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tranma-eambiente EIV-RIV – PRIMAVERA - CAMPINAS
AVALIAÇÃO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA
RELATÓRIO DE ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA – EIV-RIV
CONSTRUÇÃO DE PRÉDIO COMERCIAL
CATEGORIA – CSE I – DESTINADO PARA LOCAÇÃO
RUA JORGE DE FIGUEIREDO CORREA ESQ. RUA DOS LÍRIOS
CHÁCARAS PRIMAVERA
CAMPINAS, SÃO PAULO, BRASIL
Preparado para:
NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO EMPREENDIMENTOS
E ADMINISTRAÇÃO DE BENS PRÓPRIOS LTDA.
Campinas, São Paulo
Preparado por:
tranma-eambiente
Santo André, São Paulo
FEVEREIRO, 2020.
Revisão - 0
0
Folha Folha Folha
ATIVIDADE
E - Elaboração V - Veri ficação A - Aprovação
CONTROLE DE REVISÕES DO DOC.
Revisão da Folha Revisão da Folha Revisão da Folha
Revisão Revisão Revisão
REVISÃO:
0
ID DOCUMENTO:
PJ-175-PR-Primavera-Campinas
Atividade Nome do Responsável
E FÁBIO RICARDO 0
V SIMONE 0
EMPREENDIMENTO: LOCAL DO EMPREENDIMENTO:
CONSTRUÇÃO DE PRÉDIO DE COMÉRCIO E SERVIÇOS
DESTINADO A LOCAÇÃO
RUA JORGE DE FIGUEIREDO CORREA E RUA DOS LÍRIOS
CHÁCARAS PRIMAVERA - CAMPINAS - SP
SERVIÇO: RELATÓRIO:
CLIENTE: LOCAL E DATA DE EMISSÃO: LAUDAS:
NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO EMPREENDIMENTOS E
ADMINISTRAÇÃO DE BENS PRÓPRIOS LTDA.SANTO ANDRÉ, 14 DE FEVEREIRO DE 2020 114
RELATÓRIO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - RIV
DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA:
O número de laudas inclui glossário e os apêndices , mas não inclui os anexos .
ATENÇÃO: este documento é propriedade da eambiente e da Contratante; não pode ser copiado ou
transmitido tota l ou parcia lmente nem uti l i zado por terceiros sem a devida autorização.
Revisão
CONTROLE DA EXECUÇÃO
A FÁBIO RICARDO 0
OBSERVAÇÕES:
EMITENTE:
eambiente - tranma
Projeto de Aprovação-Chacara Primavera II; Projeto Executivo ARQ; Projeto Hidrául ica ; Projeto de Fundação-R02;
Projeto de Fundação rasa-01; Sondagem Engestrauss maio 2019; Certidão de medidas e confrontações - 13-12-
2019; Matrículas Imobi l iárias 31875 e 31876; Certidões de Valor Venal 2020; Alvará de Aprovação de Demol ição
960/2019 e 961/2019.
AVALIAÇÃO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA
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APRESENTAÇÃO EIV-RIV – PRIMAVERA - CAMPINAS
RESUMO EXECUTIVO
Este Relatório Técnico do Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança tem por
objetivo apresentar a avaliação de impactos nas áreas próximas à construção
de prédio de comércio e serviços – categoria CSE I – destinado a locação de
terceiros, sem uso definido, que será desenvolvido por Nossa Senhora da
Conceição Empreendimentos e Administração de Bens Próprios Ltda., situado
na Rua Jorge de Figueiredo Correa, esquina com Rua dos Lírios, Chácaras
Primavera, no Município de Campinas, Estado de São Paulo.
O empreendimento será desenvolvido em um lote urbano com área de
2.208,00 m2. O projeto proposto considera: construção de 2.490,03 m2;
volume de corte de terra na ordem de 464,10 m3; coeficiente de
aproveitamento calculado de 0,62 e taxa de ocupação calculada de 36,03%.
O terreno apresenta declividade descendente a partir da Rua Jorge de
Figueiredo Correa. Está numa região com infraestrutura consolidada,
estando presentes os seguintes equipamentos urbanos: rede de eletricidade,
iluminação pública, redes de telecomunicações, rede de abastecimento de
água, rede de esgotamento sanitário, drenagem de águas pluviais e coleta
pública de resíduos sólidos.
O imóvel está situado numa região de uso misto onde predomina o uso de
comércio e serviços com destaque para a sede da CPFL – Companhia de Força
e Luz e com arredores de uso residencial a oeste.
Será construído um prédio principal com 2 pavimentos e outros 2 prédios
secundários com 1 pavimento, além de subsolo para estacionamento de
veículos.
O projeto é compatível com a legislação urbana e ambiental aplicável, sendo
que não foi necessária qualquer supressão de árvores e arbustos ou
demolição de prédios existentes.
A avaliação de impacto apresentada não contempla os aspectos,
componentes e fatores de trânsito, que são tratados separadamente.
Foram identificados 25 impactos, sendo 11 de natureza negativa, 7 positiva
e 7 neutros. Foram indicadas como mitigação para os impactos negativos ou
como pontencializadoras de efeitos positivos um conjunto de 18 medidas,
além daquelas indicadas para atenuar os efeitos no trânsito, dividas nos
seguintes programas: Programa de Gestão e Controle Ambiental da
Construção, Programa de Monitoramento Ambiental e Programa de Inserção
Viária do Empreendimento na Vizinhança.
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SUMÁRIO EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................... 13
1.1. Organização do Relatório ................................................................... 14
1.2. Limitações ........................................................................................... 15
2. INFORMAÇÕES GERAIS .......................................................................... 16
2.1. Objetivo geral ..................................................................................... 16
2.2. Objetivo Específico ............................................................................. 16
2.3. Metodologia ....................................................................................... 16
2.4. Identificação do Empreendedor ......................................................... 17
2.5. Identificação da Responsabilidade Técnica ........................................ 17
2.6. Justificativa do Empreendimento ....................................................... 18
2.7. Objeto da Avaliação de Impacto ......................................................... 18
2.8. Localização do Empreendimento ....................................................... 18
2.9. Cronograma de Obras e Investimento ............................................... 19
2.10. Compatibilidade Com a Legislação Aplicável ...................................... 19
2.10.1. Plano Diretor e Legislação Urbanística .......................................... 19
2.10.2. Estudo de Impacto de Vizinhança ................................................. 20
2.10.3. Normas para Intervenção sobre Vegetação .................................. 24
2.10.4. Normas para Movimento de Terra e Manejo dos Resíduos da
Construção .................................................................................................... 24
2.10.5. Normas sobre Riscos Geológicos e Áreas Contaminadas .............. 26
2.10.6. Regras para o Saneamento Predial - Água, Esgoto, Drenagem e
Resíduos Sólidos ........................................................................................... 26
3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ........................................... 28
3.1. Caracterização Geral do Empreendimento ........................................ 28
3.1.1. Características Imobiliárias .............................................................. 28
3.1.2. Características Construtivas ............................................................ 29
3.1.3. Volumetria, Afastamentos e Gabarito............................................. 30
3.1.4. Características de Usos do Projeto .................................................. 31
3.1.5. Horário de Funcionamento ............................................................. 31
3.2. Atividades Componentes do Empreendimento e Seus Aspectos
Ambientais na Fase de Planejamento ........................................................ 32
3.2.1. Identificação de Demanda e Seleção da Área ................................. 32
3.2.2. Condições do Projeto ...................................................................... 32
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SUMÁRIO EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS
3.2.3. Planejamento e Projeto de Infraestrutura Interna ......................... 34
3.3. Atividades Componentes do Empreendimento e Seus Aspectos
Ambientais na Fase de Construção e instalação .......................................... 36
3.3.1. Atividades Preparatórias ................................................................. 36
3.3.2. Atividades de Construção ................................................................ 42
3.3.3. Atividades de Desmobilização ......................................................... 46
3.4. Atividades Componentes do Empreendimento e Seus Aspectos
Ambientais na Fase de operação .................................................................. 47
3.4.1. Adensamento Populacional ............................................................. 47
3.4.2. Comunicação Visual do Edifício ....................................................... 48
3.4.3. Controle de Acesso e Circulação Interna ......................................... 48
3.4.4. Geração de Tráfego e Demanda por Transporte Público ................ 48
3.4.5. Emissões Atmosféricas e Geração de Ruídos .................................. 48
3.4.6. Demanda por Equipamentos Urbanos ............................................ 49
3.4.7. Demanda por Equipamentos Comunitários .................................... 50
4. DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL DA ÁREA DE VIZINHANÇA................ 51
4.1. Delimitação das Áreas de Estudo e Influência .................................... 51
4.2. Componentes Regionais do Meio Físico ............................................. 54
4.2.1. Padrão Climático Geral .................................................................... 54
4.2.2. Qualidade do Ar ............................................................................... 55
4.2.3. Características Geológicas ............................................................... 56
4.2.4. Características Geomorfológicas ..................................................... 57
4.2.5. Características dos Recursos Hídricos Superficiais .......................... 58
4.2.6. Características dos Recursos Hídricos Subterrâneos ...................... 58
4.3. Componentes Locais do Meio Físico .................................................. 59
4.3.1. Insolação e Sombreamento ............................................................. 59
4.3.2. Ventilação e Ação dos Ventos ......................................................... 60
4.3.3. Indicadores de Ruído na Comunidade ............................................ 60
4.3.4. Indicadores Geotécnicos (Geologia e Relevo) ................................. 61
4.3.5. Características Hidrográficas e Drenagem Urbana ......................... 62
4.3.6. Características Hidrogeológicas....................................................... 64
4.3.7. Usos e Qualidade da Água ............................................................... 64
4.4. Componentes Regionais do Meio Biótico ........................................... 64
4.4.1. Bioma e Flora e Fauna Associadas ................................................... 64
4.4.2. Áreas Ambientalmente Protegidas ................................................. 65
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4.5. Componentes Locais do Meio Biótico ................................................ 66
4.6. Componentes Regionais do Meio Antrópico ...................................... 68
4.6.1. Indicadores Populacionais e Demográficos ..................................... 68
4.6.2. Condições de vida ............................................................................ 69
4.6.3. Vulnerabilidade Social ..................................................................... 72
4.7. Componentes Locais do Meio Antrópico ........................................... 73
4.7.1. Histórico de Ocupação Local ........................................................... 73
4.7.2. Caracterização do Uso do Solo Atual na Vizinhança ....................... 74
4.7.3. Situação da Infraestrutura na Vizinhança ....................................... 75
4.7.4. Referências Urbanas e Patrimônio Cultural .................................... 77
4.7.5. Situação dos Equipamentos Comunitários na Vizinhança.............. 78
4.7.6. Indicadores de Valor da Terra ......................................................... 80
4.7.7. Zoneamento e Disciplina de Uso do Solo na Vizinhança ................. 80
4.8. Qualidade Ambiental da Paisagem ..................................................... 80
5. ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS NA ÁREA DE VIZINHANÇA ........ 82
5.1. Qualidade Ambiental Quanto ao Clima .............................................. 85
5.1.1. Insolação e Sombreamento ............................................................. 85
5.1.2. Ventilação ........................................................................................ 85
5.2. Qualidade Ambiental Quanto à Situação do Ar e Ambiente Sonoro . 86
5.2.1. Qualidade do Ar ............................................................................... 87
5.2.2. Qualidade do Ambiente Sonoro ..................................................... 88
5.3. Qualidade Ambiental Quanto à Paisagem, Patrimônio Natural e
Cultural e o Uso e Ocupação do Solo ......................................................... 88
5.3.1. Componentes Geotécnicos ............................................................. 89
5.3.2. Qualidade do Solo e das Águas Subterrâneas e Superficiais ........... 90
5.3.3. Áreas Permeáveis, Drenagem, Vegetação e Fauna ......................... 90
5.3.4. Uso e Ocupação do solo .................................................................. 91
5.3.5. Paisagem Urbana e Bens Naturais e Culturais ................................ 91
5.4. Qualidade Ambiental Quanto à Infraestrutura Urbana ...................... 92
5.4.1. Demanda e Apropriação de Infraestrutura de Energia e
Telecomunicações ........................................................................................ 92
5.4.2. Demanda e Apropriação de Infraestrutura de Saneamento
Ambiental ..................................................................................................... 93
5.5. Qualidade Ambiental Quanto à Economia e Valorização Imobiliária . 93
5.5.1. Finanças Municipais ........................................................................ 94
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SUMÁRIO EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS
5.5.2. Valorização Imobiliária .................................................................... 94
5.6. Qualidade Ambiental Quanto à Qualidade de Vida e Adensamento
Populacional ................................................................................................. 94
5.6.1. Adensamento e Fatores Populacionais ........................................... 94
5.6.2. Qualidade de Vida ........................................................................... 95
5.7. Qualidade Ambiental Quanto ao Tráfego e Demanda por Transporte
Público .......................................................................................................... 95
5.8. Compatibilidade à Legislação Urbanistica ......................................... 95
5.9. Síntese ................................................................................................ 95
6. MEDIDAS E PROGRAMAS DE GESTÃO AMBIENTAL ............................... 98
7. EQUIPE TÉCNICA .................................................................................. 103
8. SíNTESE E CONCLUSÕES ...................................................................... 104
LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.
