avaliaÇÃo de desempenho, morfometria intestinal...
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA
ANDIARA GONÇALVES TENÓRIO
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO, MORFOMETRIA INTESTINAL E
QUALIDADE DE CARNE DE FRANGOS DE CORTE ALIMENTADOS
COM DIETAS SUPLEMENTADAS COM EXTRATO DE ALGAS.
DISSERTAÇÃO
DOIS VIZINHOS
2015
ANDIARA GONÇALVES TENÓRIO
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO, MORFOMETRIA INTESTINAL E
QUALIDADE DE CARNE DE FRANGOS DE CORTE ALIMENTADOS
COM DIETAS SUPLEMENTADAS COM EXTRATO DE ALGAS.
Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Zootecnia, do programa de Pós-Graduação em Zootecnia, Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Área de concentração: Produção e nutrição animal. Orientador: Prof. Dr. Sabrina Endo Takahashi Co - orientador: Prof. Dr. Cleusa Inês Weber Co - orientador: Prof. Dr. Patrícia Rossi
DOIS VIZINHOS
2015
Ficha catalográfica elaborada por Rosana Oliveira da Silva CRB:9/1745
T312a Tenório, Andiara Gonçalves.
Avaliação de desempenho, morfometria intestinal e qualidade de carne de frangos de corte alimentados com dietas suplementadas com extrato de algas – Dois Vizinhos: [s.n], 2015. 72 f.:il.
Orientadora: Sabrina Endo Takahashi. Co-orientadora: Cleuza Inês Weber Co-orientadora: Patrícia Rossi Dissertação (Mestrado) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Programa de Pós-graduação em Zootecnia. Dois Vizinhos, 2015. Inclui bibliografia
1.Frango de corte 2.Nutrição animal 3.Carne-qualidade
I.Takahashi, Sabrina Endo, orient. II.Weber, Cleuza Inês, co-orient. III.Rossi, Patrícia,co-orient. IV.Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Dois Vizinhos.V.Título.
CDD: 636.0852
Universi
DiretProgram
Desempenho, morfomalimentados
Dissertação apresentada àquinze, como requisito parde Pesquisa – Produção (Área de Concentração: PCâmpus Dois Vizinhos. A professores abaixo assinatrabalho. . . . . . . . . . . . . . .
Banca examinadora:
Cleusa Inês WebUTFPR-FB
Edgar de Souza VisUTFPR-DV
*A Folha de Aprovação Graduação em Zootecnia.
Ministério da Educação idade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus Dois Vizinhos toria de Pesquisa e Pós-Graduação ma de Pós-Graduação em Zootecnia
TERMO DE APROVAÇÃO
Título da Dissertação n° 042
metria intestinal e qualidade de carne de fs com dietas suplementadas com extrato d
Andiara Gonçalves Tenório
às oito horas e trinta minutos do dia doze dercial para obtenção do título de MESTRE EMe Nutrição Animal, Programa de Pós-Grad
Produção animal), Universidade Tecnológicacandidata foi arguida pela Banca Examina
ados. Após deliberação, a Banca Examin. . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ber Patrícia Franchi dUTFPR-DV
smara Marcel Manente UDESC - CC
Prof. Dr. Ricardo YCoordenador do
assinada encontra-se na Coordenação do
frangos de corte de algas
e março de dois mil e M ZOOTECNIA, Linha duação em Zootecnia a Federal do Paraná, adora composta pelos nadora considerou o
de Freitas V
e Boiago CO
Yuji Sado o PPGZO o Programa de Pós-
Dedico a minha mãe Maria da Luz Duarte, pelo amor incondicional e educação que me proporcionou.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus que “pela sua grande misericórdia, por não
nos abandonar e porque és um Deus clemente e misericordioso” (Neemias 9:31).
Ao meu marido Marcos Mincov Tenório que me auxiliou de diversas formas
e principalmente teve paciência nos momentos de cansaço e estresse.
A minha família que mesmo distante me incentivou e aceitaram se privar de
minha presença por diversas vezes.
Agradeço também a família postiça que Deus me deu. Tio Silvino, Tia Helena,
Micheli e Jean Marcelo de Paris pela amizade, carinho, paciência e acolhimento no
momento em que mais precisei durante esse processo.
Aos professores doutores: Cleusa Inês Weber, Patrícia Rossi, Sabrina Endo
Takahashi, Edgar de Souza Vismara e Patrícia Franchi Freitas. As três primeiras
especialmente pelas orientações, e a todos pelos conselhos, correções, paciência e
ensinamentos durante a realização das análises.
Aos alunos de graduação em zootecnia Cátia, Daiane, Denise,Fabrício, Josieli
Priscila, Letícia, Lucas, Miguel, Rafael e Tiane, pelo o auxilio no desenvolvimento do
experimento. Em especial agradeço aos alunos Abílio, Cleison, Débora, por toda
dedicação e ensinamentos passado durante o experimento.
A toda equipe de colegas da Central de laboratório da UTFPR- Francisco
Beltrão: Magali, João, Ronaldo e Poliani.
A empresa Carminati pela doação dos pintainhos.
CAPES pela bolsa concedida neste último ano.
Enfim, a todos os que por algum motivo contribuíram para a realização desta
pesquisa.
Talvez não tenha conseguido fazer o melhor, mas lutei para que o melhor fosse feito. “Não sou o que deveria ser, mas Graças a Deus, não sou o que era antes”. (Martin Luther King)
RESUMO
TENÓRIO, Andiara Gonçalves. Avaliação de desempenho, morfometria intestinal
e qualidade de carne de frangos de corte alimentados com dietas
suplementadas com extrato de algas. 2015.76f. Dissertação. Programa de Pós
Graduação em Zootecnia, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, 2015.
A grande demanda da produção de derivados de origem avícola faz com que
a cadeia produtiva busque por aditivos e suplementos capazes promover melhora do crescimento, produtividade, da qualidade do produto, e rentabilidade deste setor. Desta forma, o objetivo deste trabalho é avaliar a inserção de extrato de algas (EA) on top em frangos de corte fêmeas da linhagem Cobb, submetidos a diferentes níveis(0,3%;0,6%;0,9%;1,2%). Foram verificadas semanalmente durante o experimento as variáveis de desempenho zootécnico, sendo elas o peso vivo (PV), peso médio (PM), ganho de peso (GP), consumo de ração (CR) e conversão alimentar (CA) das aves. Aos sete e aos trinta e cinco dias foram realizadas coletas de intestino para a medição da vilosidade intestinal. Aos vinte oito dias, quatro aves de cada tratamento foram abatidas para a avaliação do rendimento da carcaça, perda de peso por gotejamento (PPG), perda de peso por cozimento (PPC), determinação da coloração do músculo Pectoralis major, determinação do pH, textura, composição química (umidade, cinza, lipídios, proteínas), oxidação lipídica (realizada após 120 dias de armazenamento). As variáveis respostas obtidas foram submetidas à análise estatística utilizando modelo linear generalizado (GLM) e o critério de informação de Akaike (AIC). Os resultados apresentaram efeito de tratamento no peso médio em todas as semanas do experimento. Na primeira semana (1-7 dias) verificou-se que o consumo de ração aumentou conforme a inclusão do extrato. Ainda aos 7 dias observou-se efeito de tratamento no desenvolvimento do diâmetro de cripta no jejuno. O diâmetro do vilo da região do íleo, também apresentou efeitos de tratamentos. Os resultados obtidos aos 28 dias mostraram que a inserção de extrato de algas no nível de 1,2 % diminuiu a deposição de gordura abdominal. Constatou-se que no nível de 1,2% o rendimento de pernas foi mais elevado. No entanto, conforme há um aumento do nível de extratos de algas, maior é a força de cisalhamento para o rompimento das fibras do músculo Pectoralis major. A inserção de alga, com os níveis utilizados, ainda diminui a absorção de água pelo músculo Pectoralis major. Para as demais variáveis analisadas não foram observadas efeito de tratamento. Concluiu-se que a inserção de extrato de algas afeta em alguns aspectos beneficamente: rendimento de pernas; deposição de gordura abdominal; PPC e melhora o desenvolvimento da região de cripta do duodeno e do jejuno. No entanto, pode prejudicar aspectos como textura, ou ainda não interferirem: consumo de ração e conversão alimentar.
Palavras chaves: Frango de corte. Extrato de Algas. Qualidade da carne de frango.
Abstract
TENÓRIO, Andiara Gonçalves. Performance evaluation, intestinal morphometry
and meat quality of broiler chicken fed diets supplemented with algae extract.
2015. 76f. Dissertação. Programa de Pós Graduação em Zootecnia, Universidade
Tecnológica Federal do Paraná, 2015.
The great production’s demand of derived from poultry makes the productive
chain seek additives and supplements that are able to promote improvement in growth, productivity, product quality and profitability of this sector. Therefore, this work aims to evaluate the insertion of algae extract on top (AE) in female broilers of Cobb lineage submitted with five levels (0%, 0,3%; 0,6%; 0,9%; 1,2%). During this experiment, the zootechnical performance variables have been weekly verified, as being the living weight (LW), middleweight (MW), weight gain (WG), ration consumption (RC) and food conversion (FC) of the poultry. On the seventh and on the thirty-fifth day, it has been collected the intestine for the measurement of intestinal villus. On the twenty-eighth day, four poultry of each treatment were slaughtered for the evaluation of the carcass yield, weight loss by drip (WLD), weight loss by baking (WLB), determination of the Pectoralis major muscle coloring, determination of the pH, texture, chemical composition (humidity, ash, lipids, proteins), lipid oxidation (carried after 120 days of storage). The dataobtained have been submitted to the statistic analysis using Generalized Linear Model (GLM) and the Information Criteria of Akaike (ICA). The results have shown a significant difference on the middleweight on all the weeks of the experiment. On the first week (1-7 days), it has been verified that the ration consumption increased with the extract inclusion. Still on the seventh day, it has been observed a significant difference between the treatments on the crypt diameter development in the duodenum and jejunum segments. The diameter of the villus from the ileum region has also showed a significant difference. The results obtained on the twenty eitght day have showed that the insertion of algae extract on the 1,2% level has decreased the abdominal fat deposition. It has been found that on the 1,2% level the yield of the thigh was higher. However, according to the growth of the algae extract level, higher is the shearing force to the fiber rupture of the Pectoralis Major muscle. The insertion of algae, with the used levels, still decreases the water absorption by the PectoralisMajor muscle. On the other variables analysed have not been observed significant differences. It has been concluded that the insertion of algae extract beneficially affects some aspects, like: thigh yield, abdominal fat deposition, WLB and it improves the development of the duodenun and jejunum crypt region. However, it can damage aspects like texture and not interfere in the ration consumption and food conversion. The results show that it is possible to identify that the usage of algae extract on the broiler diet helps the possible application of this product on the industrial chain. Keywords: Broiler. Algae Extract. Chicken Meat Quality.
LISTA DE FIGURA
Figura 1- Fígado, coração e moela coletados para pesagem e íleo, jejuno e duodeno seccionados para realização da morfometria. ........................................................... 34
Figura 2- Medições realizadas nas análises de morfometria intestinal ..................... 35
Figura 3- Peito e pernas de aves, alimentadas com dietas adicionadas de extrato de alga, utilizadas para a pesagem na análise de rendimento. ...................................... 55
Figura 4 – Peitos das aves, alimentadas com dietas adicionadas de extrato de alga, durante a análise de perda de peso por gotejamento ............................................... 55
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1-Funções lineares do peso médio de todos os períodos de realização do experimento períodos (1-7dias, 8-14dias, 15-21dias, 22-28dias, 29-35dias) ............ 39
Gráfico 2- Funções lineares do ganho de peso e consumo de ração, no período de 8-14dias..................................................................................................................... 40
Gráfico 3- Função linear do diâmetro de cripta do jejuno, no período de 1-7dias. .... 42
Gráfico 4- Função linear do diâmetro de vilo do íleo, no período de 1-7dias. ........... 43
Gráfico 5- Função quadrática do diâmetro de cripta e peso de fígado aos 35 dias ... 45
Gráfico 6- Função linear do rendimento de coxa (%) e de deposição de gordura abdominal (%) de aves alimentadas com dietas adicionadas de extrato de alga, avaliadas aos 28 dias ................................................................................................ 61
Gráfico 7- Função linear da perda de peso por cozimento(g), textura (kgf)de aves alimentadas com dietas adicionadas de extrato de alga, avaliadas aos 28 dias ....... 63
LISTA DE TABELAS
Tabela 1- Composição percentual da dieta experimental. ........................................ 33
Tabela 2 - Media geral e avaliação dos modelos matemáticos das repetições por tratamento e período das variáveis de desempenho zootécnico (consumo de ração, ganho de peso, conversão alimentar, peso médio) de aves alimentadas com dietas adicionadas de extrato de algas ontop. Variáveis analisadas semanalmente e no período total do experimento. .................................................................................... 38
Tabela 3– Avaliação dos modelos matemáticos da morfometria intestinal deaves alimentadas com dietas adicionadas de extrato de algas on top. ............................. 41
Tabela 4– Media geral das repetições por tratamento e período do comprimento intestinal e peso dos órgãos de aves alimentadas com dietas adicionadas de extrato de algas on top. Avaliação dos modelos matemáticos do peso de órgão (coração, fígado e moela) e medida do intestino de aves alimentadas com dietas adicionadas de extrato de alga. ..................................................................................................... 44
Tabela 5- Composição percentual da dieta experimental. ........................................ 53
Tabela 6- Média da composição química do músculo Pectoralis major de aves alimentadas com dietas adicionadas de extrato de alga, avaliadas aos 28 dias, onde: T1= ração basal a base de milho e soja, sem EA; T2= ração basal + 0,3% EA; T3=ração basal + 0,6% EA ;T4= ração basal + 0,9% EA; T5=ração basal + 1,2% EA. .................................................................................................................................. 60
Tabela 7- Rendimento de carcaça, peito, pernas e deposição de gordura, de aves alimentadas com dietas adicionadas de extrato de algas avaliadas aos28 dias. ...... 60
Tabela 8-Aspectos físicos da avaliação do músculo Pectoralis major perda de peso por cozimento (PPC), perda de peso por gotejamento (PPG), pH, textura, cor L*, a*,b*e oxidação lipídica de aves alimentadas com dietas suplementadas com extrato de algas avaliadas aos 28dias. ................................................................................. 62
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABPA Associação brasileira de proteína animal
AIC Critério de informação de Akaike.
CA Conversão alimentar das aves.
CR Consumo de ração das aves.
DHA Ácido docosa-hexaenóico
GA Gordura abdominal
GP Ganho de peso da ave das aves.
EA Extrato de algas
PC Peso de carcaça
PI Peso inicial.
PPC Perda de peso por cozimento.
PPG Perda de peso por gotejamento.
PV Peso vivo da ave.
P48 Peso após 48 horas
RC Rendimento de carcaça
T1 Tratamento um, controle, ração basal a base de milho e soja.
T2 Tratamento dois ração basal a base de milho e soja com a inclusãoon
topde 0,3% de extrato de alga.
T3 Tratamento trêsração basal a base de milho e soja com a inclusãoon
topde 0,6% de extrato de alga.
T4 Tratamento quatro ração basal a base de milho e soja com a
inclusãoon topde 0,9% de extrato de alga.
T5 Tratamento cinco ração basal a base de milho e soja com a
inclusãoontopde1,2% de extrato de alga.
TBARS Thiobarbituricacidreactivesubstances
UTFPR Universidade Tecnológica Federal do Paraná
,
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1- CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................ 13
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 13
2. HIPÓTESE DA PESQUISA ................................................................................ 14
3. OBJETIVOS E METAS ...................................................................................... 15
3.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................... 15
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................ 15
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................. 16
4.1 SITUAÇÃO ATUAL DA AVICULTURA DE CORTE ......................................... 16
4.2 ALGAS ............................................................................................................ 16
4.3 QUALIDADE DA CARNE ................................................................................. 18
4.4 EFEITO DO USO DE ALGAS NA DIETA DE ANIMAIS ................................... 20
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 22
CAPÍTULO 2- AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ZOOTÉCNICO E MORFOMETRIA INTESTINAL DE FRANGOS DE CORTE ALIMENTADOS COM DIFERENTES NÍVEIS DE EXTRATO DE ALGAS ........................................................................... 30
1. INTRODUÇÃO E REFERENCIAL TEÓRICO .................................................... 30
2. MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................... 31
2.1 DESEMPENHO ZOOTÉCNICO ....................................................................... 33
2.2 MORFOMETRIA INTESTINAL E MENSURAÇÃO DO PESO DE ALGUNS ÓRGÃOS ............................................................................................................... 34
2.3 ANÁLISE ESTATÍSTICA .................................................................................. 35
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 36
4. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 45
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 45
CAPITULO 3 - AVALIAÇÃO DE RENDIMENTO E QUALIDADE DA CARNE DE FRANGOS DE CORTE SUPLEMENTADOS COM EXTRATO DE ALGA ............... 50
1. INTRODUÇÃO E REFERENCIAL TEÓRICO .................................................... 50
2. MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................. 52
2.1 AVALIAÇÕES REALIZADAS ........................................................................... 54
2.2 RENDIMENTO DE CARCAÇA E PARTES ...................................................... 54
2.3 PERDA DE PESO POR GOTEJAMENTO ....................................................... 55
2.4 DETERMINAÇÃO DE PH ................................................................................ 56
2.5 DETERMINAÇÃO DA COLORAÇÃO DO MÚSCULO Pectoralis major ........... 56
2.6 PERDA DE PESO POR COZIMENTO ............................................................. 56
2.7 TEXTURA ........................................................................................................ 56
2.8 UMIDADE ........................................................................................................ 57
2.9 CINZAS ............................................................................................................ 57
2.10 LIPÍDIOS ........................................................................................................ 57
2.11 PROTEÍNAS .................................................................................................. 57
2.12 OXIDAÇÃO LIPÍDICA .................................................................................... 58
2.13 ANÁLISE ESTATÍSTICA ................................................................................ 58
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES ....................................................................... 58
4. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 64
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 65
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 72
APÊNDICE A ............................................................................................................ 73
ANEXO A .................................................................................................................. 74
13
CAPÍTULO 1- CONSIDERAÇÕES INICIAIS
1. INTRODUÇÃO
A produção de carne de frango no Brasil apresenta expansão ano após ano,
e esta está relacionada com a qualidade do produto final. Logo, pesquisas que
abordam a melhoria da qualidade de carne são de extrema importância para a
manutenção deste crescimento.
