avaliação funcional do idoso

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Avaliação Funcional do Idoso

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    1 INTRODUO

    O processo de envelhecimento , naturalmente, uma realidade biolgica que

    possui sua prpria dinmica e est, em grande parte, fora do controle humano. Por outro lado,

    a velhice est sempre sujeita s construes singulares de cada sociedade. Nos pases

    desenvolvidos, a idade cronolgica desempenha papel fundamental por estar relacionada ao

    momento da aposentadoria, marco vastamente considerado como incio da velhice. Nos pases

    em desenvolvimento, o tempo cronolgico tem pouca ou nenhuma importncia para o

    significado da velhice, sendo associada, geralmente, ao declnio fsico e mudana das

    funes atribudas ao idoso, sendo a capacidade de contribuio ativa o principal marco.

    Diante disso, a Organizao Mundial de Sade (OMS) define a idade incio da fase idosa

    como 60 anos para pases em desenvolvimento e 65 para pases desenvolvidos. No Brasil, de

    acordo com o estatuto do idoso, lei sancionada em primeiro de outubro de 2003, idoso toda

    e qualquer pessoa com idade superior ou igual a 60 anos de idade.

    A populao idosa se diferencia das outras por possuir uma srie de caractersticas

    prprias com relao ao processo de sade doena. A incidncia e prevalncia de muitas

    doenas aumentam e h um alto ndice de patologias mltiplas e crnicas. Essa multiplicidade

    de problemas mdicos dificulta a ateno sade do idoso devido s interaes einterferncias existentes entre sintomas, doenas e medicamentos. Somado isso, diversas

    doenas tem manifestaes atpicas em idosos, o que dificulta mais ainda um plano de

    tratamento realmente eficaz.

    No existem estudos que elucidem aes realmente eficazes para a preservao da

    qualidade de vida de pacientes idosos. O que sabido, hoje, que pessoas acima de 60 anos,

    mesmo que saudveis, no esto em sua plena potncia de recuperao rpida e completa,

    tornando-se, por isso, mais susceptveis incapacidades. Todo cuidado bsico para com asade do idoso deve objetivar a manuteno da independncia e da produtividade do

    indivduo, prevenindo a ruptura familiar e abandono.

    Evidncias apontam que a aplicao de instrumentos de avaliao

    multidimensional durante a consulta do idoso aumentam a eficcia diagnstica para a

    deteco dos problemas de sade, o que reflete diretamente em sua qualidade de vida. Outro

    dado importante, a capacidade de adequao a novos hbitos de vida que pessoas com mais

    de 75 anos apresentam. Por isso de extrema importncia que instrumentos de avaliao

    funcional de idosos sejam apurados, bem elucidados e desenvolvidos, j que sua

    aplicabilidade pode trazer inmeros benefcios para essa parcela da populao.

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    Do ponto de vista epidemiolgico, a transio demogrfica brasileira associada

    transio epidemiolgica indica a premncia do uso de uma avaliao geritrica eficiente e

    completa, custos razoveis. O aumento da prevalncia geral de doenas crnicas neste

    grupo etrio causa a transferncia da nfase dos programas governamentais de sade e

    previdncia do objetivo de cura e sobrevivncia, para o da melhora do estado funcional e do

    bem-estar. Sendo neste ponto a ao de instrumentos de avaliao imprescindvel. Dessa

    forma, a avaliao do estado funcional a dimenso-base para a avaliao geritrica. Esta se

    resume na avaliao dos fatores fsicos, psicolgicos e sociais que afetam a sade dos

    pacientes mais idosos e frgeis.4

    Este trabalho tem por objetivo apresentar os principais instrumentos de avaliao

    de idosos encontrados na literatura cientfica e sua aplicabilidade, enfatizando seus pontos

    positivos e negativos, facilidades e dificuldades.

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    2 AVALIAO FUNCIONAL

    O acompanhamento constante determinado pela menor reserva funcional e presena de

    doenas crnico-degenerativas, alm do grande nmero de particularidades da pessoa idosa,

    tornam necessria a adequao da avaliao desse grupo de pacientes com rotinas bem

    estabelecidas. So chamados de Avaliao Geritrica Ampla (AGA) os conjunto de

    instrumentos necessrios para a avaliao desses pacientes6.

    Os objetivos da AGA esto embasados na avaliao de trs domnios especficos,

    definidos pela OMS 4,7: Deficincia (impairment) que est relacionada perda de estrutura ou

    funo orgnica; Incapacidade (disability) que est relacionada restrio ou perda de

    habilidades; e Desvantagem (handicap) que est relacionada restrio ou perdas sociais e

    ocupacionais do indivduo. Nesse contexto, a capacidade funcional, em especial, um dos

    parmetros mais importantes da avaliao geritrica.

