
que os usuários se conscientizem, respeitem e perguntem apenas o extremamente
necessário, uma vez que realizando este procedimento estará protegendo a sua vida e
a dos demais passageiros.
“A avaliação do fator comportamento dos operadores pode ser feita com base nos
seguintes itens: condutores dirigindo com habilidade e cuidado e condutores e
cobradores prestativos e educados” (FERRAZ e TORRES, 2004).
3.12. Estado das Vias
Segundo Ferraz e Torres (2004), em relação ao estado das vias por onde os veículos
se deslocam é necessário que haja qualidade na superfície de rolamento, a fim de evitar
solavancos provocados por buracos, lombadas e valetas. Além disso, a existência de
sinalização adequada garante segurança e conforto aos passageiros.
No Brasil, grande parte das vias encontra-se em má condição de utilização,
principalmente, devido ao excesso de carga a que são submetidos, a qualidade do
material utilizado durante a pavimentação e a sua execução. Além disso, segundo Oda,
Fernandes Jr e Zerbini (1999), muitos organismos rodoviários e prefeituras de
municípios brasileiros realizam atividades de manutenção e reabilitação de pavimentos
a margem das recomendações técnicas, devido à ausência de investimentos técnico-
gerenciais e do mau preparo, da falta de especialização e da desmotivação das equipes
técnicas.
Dessa forma, faz-se necessária o desenvolvimento da gerencia de pavimentos que, de
acordo com Haas, Hudson e Zaniewski (1994), é um processo que abrange todas as
atividades que objetivam fornecer e manter os pavimentos em um nível adequado de
serviço. Envolve desde a obtenção inicial de informações para o planejamento e
elaboração de orçamento até a monitorização periódica do pavimento, passando pelo
projeto e construção e a sua manutenção e reabilitação ao longo do tempo.
Os principais problemas presentes nos pavimentos estão apresentados na tabela 2 e
precisam ser atentamente estudados pelas equipes técnicas de avaliação dos
revestimentos, de modo a maximizar os resultados obtidos durante a pesquisa e aplicar
as medidas de reabilitação ou manutenção dos pavimentos da maneira mais correta
possível.
24
Tabela 2: Identificação de defeitos nos pavimentos e dos seus respectivos níveis severidade.
Defeito Definição Níveis de Severidade (SHRP, 1993)
Trincas por
Fadiga do
Revestimento
Conjunto de trincas
interligadas sem direções
preferenciais,
assemelhando-se ao
aspecto de couro de
jacaré. Estas trincas
podem apresentar, ou não,
erosão acentuada nas
bordas (DER/SP, 2006)
· BAIXA: poucas trincas
conectadas, sem erosão nos
bordos e sem evidência de
bombeamento
· MÉDIA: trincas conectadas e
bordos levemente erodidos, mas
sem evidência de bombeamento
· ALTA: trincas erodidas nos
bordos, movimentação dos blocos
quando submetidos ao tráfego e
com evidências de bombeamento
Trincas em
Blocos
Conjunto de trincas
interligadas caracterizadas
pela configuração de
blocos formados
por lados bem definidos,
podendo, ou não,
apresentar erosão
acentuada nas bordas
(DER/SP, 2006)
· BAIXA: trincas com abertura
média inferior a 6 mm ou seladas
com material selante em boas
condições
· MÉDIA: trincas com abertura
média entre 6 e 19 mm ou com
trincas aleatórias adjacentes com
severidade baixa
· ALTA: trincas com abertura média
superior a 19 mm ou trincas
aleatórias adjacentes com
severidade média a alta
Trincas nos
Bordos
São trincas longitudinais
próximas à borda do
pavimento, usualmente
provocadas pela umidade
no acostamento. O
recalque do terreno de
fundação ou a
ruptura de aterros podem
causar trincas longas,
longitudinais ou
parabólicas
BAIXA: sem perda de material ou
despedaçamento
MÉDIA: perda de material e
despedaçamento em até 10% da
extensão afetada
ALTA: perda de material e
despedaçamento em mais de 10%
da extensão afetada
25
Defeito Definição Níveis de Severidade (SHRP, 1993)
Trincas
Longitudinais
Trinca isolada que
apresenta direção
predominantemente
paralela ao eixo da via.
Quando apresentar
extensão de até 1 m é
denominada trinca
longitudinal curta.
Quando a extensão for
superior a 1 m, denomina-
se trinca longitudinal longa
(DER/SP, 2006)
BAIXA: trincas com abertura média
inferior a 6 mm ou seladas com
material selante em boas condições
MÉDIA: trincas com abertura média
entre 6 e 19 mm ou com
trincas aleatórias adjacentes com
severidade baixa
ALTA: trincas com abertura média
superior a 19 mm ou trincas com
abertura média inferior a 19 mm,
mas com trincas aleatórias
adjacentes com severidade média
a alta
Trincas por
Reflexão
As trincas por reflexão
manifestam, na superfície
do pavimento, o mesmo
padrão de trincas
originadas nas camadas
inferiores, assim como
também refletem suas
juntas. Elas podem ser
longitudinais, transversais
ou em blocos (ODA, 2014)
BAIXA: trincas com abertura média
inferior a 6 mm ou seladas com
material selante em boas condições
MÉDIA: trincas com abertura média
entre 6 e 19 mm ou com trincas
aleatórias adjacentes com
severidade baixa
ALTA: trincas com abertura média
superior a 19 mm ou trincas com
abertura média inferior a 19 mm,
mas com trincas aleatórias
adjacentes com severidade média
a alta
Trincas
Transversais
Trinca isolada que
apresenta direção
predominantemente
perpendicular ao eixo da
via.
Quando apresentar
extensão de até 1 m é
denominada trinca
transversal curta.
Quando a extensão for
superior a 1 m, denomina-
se trinca transversal longa
(DER/SP, 2006)
BAIXA: trincas com abertura média
inferior a 6 mm ou seladas com
material selante em boas condições
MÉDIA: trincas com abertura média
entre 6 e 19 mm ou com trincas
aleatórias adjacentes com
severidade baixa
ALTA: trincas com abertura média
superior a 19 mm ou trincas com
abertura média inferior a 19 mm,
mas com trincas aleatórias
adjacentes com severidade média
a alta
26
Defeito Definição Níveis de Severidade (SHRP, 1993)
Remendos
É a correção, em área
localizada, de defeito do
pavimento. Considera-se
remendo superficial quando
houver apenas correção do
revestimento; ou profundo
quando, além do
revestimento,
forem corrigidas uma ou
mais camadas inferiores,
podendo atingir o subleito
(DER/SP, 2006)
Função da severidade dos defeitos
apresentados pelo remendo
Panelas
Cavidade que se forma no
revestimento por diversas
causas, inclusive por falta
de aderência entre
camadas superpostas,
causando o desplacamento
das camadas, podendo
alcançar as
camadas inferiores do
pavimento e provocar a
desagregação dessas
camadas
BAIXA: profundidade menor que 25
mm
MÉDIA: profundidade entre 25 e 50
mm
ALTA: profundidade maior que 50
mm
Deformação
permanente
Caracterizada por
depressão da superfície do
pavimento, acompanhada,
ou não, de pequena
elevação do revestimento
asfáltico, podendo
apresentar-se sob a forma
de afundamento plástico ou
de consolidação (DER/SP,
2006)
Substituídos pelas medições da
deformação permanente a cada 15
m
27
Defeito Definição Níveis de Severidade (SHRP, 1993)
Corrugação
Deformação caracterizada
por irregularidades
longitudinais, com
pequenos comprimentos
de onda e amplitude
irregular, acompanhadas
ou não de
escorregamentos,
resultando em
sensíveis vibrações para
os veículos em movimento
(DER/SP, 2006)
Associados aos efeitos sobre a
qualidade do rolamento
Exsudação
Excesso de ligante
asfáltico na superfície do
pavimento, causado pela
migração do ligante através
do revestimento (DER/SP,
2006)
BAIXA: mudança de coloração em
relação ao restante do pavimento
devido ao excesso de asfalto
MÉDIA: perda de textura superficial
ALTA: aparência brilhante; marcas
de pneus evidentes em tempo
quente; agregados cobertos pelo
asfalto
Agregados
Polidos
Resultantes de uma ação
abrasiva do tráfego, os
agregados sofrem um
grande desgaste,
removendo o ligante
asfáltico presente no local
e expondo os agregados
mais graúdos
Níveis de polimento podem ser
associados à redução no
coeficiente
de atrito pneu-pavimento
Desgaste
Perda de adesividade do
ligante betuminoso e
desalojamento dos
agregados caracterizado
pela aspereza superficial
do pavimento
BAIXA: início do desgaste, com
perda de agregados miúdos
MÉDIA: textura superficial torna-se
áspera, com perda de agregados
miúdos e de alguns graúdos
ALTA: textura superficial muito
áspera, com perda de agregados
graúdos
28
Defeito Definição Níveis de Severidade (SHRP, 1993)
Desnível
(degrau) entre
a Pista e o
Acostamento
Desnível entre a pista e o
acostamento devido a
erosão ou consolidação do
acostamento
Substituídos pelas medições do
desnível
Bombeamento
Pressão exercida pelas
cargas do tráfego sob a
água dos vazios do
revestimento
Não aplicáveis porque o
bombeamento depende do teor de
umidade das camadas inferiores do
pavimento
29
4. AVALIAÇÃO DOS PADRÕES DE QUALIDADE: PARÂMETROS DE QUALIDADE
Embora haja toda complexidade em relação a melhor determinação dos padrões de
qualidade, é preciso avalia-los para efeito de planejamento e projeto. Sendo assim,
Ferraz e Torres (2004) estabelece parâmetros baseados na opinião da maior parte dos
usuários, em geral, clientes correspondentes às classes economicamente menos
favorecidas. Os parâmetros de avaliação encontram-se apresentados nas figuras de 4
a 15.
Figura 4: Parâmetros da acessibilidade no ponto de vista do usuário.
Acessibilidade
Distância de
caminhada no início e
no fim da viagem
(metros)
Bom
< 300
Regular
300-500
Ruim
> 500
Declividade dos percursos
não exagerada por
grandes distâncias,
passeios revestidos e em
bom estado, segurança
na travessia das ruas,
iluminação noturna etc.
Satisfatório
Deixa a
desejar
Insatisfatório
30
Figura 5: Parâmetro da frequência de atendimento no ponto de vista do usuário.
Figura 6: Parâmetro do tempo de viagem no ponto de vista do usuário.
Figura 7: Parâmetro da lotação no ponto de vista do usuário.
Frequência de
atendimento
Intervalo entre
atendimentos (minutos)
Bom
< 15
Regular
15-30
Ruim
> 30
Tempo de viagem
Relação entre o tempo
de viagem por ônibus e
por carro
Bom
< 1,5
Regular
1,5-2,5
Ruim
> 2,5
LotaçãoTaxa de passageiros em
pé (pass/m2)
Bom
< 2,5
Regular
2,5-5,0
Ruim
> 5,0
31
Figura 8: Parâmetro da confiabilidade no ponto de vista do usuário.
Figura 9: Parâmetro da segurança no ponto de vista do usuário.
Confiabilidade
Viagens não realizadas
ou realizadas com
adiantamento maior que
3 min ou atraso acima de
5 min (%)
Bom
< 1,0
Regular
1,0-3,0
Ruim
> 3,0
SegurançaÍndice de acidentes
(acidentes/100 mil km)
Bom
< 1,0
Regular
1,0-2,0
Ruim
> 2,0
32
Figura 10: Parâmetros das características do veículo no ponto de vista do usuário.
Características
dos ônibus
Idade e estado de
conservação
(anos)
Bom
< 5
Regular
5-10
Ruim
> 10
Número de portas
e largura do
corredor
Bom
3 portas e corredor largo
Regular
2 portas e corredor largo
Ruim
Outras situações
Altura dos
degraus, sobretudo
do primeiro
Bom
Pequena
Regular
Deixa a desejar
Ruim
Grande
Aparência
Satisfatória
Deixa a desejar
Insatisfatória
33
Figura 11: Parâmetros das características dos locais de parada no ponto de vista do usuário.
Características
dos locais de
parada
Sinalização
Bom
Em todos
Regular
Falta em alguns
Ruim
Falta em muitos
Cobertura
Bom
Na maioria
Regular
Falta em muitos
Ruim
Em poucos
Banco para
sentar
Bom
Na maioria
Regular
Falta em muitos
Ruim
Em poucos
Aparência
Satisfatória
Deixa a desejar
Insatisfatória
34
Figura 12: Parâmetros do sistema de informações no ponto de vista do usuário.
Sistema de
informações
Folhetos com
itinerários e
horários disponíveis
Bom
Sim
Regular
Sim, porém precário
Ruim
Não existem
Informações
adequadas nas
paradas
Bom
Sim
Regular
Sim, porém precário
Ruim
Não existem
Informações e
reclamações
(pessoalmente ou
por telefone)
Bom
Sim
Regular
Sim, porém precário
Ruim
Não existem
35
Figura 13: Parâmetros da conectividade no ponto de vista do usuário.
Conectividade
Transbordos (%)
Bom
< 15
Regular
15-30
Ruim
> 30
Integração física
Bom
Sim
Regular
Sim, porém precário
Ruim
Não existem
Integração
tarifária
Bom
Sim
Regular
Não
Ruim
Não
Tempo de espera
nos transbordos
(min)
Bom
< 15
Regular
15-30
Ruim
> 30
36
Figura 14: Parâmetros do comportamento dos operadores no ponto de vista do usuário.
Figura 15: Parâmetro do estado das vias no ponto de vista do usuário.
Comportamento
dos operadores
Motoristas dirigindo com
habilidade e cuidado
Satisfatório
Deixa a desejar
Insatisfatório
Motoristas e cobradores
prestativos e educados
Satisfatório
Deixa a desejar
Insatisfatório
Estado
das vias
Vias pavimentadas e sem
buracos, lombadas e
valetas e com sinalização
adequada
Satisfatório
Deixa a desejar
Insatisfatório
37
5. ESTUDO DE CASO
Como já mencionado anteriormente, o transporte coletivo por ônibus é de grande
importância para o desenvolvimento urbano e contribui de maneira significativa para o
aumento das oportunidades, principalmente para a população com menos recursos.
No presente capítulo serão abordados os seguintes conteúdos a fim de realizar o estudo
da qualidade do transporte por ônibus referente à linha que conecta Campo Grande a
Cidade Universitária da Universidade Federal do Rio de Janeiro:
Descrição das principais áreas abrangidas pelo serviço prestado;
Coleta de dados através de pesquisas de campo sobre cada um dos padrões de
qualidade relativo à linha em estudo;
Desenvolvimento de ações que resultem na melhoria do serviço prestado;
5.1. Principais áreas abrangidas pelo serviço
5.1.1. Campo Grande
De acordo com o Censo Demográfico de dois mil e dez (2010), Campo Grande
apresenta-se como o bairro mais populoso do município do Rio de Janeiro, com cerca
de 328.370 habitantes e mais de 120.049 domicílios. Sendo assim, é crescente a
quantidade de investimentos do poder público e privado, atraídos pelo grande mercado
consumidor, no desenvolvimento econômico da região. Entretanto, esse crescimento
não significou melhoria na infraestrutura viária, já que a criação de novos polos
geradores de tráfego como o Park Shopping Campo Grande, figura 16, inaugurado em
2012, e de diversos Condomínios Residenciais acarretou no aumento dos
congestionamentos.
38
Figura 16: Vista frontal do Park Shopping Campo Grande, importante polo gerador de
tráfego na atualidade.