Diversos fatores como: nutrição; idade; sexo; transporte; manejo;
temperatura ambiente; métodos de apanhar as aves na granja; tempo de jejum;
transporte; tecnologia de abate; tempo e temperatura de resfriamento;
reconhecidamente, afetam a qualidade da carcaça e da carne de aves (MENDES e
KOMIYAMA, 2011). Visando a melhora destas características, produtores de aves
utilizam-se de recursos como a aplicação de aditivos na alimentação das aves.
A aplicação de aditivos como os mananoligossacarídeos (ALBINO et
al.,2006; FLEMMING,2005), os frutoligossacarídeos (DIONIZIO,2001; XU et
al.,2003), enzimas(BARBOSA et al.,2012), ácidos orgânicos(DA ROCHA et al.,
2010), óleos essenciais (PICKLER; SANTIN e DA SILVA,2011), óleos funcionais
(OLIVEIRA, 2012), e os probióticos são alternativas aos antibióticos (SANTOS et al.,
2002).
Também se pode citar pesquisas com extratos de vegetais (RIZZO et al.,
2010) sendo inseridos como aditivos alternativos. Estudos relatam que extratos
vegetais podem possuir diversos efeitos, tais como efeito antimicrobiano (MITSCH et
al., 2004; SANTURIO et al., 2007), antioxidante (RACANICCI et al., 2008) e
digestivo (MELLOR, 2000) capazes de melhorar o desempenho animal. Assim,
análises sobre tais aditivos alternativas precisam ser realizadas para comprovação
de seu sucesso.
A alimentação das aves representa aproximadamente 70% do custo de
produção. Buscar alternativas para reduzir os custos de produção, sem prejudicar o
desempenho zootécnico é um grande desafio. A utilização de algas pode ser uma
alternativa viável, se produzida em larga escala, pois tem alto valor nutritivo
comparado a outros alimentos alternativos, além de não apresentar fator
antinutricional.
14
2. HIPÓTESE DA PESQUISA
A adição de aditivos alternativos na dieta de frangos é aplicada muitas vezes
na busca por substitutos de antibióticos (FUKAYAMA et al., 2004), ou ainda para
melhorar aspectos como rendimento da carcaça e absorção de nutrientes no trato
gastrointestinal dos animais (SANTOS et al., 2005).
As algas são de grande importância aos seres vivos aeróbicos, devido à
produção de oxigênio (fotossíntese). Além disso, possuem aplicação na nutrição
humana e animal, indústria de alimentos, fertilização do solo e outras áreas (SOUSA
et al., 2008). A melhora da cor da carne e ovos, principais atributos na escolha do
produto pelos consumidores (CARVALHO et al., 2006), podem ser alcançados com
a suplementação de extrato de algas na alimentação das aves, uma vez que as
algas são organismos ricos em carotenóides, além de contribuir para melhorar
outros índices produtivos e a saúde do consumidor final.
15
3. OBJETIVOS E METAS
3.1 OBJETIVO GERAL
Avaliar o desempenho, morfometria intestinal e qualidade de carne de frangos
de corte alimentados com dietas suplementadas com extrato de algas on top.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Avaliar o desempenho zootécnico;
• Analisar a morfometria intestinal;
• Verificar a qualidade da carne do peito.
16
4. REVISÃOBIBLIOGRÁFICA
4.1 SITUAÇÃO ATUAL DA AVICULTURA DE CORTE
Sendo considerada uma atividade produtiva altamente desenvolvida, a
avicultura de corte brasileira está entre as maiores do mundo, juntamente com os
Estados Unidos e China.
Técnicas de melhoramento genético das aves, associada a técnicas de
criação vem resultando em melhorias na produtividade das aves, na conversão
alimentar e nas taxas de sobrevivência (ZIEBERT et al., 2012).
De acordo com o relatório anual da Associação brasileira de proteína animal
(ABPA, 2014), o Brasil foi o maior exportador mundial de carne de frango do mundo
em 2013, sendo a região sul de maior concentração de produção. AABPA ainda
relata que em 2013, o consumo per capita da carne de frango no país chegou a
41,80 quilos/habitante. O Brasil exportou aproximadamente 3,918milhões toneladas
em 2013, sendo o Paraná o estado responsável por 29,35%, dos abates realizados
no país. De acordo com a AVISITE (2014), até o mês de julho de 2014 o Brasil já
havia produzido 1,70.8 milhões toneladas de carne de frango.
Moreira et al. (2003) relata que critérios como a avaliação da qualidade da
carcaça, rendimento de carcaça, produção de carne de peito e de pernas são fatores
de suma importância dentro da cadeia produtiva de frangos de corte. A busca pela
melhoria nestes aspectos é constante, sendo levados em conta desde o momento
da produção dos animais.
Para tanto, o uso de aditivos que visam acrescer a disponibilidade de
proteína, redução de gordura, melhora na cor e na textura da carne é de grande
importância (MOREIRA et al., 2003).Segundo Godoi et al. (2008) os aditivos
empregados na produção animal possuem objetivos como: melhorar a saúde do
trato gastrintestinal; aumentar as taxas de crescimento, eficiência alimentar e
dejetos. A melhoria destes fatores reflete diretamente na qualidade do produto e
consequentementena sua aceitação pelo consumidor.
4.2ALGAS
As algas são organismos aquáticos existentes há 3,5 bilhões de anos
(CABRAL, 2012), autotróficas, podem ser procariontes (cianobactérias) ou
17
eucariontes (algas verdadeiras) (VIEIRA, 2013). Segundo Carvalho e Roque (2000)
as algas podem ser divididas em 11 grupos seguindo algumas características, tais
como: morfológicas; citológicas; químicas; ou ainda de acordo com a substância de
reserva das paredes celulares; presença ou não de flagelos; combinação e presença
de pigmentos fotossensibilizantes; ciclo de vida; ausência de membrana no retículo
endoplasmático; tipo e complexidade de ciclo de vida; entre outras.
As algas de acordo com Vasconcelos e Gonçalves, (2014) também podem
ser classificadas em macroalgas e microalgas. Existem espécies de microalgas
quesão organismos heterotróficos, os quais necessitam de substâncias orgânicas
fornecidas pelo ambiente para obtenção de energia (HAKIM, 2013).As microalgas
apresentam uma alta taxa de crescimento, proporcionando uma produção de
biomassa em intervalos de curto prazo. De acordo como Pulz e Gross (2004), sua
produtividade é superior a qualquer sistema agrícola conhecido.
As algas são consideradas fonte de proteínas; carboidratos; fibras; minerais
e vitaminas como riboflavina; niacina; ácido pantatênico e fólico. No entanto a
biodisponibilidade destes nutrientes depende da espécie e de suas composições
químicas (FUJIMOTO e KANEDA, 1980). Pereira et al. (2012) cita os carboidratos,
proteínas e lipídios como os principais componentes da biomassa de microalgas.
Existem cerca de221 espécies de algas no mundo, que podem ser utilizadas
de diversas formas. Destas, cerca de 145 espécies (66%) são utilizadas para
alimentação (ZEMKE e OHNO, 1999).
A produção de algas em alta escala teve início em 1960 no Japão com a
cultura Chorella sp., desde então o interesse comercial da produção desta cultura
vem aumentando, devido seu alto valor nutricional e comercial (VIEIRA, 2013).
Atualmente os maiores produtores, consumidores e cultivadores de algas no
mundo são Japão e China. No entanto, nas últimas décadas algumas empresas
processadoras de algas incentivaram o desenvolvimento desta cultura em outros
países como Filipinas, Namíbia, Indonésia, Tanzânia, Caribe, Chile, Venezuela,
Cuba e Brasil, visando à produção de ágar e carragena para indústria alimentícia
(CABRAL et. al., 2011; BOSTOCK et. al. 2010)
No continente sul americano Chile é considerado o principal produtor de
algas e derivados, já no Brasil tem-se pesquisado sobre o cultivo de diversas
18
espécies e a exploração de algas na costa Brasileira já possui um importante papel
econômico (DOS SANTOS, GOMES, 2006).
A aplicação de microalgas como enriquecimento nutricional para os animais
é utilizada em diversos casos, principalmente em substituição ao óleo de peixe, uma
vez que suas composições são semelhantes e sua aplicação torna-se mais
vantajosa pelo seu cultivo ser sob condições controladas e estéreis (GANUZA et al.,
2008).
Hakim (2013) cita que as microalgas pertencentes ao gênero Schizochytrium
sp.são consideradas uma alternativa para substituição de óleos de peixes pois seu
crescimento é rápido e seu conteúdo de ácido docosahexaenoico (DHA) pode
chegar até 48,95% do total de gordura.
Diversas pesquisas apontam que as algas unicelulares, tais como
Schizochytrium sp. entre outras são fontes promissoras de ácidos graxos essenciais
e já estão sendo comercializadas como produto seco ou em formato de óleos (LI
MENGHE et al., 2009).
Há também algas ricas em pigmentos (carotenóides) com atividade
provitamina A, B e C; e são fontes de compostos com atividades biológicas que
podem ser utilizados como alimentos funcionais (ZHANG et al., 2004;
DHARGALKAR e VERLECAR, 2009, MENGHE et al., 2009).
De acordo com Boschini (2011), as algas possuem diversas substâncias
antioxidantes naturais uma vez que estas sempre são submetidas a concentrações
de O2 e CO2 e variações de intensidade de luz. Deste modo, a sobrevivência das
algas depende de uma resposta eficiente ao estresse oxidativo.
Ao adicionar algas em ração de poedeiras Herber e Van Elswyk (1998),
constataram que a inserção de microalgas marinhas é útil para aumentar a presença
de acido graxo alfa linolênico, mantendo a sua aceitação pelos consumidores do
produto de ovo resultante.Cortinas et al. (2004), afirma que a inclusão de diferente
fontes de ácidos graxos na dieta de frangos interfere diretamente na proporção de
ácidos graxos presentes na carne.
4.3 QUALIDADE DA CARNE
Os principais atributos da qualidade da carne de aves são as propriedades
funcionais. E sensórias (o sabor, aparência, suculência, textura) e ausência de
19
contaminação biológica e química. Dentre esses, a textura e a aparência podem ser
citadas como os parâmetros principais, pois influenciam o consumidor na decisão de
compra (FLETCHER, 2002).
Além de seguros, isentos de contaminações microbiológicas e físico-
químicas (OLIVO; SHIMOKOMAKI, 2001), a busca por alimentos funcionais também
é um fator de grande importância no momento da escolha do consumidor(DE
ALMEIDA,2013). Sendo assim, a cadeia produtiva do frango de corte busca oferecer
cada vez mais produtos com estas características. A composição da carne de aves
está intimamente relacionada com a dieta dos animais, a manipulação da
composição de ácidos graxos na dieta dos frangos pode afetar diretamente na
composição da gordura abdominal e do músculo Pectoralis major (SCAIFE et
al.1994; HRDINKA et al., 1996).
Suplementos para nutrição animal ricos em antioxidantes são de alto
interesse, uma vez que pode prolongar a vida útil do produto final, diminuindo a
formação de radicais livres. Um dos principais fatores que podem ocasionar a perda
de qualidade de produtos cárneos é a oxidação lipídica. A oxidação pode afetar
diretamente a coloração, valor nutritivo e textura da carne. Como a carne de frango
possui uma composição rica em ácidos graxos, está mais propensa a sofrer
processos oxidativos. Pesquisas são realizadas para prevenir e/ou minimizar o efeito
da oxidação (BRITO, 2012).
Pode-se afirmar ainda, que a qualidade da carne de aves tem relação direta
com as propriedades físicas, químicas, morfológicas, microbiológicas, nutricionais e
aspectos sensoriais. Nos aspectos físicos e químicos os fatores como cor, pH,
textura, capacidade de absorção de água entre outras, são fatores que dependem
diretamente dos substratos primários (umidade, gordura e proteína) (SOUZA, 2006).
Fatores como, maximizar a disposição de proteína e reduzir o conteúdo de
gordura, podem ser melhorados com o uso de aditivos na suplementação animal. Os
efeitos positivos proporcionados por estes estão associados à presença dos
princípios ativos. Estudos sobre a composição química e o mecanismo de ação das
algas são de interesse para o desenvolvimento de novos aditivos, isto porque as
algas apresentam alto valor nutricional por serem fontes de proteínas, carboidratos,
fibras, minerais e vitaminas e apresentam baixo teor de gordura. Também são
excelentes fontes de antioxidantes (riboflavina, niacina) ácidos pantotênico, ácido
20
fólico e minerais (DHARGALKAR e VERLECAR, 2009; CABRAL, 2012; ZANINI et
al., 2002).
4.4 EFEITO DO USO DE ALGAS NA DIETA DE ANIMAIS
A utilização de algas como complemento alimentar em animais vem sendo
estudada em diversas espécies, em muitos casos a sua inclusão apresenta
resultados satisfatórios. Em bovinos de corte, Melo et al. (2004),afirmam que farinha
de algas calcárias promovem um aumento de ganho de peso dos animais,
corroborando com os resultados de Souza (2002)que afirmam que tal ganho de peso
tem relação com a melhora da digestibilidade aparente da proteína bruta, sendo este
fator também confirmado por Orsine et al. (1989).
Em suínos, O'Doherty et al. (2010), relatam que a dieta com isolado da alga
Laminaria digitata, melhora o desempenho de crescimento e a saúde do intestino.
Já em peixes,Garcia et al.(2012) constatou que tilápias suplementadas com
algas apresentam melhora nos parâmetros de ganho de peso, explica ainda que isto
se deve aos polissacarídeos não amiláceos presentes nas algas. A presença destes
constituintes auxilia na manutenção das vilosidades intestinais melhorando, portanto
a absorção de nutrientes.
Em codornas de postura, Melo(2006),afirma que a utilização de farinha de
algas marinhas melhora o desempenho, o aumento no peso de gema e melhora a
qualidade da casca de ovos por possuir altos teores de cálcio.
Ross e Warren (1990),relata que a adição de alga (spirulina) é uma ótima
opção de fonte de proteína, apresentando taxas de crescimento e eficiência
alimentar satisfatórias.
Os benefícios da utilização de algas na dieta de animais estão associados à
capacidade de melhora no funcionamento do sistema digestório dos animais. O
sistema digestório das aves (cavidade oral, esôfago, papo, proventrículo, moela,
intestino delgado, cecos, cólon e cloaca) é responsável pela apreensão, digestão,
absorção e eliminação do alimento (GAVA, 2012). A absorção dos nutrientes é a
função primordial do intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo). Parte da digestão
ocorre na superfície das vilosidades. O número e tamanho dos vilos dependem do
número de células que o compõem, quanto maior o número de células, maior o
21
tamanho do vilo, consequentemente maior a área de absorção de nutrientes
(BOARO M., 2009).
Yamauchie Isshiki, (1991) afirmam que quanto mais velha a ave maior e o
tamanho de suas vilosidades. Já Ambrozini et al., (2005) constatarão uma relação
do peso das aves aos 7 dias e aos 35 dias de idade. Quanto maior o peso aos sete
dias, proporcional é o aumento de peso aos 35 dias. Fato esse que mostra a
importância do estudo da morfologia intestinal de frangos de corte na primeira
semana de vida.
Melo et al. (2004) e Turner et al. (2002) ressaltam que o uso de algas A.
nodosum apresenta um grande potencial produtivo, além de atuar melhorando a
resistência imunológica de animais como suínos, aves, caprinos e bovinos.
O uso de extratos vegetais inseridos na nutrição de animais como um
promotor de crescimento é justificado pelos diversos benefícios de origem orgânica
das algas. Os nutrientes contidos na farinha de algas marinhas possuem fácil
absorção pelo organismo animal e suprem eficazmente deficiências nutricionais.
Além disto, o alto teor protéico, o elevado conteúdo de fibras e ainda o grande
número de minerais destacam a importância do uso como suplemento de rações
para diversos animais (COSTA NETO et al. 2010).