    A natureza complexa e abstrata da maioria dos fenmenos associados sade nos

    obriga, para sua mensurao, a utilizao de abordagens que reduzam a subjetividade do

    processo, aproximando-nos de modo mais objetivo do fenmeno de interesse.8 Os

    instrumentos de avaliao funcional de idosos so fundamentais para determinar no somenteo comprometimento funcional da pessoa idosa mas tambm a sua necessidade de auxlio.

    uma forma sistematizada de avaliar de forma objetiva os nveis no qual uma pessoa est

    funcionando numa variedade de reas utilizando diferentes habilidades. Representa uma

    forma de medir se uma pessoa ou no capaz de desempenhar atividades necessrias para

    cuidar de si mesma e, caso no seja, verificar qual o grau de necessidade de ajuda.5

    Trs conceitos so importantes para o entendimento de avaliao funcional:

    Autonomia; Independncia e Dependncia. Autonomia pode ser definida como autogoverno ese expressa na liberdade para agir e tomar decises. Independncia significa ser capaz de

    realizar as atividade sem a ajuda de outra pessoa. E dependncia significa no ser capaz de

    realizar as atividades cotidianas sem a ajuda de outra pessoa.5

    Tomando estes conceitos como base, possvel determinar a existncia de diversos

    padres de declnio funcional: pessoas que mantem a autonomia (capacidade de deciso)

    embora sejam dependentes (incapacidade fsica); pessoas que no mantm a autonomia

    embora sejam capazes fisicamente de executar determinada ao; e pessoas que no possuem

    nem a autonomia de deciso nem a capacidade fsica para executar aes.

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    A avaliao funcional deve ser feita a partir da avaliao do desempenho nas

    atividades cotidianas ou na vida diria. Para isso necessrio diferenciar dois aspectos

    funcionais do idoso; o desempenho e capacidade funcional. O desempenho avalia o que o

    idoso realmente faz no seu dia-a-dia, ou seja, quais tarefas dirias ele executa. A capacidade

    funcional avalia o potencial que a pessoa idosa tem para realizar a atividade, ou seja, sua

    capacidade remanescente, que pode ou no ser utilizada.5

    As atividade cotidianas, para a avaliao, so divididas em Atividades da Vida Diria

    (AVD) e Atividades Instrumentais da Vida Diria (AIVD). As AVD so as funes de

    sobrevivncia relacionadas ao autocuidado e que, no caso de limitao de desempenho,

    normalmente requerem a presena de um cuidador para auxiliar a pessoas idosa a

    desempenh-las, incluem as aes de alimentar-se, banhar-se, vestir-se, mobilizar-se,

    deambular, ir ao banheiro e controlar as necessidades fisiolgicas. As AIVD relacionam-se

    participao do idoso em seu entorno social e indicam a capacidade de um indivduo em levar

    uma vida independente dentro da comunidade e inclui utilizar os meios de transporte,

    manipular medicamentos, realizar compras, realizar tarefas domsticas leves e pesadas,

    utilizar o telefone, preparar refeies e cuidar das prprias finanas.

    Existem instrumentos de avaliao funcional especficos tanto para a mensurao das

    AVD quanto das AVID. Para a avaliao das AVD geralmente so utilizados a Escala deIndependncia em Atividades da Vida Diria (EIAVD), ou Index de Independncia nas

    Atividades e Vida Diria de Katz, e o ndice de Barthel, sendo este ltimo o que possui na

    literatura resultados de validade e confiabilidade mais consistentes.4 Para a avaliao de

    AIVD geralmente utiliza-se os instrumentos, Escala de Atividades de Vida Diria de

    Lawton, e o denominado Medida de Independncia Funcional (MIF). A grande diferena

    entre ambos que o MIF, alm de identificar se a pessoa precisa ou no de ajuda, procura

    quantificar a ajuda demandada por ela, tornando-se til no planejamento assistencial.5

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    3 AVALIAO DAS ATIVIDADES DA VIDA DIRIA

    Uma vez realizado o rastreamento inicial, o avaliador deve lanar mo de outros

    instrumentos que podem complementar a avaliao clnica, permitindo maior acurcia no

    diagnstico de determinado problema. Como a ateno do idoso requer um olhar complexo,

    considera-se importante uma avaliao no apenas deste, mas de seu entorno como a famlia e

    o cuidador. 9

    3.1 Index de Katz 5,9,10

    O Index de Sidney Katz (Anexo A), tambm chamado de Index de

    Independncia nas Atividades Bsicas de Vida Diria, o instrumento mais utilizado para

    avaliar as AVD.um dos instrumentos mais antigos e tambm dos mais citados na literatura

    nacional e internacional. Faz parte dos instrumentos de avaliao de reas, especificamente

    dos instrumentos de avaliao das funes fsicas. Foi desenvolvido para avaliar idosos e

    predizer os prognsticos em doentes crnicos, por Sidney Katz em 1963. No Brasil, apslongo tempo de uso de uma traduo livre, o instrumento foi submetido a um processo de

    adaptao transcultural com uma concordncia de quase 80%.