A região está localizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro e faz fronteira com dez bairros
e com o município de Nova Iguaçu, da Baixada Fluminense, conforme observado na
tabela 3 e na figura 17. É intenso o fluxo diário de pessoas para região, principalmente
originarias dos bairros a Oeste (Paciência, Cosmos e Inhoaíba), atraídos pelas melhores
oportunidades de emprego e pelos centros comerciais existentes na localidade. Da
mesma forma, inúmeros cidadãos realizam seu deslocamento de Campo Grande para
regiões do Rio de Janeiro como Centro da Cidade e Barra da Tijuca.
Tabela 3: Regiões Limítrofes a Campo Grande.
Região Limítrofe Posição em Relação a Campo Grande
Paciência Ao Oeste
Cosmos Ao Oeste
Inhoaíba Ao Oeste
Guaratiba Ao Sul
Vargem Grande Ao Sul
39
Região Limítrofe Posição em Relação a Campo Grande
Jacarepaguá Ao Sudeste
Bangu Ao Leste
Senador Camará Ao Leste
Senador Vasconcelos Ao Leste
Santíssimo Ao Leste
Nova Iguaçu Ao Nordeste
Figura 17: Localização do bairro de Campo Grande.
Fonte: Google Maps (2016)
O bairro está ligado aos grandes centros econômicos por meio de corredores de
transporte de massa – Avenida Brasil e Ferrovia – e conta com eixos viários
considerados estruturantes do Município na escala intermunicipal como a Rodovia Rio-
Santos e a antiga Estrada Rio-São Paulo. A primeira permite o acesso à região sul-
fluminense e, a segunda, serve de ligação ao município de Nova Iguaçu e ao estado de
São Paulo. No âmbito municipal, os principais eixos de conexão com a cidade são a
Avenida das Américas, em direção à Barra da Tijuca, e à Avenida Brasil e Avenida Santa
Cruz, como ligação à Zona Norte e Centro.
40
5.1.2. Avenida Brasil
Com 58,5 quilômetros de extensão, a Avenida Brasil apresenta-se como a maior
avenida em extensão do Brasil e o maior trecho urbano da BR-101, ligando a BR-101
norte (Ponte Rio-Niterói e Rodovia Rio-Vitória/Niterói-Manilha) à BR-101 sul (Rodovia
Rio-Santos). A região também faz parte do percurso da BR-040, da BR-116 e da BR-
465, abrangendo assim, todas as rodovias federais que passam pela cidade do Rio de
Janeiro.
De acordo com Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, através do documento relativo
ao volume diário de veículos, a Avenida Brasil apresenta-se como a principal
responsável pelo fluxo viário no município do Rio de Janeiro. Na tabela 4, encontram-
se os valores relacionados à contagem volumétrica de algumas das principais vias
cariocas.
Tabela 4: Contagem volumétrica de veículos – março de 2013.
Logradouro Referência Volume Diário de Veículos
Av. Ayrton Senna Altura da Av. Embaixador Abelardo Bueno
168.485
Av. Armando Lombardi Altura da Av. Afonso de Taunay
109.670
Av. Brasil Altura da Fundação Osvaldo Cruz
260.685
Av. Brasil Próximo à Rod. Washington Luís
175.263
Av. Brasil Próximo à Av. Pastor Martin Luther King Junior
162.048
Av. Brasil Altura da Rua Recife 30,4 Km
127.202
Av. das Américas Próximo à Av. Min. Afrânio Costa
136.554
Av. Infante Dom Henrique Altura do Rua Silveira Martins
105.264
Av. Ministro Ivan Lins Próximo à Praça Euvaldo Lodi
162.157
41
Logradouro Referência Volume Diário de Veículos
Av. Padre Leonel Franca Altura da Rua Prof. Manuel Ferreira
118.415
Av. Presidente Castelo Branco (Radial Oeste)
Altura da Rua General Canabarro
126.359
Av. Presidente Vargas Altura da Pça da República
120.796
Av. Princesa Isabel Altura da Av. Nossa Senhora de Copacabana
71.718
Av. Rio Branco Altura da Av. Sete de Setembro (nº 110)
38.156
Av. Rodrigues Alves Altura da Rua Professor Pereira Reis
67.772
Av. Venceslau Brás Altura da Av. Pasteur 92.207
Estrada do Galeão Altura da Rua Haroldo Lobo
106.329
Linha Amarela Próximo ao Túnel da Covanca
122.778
Linha Vermelha Altura do Km 5,5 (Favela da Maré)
154.723
Praia de Botafogo Altura da Rua Professor Alfredo Gomes
116.966
Rua Humaitá Altura da Rua Visconde de Silva
93.414
Rua Teixeira Soares Altura da Rua Pará 70.966
Túnel Novo Altura da Av. Princesa Isabel
130.528
Túnel Rebouças - 157.640
Túnel Zuzu Angel - 118.415
Túnel Acústico - 97.529
42
A maior parte das viagens realizadas no local é de natureza pendular, isto é, o
deslocamento diário de trabalhadores da Zona Norte, Zona Oeste e da Baixada
Fluminense ao Centro da Cidade e a sua volta para casa. A lista de bairros atendidos
pela Avenida Brasil encontra-se na tabela 5.
Tabela 5: Bairros atendidos pelo traçado da Avenida Brasil.
Zona Bairro
Oeste Deodoro
Oeste Realengo
Oeste Padre Miguel
Oeste Bangu
Oeste Vila Kennedy (*)
Oeste Santíssimo
Oeste Campo Grande
Oeste Santa Cruz
Norte Ricardo de Albuquerque
Norte Guadalupe
Norte Barros Filho
Norte Fazendo Botafogo (*)
Norte Coelho Neto
Norte Irajá
Norte Vista Alegre
Norte Parada de Lucas
Norte Vigário Geral
Norte Cordovil
Norte Penha
Norte Olaria
Norte Ramos
43
Zona Bairro
Norte Manguinhos
Centro Benfica
Centro Vasco da Gama
Centro Bairro Imperial de São Cristóvão
Centro Cajú
Centro Bonsucesso
(*) Bairro não oficial
Fonte: Google Maps (2016)
Devido a sua grande interferência no cenário não apenas carioca, mas também,
brasileiro é importante que sejam realizados investimentos de melhoria da infraestrutura
viária e de redução dos elevados índices de violência existentes na região. É necessário
que sejam desenvolvidos novos projetos de mobilidade como o já iniciado BRT
TransBrasil, que conectará Deodoro ao Centro da Cidade, além de instalação de polícia
pacificadora nos locais mais violentos, permitindo assim melhores condições de vida
aos habituais usuários e aos moradores da região.
Figura 18: Obras do BRT TransBrasil.
Fonte: O Globo (2016).
44
5.1.3. Ilha do Fundão – Cidade Universitária
A Cidade Universitária, figura 19, está localizada na Zona Norte da cidade do Rio de
Janeiro e sedia a UFRJ. Na região, encontram-se diversas unidades acadêmicas e
administrativas da universidade em uma área superior a cinco milhões de metros
quadrados. Importantes empresas e centros de pesquisas constituem seu parque
tecnológico que apresenta alta tecnologia e prestígio internacional.
Figura 19: Localização da Ilha do Fundão (Cidade Universitária).
Fonte: Google Maps (2016).
Os seguintes Centros, dentre outros, constituem seu Parque Tecnológico:
Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello
(CENPES) da Petrobras;
Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL) da Eletrobrás;
Centro de Tecnologia Mineral (CETEM) do Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação;
45
Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) do Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação;
Centro Tecnológico Global da General Electric (GE);
Centro de Excelência em Gás Natural (CEGN); e
Centro de realidade virtual vinculado ao Laboratório de Métodos Computacionais
em Engenharia (Lamce);
A região conta com transporte integrado de linhas de ônibus que circulam em toda
extensão. Apresenta linhas internas gratuitas que são responsáveis pelo deslocamento
de milhares de usuários diariamente entre os polos de estudo existentes na localidade.
Apresenta ainda linhas intercampi que assim como as internas são gratuitas, planejadas
e gerenciadas pela Prefeitura Universitária. Além dessas, uma vasta quantidade de
linhas externas realiza o transporte dos alunos da UFRJ até suas residências ou locais
de trabalho.
5.2. Pesquisas de Campo
Nesse tópico encontram-se desenvolvidas as diversas pesquisas de campo sobre cada
um (1) dos doze (12) padrões de qualidade do sistema de transporte público por ônibus
referente à linha em estudo. Embora tenham sido elaboradas para determinação dos
patrões referentes a uma linha em específico, as pesquisas elaboradas no presente
projeto servem para avaliar qualquer outra linha de ônibus, desde que as características
peculiares de cada uma sejam bem estabelecidas e consideradas nas avaliações.
5.2.1. Acessibilidade
A acessibilidade varia de maneira significativa de usuário para usuário, uma vez que as
regiões de embarque e desembarque e o trajeto percorrido são diferentes. O
desenvolvimento da pesquisa de campo relacionada a este padrão de qualidade limitou-
se na verificação das características de acesso das Estações de Integração de Campo
Grande e da Cidade Universitária.
Assim como proposto por Ferraz e Torres (2010), os parâmetros da acessibilidade foram
avaliados de acordo com os seguintes conceitos:
Satisfatório;
Deixa a desejar; e
46
Insatisfatório.
Buscando analisar da maneira mais clara e objetiva possível, cinco (5) avaliadores de
campo, estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro ou pacientes do Hospital
Universitário Clementino Fraga Filho, que costumam embarcar e/ou desembarcar nas
Estações estudadas, realizaram uma avaliação visual da estrutura física presente
nessas localidades e em seu entorno, no dia dez de junho de dois mil e quinze
(10/06/2015), quarta-feira, e preencheram a ficha relativa aos parâmetros da
acessibilidade presente no ANEXO I.
O quinteto de avaliadores foi formado pelo autor da monografia e pelos seguintes
avaliadores voluntários:
Jeniffer Nascimento Figueira (código 01): mestranda em Ciência e Tecnologia de
Polímeros da Universidade Federal do Rio de Janeiro;
Aline de Oliveira Nogueira Costa (código 02): pesquisadora voluntária no
Laboratório de Imunobiofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro;
Rosana de Abreu Barbosa do Nascimento (código 03): mãe de uma paciente do
Hospital Universitário Clementino Fraga Filho; e
Suzana Souza de Abreu de Freitas (código 04): paciente do Hospital Universitário
Clementino Fraga Filho.
Com as fichas devidamente preenchidas foi possível criar a tabela relativa à qualidade
da acessibilidade e o resultado final de cada parâmetro consistiu no conceito que
apresentou maior ocorrência. No dia doze de junho de dois mil e quinze (12/06/2015),
sexta-feira, foi realizada uma reunião final onde os avaliadores explicaram os motivos
dos conceitos atribuídos, a fim de evitar grandes discrepâncias, e caso algum parâmetro
apresentasse conceitos com mesmo número de ocorrências seria atribuído um conceito
final através do consenso dos avaliadores. Os resultados finais estão apresentados nas
tabelas 6 e 7.
47
Tabela 6: Resultado da avaliação da Estação de Integração de Campo Grande.
Parâmetro da Acessibilidade Estação de Integração de Campo Grande
Passeios
Declividade Deixa a desejar (3/5)
Largura Insatisfatório (5/5)
Revestimento Insatisfatório (3/5)
Sinalização adequada para
realização da travessia das
ruas
Insatisfatório (3/5)
Iluminação noturna Insatisfatório (4/5)
Infraestrutura necessária aos
portadores de deficiência
física
Insatisfatório (5/5)
Como pode ser constatado pelos dados presentes na tabela 6, a Estação de Integração
de Campo Grande, figura 20, apresenta infraestrutura inadequada ao deslocamento dos
usuários de transporte público. Dos seis (6) parâmetros analisados na pesquisa, cinco
(5) receberam conceito “insatisfatório” e um (1) recebeu conceito “deixa a desejar”.
Figura 20: Ponto de ônibus da linha localizado na Estação de Integração de Campo
Grande.
48
De acordo com Jeniffer Figueira e Suzana Freitas, um dos principais problemas
apresentados na Estação de Integração de Campo Grande refere-se ao limitado espaço
físico dos passeios. Para elas, durante os horários de maior demanda, a circulação de
pedestres é intensa e a velocidade de deslocamento até os pontos de embarque é
reduzida, o que faz com que muitos usuários circulem por entre os ônibus parados e até
mesmo na rua, colocando em risco sua segurança.
Rosana Nascimento critica a ausência de infraestrutura adequada aos portadores de
deficiência física, que não possuem condições adequadas de conforto, autonomia e
segurança para realizarem o deslocamento. Passeios altos, irregulares e estreitos,
figura 21, e inexistência de rampas dificultam o deslocamento das cadeiras de rodas,
por exemplo, e causam constrangimentos a esses usuários.
Figura 21: Passeio presente na Estação de Integração de Campo Grande com espaço
limitado e revestimento com mau estado de conservação.
Outro problema, dessa vez apresentado por Aline Costa, refere-se à iluminação noturna.
Para ela, é impossível se deslocar sozinha durante a noite na Estação de Integração de
Campo Grande, a falta de iluminação adequada aliada a ausência de policiamento
facilita os furtos na região durante a noite.
49
Tabela 7: Resultado da avaliação da Estação de Integração da Cidade Universitária.
Parâmetro da Acessibilidade Estação de Integração da Cidade Universitária
Passeios
Declividade Satisfatório (3/5)
Largura Satisfatório (4/5)
Revestimento Satisfatório (3/5)
Sinalização adequada para
realização da travessia das
ruas
Satisfatório (3/5)
Iluminação noturna Satisfatório (4/5)
Infraestrutura necessária aos
portadores de deficiência
física
Satisfatório (3/5)
Os avaliadores consideram a Estação de Integração da Cidade Universitária, figuras 22
e 23, mais acessível aos usuários do transporte público por ônibus. Com espaço amplo
e bem revestido, com presença de coberturas, assentos e boa iluminação e com
sinalização adequada para realização da travessia das ruas, a Estação analisada obteve
todos os seis (6) parâmetros com conceito “satisfatório”.
Figura 22: Amplo espaço físico disponível na Estação de Integração da Cidade
Universitária.
50
Figura 23: Infraestrutura adequada aos portadores de deficiência física e sinalização
para realização da travessia da rua.
Jeniffer Figueira destaca que anteriormente o terminal das linhas que circulam na região
era localizado próximo a passarela da Linha Vermelha em frente ao Hospital
Universitário e possuía péssimas condições de utilização com passeios estreitos, má
iluminação e ausência de coberturas e assentos.
5.2.2. Frequência de Atendimento e confiabilidade
Apesar de possuir alta demanda pelo serviço, a linha apresenta baixa frequência de
atendimento inclusive nos horários de pico, o que gera superlotação do veículo e
insatisfação do usuário (perda da confiabilidade).
Segundo o aplicativo Moovit, que apresenta informações originárias da Federação das
Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), a
frequência de atendimento aos passageiros varia, considerando as partidas do coletivo
da Estação de Integração de Campo Grande, de acordo com a tabela 8.
51
Tabela 8: Frequência de Atendimento disponibilizada pelo aplicativo Moovit.
Horário Frequência Teórica (min)
04:00 30 em 30
05:00 30 em 30
06:00 10 em 10
07:00 10 em 10
08:00 10 em 10
09:00 15 em 15
10:00 15 em 15
11:00 15 em 15
12:00 15 em 15
13:00 15 em 15
14:00 15 em 15
15:00 15 em 15
16:00 15 em 15
17:00 10 em 10
18:00 10 em 10
19:00 10 em 10
20:00 30 em 30
21:00 30 em 30
22:00 30 em 30
23:00 30 em 30
00:00 30 em 30
01:00 30 em 30
Buscando avaliar se as informações exibidas no aplicativo apresentam semelhança com
a realidade e determinar a real frequência de atendimento, foi realizada uma pesquisa
de campo nos dias doze e quatorze de janeiro de dois mil e quinze (12/01/2016 e
14/01/2016), terça e quinta-feira, respectivamente, que contabilizou os primeiros
horários reais de saída dos coletivos da Estação de Integração de Campo Grande,
52
tabelas 9 e 10, e que englobou os horários de maior demanda pelo serviço durante a
manhã que segundo informações do Moovit apresenta frequência de atendimento de
dez (10) em 10 (dez) minutos. Por fim, a frequência real foi comparada com os limites
estabelecidos por Ferraz e Torres (2004) que são:
Bom: Intervalo de atendimento menor que (<) quinze (15) minutos;
Regular; Intervalo de atendimento entre quinze (15) e trinta (30) minutos; e
Ruim: Intervalo de atendimento maior que (>) trinta (30) minutos.