22
REFERÊNCIAS
ABPA (Associação brasileira de proteína animal) - Estatística. 2014. Disponível em: <http://www.ubabef.com.br/estatisticas/frango/consumo_per_capita>. Acesso em: 22 jul. 2014. ALBINO, Luiz Fernando Teixeira et al. Uso de prebióticos à base de mananoligossacarídeo em rações para frangos de corte. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 35, n. 3, p. 742-749, 2006. AMBROZINNI, BJERRUM, L., PERDERSEN, A.B., ENGBERG, R.M. The influence of whole wheat feeding on Salmonella infection and gut flora composition in broilers. Avian Diseases, 49:9-15. 2005. AVISITE. União Brasileira de Avicultura. Consumo de carne de frango. 2014. Disponível em: <http://www.avisite.com.br/noticias>. Acesso em: 21 jun. 2014. BOARO, Márcia. Morfofisiologia do trato intestinal. In: CONFERENCIA FACTA DE CIENCIA E TECNOLOGIA AVICOLAS. 2009. BARBOSA, Nei André Arruda ; SAKOMURA, Nilva Kazue; BONATO, Melina Aparecida; HAUSCHILD, Luciano; OVIEDO-RONDON, Edgar. Enzimas exógenas em dietas de frangos de corte: desempenho; Exogenous enzymes in broilers fed diets: performance. Ciência Rural, v. 42, n. 8, p. 1497-1502, 2012. BRITO, Poliana de Paula. Avaliação de características de qualidade e propriedades funcionais da carne mecanicamente separada de frango tratada com diferentes taxas de dose de radiação ionizante e uso de antioxidantes. 2012.137f.Tese (Doutorado em Biotecnologia). Universidade de São Paulo. BOSCHINI, Carolina. Antioxidantes na dieta de frangos de corte. 2011, 75f. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) – Universidade Federal de Pelotas, Pelotas. 2011. BOSTOCK, John et al. Aquaculture: global status and trends. Philosophical Transactions of the Royal Society B: Biological Sciences, v. 365, n. 1554, p. 2897-2912, 2010. CABRAL, Ingridy Simone Ribeiro.Extrato de algas marinhas como agentes antioxidantes e antimicrobianos e seus efeitos na qualidade de Mincedde tilápia (Oreochromisniloticus).2012.138f. Tese (Doutorado em Química na Agricultura e no Ambiente)- Centro de energia Nuclear na Agricultura, Universidade de são Paulo, Piracicaba,2012.
23
CARVALHO, Luciana Retz; ROQUE, Nidia F. Fenóis halogenados e/ou sulfatados de macroalgas marinhas. Quimica Nova, v. 23, n. 6, p. 757, 2000. CARVALHO, Paulo Reis de et al. Influência da adição de fontes marinhas de carotenoides à dieta de galinhas poedeiras na pigmentação da gema do ovo. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, v. 43, n. 5, p. 654-663, 2006. CORTINAS, L., VILLAVERDE, C., GALOBART, J., BAUCELLS, M. D., CODONY, R., & BARROETA, A. C. (2004).Fatty acid content in chicken thigh and breast as affected by dietary polyunsaturation level. Poultry science, 83(7), 1155-1164. COSTA NETO, João Moreira; TEIXEIRA, Raquel Graça; SÁ, Marcelo Jorge Cavalcanti de; LIMA, Alessandra Estrela1; JACINTO-ARAGÃO, Glauber Sergio; TEIXEIRA, Marcelo Weinstein; MARTINS FILHO, Emanoel Ferreira; Farinha de algas marinhas (“Lithothamniumcalcareum”) como suplemento mineral na cicatrização óssea de autoenxerto cortical em cães. Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal, v. 11, n. 1, 2010. DOS SANTOS, Wagner Amador; GOMES, Eli Anatraversim. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DOS COSTÕES ROCHOSOS ECONOMIC IMPORTANCE OF ROCKY COAST. Saúde & Ambiente em Revista, Duque de Caxias, v.1, n.2, p.51-59, jul-dez 2006 DA ROCHA, André Pazos; ABREU, Ricardo Duarte; DA COSTA, Maria do Carmo M. Marques; OLIVEIRA, Gabriel Jorge Carneiro; ALBINATI, Ricardo Castelo Branco; DA PAZ, Arilson Santos; QUEIROZ, LailaneGoes de. Prebióticos, ácidos orgânicos e probióticos em rações para frangos de corte. Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal, v. 11, n. 3, 2010. DE ALMEIDA, Juliana Nunes, DOS SANTOS, GleiceRocha ; BETETO, Flávia Maria, Medeiros, Lara Gonçalves,OBA, Alexandre; SHIMOKOMAKI, Massami; SOARES , Adriana Lourenço .Suplementação de selênio quelatado na ração e qualidade da carne de frango. Semina: Ciências Agrárias, v. 33, n. 6, p. 3117-3122, 2013. DHARGALKAR, V. K.; VERLECAR, X. N. Southern Ocean seaweeds: A resource for exploration in food and drugs. Aquaculture, v. 287, n. 3, p. 229-242, 2009 DIONIZIO, M. A. Prebióticos como promotores de crescimento para frangos de corte. 2001. 60 p. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) - Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2001.
24
FLEMMING, José Sidney. Utilização de leveduras, probióticos e mananoligossacarídeos (MOS) na alimentação de frangos de corte. 2005.111F. Tese(Doutorado em Tecnologia em Alimentos). Universidade Federal do Paraná.2005. FLETCHER,D.L Poultry meat quality. World´s Poultry Science Journal.v.58,n.2, p.131-145,2002 FUKAYAMA, Ellen Hatsum;BERTECHINI,Antonio Gilberto; GERALDO, Adriano; KATO, Reinaldo Kanji; MURGAS, Luis David Solis. Extrato de orégano como aditivo em rações de frangos de corte. 2004. Revista.Brasileira de zootecnia. 2005, vol.34, n.6, suppl., pp. 2316-2326. FUJIMOTO, K.; KANEDA, T. Screening test for antioxigenic compounds from marine algae and fraction from Eiseniabicyclisand Undariapinnatifida.Bull Japan Society Science Fisheries, v.46, p.1125-1130, 1980. GANUZA, E. ;T. Benítez-Santana; E. Atalah; O. Vega-Orellana, ;R. Ganga; M.S. Izquierdo. Crypthecodiniumcohnii and Schizochytrium sp. as potential substitutes to fisheries-derived oils from seabream (Sparusaurata) microdiets. Aquicultura , v 277, n. 1, p. 109-116, 2008. GARCIA, Fabiana; ABIMORAD, Eduardo Gianini; SCHALCH, Sérgio Henrique Canelo; ONAKA,Eduardo Mokoto FONSECA, Fernando Stopato da.. Desempenho produtivo de tilápias alimentadas com suplemento alimentar à base de algas. Bioikos, v. 23, n. 2, 2012. GAVA, Marta Silva. Metodologia de morfometria intestinal em frango de corte.2012.61f. Dissertação (Mestrado em Ciência Veterinária), Universidade Federal, 2012. GODOI, Mauro Jarbas de Souza,; ALBINO, Luiz Fernando Teixeira; ROSTAGNO,Horacio Santiago; GOMES, Paulo Cezar; BARRETO, Sergio Luiz de Toledo; JUNIOR, José Geraldo de Vargas. Utilização de aditivos em rações formuladas com milho normal e de baixa qualidade para frangos de corte. Revista Brasileira de Zootecnia, 2008, vol.37, n.6, pp. 1005-1011. HAKIM, Arif Rahman.The potential of heterotrophic microalgae (Schizochytrium sp.) as a source of dha. SQUALEN, v. 7, n. 1, p. 29-38, 2013.
25
HERBER-McNeill, SM; VAN ELSWYK, ME Dietary algas marinhas mantém ovo aceitação pelos consumidores, reforçando simultaneamente a gema de cor. Ciência Avícola , v. 77, n. 3, p. 493-496, 1998. HRDINKA, C.; ZOLLITSCH, W.; KNAUS, W. et al. Effects of dietary fatty acids pattern on melting point and composition of adipose tissues and intramuscular fat of broiler carcasses. Poultry Science Journal, v.75, p.208-215, o 1996. , p.107-118, 1994. MELO,P.C., C.A.R. Franco e A.R. Franco. 2004. Uso de farinha de algas marinhas (Lithothamnium sp) na suplementação mineral de bovinos de corte. Disponível em: <www.calmarmineracao. com.br> MELO, Thiago Vasconcelos. Utilização de farinha de algas marinhas (Lithothamnium calcareum) e de fosfato monoamônio em rações para codornas japonesas em postura criadas sob condições de calor.2006. 56f. Tese (Mestre em produção animal) Universidade Estadual do Norte Fluminense 2006. MELO, T.V., P.P. Mendonça, A.M.A. Moura, C.T. Lombardi, R.A. Ferreira e V.L.H. Nery. 2006. Solubilidad in vitro de algunasfuentes de cálcio utilizadas em alimentacion animal. Archivos Zootecnia,vol. 55, num 211,setembro, 2006, pp.297-300, Universidade de Córdoba, España. MELLOR, Sarah. Alternatives to antibiotic. Pig Progress, v.16, p.18-21, 2000. MENDES, Ariel Antonio; KOMIYAMA, Claudia Marie. Estratégias de manejo de frangos de corte visando qualidade de carcaça e carne. Revista Brasileira de Zootecnia, v.40, p.352-357, 2011. MITSCH, P.; ZITTERL-EGLSEER, K.; KOHLER, B.The effect of two different blends of essential oil components on the proliferation of Clostridium perfringens in the intestines of broiler chickens. Poultry Science, v.83, p.669-675, 2004. MOREIRA, Joerley; MENDES Ariel Antônio; GARCIA Edivaldo Antônio; OLIVEIRA Ricardo Pinto de; GARCIA Rodrigo Garófallo ; ALMEIDA Ibiara Correia Lima. Avaliação de desempenho, rendimento de carcaça e qualidade da carne do peito em frangos de linhagens de conformação versus convencionais. Revista Brasileira de Zootecnia. 2003, vol.32, n.6, suppl.1, pp. 1663-1673. LI,HMenghe; Edwin H. Robinson; Craig S. Tucker; Bruce B. Manning; Lester Khoo. . Effects of dried algae Schizochytrium sp., a rich source of docosahexaenoic acid,
26
on growth, fatty acid composition, and sensory quality of channel catfish Ictaluruspunctatus Aquaculture, v. 292, n. 3, p. 232-236, 2009. OLIVEIRA, Janaína de Paula de. Avaliação de Óleos Essenciais, extratos Vegetais e Óleos funcionais los dietas de frango de corte. 2012, 67f. Tese (Mestre em Fisiologia) Universidade Estadual do Paraná, 2012. OLIVO, Rubison.; SUSTOS, Adriana Lourenço; IDA, Elza. Iouko.; SHIMOKOMAKI, Massami. Dietary vitamin E inhibits poultry PSE and improves meat functional properties. JournalofFoodBiochemistry, Trumbull, v. 25, n. 4, p. 271-283, 2001 ORSINE, GeisaFleury ; COSTA, Celso de Paula; OLIVEIRABenir; RODRIGUES, Deborah Gonçalves e Oliveira,CLIZEIDE R. Efeito da fonte de cálcio (calcário vsLithothamniumcalcareum) na digestibilidade aparente do feno de capim BrachiariadecumbensStach cv. BASILISKI. Pesquisa Agropecuária Tropical (PAT), v.19: 49-58.1989 O'DOHERTY ,J.V.;DILLON, S. ;S. FIGAT, ; CALLAN, J.J. ; SWEENEY T..The effects of lactose inclusion and seaweed extract derived from Laminaria spp. on performance, digestibility of diet components and microbial populations in newly weaned pigs. Animal Feed Science and Technology, 157 (3–4) (2010), pp. 173–180 PEREIRA, Claudio MP ;Hobuss,Cristiane B. ; Maciel,Juliana Villela ; Ferreira, Lizângela R. ; Pino, Francisco B. Del ; Mesko, Márcia F.; Lopes, Eduardo Jacob; Neto, Pio Colepicolo. Biodiesel derivedfrommicroalgae: advancesand perspectives. Química Nova, v. 35, n. 10, p. 2013-2018, 2012. PICKLER, Larissa; SANTIN, Elizabeth; DA SILVA, Ana Vitória Fischer. Alternativas aos antibioticos para equilibrar a microbiota gastrointestinal de frangos. Archives of Veterinary Science, v. 16, n. 3, 2011. PULZ, Otto.; GROSS, Wolfgang. Valuable products from biotechnology microalgae.Applied Microbiology Biotechnology, v.65, n.6, p.635-648, 2004. LU-JING, Ren, GUAN-NAN Sun, XIAO-JUN Ji, XUE-CHAO Hu, He Huang.Compositional shift in lipid fractions during lipid accumulation and turnover in Schizochytrium sp. Bioresource technology, v. 157, p. 107-113, 2014.
27
RACANICCI, Aline.M.C.; DANIELSEN, Bente; SKIBSTED, Leif.H. Mate (Ilex paraguariensis) as a source of water extractable antioxidant for use in chicken meat. European Food Research Technology, v.227, p.255-260, 2008. RIZZO, P.V.; MENTEN, J.F.M.; RACANICCI, A.M.C. et al. Extratos vegetais em dietas para frangos de corte. Revista Brasileira de Zootecnia, v.39, p.801-807, 2010. ROSS, Ernest; Dominy, WARREN. O valor nutricional do desidratada, algas verde-azuladas (plantensisspirulina) para aves. Poultry Science , v. 69, n.5, p. 794-800, 1990.
SANTOS, Éder Clementino; TEIXEIRA, Antônio Soares; FREITAS, Rilke Tadeu Fonseca; Rodrigues, Paulo Borges; DIAS, Eustáquio Souza; MURGAS, Luis David Solis.Uso de aditivos promotores de crescimento sobre o desempenho, características de carcaça e bactérias totais do intestino de frangos de corte. Ciência Agrotec. 2005, vol.29, n.1, pp. 223-231. SANTOS, E. C. et al. Efeitos dos aditivos beneficiadores de crescimento sobre bactérias totais, pH intestinal e pH das rações de frangos de corte. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, v 39. 2002. SANTURIO, Janio Morais.; SANTURIO, Deise Flores; POZZATTI, Patrícia.; MORAES,Cristiane; FRANCHIN,Paulo Rogério , ALVES Sydney Hartz. Atividade antimicrobiana dos óleos essenciais de orégano, tomilho e canela frente asorovares de Salmonella entérica de origem avícola. Ciência Rural, v.37, n.3, p.803-808, 2007. SCAIFE, J.R.; MOYO, J.; GALBRAITH, H. et al. Effect o different dietary supplemental fats and oils on the tissue fatty acid composition and growth of female broilers. British poultryscience, v. 35, n. 1, p. 107-118, 1994. SOUSA, Márcia Barbosa et al. α-, β-caroteno e α-tocoferol em algas marinhas in natura. Ciência Tecnologia Alimentos, v. 28, n. 4, p. 953-958, 2008. SOUZA, H. B. A. Parâmetros físicos e sensoriais utilizados para Avaliação dequalidade da carne de frango. In: V Seminário Internacional de Aves e Suínos – AveSui, 2006 Avicultura. Florianópolis: 2006. Disponível em: <www.cnpsa.embrapa.br/down.php?tipo=publicacoes&cod_publicacao=793> Acesso em: 16 de setembro de 2012. SOUZA, E.F. 2002. Relatório sobre experimento com o uso de farinha de algas marinhas na suplementação mineral de bovinos de corte. Disponível em:
28
http://www.naturalrural. com.br/conteudo/experimentos_lc300_ suplementacao_bovinos.pdf. Acesso em 15/ 07/2014. SUN, Lina et al. Differential effects of nutrient limitations on biochemical constituents and docosahexaenoic acid production of Schizochytrium sp. Bioresource technology, v. 159, p. 199-206, 2014. TURNER, J.L.; DRITZ, S.S.; HIGGINS, S.S.; MINTON, J.E. Effects of Ascphyllumnodosum extract on growth performance and immune function of young pigs challenged with Salmonella typhimurium. Journalof Animal Science, v.80, p.1947-1953, 2002. VASCONCELOS, Bárbara Monique de Freitas; GONÇALVES, Alex Augusto. Macroalgas e seus usos–alternativas para as indústrias brasileiras. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, v. 8, n. 5, p. 125-140, 2014. VIEIRA, Tamires de Queiroz. Uso de resíduo as Líquidos no cultivo de microalgas com potencial para produção de biocombustíveis. Campina Grande, UEPB, 2013,61 p. (Monografia para graduação em engenharia sanitária ambiental) XU, Z. R.; HU, C. H.; XIA, M. S. X. et al. Effects of dietary fructooligosaccharide on digestive enzyme activities, intestinal microflora and morphology of male broilers. Poultry Science, v. 82, p.1030–1036, 2003. ZANINI, SURAMA FREITAS et al. Composição da carcaça de frangos de corte submetidos a dieta com farinha de algas. REVISTA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO VILA VELHA VILA VELHA (ES), v. 3, n. 1, JANEIRO/JULHO DE 2002, v. 3, n. 1, p. 46, 2002. ZEMKE-White, LINDSEY.W.,OHNO, Masao., 1999. World seaweed utilization: an end of century summery. Jorurnal of Applied. Phycology. 11, 369–376. ZHANG ,Quanbin;NING, Li ; LIU, Xiguang , ZHAO , Zengqin , Li ,Zhien; Xu,Zuhong.The structure of a sulfated galactan from Porphyrahaitanensis and its “in vivo” antioxidant activity.Carbohyd. Res.,339:105-111, 2004. YAMAUCHI K.S.; ISSHIKI Y. Post-Hatching Development Changes in the Ultrastructure of the Duodenal Absortive Epithelial Cells in 1, 10 and 60-D-Old Chickens, With Special Reference to Mitocondria. Katagana University, Miki-Cho, Kagana-Ken, Japan; 1991; 761p.
29
ZIEBERT, R. A. SHIKIDA, PERY, F. A. (2012). Avicultura E Integração Em Santa Helena (Pr): Uma Abordagem A Partir Da Nova Economia Institucional. Disponível em: http://www.sober.org.br/palestra /12/05O284.pdf Acessado em: 06 de novembro 2012.