ADA – Área Diretamente Afetada.
AM – Área Municipal.
AV – Área de Vizinhança.
AME – Área em Processo de Monitoramento para Encerramento.
ACI – Área Contaminada sob Investigação.
ACRi – Área Contaminada com Risco Confirmado.
ACRe – Área Contaminada em Processo de Remediação.
ACRu – Área Contaminada em Processo de Reutilização.
AP – Área com Potencial de Contaminação.
AS – Área com Suspeita de Contaminação.
AR – Área Reabilitada para uso Declarado.
CAU – Conselho de Arquitetura e Urbanismo.
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CEPAGRI – Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à
Agricultura.
CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo.
CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica.
CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente.
CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico,
Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo.
CONDEPAV – Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Cultural de
Valinhos.
CRIC – Cartório de Registro de Imóveis de Campinas.
DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica.
DAP – Diâmetro na Altura do Peito.
EIV, EIAV ou EPIV – Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança.
EPI – Equipamento de Proteção Individual.
EPC – Equipamento de Proteção Coletiva.
ETE – Estação de Tratamento de Esgotos.
FEPRAC – Fundo Estadual para Prevenção e Remediação de Áreas
Contaminadas.
IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
IPRS – Índice Paulista de Responsabilidade Social.
IPVS – Índice Paulista de Vulnerabilidade Social.
IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas.
IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano.
ISSQN – Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza.
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SUMÁRIO EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS
LUOPS – Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo.
NM – Nível do mar.
PGRCC – Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil.
PM – Material Particulado.
PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.
PQAr – Padrões de Qualidade do Ar.
PROCONVE – Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos
Automotores.
PROMOT – Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e
Veículos Similares.
RIT – Relatório de Impacto de Trânsito.
RIV ou RIVI – Relatório de Impacto de Vizinhança.
RMC – Região Metropolitana de Campinas.
RRT – Registro de Responsabilidade Técnica.
SEADE – Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados.
SINDUSCON-SP – Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São
Paulo.
SUS – Sistema Único de Saúde.
UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas.
UTM – Universal Transversa de Mercator.
LISTA DE FIGURAS E FOTOS
Figura 2.5-1 – Localização do Empreendimento
Figura 3.1.1-1 – Características do Terreno
Figura 3.1.2-1 – Plantas do empreendimento
Figura 3.1.3-1 – Corte do Empreendimento
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SUMÁRIO EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS
Figura 3.2.2-1- Fluxograma para Avaliação Ambiental de um Imóvel
Figura 4.1-1- Limites das Áreas de Estudo e influência.
Figura 4.2.1-1 – Classificação Climática do Estado de São Paulo
Figura 4.2.1-2 – Distribuição dos Ventos Campinas – Aeroporto
Figura 4.2.2-1 – Qualidade do Ar e Prevenção de Riscos à Saúde
Figura 4.2.3-1 – Mapa Geológico do Estado São Paulo – Recorte Municipal
Figura 4.2.4-1 – Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo – Recorte
Municipal
Figura 4.2.5-1 – Mapa de Hidrografia do Estado de São Paulo e classes de
qualidade das águas – Recorte Municipal
Figura 4.2.5-2 – Mapa de Sub bacias do Estado de São Paulo – Recorte
Municipal
Figura 4.2.6-1 – Unidades Aquíferas de ocorrência no Município
Figura 4.3.5-1 – Hidrografia
Figura 4.4.2-1 – Mapa da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA) Fase
VI – Recorte Municipal
Figura 4.2.2-2 – Mapa de Unidades de Conservação – Recorte Municipal
Figura 4.6.3-1 – Grupos IPVS 2010 – Setores Censitários com mais de 50
Domicílios
Figura 4.7.2-1 – Levantamento do Uso do Solo Atual
Figura 4.7.5-1- Levantamento de Equipamentos e Referências Urbanas
LISTA DE QUADROS E TABELAS
Quadro 3.1.2-1 – Quadro de Áreas e Características do Empreendimento
Quadro 3.1.4-1 – Quadro de Usos do Empreendimento
Quadro 3.2-1 – Quadro de Atividades Componentes e Aspectos Ambientais
do Empreendimento na Fase de Planejamento
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SUMÁRIO EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS
Quadro 3.3-1 – Quadro de Atividades Componentes e Aspectos Ambientais
do Empreendimento na Fase de Construção
Quadro 3.3.2-1 – Armazenamento e destinação de resíduos normalmente
gerados na construção civil – RCC
Quadro 3.4-1 – Quadro de Atividades Componentes e Aspectos Ambientais
do Empreendimento na Fase de Operação
Quadro 4.7.3-1 – Situação dos Equipamentos Urbanos na AV
Quadro 4.7.5-1 Equipamentos Comunitários e Referenciais Urbanos
Quadro 5.9-1 – Síntese dos Impactos identificados e Medidas Recomendadas
Quadro 6-1 – Síntese das Medidas Recomendadas
Quadro 6-2 –Matriz de Impacto Geral – conforme Anexo III – Dec20.633-2019
Tabela-3.1.3-1 – Tabela de Recuos, Cotas de Nível e Altura
Tabela 3.3.2-1 – Níveis D’água do Lençol Freático
Tabela 3.4.1-1 – Distribuição de Gênero do Projeto
Tabela 3.4.6-1 – Consumo Estimado de Água e Geração de Esgotos do Projeto
Tabela 3.4.6-2 – Geração Estimada de Resíduos Sólidos do Projeto
Tabela 4.3.3-1 – Nível de Critério de Avaliação NCA para Ambientes Externos,
em dB (A)
Tabela 4.6.1-1 – Aspectos Demográficos
Tabela 4.6.1-2 – Distribuição da População do Município por Gênero
Tabela 4.6.1-3 – Distribuição da População do Município por Faixa Etária
Tabela 4.6.1-4 – Distribuição da População do Município por Classe de Renda
Tabela 4.6.2-1 - IPRS 2014 – Dimensões Riqueza, Longevidade e Escolaridade
Tabela 4.6.2-2 - Infraestrutura de saúde – Leitos de Internação - 2016
Tabela 4.6.2-3 - Estabelecimentos e Matrículas distribuídas por Ciclo de
Ensino
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SUMÁRIO EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS
Tabela 4.6.2-4 - Indicadores de Saneamento Ambiental – Nível de
Atendimento
Tabela 4.6.3-1 - Déficit Habitacional
Tabela 4.6.3-1 – Nível de Vulnerabilidade da População distribuída por grupo
em percentual
LISTA DE APÊNDICES E ANEXOS
APÊNDICE 01 – Lista de Espécies da Flora e da Fauna Introduzidas e Dispersas
na Área Urbana
APÊNDICE 02 – Relatório Fotográfico
ANEXO 01 – RRT – Registro de Responsabilidade Técnica
ANEXO 02 – Relatório de Impacto no Trânsito - RIT
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INTRODUÇÃO EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 01
1. INTRODUÇÃO
O Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança – EIV é um instrumento de política
urbana previsto no Estatuto das Cidades – Lei Federal 10.257, de 10 de julho
de 2001, artigos 36 a 38.
O EIV deve ser exigido pelos municípios para aqueles empreendimentos com
potencial de causar efeitos positivos e negativos na qualidade de vida da
população residente nas suas proximidades, seja por provocar adensamento
populacional, promover alteração de uso e ocupação do solo, promover
excessiva valorização imobiliária, interferir na ventilação e iluminação de
imóveis vizinhos, por interferir na paisagem urbana, monumentos e
patrimônios da sociedade, gerar tráfego ou por criar demandas por
equipamentos comunitários e sobrecarga a equipamentos urbanos, tais
como rede de água, rede de esgotamento sanitário, de energia elétrica, entre
outros.
Portanto, o EIV não deve ser exigido para quaisquer empreendimentos, pois
é um instrumento de gestão urbana utilizado pelo Município em conjunto a
outros instrumentos a disposição do governo local, como o plano diretor,
disciplina de parcelamento, uso e ocupação do solo, zoneamento especial,
regularização fundiária, etc.
Neste sentido, o EIV permite antecipar as consequências da instalação de
empreendimentos de significativo impacto na vizinhança, garantindo uma
melhor decisão sobre suas condições de projeto a fim de minimizar os efeitos
indesejados e favorecer os impactos positivos coletivos na área de sua
influência, a ponto de não comprometer o equilíbrio da ordem urbanística e
garantir qualidade de vida para as populações atingidas.
Para cumprir os quesitos necessários neste tipo de avaliação foram
sistematizados e analisados dados pertinentes ao território circunscrito às
áreas de estudo definidas para o empreendimento, ou seja, área
diretamente afetada (ADA), área de vizinhança (AV) e área municipal (AM).