    Segundo os autores, haveria uma regresso ordenada como parte do processo

    fisiolgico de envelhecimento, em que as perdas funcionais caminhariam das funes mais

    complexas para as mais bsicas, enquanto as funes que so mais bsicas e menos

    complexas poderiam ser retidas por mais tempo. A escala mostra-se til para evidenciar a

    dinmica da instalao da incapacidade no processo de envelhecimento, estabelecerprognsticos, avaliar as demandas assistncias, determinar a efetividade de tratamentos alm

    de contribuir para o ensino do significado de ajuda em reabilitao.

    O teste consta de seis itens que medem o desempenho do indivduo nas atividades de

    autocuidado, os quais obedecem uma hierarquia de complexidade, da seguinte forma:

    alimentao, controle de esfncteres, transferncia, higiene pessoal, capacidade de se vestir e

    tomar banho. Na avaliao dos resultados as pessoas idosas so classificadas como

    independentes ou dependentes no desempenho das funes e, a partir o plano teraputico

    elaborado.

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    Segundo essa escala os idosos eram classificados como independentes se eles desenvolvessem aatividade (qualquer das seis propostas) sem superviso, orientao ou qualquer tipo de auxlio direto.A dependncia para cada uma das seis funes estabelecidas foi previamente determinada e estexplicitada a seguir: a) a avaliao da atividade banhar-se era realizada em relao ao uso dochuveiro, da banheira e ao ato de esfregar-se em qualquer uma dessas situaes. Nessa funo, alm

    do padronizado para todas as outras, tambm eram considerados independentes os idosos querecebessem algum auxlio para banhar uma parte especfica do corpo como, por exemplo, a regiodorsal ou uma das extremidades. A designao de dependncia parcial era feita aos idosos querecebiam assistncia para banhar-se em mais de uma parte do corpo ou necessitavam de auxlio paraentrar ou sair da banheira e de dependncia total para aqueles que no eram capazes de banhar-sesozinhos;b) para avaliar a funo vestir-se considerava-se o ato de pegar as roupas no armrio, bemcomo o ato de se vestir propriamente dito. Como roupas eram compreendidas roupas ntimas, roupasexternas, fechos e cintos. Calar sapatos foi excludo da avaliao. A designao de dependncia eradada aos pacientes que recebiam alguma assistncia pessoal ou que permaneciam parcial outotalmente despidos; c) a funo ir ao banheiro compreendia o ato de ir ao banheiro para excrees,higienizar-se e arrumar as prprias roupas. Os idosos considerados independentes poderiam ou noutilizar algum equipamento ou ajuda mecnica para desempenhar a funo sem que isso alterasse suaclassificao. Dependentes eram aqueles que recebiam qualquer auxlio direto ou que nodesempenhassem a funo. Aqueles que utilizassem papagaios ou comadres tambm eramconsiderados dependentes; d) a funo transferncia era avaliada pelo movimento desempenhado

    pelo idoso para sair da cama e sentar-se em uma cadeira e vice-versa. Como na funo anterior, o usode equipamentos ou suporte mecnico no alterava a classificao de independncia para a funo.Dependentes eram os pacientes que recebiam qualquer auxlio em qualquer das transferncias ou queno executavam uma ou mais transferncias; e) continncia referia-se ao ato inteiramenteautocontrolado de urinar ou defecar. A dependncia estava relacionada presena de incontinnciatotal ou parcial em qualquer das funes. Qualquer tipo de controle externo como enemas,cateterizao ou uso regular de fraldas classificava o paciente como dependente; f) a funoalimentao relacionava-se ao ato de dirigir a comida do prato (ou similar) boca. O ato de cortaros alimentos ou prepar-los estava excludo da avaliao. Dependentes eram os idosos que recebiamqualquer assistncia pessoal. Aqueles que no se alimentavam sem ajuda ou que utilizavam sondasenterais para se alimentarem eram considerados dependentes bem como os que eram nutridos por via

    parenteral (DUARTE et al., 2007).

    3.2 ndice de Barthel 9,11

    O ndice de Barthel (Anexo B) avalia as AVD e mede a independncia funcional no

    cuidado pessoal, mobilidade, locomoo e eliminaes. Na verso original, cada item

    pontuado de acordo com o desempenho do paciente em realizar tarefas de forma

    independente, com alguma ajuda ou de forma dependente. Uma pontuao geral formada

    atribuindo-se pontos em cada categoria, a qual depende do tempo e da assistncia necessria a

    cada paciente. A pontuao varia de 0 a 100, em intervalos de cinco pontos. E as pontuaes

    mais elevadas indicam maior independncia. Em 2007, o instrumento foi submetido ao

    processo de adaptao transcultural por Minosso11.