Tabela 9: Frequência de atendimento obtida pela pesquisa realizada no dia
12/01/2016.
Horário de Saída do Veículo Frequência de Atendimento Real
04:00 -
04:15 00:15
04:30 00:15
04:45 00:15
05:00 00:15
05:15 00:15
05:30 00:15
05:45 00:15
06:00 00:15
06:50 00:50
07:00 00:10
07:50 00:50
08:10 00:20
08:45 00:35
53
Tabela 10: Frequência de atendimento obtida pela pesquisa realizada no dia
14/01/2016.
Horário de Saída do Veículo Frequência de Atendimento Real
04:00 -
04:15 00:15
04:30 00:15
04:45 00:15
05:00 00:15
05:15 00:15
05:30 00:15
05:45 00:15
06:00 00:15
06:15 00:15
06:35 00:20
07:20 00:45
08:05 00:45
08:30 00:25
Com os dados apresentados, percebe-se que os horários disponibilizados no aplicativo
não apresentam semelhança com a realidade. O intervalo de atendimento no período
entre quatro (4) e seis (6) horas da manhã, horários em que os coletivos se originam da
garagem da Empresa, é de 15 minutos, desempenho regular segundo os limites
estabelecidos, e após as seis (6) horas há uma grande inconstância de horários de
saída, baixo desempenho.
A causa do alto intervalo de atendimento aos usuários entre seis (6) e oito (8) horas da
manhã, segundo a fiscal responsável pelo gerenciamento dos veículos da linha, é a
grande variabilidade das condições de tráfego da Av. Brasil que quando congestionada
impede a volta dos veículos a Estação de Integração.
A tabela 11 apresenta o número de usuários presentes na fila do ponto de ônibus da
Estação segundos antes do coletivo chegar nos períodos em que a frequência de
atendimento foi superior a trinta (30) minutos, desempenho ruim.
54
Tabela 11: Quantitativo de usuários na fila de embarque à espera dos coletivos nos
períodos de maior intervalo entre atendimentos.
Dia Período Intervalo de
Atendimento
Quantidade de
Usuário
12/01/2016 Entre 06:00 e 06:50 50 Minutos 48
12/01/2016 Entre 07:00 e 07:50 50 Minutos 37
12/01/2016 Entre 08:10 e 08:45 35 minutos 28
14/01/2016 Entre 06:35 e 07:30 45 minutos 40
14/01/2016 Entre 07:20 e 08:05 45 minutos 25
Analisando os dados obtidos, contata-se o mau gerenciamento realizado pelos
operadores, uma vez que, uma quantidade significativa de usuários, principalmente os
estudantes e funcionários da UFRJ que precisam estar em seus destinos as oito (8)
horas da manhã, realizam o deslocamento nos horários de alto intervalo entre
atendimentos e maior inconstância, diminuindo assim a confiabilidade dos passageiros.
Sendo assim, há a necessidade do aumento da frota disponível ou do maior
espaçamento entre as frequências iniciais assim como estabelecido teoricamente pela
Fetranspor no aplicativo Moovit.
5.2.3. Tempo de viagem
A fim de avaliar o tempo de viagem gasto por uma pessoa que realiza seu deslocamento
diário de Campo Grande a Cidade Universitária pelo serviço prestado pela linha,
realizou-se uma pesquisa de campo onde foram determinados os horários de entrada e
saída do veículo e a duração do trajeto. Além disso, seguindo os parâmetros de
qualidade referentes ao tempo de viagem também foi determinado o tempo gasto por
um cidadão que realiza seu deslocamento através de transporte privado.
Dois voluntários realizaram a pesquisa durante os mesmos horários e dias. Buscando
considerar todas as variáveis que possam mascarar os resultados, ambos iniciaram o
percurso no mesmo lugar e o voluntário que possuía automóvel realizou o mesmo trajeto
do ônibus, exceto nas vias laterais que em que o coletivo precisava passar para
embarcar/desembarcar passageiros. Por fim, foi determinada a relação entre o tempo
de viagem por ônibus e por carro com a finalidade de determinar o nível de qualidade
do serviço. Os resultados encontram-se apresentados nas tabelas 12 e 13.
55
Tabela 12: Tempo de viagem por ônibus.
Data Dia da
Semana
Espera Horário de
Embarque
Horário de
Desembarque
Duração do
Percurso
04/05/2015 Segunda 00:34:00 06:12:00 08:18:00 02:06:00
05/05/2015 Terça 00:20:00 06:10:00 08:25:00 02:15:00
06/05/2015 Quanta 00:18:00 06:26:00 08:45:00 02:19:00
07/05/2015 Quinta 00:15:00 06:05:00 08:02:00 01:57:00
08/05/2015 Sexta 00:10:00 06:00:00 08:00:00 02:00:00
Tabela 13: Tempo de viagem por automóvel.
Data Dia da
Semana
Espera Horário de
Embarque
Horário de
Desembarque
Duração do
Percurso
04/05/2015 Segunda - 06:12:00 07:10:00 00:58:00
05/05/2015 Terça - 06:10:00 07:05:00 00:55:00
06/05/2015 Quanta - 06:26:00 07:35:00 01:09:00
07/05/2015 Quinta - 06:05:00 07:00:00 00:55:00
08/05/2015 Sexta - 06:00:00 06:55:00 00:55:00
Com os dados obtidos, foi possível determinar o tempo médio de viagem através da
média aritmética dos valores observados em cada dia da semana, obtendo- se assim
os seguintes resultados:
Tempo Médio por ônibus: duas horas, sete minutos e vinte e quatro segundos
(02:07:24); e
Tempo Médio por automóvel: cinquenta e nove minutos e vinte e quatro segundos
(00:59:24).
Por fim, a avaliação do padrão de qualidade consistiu na determinação da razão entre
os tempos de viagem por ônibus e por automóvel e na comparação do resultado obtido
e os seguintes limites:
Bom: razão >1,5
Regular: 1,5< razão < 2,5
Ruim: 2,5 < razão
56
Assim, considerando que a razão entre os tempos de viagens foi de dois vírgula dois
unidades (2,2), o serviço apresenta qualidade regular quando analisado em relação ao
tempo de viagem. Porém, caso fosse considerado o tempo de espera dos usuários no
ponto de ônibus, necessário para que este consiga um assento no coletivo, a razão
subiria para dois vírgula cinco unidades (2,5), o que representaria qualidade ruim do
serviço.
5.2.4. Capacidade e lotação do veículo
Buscando avaliar a lotação dos veículos da linha, foi realizada uma pesquisa de campo,
onde foram contabilizadas todas as entradas (embarques) e saídas (desembarques) do
veículo, em cada ponto de ônibus existente ao longo do trajeto da linha, durante uma
viagem realizada no período entre 6 e 8 horas da manhã (horário de pico do serviço).
Com isso, foi determinado o número máximo de pessoas presentes no coletivo durante
a viagem, necessário para determinação da taxa de passageiros em pé (pass./m2).
Também foi realizada a medição aproximada dos espaços livres presentes no veículo.
De acordo com Ferraz e Torres (2004), foram atribuídos os seguintes limites para
determinação da qualidade do serviço quanto a sua capacidade:
Bom: Taxa de passageiros em pé < 2,5 pass./m2;
Regular: 2,5 ≤ Taxa de passageiros em pé ≤ 5,0 pass./m2; e
Ruim: Taxa de passageiros em pé > 5,0 pass./m2.
A pesquisa foi realizada no dia oito de junho de dois mil e quinze (08/06/2015), segunda-
feira, e iniciou-se as seis e dez da manhã (06:10). Durante esse período, um avaliador
de campo realizou a contabilização de todos os usuários que embarcavam no coletivo
e outro avaliador realizou a contagem dos usuários que desembarcaram. Ambos
utilizaram a ficha desenvolvida para avaliação do padrão, ANEXO II, com a posição
aproximada dos locais de parada dos coletivos e contaram com a ajuda do aplicativo
Moovit. A dupla de avaliadores foi formada pelo autor da monografia e pelo seguinte
avaliador voluntário:
Jeniffer Nascimento Figueira (código 01): mestranda em Ciência e Tecnologia de
Polímeros da Universidade Federal do Rio de Janeiro;
57
O coletivo, de número 58571, que foi utilizado na análise da capacidade, apresenta
quarenta e um (41) assentos totais, duas (2) portas, duas (2) catracas para cobrança da
tarifa e ausência de cobrador. A contabilização de todas as entradas e saídas do coletivo
durante a viagem encontra-se no ANEXO III.
Foram contabilizados setenta e nove (79) usuários no momento em que o coletivo
apresentou quantidade máxima de passageiros em seu interior. Dessa forma, a
quantidade de usuários em pé foi de trinta e oito (38) pessoas.
No que se diz respeito ao dimensionamento do espaço físico livre, o seguinte raciocínio
foi realizado:
Área livre = Comprimento do corredor de circulação de passageiros x Largura do
corretor de circulação dos passageiros
Assim a área aproximada foi de sete metros quadrados (7,0 m2). Com os dados obtidos,
a taxa de passageiros em pé durante a viagem foi de cinco vírgula quatro passageiros
por metro quadrado (5,4 pass./m2). Comparando o resultado com os limites
estabelecidos, constata- se que o serviço apresenta qualidade ruim quando analisado
em relação à capacidade. Também é importante destacar que o veículo deveria
apresentar no interior a quantidade máxima de passageiros, mas essa caraterística foi
apagada, provavelmente em função das novas disposições dos assentos e pela perda
de espaço físico livre geradas pela colocação de duas catracas.
O resultado da pesquisa reforça a necessidade de reestruturação da programação das
viagens, como, por exemplo, aumento da frequência de atendimento que acarretaria na
redução da quantidade máxima de usuários nos coletivos e no aumento do conforto dos
passageiros.
É necessário, ainda, alertar que o resultado obtido não é consequência, unicamente, do
alto intervalo de atendimento dos veículos da linha, mas também, na frequência de
atendimento dos coletivos de outras linhas que abastecem os pontos de parada do
trajeto, pois uma grande quantidade de passageiros desembarca na Avenida Brasil e
diversas linhas realizam o mesmo trajeto até essa região, como, por exemplo, a linha
398 que conecta Campo Grande ao Centro da Cidade.
A pesquisa desenvolvida também serviu para obter diversas considerações a respeito
do serviço, como os pontos de parada com maior número de embarques e
58
desembarques ou a quantidade de usuários que embarcam e desembarcam por região,
tabela 14.
Tabela 14: Quantidade de embarques e desembarques por região durante o percurso
realizado de Campo Grande a Cidade Universitária.
Região Embarques Desembarques
Campo Grande 74 7
Avenida Brasil 56 70
Av. Bento Ribeiro Dantas 5 5
Cidade Universitária 0 53
Total 135 135
Como a pesquisa foi desenvolvida, inicialmente, apenas para determinar a capacidade
dos veículos não foi realizada avaliação referente ao retorno dos usuários do serviço
para casa.
5.2.5. Segurança
Foi realizada uma pesquisa nas redes sociais com o intuito de obter relatos sobre furtos
a ônibus que circulam na Cidade Universitária a partir do mês de março de dois mil e
quinze (03/2015). Os dados colhidos durante esse período encontram-se apresentados
na tabela 15.
Tabela 15: Acompanhamento dos assaltos a coletivos na Cidade Universitária.
Linha Dia Horário Local Descrição Observação
913/616
Del
Castilho -
Fundão
09/03/2015 13:00
Linha
Amarela -
Altura da
Maré
Dois homens
realizaram o
assalto.
-
59
Linha Dia Horário Local Descrição Observação
913/616
Del
Castilho -
Fundão
13/03/2015 12:00
Linha
Amarela -
Altura da
Maré
Três homens
entraram
separadamente
no veículo e em
pontos
diferentes.
-
410T Barra
da Tijuca -
Fundão
26/03/2015 13:30
Linha
Amarela -
Altura da
Maré
Três jovens
renderam o
motorista e
realizaram o
assalto.
Roubaram
diversos
pertences dos
passageiros.
Os usuários
furtados
registraram
uma
ocorrência na
delegacia da
Ilha do
Fundão.
913/616
Del
Castilho -
Fundão
16/04/2015 15:30
Linha
Amarela -
Altura da
Maré
Dois homens
entraram no
veículo como
passageiros e
anunciaram o
assalto. Roubo
de celulares.
O motorista
levou o
ônibus para
delegacia de
Bonsucesso
e os
passageiros
que foram
furtados
registraram a
ocorrência.
913/616
Del
Castilho -
Fundão
18/05/2015 11:00
Linha
Amarela -
Altura da
Maré
Dois homens
realizaram o
assalto. Roubo
de celulares.
-
60
Linha Dia Horário Local Descrição Observação
913/616
Del
Castilho -
Fundão
20/05/2015 12:30
Linha
Amarela -
Altura da
Maré
Três homens
realizaram o
assalto. Roubo
de celulares.
-
913/616
Del
Castilho -
Fundão
21/05/2015 15:00
Linha
Amarela -
Altura da
Maré
Roubo de
celulares. -
616 Del
Castilho -
Fundão
22/05/2015 15:30
Linha
Amarela -
Altura da
Maré
Dois homens
realizaram o
assalto.
-
913/616
Del
Castilho -
Fundão
25/05/2015 13:00
Linha
Amarela -
Altura da
Maré
Um homem
realizou o
assalto.
Os usuários
assaltados
registraram a
ocorrência
.
Ponto de
Ônibus
CCMN
29/05/2015 16:30 CCMN
Dois homens
de moto
realizaram o
assalto.
-
616 Del
Castilho -
Fundão
02/06/2015 07:30
Linha
Amarela -
Altura da
Maré
Três homens
realizaram o
assalto.
-
616 Del
Castilho -
Fundão
02/06/2015 15:00
Linha
Amarela -
Altura da
Maré
Três homens
realizaram o
assalto.
-
Ponto de
Ônibus
EEFD
03/06/2015 10:00 EEFD
Um homem em
uma moto
realizou o
assalto. Roubo
de celular.
-
61
Linha Dia Horário Local Descrição Observação
616 Del
Castilho -
Fundão
09/06/2015 22:00
Linha
Amarela -
Altura da
Maré
Um homem
realizou o
assalto
-
Ponto de
Ônibus
EEFD
10/06/2015 16:00 EEFD
Três homens
realizaram o
assalto.
Armados com
estilete e chave
de fenda.
-
410T Barra
da Tijuca -
Fundão
26/06/2015 16:15
Linha
Amarela -
Altura da
Maré
Dois homens
realizaram o
assalto.
Os usuários
assaltados
registraram a
ocorrência no
21ª DP -
Bonsucesso.
913 Del
Castilho -
Fundão
23/07/2015 07:15 Linha
Amarela –
Saída 7
Dois homens
realizaram o
assalto.
-
Com o levantamento realizado entre os meses de março e julho, constatou-se que
grande parte dos assaltos registrados pela pesquisa, setenta e seis por cento (76%),
concentrou-se na região da Linha Amarela, altura da Maré. No final do mês de maio a
situação piorou e os assaltos ocorreram praticamente todos os dias nessa região.