Tais informações compõem o Diagnóstico Socioambiental que leva em
consideração o contexto no qual está inserida a propriedade onde se
pretende instalar o empreendimento.
Reconhecidos os aspectos socioambientais relevantes é realizada a avaliação
de impacto ambiental local com a identificação dos impactos significativos
na fase de planejamento, execução da obra e de ocupação do
empreendimento, sendo associadas a eles medidas ambientais que
importem na mitigação, compensação ou potencialização de seus efeitos.
O Estudo de
Impacto de
Vizinhança
é um instrumento
previsto no
Estatuto da
Cidade e no
Plano Diretor
do Município
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INTRODUÇÃO EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 01
1.1.ORGANIZAÇÃO DO RELATÓRIO
O Relatório Técnico de Impacto de Vizinhança apresenta na inicial um
resumo executivo que descreve sucintamente os problemas identificados
com a instalação e funcionamento do empreendimento, bem como seus
efeitos e medidas para minimizar aqueles impactos identificados como
negativos e potencializar os positivos. O Sumário apresenta a identificação
da divisão dos capítulos e seus subitens de modo a facilitar a consulta ao
conteúdo do relatório, que está estruturado conforme descrito a seguir:
Capítulo 1 – Introdução: é realizada uma breve introdução sobre o EIV e os
aspectos do presente relatório, tais como sua estrutura, organização e
limitações;
Capítulo 2 – Informações Gerais: são apresentados os objetivos gerais e
específicos do Relatório Técnico acerca dos Estudos de Impacto de
Vizinhança, identificação dos responsáveis pelo relatório e pelo
empreendimento, indicação do objeto a ser analisado e sua localização, bem
como a legislação e normas aplicáveis;
Capítulo 3 – Caracterização do Empreendimento: é descrito o
empreendimento, considerando seus componentes e os respectivos
aspectos ambientais, ou seja, que possam ter alguma interação com o meio
ambiente da vizinhança;
Capítulo 4 – Diagnóstico Socioambiental da Área de Vizinhança: são
identificadas as áreas de influência e desenvolvido o diagnóstico
socioambiental dirigido aos componentes e fatores ambientais relevantes à
vizinhança, de modo a subsidiar a identificação e avaliação dos impactos
decorrentes do conjunto de ações para a construção da edificação, dos
serviços complementares e dos aspectos gerais relativos à sua ocupação;
Capítulo 5 – Análise dos Impactos Ambientais na Área de Vizinhança: é
procedida a avaliação de impactos na vizinhança do empreendimento,
consideradas suas características e o diagnóstico socioambiental;
Capítulo 6 – Medidas e Programas Recomendados: são indicadas propostas
de medidas com objetivo de mitigar compensar, controlar ou potencializar
os efeitos da ocorrência dos impactos identificados;
Capítulo 7 – Equipe Técnica: é relacionada equipe técnica envolvida;
Capítulo 8 – Síntese e Conclusões: é apresentada uma síntese do relatório e
conclui-se sobre a viabilidade do empreendimento.
EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 15
INTRODUÇÃO EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 01
Ao final são indicadas as referências consultadas e apresentados os
apêndices e anexos pertinentes à avaliação procedida.
1.2.LIMITAÇÕES
Este relatório contou com uma abordagem profissional, usando grau de
destreza e cuidados exigidos pelo tema e foi elaborado por profissionais
comprometidos com a ética e qualidade.
A responsabilidade técnica é aplicável apenas aos fatos e condições descritos
no período de seu desenvolvimento e não se estende a condições ou
consequências originadas de fatos relevantes que possam ter sido
desconhecidos, omitidos ou não totalmente descritos.
É importante ressaltar que as considerações apresentadas ao final são
aplicáveis apenas para os fatos e condições descritos neste relatório.
Esta avaliação foi elaborada a pedido da contratante e restringe-se ao limite
da área utilizada do imóvel para o empreendimento e sua área de vizinhança.
Os fatos descritos estão baseados em documentos e informações prestadas
pelos funcionários e responsáveis da contratante e do projeto do
empreendimento.
A Avaliação de Impacto no Trânsito foi desenvolvida separadamente e é
apresentada como anexo.
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2. INFORMAÇÕES GERAIS
2.1. OBJETIVO GERAL
O objetivo geral do Relatório Técnico acerca do Estudo Prévio de Impacto de
Vizinhança é avaliar empreendimentos com potencial de gerar impactos
significativos nos arredores do local de sua instalação e funcionamento,
notadamente em áreas urbanas, de modo a identificar suas repercussões na
paisagem e na sociedade locais para evitar desequilíbrios no
desenvolvimento urbano, garantir qualidade urbana e a ordem urbanística.
Oferece, ainda, os elementos técnicos necessários para promover a
transparência e a gestão democrática, com participação popular nos
processos de decisão de concessão de licenças para os empreendimentos
sujeitos a avaliação de impacto de vizinhança, nos termos da legislação
municipal aplicável.
2.2.OBJETIVO ESPECÍFICO
O objetivo específico deste Relatório Técnico acerca dos Estudos de Impacto
de Vizinhança do empreendimento, ora em análise, é oferecer subsídios ao
poder público local com elementos complementares à legislação de
parcelamento, uso e ocupação do solo e edilícia para decidir sobre a
concessão de alvará de licença de construção e as condições de sua emissão
para: Construção de Prédio de Comércio e Serviços – CSE I – destinado a
locação de terceiros sem uso definido, situado na Rua Jorge de Figueiredo
Correa esquina com Rua dos Lírios, Chácaras Primavera, do Município de
Campinas, Estado de São Paulo, Brasil.
2.3.METODOLOGIA
Para o desenvolvimento da avaliação de impacto de vizinhança procedida
para o empreendimento, partiu-se do projeto legal de arquitetura e outros
elementos complementares para identificar suas características e os
aspectos ambientais a elas relacionadas.
Para isso, foi desenvolvida uma lista de checagem baseada nos aspectos
ambientais relacionados à tipologia do empreendimento e aplicada uma
interação simplificada e direta com os elementos, componentes ou fatores
ambientais mais relevantes identificados na área de vizinhança.
Esse método permite apresentar uma análise qualitativa de forma simples e
de fácil interpretação dos resultados da avaliação de impacto, sendo
acessível à compreensão do público em geral.
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2.4.IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR
NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO EMPREENDIMENTOS E ADMINISTRAÇÃO
DE BENS PRÓPRIOS LTDA.
CNPJ: 27.273.647/0001-43.
Rua Áurea, 429 – apto. 191 – Vila Mariana
São Paulo /SP - CEP: 04015-070.
Contato: Dr. Paulo Ramalho
Telefone: (11) 4123-1201 / 4123-1093
Endereço eletrônico: [email protected]
2.5.IDENTIFICAÇÃO DA RESPONSABILIDADE TÉCNICA
Fábio Ricardo Figueirinha
Título Profissional: Arquiteto e Urbanista
CAU nº A21631-3
RRT nº 9275023
Arq. e Urb. Fábio Ricardo Figueirinha
Contato:
Arquiteto e Urbanista Fábio Ricardo Figueirinha
Endereço eletrônico: [email protected]
(11) 9-9643-3087
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2.6. JUSTIFICATIVA DO EMPREENDIMENTO
O Empreendedor é uma sociedade jurídica limitada que atua na construção
e administração de bens próprios.
A localização da área, a configuração geométrica do terreno, a legislação
pertinente de uso e ocupação do solo associada às condições atuais do
mercado, apontaram para a construção do empreendimento na
conformação proposta, de modo a atender a demanda por novas unidades
de comércio e serviços, em atividades a serem desenvolvidas por terceiros por
meio da oferta do imóvel para locações individuais.
2.7.OBJETO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO
O objeto da avaliação prévia de impacto ambiental na vizinhança é a
Construção de Prédio de Comércio e Serviços – CSE I – destinado a locação
de terceiros sem uso definido, num terreno situado no Perímetro Urbano do
Município de Campinas, Estado de São Paulo.
2.8.LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
Localização: Rua Jorge de Figueiredo Correa esquina com Rua dos Lírios –
Chácaras Primavera – Campinas – SP – CEP 13.087-490.
Coordenadas UTM SIRGAS 2000 23 K: 289.980 E x 7.470.715 S
Altitude média do terreno: 698 m NM.
Figura 2.5-1 – Localização do Empreendimento.
Fonte: Google Earth. Data da Imagem 09-02-2020.
Estado de São Paulo- BR
Região Metropolitana de Campinas
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2.9.CRONOGRAMA DE OBRAS E INVESTIMENTO
O empreendimento está previsto para ser realizado em uma única etapa de
construção num prazo de 3 meses. O valor do investimento foi estimado em
R$ 3,5 milhões (Sinduscon-SP CUB CSL-8N – Dez-19) e serão financiados por
recursos próprios da empresa.
2.10. COMPATIBILIDADE COM A LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
Neste subitem é apresentada uma análise sobre leis e regulamentos, bem
como outros documentos pertinentes com objetivo de verificar a
compatibilidade do empreendimento com a legislação ambiental e
urbanística aplicável.
2.10.1.Plano Diretor e Legislação Urbanística
O Plano Diretor abrange a totalidade do território, é o instrumento básico da
política de desenvolvimento urbano do Município e desta forma integra o
processo de planejamento municipal.
O Plano Diretor de Campinas, aprovado pela Lei Complementar nº 189-2018,
e suas alterações, segue os preceitos da Constituição Federal, do Estatuto da
Cidade e da Lei Orgânica do Município.
O Plano Diretor dividiu o Município nas seguintes Macrozonas: I –
Macrometropolitana, II – de Estruturação Urbana, III – de Desenvolvimento
Ordenado e IV – de Relevância Ambiental (artigo 5º).
A seguir são apresentadas as características e diretrizes estabelecidas para a
macrozona onde se localiza o empreendimento, ou seja, de Estruturação
Urbana:
“abrange região situada integralmente no perímetro urbano, possui áreas
reconhecidamente consolidadas e outras em fase de consolidação” (art. 5º,
inciso II).
Segundo a Lei Complementar nº 208-2018 e suas alterações (Uso e Ocupação
do Solo):
A) As Tipologias de ocupação são classificados em categorias: HU –
Habitação Unifamiliar; HM – Habitação Multifamiliar, sendo HMH –
Habitação Multifamiliar Horizontal e HMV – Habitação Multifamiliar
Vertical; CSEI – Não Habitacional (comércio, serviço, institucional e/ou
industrial); HCSEI – Mista (habitação, comércio, serviço, institucional
e/ou industrial).
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INFORMAÇÕES GERAIS
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B) Na ZM1 são permitidas: HU, HMH, HMV, CSEI e HCSEI.