    A verso utilizada avalia a independncia funcional em dez tarefas: alimentao,

    banho, vesturio, higiene pessoal, eliminaes intestinais, eliminaes vesicais, uso do vaso

    sanitrio, passagem cadeira-cama, deambulao e escadas. A classificao em cada tarefa est

    descrita na elaborao original do instrumento, conforme as descries a seguir:

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    A avaliao da atividade "Alimentao" relaciona-se ao ato de dirigir acomida do prato (ou similar) boca, capacidade de usar qualquer talher, bem comocomer em tempo razovel. Idosos que requeriam auxlio foram classificados como"necessitando de ajuda", e aqueles que no conseguiam levar a comida do prato

    boca foram definidos como "dependentes". "Banho" refere-se ao uso de chuveiro ou

    banheira e ao ato de se esfregar em qualquer uma dessas situaes. Foramclassificados como "dependentes" todos os idosos que necessitavam de qualquerauxlio de outra pessoa nessa funo. Para avaliar a funo "Vesturio" considera-seo ato de pegar as roupas no armrio, bem como o ato de se vestir. Como roupas,compreendem-se roupas ntimas, roupas externas, fechos e cintos. Calar sapatos excludo da avaliao. Idosos que precisavam de auxlio, mas que conseguiamrealizar pelo menos a metade das tarefas em tempo razovel recebiam a designao"necessitando de ajuda". Se no conseguiam cumprir essa condio, eramconsiderados "dependentes". A avaliao da atividade "Higiene pessoal" relaciona-se capacidade de lavar o rosto, as mos, escovar os dentes e barbear-se semnecessitar de ajuda. Foram considerados "dependentes" os idosos que necessitavamde qualquer auxlio de outra pessoa em qualquer um dos casos. A funo"Eliminaes intestinais" refere-se ausncia de episdios de incontinncia. Foram

    considerados "continentes" os idosos que, alm de no apresentarem perdainvoluntria de fezes, conseguiam fazer uso de supositrios ou enemas sozinhos, senecessrio. Quando necessitavam de ajuda ou aconteciam episdios ocasionais deincontinncia fecal, a classificao era de "incontinncia ocasional". Na avaliao dafuno "Eliminaes vesicais", considera-se continente quem no apresentaepisdios de perda involuntria de urina e capaz de lidar sozinho com a sondavesical. Foram classificados como "incontinente ocasional" os idosos queapresentavam episdios espordicos ou que no conseguiam lidar sem ajuda comsondas e outros dispositivos. A funo "Uso do vaso sanitrio" avaliada pelafacilidade no uso do vaso sanitrio para excrees, assim como para arrumar as

    prprias roupas e limpar-se. Idosos que precisavam de auxlio para manter oequilbrio ou para se limpar receberam a designao "necessitando de ajuda".Dependentes eram aqueles que recebiam auxlio direto de outra pessoa ou que no

    desempenhavam a funo, bem como os que utilizavam "papagaios" ou "comadres".A funo "Passagem cadeira-cama" avaliada pelo movimento necessrio nodeslocamento da cama para a cadeira e vice-versa. Foram classificados em "ajudamnima" os idosos que requeriam superviso ou apoio para efetuar a transferncia."Grande ajuda" era utilizada para designar os que conseguiam sentar-se, masnecessitavam de assistncia total para a passagem. Dependentes eram os que noconseguiam sentar-se e incapazes de colaborar durante as transferncias. Para avaliara "Deambulao", considera-se "independente" a pessoa capaz de caminhar semajuda por at 50 metros, ainda que com apoio de bengala, muleta, prtese ouandador. Em "ajuda" so classificados aqueles que podem caminhar at 50 metros,mas necessitam de ajuda ou superviso. A independncia na funo "Escadas" dizrespeito capacidade de subir ou descer escadas sem ajuda ou superviso, ainda quehaja necessidade de dispositivo como muleta ou bengala, ou apoio no corrimo."Ajuda" refere-se necessidade de ajuda fsica ou de superviso, ao descer e subirescadas (MINOSSO et al., 2010).

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    4 AVALIAO DAS ATIVIDADES INSTRUMENTAIS DA VIDA DIRIA

    4. 1 Escala de Lawton 5,9

    Essa escala foi criada por Lawton e Brody (Anexo C), em 1969, e amplamente

    utilizada tanto na pratica clinica como em pesquisas em todo o mundo. O objetivo dessa

    escala avaliar o desempenho funcional da pessoa idosa em termos de atividades

    instrumentais que possibilita que esta mantenha um vida independente.