Assustados com a intensa ocorrência de furtos a ônibus na região, muitos estudantes
evitam, hoje em dia, utilizar as linhas que circulam pela Linha Amarela (Av. Bento Ribeiro
Dantas), principalmente nos horários em que a quantidade de passageiros dentro do
coletivo é reduzida, já que a inexistência de pessoas em pé facilita a livre circulação do
assaltante e torna o furto mais rápido e eficiente.
Os alunos resolveram se unir na busca pela redução da criminalidade no campus da
Cidade Universitária realizando reclamações à Ouvidoria da instituição, prestando
boletins de ocorrência nas delegacias mais próximas e entrevistas em diversos meios
de comunicação (televisão, rádio, jornal etc.).
62
Através do Sistema Integrado de Gestão Acadêmica (SIGA), a Prefeitura Universitária,
responsável pela segurança no Campus da Cidade Universitária, divulgou uma nota à
comunidade acadêmica esclarecendo que:
A Polícia Militar, a Fetranspor e as empresas de ônibus que atendem à Cidade
Universitária foram procuradas para traçar estratégias que visem a reduzir a
violência nas linhas que atendem ao campus.
Os casos de violência relatados ocorrem fora do campus universitário e não há,
legal e operacionalmente, como intervir para melhoria da segurança sem recorrer
às forças de segurança do Estado do Rio de Janeiro.
Para a melhoria da eficiência das polícias Civil e Militar, que atuam repressiva e
preventivamente conforme a demanda dos cidadãos, é fundamental que todos os
casos de violência no campus universitário sejam notificados, bem como aqueles
que ocorrem nos deslocamentos até a Cidade Universitária. É com base nas
informações que as forças de segurança atuam para identificar e capturar os
infratores.
O Grupamento de Policiamento Transportado em Ônibus Urbano, unidade da
Polícia Militar criada para reduzir os crimes no interior da frota que atende o Rio
de Janeiro, foi procurado para que intensifique o patrulhamento.
Além dos esclarecimentos, a Prefeitura Universitária recomendou que integrantes da
comunidade acadêmica evitassem andar desacompanhados e, sobretudo, notificassem
à Divisão de Segurança quando fossem vítimas de algum tipo de violência. Para a
prefeitura, muitas vítimas não realizam boletim de ocorrência nas Delegacias de Polícia
presentes na região e, dessa forma, favorecem os criminosos que se valem do clima de
medo e insegurança para realizar mais ataques. Por fim, informou que está agindo
dentro dos limites legais para assegurar o direito de ir, vir e permanecer em segurança
nos campi.
5.2.6. Características dos Veículos
Com o intuito de avaliar o padrão de qualidade relacionado às características dos
veículos foi desenvolvido um estudo de campo que consistiu em analisar os veículos
presentes na frota durante o período de abril/2015. Os dados coletados encontram-se
no ANEXO IV.
63
Todos os veículos utilizados são antigos e reaproveitados de outras linhas da empresa.
Também é importante destacar que a frota de veículos não é fixa, havendo mudanças
com o passar dos dias. Muitos deles apresentam mau estado de conservação, sendo
frequente o número de paradas por mau funcionamento. A limpeza é outro aspecto que
deixa a desejar, muitos veículos são disponibilizados aos usuários empoeirados e com
elementos enferrujados e soltos como pode ser observado nas figuras 24 e 25. Nenhum
dos veículos avaliados apresentou ar condicionado e apenas sete por cento (7%)
apresentou presença de cobrador.
Figura 24: Veículo D58561 com assento solto.
64
Figura 25: Veículo D58561 com dispositivo de alerta de paradas apresentando mau
funcionamento do lado direito e ausente do lado direito.
Atualmente a frota dispõe de veículos adaptados que apresentam catraca dupla para a
cobrança da tarifa, o que supostamente facilitaria o embarque dos passageiros. Esses
ônibus com duas catracas funcionam da seguinte forma: uma é exclusiva para quem usa
Bilhete Único ou vale transporte e a outra se destina, principalmente, aos usuários que
pagam a passagem com dinheiro ou quem usa os cartões de idoso, portador de deficiência
ou estudante. O principal problema causado por essa mudança refere-se à perda de espaço
físico do veículo causado pela colocação das duas catracas que reduzem a capacidade
do veículo e o número de assentos, diminuindo assim a comodidade dos passageiros.
No que diz respeito às características relacionadas aos portadores de deficiência física,
os veículos que possuem três (3) portas, quatorze por cento (14%) dos analisados,
apresentam elevador para as cadeiras de rodas, porta exclusiva para embarque e
desembarque desses passageiros, espaço destinado à colocação da cadeira de rodas
e assento preferencial para acompanhante. Nesses veículos o número de assentos
totais e o espaço de livre circulação é menor.
Todos os veículos possuem assentos, na cor amarela, disponibilizados,
preferencialmente, para gestantes, idosos, portadores de deficiência, obesos e
65
mulheres portando crianças de colo de acordo com as Leis Federais nº 10.48/00 e nº
10.098/00 regulamentadas pelo Decreto nº 5.296/04.
Os resultados da pesquisa de campo demostram a necessidade de avaliações
periódicas por parte do poder público (SMTR) nos coletivos circulantes na Cidade do
Rio de Janeiro.
5.2.7. Características dos Locais de Parada
A partir dos parâmetros de qualidade referentes às características dos locais de parada
foi realizada uma pesquisa de campo que buscou avaliar as condições físicas de todos
os locais de embarque e desembarque disponibilizados ao longo do trajeto da linha.
Para determinação da qualidade em relação à presença de coberturas e bancos para
sentar, os limites estabelecidos foram:
Bom: sessenta por cento ou mais (≤ 60%) dos pontos de parada apresentam o
parâmetro analisado;
Regular: trinta por cento ou mais (≥ 30%) e menos de sessenta por cento (< 60%)
dos pontos de parada apresentam o parâmetro analisado; e
Ruim: menos de trinta por cento (< 30%) dos pontos de parada apresentam o
parâmetro analisado.
Na análise referente à iluminação noturna e a sinalização, os pontos de parada de
passageiros foram avaliados separadamente pelos seguintes conceitos:
Satisfatório;
Deixa a desejar; e
Insatisfatório.
A análise individual de cada ponto de ônibus atendido pela linha em estudo foi realizada
no dia cinco de agosto de dois mil e quinze (05/08/2015), quarta-feira, com veículo
apresentando velocidade reduzida, compatível com a mínima exigida em cada via, nos
locais onde era inviável a parada do automóvel. Em todas as regiões onde era possível
estacionar o veículo de maneira segura foi realizada uma inspeção a pé com o objetivo
de obter uma análise mais criteriosa do ponto.
66
A dupla de avaliadores de campo foi constituída pelo autor da monografia e pelo
seguinte avaliador voluntário:
Jeniffer Nascimento Figueira (código 01): mestranda em Ciência e Tecnologia de
Polímeros da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Com auxílio do aplicativo Moovit e do Google Maps, recursos que apresentam a posição
aproximada de todos os locais de parada dos coletivos, a dupla de avaliadores analisou
os aspectos físicos presentes nos pontos de ônibus em relação a presença de cobertura
e assentos, iluminação noturna e sinalização assim como proposto por Ferraz e Torres
(2004). Os dados coletados durante a pesquisa encontram-se no ANEXO V. As tabelas
16, 17, 18 e 19 apresentam o resultado final da análise por região.
Tabela 16: Análise das Características dos Locais de Parada da Região de Campo
Grande.
Parâmetro Conceito Atribuído Campo Grande Porcentagem
Cobertura Presente 26 40%
Ausente 39 60%
Assento
Presente 24 37%
Ausente 41 63%
Iluminação
Satisfatório 0 0%
Deixa a desejar 38 58%
Insatisfatório 27 42%
Sinalização
Satisfatório 0 0%
Deixa a desejar 0 0%
Insatisfatório 65 100%
Com os dados é possível constatar que a região de Campo Grande possui qualidade
regular quando analisada em relação à presença de coberturas e bancos para sentar,
uma vez que ambos os parâmetros de qualidade apresentaram resultado entre trinta e
sessenta por cento (30% e 60%). A ausência de coberturas e assentos reduz a
sensação de conforto dos usuários e os expõem ao clima, sol intenso ou chuva, como
pode ser verificado na figura 26.
67
Figura 26: Ponto de ônibus da Estrada da Posse (próximo ao número 906).
Em relação à iluminação noturna, cinquenta e oito por cento (58%) dos pontos de parada
apresentaram conceito “deixa a desejar” e quarenta e dois por cento (42%)
apresentaram conceito “insatisfatório”. Na análise da sinalização presente nos locais de
parada de Campo Grande, cem por cento apresentaram conceito “insatisfatório”, uma
vez que, apesar de possuírem placa de indicação de parada dos coletivos, os locais não
apresentam painéis com informações que auxiliem na orientação dos usuários em
relação às linhas que abastecem o local e os horários de circulação dos coletivos.
Segundo SMT (2015), até o final do segundo ano de concessão, dois mil e doze (2012),
os concessionários que prestam serviço público de transporte coletivo de passageiros
por ônibus no município do Rio de Janeiro deveriam ter implantado, em todos os pontos
de parada, dotados de infraestrutura, informações (vista e numeral) de todas as linhas
e serviços que se utilizam do ponto e seus horários de funcionamento, dentro dos
padrões estabelecidos pelo poder concedente. As informações deveriam estar em local
de fácil visibilidade para os usuários e deveriam ser atualizadas sempre que houvesse
alteração em alguma linha ou serviço.
68
Tabela 17: Análise das Características dos Locais de Parada da Região da Avenida
Brasil.
Parâmetro Conceito Atribuído Av. Brasil Porcentagem
Cobertura
Presente 52 41%
Ausente 74 59%
Assento
Presente 50 40%
Ausente 76 60%
Iluminação
Satisfatório 7 6%
Deixa a desejar 67 53%
Insatisfatório 52 41%
Sinalização
Satisfatório 0 0%
Deixa a desejar 0 0%
Insatisfatório 126 100%
A Região da Avenida Brasil apresentou quarenta e um por cento (41%) dos pontos com
cobertura, qualidade regular, e quarenta por cento (40%) com assentos, qualidade
regular. Outro aspecto que precisa ser considerado refere-se à baixa qualidade em
relação à iluminação noturna que apresentou apenas sete por cento (7%) dos pontos
com iluminação satisfatória. Pelos mesmos motivos citados na análise da região de
Campo Grande, a sinalização apresentou cem por cento (100%) dos pontos com
conceito insatisfatório.
Tabela 18: Análise das Características dos Locais de Parada da Avenida Bento
Ribeiro Dantas.
Parâmetro Conceito Atribuído Av. Bento Ribeiro Porcentagem
Cobertura
Presente 3 75%
Ausente 1 25%
Assento Presente 3 75%
Ausente 1 25%
69
Parâmetro Conceito Atribuído Av. Bento Ribeiro Porcentagem
Iluminação
Satisfatório 0 0%
Deixa a desejar 2 50%
Insatisfatório 2 50%
Sinalização
Satisfatório 0 5%
Deixa a desejar 0 0%
Insatisfatório 4 100%
O pequeno trecho em que os coletivos da linha realizam paradas na Avenida Bento
Ribeiro Dantas também foi analisado quanto à presença de cobertura e assentos
(presente em setenta e cinco por cento dos locais de parada – boa qualidade),
iluminação (deixa a desejar em cinquenta por cento e é insatisfatória em outro cinquenta
por cento) e sinalização que é insatisfatória em cem por cento (100%) dos locais
estudados.
Tabela 19: Análise das Características dos Locais de Parada da Região da Cidade
Universitária.
Parâmetro Conceito Atribuído Cidade Universitária Porcentagem
Cobertura
Presente 14 67%
Ausente 7 33%
Assento
Presente 14 67%
Ausente 7 33%
Iluminação
Satisfatório 11 52%
Deixa a desejar 5 24%
Insatisfatório 5 24%
Sinalização
Satisfatório 0 0%
Deixa a desejar 1 5%
Insatisfatório 20 95%
70
A região com melhor desempenho foi a Cidade Universitária que apresentou sessenta
e sete por cento (67%) dos pontos com coberturas e assentos, boa qualidade. É
importante destacar que a grande maioria desses locais possui excelente espaço físico
com grande quantidade de assentos, presença de lixeiras e coberturas amplas, figura
27. Outro aspecto positivo refere-se à iluminação, que em cinquenta e dois por cento
(52%) dos casos apresentou conceito satisfatório.
Figura 27: Ponto de ônibus da Cidade Universitária localizado em frente ao Prédio da
Faculdade de Letras.
É fato que para oferecer um sistema de transporte de qualidade é necessário que sejam
realizadas melhorias na infraestrutura dos locais destinados ao embarque e
desembarque de passageiros. Dessa forma, as empresas de ônibus e os órgãos
públicos precisam se unir na busca pelo aumento do conforto oferecido aos usuários e
no estabelecimento de informações adequadas.
5.2.8. Sistemas de informação aos usuários
Como os parâmetros de qualidade “Folhetos com itinerários e horários disponíveis” e
“Informações adequadas nas paradas” foram considerados de qualidade ruim na
avaliação referente às características dos locais de embarque e desembarque, a
pesquisa desenvolvida nesse item avaliou a qualidade referente ao parâmetro “Serviços
Informações e reclamações (pessoalmente ou por telefone) ” e se dividiu em três etapas:
71
Primeira etapa: busca por reclamações realizadas no site do Reclame Aqui a
respeito do serviço realizado pela linha em estudo e verificação das soluções
encontradas pela empresa de ônibus;
Segunda etapa: verificação da serventia do “Fale Ônibus”, um serviço de
atendimento aos passageiros do transporte público por ônibus do Estado do Rio
de Janeiro disponibilizado pela Fetranspor; e
Terceira Etapa: descrição do serviço de atendimento da Secretaria Municipal de
Transportes do Rio de Janeiro (SMTR), poder público.
São frequentes as reclamações a respeito do serviço prestado pela empresa Auto
Viação Bangu no site do Reclame Aqui, tabela 20. Além de queixas relacionadas ao
estado de conservação do veículo e da baixa frequência de atendimento, muitos clientes
demostram-se insatisfeitos com o comportamento dos condutores que se negam a parar
em determinados pontos, realizam trajeto diferente do estabelecido ou dirigem com
velocidade acima da permitida, colocando em risco a vida do passageiro.
Tabela 20: Algumas reclamações realizadas no site do ReclameAqui a respeito do
serviço prestado pela linha em estudo.
Data da Reclamação
Destinatário Reclamação Data da Resposta
Solução Encontrada
13/11/2013 Fetranspor Frequência de atendimento e trajeto realizado
14/11/2013
A Fetranspor respondeu pedindo que a reclamação fosse enviada para empresa de ônibus
09/10/2013 Empresa de Ônibus
Comportamento dos operadores
11/10/2013 Promete aplicar as medidas cabíveis
08/01/2014 Empresa de Ônibus
Frequência de atendimento e comportamento dos operadores
09/01/2014
Promete averiguar a natureza das informações e aplicar as medidas necessárias caso seja verificada a veracidade das queixas
72
Data da Reclamação
Destinatário Reclamação Data da Resposta
Solução Encontrada
13/11/2014 Empresa de Ônibus
Comportamento dos operadores
02/11/2014
Promete averiguar a natureza das informações e aplicar as medidas necessárias caso seja verificada a veracidade das queixas
08/04/2015 Empresa de Ônibus
Comportamento dos operadores
13/04/2015
Promete averiguar a natureza das informações e aplicar as medidas necessárias caso seja verificada a veracidade das queixas
25/06/2015 Fetranspor Comportamento dos operadores
26/06/2015
A Fetranspor respondeu pedindo que a reclamação fosse enviada para empresa de ônibus
02/10/2015 Empresa de Ônibus
Não cumprimento do trajeto estipulado pela linha durante a noite
06/10/2015
Promete averiguar a natureza das informações e aplicar as medidas necessárias caso seja verificada a veracidade das queixas
09/12/2015 Empresa de Ônibus
Estado de conservação dos veículos, frequência de atendimento e comportamento dos operadores
14/12/2015
Promete averiguar a natureza das informações e aplicar as medidas necessárias caso seja verificada a veracidade das queixas
Apesar das inúmeras críticas, a empresa de ônibus demostra estar preocupada com o
bem-estar do usuário e sempre responde agradecendo as informações e prometendo
aplicar as medidas cabíveis caso seja comprovada a veracidade das queixas. Mesmo
com o esforço, muitos problemas permanecem sem solução e se repetem diariamente.