Nota: o empreendimento é classificado como CSEI e está situado em ZM1
C) Classifica o território em zonas de uso e ocupação do solo: Residencial;
Mista 1; Mista 2; Mista 4; Centralidade 2; Centralidade 4; de Atividade
Econômica A; de Atividade Econômica B.
Como o imóvel está localizado na ZM1 é reproduzida a seguir sua
característica:
“zona residencial de baixa densidade habitacional, com mescla de usos residencial, misto e não residencial de baixa e média incomodidade compatíveis com o uso residencial e adequados à hierarquização viária, observado que:
a) o CA min será equivalente a 0,25 (vinte e cinco centésimos); e
b) o CA max será equivalente a 1,0 (um).”
D) A categoria CSEI em ZM1 deve obedecer aos seguintes parâmetros:
a. Altura máxima de 23 metros;
b. Afastamentos de
i. Para a divisa de fundo, 6,0 m para alturas maiores que
10 metros e menores que 58,00m. Acima disso, aplicar a
fórmula Af >= 6 + [(h-58)/2,6] x 0,35;
ii. Para as divisas laterais, 3,00 m para alturas maiores que
10 metros e menores que 37,00m. Acima disso, aplicar a
fórmula Af >= 3 + [(h-37)/2,6] x 0,35;
iii. Frontal e fundos, 5,00m para alturas menores ou igual a
100 metros. Acima disso, aplicar a fórmula RF >= 5 + [(h-
100)/2,6] x 0,35;
iv. Para divisas laterais, 2,00m para alturas menor ou igual
a 80 metros. Acima disso, aplicar a fórmula RL >= 2 +
[(h-80)/2,6] x 0,35;
c. CSEI só poderá se instalar em lotes com área entre 200,00 e 10
mil m2 e testadas mínima de 8,00 metros;
d. Taxa de Permeabilidade – TP mínima de 0,1. Em imóveis com
área superior a 5 mil m2 TP mínima é 0,2;
e. Permeabilidade Visual de 2/3 do fechamento da testada.
2.10.2.Estudo de Impacto de Vizinhança
O EIV-RIV está previsto no Plano Diretor (art. 86, alínea h, Art. 100 a 107).
“Art. 100. A construção, ampliação, instalação, modificação e operação de empreendimentos, atividades e intervenções urbanísticas, públicas ou privadas, causadoras de impactos urbanos, socioeconômicos e culturais e de incomodidades à vizinhança estarão sujeitos à avaliação do Estudo de Impacto de Vizinhança e seu respectivo Relatório de Impacto de Vizinhança (EIV/RIV), instituídos em lei.
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EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 02
Art. 101. Estão sujeitas à elaboração do (EIV), para aprovação dos respectivos projetos, as obras de médio e alto impacto, cujos critérios serão definidos em lei específica.
Art. 102. O EIV/RIV deverá contemplar a análise dos efeitos positivos e negativos do empreendimento ou atividade na qualidade de vida da população residente ou usuária da vizinhança.
Art. 103. Os resultados do EIV serão apresentados por meio do seu RIV, que deverá ter linguagem adequada e acessível à compreensão de todos os segmentos sociais.
Art. 104. O EIV/RIV tem por objetivos:
I - definir medidas mitigadoras e compensatórias em relação aos impactos negativos de empreendimentos, atividades e intervenções urbanísticas;
II - definir medidas intensificadoras em relação aos impactos positivos de empreendimentos, atividades e intervenções urbanísticas;
III - orientar a realização de adaptações ao projeto de aprovação dos empreendimentos de impacto, de forma a adequá-los às características urbanísticas, ambientais, culturais e socioeconômicas locais;
IV - assegurar a utilização adequada e sustentável dos recursos ambientais, culturais, urbanos e humanos;
V - subsidiar processos de tomada de decisão relativos à aprovação de empreendimentos de impacto;
VI - contribuir para a garantia de boas condições de saúde e segurança da população;
VII - evitar mudanças irreversíveis e danos graves ao meio ambiente, às atividades culturais e ao espaço urbano;
VIII - subsidiar o processo de gestão do sistema municipal de planejamento.
Art. 105. O EIV/RIV analisará os efeitos positivos e negativos do novo empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população, contemplando pelo menos os seguintes aspectos:
I - o adensamento populacional;
II - as demandas por serviços, equipamentos e infraestruturas urbanas e comunitárias;
III - as alterações no uso e ocupação do solo e seus efeitos na estrutura urbana;
IV - os efeitos da valorização ou desvalorização imobiliária da vizinhança;
V - a geração de tráfego e de demandas por melhorias e complementações nos sistemas de transporte coletivo;
VI - os efeitos da volumetria do empreendimento e das intervenções urbanísticas propostas em sua relação com as vias e logradouros públicos, sobre a ventilação, iluminação, paisagem urbana, segurança, recursos naturais e patrimônios históricos e culturais da vizinhança;
VII - presença de risco à segurança pública;
VIII - incomodidade decorrente de emissão de ruídos, vibração, odores e particulados.
Art. 106. O EIV/RIV deverá ser elaborado por equipe técnica devidamente habilitada, contratada às expensas e sob a responsabilidade do interessado.
Art. 107. O EIV/RIV não substitui o licenciamento ambiental e nem a elaboração de Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental - EIA/RIMA.
,,,”
A Lei e Parcelamento e Uso o Solo também prevê o EIV-RIV (Art. 162 a 170)
dos quais se destaca:
“...
Art. 169. A elaboração de EIV/RIV é obrigatória para o licenciamento dos empreendimentos e atividades abaixo relacionados:
I - obra nova e regularização:
a) para a tipologia HMV-BG, independentemente da quantidade de unidades;
b) HMH, HMV e HCSEI com mais de 200 (duzentas) unidades, incluindo-se a de interesse social;
II - obra nova e regularização para as tipologias CSEI, CSEI-A-BG, CSEI-B-BG, HCSEI, HCSEI-A-BG e HCSEI-B-BG:
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a) na ZR, ZM1, ZM1-A-BG, ZM1-B-BG e ZM1-C-BG, para edificações com área construída total maior ou igual a 1.500,00m² (mil e quinhentos metros quadrados);
b) na ZM2, ZM4, ZC2, ZC4, ZAE-A-BG e ZAE-C-BG, para edificações com área construída total maior ou igual a 2.500,00m² (dois mil e quinhentos metros quadrados).
III - ampliação e regularização de qualquer tipologia, exceto HU:
a) na ZR, ZM1, ZM1-A-BG, ZM1-B-BG e ZM1-C-BG, com área maior ou igual a 1.500,00m² (mil e quinhentos metros quadrados) ou 50% (cinquenta por cento) da área construída aprovada originalmente, desde que o total geral seja maior ou igual a 1.500,00m² (mil e quinhentos metros quadrados);
b) na ZM2, ZM4, ZC2, ZC4, ZAE-A, ZAE-B, ZAE-A-BG e ZAE-C-BG, com área maior ou igual a 2.500,00m² (dois mil e quinhentos metros quadrados) ou 50% (cinquenta por cento) da área construída aprovada originalmente, desde que o total geral seja maior ou igual a 2.500,00m² (dois mil e quinhentos metros quadrados);
c) para habitação multifamiliar, 15% (quinze por cento) da quantidade de unidades habitacionais aprovadas originalmente, desde que o total geral seja maior que 200 (duzentas) unidades;
IV - creches, escolas de ensino infantil, fundamental, médio, faculdades e universidades;
V - locais de eventos com capacidade superior a 250 (duzentas e cinquenta) pessoas;
VI - atividades geradoras de ruídos noturnos;
VII - locais de culto religioso;
VIII - aumento de capacidade de público, com ou sem aumento de área construída, em cem pessoas ou 15% (quinze por cento) da lotação já autorizada;
IX - mudança de uso do Loteamento de Interesse Social Unifamiliar para Loteamento de Interesse Social Multifamiliar;
X - projetos previstos nas áreas potenciais para grandes empreendimentos, nos termos do art. 29 do Plano Diretor Estratégico;
XI - Loteamentos Não Residenciais situados nas Zonas de Atividade Econômica A e B;
XII - os casos previstos no § 4º do art. 19, no parágrafo único do art. 86 e no parágrafo único do art. 87 desta Lei Complementar.
§ 1º Para efeito da aplicação deste artigo, entende-se por área construída aprovada original aquela que possui Certificado de Conclusão de Obra ou Alvará de Aprovação emitido até a promulgação desta Lei Complementar.
§ 2º Quando a somatória da área construída das ampliações sequenciais autorizadas após a vigência desta Lei Complementar que não foram objeto de EIV/RIV atingir os limites estabelecidos no inciso III do caput deste artigo, deverá ser apresentado Estudo de Impacto de Vizinhança.
§ 3º A área construída total relacionada ao último EIV/RIV aprovado será considerada como área construída aprovada originalmente.
§ 4º Para os efeitos do inciso VI deste artigo, consideram-se atividades geradoras de ruído noturno aquelas descritas abaixo:
I - discotecas, casas noturnas ou congêneres, que operem em horário especial, nos termos de legislação específica;
II - casas de shows, espetáculos ou eventos.
...”
A exigibilidade e elaboração e apresentação do EIV-RIV seguem critérios
definidos pelo Decreto 20.633-2019. Dentre seus dispositivos destacam-se:
“...
Art. 2º Definições...
I - adensamento populacional: acréscimo populacional provocado pela implantação ou ampliação do empreendimento ou atividade econômica;
II - área de influência: região que sofrerá os impactos positivos e/ou negativos causados pela implantação do empreendimento ou atividade econômica que deverá ser delimitada utilizando-se referências físicas ou naturais como
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sistema viário, ferrovias, hidrografia, área de proteção permanente, entre outros, dividindo-se em:
a) Área de Influência Direta - AID: área que recebe influência direta gerada pela implantação do empreendimento ou atividade econômica, caracterizada principalmente pelos lotes e quarteirões confrontantes ao imóvel objeto do Estudo de Impacto de Vizinhança;
b) Área de Influência Indireta - AII: área afetada indiretamente pelos impactos causados pela implantação do empreendimento ou atividade econômica.