30
CAPÍTULO 2- AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ZOOTÉCNICO E MORFOMETRIA INTESTINAL DE FRANGOS DE CORTE ALIMENTADOS COM DIFERENTES NÍVEIS DE EXTRATO DE ALGAS
Resumo: A grande demanda de produção de derivados de origem avícola faz
com que a cadeia produtiva busque por aditivos e suplementos capazes promover crescimento, produtividade e rentabilidade deste setor. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a inclusão on top de cinco níveis de extrato de algas na dieta de frangos de corte (0%, 0,3%;0,6%;0,9%;1,2%), comparando-os. Para tanto foram avaliados semanalmente o peso vivo (PV), peso médio (PM), ganho de peso (GP), consumo de ração (CR) e conversão alimentar (CA) das aves. Aos sete e aos trinta e cinco dias foram coletados primeiro terço de cada parte do intestino para o estudo da morfometria intestinal.Os resultados apresentou efeito de tratamento no peso médio em todas as semanas do experimento, à medida que cresceu o nível de inserção do extrato de algas, cresceu também o peso médio das aves. Na primeira semana (1-7dias) verificou-se que o consumo de ração apresentou efeito de tratamento, sendo uma função linear crescente, ou seja, conforme cresceu a inclusão on top de extrato de algas, cresceu também o consumo de ração das aves. Nesta fase também foi constatado a efeito de tratamento no desenvolvimento do diâmetro de cripta nos segmentos duodeno e jejuno, conforme é inserido extrato de algas na dieta, maiores as medidas destes segmentos. O diâmetro do vilo da região do íleo, também apresentou uma função linear crescente. O peso de fígado foi maior no nível de inserção de 0,9%. No sentido apresentado pelos resultados, é possível identificar que a aplicação de extrato de algas na dieta de frangos de corte é benéfica em algumas situações, o que favorece a possível aplicação deste produto na cadeia industrial.
Palavras-chaves: Extrato de algas. Morfometriaintestinal. Frango de corte.
1. INTRODUÇÃO
Sendo considerada uma atividade altamente desenvolvida, a avicultura de
corte no Brasil vem se destacando no mercado internacional. Em 2013, o Brasil foi
considerado o maior exportador de frango do mundo (UBABEF, 2013).Em 2014,de
acordo com a AVISITE (2014), até o mês de novembro, o Brasil já havia produzido
11.750,9 mil toneladas de carne de frango.
Devido ao ciclo rápido de produção, e a demanda por produtos de origem
avícola, abusca por aditivos capazes de promover o crescimento ou ainda melhorar
a produtividade e rentabilidade deste setor é altamente significativa (SANTANA et
al., 2011).
Dessa forma, a inserção de extratos vegetais é considerada uma boa opção,
visto que estes possuem efeitos antioxidante (RACANICCI et al., 2008),
31
antimicrobiano(MITSCH et al., 2004, SANTURIO et al., 2007) e digestivo (KAMEL,
2000;MELLOR, 2000).
Dentre osextratos vegetais háo extrato de algas, que já em sido aplicado como
aditivo na inclusão de diversas espécies animais. Melo et al. (2004), Orsine et al
(1989) afirmam que farinha de algas calcárias promove um aumento de ganho de
peso em bovinos. Alvarenga et al. (2011) citam o uso de algas, como forma de
substituir o milho ou o farelo de soja da base das rações comerciais., isso é possível,
uma vez que algas do gênero Spirulina contém cerca de 60 a 70% de proteína.
Em codornas de postura, Melo e Moura (2009) também observaram a melhora
no desempenho, além do aumento no peso de gema e melhora da qualidade da
casca dos ovos. Garcia et al.(2012), constataram em tilápias um aumento de ganho
de peso dos animais, além de auxiliar na manutenção das vilosidades intestinais
melhorando, a absorção de nutrientes. O'Doherty et al. (2010), constataram que a
inserção de algas na dieta de suínos melhora o desempenho de crescimento e a
saúde do intestino. Em frangos de corte, Pope et al (2002) e Melo et al
(2006),observou um maior ganho de peso e melhora na conversão alimentar.
Assim, este trabalho tem por objetivo avaliar a adição on top de diferentes níveis
(0%,0,3%;0,6%;0,9%;1,2%) de extrato de algas na dieta de frangos de corte,
verificando o desempenho e morfometria intestinal de frangos de corte alimentados
com as dietas suplementadas com o extrato de algas.
2. MATERIAL E MÉTODOS
O presente experimento foi aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de
Animais (CEUA) da UTFPR, campus Dois Vizinhos, protocolo n°2013-003, (Anexo-
A).
A pesquisa foi conduzida no aviário experimental da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná campus Dois Vizinhos localizado na latitude 25° 44’
01”sul e longitude 53° 03’ 26” oeste,estando a uma altitude média de 509 metros,
cujo clima é subtropical com chuvas bem distribuídas durante o ano, temperaturas
médias anuais de 19ºC e tipo climático Cfa segundo classificação de Köppen
(ALVARES et al. 2013).
32
Para a realização deste estudo utilizou-se um delineamento em blocos ao
acaso, empregando-se 760 pintos de corte de um dia de idade, fêmeas da linhagem
Cobb, alojados em aviário experimental dividido em box de 1,2m², forrado com
maravalha. No início do experimento, os pintos foram pesados (peso médio 49g) e
distribuídos em cinco tratamentos com oito repetições, onde foram criados até 35
dias de idade. A ração foi fornecida ad libitum em comedouro tubular e a água em
bebedouro tipo nipple. A programação de luz foi realizada de acordo com
especificações do manual da linhagem.
Os tratamentos avaliados consistiram em níveis crescentes de extrato de
algas (EA) adicionado on top à dieta das aves, ou seja, sem ocorrer reformulação
das dietas, sendo utilizadas as seguintes adições de 0,3%; 0,6%; 0,9%;1,2% de
extrato de algas. As rações experimentais foram formuladas de acordo com as
recomendações descritas em Rostagno et al. (2011). O EA foi adicionado durante a
mistura dos ingredientes (Tabela 1).
33
Tabela 1- Composição percentual da dieta experimental. Ingredientes kg
1 - 21dias 22 - 35 dias
Milho grão (7,5%) 52,44 58,19 Soja farelo 38 31,5 Óleo soja 4 5 Sal comum 0,2 0,2 Fosfato bicálcico 18 0,8 0,6 Dl-metionina 0,3 0,23 L-lisina 78 0,15 0,25 L-treonina 98 0,11 0,13 Suplemento vitamínico e mineral* 4 4 Extrato de algas 0 0 Total em kg . 100 100
Composição nutricional calculada
Proteína Bruta, % 21,623 19,027 Cálcio, % 1,1299 1,0509 Fósforo Total, % 0,6941 0,6246 Fósforo Disponível, % 0,4582 0,4054 Sódio, % 0,2144 0,2142 Energia Met Ap., Kcal/kg 3003,1944 3137,1804 Lisina, % 1,2881 1,1201 Lisina Digestível, % 1,1696 1,0153 Metionina, % 0,6475 0,5472 Metionina, % 0,6384 0,5382 Met+ Cist, % 0,9087 0,7828 Triptofano, % 0,2476 0,2118 Treonina, % 0,8281 0,7594 *Níveis de garantia do suplemento vitamínico e mineral por Kg do produto: Ácido Fólico (mín) 7,5 mg, Ácido Pantotênico (mín) 100 mg, Bacitracina de Zinco 1.375 mg, Biotina (mín) 0,5 mg, Cálcio (mín) 200 g, Cálcio (máx) 300 g/kg; Cobre (mín) 165 mg, Colina (mín) 3.750 mg, Ferro (mín) 1.375 mg, Fósforo (mín) 58 g, Flúor (máxi) 580 mg/kg; Iodo (mín) 33 mg, Manganês (mín) 1.650 mg, Metionina (mín) 18,2 g, Niacina (mín) 300 mg, Selênio (mín) 5 mg, Sódio (mín) 37,1 g, Vitamina A (mín) 97.500 UI, Vitamina B1 (mín) 10 mg, Vitamina B12 (mín) 125 mcg, Vitamina B2 (mín) 50 mg, Vitamina B6 (mín) 15 mg, Vitamina D3 (mín) 30.000 UI, Vitamina E (mín) 162,5 UI, Vitamina K3 (mín) 25 mg, Zinco (mín) 1.650 mg.
2.1 DESEMPENHO ZOOTÉCNICO
Para o desempenho zootécnico, as aves foram avaliadas aos 7, 14, 21, 28 e
35 dias de idade através do peso vivo, ganho de peso (GP), consumo de ração (CR)
e conversão alimentar (CA),sendo que a CA foi calculada pela relação entre o ganho
de peso e o consumo de ração. Utilizou-se como critério de correção o peso das
aves mortas nas diferentes fases e no período total.
34
O consumo de ração foi calculado pela diferença entre a quantidade de
ração fornecida e as sobras das rações experimentais, pesadas no início e no final
de cada semana do experimento. Para determinação do ganho de peso, as aves
foram pesadas no início e no final de cada semana do experimento. A partir dos
dados de consumo de ração e ganho de peso, calculou-se a conversão alimentar
dos animais nos períodos.
2.2 MORFOMETRIA INTESTINAL E MENSURAÇÃO DO PESO DE ALGUNS ÓRGÃOS
Aos 7 e 35 dias de idade das aves foram realizadas coletas de intestino para
verificar morfometria intestinal e mensurar o peso do coração, moela e fígado. Em
cada coleta foi utilizada uma ave por repetição, de acordo com o peso médio da
repetição. As aves foram abatidas por desarticulação cervical e necropsiadas para a
realização da medição do intestino, coleta dos órgãos para pesagem (coração,
fígado e moela) e coleta de aproximadamente 3 cm de comprimento do primeiro
terço de cada um dos segmentos (duodeno, jejuno e íleo) de cada ave (Figura 1).
Figura 1- Fígado, coração e moela coletados para pesagem e íleo, jejuno e
duodenoseccionados para realização da morfometria. Legenda: 1-fígado, 2-coração, 3- moela ,A- íleo sendo seccionado para limpeza; B- jejuno seccionado
e limpo;.C- duodeno seccionado e limpo.
35
Após a coleta, os fragmentos dos segmentos de intestino foram lavados com
solução salina a 0,9% e submergidos em líquido fixador de Alfac (85mL de álcool
80%, 15mL de formaldeído(37-40%) e 5 mL de ácido acético glacial) por 16 horas.
Em seguida foram desidratados em uma série crescente de álcoois (30 minutos em
álcool 80%, 30 minutos em álcool 95%, 60 minutos em álcool 100%), tratados em
Toluol e incluídos em parafina conforme o descrito por Ribeiro et. al. (2012). Os
blocos foram cortados em micrótomo na espessura de 5µm. Os cortes histológicos
foram corados com Hematoxilina e Eosina (HE) (Beçak e Paulete, 1976).
Com o auxílio de um fotomicroscópio de luz acoplado em um computador
com um sistema de análise de imagens (UTHSCSA ImageTool. Version 3.0) foram
medidos em 10 vilos distintos: a altura e largura de vilosidade, região e diâmetro de
cripta e espessura da muscular da mucosa (Figura 2) (GAVA, 2012).
Figura 2- Medições realizadas nas análises de morfometria intestinal Legenda :A -altura de vilo, B- largura do vilo, C-região de cripta, D- diâmetro de cripta e E espessura
da muscular da mucosa.
2.3 ANÁLISE ESTATÍSTICA
Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística realizada por meio
do modelo linear generalizado com função de distribuição Gamma e função de
36
ligação inversa. Em cada variável analisada considerou-se os seguintes modelos
matemáticos:
��� � � � ��� � ��� (1)
���� � � ���� � �� � ���� (2)
Onde ��� e ���� é a observação na unidade experimental que recebeu o
tratamento �,, no bloco��; � é a media geral; �� é o efeito de bloco �; �� é o efeito de
tratamento � e ����� ������ é o erro na unidade experimental observada..
A equação 1 descreve a variável pela média geral mais um efeito de bloco,
enquanto que a equação 2 descreve a variável pela média geral, um efeito de bloco
e um efeito de tratamento.
Estes modelos foram avaliados utilizando o Critério de informação Akaika
(AIC) (Burnham e Anderson, 2002).
��� � �� ������ � � ���(3)
Onde N é o número de dados, SS é soma dos quadrados e K é o número de
parâmetros de um modelo (MOTULSKY e CHRISTOPOULOS, 2003).
Segundo este critério o modelo mais adequado para descrever os dados é
aquele que apresenta o menor valor de AIC. Para dois modelos concorrentes
diferenças de AIC menores que dois não são consideradas significativas
(BURNHAM e ANDERSON, 2002 e MOTULSKY e CHRISTOPOULOS, 2003).
Neste trabalho, caso o valor de AIC indique o modelo 2 como o mais
adequado, pode-se concluir que há efeito de tratamento na variável estudada.
No caso da presença de efeito de tratamento foi ajustada uma equação para
descrever o comportamento da variável em função dos níveis de extrato de algas .
Equações lineares quadráticas e cubicas foram consideradas e a seleção da mais
adequadas se deutambém através do AIC. Estas equações forma graficadas para
melhor observação do comportamento da variável estudada em resposta ao
aumentodos nível do extrato de algas.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados do desempenho zootécnico mostram que em todos os períodos
avaliados, o peso médio apresentou efeito de tratamentos(Tabela 2).Estes
37
resultados são corroborados por Alves Filho et al., (2011), que suplementaram
alevinos de tilápia do Nilo com farinha da macro algas Ascophyllumnodosu, Este
efeito pode ser relacionado à composição do extrato, uma vez que este
éconsiderado: fonte de proteínas; carboidratos; fibras; minerais; vitaminas;
riboflavina; niacina; ácido pantatênico e fólico; sendo rico em compostos
biologicamente ativos, como os compostos polissacarídeos sulfurados (ARCHER et
al., 2007).Já Menghe et al. (2009) em seu experimento com Bagre americano
(Ictaluruspunctatus ), verificou que animais alimentados com a adição de 1,0% de
algas secas (Schizochytrium sp.) apresentaram um maior ganho de peso quando
comparados aos animais alimentados com ração basal (sem algas).
Tabela 2 - Media geraltratamento e período daganho de peso, conversadicionadas de extrato dperíodo total do experime
Consumo de Ração Diário
Ganho de Peso Diário méd
Conversão Alimentar
Peso Médio(g) *
Consumo de Ração Diário
Ganho de Peso Diário méd
Conversão Alimentar
Peso Médio(g) *
Consumo de Ração Diário Ganho de Peso Diário médConversão Alimentar Peso Médio(g) *
Consumo de Ração Diário Ganho de Peso Diário médConversão Alimentar
Peso Médio(g) *
Consumo de Ração Diário
Ganho de Peso Diário méd
Conversão Alimentar
Peso Médio(g) *
Consumo de Ração Diário
Ganho de Peso Diário méd
Conversão Alimentar
Peso Médio(g) *
*Possui efeito de tratameAssumindo distribuição gamma,
Modelo 1(
a diferença entre eles, onde
e avaliação dos modelos matemáticosas variáveis de desempenho zootécnico são alimentar, peso médio) de aves alimde algas on top. Variáveis analisadas sento.
Período 1 – 7 dias
T1 T2 T3 T
médio (g) 17,44 19,3 18,6 18
dio (g) 12,23 13,21 12,77 12
1,43 1,46 1,46 1,
135 147 145 14
Período 8 – 14 dias
médio (g) 46,47 47,29 47,74 49
dio (g) 27,82 29,77 29,92 30
1,68 1,59 1,6 1,
331 351 348 35
Período15 – 21 dias
médio (g) 74,65 71,76 73,94 73dio (g) 46,23 44 48,27 49
1,64 1,68 1,54 1,655 669 686
Período22 – 28 dias
médio (g) 111,03 110,4 107,43 116dio (g) 65,03 65,2 58,77 68
1,73 1,73 1,85 1,
1,11 1,12 1,1 1,
Período 29 – 35 dias
médio (g) 127,46 129,83 130,9 132
dio (g) 63,19 74,03 75,45 72
2,03 1,8 1,78 1,
1,57 1,63 1,63 1
Acumulado 1 - 35 dias
médio (g) 70,33 71,5 70,2 72
dio (g) 40,67 42,95 42,69 44
1,73 1,66 1,65 1,
1,57 1,63 1,63 1
ento a qual foi avaliada utilizando a função de ligação “inv
) e o modelo 2 ( ) os res
e ∆ AIC= AIC M1- AIC M2.
38
s das repetições por (consumo de ração,
mentadas com dietas semanalmente e no
T4 T5 � AIC 8,41 18,06 -1,98 2,6 13,14 -0,024 ,47 1,37 -1,26 41 147 2,43*
9,6 48,56 2,01* 0,58 30,9 6,52* ,62 1,57 0,57 52 357 4,95*
3,53 74,01 -1,99 9,26 48,66 0,95 ,51 1,53 -0,45 697 698 4,74*
6,83 111,97 -0,96 8,26 65,21 -1,91 ,73 1,76 -1,96 ,18 1,15 2,77*
2,42 133,17 -0,32 2,94 74,56 0,63 ,84 1,82 -0,28 ,7 1,68 5,13*
2,36 71,64 1,99 4,44 44,35 -0,92 ,63 1,62 -1,18 ,7 1,68 -1,24
verse”. Para cada modelo:
espectivos valores de AIC e
39
Nos gráficos1e 2, observou-se que estas diferenças são expressas em uma
função linear crescente,ou seja a medida que cresce o nível de inserção do extrato
de algas há um aumento no peso médio das aves.
Gráfico 1-Funções lineares do peso médio de todos os períodos de realização do experimento períodos (1-7dias, 8-14dias, 15-21dias, 22-28dias, 29-35dias)
De acordo com Stringhini et al. (2003), o peso médio das aves e o consumo
de ração têm relação direta ao peso inicial das aves. Sendo que as aves que
apresentam peso inicial maior, apresenta maior é o consumo de ração durante sua
vida.
Verificou-se que o consumo de ração apresentou diferença apenas na
segunda semana. Esta diferença ainda apresenta uma função linear crescente.