    Avalia sete ou nove atividades: uso do telefone, locomover-se usando um meio de

    transporte, fazer compras, realizar trabalhos domsticos (este pode vir subdividido e, assim,

    somar nove itens), preparo de refeies, uso de medicamentos e manejo das finanas. H trs

    opes de resposta: independente, necessidade de ajuda parcial ou incapacidade para

    realizao da tarefa.

    A pontuao varia de 3 a 1 para cada item, sendo que a independncia recebe a maiorpontuao. O escore mximo de 21 ou 27 pontos quando o indivduo for totalmente

    independente. No h ponto de corte estabelecido, mas sim uma avaliao qualitativa da

    capacidade funcional do idoso. Todas as perguntas devem ser feitas ao idoso e tambm a um

    informante capacitado. No h, no Brasil, estudos de adaptao transcultural.

    4. 2 Medida de Independncia Funcional5, 9, 12

    A Medida de Independncia Funcional (MIF) um instrumento de avaliao da

    incapacidade de pacientes com restries funcionais de origem variada, tendo sido

    desenvolvida na Amrica do Norte na dcada de 19801. Seu objetivo primordial avaliar de

    forma quantitativa a carga de cuidados demandada por uma pessoa para a realizao de uma

    srie de tarefas motoras e cognitivas de vida diria. Entre as atividades avaliadas esto os

    autocuidados, transferncias, locomoo, controle esfincteriano, comunicao e cognio

    social, que inclui memria, interao social e resoluo de problemas. Cada uma dessa

    atividades avaliada e recebe uma pontuao que parte de 1 (dependncia total) a 7

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    (independncia completa), assim a pontuao total varia de 18 a 126. Esto descritos dois

    domnios na MIF, o motor e o cognitivo. Esse instrumento de avaliao funcional foi

    traduzido para a lngua portuguesa no Brasil em 2000 e nessa poca foram realizados testes de

    reprodutibilidade e confiabilidade, que se mostraram em nveis bons para o valor total, bem

    como nos domnios motor e cognitivo. importante ressaltar que a MIF no um

    instrumento auto aplicado e que exige treinamento para sua utilizao dessa forma sua

    traduo e adaptao cultural dirigiu-se mais especificamente compreenso dos seus itens

    pelos profissionais que deveriam aplic-la e no ao entendimento por pacientes.

    A MIF pode ser utilizada em duas partes separadas (motor e cognitivo). Nesse trabalho

    ser apresentada apenas a descrio da MIF motora. A seguir esto as classificados quanto aos

    nveis de dependncia.

    INDEPENDNCIA (SEM AJUDA)No necessria a ajuda de outra pessoa para realizar

    as atividades

    7. INDEPENDNCIA COMPLETA - Todas as tarefas descritas que constituem a

    atividade em questo so realizadas em segurana, sem modificao, sem ajuda

    tcnica e em tempo razovel.

    6. INDEPENDNCIA MODIFICADA - A atividade requer uma ajuda tcnica,

    adaptao, prtese ou rtese, um tempo de realizao demasiado elevado, ou no podeser realizada em condies de segurana suficientes.

    DEPENDENTE (COM AJUDA) necessria outra pessoa para superviso ou ajuda fsica,

    sem esta, a atividade no pode ser realizada.

    5. SUPERVISO OU PREPARAO A pessoa s necessita de um controle, ou

    uma presena, ou uma sugesto, ou um encorajamento, sem contato fsico. Ou ainda o

    ajudante (a ajuda) arranja ou prepara os objetos necessrios ou coloca-lhe a rtese ou

    prtese (ajuda tcnica).4. ASSISTNCIA MNIMA - O contato puramente ttil, com uma ajuda leve, a

    pessoa realiza a maior parte do esforo.

    3. ASSISTNCIA MODERADA A pessoa requer mais que um contato leve, uma

    ajuda mais moderada, realiza um pouco da metade do esforo requerido para a

    atividade.

    DEPENDNCIA COMPLETAA pessoa efetua menos da metade do esforo requerido para

    a atividade. Uma ajuda mxima ou total requerida, sem a qual a atividade no pode ser

    realizada. Os nveis so:

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    2. ASSISTNCIA MXIMA - A pessoa desenvolve menos da metade do esforo

    requerido, necessitando de ajuda ampla ou mxima, mas ainda realiza algum esforo

    que ajuda no desempenho da atividade.

    1. ASSISTNCIA TOTAL A pessoa efetua esforo mnimo, necessitando de ajuda

    total para desempenhar as atividades.