No dia nove de dezembro de dois mil e quinze (09/12/2015), por exemplo, um usuário
do serviço realizou uma reclamação a respeito do comportamento dos condutores, da
73
frequência de atendimento e do estado de conservação dos veículos, conforme
apresentado na figura 28.
Figura 28: Reclamação, na integra, realizada por um usuário no site do Reclame Aqui.
No dia quatorze de dezembro de dois mil e quinze (14/12/2015), cinco dias depois, a
empresa de ônibus respondeu agradecendo as informações e prometendo averiguar as
informações conforme apresentado na figura 29.
Figura 29: Resposta, na integra, da empresa de ônibus.
Insatisfeito com a resposta, aparentemente automática, apresentada pela empresa de
ônibus, o usuário realizou uma réplica apresentando novas reclamações e pedindo que
74
a sua reclamação não fosse respondida por mensagens prontas como pode ser
observado na figura 30.
Figura 30: Réplica, na integra, do usuário.
Em resposta a réplica do usuário, infelizmente, a empresa de ônibus respondeu ao
segundo questionamento exatamente da mesma forma que havia respondido a primeira
reclamação, ou seja, realizando uma mensagem automática, o que demostra a falta de
comprometimento da empresa com a resolução do problema do usuário.
Na segunda etapa, foram realizadas reclamações diretamente ao serviço de
atendimento ao cliente disponibilizado pela Fetranspor, que se orgulha em resolver 98%
dos casos e de possuir uma média de atendimentos por mês de 35 mil usuários.
No que se diz respeito aos meios de comunicação disponíveis para realização das
reclamações ou sugestões de melhoria, o serviço “Fale Ônibus” apresenta ótimo
desempenho, uma vez que existe uma variedade de meios de comunicação, muitos
deles gratuitos, conforme pode ser observado na tabela 21.
Tabela 21: Serviço de Atendimento ao Cliente disponibilizado pela Fetranspor.
Serviço Contato
Telefone 0800 886 1000
SMS 28511
WhatsApp 99992-8511
75
Serviço Contato
Chat Online http://www.fetranspor.com.br/faleonibus
E-mail http://www.faleonibus.com.br
Facebook http://www.facebook.com/faleonibus
Twitter http://www.twitter.com/faleonibus
No dia dezesseis de maio de dois mil e quinze (16/05/2015), o autor da monografia
realizou uma reclamação a respeito da frequência de atendimento e do estado de
conservação dos veículos pelo WhatsApp, 13 minutos depois, um funcionário que se
identificou como Lucas informou que tinha sido enviada uma manifestação a empresa
de ônibus e que uma resposta da reclamação seria enviada por e-mail após no máximo
5 dias.
Como pode ser percebido, a Fetranspor apresenta-se como porta voz do usuário em
relação à reclamação, porém, não realiza medidas relacionadas à resolução do
problema, apenas direciona a questão para empresa de ônibus.
No dia vinte e cinco de maio de dois mil e quinze (25/05/2015), nove (9) dias após a
reclamação, a empresa de ônibus respondeu da mesma forma que sempre responde
as reclamações no site do Reclame Aqui conforme apresentado na figura 31.
Figura 31: Resposta, na integra, a reclamação por e-mail.
Nessa etapa da pesquisa se pode concluir que apesar da Fetranspor possuir serviço de
atendimento ao cliente altamente moderno e especializado, os problemas permanecem
sem solução e se repetem diariamente na vida dos usuários.
76
Constatada a ineficiência relacionada à resolução dos problemas apresentados pelos
passageiros, foi realizada a terceira etapa da pesquisa, que consistiu em analisar o
serviço de ouvidoria disponibilizado pela SMTR, responsável pela fiscalização do
serviço de transporte público por ônibus na cidade do Rio de Janeiro.
O serviço de atendimento aos usuários é constituído pelos seguintes passos:
Primeiro passo: o cidadão realiza sua reclamação, crítica, elogio ou sugestão pelo
número 1746 ou pelo endereço eletrônico www.1746.rio.gov.br, com
funcionamento a qualquer dia da semana, inclusive domingos e feriados, 24 horas.
Após a conclusão do seu atendimento, recebe um número de protocolo no modelo
“RIO-999999-9”.
Segundo Passo: o cidadão acessa o endereço eletrônico
http://www21.rio.rj.gov.br/siso/internet/frmcadastro.cfm da Prefeitura do Rio de
Janeiro e digita a natureza do assunto e o protocolo fornecido, para que assim
possa realizar o acompanhamento do seu pedido.
As principais críticas relativas à ouvidoria são:
A SMTR não apresenta um canal de comunicação próprio, utiliza-se da central de
atendimento aos cidadãos disponibilizado pela Prefeitura da Cidade do Rio de
Janeiro;
O serviço de atendimento é pouco divulgado pelos meios de comunicação;
As ligações realizadas por telefone não são gratuitas, custam o preço de uma
ligação local, e demoram bastante para serem concluídas; e
Muitos problemas, apesar da Prefeitura estabelecer prazo de resolução,
permanecem sem solução.
Com a pesquisa foi possível constatar que apesar de existirem diversos meios de
comunicação entre os usuários e as empresas de ônibus ou poder público, o contato é
pouco eficaz quanto a resolução dos problemas apresentados, dessa forma, a qualidade
dos Sistemas de Informação aos usuários quanto ao parâmetro “Serviços Informações
e reclamações (pessoalmente ou por telefone) ” foi considerada de nível ruim.
77
5.2.9. Conectividade
A pesquisa de Campo relativa ao padrão de qualidade conectividade buscou, através
de pesquisas bibliográficas e visitas técnicas, descrever e avaliar a serventia das
Estações de Integração de Campo Grande e da Cidade Universitária quanto a sua
localização e integração física.
A Estação de Integração de Campo Grande se localiza na região central do bairro, onde
estão presentes diversas lojas, bancos, farmácias, restaurantes, centros comerciais,
shoppings etc. O local apresenta uma quantidade significativa de rotas de ônibus e vans
para regiões como Palmares, Jesuítas, Base Área de Santa Cruz, Cidade Universitária,
São Fernando, Centro do Rio de Janeiro, Angra dos Reis etc. Quanto à integração física,
os transbordos são realizados em espaços abertos e sem presença de coberturas ou
assentos, figura 32.
Figura 32: Estação de Integração de Campo Grande.
Na proximidade encontram-se o (a):
Terminal Rodoviário Senador Antônio Mendes Canale (Rodoviária de Campo
Grande): possui rotas de ônibus para as zonas Norte, Noroeste, Metropolitana,
78
Centro-Sul e Serrana do Rio de Janeiro. Além disso, possui horários diários para
São Paulo assim como para as cidades Cabo Frio, Itaperuna, Angra dos Reis e
Belo Horizonte;
Estação de Trem de Campo Grande, figura 33, compõe o Ramal de Santa Cruz
(Santa Cruz – Central do Brasil) que atente diversos bairros do Rio de Janeiro
como Cosmos, Paciência, Bangu, Deodoro, Madureira, Méier, Engenho Novo,
Maracanã, São Cristóvão e Central do Brasil.
Terminal BRT TransOeste de Campo Grande: possui linha para Santa Cruz,
atendendo bairros como Inhoaíba, Cosmos e Paciência. Possui ainda ônibus
alimentadores para a estação do Mato Alto que apresenta rotas para Alvorada,
Recreio dos Bandeirantes, Pingo D’agua, Paciência e Santa Cruz.
Figura 33: Estação de Trem de Campo Grande que compõe o Ramal de Santa Cruz.
No local também podem ser encontradas ciclovias, figura 34, que contornam o traçado
da linha férrea em ambos os lados com quarenta e dois quilômetros (42 km) de extensão
total que se inicia no Bairro de Santa Cruz e termina no bairro de Bangu. Porém,
problemas como reduzida presença de passarelas, má conservação do revestimento e
79
da pintura e ausência de espaços adequados para estacionamento das bicicletas fazem
com que o número de pessoas que utilizem as ciclovias seja reduzido e que o volume
de tráfego motorizado nas mediações seja elevado.
Figura 34: Trecho da ciclovia de Campo Grande com revestimento e pintura em mau
estado de conservação.
A Estação de Integração da Universidade Federal do Rio de Janeiro, figura 35,
inaugurada em agosto de dois mil e dez (08/2010), está localizada na Rua Professor
Rodolpho Paulo Rocco em frente à Escola de Educação Infantil da UFRJ e está
estrategicamente posicionada próxima ao Hospital Universitário Clementino Fraga Filho
(HUCFF) e ao Centro de Ciências da Saúde (CCS).
80
Figura 35: Estação de Integração da Cidade Universitária.
Com a construção da Estação os usuários do transporte público por ônibus da Cidade
Universitária passaram a contar com uma área urbanística bem planejada com espaço
físico amplo, iluminação noturna adequada e com presença de coberturas e assentos,
que oferecem melhor conforto e segurança aos passageiros. O único problema
apresentado é a falta de local fechado para realização dos transbordos.
As linhas externas que realizam parada na Estação de Integração da UFRJ, segundo o
site da Prefeitura Universitária, são:
321 Castelo / Bancários (via Linha Vermelha)
322 Castelo / Ribeira
323 Castelo / Bananal (via Linha Vermelha)
324 Castelo / Ribeira
325 Castelo / Ribeira (via Linha Vermelha)
326 Castelo / Bancários
81
327 Castelo / Ribeira
328 Castelo / Bananal
329 Castelo / Bancários (via Praia da Rosa)
386B Anchieta / Cidade Universitária
634 Saens Peña / Freguesia
696 Méier / Praia do Dendê
901 Bonsucesso / Bananal
910 A Terminal Aroldo Melodia (BRT) / Bananal
911 Bonsucesso / Cidade Universitária (1 ônibus diário)
914 Vigário Geral / Freguesia
915 Bonsucesso / Galeão (AIRJ)
945 Pavuna / Cidade Universitária
933 Bangu / Cidade Universitária
936 Campo Grande / Cidade Universitária
Próximo à região, encontra-se o Terminal do BRT Transcarioca da Ilha do Fundão,
Aroldo Melodia, figura 36, que foi inaugurado em outubro de dois mil e quatorze
(10/2014) e que modificou a vida de milhares de estudantes e trabalhadores do campus
da UFRJ. A existência de um corretor exclusivo diminuiu significativamente as viagens,
principalmente, dos usuários residentes da Zona Oeste do Rio de Janeiro.
82
Figura 36: BRT Transcarioca: Terminal Aroldo Melodia.
Com a pesquisa, contata-se que ambas as Estações de Integração apresentam posição
privilegiada, próximas de grandes polos geradores de viagens e de estações de outros
meios de transporte como BRT ou trem, sendo assim a qualidade relativa à sua
localização foi considerada satisfatória. Quanto à integração física, a Estação de Campo
Grande apresentou qualidade ruim, devido à ausência de espaço fechado, coberturas e
assentos, enquanto que a Estação da UFRJ recebeu conceito regular, devido ausência
de local fechado para realização dos transbordos.
5.2.10. Comportamento dos Operadores
Com o intuído de avaliar o padrão de qualidade referente ao comportamento dos
operadores, foi realizada uma pesquisa de opinião dos habituais usuários do serviço,
através de abordagem pessoal e aplicação individual.
A pesquisa foi realizada no decorrer do calendário acadêmico de 2015.1, iniciada no
dia primeiro de abril de dois mil e quinze (01/04/2015), e finalizada no dia trinta de julho
83
de dois mil e quinze (30/07/2015). Durante o período em que a pesquisa foi realizada,
100 pessoas responderam ao questionário.
A coleta de dados foi realizada através de abordagens no interior dos veículos e em
questionário disponibilizado no endereço eletrônico http://goo.gl/forms/KnMgdcfEt0,
divulgado nas redes sociais de forma a atingir o maior número possível de usuários
aptos a participar do projeto e obter resultados mais confiáveis.
É importante salientar que o questionário não apresentava apenas questões relativas
ao comportamento dos operadores, mas a pesquisa desenvolvida nesse projeto de
graduação avaliará apenas esse padrão de qualidade. Posteriormente, será
desenvolvido um artigo contendo a pesquisa de opinião relativa a todos os padrões de
qualidade do transporte público por ônibus referente à linha como um estudo
complementar.
Com o intuído de comparar os dados obtidos pela pesquisa com os conceitos dos
parâmetros referentes ao comportamento dos operadores foram realizadas as seguintes
considerações:
Nível de qualidade “Satisfatório”: mais de 60 % consideram os condutores cordiais
ou cautelosos nas suas respectivas avaliações;
Nível de qualidade “Deixa a desejar”: de 40 a 60 % consideram os condutores
cordiais ou cautelosos nas suas respectivas avaliações; e
Nível de qualidade “Insatisfatório”: menos de 40 % consideram os condutores
cordiais ou cautelosos nas suas respectivas avaliações.
As figuras 37 e 38 apresentam as questões desenvolvidas para o questionário relativas
ao comportamento dos operadores.
84
Figura 37: Avaliação referente ao parâmetro de qualidade “Cautela”.
Figura 38: Avaliação referente ao parâmetro de qualidade “Cordialidade”.
Analisando os dados presentes nas figuras, constata-se que apenas vinte por cento (20
%) dos entrevistados consideram os condutores cautelosos, nível de qualidade
Sim 20%
Não80%
VOCÊ CONSIDERA O COMPORTAMENTO DA MAIORIA DOS CONDUTORES SATISFATÓRIO QUANTO A CAUTELA (SEGURANÇA)?
Sim 43%
Não57%
VOCÊ CONSIDERA O COMPORTAMENTO DA MAIORIA DOS CONDUTORES SATISFATÓRIO QUANTO A CORDIALIDADE?
85
insatisfatório, e quarenta e três por cento (43%) consideram os condutores cordiais,
nível de qualidade deixa a desejar.
Considerando a grande quantidade de usuários insatisfeitos com a cautela dos
operadores, durante as entrevistas realizadas pessoalmente, foi pedido que os
entrevistados explicassem o motivo da avaliação. Os usuários criticam a velocidade com
que os motoristas trafegam nas vias, o uso indevido do celular, as conversas com
passageiros durante a viagem e as manobras perigosas realizadas, ações que colocam
em risco diariamente a vida dos passageiros. As principais críticas relacionadas à
cordialidade dos motoristas são: não parar em pontos de ônibus em que usuários
esperam para embarcar nos coletivos, seguir trajetos diferentes do estabelecido e
desembarcar usuários em locais diferentes dos pontos desejados.
Com a pesquisa, contata-se a necessidade de treinamentos mais eficazes e de medidas
de punição mais severas aos condutores que realizam procedimentos de conduta
duvidosa, pois como já dito anteriormente, o contato do motorista com os passageiros
é direto e a falta de confiança pode ocasionar perda de demanda.
5.2.11. Estado das Vias
Com o intuito de avaliar o padrão de qualidade referente ao estado das vias utilizadas
no deslocamento de Campo Grande a Cidade Universitária foi realizada uma pesquisa
de campo baseada no método de análise subjetiva do pavimento descrito na norma
DNIT 009/2003 e através de observações a respeito dos principais problemas
encontrados pelos avaliadores.