Conforme cresce a inclusão on top de extrato de algas, cresce também o consumo
de ração das aves,contrariando alguns trabalhos que incluíram farinha de algas
(Lithothamnium calcareum) e apresentou maior ganho de peso e melhora na
conversão alimentar(POPE et al.,2002; ALGAREA, 1997).
40
Gráfico 2- Funções lineares do ganho de peso e consumo de ração, no período de
8-14dias.
A análise morfológica dos intestinos das aves (Tabela 3) mostra que a
inserção de extrato de algas interferiu no desenvolvimento intestinal dos animais na
primeira semana vida. Observou-se efeito de tratamento no desenvolvimento do
diâmetro de cripta nos segmentos duodeno e jejuno.
Tabela 3– Avaliação doalimentadas com dietas a
7 d
ias
Altura de vilo (µm)
Diâmetro do vilo (µm
Região de cripta (µm
Diâmetro de cripta (µ
Muscular da mucosa
35 d
ias
Altura de vilo (µm)
Diâmetro do vilo (µm
Região de cripta (µm
Diâmetro de cripta (µ
Muscular da mucosa
7 d
ias
Altura de vilo (µm)
Diâmetro do vilo (µm
Região de cripta (µm
Diâmetro de cripta (µ
Muscular da mucosa
35 d
ias
Altura de vilo (µm)
Diâmetro do vilo (µm
Região de cripta (µm
Diâmetro de cripta (µ
Muscular da mucosa
7 d
ias
Altura de vilo (µm)
Diâmetro do vilo (µm
Região de cripta (µm
Diâmetro de cripta (µ
Muscular da mucosa
35 d
ias
Altura de vilo (µm)
Diâmetro do vilo (µm
Região de cripta (µm
Diâmetro de cripta (µ
Muscular da mucosa
*Possui efeito de tratameLegenda :µm- Micrometros Assumindo distribuição gamma,
Modelo 1(
a diferença entre eles, onde
os modelos matemáticos da morfometriaadicionadas de extrato de algas on top.
T1 T2 T3 T4
Duodeno
336,23 386,83 375,05 327,1
m) 39,51 38,58 39,25 42,43
m) 98,08 113,64 119,64 102,2
µm)* 17,03 17,1 16,59 16,88
a (µm) 8,95 8,84 8,68 8,28
444,35 548,63 476,09 500,5
m) 45,16 45,72 55,77 48,3
m) 114,43 127,43 110,68 111,5
µm) 12,91 12,07 13,27 14,59
a (µm) 9,79 10,68 9,16 9,68
Jejuno
203,84 202,47 237,03 211,4
m) 29,22 29,07 30,13 31,19
m) 86,39 78,93 79,07 78,88
µm)* 15,9 15,1 14,35 14,73
a (µm) 7,69 8,85 10,19 8,77
365,46 387,17 341,33 380,9
m) 36,37 31 35,05 35,44
m) 89,43 86,45 80,94 85,31
µm) 13,22 13 12,99 11,67
a (µm) 11,11 11,14 10,01 9,67
Íleo
194,82 210,44 222,8 204,7
m)* 26,45 27,61 30,26 30,88
m) 78,76 83,07 78,34 64,22
µm) 13,58 14,43 13,81 14,28
a (µm) 8,66 9,92 8,17 8,98
280,14 330,31 338,5 314,2
m) 32,28 41,22 32,97 32,5
m) 66,93 75,34 82,95 77,86
µm) 13,92 13,56 11,76 13,02
a (µm) 10,64 12,78 11,68 12,5
ento
a qual foi avaliada utilizando a função de ligação “inv
) e o modelo 2 ( ) os res
e ∆ AIC= AIC M1- AIC M2.
41
a intestinal de aves
T5 �AIC
17 340,64 -1,74 3 38,67 -1,97
26 96,5 -1,82 8 34,16 7,14*
8 11,27 0,21
56 479,1 -1,45 3 41,54 -1,95 55 94,95 -0,75 9 14,13 -0,15
8 9,54 -1,69
46 224,17 -0,07 9 29,58 -1,65 8 79,67 -1,51 3 12,72 4,02*
7 9 -0,46
91 365,97 -1,99 4 30,11 -0,8 1 83,08 -1,58 7 12,05 -0,76
7 9,52 0,06
73 201,82 -1,96 8 31,06 2,47* 2 86,23 -1,99 8 15,02 -0,87
8 7,89 -0,34
2 291,9 -1,98 5 33,73 -1,36 6 69,94 -1,7 2 11,87 0,21
5 9,45 -1,43
verse”. Para cada modelo:
espectivos valores de AIC e
42
O desenvolvimento intestinal das aves não é semelhante em seus diferentes
segmentos. O duodeno apresenta desenvolvimento mais precoce que o jejuno e o
íleo (UNI et al.,1999). Na primeira semana de experimento, conforme se aumentou o
nível de extrato de algas na ração das aves, menor foi o diâmetro de cripta do jejuno
(Gráfico3).
Gráfico 3- Função linear do diâmetro de cripta do jejuno, no período de 1-7dias.
Marchini et al., (2011) afirmaram que o aumento na profundidade da cripta é
observado em todos segmentos do intestino delgado, sendo que no duodeno e
jejuno este aumento é estabilizado até o 14º dia de idade da ave.
As criptas intestinais abrem-se entre a base do vilo e a muscular da mucosa,
são ductos tortuosos e claustros. Estas possuem três tipos de células com funções
diferentes, enterócitos que tem envolvimento direto com a regulação imune,
transporte, absorção e digestão de nutrientes, células caliciformes que secretam
uma camada protetora de muco e as células enteroendócrinas responsáveis pela
liberação dos hormônios da digestão(GAVA, 2012).
O aumento no número e tamanho das criptas possui relação direta com a
proliferação de enterócitos (células responsáveis pela absorção de nutrientes). A
presença destas células é de grande importância, uma vez que o epitélio do intestino
delgado é renovado com a propagação destas células da cripta para as vilosidades.
43
Esta proliferação celular é responsável pela melhor absorção de nutrientes (SIMON
&GORDON,1995; GEYRA et al., 2001;IJI et al., 2001).
Apesar da alteração no desenvolvimento de cripta do duodeno, não foi
observada efeito de tratamento no ganho de peso e na conversão alimentar das
aves na fase de 1 a 7 dias de idade. Isto porque parte da energia ingerida pelas
aves é destinada à manutenção da mucosa, quanto maior a produção de células
epiteliais, maior é o gasto energético e, portanto, menor a energia líquida destinada
à produção (MAIORKA et al., 2002).Portanto de certa forma um diâmetro de cripta
menor poderia ser considerado benéfico às aves, quando se deseja aumento no
ganho de peso.
Figueiredo et al.(2003)incluíram farelo de canola nas rações de frango no
período inicial,estes constataram um aumento na profundidade de cripta sem afetar
os parâmetros de altura de vilo e ganho de peso.
A mucosa do intestino delgado vai se tornando mais delicada do duodeno
para o íleo, desta forma as vilosidades diminuem e as criptas tornam-se mais curtas
(DUKES,2006). Através das análises realizadas, também observou-se (Gráfico 4)
que conforme é acrescido o nível de inserção de extrato de algas maior o diâmetro
do vilo da região do íleo. Conforme se aumenta o diâmetro das vilosidades maior é a
superfície absortiva intestinal (FURLAN et al., 2004).
Gráfico 4- Função linear do diâmetro de vilo do íleo, no período de 1-7dias.
O conhecimento
um fator para verificaçã
Verificou-se que, o pe
submetidas ao tratament
o peso do orgão das ave
Tabela 4– Media geral intestinal e peso dos órgde algas on top. Avaliaçfígado e moela) e medidde extrato de alga.
Comprimento do IntestinoPeso da Moela (g.) Peso do fígado (g.)
Peso do coração (g.)
Comprimento do IntestinoPeso da Moela (g.) Peso do fígado (g.)*Peso do coração (g.)
*Possui efeito de tratameLegenda :cm. - Centímetros Assumindo distribuição gamma,
Modelo 1(
a diferença entre eles, onde
No entanto, aos
receberam tratamento
inserção de 0,9% de e
pesados. Já no nível d
comparados com os sup
o do peso de orgãos na fase inicial do f
ão do desenvolvimento da ave (STRIN
eso de orgão na primeira semana da
to, não apresentou efeito de tratamento,
es do tratamento controle (Tabela 4).
das repetições por tratamento e períogãos de aves alimentadas com dietas adção dos modelos matemáticos do peso da do intestino de aves alimentadas com
7 DIAS
T1 T2 T3 T4
o (cm) 73,4375 75,88 72,62 77,07 9,7625 10,43 9,7 10,28 5,75 6,16 5,42 5,68
) 1,2375 1,45 1,43 1,52 35 DIAS
o (cm) 151,5 152,25 153,25 166,57 48,16 43,21 45,53 43,04
32,55 33,58 39,18 38,08 ) 6,8 7,2 7,63 7,3
ento
a qual foi avaliada utilizando a função de ligação “inv
) e o modelo 2 ( ) os res
e ∆ AIC= AIC M1- AIC M2.
35 dias pode-se verificar que o peso do f
apresentaram pesos diferentes (Grafic
extrato de alga forma observadas com
de adição de 1,2 % o peso dos fígado
plementados com 0,9%.
44
frangos, serve como
NGHINI et al.,2003).
as aves que foram
, quando comparado
odo do comprimento icionadas de extrato de órgão (coração,
m dietas adicionadas
T5 �AIC
70,07 1,0111 9,82 -1,987 5,55 -1,598 1,51 -1,522
153,25 -1,25 42,69 0,73 38,05 8,11* 7,28 -1,11
verse”. Para cada modelo:
espectivos valores de AIC e
fígado das aves que
co 5). O nível de
m os fígados mais
os diminuiu quando
45
Gráfico 5- Função quadrática do diâmetro de cripta e peso de fígado aos 35 dias
4. CONCLUSÃO
A adição on top de extrato de algas na dieta de frango de corte melhora o
desenvolvimento da região de cripta do duodeno e do jejuno. Nos aspectos
relacionados ao desempenho da ave, as inserções de extrato de algas nos níveis
testados não interferiram significativamente no consumo de ração e conversão
alimentar, aspectos que, quando minimizados,são de grande interesse para a cadeia
produtiva.
REFERÊNCIAS
AVISITE. União Brasileira de Avicultura. Consumo de carne de frango. 2014. Disponível em: <http://www.avisite.com.br/noticias>. Acesso em: 21 jun. 2014.', '189.26.164.143', 'Avisite (2014)', '(AVISITE, 2014)', '', 13, '', '2014-07-24' ARCHER, G.S.; FRIEND, T.H.;CALDWELL, D.; AMEISS, K.;KRAWCZEL, P.D. Effect of the seaweed Ascophyllumnodosum on lambs during forced walking and transport. Journalof Animal Science, v.85, p.225-232, 2007.
46
ALGAREA Mineração Ltda., 1997. SUMINAL®, Mimeo, Rio de Janeiro. 4p. ALVARES, Clayton Alcarde; STAPE Jose´ Luiz; SENTELHAS, Paulo Cesar; GONÇALVES, Jose´ Leonardo de Moraes e SPAROVEK Gerd. Köppen's climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, v. 22, n. 6, p. 711-728, 2013. ALVES FILHO, Francisco Messias; SANTOS, Lilian Dena dos; SILVA, Lilian Carolina; BOMBARDELLI, Rosa da Robie ; MEURER , Allan Fábio. Alga marrom (" Ascophyllumnodosum") para alevinos de tilápia do Nilo. Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal, v. 12, n. 4, 2011. BEÇAK, W. & J. Paulete de 1976. Técnicas de citologia e histologia. Livros Técnicos e Científicos Editora SA, Rio de Janeiro, p.230. BURNHAM KP & ANDERSON D.R .Model selection and multimodel inference: a practical information-theoretic approach. Springer, New York. 488p. 2002.
DUKES,G.E. Digestão aviária in: TRAMPEL,D.M; DUKE,G.E. Fisiologia dos animais domésticos, 10.Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, cap.23,p450-461 FIGUEIREDO, Denise Fontana , Murakami, Alice Eiko; Pereira, Marli Aparecida dos Santos; Furlan, Antonio Claudio; Toral, Fábio Luiz Buranelo. Desempenho e morfometria da mucosa de duodeno de frangos de corte alimentados com farelo de canola, durante o período inicial. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 32, n. 6, p. 1321-1329, 2003. FURLAN, Renato Luis; MACARI, Marcos; LUQUETTI, Brenda Carla. Como avaliar os efeitos do uso de prebióticos, probióticos e flora de exclusão competitiva. Simpósio Técnico de Incubação, Matrizes de Corte e Nutrição, v. 5, p. 6-28, 2004. GARCIA, Fabiana; Abimorad, Eduardo Gianini; Schalch, Sérgio Henrique Canelo; Onaka, Eduardo Mokoto; Fonseca, Fernando Stopato. Desempenho produtivo de tilápias alimentadas com suplemento alimentar à base de algas. Bioikos, v. 23, n. 2, 2012. GAVA, Marta Silva. Metodologia de morfometra intestinal em frango de corte.2012.61f. Dissertação (Mestrado em Ciência Veterinária), Universidade Federal, 2012.
47
GEYRA, A.; UNI, Z.; SKLAN, D. Enterocyte dynamics and mucosal development in the posthatch chick. Poultry Science, v. 80, n. 6, p. 776-782, 2001. IJI, P. A.; SAKI, A.; TIVEY, R. Body and intestinal growth of broiler chicks on a comercial starter diet.I.Intestinal weight and mucosal development. British Poultry Science, v. 42, n. 4, p. 505-513, 2001. O'DOHERTY J.V., S. Dillon, S. Figat, J.J. Callan, T. Sweeney.The effects of lactose inclusion and seaweed extract derived from Laminaria spp. on performance, digestibility of diet components and microbial populations in newly weaned pigs. Animal Feed Science and Technology, 157 (3–4) (2010), pp. 173–180
KAMEL C. A novel look at a classic approach of plant extracts. Feed Mix- The International Journal on Feed, Nutrition and Technology 2000; 9(6):19-24
MENGHE H.; ROBINSON, Edwin H.; CRAIG S. Trucker; MANNING B. Bruce; KHOO Lester.Effects of dried algae Schizochytrium sp., a rich source of docosahexaenoic acid, on growth, fatty acid composition, and sensory quality of channel catfish Ictaluruspunctatus. Aquaculture, v. 292, n. 3, p. 232-236, 2009. MAIORKA, A; BOLELI, I. C.; MACARI, M. Desenvolvimento e reparo da mucosa intestinal. In: Fisiologia aviária aplicada a frangos de corte. Campinas: FACTA, Fundação Apinco de Ciências e Tecnologia Avícolas, 2002. cap. 8, p. 113-124. MARCHINI, C. F. P.; SILVA, P. L.; NASCIMENTO, M. R. B. M., BELETTI, M. E.; SILVA, N. M.; GUIMARÃES, E. C. Body weight, intestinal morphometry and cell proliferation of broiler chickens submitted to cyclic heat stress. International Journal of Poultry Science, v.10, n.6, p. 455-460, 2011. MELLOR, Sarah. Alternatives to antibiotic. PigProgress, v.16, p.18-21, 2000.
MELO, T.V., P.P. MENDONÇA, A.M.A. MOURA, C.T. LOMBARDi, R.A. FERREIRA e V.L.H. NERY. 2006. Solubilidad in vitro de algunasfuentes de cálcio utilizadas em alimentacion animal. Archivos de Zootecnia,., 55: 297-300. MELO, T. V.; MOURA, A. M. A. Utilização da farinha de algas calcáreas na alimentação animal. Archivos de Zootecnia, v. 58, p. 99-107, 2009.
MITSCH, P.; ZITTERL-EGLSEER, K.; KOHLER, B. ;Gabler.C; LOSA,R.; Zimpernik,I. The effect of two different blends of essential oil components on the proliferation of
48
Clostridium perfringens in the intestines of broiler chickens. Poultry Science, v.83, p.669-675, 2004. MOTULSKY, Harvey; CHRISTOPOULOS, Arthur. Fitting models to biological data using linear and nonlinear regression: a practical guide to curve fitting. Oxford University Press, 2004. ORSINE, Geisa Fleury; COSTA, Celso de Paula; OLIVEIRA, Benir;RODRIGUES, Deborah Gonçalvese OLIVEIRA, Clizeide. 1989. Efeito da fonte de cálcio (calcário vsLithothamniumcalcareum) na digestibilidade aparente do feno de capim Brachiariadecumbens Stach cv. Basiliski. In:Anais Escola Agronomica e Veterinária, 19: 49-58. Pope, H.R., C.M. Owens, L.C. Cavitt, J.L. Emmert e S.J. Taylor. 2002. Efficacy of marigro in supporting growth, carcass yield and meat quality of broilers. In: 91st Annual Meeting Abstracts, Poscal. 2002. p. 25.