III - Impacto de Trânsito: repercussão ou interferência gerada pela implantação do empreendimento e/ou instalação de uma atividade comercial, serviço, industrial ou institucional sobre a vizinhança que geram grande afluxo de população e conflitos na circulação de pedestres e veículos;
IV - Impacto de Vizinhança: repercussão ou interferência gerada pela implantação do empreendimento e/ou instalação de uma atividade comercial, serviço, industrial ou institucional sobre a vizinhança do ponto de vista social-econômico, mobilidade e ambiental como: paisagem urbana, valorização ou desvalorização imobiliária, alterações na dinâmica de uso e ocupação do solo, movimentação de pessoas e mercadorias, capacidade da infraestrutura, serviços públicos disponíveis, recursos naturais e culturais, capacidade do sistema viário, e congêneres;
V - Matriz de Identificação: compreende as informações básicas sobre o imóvel, responsáveis técnicos, características do empreendimento e/ou atividades, delimitação e caracterização da vizinhança e as conclusões sobre os impactos positivos e negativos decorrentes da implantação do empreendimento;
VI - Medidas Mitigadoras e/ou compensatórias: compreendem as ações e atividades propostas com a finalidade de compensar e atenuar impactos negativos, podendo ser divididas em intervenções essenciais e complementares, nos termos do § 1º do art. 164 da Lei Complementar nº 208, de 20 de dezembro de 2018;
VII - Medidas Potencializadoras: compreendem as ações e atividades propostas para otimizar e/ou ampliar os efeitos dos impactos positivos;
VIII - Relatório de Impacto de Trânsito - RIT: estudo de geração/atração de viagens do empreendimento ou atividade econômica feito a partir de modelos teóricos reconhecidos em bibliografias sobre o assunto, podendo também ser feito a partir de pesquisas sobre empreendimentos similares existentes na região onde será implantado, utilizando, portanto, dados concretos e atualizados;
IX - Serviço Público: serviço executado de forma centralizada (pela Administração Pública) ou descentralizada (por seus agentes autorizados) destinado ao atendimento da população em geral, a fim de suprir as necessidades dos cidadãos, tais como: coleta, destinação e tratamento dos resíduos sólidos, transporte público, serviços médicos e hospitalares, iluminação pública, fornecimento de água potável, coleta, afastamento e tratamento de esgoto, distribuição de energia elétrica, serviço de telecomunicações, fornecimento de gás canalizado e congêneres;
X - Volume de Tráfego - VT: volumes veiculares nas intersecções críticas na área de influência direta do empreendimento ou atividade econômica,
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elaborados por meio de contagens de tráfego de veículos e pedestres, considerando os movimentos veiculares, feitas nos horários de pico do empreendimento, em dias comuns, excluindo-se datas atípicas como férias escolares, feriados, entre outros;
XI - Utilização Conjunta: quando uma mesma atividade econômica ocupar mais de um lote ou gleba;
XII - Parecer Consultivo: forma de manifestação das demais Secretarias e Autarquias Municipais para subsidiar e complementar a obtenção de dados e informações para a validação da análise do EIV/RIV;
XIII - Parecer Técnico: documento no qual é apresentada a análise com as justificativas do EIV/RIV, descrevendo toda a situação ou motivos que determinarão as medidas mitigadoras e/ou compensatórias e as medidas potencializadoras, bem como a indicação das alternativas existentes ou não à sua solução;
XIV - Parecer Conclusivo: documento que deverá conter as informações e a conclusão acerca da inviabilidade ou viabilidade do projeto e, nesse caso, as medidas mitigadoras, compensatórias e potencializadoras que deverão ser executadas pelo empreendedor como condição para expedição de licença ou autorização solicitada e consequente elaboração do Termo de Acordo e Compromisso ou Decreto de aprovação.
...”
2.10.3.Normas para Intervenção sobre Vegetação
Como no imóvel objeto desta avaliação não há presença de vegetação, seja
arbórea, arbustiva ou forrageira, julga-se dispensável a apresentação da
legislação pertinente ao tema.
2.10.4.Normas para Movimento de Terra e Manejo dos Resíduos da
Construção
A movimentação de terra ou serviço de terraplenagem consiste na execução
de corte ou aterro com solo do próprio local ou proveniente de jazidas
externas, bem como a destinação de solo para bota-fora. Essa atividade está
sujeita ao controle municipal, notadamente regulada no respectivo Código
de Projetos, Obras e Edificações (Lei Complementar 09-2003) e leis afins.
Segundo a legislação municipal, o movimento e terra é permitido para
implantação de subsolos visando o nivelar o acesso ao prédio a partir do
logradouro, sendo aprovados vinculados à edificação. A terraplenagem deve
ser feita com controle tecnológico, a fim de assegurar: estabilidade do
terreno, prevenir erosão e garantir a segurança imóveis e logradouros
limítrofes. Quando em aterro, se alcançar altura superior a 9 metros deve ser
afastado as divisas em 3 metros.
Complementarmente, os cuidados necessários para o manejo do solo e a
correta destinação também é alvo da política de resíduos da construção.
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Assim, o manejo do solo de bota-fora e os demais resíduos gerados na obra
devem ser objeto de Plano de Gerenciamento de Resíduos de Demolição e
Construção - PGRCC.
No âmbito nacional a gestão dos resíduos da construção civil é estabelecida
pela Resolução CONAMA 307, de 5 de julho de 2002, e suas alterações. Os
resíduos são classificados em:
1- Classe A: são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais
como:
a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de
outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de
terraplanagem;
b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações:
componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.),
argamassa e concreto;
c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em
concreto (blocos, tubos, meio fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;
2- Classe B: são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como:
plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras e gesso;
3- Classe C: são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas
tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua
reciclagem ou recuperação;
4- Classe D: são resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais
como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou
prejudiciais à saúde, oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas
radiológicas, instalações industriais e outros; bem como telhas e demais
objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos à
saúde.
A responsabilidade pelo correto gerenciamento e destinação dos resíduos é
do gerador, sendo o Município corresponsável pela gestão no seu território.
Para isso torna obrigatório por parte do Município a elaboração do Plano
Municipal de Gestão de Resíduos da Construção Civil, que entre outras
medidas, deve responsabilizar-se pela gestão de pequenos geradores, com a
indicação de áreas aptas ao recebimento, triagem e armazenamento
temporário de pequenos volumes de resíduos.
O PGRCC foi
instituído
nacionalmente
pela Resolução
CONAMA 307/02.
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Aos grandes geradores estabelece como forma de apropriação da gestão dos
resíduos da construção, a obrigatoriedade de elaborar e submeter aos
municípios ou órgãos de licenciamento ambiental o Plano de Gerenciamento
de Resíduos da Construção Civil – PGRCC, que devem contemplar as etapas
de: caracterização, triagem, acondicionamento, transporte e destinação
segura.
2.10.5.Normas sobre Riscos Geológicos e Áreas Contaminadas
A regulação de parcelamentos do solo para fins urbanos feita pela Lei Federal
6.766, de 19 de dezembro de 1979, estabelece que não é permitido: o
parcelamento do solo em terrenos que sejam alagadiços, sujeitos a
inundação, sem assegurar o escoamento das águas pluviais; em terrenos que
tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem que sejam
previamente saneados; em terrenos com declividade igual ou superior a
30%, salvo se atendidas condições específicas das autoridades; em terrenos
onde as condições geológicas não aconselham a edificação e; em áreas de
preservação ecológica ou naquelas onde a poluição impeça condições
sanitárias suportáveis até sua correção.
No tocante à proteção da qualidade do solo e ao gerenciamento de áreas
contaminadas há no Estado de São Paulo disposições legais estabelecidas
pela Lei Estadual nº 13.577, de 08 de julho de 2009. A referida Lei foi
regulamentada pelos seguintes decretos estaduais: 54.544, de 8 de julho de
2009, que regulamentou a compensação ambiental, por parte de
empreendimentos com atividade potencial de contaminação, para o Fundo
Estadual para Prevenção e Remediação de Áreas Contaminadas – FEPRAC;
59.263, de 5 de junho de 2013, que regulamentou a lei de forma geral.
A legislação citada fixa os valores padrões de referência de qualidade, de
prevenção e de intervenção estabelecidos pela CETESB como orientadores
para identificação e gerenciamento de áreas contaminadas. Classifica as
áreas em: com potencial de contaminação (AP), com suspeita de
contaminação (AS), contaminada sob investigação (ACI), contaminada com
risco confirmado (ACRi), contaminada em processo de remediação (ACRe),
contaminada em processo de reutilização (ACRu), área em processo de
monitoramento para encerramento (AME), reabilitada para uso declarado
(AR).
2.10.6.Regras para o Saneamento Predial - Água, Esgoto, Drenagem
e Resíduos Sólidos
O Código de Edificações dispõe também sobre regras de conduta e orienta a
instalação de alguns equipamentos urbanos e prediais. Entre outras
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medidas: Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário, Escoamento de
águas pluviais e disposição de resíduos sólidos.
Para minimizar as vazões de contribuição ao sistema público de drenagem é
previsto como instrumento de gestão da drenagem urbana, nas regiões
metropolitanas do Estado de São Paulo, a detenção provisória de águas
pluviais conforme as orientações contidas na Lei Estadual nº 12.526, de 2 de
janeiro de 2007. Pela lei é obrigatória implantação de sistema para a
captação e detenção de águas pluviais, coletadas por telhados, coberturas,
terraços e pavimentos descobertos, em lotes, edificados ou não, que tenham
área impermeabilizada superior a 500 m² (quinhentos metros quadrados).
Para o dimensionamento do reservatório deve ser seguida a expressão:
V = TP x Ai x IP x t, Onde:
TP: Taxa de permeabilidade (15%); Ai: Área impermeabilizada em m²;
IP: Índice pluviométrico igual a 0,06m/h; t: Tempo de duração da chuva igual
a 1 (uma) hora.
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CARACTERIZAÇÃO
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3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
Neste capítulo é feita a caracterização do empreendimento, com a definição
de sua tipologia, porte e usos previstos. É apresentado o contexto no qual
está inserido, além de um resumo das suas características imobiliárias e
construtivas. São, ainda, identificadas as atividades componentes do
conjunto predial e seus aspectos ambientais.
A seguir as atividades e aspectos ambientais são apresentados divididos em
3 fases distintas: Planejamento; Construção e Instalação; Operação.
3.1.CARACTERIZAÇÃO GERAL DO EMPREENDIMENTO
O empreendimento proposto está classificado como empreendimento
comercial (comércio e serviços) – categoria CSE I – sendo sua característica
principal a destinação para locação, o que denota não haver usos definidos.
3.1.1.Características Imobiliárias
O imóvel objeto do empreendimento está registrado conforme demonstrado
a seguir:
- 2º Cartório de Registro de Imóveis de Campinas: matrículas nºs 31.875 e
31.876 (em áreas ainda não anexadas);
- Prefeitura: Códigos Cartográficos nºs. 3263.21.92.0261.01001 e
3263.21.92.0240.01001 (em áreas ainda não anexadas).
- A área utilizada do terreno corresponde a 2.208,00 m2.
Fases do
Empreendimento:
1 - Planejamento
2 – Construção e
Instalação
3 - Operação
Figura 3.1.1-1 – Características do Terreno.
Fonte: Projeto do empreendimento.
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3.1.2. Características Construtivas
O empreendimento consiste na construção dos elementos construtivos
demonstrados a seguir:
Quadro 3.1.2-1 – Quadro de Áreas e Características do Empreendimento.
Fonte: Projeto Legal do Empreendimento.