Segundo a norma DNIT 009/2003, entende-se com valor de serventia atual (VSA), a
medida subjetiva das condições de superfície de um pavimento, feita por um grupo de
avaliadores que percorrem o trecho sob análise, registrando suas opiniões sobre a
capacidade do pavimento de atender às exigências do tráfego que sobre ele atua, no
momento da avaliação, quanto à suavidade e ao conforto.
O método origina-se de Carey e Irick (1960) que determinaram o estado de deterioração
dos pavimentos utilizando-se do conceito de serventia considerando as seguintes
hipóteses:
O propósito principal de um pavimento é servir ao público que trafega sobre ele;
86
As opiniões dos usuários são subjetivas, mas se relacionam com algumas
características passiveis de serem medidas objetivamente;
A serventia de uma seção pode ser expressa através de avaliações realizadas
pelos usuários; e
O desempenho é o histórico de sua serventia ao longo do tempo.
A pesquisa de campo buscou seguir as condições estabelecidas pela norma DNER-
PRO 07/94 (Avaliação Subjetiva da Superfície de Pavimentos - DNER, 1994) que são:
Cada avaliador precisa considerar somente o estado atual da superfície de
rolamento;
As avaliações devem ser realizadas sob condições climáticas totalmente
favoráveis;
Devem ser ignorados os aspectos do projeto geométrico (largura de faixas,
traçado em planta, rampas, etc.) assim como a resistência a derrapagem dos
pavimentos;
Devem ser considerados principalmente os buracos, saliências e as
irregularidades transversais e longitudinais da superfície;
Cada trecho deve ser avaliado individualmente e não deve haver troca de
informações entre os avaliadores;
Cada avaliador deve considerar o conforto proporcionado pelo pavimento caso
tivesse que utiliza-lo dirigindo um veículo por 8 horas ou longo de 800 km.
O trajeto percorrido pelos veículos da linha em estudo foi dividido em cinco grandes
regiões que foram analisadas separadamente, conforme descrito a seguir:
Campo Grande: da Rua Campo Grande a Estrada do Quafá;
Avenida Brasil I: da Av. Brasil (próximo ao n° 34935) a Av. Brasil (próximo ao n°
24277);
Avenida Brasil II: da Av. Brasil (próximo ao n° 24277) a Av. Brasil (próximo ao n°
4500);
Av. Bento Ribeiro Dantas: Linha Amarela; e
Cidade Universitária.
87
No dia quinze de junho de dois mil e quinze (15/06/2015), segunda-feira, foi realizada
uma reunião, onde o autor da monografia apresentou aos demais avaliadores uma
explicação técnica a respeito dos principais problemas apresentados nos pavimentos e
os seus níveis de severidade, a fim de maximizar os resultados obtidos.
Três (3) avaliadores de campo percorreram as regiões selecionadas no dia dezessete
de junho de dois mil e quinze (17/06/2015), quarta-feira, e através de análises individuais
atribuíram notas de 0 (péssimo) a 5 (ótimo), conforme proposto na norma DNIT
009/2003, a fim de determinar o valor de serventia atual do pavimento.
O trio de avaliadores foi composto pelo autor da monografia (código 03) e pelos
seguintes avaliadores voluntários:
Jeniffer Nascimento Figueira (código 01): mestranda em Ciência e Tecnologia de
Polímeros da Universidade Federal do Rio de Janeiro; e
Aline de Oliveira Nogueira Costa (código 02): pesquisadora voluntária no
Laboratório de Imunobiofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Com o objetivo de avaliar a qualidade do pavimento em cada trecho estudado foram
estabelecidos os seguintes limites de acordo com CAREY e IRICK (1960):
Péssimo: 0< VSA ≤ 1;
Ruim: 1 < VSA ≤ 2;
Regular: 2 < VSA ≤ 3;
Bom: 3 < VSA ≤ 4; e
Ótimo: 4 < VSA ≤ 5.
Em virtude da impossibilidade de realização de uma análise a pé, o que sofisticaria os
dados obtidos, por causa do tráfego intenso das vias analisadas, a avaliação foi
realizada com automóvel apresentando velocidade reduzida e compatível com a mínima
permitida em cada via nos locais onde era inviável a parada do automóvel. Nos demais
locais, os avaliadores percorrem consideráveis extensões na busca por melhores
informações a respeito dos problemas.
A ficha disponibilizada aos avaliadores, presente no ANEXO VI, apresentou, além de
espaço destinado a atribuição das notas, região onde era possível apresentar os
principais defeitos encontrados nos pavimentos e o nível de severidade dos mesmos. A
88
tabela 22 apresenta os valores obtidos durante a pesquisa por cada avaliador e a
situação final do trecho obtida através da média aritmética entre as notas atribuídas.
Tabela 22: Valor de Serventia Atual.
Trecho sob Análise VSA (01) VSA (02) VSA (03) VSA final Situação
Campo Grande 2,5 3,0 3,0 2,8 Regular
Avenida Brasil I 2,5 2,5 2,5 2,5 Regular
Avenida Brasil II 1,5 1,5 2,0 1,7 Ruim
Av. Bento Ribeiro Dantas
4,0 4,0 3,5 3,8 Bom
Cidade Universitária 2,0 2,0 2,0 2,0 Regular
Analisando os dados obtidos na tabela 22 constata-se que um (1) trecho apresentou
qualidade ruim, três (3) apresentaram qualidade regular e apenas um (1) apresentou
boa qualidade quanto ao propósito de servir o tráfego que circula sobre ele.
O pavimento das vias de Campo Grande apresentou quantidade relevante de trincas
por fadiga, mas com nível de severidade considerado baixa pelos avaliadores por
estarem pouco conectadas, sem erosão nos bordos e sem evidência de bombeamento.
Outro defeito, bem recorrente, foi a trinca nos bordos que, em sua maioria, não continha
perda de material ou despedaçamento, dessa forma, os avaliadores também
consideraram a severidade do problema baixa. O trecho apresentou a segunda melhor
pontuação.
No primeiro trecho da Avenida Brasil, os problemas mais recorrentes foram os
remendos, as trincas por fadiga com severidade baixa e média (conectadas e com
bordos levemente erodidos), desgastes e as trincas longitudinais com severidade baixa.
O segundo trecho da Avenida Brasil apresentou piores condições de utilização que os
demais trechos estudados, com grande desconforto durante a realização das viagens
devido às lombadas e valetas, elevada quantidade de trincas por fadiga com severidade
média e alta (erodidas nos bordos), trincas nos bordos, panelas profundas, remendos,
trincais transversais com abertura significativa, deformação permanente e desgaste.
89
Figura 39: Um dos diversos trechos localizados na Av. Brasil II com graves problemas
na pavimentação.
O melhor trecho avaliado foi o da Avenida Bento Ribeiro Dantas (Linha Amarela), figura
40, que apresentou bom desempenho quando a aparência, conforto, qualidade dos
materiais utilizados na pavimentação e capacidade de servir os veículos que trafegam
sobre ele. O trecho não apresentou quantidade significante de defeitos.
Figura 40: Trecho da Av. Bento Ribeiro Dantas com pavimentação em ótimo estado de
conservação.
90
Embora tenha obtido desempenho regular, a cidade universitária apresenta
revestimento com má condição de utilização em consideráveis extensões como o da
Avenida Horácio Macedo, figura 41, que apresenta diversos problemas como as trincas
por fadiga, as trincas nos bordos, o desgaste, as panelas e a deformação permanente.
Figura 41: Trecho da Avenida Horácio Macedo (Cidade Universitária) com graves
problemas na pavimentação.
Com os resultados obtidos, contata-se a necessidade do desenvolvimento de atividades
de manutenção (detecção e resolução dos problemas no estágio inicial) e de reparo
(resolução dos defeitos em estágio avançado) de modo a evitar agravamento do quadro
e, consequentemente, maiores gastos aos cofres públicos. Como citado anteriormente,
há, ainda, a necessidade de criação de um plano de gerenciamento dos pavimentos
para a cidade do Rio de Janeiro.
91
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através da revisão bibliográfica foi possível estabelecer o conceito de qualidade relativo
ao transporte público por ônibus e identificar e descrever um conjunto de padrões
necessário para sua avaliação. Com isso, diversas pesquisas de campo foram
realizadas, onde aspectos quantitativos e qualitativos sobre a qualidade do serviço
disponibilizado pela linha que conecta Campo Grande a Cidade Universitária foram
considerados, bem como itens associados à infraestrutura de transporte local.
Os resultados das pesquisas de campo, figura 23, refletem o estado atual da linha em
estudo, demostram a necessidade de intervenções, significativas, do poder público na
fiscalização do transporte público por ônibus, não só da linha em estudo, mas também
das outras linhas que circulam na cidade do Rio de Janeiro e ressaltam a importância
de estudos relacionados diretamente ao setor, na busca pelo aumento da qualidade do
serviço prestado e, consequentemente, no aumento da demanda pelo transporte
público, que como já mencionado, contribui para redução dos graves problemas
relacionados à mobilidade urbana nos grandes centros.
Tabela 23: Resumo dos resultados obtidos pelas pesquisas de campo.
Padrão de
Qualidade
Região Parâmetro da
Acessibilidade
Conceito
Acessibilidade
Estação de
Integração de
Campo
Grande
Passeios
Declividade Deixa a
desejar
Largura Insatisfatório
Revestimento Insatisfatório
Sinalização adequada para
realização da travessia das
ruas
Insatisfatório
Iluminação noturna Insatisfatório
Infraestrutura necessária aos
portadores de deficiência
física
Insatisfatório
92
Padrão de
Qualidade
Região Parâmetro da
Acessibilidade
Conceito
Acessibilidade
Estação de
Integração da
Cidade
Universitária
Passeios
Declividade Satisfatório
Largura Satisfatório
Revestimento Satisfatório
Sinalização adequada para
realização da travessia das
ruas
Satisfatório
Iluminação noturna Satisfatório
Infraestrutura necessária aos
portadores de deficiência
física
Satisfatório
Frequência de
Atendimento
Estação de
Integração de
Campo
Grande
Intervalo entre atendimentos
(minutos)
Regular a
Ruim
Tempo de Viagem
Percurso de
Campo
Grande a
Cidade
Universitária
Relação entre o tempo de
viagem por ônibus e por carro Regular
Lotação
Percurso de
Campo
Grande a
Cidade
Universitária
Taxa de passageiros em pé
(pass./m2) Ruim
Confiabilidade
Estação de
Integração de
Campo
Grande
Viagens não realizadas ou
realizadas com adiantamento
maior que 3 min ou atraso
acima de 5 min (%)
Ruim
93
Padrão de
Qualidade
Região Parâmetro da
Acessibilidade
Conceito
Segurança
Cidade
Universitária
Segurança em relação a
possíveis assaltos Ruim
Características
dos Ônibus -
Idade e estado de
conservação (anos) Ruim
Número de portas e largura do
corredor Regular
Altura dos degraus, sobretudo
do primeiro Bom
Aparência Insatisfatória
Presença de ar condicionado Ruim
Infraestrutura necessária aos
portadores de deficiência
física
Ruim
Características
dos locais de
parada
Campo
Grande
Sinalização Insatisfatório
Cobertura Regular
Bancos para sentar Regular
Iluminação noturna
Deixa a
desejar, na
maioria
Avenida Brasil
Sinalização Insatisfatório
Cobertura Regular
Bancos para sentar Regular
Iluminação noturna
Deixa a
desejar, na
maioria
Avenida
Bento Ribeiro
Dantas
Sinalização Insatisfatório
Cobertura Bom
Bancos para sentar Bom
94
Padrão de
Qualidade
Região Parâmetro da
Acessibilidade
Conceito
Características
dos locais de
parada
Avenida
Bento Ribeiro
Dantas
Iluminação noturna
Deixa a
desejar ou
insatisfatório
Cidade
Universitária
Sinalização Insatisfatório,
na maioria
Cobertura Bom
Bancos para sentar Bom
Iluminação noturna Satisfatório,
na maioria
Sistemas de
informação aos
usuários
-
Folhetos com itinerários e
horários disponíveis Ruim
Informações adequadas nas
paradas Ruim
Serviços Informações e
reclamações (pessoalmente
ou por telefone)
Ruim
Conectividade
Estação de
Integração de
Campo
Grande Localização
Satisfatória
Estação de
Integração da
Cidade
Universitária
Satisfatória
Estação de
Integração de
Campo
Grande Integração Física
Ruim
Estação de
Integração da
Cidade
Universitária
Regular
Comportamento
dos Operadores
-
Motoristas dirigindo com
habilidade e cuidado Insatisfatório
95
Padrão de
Qualidade
Região Parâmetro da
Acessibilidade
Conceito
Comportamento
dos Operadores
- Motoristas e cobradores
prestativos e educados
Deixa a
desejar
Estado das Vias
Campo
Grande
Vias pavimentadas e sem
buracos, lombadas e valetas e
com sinalização adequada
Regular
Avenida
Brasil I Regular
Avenida
Brasil II Ruim
Linha
Amarela Bom
Cidade
Universitária Regular
Com o estudo contatou-se a extrema incapacidade do serviço em oferecer condições
mínimas de qualidade aos usuários transportados, uma vez que padrões de qualidade
como a frequência de atendimento, a confiabilidade, o comportamento dos operadores
e as características dos veículos deveriam ser prioridades da Empresa na busca pelo
aumento da demanda, mas em vez disso, apresentam desempenho insatisfatório /ruim.
O projeto serviu ainda para desenvolver um panorama da região de Campo Grande,
que apesar de apresentar um grande crescimento econômico e populacional,
infelizmente, não possui estudos relativos à mobilidade urbana e, especificamente, ao
transporte público.
6.1. Limitações Relativas às Pesquisas
As principais dificuldades encontradas durante a realização das pesquisas foram:
Dificuldade de obtenção de dados, disponibilizados pela Fetranspor, pela
Empresa de ônibus ou pelo Poder Público, relativos à linha em estudo;
Grande quantidade de pesquisas desenvolvidas; e
Necessidade de adequação dos horários livres destinados a pesquisa pelos
avaliadores de campo;
96
6.2. Avaliação do Processo e Recomendações
Apesar das dificuldades e limitações deste projeto, a metodologia aplicada conseguiu
atingir os objetivos propostos, de maneira a se obter um resultado condizente com a
realidade da linha em estudo.
É extremamente necessário que seja dada continuidade a esse tipo de pesquisa, com
uma amplitude maior, englobando assim outras linhas de ônibus da Cidade de Rio de
Janeiro, na busca pela melhoria da qualidade do serviço de transporte público por
ônibus na região.
Também é importante destacar que a pesquisa de opinião, embora seja menos
específica que as pesquisas de campo, também contribui para descrever a qualidade
do sistema e é complementar aos resultados obtidos na pesquisa de campo.
97
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Avaliação de Sistemas de Transporte Público Urbano. Dissertação (Mestrado) –
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99
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https://www.ntu.org.br/novo/upload/Publicacao/Pub635399779599334232.pdf >
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RODRIGUES, M. A. Análise do Transporte Coletivo Urbano com Base em Indicadores
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Uberlândia, MG. 2008.
RODRIGUES, M.O. Avaliação do transporte público na cidade de São Carlos.
Dissertação (Mestrado) – Escola de Engenharia de São Carlos. Universidade
Federal de São Paulo. São Carlos, SP, 2006.
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Science. Washington, D. C., 1993.
100
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(Mestrado) – Departamento de Engenharia de Produção, Universidade Federal
do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, RS, 2000.
SMT. ANEXO III. Requisitos Mínimos para prestação dos Serviços. Disponível em:
<http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/4800832/4128530/ANEXOIII.pdf>
Acesso em: 13 dez. 2015.
SMTR. Perguntas Frequentes. Secretaria Municipal de Transportes do Rio de Janeiro.