RACANICCI, Aline.M.C.; DANIELSEN, Bente; SKIBSTED, Leif.H. Mate (Ilex paraguariensis) as a source of water extractable antioxidant for use in chicken meat. EuropeanFoodResearch Technology, v.227, p.255-260, 2008. RIBEIRO, Ciro Alberto de Oliveira; GRÖTZNER, Sonia Regina; FILHO, Herculano Salviano dos Reis. Técnicas e Métodos para Utilização Prática em Microscopia.Editora Santos, 420pag, n 1, 2012. ROSTAGNO, Horacio Santiago; ALBINO, Luiz Fernando Teixeira; Juarez Lopes DONZELE; GOMES, Paulo Cezar; OLIVEIRA, Rita Flávia; LOPES, Darci Clementino; FERREIRA, Aloizio Soares; BARRETO, Sergio Luiz de Toledo; EUCLIDES, Ricardo Frederico. Tabelas brasileiras para aves e suínos: composição de alimentos e exigências nutricionais. 2.ed. Viçosa, MG: UFV, Departamento de Zootecnia, 2011. 186p. SANTURIO, J.M.; SANTURIO, D.F.; POZZATTI, P. et al. Atividade antimicrobiana dos óleos essenciais de orégano, tomilho e canela frente a sorovares de Salmonella entérica de origem avícola. Ciência Rural, v.37, n.3, p.803-808, 2007. SANTANA, Eliete Souza; MENDES, Fernanda Rodrigues; BARNABÉ, Ana Caroline de Souza; OLIVEIRA, Fábio Henrique; ANDRADE, Maria Auxiliadora. Uso de produtos alternativos aos antimicrobianos na avicultura. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer, Goiânia, v. 7, n. 13, p. 985-1009, 2011. MILLER, Matthew.R.; NICHOLS, Peter.D.; CARTER ,Chris.G. Replacement of fish oil with thraustochytrid Schizochytrium sp. L. oil in Atlantic salmon parr (Salmosalar L)
49
diets Comparative Biochemistry and Physiology., Part A, 148 (2007), pp. 382–392 SIMON, Theodore C.; GORDON, Jeffrey I. Intestinal epithelial cell differentiation: new insights from mice, flies and nematodes. Currentopinion in genetics&development, v. 5, n. 5, p. 577-586, 1995. STRINGHINI, José Henrique;RESENDE, Aletéiadi; CAFÉ Marcos Barcellos; LEANDRO, Nadja Susana Mogyca; ANDRADE, Maria Auxiliadora. Efeito do peso inicial dos pintos e do período da dieta pré-inicial sobre o desempenho de frangos de corte. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 32, n. 2, p. 353-360, 2003. UBABEF; ASSOCIAÇÃO BARSILEIRA DE PROTEINA ANIMAL, 2012. União Brasileira de Avicultura. Avicultura Brasileira- Estatística. 2012. Disponível em: <www.ubabef.com.br/estatisticas/frango/consumo_per_capita>. Acesso em: 22 jul. 2014.', '189.26.164.143', 'Associação Barsileira de Proteína Animal (2012). UNI, Z.; NOY, Y.; SKLAN, D. Posthatch development of small intestinal function in the poult.POULTRY SCIENCE, v.78, p.215-222, 1999.
50
CAPITULO 3-AVALIAÇÃO DE RENDIMENTO E QUALIDADE DA CARNE DE FRANGOS DE CORTE SUPLEMENTADOS COM EXTRATO DE ALGA
Resumo:Buscar aditivos que melhorem a produção das aves e a qualidade do produto final é um importante fator dentro da cadeia avícola. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a carne de frangos de corte fêmeas da linhagem Cobb, criados até a 28 dias de idade, alimentadas com dietas suplementadas com extrato de algas em diferentes níveis (0%, 0,3%;0,6%;0,9%;1,2%). Foram avaliados orendimento da carcaça, perda de peso por gotejamento (PPG), perda de peso por cozimento (PPC), determinação da coloração do músculo Pectoralis major, determinação do pH, textura, composição química (umidade, cinza, lipídios, proteínas), oxidação lipídica (120 dias de armazenamento). As variáveis respostas obtidas foram submetidas à análise estatística utilizando modelo linear generalizado e o critério de informação de Akaike (AIC). Os resultados obtidos mostraram que a inserção on top de extrato de algas no nível de 1,2 % diminuiu a deposição de gordura abdominal quando comprado com o tratamento controle. Também observou que no nível de 1,2% o rendimento de pernas foi mais elevado. No entanto conforme o aumento do nível de extratos de algas maior é a força de cisalhamento para o rompimento das fibras do músculo Pectoralis major. A inserção on top de alga, com os níveis utilizados, também diminui a absorção de água pelo músculo Pectoralis major. Para as demais variáveis analisadas não observamos efeito de tratamento. Conclui-se que a inserção de extrato de algas afeta em alguns aspectos beneficamente (rendimento de pernas, deposição de gordura abdominal e PPC), no entanto pode prejudicar aspectos como textura.
Palavras-chaves: Extrato de algas, qualidade de carne,
1. INTRODUÇÃO
A avicultura de corte no Brasil é uma área em constante evolução visando
alcançar melhores índices de produção. Alguns fatores como nutrição,idade, sexo,
transporte, manejo, temperatura ambiente, métodos de apanha das aves na granja,
tempo de jejum, tecnologia de abate (como tempo e temperatura de resfriamento),
reconhecidamente, afetam a qualidade da carcaça (MENDES e KOMIYAMA,
2011;FLETCHER ,D.L. 2002).
Na produção avícola, o principal objetivo é a obtenção de alta produtividade,
aliada à qualidade dos produtos finais (LODDI et al., 2000). Com relação à
produtividade, o rendimento de carcaça é um fator que afeta diretamente a
rentabilidade (MENDES et al. 2001). O rendimento e composição de carcaça são
fatores influenciados diretamente pela nutrição, genótipo, condições ambientais e
sexo. A nutrição afeta diretamente no desempenho das aves, para tanto as
51
necessidades nutricionais e consequentemente a composição nutricional das rações
são estabelecidas. Além disso, são adotados programas de alimentação com
objetivo de utilização mais eficiente dos nutrientes (OVIEDO-RONDÓN e
WALDROUP, 2002; CARRASCO, S.; BELLOF, G.; SCHMIDT, E,2014).
Emmans (1987) afirma que, conforme ocorrem mudanças genéticas nas
linhagens de frangos de corte, tornam-se necessárias pesquisas para realizar
correções nos planos nutricionais, visando melhorias no desempenho e rendimento
do animal. Ingredientes que visam maximizar a deposição de proteínas e a reduzir a
deposição de gorduras têm sido buscados.
Visando a melhoria das características citadas, os produtores de aves
utilizam recursos como a aplicação de aditivos. Os aditivos empregados na
produção animal servem para melhorar os índices de desempenho, eficiência
alimentar e sobrevivência; poupar energia e reduzir as cargas patogênicas (GODOI,
2008).Maximizar a disposição de proteína e reduzir o conteúdo de gordura, também
são fatores que podem ser melhorados com a adição de aditivos.
Atualmente a aplicação de aditivos como os mananoligossacarídeos, os
frutoligossacarídeos, o ácido fumárico e os probióticos são utilizados como
alternativas aos antibióticos (SANTOS et al., 2002). No entanto há pesquisas
inserindo derivados de vegetais como aditivos alternativos, visto que estes possuem
diversos efeitos, tais como efeito antimicrobiano (MITSCHet al., 2004; SANTURIO et
al., 2007), antioxidante (RACANICCI et al., 2008) e digestivo (MELLOR, 2000),
capazes de melhorar o desempenho animal. Assim, pesquisas sobre tais aditivos
alternativos são importantes para comprovação de seu sucesso.
Os efeitos positivos proporcionados pelos aditivos derivados de vegetais
estão associados aos princípios ativos presentes em todas as partes das plantas. Há
estudos sobre a composição e o mecanismo das ações que envolvem as atividades
biológicas e a composição química das algas, e pode-se observar que este é um
organismo interessante para o desenvolvimento de novos produtos (CABRAL,
2011).Sendo considerado como vegetais aquáticos sem vascularização, ou seja,
vivem aderidas a um substrato, são autotróficas. As algas podem ser divididas em
três grandes grupos: algas verdes (Chlorophyta), algas vermelhas (Rhodophyta) e
algas pardas (Phaeophyta)(MCHUGH, 2003; MENDEZ, 2002; VIDOTTI e
ROLLEMBERG, 2004).
52
De modo geral as algas podem fornecer benefícios, pois são fontes de
proteína, carboidratos, fibras, minerais e vitaminas. Além disso, as algas são ricas
em pigmentos (carotenóides) com atividade provitamina A, B e C; e são fontes de
compostos com atividades biológicas que podem ser utilizadas como alimentos
funcionais. No entanto a biodisponibilidade destes nutrientes depende da espécie e
de sua composição química. As algas apresentam um elevado teor de ácidos graxos
insaturados essenciais ao metabolismo. Algumas espécies são: importantes fontes
de cálcio; ricas em iodo (mineral que atua no metabolismo de lipídios), cálcio e
fósforo (CABRAL et al., 2011; ZHANG et al., 2004; DHARGALKAR e VERLECAR,
2009; PATARRA, 2008; VASCONCELOS E GONÇALVES, 2014).
Assim, este trabalho tem por objetivo avaliar a adição on top de diferentes
níveis (0%,0,3%;0,6%;0,9%;1,2%) de extrato de algas na dieta de frangos de corte,
verificando a qualidade de carne.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
O presente experimento foi aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de
Animais (CEUA) da UTFPR, campus Dois Vizinhos, protocolo n°2013-003, (Anexo-
A).
A pesquisa foi conduzida no aviário experimental da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná campus Dois Vizinhos localizado na latitude 25° 44’
01”sul e longitude 53° 03’ 26” oestea uma altitude média de 509 metros, cujo o clima
é subtropical com chuvas bem distribuídas durante o ano, temperaturas médias
anuais de 19ºC e tipo climático Cfa segundo classificação de Köppen (ALVARES et
al., 2013).
No presente estudo foi utilizado delineamento em blocos ao acaso,
empregando-se 760 pintos de corte de um dia de idade, fêmeas da linhagem Cobb,
alojados em aviário experimental dividido em boxes de 1,2m² cada, forrados com
maravalha. No início do experimento, os pintainhos foram pesados (peso médio 49g)
e distribuídos em cinco tratamentos com oito repetições, onde foram criados até 28
dias de idade. A ração foi fornecida ad libitumem comedouro tubular e a água em
bebedouro tipo nipple. O programa de luz foi realizado de acordo com
especificações do manual da linhagem.
53
Os tratamentos avaliados consistiram em níveis crescentes de extrato de
algas (EA) adicionado on top à dieta das aves, ou seja, sem ocorrer reformulação
das dietas, sendo utilizadas as seguintes adições de 0,3%; 0,6%; 0,9%; 1,2% de
extrato de algas. As rações experimentais foram formuladas de acordo com as
recomendações descritas em Rostagno et al. (2011). O EA foi adicionado durante a
mistura dos ingredientes (Tabela 5).
Tabela 5- Composição percentual da dieta experimental. Ingredientes kg
1 - 21dias 22 - 35 dias
Milho grão (7,5%) 52,44 58,19 Soja farelo 38 31,5 Óleo soja 4 5 Sal comum 0,2 0,2 Fosfato bicálcico 18 0,8 0,6 Dl-metionina 0,3 0,23 L-lisina 78 0,15 0,25 L-treonina 98 0,11 0,13 Suplemento vitamínico e mineral* 4 4 Extrato de algas 0 0 Total em kg . 100 100
Composição nutricional calculada
Proteína Bruta, % 21,623 19,027 Cálcio, % 1,1299 1,0509 Fósforo Total, % 0,6941 0,6246 Fósforo Disponível, % 0,4582 0,4054 Sódio, % 0,2144 0,2142 Energia Met Ap., Kcal/kg 3003,1944 3137,1804 Lisina, % 1,2881 1,1201 Lisina Digestível, % 1,1696 1,0153 Metionina, % 0,6475 0,5472 Metionina, % 0,6384 0,5382 Met+ Cist, % 0,9087 0,7828 Triptofano, % 0,2476 0,2118 Treonina, % 0,8281 0,7594 *Níveis de garantia do suplemento vitamínico e mineral por Kg do produto: Ácido Fólico (mín) 7,5 mg, Ácido Pantotênico (mín) 100 mg, Bacitracina de Zinco 1.375 mg, Biotina (mín) 0,5 mg, Cálcio (mín) 200 g, Cálcio (máx) 300 g/kg; Cobre (mín) 165 mg, Colina (mín) 3.750 mg, Ferro (mín) 1.375 mg, Fósforo (mín) 58 g, Flúor (máxi) 580 mg/kg; Iodo (mín) 33 mg, Manganês (mín) 1.650 mg, Metionina (mín) 18,2 g, Niacina (mín) 300 mg, Selênio (mín) 5 mg, Sódio (mín) 37,1 g, Vitamina A (mín) 97.500 UI, Vitamina B1 (mín) 10 mg, Vitamina B12 (mín) 125 mcg, Vitamina B2 (mín) 50 mg, Vitamina B6 (mín) 15 mg, Vitamina D3 (mín) 30.000 UI, Vitamina E (mín) 162,5 UI, Vitamina K3 (mín) 25 mg, Zinco (mín) 1.650 mg.
54
2.1 AVALIAÇÕES REALIZADAS
No vigésimo oitavo dia de experimento foram retiradas três aves por unidade
experimental, com o peso de acordo com o peso médio da repetição, perfazendo um
total de 24 aves por tratamento e 120 aves no total. As aves foram pesadas
individualmente e identificadas, permanecendo em jejum por 6 horas. O abate
ocorreu no setor de agroindústria da Universidade Tecnológica Federal do Paraná
(UTFPR) campus Dois Vizinhos, seguindo legislação oficial (BRASIL, 1998). A
gordura abdominal foi retirada em volta da cloaca, moela e proventrículo. As
carcaças foram pesadas quentes, e então resfriadas e após resfriamento pesadas
novamente.
As amostras foram mantidas sob refrigeração a temperatura de 4ºC. As
analises de rendimento de carcaça, rendimento de pernas, rendimento de peito,
percentagem de gordura abdominal, perda de água por gotejamento foram
realizadas no setor de agroindústria UTFPR – Campus Dois Vizinhos. As análises
pH (24 horas), cor, perda de peso por cozimento, textura, composição química
(umidade, cinzas, proteínas, lipídeos) e oxidação lipídica foram realizadas nos
laboratórios UTFPR - Campus Francisco Beltrão.
2.2 RENDIMENTO DE CARCAÇA E PARTES
A avaliação do rendimento da carcaça foi determinada pela relação entre o
peso da carcaça eviscerada (sem pés, pescoço e cabeça) e o peso das aves no
momento do abate. O resultado numérico foi obtido com a aplicação da seguinte
fórmula:���� �PC x 100
P�, Onde: RC= rendimento de carcaça, PC=peso de carcaça,
PV= Peso Vivo.
Em seguida realizou-se a retirada do peito e das pernas, para a avaliação
do rendimento destes cortes e para avaliação da percentagem de gordura abdominal
(GA), utilizou-se então a seguinte relação���� ���x 100
PC, onde: GA = Gordura
abdominal, PC = Peso de carcaça(LODDI et al., 2000)(Figura 3).
55
Figura3-Peito e pernas de aves, alimentadas com dietas adicionadas de extrato de
alga, utilizadas para a pesagem na análise de rendimento.
2.3 PERDA DE PESO POR GOTEJAMENTO
Para avaliação de perda de peso por gotejamento (PPG) utilizou-se filés
inteiros do músculo Pectoralis major que foi pesado e suspenso por um gancho de
aço inoxidável em uma câmara refrigerada a 4ºC. Para evitar perdas para o meio
externo os peitos foram embalados em rede e saco plástico (Figura 4). Após 48
horas, as amostras foram pesadas para realização do cálculo segundo
equação���� �������������
PI.Onde PPG = perda de peso por gotejamento, P48 =
Peso após 48 horas, PI = Peso inicial.
Figura4 – Peitos das aves, alimentadas com dietas adicionadas de extrato de alga,
durante a análise de perda de peso por gotejamento Legenda: a- peito suspendido por um gancho de aço inoxidável embalado em saco plástico,
b- Amostras no interior da câmera refrigerada a 4ºC
56
2.4 DETERMINAÇÃO DE PH
A determinação do pH foi realizada 24 horas post mortem, para tanto pesou-
se 10 g da amostra do músculo Pectoralis major, este foi triturado em 100 mL de
água destilada. Enfim realizou-se a Determinação do pH, com o aparelho
previamente calibrado (ITAL, 2008).
2.5 DETERMINAÇÃO DA COLORAÇÃO DO MÚSCULO Pectoralis major
A determinação da coloração foi realizada com o colorímetro portátil
(Minolta-CR-410), com iluminante D65. Os valores L*, a* e b* foram expressos
conforme o sistema de cor CIELAB. As leituras foram realizadas em seis pontos
distintos na face interna da posição cranial do músculo Pectoralis major esquerdo
(OLIVO et al., 2001). Para a análise estatística utilizou-se a média de seis leituras
realizadas por ave em seguida a média das duas aves de cada unidade
experimental.
2.6 PERDA DE PESO POR COZIMENTO
A determinação da perda de peso por cozimento foi realizada de acordo com
Cason, Lyon e Papa (1997). Para tanto foram utilizados os filés inteiros do Pectoralis
major, pesados em balança semi-analítica, em seguida embalada e selada em sacos
plásticos. As amostras foram cozidas em banho-maria até a temperatura interna dos
filés atingirem 70ºC. Após o cozimento, as amostras foram resfriadas até a
temperatura interna atingir entre 25 e 30°C. Os resultados foram expressos em
percentagem de perda, determinada pela diferença de peso antes e após o
cozimento.
2.7 TEXTURA
A maciez foi verificada pela força de cisalhamento, como descrito por De
Lima Almeida (2002), utilizando os filés cozidos da análise de perda de peso por
cozimento no equipamento texturômetro TA.XT Plus calibrado para a velocidade de
corte de 2 mm/s e velocidade de retorno de 5 mm/s, apresentando resultado em
quilograma-força (kgf) o qual corresponderá à força máxima necessária para se
57
cortar as amostras de músculos. As amostras foram cortadas em dimensões de 1cm
x 1cm x 1cm, seguindo a orientação das fibras musculares.