    5 AVALIAO MULTIDIMENSIONAL DO IDOSO NA ATENO PPRIMRIA

    Na Ateno Primria sade (APS) o rastreamento de condies crnicas e

    degenerativas em idosos de extrema importncia para que sejam tomadas medidas capazes

    de afetar positivamente sua qualidade de vida. Muitas vezes instrumentos de avaliao, como

    aqueles descritos anteriormente nesse trabalho, no esto disponveis para o uso imediato, o

    que demonstra a necessidade de alternativas para a avaliao funcional do idoso. importante

    avaliar tanto o contexto do qual o paciente vem, quanto suas condies orgnicas para que

    seja possvel bolar um plano teraputico que atenda s reais necessidades deste. Em

    consonncia com o mtodo clnico centrado na pessoa, e com os princpios da APS e da

    Medicina de Famlia e Comunidade (MFC), nos quais preza-se pelo cuidado integral,

    holstico e humanizado, sero apresentados mtodos de avaliao do idoso comumenteutilizados.

    5.1 Instrumento de Avaliao Multidimensional do Idoso 3,13

    A avaliao multidimensional do idoso baseia-se na avaliao do funcionamento

    global do idoso e tem como principal objetivo a restaurao ou preservao da qualidade de

    vida. Esta, por sua vez, depende diretamente da habilidade de manter-se independente e no,simplesmente, da ausncia de doenas. O instrumento de Avaliao Multidimensional do

    Idoso (AMI) (Anexos D) foi desenvolvido para ser utilizado em ambulatrios de APS, de

    forma complementar consulta mdica e de maneira oportunstica.

    A abordagem proposta resume-se checagem de um limitado nmero de funes-

    chave que podem estar alteradas, mas que frequentemente no so pesquisadas quando uma

    histria e um exame fsico convencionais so utilizados na avaliao de pacientes idosos.

    So testes cuidadosamente selecionados destinados avaliao da viso, audio,

    funo dos membros superiores e inferiores, funo cognitiva, humor, risco domiciliar para

    quedas, atividades de vida diria bsica e instrumentada, incontinncia urinria, perda de peso

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    e suporto social. So usadas questes breves e tarefas simples de fcil observao, com a

    finalidade de obter a informao necessria para um apropriado rastreamento, minimizando o

    tempo gasto na sua aplicao.

    Os itens a serem avaliados levam em considerao a prevalncia das disfunes, sua

    vulnerabilidade interveno, a relao com aspectos de preveno dos agravos mais

    frequentes e a capacidade de identificao de alguns problemas de grande repercusso

    funcional, geralmente assintomticos ou no registrados de maneira sistemtica, que

    repercutem na qualidade de vida do idoso.

    5.2 Utilizao do Genograma e Ecomapa no cuidado com o idoso 15,16

    As questes relacionadas com o cuidado da pessoa idosa em seu local de moradia so

    complexas e de grande magnitude. A compreenso do idoso como pessoa nica, inserida em

    um contexto familiar e social com o qual interage continuamente, deve ser um dos princpios

    de seu atendimento. Nesse mbito se faz necessrio compreender o suporte social e familiar

    no qual o idoso est inserido a fim de se verificar sua capacidade de prover atendimento

    sistemtico das necessidades de cuidados deste, bem como quem pode, mais adequadamente,

    responder essas demandas.Dois instrumentos, amplamente utilizados pela Medicina de Famlia e Comunidade

    (MFC), podem ser aplicados para a avaliao de questes mais qualitativas relacionadas ao

    cuidado do idoso: o genograma e o ecomapa. Ambos os instrumentos ancoram-se nos

    princpios da APS de longitudinalidade e atendimento integral na medida em que prezam pelo

    entendimento da estrutura social e familiar que cercam o idoso tendo por objetivo o

    planejamento de uma teraputica mais efetiva.

    O genograma um diagrama de grupo familiar que permite avaliar a estrutura familiarinterna, desde seus componentes at sua dinmica de relacionamentos. um instrumento

    reconhecido como instrumento de mapeamento e ampliao do conhecimento sobre a famlia

    a partir do qual o profissional de sade realiza intervenes. Sua construo inicia-se com a

    representao de no mnimo trs geraes, seguindo as representaes grficas utilizadas em

    gentica na construo de heredogramas. Alm disso, existem representaes grficas

    especficas capazes de representar o componente funcional da famlia, ou seja, o tipo de

    relacionamento entre seus integrantes, proximidades fsica e emocional, entre outros. O

    desenho prev um resumo de uma grande quantidade de informaes, que podem ser usadas

    em busca de conflitos e recursos familiares e, em seguida, na reestruturao de

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    comportamentos, relacionamentos e vnculos, bem como modificar as percepes das famlias

    sobre si mesmas.