Disponível em: <http://www.rio.rj.gov.br/web/smtr/perguntas-frequentes>
Acesso em: 23 dez. 2015.
TRAVASSOS, G. Por que Falam Tão Mal Desse Nosso Transporte? Imagem e
Realidade dos Sistemas de Transporte Público de Passageiros. Revista dos
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VASCONCELLOS, E. A. Transporte Urbano, Espaço e Equidade: Análise das Políticas
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VOLVO. Atlas da Acidentalidade no Transporte Brasileiro. O mais Completo Conjunto
de Informações com Caminhões e Ônibus nas Rodovias Federais Brasileiras no
Período de 2008 a 2010. Curitiba, PR, 2014.
101
ANEXO I
Ficha de Avaliação Relativa a Acessibilidade das Estações de Integração
Nome do Avaliador: ____________________________________________________
Código de Identificação: _________________________________________________
Data e Horário da Avaliação: _____________________________________________
Estação de Integração Avaliada:
( ) Campo Grande ( ) Cidade Universitária
INFOMAÇÕES SOBRE A ESTAÇÃO DE INTEGRAÇÃO E SEU ENTORNO
1- Passeios
1.1- Declividade
( ) Satisfatória ( ) Deixa a Desejar ( ) Insatisfatória
1.2- Largura
( ) Satisfatória ( ) Deixa a Desejar ( ) Insatisfatória
1.3.- Revestimento
( ) Satisfatória ( ) Deixa a Desejar ( ) Insatisfatória
2- Sinalização para realização segura da travessia das Ruas
( ) Satisfatória ( ) Deixa a Desejar ( ) Insatisfatória
3- Iluminação noturna
( ) Satisfatória ( ) Deixa a Desejar ( ) Insatisfatória
4- Infraestrutura necessária aos portadores de deficiência física
( ) Satisfatória ( ) Deixa a Desejar ( ) Insatisfatória
5- Observações Importantes:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
102
ANEXO II
Ficha de Avaliação Relativa aos Embarques e Desembarques da Linha em Estudo
Nome do Avaliador: ____________________________________________________
Código de Identificação: _________________________________________________
Data e Horário da Avaliação: _____________________________________________
Veículo Avaliado: ______________________________________________________
Análise:
Embarque ( ) Desembarque ( )
Ponto de Parada:
Ponto Descrição do Ponto de Parada Embarque ou Desembarque
A001 Rua Campo Grande - Estação de Integração CG
A002 Rua Barcelos Domingos - próximo ao Senac
A003 Rua Barcelos Domingos - próximo ao n° 234
A004 Estrada da Capoeira - próximo ao n° 40
A005 Estrada da Capoeira - próximo ao n° 434
A006 Estrada do Mendanha - próximo ao n° 40
A007 Estrada do Mendanha - próximo ao n° 316
A008 Estrada do Mendanha - próximo ao n° 3665
A009 Estrada da Posse - próximo ao n° 3655
A010 Estrada da Posse - próximo ao n° 3675
A011 Estrada da Posse - próximo ao n° 1180
A012 Estrada da Posse - próximo ao n° 692
A013 Estrada da Posse - próximo ao n° 558
A014 Estrada da Posse - próximo ao n° 1011
A015 Estrada da Posse - próximo ao n° 1000
A016 Estrada da Posse - próximo ao n° 1024
103
Ponto Descrição do Ponto de Parada Embarque ou Desembarque
A017 Estrada da Posse - próximo ao n° 1945
A018 Estrada da Posse - próximo ao n° 735
A019 Estrada da Posse - próximo ao n° 1863
A020 Estrada da Posse - próximo ao n° 636
A021 Estrada da Posse - próximo ao n° 467
A022 Estrada da Posse - próximo ao n° 340
A023 Estrada da Posse - próximo ao n° 611
A024 Rua Teixeira Campos - próximo ao n° 1001
A025 Rua Teixeira Campos - próximo ao n° 526
A026 Estrada dos Sete Riachos - próximo ao n° 158
A027 Estrada dos Sete Riachos - próximo ao n° 47
A028 Estrada do Quafá - próximo ao n° 187
A029 Estrada do Quafá - próximo ao n° 34935
A030 Av. Brasil - próximo ao n° 34935
A031 Av. Brasil - próximo ao n° 1086
A032 Av. Brasil - Praça Miami
A033 Av. Carlos Sampaio Correa - próximo ao n° 34301
A034 Av. Carlos Sampaio Correa - próximo ao n° 34003
A035 Av. Carlos Sampaio Correa - próximo ao n° 33543
A036 Av. Carlos Sampaio Correa - próximo ao n° 1511
A037 Av. Brasil - próximo ao n° 32045
A038 Av. Brasil - próximo ao n° 31425
A039 Av. Brasil - próximo ao n° 31425
A040 Av. Brasil - próximo ao n° 3099
A041 Av. Brasil - próximo ao n° 29689
104
Ponto Descrição do Ponto de Parada Embarque ou Desembarque
A042 Av. Brasil - próximo ao n° 29663
A043 Av. Brasil - próximo ao n° 29627
A044 Av. Brasil - próximo ao n° 29579
A045 Av. Brasil - próximo ao n° 29503
A046 Estrada do Engenho - próximo ao n° 28783
A047 Av. Brasil - próximo ao n° 27101
A048 Av. Brasil - próximo ao n° 26785
A049 Av. Brasil - próximo ao n° 25039
A050 Av. Brasil - próximo ao n° 23377
A051 Av. Brasil - próximo ao n° 24277
A052 Av. Brasil
A053 Av. Brasil - próximo ao n° 2267
A054 Av. Brasil - próximo ao n° 2373
A055 Av. Brasil - próximo ao n° 22935
A056 Av. Brasil - próximo ao n° 22253
A057 Av. Brasil - próximo ao n° 21887
A058 Av. Brasil - Shopping Guadalupe
A059 Av. Brasil - próximo ao n° 20971
A060 Av. Brasil - próximo ao n° 20971
A061 Av. Brasil - próximo ao n° 20431
A062 Av. Brasil - próximo ao n° 20001
A063 Av. Brasil - próximo ao n° 19405
A064 Av. Brasil
A065 Av. Brasil - próximo ao n° 19001
A066 Av. Brasil - próximo ao n° 17719
105
Ponto Descrição do Ponto de Parada Embarque ou Desembarque
A067 Av. Brasil - próximo ao n° 19003
A068 Av. Brasil - próximo ao n° 17241
A069 Av. Brasil - próximo ao n° 17091
A070 Av. Brasil - próximo ao n° 16741
A071 Av. Brasil - próximo ao n° 15555
A072 Av. Brasil - próximo ao n° 15455
A073 Av. Brasil - próximo ao n° 12235
A074 Av. Brasil
A075 Av. Brasil - próximo ao n° 12211
A076 Av. Brasil
A077 Av. Brasil - próximo ao n° 11875
A078 Av. Brasil
A079 Av. Brasil - próximo ao n° 11211
A080 Av. Brasil - próximo ao n° 10857
A081 Av. Brasil - próximo ao n° 8701
A082 Av. Brasil - próximo ao n° 9727
A083 Av. Brasil - próximo ao n° 9201
A084 Av. Brasil - próximo ao n° 8883
A085 Av. Brasil - próximo ao n° 8491
A086 Av. Brasil - próximo ao n° 7971
A087 Av. Brasil - próximo ao n° 6691
A088 Av. Brasil - próximo ao n° 6869
A089 Av. Brasil - próximo ao n° 6325
A090 Av. Brasil - próximo ao n° 6011
A091 Av. Brasil - próximo ao n° 5575
106
Ponto Descrição do Ponto de Parada Embarque ou Desembarque
A092 Av. Brasil - próximo ao n° 4500
A093 Av. Bento Ribeiro Dantas - Vila do João
A094 Av. Bento Ribeiro Dantas - Vila do Pinheiro
A095 Rua Lobo Carneiro - próximo ao n° 321
A096 Rua Milton Santos - próximo ao n° 1
A097 Av. Athos da Silveira Ramos - CCMN
A098 Av. Horácio Macedo - CT
A099 Av. Pedro Calmon - Reitoria EBA
A100 Av. Pedro Calmon - CETEM
A101 Av. Pedro Calmon - CETEM
A102 Av. Pedro Calmon - Reitoria EBA
A103 Av. Horácio Macedo - Faculdade de Letras
A104 Av. Horácio Macedo - CENPES 2
A105 Av. Carlos Chagas Filho -EEFD
A106 Av. Carlos Chagas Filho - Bio- Rio
A107 Av. Carlos Chagas Filho - CCS
A108 Rua Professor Rodolpho Paulo Rocco - HUCFF
A109 Rua Professor Rodolpho Paulo Rocco
107
ANEXO III
Embarques e Desembarques realizados no Sentido de Campo Grande a Cidade Universitária
Ponto Descrição Embarque Desembarque Total de Usuários no Coletivo
Total de Usuários Transportados
A001 Rua Campo Grande - Estação de Integração CG 37 0 37 37
A002 Rua Barcelos Domingos - próximo ao Senac 1 0 38 38
A003 Rua Barcelos Domingos - próximo ao n° 234 0 0 38 38
A004 Estrada da Capoeira - próximo ao n° 40 0 0 38 38
A005 Estrada da Capoeira - próximo ao n° 434 3 0 41 41
A006 Estrada do Mendanha - próximo ao n° 40 1 0 42 42
A007 Estrada do Mendanha - próximo ao n° 316 3 1 44 45
A008 Estrada do Mendanha - próximo ao n° 3665 2 0 46 47
A009 Estrada da Posse - próximo ao n° 3655 4 0 50 51
A010 Estrada da Posse - próximo ao n° 3675 0 0 50 51
A011 Estrada da Posse - próximo ao n° 1180 2 1 51 53
A012 Estrada da Posse - próximo ao n° 692 3 1 53 56
108
Ponto Descrição Embarque Desembarque Total de Usuários no Coletivo
Total de Usuários Transportados
A013 Estrada da Posse - próximo ao n° 558 0 0 53 56
A014 Estrada da Posse - próximo ao n° 1011 3 1 55 59
A015 Estrada da Posse - próximo ao n° 1000 1 0 56 60
A016 Estrada da Posse - próximo ao n° 1024 1 0 57 61
A017 Estrada da Posse - próximo ao n° 1945 0 0 57 61
A018 Estrada da Posse - próximo ao n° 735 0 0 57 61
A019 Estrada da Posse - próximo ao n° 1863 2 1 58 63
A020 Estrada da Posse - próximo ao n° 636 0 0 58 63
A021 Estrada da Posse - próximo ao n° 467 1 0 59 64
A022 Estrada da Posse - próximo ao n° 340 0 0 59 64
A023 Estrada da Posse - próximo ao n° 611 3 1 61 67
A024 Rua Teixeira Campos - próximo ao n° 1001 1 0 62 68
A025 Rua Teixeira Campos - próximo ao n° 526 2 0 64 70
A026 Estrada dos Sete Riachos - próximo ao n° 158 2 1 65 72
A027 Estrada dos Sete Riachos - próximo ao n° 47 2 0 67 74
109
Ponto Descrição Embarque Desembarque Total de Usuários no Coletivo
Total de Usuários Transportados
A028 Estrada do Quafá - próximo ao n° 187 0 0 67 74
A029 Estrada do Quafá - próximo ao n° 34935 0 0 67 74
A030 Av. Brasil - próximo ao n° 34935 0 0 67 74
A031 Av. Brasil - próximo ao n° 1086 0 0 67 74
A032 Av. Brasil - Praça Miami 10 5 72 84
A033 Av. Carlos Sampaio Correa - próximo ao n° 34301 2 0 74 86
A034 Av. Carlos Sampaio Correa - próximo ao n° 34003 0 0 74 86
A035 Av. Carlos Sampaio Correa - próximo ao n° 33543 0 0 74 86
A036 Av. Carlos Sampaio Correa - próximo ao n° 1511 0 0 74 86
A037 Av. Brasil - próximo ao n° 32045 0 0 74 86
A038 Av. Brasil - próximo ao n° 31425 2 0 76 88
A039 Av. Brasil - próximo ao n° 31425 0 0 76 88
A040 Av. Brasil - próximo ao n° 3099 0 0 76 88
A041 Av. Brasil - próximo ao n° 29689 1 0 77 89
A042 Av. Brasil - próximo ao n° 29663 0 0 77 89
110
Ponto Descrição Embarque Desembarque Total de Usuários no Coletivo
Total de Usuários Transportados
A043 Av. Brasil - próximo ao n° 29627 0 0 77 89
A044 Av. Brasil - próximo ao n° 29579 1 0 78 90
A045 Av. Brasil - próximo ao n° 29503 0 0 78 90
A046 Estrada do Engenho - próximo ao n° 28783 0 0 78 90
A047 Av. Brasil - próximo ao n° 27101 1 0 79 91
A048 Av. Brasil - próximo ao n° 26785 0 0 79 91
A049 Av. Brasil - próximo ao n° 25039 0 0 79 91
A050 Av. Brasil - próximo ao n° 23377 1 4 76 92
A051 Av. Brasil - próximo ao n° 24277 0 0 76 92
A052 Av. Brasil 1 2 75 93
A053 Av. Brasil - próximo ao n° 2267 2 1 76 95
A054 Av. Brasil - próximo ao n° 2373 0 0 76 95
A055 Av. Brasil - próximo ao n° 22935 0 0 76 95
A056 Av. Brasil - próximo ao n° 22253 0 0 76 95
A057 Av. Brasil - próximo ao n° 21887 0 2 74 95
111
Ponto Descrição Embarque Desembarque Total de Usuários no Coletivo
Total de Usuários Transportados
A058 Av. Brasil - Shopping Guadalupe 4 2 76 99
A059 Av. Brasil - próximo ao n° 20971 0 0 76 99
A060 Av. Brasil - próximo ao n° 20971 0 0 76 99
A061 Av. Brasil - próximo ao n° 20431 0 0 76 99
A062 Av. Brasil - próximo ao n° 20001 1 0 77 100
A063 Av. Brasil - próximo ao n° 19405 0 0 77 100
A064 Av. Brasil 0 0 77 100
A065 Av. Brasil - próximo ao n° 19001 0 0 77 100
A066 Av. Brasil - próximo ao n° 17719 2 4 75 102
A067 Av. Brasil - próximo ao n° 19003 0 0 75 102
A068 Av. Brasil - próximo ao n° 17241 2 4 73 104
A069 Av. Brasil - próximo ao n° 17091 1 1 73 105
A070 Av. Brasil - próximo ao n° 16741 0 0 73 105
A071 Av. Brasil - próximo ao n° 15555 2 2 73 107
A072 Av. Brasil - próximo ao n° 15455 1 0 74 108
112
Ponto Descrição Embarque Desembarque Total de Usuários no Coletivo
Total de Usuários Transportados
A073 Av. Brasil - próximo ao n° 12235 0 3 71 108
A074 Av. Brasil 0 0 71 108
A075 Av. Brasil - próximo ao n° 12211 2 3 70 110
A076 Av. Brasil 0 0 70 110
A077 Av. Brasil - próximo ao n° 11875 0 2 68 110
A078 Av. Brasil 1 2 67 111
A079 Av. Brasil - próximo ao n° 11211 0 2 65 111
A080 Av. Brasil - próximo ao n° 10857 0 2 63 111
A081 Av. Brasil - próximo ao n° 8701 0 1 62 111
A082 Av. Brasil - próximo ao n° 9727 0 2 60 111
A083 Av. Brasil - próximo ao n° 9201 0 3 57 111
A084 Av. Brasil - próximo ao n° 8883 0 2 55 111
A085 Av. Brasil - próximo ao n° 8491 0 2 53 111
A086 Av. Brasil - próximo ao n° 7971 0 1 52 111
A087 Av. Brasil - próximo ao n° 6691 5 10 47 116
113
Ponto Descrição Embarque Desembarque Total de Usuários no Coletivo
Total de Usuários Transportados
A088 Av. Brasil - próximo ao n° 6869 5 1 51 121
A089 Av. Brasil - próximo ao n° 6325 1 2 50 122
A090 Av. Brasil - próximo ao n° 6011 2 1 51 124
A091 Av. Brasil - próximo ao n° 5575 2 1 52 126
A092 Av. Brasil - próximo ao n° 4500 4 3 53 130
A093 Av. Bento Ribeiro Dantas - Vila do João 3 3 53 133
A094 Av. Bento Ribeiro Dantas - Vila do Pinheiro 2 2 53 135
A095 Rua Lobo Carneiro - próximo ao n° 321 0 3 50 135
A096 Rua Milton Santos - próximo ao n° 1 0 6 44 135
A097 Av. Athos da Silveira Ramos - CCMN 0 8 36 135
A098 Av. Horácio Macedo - CT 0 7 29 135
A099 Av. Pedro Calmon - Reitoria EBA 0 5 24 135
A100 Av. Pedro Calmon - CETEM 0 0 24 135
A101 Av. Pedro Calmon - CETEM 0 0 24 135
A102 Av. Pedro Calmon - Reitoria EBA 0 0 24 135
114
Ponto Descrição Embarque Desembarque Total de Usuários no Coletivo
Total de Usuários Transportados
A103 Av. Horácio Macedo - Faculdade de Letras 0 1 23 135
A104 Av. Horácio Macedo - CENPES 2 0 2 21 135
A105 Av. Carlos Chagas Filho -EEFD 0 6 15 135
A106 Av. Carlos Chagas Filho - Bio- Rio 0 2 13 135
A107 Av. Carlos Chagas Filho - CCS 0 2 11 135
A108 Rua Professor Rodolpho Paulo Rocco - HUCFF 0 8 3 135
A109 Rua Professor Rodolpho Paulo Rocco 0 3 0 135
115
ANEXO IV
Avaliação dos Veículos da Linha em Estudo
N° do Carro
N° de Portas
N° de Catracas
Cobrador N° de
Assentos Totais
N° de Assentos Especiais
Aparência Altura dos Degraus
Elevador para a
Cadeira de Rodas
Ar condicionado
Idade (anos)
D58512 2 2 Não 41 3 Insatisfatória Pequena Não Não >10
58514 2 2 Não 41 2 Insatisfatória Pequena Não Não >10
D58537 2 2 Não 41 4 Insatisfatória Pequena Não Não >10
D58540 3 2 Não 35 6 Insatisfatória Pequena Sim Não >10
D58541 2 2 Não 41 4 Insatisfatória Pequena Não Não >10
D58545 3 2 Não 33 6 Insatisfatória Pequena Sim Não >10
D58561 2 2 Não 41 4 Insatisfatória Pequena Não Não >10
D58564 2 1 Sim 35 6 Insatisfatória Pequena Não Não >10
D58669 2 2 Não 41 2 Insatisfatória Pequena Não Não >10
58571 2 2 Não 41 4 Insatisfatória Pequena Não Não >10
58672 2 2 Não 39 4 Insatisfatória Pequena Não Não >10
58673 2 2 Não 41 4 Insatisfatória Pequena Não Não >10
116
N° do Carro
N° de Portas
N° de Catracas
Cobrador N° de
Assentos Totais
N° de Assentos Especiais
Aparência Altura dos Degraus
Elevador para a
Cadeira de Rodas
Ar condicionado
Idade (anos)
D58590 2 2 Não 41 4 Insatisfatória Pequena Não Não >10
D58593 2 2 Não 41 4 Insatisfatória Pequena Não Não >10
117
ANEXO V
Avaliação dos Pontos de Ônibus: Trajeto A - Campo Grande – Cidade Universitária
Ponto Cobertura Assento Iluminação Sinalização Descrição Próxima à
A001 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Rua Campo Grande - Estação de Integração -
A002 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Rua Barcelos Domingos - próximo ao Senac -
A003 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Rua Barcelos Domingos - próximo ao n° 234 -
A004 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. da Capoeira - próximo ao n° 40 -
A005 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. da Capoeira - próximo ao n° 434 -
A006 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. do Mendanha - próximo ao n° 40 -
A007 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. do Mendanha - próximo ao n° 316 -
A008 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. do Mendanha - próximo ao n° 3665 -
A009 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 3655 -
A010 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 3675 -
A011 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 1180 -
A012 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 692 -
A013 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 558 -
118
Ponto Cobertura Assento Iluminação Sinalização Descrição Próxima à
A014 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 1011 -
A015 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 1000 -
A016 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 1024 -
A017 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 1945 -
A018 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 735 -
A019 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 1863 -
A020 Precário Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 636 -
A021 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 467 -
A022 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 340 -
A023 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 611 -
A024 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Rua Teixeira Campos - próximo ao n° 1001 -
A025 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Rua Teixeira Campos - próximo ao n° 526 -
A026 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Est. dos Sete Riachos - próximo ao n° 158 -
A027 Precária Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. dos Sete Riachos - próximo ao n° 47 -
A028 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Est. do Quafá - próximo ao n° 187 -