2.8 UMIDADE
Para determinação do teor de umidade adotou-se a metodologia descrita
pelo Instituto Adolfo Lutz (2008). Em triplicata, pesou-se 9 g de cada amostra em
uma cápsula de porcelana, previamente tarada, e aquecida a 105ºC durante 7 horas.
Para obtenção da percentagem de umidade aplicou-se os valores das pesagens
obtidas na seguinte fórmula:U (%)��100×N
P, onde U= umidade, N = umidade (perda de
massa em g) e P = amostra em gramas.
2.9 CINZAS
Para determinação do teor de cinzas adotou-se a metodologia descrita pelo
Instituto Adolfo Lutz (2008). Utilizando as amostras secadas para a determinação do
teor de umidade, estas foram aquecidas em mufla a 550°C, por 6 horas. Para
obtenção da porcentagem de cinzas aplicou-se os valores das pesagens obtidas na
seguinte fórmula:C (%��100×N
P, onde C(%) cinzas, N = cinzas (em gramas) e P =
amostra (em gramas).
2.10 LIPÍDIOS
Para determinação de lipídios adaptou-se a metodologia descrita pelo
Instituto Adolfo Lutz (2008), utilizando a extração direta em Soxhlet. Para tanto
pesou-se 5 g da amostra em cartucho de papel filtro e, sob aquecimento em chapa
elétrica e realizou-se a extração por 6 horas. Para obtenção do resultado utilizou-se
a seguinte fórmula���� �100×N
Ponde L= lipídios ,N = lipídios (em gramas) e P =
amostra (em gramas).
2.11 PROTEÍNAS
Para determinação de proteína utilizou-se a metodologia de Micro Kjeldhahl
descrita por Tedesco et al. (1995). Em triplicata pesou-se 6g de amostra de peito, a
58
que foi digerida em ácido sulfúrico (H2 SO4) e mistura catalítica (sulfato de sódio,
sulfato de cobre penta hidratado e selênio), em seguida destilada com Hidroxido de
sódio (Na OH) para serem tituladas com H2SO4, até atingir a coloração rosa. Para
obtenção da porcentagem de proteínas aplicou-se os valores das pesagens obtidas
na seguinte formula���� ��×0,14×�
PA×100. Onde V = Diferença entreH2SO4eNaOH, F=
Fator de conversão de nitrogênio total em proteína. (6,25), PA= Peso da amostra.
2.12 OXIDAÇÃO LIPÍDICA
A oxidação lipídica foi realizada seguindo a metodologia citada por Tarladgis e
Dugan (1964), e determinou a formação de ácido tiobarbitúrico (TBA) e
malonaldeído por espectrofotometria. Para a quantificação em duplicata foram
utilizados 10g de peito de frango mantido sob refrigeração (-18°C) por 120 dias. As
amostras foram submetidas à hidrólise com ácido clorídrico 4N. O destilado obtido
foi submetido a uma reação com TBA e leitura em espectrofotômetro a 530nm.
2.13 ANÁLISE ESTATÍSTICA
Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística realizada por meio
do modelo linear generalizado. As variáveis continuas foram estudadas através da
função de distribuição Gamma com função de ligação inversa. No caso das variáveis
discretas foi considerada a função de distribuição beta com função de ligação logit.
Em cada variável analisada considerou-se os seguintes modelos matemáticos:
��� � � � ��� � ��� (1)
���� � � ���� � �� � ���� (2)
Onde ��� e ���� é a observação na unidade experimental que recebeu o
tratamento �,, no bloco��; � é a media geral; �� é o efeito de bloco �; �� é o efeito de
tratamento � e ����� ������ é o erro na unidade experimental observada..
A equação 1 descreve a variável pela média geral mais um efeito de bloco,
enquanto que a equação 2 descreve a variável pela média geral, um efeito de bloco
e um efeito de tratamento.
Estes modelos foram avaliados utilizando o Critério de informação Akaika
(AIC) (Burnham e Anderson, 2002).
59
��� � �� ������ � � ��� (3)
Onde N é o número de dados, SS é soma dos quadrados e K é o número de
parâmetros de um modelo (MOTULSKY e CHRISTOPOULOS, 2003).
Segundo este critério o modelo mais adequado para descrever os dados é
aquele que apresenta o menor valor de AIC. Para dois modelos concorrentes
diferenças de AIC menores que dois não são consideradas significativas
(BURNHAM e ANDERSON, 2002 e MOTULSKY e CHRISTOPOULOS, 2003).
Neste trabalho, caso o valor de AIC indique o modelo 2 como o mais
adequado, pode-se concluir que há efeito de tratamento na variável estudada.
No caso da presença de efeito de tratamento foi ajustada uma equação para
descrever o comportamento da variável em função dos níveis de extrato de algas .
Equações lineares quadráticas e cúbicas foram consideradas e a seleção da mais
adequadas se deu também através do AIC. Estas equações forma graficadas para
melhor observação do comportamento da variável estudada em resposta ao
aumento dos nível do extrato de algas.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A partir das análises de composição química (extrato etéreo, proteína bruta e
umidade) foi verificado que os tratamentos não apresentaram efeito de tratamento
conforme apresentado na Tabela 6. No entanto, pode-se afirmar que todos os
tratamentos apresentaram teores de umidade, proteína, cinzas e extrato etéreo de
acordo com o recomendado pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério
da Agricultura (2010). Teores diferentes do recomenda do acarretam modificações
em fatores que afetam a qualidade e aceitação do produto como a cor, o sabor e a
textura da carne (CANHOS e DIAS, 1983).
Li Mengheet al. (2009) em seu experimento com Bagre-americano
(Ictaluruspunctatus ), verificou que os peixes alimentados com a adição de algas
secas (Schizochytrium sp.), quando comparados aos peixes alimentados com a
ração basal, não apresentaram efeito de tratamento na composição proteica, lipídica
e concentrações de umidade.
Tabela 6- Média da coalimentadas com dietas aT1= ração basal a baseT3=ração basal + 0,6% E
Variável analisada Cinzas (%) Lipídios (%)
Umidade (%) Proteína (%)
*Possui efeito de traAssumindo distribuição beta,modelo: Modelo 1(
valores de AIC e a diferença e
Para realização d
possuírem grande quant
gordura. Segundo Murak
2,5% de gordura a mais
deposição de gordura
abdominal.
A Tabela 7aprese
pernas e deposição de
extrato de algas. Pode
efeito significativo no re
resultados corroboram c
utilização de farinha de
aves. A adição de extrat
gordura abdominal. Pos
minerais resultou em m
al.(1994), afirmou que
enzimáticos, capazes de
desta forma, a energia d
Tabela 7- Rendimento dealimentadas com dietas a
Variável analisRendimento de Carc
Rendimento de CoRendimento de pe
Deposição de gordura ab
omposição química do músculo Pectoradicionadas de extrato de alga, avaliadae de milho e soja, sem EA; T2= raçãoEA ;T4= ração basal + 0,9% EA; T5=raçã
T1 T2 T3 T41,41 1,38 1,48 1,20,29 0,56 0,32 0,3
74,18 74,73 73,93 74,14,09 14,09 13,94 13,
atamento. , a qual foi avaliada utilizando a função de lig
) e o modelo 2 (
entre eles, onde e ∆ AIC=
deste experimento, optou-se em utiliza
tidade de adipócitos, consequentemente
kami (2010), as carcaças produzidas por
que as produzidas por machos. Cahaner
corporal possui correlação com o co
enta que os resultados do rendimento de
gordura em aves alimentadas com die
se verificar que a adição de extrato d
endimento de pernas e na deposição
com Zanini et al. (2002), que demonst
algas na deposição de gordura abdom
ato de algas na ração resultou em meno
ssivelmente a composição do extrato
menor deposição de gordura abdominal
e as vitaminas e minerais, são es
e influenciar na síntese e degradação de
isponível para deposição de gordura na c
e carcaça, peito, pernas e deposição de adicionadas de extrato de algas avaliada
sada T1 T2 T3 caça (%) 68,40 66,60 67,71 6oxa(%)* 12,11 12,75 14,25 1eito(%) 29,00 29,46 26,57 2bdominal(%)* 2,53 2,26 2,26
60
ralis major de aves as aos 28 dias, onde: o basal + 0,3% EA; ão basal + 1,2% EA. 4 T5 � AIC 28 1,36 1,76 39 0,39 -1,03 96 74,58 -1,99 69 14,12 -1,53
gação “logit”. Para cada ) os respectivos
= AIC M1- AIC M2.
ar aves fêmeas por
maior deposição de
fêmeas apresentam
r (1988),relata que a
onteúdo de gordura
e carcaça, de peito,
etas adicionadas de
de algas apresentou
de gordura. Estes
trou a influência da
minal na carcaça de
or o peso relativo de
de algas, rica em
em aves. Macari et
ssenciais cofatores
proteína, reduzindo,
carcaça.
gordura, de aves as aos28 dias.
T4 T5 � AIC 67,70 68,07 -1,91 14,67 14,21 2,67* 27,80 31,05 -1,82 2,30 2,09 2,98*
*Possui efeito de t
Assumindo distribuiçfunção de ligação “logit”.
( ) o
e ∆ AIC
Na Tabela 7 pode
de carcaça e de peito. O
alto rendimento da ca
concentração de aminoá
Os resultados obt
al. (2002),que observara
significativamente o rend
no rendimento de pern
inserido na ração, ho
apresentado no Gráfico
apresentados por Vieites
de coxa em aves da me
(14 aves/m², 16 aves/m
encontrados neste trabal
Gráfico 6- Função lineabdominal (%) de ave
tratamento
ção beta para todas as variáveis, as quais foramPara cada modelo: modelo 1(
os respectivos valores de AIC e a difere
C= AIC M1- AIC M2 .
e-se verificar que o extrato de alga não a
O crescimento do músculo do peito é um
arcaça, estes valores apresentam rela
ácidos essenciais da dieta da ave adulta (
tidos estão de acordo com AZIZ et al. (2
am que a adição de alimentos de origem
dimento de carcaça. Foram observados
nas, com o aumento na porcentagem
ouve aumento de peso relativo das
o 6. Estes valores de peso relativo
s et al (2014). Oliveira et al. (2002) que a
esma linhagem, embora submetidas à dif
m² e 18aves/m²), obtiveram resultados
lho.
ear do rendimento de coxa (%) e de depoesalimentadas com dietas adicionadas de
avaliadas aos 28 dias
61
m avaliadas utilizando a ) e modelo 2
ença entre eles, onde
afetou o rendimento
ma consequência do
ação direta com a
(OLIVEIRA, 2013).
(2001) e BABIDIS et
m vegetal não afetam
efeito de tratamento
de extrato de alga
s coxas, conforme
são similares aos
avaliou o rendimento
ferentes densidades
s semelhantes aos
osição de gordura e extrato de alga,
62
Verificou-se que a absorção de água das carcaças analisadas neste estudo
foi menor que citados por demais autores, e também constatou-se que a inserção de
alga, com os níveis utilizados (Tabela 8), diminui a absorção de água pelo músculo
Pectoralis major, conforme Gráfico 1. A literatura relata que os valores de perda de
peso por cozimento de peito de frango de corte podem variar entre 21,66% e
29,03% (Bressan,1998; Mendes et al., 2001). No entanto a carne de peito das
fêmeas sofreu maior perda de peso por cozimento quando comparada a carne dos
machos (ALMEIDA et al. 2002).
Tabela 8-Aspectos físicos da avaliação do músculo Pectoralis major perda de peso por cozimento (PPC), perda de peso por gotejamento (PPG), pH, textura, cor L*, a*,b*e oxidação lipídica de aves alimentadas com dietas suplementadas com extrato de algas avaliadas aos 28dias.
Variável analisada T1 T2 T3 T4 T5 � AIC
pH 6,17 6,19 6,15 6,17 6,16 -1,85
Perda de peso por cozimento 16,06 15,37 14,54 13,82 14,14 7,91*
Perda de Peso por Gotejamento 5,85 5,29 5,43 5,23 5,58 -1,72
Textura 3,59 3,89 3,58 4,15 4,72 8,58*
Cor L* 45,83 45,72 44,99 45,98 46,35 1,55
Cor a* 4,80 4,77 4,50 4,64 4,83 1,99
Cor b* 3,53 3,58 3,47 3,65 4,05 1,29
Oxidação 0,42 0,34 0,37 0,34 0,35 1,53
*Possui efeito de tratamento. Para cada variável, aplicou-se a distribuição e a função de ligação mais adequada, utilizando os seguintes modelos: modelo 1 (��� � � � �� � ���) e o modelo 2 (���� � � ���� � �� � ����) os
respectivos valores de AIC e a diferença entre eles, onde ��� � �� ������ � � �e ∆ AIC= AIC M1- AIC M2.
Pode-se afirmar ainda que a introdução do extrato de algas na ração das
aves, não apresentou efeito de tratamento na PPG. A PPG está relacionada com a
perda de líquido do tecido muscular, isto pode interferir na qualidade do produto,
uma vez que modifica a suculência e aparência do mesmo (OLIVEIRA, 2012).
O pHpost-mortem não apresentou diferença estatística entre os tratamentos.
Após o abate, o músculo mantém capacidade de contrair e relaxar devido à
presença das reservas de glicogênio muscular. Neste período o glicogênio é
convertido em ácido lático, reduzindo o pH para aproximadamente 5,8, quando este
se estabiliza (SOUZA, 2006).
Quanto à oxidação lipídica da carne, não houve efeito de tratamento nos
valores de TBARS (thio barbituric acid reactive substances). Brito (2012) afirma a
63
possibilidade de que extrato de algas pode apresentar ação antioxidante e
consequentemente prevenir a oxidação lipídica. Possivelmente, os níveis avaliados
não foram suficientes para tal efeito.
Gráfico 7- Função linear da perda de peso por cozimento(g), textura (kgf)de avesalimentadas com dietas adicionadas de extrato de alga, avaliadas aos 28 dias
Com relação à textura, verificou-se que a inserção de extrato de algas
apresentou efeito de tratamento conforme apresentado no Gráfico 7. A avaliação da
força de cisalhamento sofreu um efeito linear crescente, portanto o aumento da
porcentagem de extrato de alga resultou em maior força para o rompimento das
fibras musculares. A força de cisalhamento tem relação direta com perda de água
por cozimento, pois carnes que apresentam maior perda de água por cozimento
resultam em maior força necessária para o rompimento das fibras musculares
(Brossiet al., 2009, Offer e Knight, 1988; Anadón, 2002).
Com relação aos dados de cor, não apresentou entre os tratamentos para os
parâmetros de teor de vermelho (a*), teor de amarelo (b*) e luminosidade (L*). A cor
está diretamente relacionada com a aparência do produto, refletindo na sua
aceitação.
64
4. CONCLUSÃO
Conclui-se que a inserção on top de extrato de algas diminui deposição de
gordura abdominal e aumenta o rendimento de pernas. Também foi constatado que
a inserção do extrato de algas na dieta dos frangos, resulta na produção de carne
mais rígida.
65
REFERÊNCIAS
ANADÓN, H. L. S. Biological, nutritional and processing factors affecting breast meat quality of broilers. 2002. Tese (Doctor of Philosophy in Animal and Poultry Sciences) – Faculty of Virginia Polytechnic Institute and State University, Blacksburg ALVARES, Clayton Alcarde; STAPE Jose´ Luiz; SENTELHAS, Paulo Cesar; GONÇALVES, Jose´ Leonardo de Moraes e SPAROVEK Gerd. Köppen's climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, v. 22, n. 6, p. 711-728, 2013. AZIZ, M. A., Z. H. KHANDAKER, M. M. ISLAM. Effect of replacing protein from fish meal with soybean on the performance of broiler chicken. Indian J. Anim. Nutr., New Delhi, 18, 23-28, 2001. BABIDIS, V.; FLOROU-PANERI, P.; KUFIDIS, D.; CHRISTAKI, E.; SPAIS, A. B.; VASSILPOULOS, V. The use of corn gluten meal instead of herring and meat meal in broiler diets and its effect on performance, carcass fatty acids composition and other carcass characteristics. Arch. Geflüg. 66, 145-150, 2002. BRITO, Poliana de Paula. Avaliação de características de qualidade e propriedades funcionais da carne mecanicamente separada de frango tratada com diferentes taxas de dose de radiação ionizante e uso de antioxidantes. 2012. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo BROSSI ,Camila; CASTILLO, Carmen Josefina Contreras-; AMAZONAS, Erik de Almeida; MENTEN, José Fernando Machado. Estresse térmico durante o pré-abate em frangos de corte. Ciência Rural, v. 39, n. 4, p. 1284-1293, 2009. BRESSAN, C. Efeito dos fatores pré-abate sobre a qualidade dos peitos de frango. Campinas: Universidade de Campinas, 1998. 179p. Tese (Doutorado em Tecnologia de Alimentos) - Universidade de Campinas, 1998. BURNHAM KP & ANDERSON D.R .Model selection and multimodel inference: a practical information-theoretic approach. Springer, New York. 488p. 2002. CABRAL, Ingridy Simone ribeiro; SHIRAHIGUE, LigianneDin; ARRUDA, Lia Ferraz de; CARPES, Solange; OETTERER, Terezinha Marília. Produtos naturais de algas marinhas e seu potencial antioxidante e antimicrobiano. Boletim do Centro de Pesquisa de Processamento de Alimentos, v. 29, n. 2, 2011.