    O ecomapa um diagrama de contato do paciente e sua famlia com o meio externo

    onde vivem. Resume uma grande quantidade de informaes e facilita a visualizao de reas

    que podem ser exploradas para melhorar o sistema social de apoio ao paciente. Demonstra o

    fluxo de relaes, a falta de recursos e as privaes. Delineia a natureza das interfaces e

    pontos de intermediao, pontes a construir e recursos a serem buscados e mobilizados para

    os conflitos. Seu detalhamento contribui para a construo visual da rede de suporte social do

    paciente que, em muito poder auxiliar no planejamento assistencial. O meio relacional do

    indivduo ou famlia, servir para ilustrar, compreender, observar e tecer hipteses, integrar e

    envolver os recursos disponveis dessa rede de possvel apoio. Retrata, assim, a rede de

    suporte social e sua integrao.

    A utilizao desses instrumentos contribui para o entendimento de toda a estrutura

    biopsicossocial que circunda o paciente idoso a fim de se determinar quais as melhores e mais

    efetivas intervenes a serem realizadas para a manuteno de sua qualidade de vida. Deve-se

    ressaltar que a abordagem sistmica do paciente a que mais facilita a compreenso do

    sofrimento humano na APS, sendo esses instrumentos, apenas uma pequena parcela do

    processo de cuidado e corresponsabilizao prezados pela assistncia longitudinal. importante sempre ressaltar que o principal objetivo da APS promover sade e

    qualidade vida, alm de prevenir e tratar agravos sade. Sendo assim, o rastreio e deteco

    de doenas em idosos nem sempre o ponto chave do bom atendimento mdico. necessria

    a sensibilidade de um mdico integral e holstico capaz de perceber as nuances singulares de

    cada indivduo idoso, prezando sempre pela manuteno de sua autonomia e independncia e

    no somente pela cura ou controle de condies crnicas.

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    REFERNCIAS

    1WORLD HEALTH ORGANIZATION. Definition of an older or elderly person.Healthstatistics and health information systems: WHO, 2014. Disponvel em:. Acesso em: 04 fev. 2014.

    2BRASIL. Lei n 10.741, de 1 de outubro de 2003. Dispe sobre o estatuto do idoso e doutras providncias. Dirio Oficial da Unio, Braslia, Dirio Oficial da Unio, Braslia, 2out. 2003.

    3LEMOS, C. P.; SIRENA, S. A.; Sade do Idoso. In: GUSSO, Gustavo D. F., LOPES, JoseM. C. Tratado de Medicina de Famlia e Comunidade:Princpios, Formao e Pratica.ARTMED: v. 1, p. 685-692. Porto Alegre, 2012.

    4PAIXO JR., Carlos Montes. REICHENHEIM, Michael E. Uma reviso sobreinstrumentos de avaliao do estado funcional do idoso. Cad. Sade Pblica, Rio de Janeiro,

    v. 21, n. 1, p. 7-19, 2005. Disponvel em: . Acesso em: 16 fev. 2014.

    5 - BRASIL. Ministrio da Sade. Secretaria de Ateno Sade. Departamento de AtenoBsica. Envelhecimento e sade da pessoa idosa.Braslia: MS, 2007. Disponvel em:. Acesso em: 16 fev. 2014.

    6 - ESPRITO SANTO. Secretaria de Estado da Sade do Esprito Santo. Diretrizes de sadeda pessoa idosa.Vitria: Secretaria de Estado da Sade do Esprito Santo, 2008. Disponvelem: . Acessoem: 16 fev. 2014.

    7 - FREITAS, Elizabete Viana de; MIRANDA, Roberto Dishinger. Avaliao geritricaampla. In: FREITAS, Elizabete Viana de; PY, Lgia (Ed.). Tratado de geriatria egerontologia.3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. Cap. 85, p. 970-8.

    8 - LOURENO, Roberto Alves; PARADELA, Emylucy Martins Paiva. Instrumentos deavaliao em geriatria. In: FREITAS, Elizabete Viana de; PY, Lgia (Ed.). Tratado degeriatria e gerontologia.3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. Cap. 86, p. 979-84.

    9 - LOURENO, Roberto Alves; PEREZ, Mariangela; SANCHEZ, Maria Anglica dosSantos. Escalas de Avaliao Geritrica. In: FREITAS, Elizabete Viana de; PY, Lgia (Ed.).Tratado de geriatria e gerontologia.3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. p.1707-1720.

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    22

    10 - DUARTE, Yeda Aparecida de Oliveira; ANDRADE, Claudia Laranjeira de; LEBRAO,Maria Lcia. O ndex de Katz na avaliao da funcionalidade dos idosos. Rev. esc. enferm.USP,So Paulo, v. 41, n. 2, jun. 2007. Disponvel em:. Acesso em: 16 mar. 2014.