119
Ponto Cobertura Assento Iluminação Sinalização Descrição Próxima à
A029 Padrão Padrão Insatisfatório Insatisfatório Est.do Quafá - próximo ao n° 34935 -
A030 Padrão Padrão Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 34935 -
A031 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 1086 -
A032 Padrão (2) Padrão (2) Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - Praça Miami -
A033 Padrão Padrão Insatisfatório Insatisfatório Av. Carlos Sampaio Correa - próximo ao n° 34301 -
A034 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Carlos Sampaio Correa - próximo ao n° 34003 -
A035 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Carlos Sampaio Correa - próximo ao n° 33543 -
A036 Padrão Padrão Insatisfatório Insatisfatório Av. Carlos Sampaio Correa - próximo ao n° 1511 -
A037 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 32045 -
A038 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 31425 Passarela
A039 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 31425 Ponte
A040 Padrão Padrão Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 3099 Passarela
A041 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 29689 Passarela
A042 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 29663 Passarela
A043 Padrão Padrão Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 29627 Passarela
120
Ponto Cobertura Assento Iluminação Sinalização Descrição Próxima à
A044 Padrão Padrão Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 29579 -
A045 Padrão Padrão Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 29503 Passarela
A046 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. do Engenho - próximo ao n° 28783 -
A047 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 27101 Passarela
A048 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 26785 -
A049 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 25039 -
A050 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 23377 Passarela
A051 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 24277 -
A052 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil -
A053 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 2267 Passarela
A054 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 2373 Passarela
A055 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 22935 Passarela
A056 Padrão (3) Padrão (3) Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 22253 Passarela
A057 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 21887 Passarela
A058 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - Shopping Guadalupe Passarela
121
Ponto Cobertura Assento Iluminação Sinalização Descrição Próxima à
A059 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 20971 Ponte
A060 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 20971 -
A061 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 20431 -
A062 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 20001 Passarela
A063 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 19405 Passarela
A064 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil Ponte
A065 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 19001 Passarela
A066 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 17719 Passarela
A067 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 19003 Passarela
A068 Padrão (2) Padrão (2) Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 17241 Passarela
A069 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 17091 Passarela
A070 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 16741 Passarela
A071 Padrão (2) Padrão (2) Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 15555 Passarela
A072 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 15455 Passarela
A073 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 12235 Passarela
122
Ponto Cobertura Assento Iluminação Sinalização Descrição Próxima à
A074 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil Passarela
A075 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 12211 Passarela
A076 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil -
A077 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 11875 Passarela
A078 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil -
A079 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 11211 Passarela
A080 Padrão (2) Padrão (2) Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 10857 Passarela
A081 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 8701 Passarela
A082 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 9727 -
A083 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 9201 -
A084 Padrão (2) Padrão (2) Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 8883 Passarela
A085 Padrão (5) Padrão (5) Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 8491 Passarela
A086 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 7971 Passarela
A087 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 6691 Passarela
A088 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 6869 Passarela
123
Ponto Cobertura Assento Iluminação Sinalização Descrição Próxima à
A089 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 6325 Passarela
A090 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 6011 Passarela
A091 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 5575 Passarela
A092 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 4500 -
A093 Padrão Padrão Insatisfatório Insatisfatório Av. Bento Ribeiro Dantas - Vila do João Passarela
A094 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Bento Ribeiro Dantas - Vila do Pinheiro Passarela
A095 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Rua Lobo Carneiro - próximo ao n° 321 -
A096 Satisfatório Satisfatório Satisfatório Insatisfatório Rua Milton Santos - próximo ao n° 1 -
A097 Satisfatório Satisfatório Satisfatório Insatisfatório Av. Athos da Silveira Ramos - CCMN -
A098 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Horácio Macedo - CT -
A099 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Pedro Calmon - Reitoria EBA -
A100 Satisfatório Satisfatório Satisfatório Insatisfatório Av. Pedro Calmon - CETEM -
A101 Satisfatório Satisfatório Deixa a desejar Insatisfatório Av. Pedro Calmon - CETEM -
A102 Satisfatório Satisfatório Satisfatório Insatisfatório Av. Pedro Calmon - Reitoria EBA -
A103 Satisfatório Satisfatório Satisfatório Insatisfatório Av. Horácio Macedo - Faculdade de Letras -
124
Ponto Cobertura Assento Iluminação Sinalização Descrição Próxima à
A104 Satisfatório Satisfatório Satisfatório Insatisfatório Av. Horácio Macedo - CENPES 2 -
A105 Satisfatório Satisfatório Satisfatório Insatisfatório Av. Carlos Chagas Filho - EEFD -
A106 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Carlos Chagas Filho - Bio- Rio -
A107 Satisfatório Satisfatório Satisfatório Insatisfatório Av. Carlos Chagas Filho - CCS -
A108 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Rua Prof. Rodolpho Paulo Rocco - HU -
Avaliação dos Pontos de Ônibus: Trajeto B - Cidade Universitária - Campo Grande
Ponto Cobertura Assento Iluminação Sinalização Descrição Próxima à
B001 Satisfatório Satisfatório Satisfatório Satisfatório Rua Prof. Rodolpho Paulo Rocco - Estação UFRJ -
B002 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Rua Prof. Rodolpho Paulo Rocco - HU -
B003 Satisfatório Satisfatório Satisfatório Insatisfatório Av. Horácio Macedo - Avenida 1 -
B004 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Horácio Macedo - próximo ao n° 1823 -
B005 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Rua Maria Paulina de Souza - -
B006 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Rua Lobo Carneiro - próximo ao n° 1 -
125
Ponto Cobertura Assento Iluminação Sinalização Descrição Próxima à
B007 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Bento Ribeiro Dantas - próximo ao n° 263 Passarela
B008 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Bento Ribeiro Dantas - próximo ao n° 217 -
B009 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 5493 Passarela
B010 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 5900 Passarela
B011 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 6288 Passarela
B012 Padrão (2) Padrão (2) Satisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 7022 Passarela
B013 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 6892 -
B014 Padrão (3) Padrão (3) Satisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 8362 Passarela
B015 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 7836 Passarela
B016 Padrão (2) Padrão (2) Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 9020 Passarela
B017 Padrão (2) Padrão (2) Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 10500 Passarela
B018 Presente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 10550 -
B019 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 10590 Passarela
B020 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 10590 -
B021 Padrão (2) Padrão (2) Satisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 11288 -
126
Ponto Cobertura Assento Iluminação Sinalização Descrição Próxima à
B022 Padrão (2) Padrão (2) Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 12049 Passarela
B023 Padrão (4) Padrão (4) Satisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 12300 Passarela
B024 Padrão (2) Padrão (2) Satisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 1300 Passarela
B025 Padrão (2) Padrão (2) Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 13724 -
B026 Padrão (2) Padrão (2) Satisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 13768 Passarela
B027 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 532 Passarela
B028 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil Passarela
B029 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 14804 Passarela
B030 Padrão (2) Padrão (2) Satisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 16000 Passarela
B031 Padrão (2) Padrão (2) Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil -
B032 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 16000 -
B033 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 16700 Passarela
B034 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 17810 Passarela
B035 Padrão (2) Padrão (2) Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 18200 Passarela
B036 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 18508 Passarela
127
Ponto Cobertura Assento Iluminação Sinalização Descrição Próxima à
B037 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 18476 Passarela
B038 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil Passarela
B039 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 19850 -
B040 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 20204 Passarela
B041 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 21484 -
B042 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil Passarela
B043 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil -
B044 Presente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 22300 -
B045 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 21918 Passarela
B046 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 460 Passarela
B047 Padrão (3) Padrão (3) Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 23090 Passarela
B048 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 23109 Passarela
B049 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 23390 Passarela
B050 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 23800 -
B051 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao Corpo de Bombeiros -
128
Ponto Cobertura Assento Iluminação Sinalização Descrição Próxima à
B052 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil -
B053 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 28350 Passarela
B054 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 27101 -
B055 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 2870
B056 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 28820 -
B057 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 29003 Passarela
B058 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 29578 -
B059 Padrão Padrão Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 29010 Passarela
B060 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 29672 Passarela
B061 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 28960 Passarela
B062 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 30801 -
B063 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 31034 Passarela
B064 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 32400 Passarela
B065 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 32400 -
B666 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 32800 -
129
Ponto Cobertura Assento Iluminação Sinalização Descrição Próxima à
B067 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 3460 -
B068 Padrão Padrão Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 33542 Passarela
B069 Padrão Padrão Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 33542 Passarela
B070 Padrão (2) Padrão (2) Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 35170 -
B071 Padrão Padrão Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 36200 -
B072 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 34964 -
B073 Padrão Padrão Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 37868 -
B074 Padrão Padrão Insatisfatório Insatisfatório Est. do Quafá - próximo ao n° 340 -
B075 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. do Quafá - próximo ao n° 340 -
B076 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. do Quafá - próximo ao n° 487 -
B077 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. do Quafá - próximo ao n° 161 -
B078 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. dos Sete Riachos - próximo ao n° 161 -
B079 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Rua Teixeira Campos - próximo ao n° 1319 -
B080 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Rua Teixeira Campos - próximo ao n° 1011 -
B081 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 38 -
130
Ponto Cobertura Assento Iluminação Sinalização Descrição Próxima à
B082 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 373 -
B083 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 636 -
B084 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 636 -
B085 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 522 -
B086 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 784 -
B087 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 7460 -
B088 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 1000 -
B089 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 1000 -
B090 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 1040 -
B091 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 1171 -
B092 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 4171 -
B093 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 1171 -
B094 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 4209 -
B095 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - EM Visconde do Rio Branco -
B096 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 1058 -
131
Ponto Cobertura Assento Iluminação Sinalização Descrição Próxima à
B097 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 3840 -
B098 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. do Mendanha - próximo ao n° 185 -
B099 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Est. do Mendanha - próximo ao n° 81 -
B100 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Capoeira - próximo ao n° 301 -
B101 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Rua Rio do A - próximo ao n° 1416 -
B102 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. Rio - São Paulo -
B103 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Rua Barcelos Domingos -
B104 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Rua Alfredo de Morais - próximo ao n° 163 -
B105 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Rua Alfredo de Morais - próximo ao n° 536 -
B106 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Rua Ido do Prado - próximo ao n° 205 -
B107 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Rua Ido do Prado -
132
ANEXO VI
Ficha de Avaliação Relativa a Pavimentação das Vias em Estudo
Nome do Avaliador: ____________________________________________________
Código de Identificação: _________________________________________________
Data e Horário da Avaliação: _____________________________________________
Trecho analisado:
( ) Campo Grande ( ) Av. Brasil I ( ) Av. Brasil II
( ) Av. Bento Ribeiro ( ) Cidade Universitária
Valor de Serventia Atual do Pavimento:
1- Observações Importantes:
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