66
CAHANER, A. 1988.Experimental divergent selection on abdominal fat in broilers-female and male type lines and their crosses. In: Ed. B. Leclercq and C. C. Whitehead). Leanness in Domestic Birds: Genetic, Metabolic and Hormonal Aspects. Butterworthsand INRA, London and Paris. CANHOS, D. A. L.; DIAS, E. L. Tecnologia de carne bovina e produtos derivados. Campinas: FTPT [sd], 1983. CARVALHO ,Paulo Reis de; Pita ,MARIA Carolina Gonçalves; NETO, Eduardo Piber- ; MIRANDOLA Regina MiekoSakata; JÚNIOR ,Cássio Xavier de Mendonça. Influência da adição de fontes marinhas de carotenóides à dieta de galinhas poedeiras na pigmentação da gema do ovo. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, v. 43, n. 5, p. 654-663, 2006. CARRASCO, S.; BELLOF, G.; SCHMIDT, E. Nutrients deposition and energy utilization in slow-growing broilers fed with organic diets containing graded nutrient concentration. Livestock Science, v. 161, p. 114-122, 2014. CASON, J. A.; LYON, C. E.; PAPA, C. M. Effect of muscle opposition during rigor on development of broiler breast meat tenderness. Poultry Science, v. 76, p. 725-787, 1997 DE LIMA ALMEIDA, Ibiara Correia; MENDES, Ariel Antonio ; OLIVEIRA, Edson Gonçalves de; Garcia, Rodrigo Garófallo; Garcia, Edivaldo Antonio. Efeito de Dois Níveis de Lisina e do Sexo sobre o Rendimento e Qualidade da Carne de Peito de Frangos de Corte. RevistaBrasileira de Zootecnia 2002, vol.31, n.4, pp. 1744-1752. ISSN 1806-9290. DHARGALKAR, V. K.; VERLECAR, X. N. Southern Ocean seaweeds: A resource for exploration in food and drugs. Aquaculture, v. 287, n. 3, p. 229-242, 2009 EMMANS, G. C. Growth, body composition and feed intake. World's Poultry Science Journal, v. 43, n. 03, p. 208-227, 1987. FLETCHER,D.L Poultry meat quality. World´s Poultry Science Journal.v.58,n.2, p.131-145,2002 GODOI, Mauro Jarbas de Souza; ALBINO, Luiz Fernando Teixeira; ROSTAGNO, Horacio Santiago; GOMES, Paulo Cezar;BARRETO, Sergio Luiz de Toledo; VARGAS Junior, José Geraldo.Utilização de aditivos em rações formuladas com
67
milho normal e de baixa qualidade para frangos de corte.Revista Brasileira de Zootecnia, 2008. HAKIM, ArifRahman.The potential of heterotrophic microalgae (Schizochytrium sp.) as a source of dha. SQUALEN, Bulletin of Marine and Fisheries Postharvest and Biotechnology, v. 7, n. 1, p. 29-38, 2013. HARDER , Marcia Nalesso Costa ; SPADA, Fernanda Papa; SAVINO ,Vicente José Maria, DOMINGOS, Antonio Augusto; CORRER, MARTINS, Edival Edmilson. Coloração de cortes cozidos de frangos alimentados com urucum. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. 30, p. 507-509, 2010. INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz. v. 1:Métodos químicos e físicos para análise de alimentos, 3. ed.São Paulo: IMESP, 1985. p. 27. LI,HMenghe; Edwin H. Robinson; Craig S. Tucker; Bruce B. Manning; Lester Khoo. . Effects of dried algae Schizochytrium sp., a rich source of docosahexaenoic acid, on growth, fatty acid composition, and sensory quality of channel catfish Ictaluruspunctatus Aquaculture, v. 292, n. 3, p. 232-236, 2009. LODDI,Maria Marta; GONZALES, Elisabeth; TAKITA,TâniaSayuri ; MENDES,Ariel; ROÇA ,Antônio Roberto de Oliveira. Uso de probiótico e antibiótico sobre o desempenho, o rendimento ea qualidade de carcaça de frangos de corte.Revista Brasileira de Zootecnia, v. 29, n. 4, p. 1124-1131, 2000. LONGO, Flavio Alves; SAKOMURA, NilvaKazue; RABELLO, Carlos Boa-Viagem; FIGUEIREDO, Adriana Nogueira; FERNANDES João Batista Kochenborger. Exigências energéticas para mantença e para o crescimento de frangos de corte. Revista Brasileira de Zootecnia, v.35, n.1, p.119-125, 2006. MACARI, M.; FURLAN, R.L.; GONZALES, E. Fisiologia aviária aplicada a frangos de corte. Jaboticabal: FUNEP/UNESP, 1994. 246p. MCHUGH, D.J. A guide to the seaweed industry. Rome: Food and Agriculture Organization of The United Nations, FAO Fisheries Technical Paper 441, 111 p.,2003. MENDES, A. A., MOREIRA, J., GARCIA, R. G., NAAS, I. A., ROÇA, R. O., IWAMURA, M., e ALMEIDA, I. G. L. (2001). Avaliação do rendimento e qualidade da
68
carne de peito em frangos de corte criados com diferentes densidades e níveis de energia na dieta. Revista Brasileira de Ciência Avícolas, v. 3, p. 38, 2001. MENDES, Ariel Antonio; KOMIYAMA, Claudia Marie. Estratégias de manejo de frangos de corte visando qualidade de carcaça e carne. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v. 40, p. 352-357, 2011. MENDES, Ariel Antonio; OLIVEIRA, Edson Gonçalves de; GARCIA,RodrigoGarófallo; GARCIA, Edivaldo Antonio. Efeito de Dois Níveis de Lisina e do Sexo sobre o Rendimento e Qualidade da Carne de Peito de Frangos de Corte.Revista Brasileira de Zootecnia, v. 31, n. 4, p. 1744-1752, 2002. MENDEZ, L. T. Guia de Biodiversidad: Macrofaunas y Algas Marinas. CREA, v.1, nº 4 2002. MELLOR, Sarah. Alternatives to antibiotic. Pig Progress, v.16, p.18-21, 2000. MITSCH, P.; ZITTERL-EGLSEER, K.; KOHLER, B. et al. The effect of two different blends of essential oil components on the proliferation of Clostridium perfringens in the intestines of broiler chickens. Poultry Science, v.83, p.669-675, 2004. MOTULSKY, Harvey; CHRISTOPOULOS, Arthur. Fitting models to biological data using linear and nonlinear regression: a practical guide to curve fitting. Oxford University Press, 2004. MURAKAMI, KarlineTikaeTani; PINTO, Marcos Franke; PONSANO, Elisa Helena Giglio e GARCIA NETO, Manoel. Desempenho produtivo e qualidade da carne de frangos alimentados com ração contendo óleo de linhaça. Pesquisaagropecuaria. Brasileira 2010, vol.45, n.4, pp. 401-407. OFFER, G.; KNIGHT, P.The structural basis of water-holding in meat. Part 1: general principles and water uptake in meat processing. In: LAWRIE, R. A. Developments in meat science. London: Elsevier, 1988. p. 63-171. OLIVEIRA, MC de; CARVALHO, ISABEL DIAS. Rendimento e lesões em carcaça de frangos de corte criados em diferentes camas e densidades populacionais. Ciência e Agrotecnologia, v. 26, n. 5, p. 1076-1081, 2002. OLIVEIRA, T. F. B. Efeito de diferentes níveis e fontes de selênio no desempenho e características de carcaça de frangos de corte. 2012. 83 p.
69
Dissertação (Mestrado em Zootecnia) - Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2012. OLIVEIRA, Jeferson Eder Ferreira de. Planos nutricionais para frangos de corte com rações suplementadas com fitase e elaboradas utilizando o conceito de proteína ideal. 2011.129p. Tese (Doutorado em Zootecnia)- Universidade Federal de Lavra, 2011 OLIVO, R., Soares, A.L, Ida, E. I. &Shimokomaki, M. (2001), DietaryVitamin E inhibitsPoultry PSE and improves meatfunctionalproperties. Journal Food Biochemistry. 25, 271-283. OVIEDO-RONDÓN, E. O.; WALDROUP, P. W. Models to estimate amino acid requirements for broiler chickens: a review. InternationalJournalofPoultry Science, v. 1, n. 5, p. 106-113, 2002. PATARRA, Ana Rita Ferreira. Pesquisa de Ácidos Gordos em macroalgas marinhas do litoral dos Açores. 2008, 63p. Dissertação (Mestrado em Ciência do Mar). Universidade do Porto, 2008. Portal do município de dois vizinhos. Geologia . Disponível em <http://doisvizinhos.pr.gov.br/sobre-o-municipio/dados-gerais/>. Acessoem: 02 dez. 2014. QUANT, Anthony D., "Evaluating the effects of maternal and progeny dietary supplementation of selenium yeast and vitamin e on the performance of broiler-breeder hens and performance and meat quality of progeny" (2012). Tese (Ciências de Animal e de alimentos). University of Kentucky RACANICCI, Aline.M.C.; DANIELSEN, Bente; SKIBSTED, Leif.H. Mate (Ilex paraguariensis) as a source of water extractable antioxidant for use in chickenmeat. EuropeanFoodResearch Technology, v.227, p.255-260, 2008. ROSTAGNO, Horacio Santiago; ALBINO, Luiz Fernando Teixeira; Juarez Lopes DONZELE; GOMES, Paulo Cezar; OLIVEIRA, Rita Flávia; LOPES, Darci Clementino; FERREIRA, Aloizio Soares; BARRETO, Sergio Luiz de Toledo; EUCLIDES, Ricardo Frederico. Tabelas brasileiras para aves e suínos: composição de alimentos e exigências nutricionais. 2.ed. Viçosa, MG: UFV, Departamento de Zootecnia, 2011. 186p.
70
SANTOS, E. C., TEIXIERA, A. S., & DIAS, E. S. (2002). Efeitos dos aditivos beneficiadores de crescimento sobre bactérias totais, pH intestinal e pH das rações de frangos de corte. Reunião anual da sociedade brasileira de zootecnia, 39. SANTURIO, Janio Morais; SANTURIO, Deise Flores; POZZATTI, Patrícia; MORAES Cristiane Moraes; FRANCHIN, Paulo Rogério; ALVES, Sydney Hartz. Atividade antimicrobiana dos óleos essenciais de orégano, tomilho e canela frente asorovares de Salmonella entérica de origem avícola. Ciência Rural, v.37, n.3, p.803-808, 2007. SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 32, DE 3 DE DEZEMBRO DE 2010 Publicada no Diário Oficial da União de 7 de dezembro de 2010 Seção 1 SOUZA, HBA de. Parâmetros físicos e sensoriais utilizados para avaliação de qualidade da carne de frango. Seminário Internacional de Aves e Suínos, v. 5, 2006. SOUZA-SOARES, LEONOR ALMEIDA; SIEWERDT, FRANK. Aves e ovos.Pelotas: Editora da Universidade UFPEL, 2005. TARLADGIS, Basil G.; PEARSON, A. M.; JUN, L. R. Chemistry of the 2 �thiobarbituric acid test for determination of oxidative rancidity in foods. II.—formation of the TBA-malonaldehy de complex without acido-heat treatment. Journal of the Science of Food and Agriculture, v. 15, n. 9, p. 602-607, 1964. TEDESCO, M.J.; GIANELLO, C.; BISSANI, C.A.; BOHNEN, H. & VOLKWEISS, S.J. Análises de solo, plantas e outros materiais. Porto Alegre: Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1995. 174 p. (Boletim Técnico, 5). VASCONCELOS, Bárbara Monique de Freitas; GONÇALVES, Alex Augusto. Macroalgas e seus usos–alternativas para as indústrias brasileiras. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, v. 8, n. 5, p. 125-140, 2014. VIDOTTI, Eliane Cristina e ROLLEMBERG, Maria do Carmo E. Algas: da economia nos ambientes aquáticos à biorremediação e a química analítica. Química nova, 27(1): 139-145.2004. VIEITES, Flávio Medeiros ;NALON,Flávio Medeiros Vieites, Rodrigo Pereira;SANTOS, Andreza LuziA;BRANCO, Patricia Azevedo Castelo; SOUZA, Christiane Silva;NUNES, Ricardo Vianna; CALDERANO, Arele Arlindo; ARRUDA,
71
Nelson Vital Monteiro de. Desempenho, rendimento de carcaça e cortes nobres de frangos de corte alimentados com rações suplementadas com Solanumglaucophyllum. Semina: Ciências Agrárias, v. 35, n. 3, p. 1617-1626, 2014. ZANINI, SURAMA FREITAS et al. Composição da carcaça de frangos de corte submetidos a dieta com farinha de algas. REVISTA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO VILA VELHA VILA VELHA (ES), v. 3, n. 1, JANEIRO/JULHO DE 2002, v. 3, n. 1, p. 46, 2002. ZHANG ,Quanbin;NING, Li ; LIU, Xiguang , ZHAO , Zengqin , Li ,Zhien; Xu,Zuhong.The structure of a sulfated galactan from Porphyrahaitanensis and its “in vivo” antioxidant activity.Carbohyd. Res.,339:105-111, 2004.
72
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho analisou a possibilidade de inserção on top de extratos de
algas na alimentação de frangos de corte objetivando analisar o desempenho,
morfometria e rendimento, qualidade química e física, de carcaças de frangos da
linhagem Cobb, submetidos à inserção de extrato de algas em cinco níveis de 1 a 28
dias de idade.
O presente trabalho permite concluir que a inserção on top de extrato de
algas na dieta de frango de corte pode ser vantajosa de acordo com alguns dos
aspectos analisados, mas por outro lado, mostrou que tal adição pode não
apresentar diferenças significativas em aspectos muitas vezes esperados pelos
consumidores.
A inserção de extrato de algas on top na dieta de frango de corte melhora o
desenvolvimento da região de cripta do duodeno e do jejuno. Este melhor
desenvolvimento ocasiona uma maior produção de células capazes de absorver
nutriente, e causa um aumento na utilização de energia. Estudos futuros devem se
atentar neste fato, priorizando a análise de ingestão e consumo energético das aves.
Nos aspectos relacionados ao desempenho da ave, as inserções de alga
nos níveis testados não interferiram significativamente no consumo de ração e
conversão alimentar, aspetos que quando minimizados são de grande interesse a
cadeia produtiva. Futuramente sugestiona-se aumentar os níveis de extrato de algas
e paralelamente realizar um estudo econômico a fim de verificar a viabilidade deste
produto.
Quando o intuito é a diminuição da deposição de gordura abdominal, este
trabalho observou que a inserção de 1,2% do extrato de algas influenciou
diretamente na quantidade de gordura abdominal, ainda vale ressaltar o aumento no
rendimento de pernas.
Quanto à qualidade do produto final constata-se que a inserção de algas
enrijeceu a carne com o aumentodos níveis de extrato de algas. Tal efeito possui
relação direta com a perda de peso por cozimento, pois observa-se que na ausência
de água nos filés, maior é a força necessária para o rompimento das fibras
musculares.
73
APÊNDICE A
Linhas de comando utilizadas para realização das análises �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������
74
MinistériodaEducação
UNIVERSIDADETECNOLÓGICAFEDERALDO PARANÁ CâmpusDoisVizinhos
ANEXO A
PROJETODEPESQUISA/AULAPRÁTICA
Título:
Utilização de extrato de algas na dieta de frangos de corte
Área Temática:
Produção e Nutrição de Aves
Pesquisador/Professor:
Sabrina Endo Takahashi
Andiara Gonçalves Tenório
Instituição:
Universidade Tecnológica Federaldo Paraná – Câmpus Dois Vizinhos
Versão:
002-apósapresentaçãoderesoluçãodependências
PARECERCONSUBSTANCIADO DACEUA Protocolonº2013-003
Título:Utilização de extrato de algas na dieta de frangos de corte
Pesquisador/Professor:
Sabrina Endo Takahashi
Andiara Gonçalves Tenório
Área temática:
Produção e Nutrição de Aves
Instituição:
Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Câmpus Dois Vizinhos
Financiamento:
Não mencionado
Apresentação doProjeto:
AtualmenteoBrasilseencontraentreostrêsprincipaisexportadoreseprodutoresdecarnedefrangodomundo. Devido asua importância comercial, pesquisas que visam a melhora produtiva desta cultura auxiliam o desenvolvimento tecnológico. O objetivo deste projeto será utilizar o extrato de algas como aditivo na dieta de frangos de corte, analisando os benefícios obtidos. Para tanto será realizado um experimento em delineado em blocos ao acaso, com 5 tratamentos e8repetições (T1:ração basal a base de milho e soja, sem extrato
75
Pintainhos de corte comum dia de idade da linhagem Cobb. As aves receberão ração e água ad libitum,
durante todo o período experimental. Esperam-se resultados positivos na melhora do desempenho
zootécnico dos animais, melhora na composição química e qualidade da carne.
Objetivo:
O objetivo deste projeto é utilizar o extrato de algas como aditivo na dieta de frangos de corte,
analisando os benefícios obtidos com a inserção deste.
Avaliação dos Riscos e Benefícios:
O projeto não indica sinais de riscos.
Comentários e Considerações sobre a Pesquisa/Aula Prática:
Serão sacrificadas 4 aves por tratamento, as quais serão abatidas por deslocamento
cervical. Não consta no projeto o método de insensibilização dos animais.
Considerações sobreos Termos de apresentação obrigatória:
Falta o termo de cadastro do projeto na DIRPPG.
Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:
Indicar o método de insensibilização dos animais.
Considerandoqueasobservaçõesapresentadasnoescopodestedocumentoforamcorrigidas/adequadas,som
os favoráveis a aprovação do presente projeto.
Situaçãodo Parecer:
APROVADO.
Considerações Finais a Critério da CEUA:
Considerandoqueasobservaçõesapresentadasnoescopodestedocumentoforamcorrigidas/adequadas,som
os favoráveis a aprovação do presente projeto.
DoisVizinhos,11defevereirode2014.
_ _
Assinadopor:PatriciaFranchideFreitas