DESCRIÇÃO
Imóvel Utilizado 2.208,00 m2
DESCRIÇÃO
Pavimento Subsolo 1.122,82 m2
Pavimento Térreo 795,48 m2
Pavimento Superior 571,73 m2
Total da Área Construída 2.490,03 m2
Taxa de Ocupação calculada 36,03 %
Coeficiente de Aproveitamento calculado 0,62 adimensional
Área Permeável Vegetada 305,33 m2
Área Permeável Total 305,33 m2
Percentual de Área Permeável 13,83 %
Área Impermeável 1.902,67 m2
Retenção de Águas Pluviais 17,12 m3
Volume de Movimento de Terra EM CORTE EM ATERRO 464,10 m3
464,1 0
Volume de Bota Fora 464,10 m3
Demolição de Edificações Existentes não há m2
ÁREA DO TERRENO
ÁREAS / VOLUMES
Planta do Pavimento Térreo
Figura 3.1.2-1 – Plantas do empreendimento.
Fonte: Projeto do empreendimento.
Planta do Superior
Planta do Subsolo
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O detalhamento sobre o acesso e quadro de vagas de estacionamento do
condomínio pode ser consultado no Relatório de Impacto no Trânsito – RIT.
3.1.3.Volumetria, Afastamentos e Gabarito
O empreendimento é composto por 3 prédios, sendo:
Prédio Principal com 2 Pavimentos, Prédio Secundário 1 (térreo) e Prédio
Secundário 2 (térreo), além de subsolo de estacionamento.
Para este subitem foram considerados: os menores afastamentos da
edificação projetada em relação a seu alinhamento e às divisas do imóvel; a
altura medida entre o nível do pavimento térreo até a cobertura.
Tabela 3.1.3-1 – Tabela de Recuos, Cotas de Nível e Altura
Fonte: Projeto Legal do Empreendimento.
PAVIMENTO
DESCRIÇÃOFRONTAL
R. JFC
LATERAL
ESQUERDA
LATERAL
R. dos LiriosFUNDO ALTURA INCIAL FINAL
Subsolo 6,08 2,39 2,00 5,95 -3,27 697,23 700,50
Térreo 6,08 2,39 2,00 5,95 3,25 700,40 NÍVEL TÉRREO (RUA)
Pav. Superior 6,08 2,39 16,52 5,95 6,40 703,65 706,80
RECUOS E ALTURA (m)
(1) Altura desde o subsolo até a cobertura é igual a 9,57 m
COTAS DE NÍVEL DO PISO
Corte A
Corte B
Figura -3.1.3-1 – Corte do empreendimento.
Fonte: projeto legal do empreendimento.
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3.1.4.Características de Usos do Projeto
Quadro 3.1.4-1 – Quadro de Usos do Empreendimento.
Fonte: Projeto Legal do Empreendimento.
3.1.5.Horário de Funcionamento
Como o empreendimento é destinado para locação comercial, não há um
horário preestabelecido. Pela característica construtiva há possibilidade de
locar o conjunto predial para um único locatário ou até 4 locatários, sendo 1
ou 2 para o prédio principal e 1 para cada um dos prédios secundários.
Assim, o horário de funcionamento dependerá dos estabelecimentos que
serão instalados após locação. Espera-se que sigam o horário comercial, que
normalmente varia conforme a seguinte faixa horária, em razão de sua
tipologia: das 08h00 às 22h00.
DESCRIÇÃO
Hall de acesso elevador
Elevador
Piso livre para locação - Prédio 2 161,28 m2
Piso livre para locação - Prédio 3 58,02 m2
Hall de acesso elevador
Elevador
Escada
Piso livre para locação - Prédio principal
USOS POR PAVIMENTO
Hall de acesso elevador
Escada
Acesso e saída de veículos pela Rua dos Lírios
ElevadorSubsolo
USO ÁREA CONSTRUÍDA
Estacionamento de Veículos
USO
Térreo
Piso livre para locação - Prédio principal
Superior571,73 m2
Escada
USO ÁREA CONSTRUÍDA
576,18 m2
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3.2.ATIVIDADES COMPONENTES DO EMPREENDIMENTO E SEUS
ASPECTOS AMBIENTAIS NA FASE DE PLANEJAMENTO
Para a fase de planejamento e comercialização do empreendimento são
verificados os itens a seguir relacionados:
Quadro 3.2-1 – Quadro de Atividades Componentes e
Aspectos Ambientais do Empreendimento na Fase de Planejamento.
3.2.1.Identificação de Demanda e Seleção da Área
A identificação da demanda surge da necessidade da empresa em investir em
novos negócios a fim de ampliar seus investimentos e rendimentos na
administração de bens próprios.
A seleção o imóvel pode ser a partir da formação pela obtenção de glebas ou
lotes com dimensões capazes de abrigar o produto a ser desenvolvido,
podendo ou não ser desdobrado ou, por meio da compra de terrenos por
formação, ou seja, aquisição de lotes menores adjacentes compondo uma
área maior. A área objeto do projeto proposto se enquadra na primeira
opção (embora seja constituído originalmente por dois lotes menores, na
prática já abrigava uso único anterior de estacionamento).
Neste sentido, a configuração e dimensões do terreno e as características da
localização, permitem adequação do conceito desejado no projeto.
3.2.2.Condições do Projeto
O projeto apresenta um conceito de produto que é adaptado e desenvolvido
para o local a partir de um programa de necessidades específico para o
atendimento de demandas da empresa, observados critérios baseados do
mercado de locação comercial.
Em geral o desenvolvimento do projeto busca aproveitamento máximo do
terreno, mas respeitando os limites da legislação aplicável e a viabilidade
econômica. Deste modo, o cuidado no desenvolvimento do projeto para
diminuir ou eliminar incertezas e riscos é primordial. Neste sentido, os
aspectos ambientais relacionados à etapa de projeto são apresentados a
seguir.
ATIVIDADES COMPONENTES DO PROJETO E ASPECTOS AMBIENTAIS NA FASE DE PLANEJAMENTO
Identificação de demanda e seleção de áreas
Condições de projeto - situação jurídica, adequação geométrica do imóvel e Potencial de contaminação
Infraestrutura interna - projetos de instalações, manejo dos resíduos, componentes construtivos, instalação
provisória do canteiro de obras
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SITUAÇÃO JURÍDICA DA PROPRIEDADE
Eventuais problemas jurídicos de propriedade da terra devem ser corrigidos
nesta ocasião a fim de eliminar riscos na aprovação de projetos, na emissão
de alvarás e no seu registro. Os problemas mais comuns são terras adquiridas
em situação de inventário, medidas de dimensões ou áreas diferentes entre
o real e escritura do imóvel acima de limites aceitáveis legalmente, registros
hipotecários ou fiduciários, ocupações irregulares da propriedade, invasões
de terra, litígios com vizinhos, entre outros.
Para o empreendimento não foi identificado qualquer problema mais grave
relacionado a esse aspecto. Apenas a necessidade de atualização da
documentação cadastral imobiliária cartorial,
em razão da formação do terreno a partir de
mais de uma propriedade.
ADEQUAÇÃO ÀS CARACTERÍSTICAS
GEOMÉTRICAS DO TERRENO
A tipologia do projeto empregada refere-se à
edificação de estabelecimento de comércio e
serviços, com uma taxa de ocupação intensiva.
A adaptação da locação do prédio possibilita a
obediência dos recuos obrigatórios, o
desenvolvimento do melhor projeto
arquitetônico e a circulação dos veículos para
embarque e desembarque dos produtos, bem
como dos clientes.
No presente caso, não houve supressão de
vegetação e a área existente já se encontra
totalmente demolida, conforme alvarás
expedidos pela prefeitura.
IDENTIFICAÇÃO DO POTENCIAL DE
CONTAMINAÇÃO DO IMÓVEL
É possível destacar duas vertentes distintas em
relação ao potencial de contaminação. A
primeira se refere às atividades componentes
da construção que sejam caracterizadas como
potencialmente geradoras de agentes que
possam causar contaminação do solo e das
águas. A segunda se refere à identificação de
Figura 3.2.2-1- Fluxograma para
Avaliação Ambiental de um Imóvel. Fonte: CETESB
LEVANTAMENTO
DE
INFORMAÇÃO
DOCUMENTAL
ENTREVISTAS
HÁ
SUSPEITA OU
INDÍCIOS
DE
CONTAMINAÇÃO
ANÁLISE
DOS
DADOS
INVESTIGAÇÃO
CONFIRMATÓRIA
A ÁREA
É
CONTAMINADA
ADOTAR OS
PROCEDIMENTOS
DA CETESB
INSPEÇÃO
DE
CAMPO
OBTENÇÃO DE
LICENÇAS E
ALVARÁS
GERENCIAMENTO
NO CANTEIRO
DE OBRAS
NÃO
NÃO
SIM
SIM
Figura 1 - Fluxograma para Avaliação de um Imóvel
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potencial de contaminação existente no sítio que será objeto de trabalho e
uso futuro. Essa contaminação pode estar nos materiais construtivos
existentes ou presentes no solo e nas águas subterrâneas, e podem gerar
uma situação de risco ou perigo para o trabalhador, vizinhança ou futuros
moradores. Este segundo ponto é tratado neste item.
O fluxograma apresentado na figura 3.2.2-1 demonstra as etapas básicas
para a avaliação do potencial de contaminação de um imóvel e indica as
ações que devem ser tomadas para evitar quaisquer problemas ambientais
e legais em caso de indícios de contaminação do solo ou da água
subterrânea.
Para avaliação específica do imóvel utilizado, não foi identificado potencial
de contaminação. Pesquisado o seu histórico por meio da matrícula
imobiliária, consulta ao empreendedor e moradores vizinhos, não se
identificou uso do sítio por atividade com potencial de contaminação. Isso
feito, não se identificou registro que o local tenha sido objeto de aterro ou
de deposição irregular de resíduos ou materiais noviços ao meio ambiente.
Também não foi identificado que o lote tenha sido sede de empresas
industriais, posto de combustível, de reciclagem, entre outros. Em consulta a
sondagem geotécnica realizada no local, pela Engestrauss Engenharia e
Fundações Ltda., em maio de 2019, pôde-se verificar que o perfil do terreno
se apresenta em solo natural e pequena camada de aterro de solo, livre de
entulhos. Em pesquisa à Lista de Áreas Contaminadas da CETESB, de 2018,
foram identificadas como mais próximas do imóvel 1 área em processo de
remediação, 2 áreas sob investigação e 1 área em processo de reutilização,
sendo que todas estão há mais e 500 metros de distância do futuro
empreendimento.
3.2.3.Planejamento e Projeto de Infraestrutura Interna
PROJETOS DE INSTALAÇÕES
A construção de edifícios de qualquer natureza implica necessariamente na
previsão de infraestrutura interna para garantir seu bom funcionamento.
Neste sentido, deverão ser elaborados os projetos executivos específicos,
adaptados ao projeto arquitetônico: captação e escoamento de águas
pluviais e de drenagem, redes de água, de esgotos, de gás, eletricidade e
iluminação, coleta, armazenagem e destinação de resíduos entre outros.