    11 - MINOSSO, Jssica Sponton Moura et al. Validao, no Brasil, do ndice de Barthel emidosos atendidos em ambulatrios. Acta paul. enferm. So Paulo, v. 23, n. 2, abr. 2010.Disponvel em: . Acesso em: 16 mar. 2014.

    12 - RIBERTO, M. et al. Validao da Verso Brasileira da Medida de IndependnciaFuncional. Acta Fisiatr.v. 11, n. 2, p. 72-76, 2004. Disponvel em: Acesso em: 16 mar. 2014.

    13MORAES, E. N. Avaliao multidimensional do idoso e principais sndromesgeritricas:abordagem e tratamento. UFMG. Ncleo de Geriatria e Gerontologia. Disponvelem:. Acesso em: 16 mar. 2014.

    14TORRES, Fernanda. FIM. So Paulo: Companhia das Letras, 2013.

    15DUARTE, Y. A. O.; DIOGO, M. J. D.; Cuidados em Domiclio: Conceitos e Prticas.Tratado de geriatria e gerontologia.3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. Cap.115, p. 1276-84.

    16DIAS, Lda Chaves. Abordagem Familiar. In: GUSSO, Gustavo D. F., LOPES, Jose M.C. Tratado de Medicina de Famlia e Comunidade:Princpios, Formao e Pratica.ARTMED: v. 1, cap. 26, p. 221-31. Porto Alegre, 2012.

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    ANEXO A

    Index de Independncia nas Atividades Bsicas de Vida Diria de Katz

    Quadro 1 - Formulrio de avaliao das atividades de vida diria

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    Quadro 2Index de Atividades de Vida Diria

    Quadro 3Classificao Funcional a partir do Index de Katz

    Fonte: DUARTE et al., 2007

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    ANEXO B

    ndice de Barthel

    NDICE DE BARTHEL PONTUAOAlimentao- Independente- Necessita de Ajuda ou Dieta Modificada

    - Totalmente dependente

    105

    0Higiene Pessoal(Barbear-se, pentear-se, maquiar-se, lavar os dentes)- Independente- Necessita de Ajuda

    50

    Controle Vesical- Continente- Acidente Ocasional- Incontinente

    1050

    Controle Anal- Continente

    - Acidente Ocasional- Incontinente

    10

    50

    Transferncia (cama/cadeira)- Independente- Alguma ajuda (verbal ou fsica)- Muita ajuda (pode manter-se sentado)- Totalmente

    151050

    Mobilidade-Independente (pode usar ajuda tcnica)- Ajuda de uma pessoa (verbal ou fsica)- Independente em cadeira de rodas- Imvel

    151050

    Utilizao Sanitria- Independente (incluindo botes, atacadores)- Necessita de ajuda- Totalmente dependente

    1050

    Vestir-se- Independente (inclui botes)- Necessita de ajuda- Totalmente dependente

    1050

    Banho

    - Independente- Necessita de ajuda 50Subir/descer escadas

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    - Independente- Necessita de ajuda- Incapaz

    1050

    TOTAL (0 a 100 pontos)

    Fonte: MINOSSO, et al., 2010

    ANEXO C

    Escala de Lawton

    Atividade Avaliao1 O(a) Sr(a) consegue usar o telefone? Sem ajuda

    Com ajuda parcialNo consegue

    321

    2 O(a) Sr(a) consegue ir a locais distantes,usando algum transporte, semnecessidade de planejamentos especiais?

    Sem ajudaCom ajuda parcial

    No consegue

    321

    3 O(a) Sr(a) consegue fazer compras? Sem ajudaCom ajuda parcial

    No consegue

    321

    4 O(a) Sr(a) consegue preparar suas

    prprias refeies?

    Sem ajuda

    Com ajuda parcialNo consegue

    3

    215 O(a) Sr(a) consegue arrumar a casa? Sem ajuda

    Com ajuda parcialNo consegue

    321

    6 O(a) Sr(a) consegue fazer trabalhosmanuais domsticos, como pequenosreparos?

    Sem ajudaCom ajuda parcial

    No consegue

    321

    7 O(a) Sr(a) consegue lavar e passar suaroupa?

    Sem ajudaCom ajuda parcial

    No consegue

    321

    8 O(a) Sr(a) consegue tomar seus remdiosna dose e horrios corretos?

    Sem ajudaCom ajuda parcial

    No consegue

    321

    9 O(a) Sr(a) consegue cuidar de suasfinanas?

    Sem ajudaCom ajuda parcial

    No consegue

    321

    Total ___________ pontosFonte: BRASIL, 2007

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    ANEXO D

    Instrumento de Avaliao Multidimensional do Idoso

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    Fonte: LEMOS, 2012