O projeto executivo de drenagem deve observar a localização dos pontos
mais favoráveis para o lançamento das águas pluviais no meio fio, de modo
a não sobrecarregar a sarjeta na rede pública e diminuir a energia do fluxo
d’água no ponto de despejo.
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PLANEJAMENTO DO MANEJO E DESTINO DO LIXO DOMICILIAR
Um dos aspectos ambientais de relevância em edificações comerciais que
deve ser considerado no seu planejamento e projeto é a coleta,
acondicionamento e disposição correta do lixo comum e dos demais resíduos
recicláveis. Deve-se, inclusive, considerar a implantação de programa de
coleta seletiva e reciclagem. Isso permite que as instalações sejam projetadas
adequadas ao correto funcionamento das atividades de coleta seletiva. A
previsão da possibilidade da coleta seletiva exige que os depósitos de
resíduos sejam dimensionados em compartimentos segregados ou se
utilizem contêineres independentes para os materiais recicláveis e para os
resíduos orgânicos.
Na consulta ao projeto não foi possível identificar a localização do depósito
de resíduos. Isso não significa que esses dispositivos não estejam previstos,
pois não é comum fazer parte do projeto de arquitetura nesta fase de
desenvolvimento.
ESCOLHA DE COMPONENTES CONSTRUTIVOS E MODULAÇÃO
Em empreendimentos desta tipologia a escolha dos componentes e a
modulação de projeto são extremamente importantes. Deste modo, a
escolha do sistema construtivo pré-fabricado contempla adequada
modulação de seus componentes com a obtenção de economia e redução de
perdas de material e mão de obra. Consequentemente a modulação
construtiva proporciona minimização na geração dos resíduos da construção.
PLANEJAMENTO E PROJETO DO CANTEIRO DE OBRAS
O planejamento do canteiro de obras antecede a fase de construção. É
recomendável a previsão de ligação provisória de abastecimento de água,
esgotamento sanitário, escoamento de águas pluviais e a coleta e destinação
de resíduos sólidos.
A instalação especifica do canteiro deve atender às normas de medicina e
segurança de trabalho. Devem ser previstos os seguintes equipamentos:
escritório para atividades de engenharia e administração, sala de mestre de
obras e apontadores, almoxarifado, sanitário, depósitos de resíduos e de
material de limpeza, vestiário, refeitório, entre outros.
Essa infraestrutura deve ser instalada de modo a não prejudicar o fluxo da
via e não expor o solo aos agentes erosivos. Como é uma estrutura
temporária, deve também ter sua desativação planejada.
Planejamento do
Canteiro de Obras
deve evitar a geração
de poluentes
ambientais, em
especial a alteração
do ambiente sonoro e
a contaminação do
solo e das águas
superficiais e
subterrâneas
O correto manejo
dos resíduos requer
planejamento
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CARACTERIZAÇÃO
EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 03
Como não foi possível ter acesso ao projeto específico, pois o mesmo não
está disponível no momento, recomenda-se que seja projetado com
materiais e sistema construtivo que possam ser reutilizados ou reciclados,
incluindo a recuperação das áreas afetadas.
3.3.ATIVIDADES COMPONENTES DO EMPREENDIMENTO E SEUS
ASPECTOS AMBIENTAIS NA FASE DE CONSTRUÇÃO E INSTALAÇÃO
Para a fase de construção do empreendimento serão verificados os itens de
maior interferência no meio ambiente. Nesta fase os aspectos ambientais
podem ser subdivididos em 3 etapas: Atividades Preparatórias, Atividades de
Construção e Atividades de Desmobilização.
Quadro 3.3-1 – Quadro de Atividades Componentes e
Aspectos Ambientais do Empreendimento na Fase de Construção.
3.3.1.Atividades Preparatórias
A seguir são apresentadas as atividades preparatórias para a fase de
construção do empreendimento.
GERENCIAMENTO DE RISCO E CONTAMINAÇÃO
Os Programas de Prevenção de Riscos Ambientais, que são de adoção
obrigatória para as empresas, visam eliminar ou diminuir o perigo e o risco
ao trabalhador no ambiente laboral e de atos inseguros pela não observação
ETAPA ATIVIDADES COMPONENTES DO PROJETO E ASPECTOS AMBIENTAIS NA FASE DE CONSTRUÇÃO
Gerenciamento de risco e contaminação
Estudo de alternativas de locais de bota-fora e jazidas
Comunicação visual e tapume
Demolição e remoção de estruturas existentes
Limpeza do terreno e remoção de vegetação
Serviços de fundação, terraplenagem e contenção, Interferência com Lençol freático e drenagem provisória
Implantação e operação do canteiro e contratação de mão de obra
Seleção de prestadores de serviços e aquisição de materiais
Construção das edificações
Impermeabilização do solo e Instalação da rede de drenagem de águas pluviais
Instalação das redes de água e esgoto e demanda de água e geração de esgotos na fase de obra
Instalação da rede de energia elétrica e iluminação predial e demanda de energia na obra
Instalação de rede de telecomunicações - telefonia e tv
Instalação do sistema de combate a incêndio
Execução de pavimentação
Construção de passeio púbico e gradil
Manejo dos resíduos sólidos da construção
Execução do paisagismo e reposição de vegetação
Emissões atmosféricas e geração de ruídos na obra
Desativação do canteiro de obras e outras instalaçoes provisórias
Recuperação das áreas afetadas
Limpeza da obra e retirada final dos resíduos
Dispensa de mão de obra
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CARACTERIZAÇÃO
EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 03
das normas de segurança. Sendo indicado o uso de equipamentos de
proteção individual e coletiva.
Nesta ação, as atividades que podem causar risco ao trabalhador não estão
restritas àquelas que podem causar sua contaminação por agentes tóxicos,
mas que possam causar a perda parcial ou total de alguma capacidade, como
a auditiva, por exemplo, ou até a perda da vida.
Cabe-se ressaltar que muitas das medidas adotadas como normas de
segurança coletiva ou individual do trabalhador na obra, contribuem
indiretamente para a proteção da comunidade, mas não é esse seu objetivo.
O que pode determinar a adoção de solução apropriada ao ambiente de
trabalho, mas que não tenha efeitos na proteção da comunidade.
Entretanto, essa problemática é um pouco mais abrangente, e o
gerenciamento de risco deve observar as questões do trabalhador, mas
também da comunidade.
A seguir serão detalhados os aspectos de potencial de contaminação
relacionados à produção do empreendimento e em seguida ao trabalho em
locais com potencial de contaminação.
ATIVIDADES COM POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO
O processo de construção envolve o manuseio de diversos produtos e
matérias primas. Alguns deles possuem características tóxicas ao meio
ambiente e à saúde humana e devem ser manipulados com cuidado
adequado. Entre produtos que podem causar algum efeito nocivo estão, as
tintas e solventes, óleos e combustíveis, produtos com amianto,
impermeabilizantes etc.
O manuseio desses materiais deve acontecer com o uso de equipamentos de
proteção individual e coletiva, que previna a saúde do trabalhador, e com
conduta adequada de forma que diminua a possibilidade de derrames ou
dispersões acidentais do produto diretamente sobre o solo. A lavagem de
equipamentos e ferramentas, bem como os resíduos provenientes deste
processo, tais como embalagens de metal e plástico, instrumentos de
aplicação como brochas, pincéis, trinchas, rolos e outros materiais auxiliares
como panos, trapos, estopas, etc., que venham estar contaminados com os
produtos aplicados também são fontes potenciais de contaminação.
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CARACTERIZAÇÃO
EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 03
TRABALHO EM SÍTIOS COM POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO
A atividade de construção em sítios com potencial de contaminação ou
contaminados envolvem riscos adicionais aos trabalhadores, ao bem-estar
da comunidade e ao meio ambiente. Os operários da construção, sem
conhecimento, podem entrar em contato com contaminantes e se expor a
risco de saúde. Além disso, o trabalho com entulhos ou solo contaminados
pode expor outros receptores na vizinhança pela eventual propagação da
poeira ou gases provenientes da exposição da área contaminada, ou ainda,
pelo carregamento de contaminantes para drenagens superficiais.
O que torna os serviços de demolição e de escavação de solo um aspecto
importante na construção de empreendimentos em sítios assim
classificados, tanto no seu manejo como na destinação de entulho ou de solo
contaminado em áreas não preparadas para receber esse material, pois pode
acarretar a disseminação de contaminantes para outros locais.
É importante destacar que obras em sítios com algum potencial de
contaminação guardam riscos adicionais, mesmo que após a elaboração dos
estudos recomendados, tenha sido descartada a possibilidade de
contaminação ou de risco. Isso se deve ao fato da possibilidade eventual de
serem encontrados focos de contaminação, embora seja remoto.
Assim, embora não tenha sido encontrado qualquer indicativo de potencial
de contaminação no local, recomenda-se atenção se for identificada alguma
suspeita de contaminação na obra. Se isso ocorrer, indica-se acionar a
CETESB e seguir suas recomendações, evitando escavar o material, cobrindo
as áreas afetadas com lona plástica para evitar a infiltração de água de chuva,
isolar e sinalizar o local e nunca transportar o material suspeito para fora do
canteiro sem autorização do órgão ambiental.
ESTUDO DE ALTERNATIVAS DE LOCAIS DE BOTA-FORA E EMPRÉSTIMO
Considera-se empréstimo todo material (solo ou rocha) retirado de áreas
próximas ao empreendimento, selecionado para ser utilizado como aterro
ou como jazidas de materiais agregados. Esses materiais nem sempre estão
disponíveis e o levantamento da disponibilidade de solo para aterro e
matéria-prima (agregados) para o processo de construção faz parte dos
preparativos da obra.
Para o empreendimento não está previsto aterro, desta maneira não será
necessário tomar os procedimentos para escolha de jazidas de solo.
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CARACTERIZAÇÃO
EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 03
No caso de areia, pedra e cascalho, como a maior parte do concreto utilizado
provém de usinas, geralmente a aquisição desses materiais é menor e serão
realizadas em distribuidores atacadistas, que os obtêm diretamente dos
locais de extração.
Considera-se bota-fora todo excedente de solo proveniente dos serviços de
terraplenagem e dos entulhos provenientes dos processos de demolição e
construção, que necessitam de disposição fora da obra. Para um bom
gerenciamento as áreas que estejam aptas a receber esses materiais, devem
ser previamente selecionadas, e classificadas conforme o tipo de resíduos
que podem receber e se a quantidade gerada pela obra pode ser destinada,
devendo estar previstos no PGRCC – Plano de Gerenciamento de Resíduos
da Construção Civil do empreendimento.
COMUNICAÇÃO VISUAL E TAPUME
A comunicação visual prevista para o empreendimento na fase de obras
consiste na identificação do empreendimento durante a construção. Nesta
etapa serão colocadas placas sinalizadoras identificando o empreendimento
e as informações legais de alvará e responsabilidade técnica, além daquelas
relacionadas à segurança da obra. As placas informativas e de
responsabilidade técnica possuirão aproximadamente 1,50 m2 e as de
segurança serão assim divididas: placa de proibido estacionar, placa de carga
e descarga, e placas sinalizadoras de entrada e saída de veículos. O que
representa uma interferência restrita na paisagem e de caráter temporário.
O fechamento da propriedade deverá ser realizado por meio de tapumes até
o fechamento definitivo ser concluído conforme projeto, quando os tapumes
poderão ser retirados.
DEMOLIÇÃO E REMOÇÃO DE ESTRUTURAS EXISTENTES
Não há no local qualquer construção. Desta forma, não haverá demolição. A
áreas construídas existentes, que ainda constam nos cadastros fiscais da
Prefeitura, foram demolidas anteriormente tendo sido objeto de alvarás de
aprovação de demolição específicos (Alvarás e Aprovação para Demolição
nºs 960/2019 e 961/2019).
LIMPEZA DO TERRENO E REMOÇÃO DE VEGETAÇÃO
Com base em fotointerpretação de imagens de satélite e visita ao local, pôde-
se verificar que o imóvel não possui qualquer cobertura de vegetação, seja
rasteira, arbórea ou arbustiva, e tampouco a presença de edificações. Assim,
a limpeza do terreno consiste na remoção dos pisos artificiais e camada
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CARACTERIZAÇÃO
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superficial do solo. Pela característica do projeto admite-se que esse processo
seja realizado em conjunto com a terraplenagem para acerto de nível do
terreno.
SERVIÇOS DE FUNDAÇÃO, TERRAPLENAGEM E CONTENÇÃO
Em consulta ao projeto foi identificado que já teve início movimento de terra
necessário para implantação do empreendimento, cujo volume está indicado
no Quadro 3.1.2-1 – Quadro de Áreas e Características do Empreendimento.
Destaca-se que esse volume é de pequena magnitude. Não houve e não há
previsão de execução de aterro.
As fundações serão realizadas conforme projeto e memorial descritivo,
seguindo as normas da ABNT. Serão empregadas blocos em concreto armado
e estacas tipo hélice contínua.
As diferenças de nível de terreno superior a 1 metro receberão tratamento
de contenção, por meio de muros de arrimo, conforme projeto específico de
engenharia.
INTERFERÊNCIA COM LENÇOL FREÁTICO E DRENAGEM PROVISÓRIA
Como visto a terraplenagem resultará na formação de desníveis superiores a
1 metro, sendo que o terreno será estabilizado pela construção de muros de
arrimo. Complementarmente haverá execução de linhas de drenagem em
suas bases conforme projeto.
Tabela 3.3.2-1 – Níveis D’água do Lençol Freático. Fonte: Relatório de sondagem geotécnica
A partir da figura apresentada é possível inferir sobre a orientação do fluxo
subterrâneo d’água e se a profundidade de escavação de terra para
implantação do projeto na sua cota de nível mais baixa irá interferir ou não
no nível d’água do lençol freático.
O fluxo do lençol subterrâneo, a partir das sondagens, é noroeste, no sentido
da Rua das Orquídeas. Pela caracterização do empreendimento, o nível mais
AMOSTRA PROFUNDIDADE DO NÍVEL D'ÁGUA COTA DE NÍVEL D'ÁGUA
SP-01 13,40 686,32
SP-02 12,90 684,18
SP-03 14,20 683,83
SP-04 13,15 683,04
SP-05 13,10 685,18
(3) sentido do fluxo dágua subterrâneo: NO - Noroeste.
(1) composição majori tária do solo: Argi la Areno Si l tosa, porosa e Areia Fina
Si l tosa, pouco argi losa.
(2) não haverá interferência no lençol freático.
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CARACTERIZAÇÃO
EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 03
baixo do pavimento subsolo é 697,23, enquanto as cotas de nível do lençol
freático estão entre 683,04 e 686,32.
Portanto, é possível concluir que não haverá interferência com lençol freático
ou necessidade de drenagem de água subterrânea para o meio fio, tendo em
vista que o corte de terreno e o nível das fundações não alcança o lençol
d’água subterrâneo.
IMPLANTAÇÃO E OPERAÇÃO DO CANTEIRO E
CONTRATAÇÃO DE MÃO DE OBRA
A instalação do canteiro de obras será realizada no local do empreendimento
em instalações provisórias específicas, antes do início das obras, após a fase
de limpeza do terreno.
Compreende a infraestrutura necessária para o canteiro: (a) ligação
provisória de abastecimento de água e esgotamento sanitário que serão
realizados por meio de ligação à rede pública; (b) ligação provisória de
energia elétrica junto à concessionária local de eletricidade; (c) ligação
provisória de telefonia junto à concessionária escolhida; (d) instalação de
elementos de drenagem provisória das águas pluviais, prevendo-se
dispositivos como a caixa de areia para retenção de sólidos; (e) infraestrutura
com baias e bags para o gerenciamento adequado dos resíduos.
Foi estimada a contratação de 20 colaboradores para o desenvolvimento da
obra, considerando a quantidade no pico de empregos durante a construção,
distribuídos entre operários, técnicos, administrativos e engenheiro
residente.
SELEÇÃO DE PRESTADORES DE SERVIÇOS E AQUISIÇÃO DE MATERIAIS
A fase de seleção de prestadores de serviços e de fornecedores de materiais
e produtos serve para avaliar a qualidade do serviço, material ou produto a
ser contratado, prazos de entrega, preços, formas de pagamento etc.
Alguns dos materiais, por sua natureza, requerem uma responsabilidade
socioambiental do empreendedor, por serem sensíveis do ponto de vista
ambiental. São materiais de maior consumo na obra que estão relacionados
a cadeias produtivas que geram altos impactos ambientais nos locais de
origem. Esses materiais são a areia, a brita, o cascalho e a madeira.
A compra de madeira ou de produtos madeireiros requer cuidados para se
evitar a aquisição de produtos de: (a) origem ilegal, que são aquelas
provenientes de extração ou remoção sem licença exigida ou em desacordo
EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 42
CARACTERIZAÇÃO
EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 03
com a licença ou lei de exploração; (b) comércio ilegal, ou seja, a madeira ou
produto contendo madeira, que tenha sido comprada, vendida, exportada,
importada ou processada em desacordo com a lei ou tratados internacionais.
A compra legal de madeira pode ser feita de produto de origem legal ou
certificada. O meio mais fácil de garantir a compra legal é por meio da
aquisição de produtos com certificação florestal, pois são verificadas por
organismos independentes.
Mas outros cuidados podem ser realizados na fase de seleção dos
fornecedores: (a) identificar os fornecedores de risco, (b) selecionar uma
abordagem de verificação, (c) fazer indagações adicionais, (d) rastrear e
verificar a legalidade.
O intuito é selecionar fornecedores que possam garantir a qualidade da
madeira ou produtos de madeira conforme o requisito de uso e que tenham
baixo risco de origem e de comércio ilegal.
A aquisição responsável do concreto e argamassas, bem como da areia, brita
ou cascalho de fornecedores atacadistas, passa pela exigência da construtora
em saber a origem dos agregados a serem fornecidos ou utilizados no
processo de fabricação do concreto usinado. Desta maneira, o objetivo e os
cuidados para aquisição seguem os mesmos preceitos daqueles já indicados
para a compra de produtos madeireiros.
3.3.2.Atividades de Construção
CONSTRUÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E INSTALAÇÕES
É no período de construção que é gerada a maior quantidade de entulho,
além de ruído e de dispersão de poeira.
A estrutura de concreto armado pré-fabricada, a alvenaria e os acabamentos
serão edificados de acordo com memorial descritivo do projeto, em
obediência às normas especificas da Associação Brasileira de Normas
técnicas - ABNT.
IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO E INSTALAÇÃO DA REDE DE DRENAGEM
DE ÁGUAS PLUVIAIS
O sistema de drenagem de águas pluviais da edificação será executado de
acordo com as normas técnicas pertinentes e legislação em vigor e
encaminhadas para o sistema de drenagem público.
EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 43
CARACTERIZAÇÃO
EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 03
No quadro 3.1.2-1 – Quadro de Áreas e Características do Empreendimento
é apresentado o valor das áreas permeáveis e impermeáveis.
No projeto consultado consta nota de adoção de reservatório de detenção
de águas pluviais. Essa medida é indicada em obediência a Legislação
estadual que prevê implantação de sistema de drenagem predial com
dispositivo de detenção e retardo das águas pluviais. Assim, o volume
mínimo total da caixa de detenção pode ser verificado conforme a expressão:
V= 0,15 x (2.208,00 – 305,33) x 0,06 x 1, ou seja, Vmin= 17,12 m3.
INSTALAÇÃO DAS REDES DE ÁGUA E ESGOTO E DEMANDA DE ÁGUA E
GERAÇÃO DE ESGOTOS NA FASE DE OBRA
A rede hidráulica seguirá além de normas ABNT, os requisitos das
concessionárias locais quando aplicáveis.
O abastecimento de água potável se dará pela rede pública de acordo com
as normas da concessionária local pelo serviço. Já o abastecimento de água
da obra será realizado, por rede pública, por meio de ligação provisória
compatível com a demanda projetada para o canteiro de obras.
O esgoto doméstico gerado pelo empreendimento será encaminhado para
rede pública de coleta e afastamento, gerenciado pela concessionária local e
posteriormente encaminhada para tratamento. O esgoto gerado na obra
possui natureza doméstica, sendo que o mesmo será coletado e afastado
para rede pública, por meio de ligação provisória em atendimento a
demanda projetada.
INSTALAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA E ILUMINAÇÃO PREDIAL E DEMANDA
DE ENERGIA NA OBRA
O projeto de rede elétrica e de iluminação predial do empreendimento será
executado de acordo com as normas ABNT e com as diretrizes expedidas pela
concessionária local, quando aplicáveis.
Já fornecimento de energia elétrica da obra será viabilizado junto a
concessionária local, por ligação provisória exclusiva ao imóvel.
INSTALAÇÃO DE REDE DE TELECOMUNICAÇÕES – TELEFONIA E TV
O projeto das redes de telefonia e TV do empreendimento será executado
de acordo com as normas ABNT e com as diretrizes expedidas pela
concessionária, quando aplicáveis.
EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 44
CARACTERIZAÇÃO
EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 03
INSTALAÇÃO DO SISTEMA DE COMBATE A INCÊNDIO
O projeto do sistema de emergência e proteção contra incêndios será
projetado atendendo a legislação pertinente e será aprovado e fiscalizado
pelo Corpo de Bombeiros.
EXECUÇÃO DA PAVIMENTAÇÃO
Entende-se por pavimentação o tratamento de suporte e revestimento dado
em pisos realizados diretamente sobre o solo. Ou seja, as áreas
pavimentadas que não estejam sobre laje.
Nesta condição, a qualidade da drenagem a ser implantada constitui o
principal fator ambiental dos pavimentos, pois podem se tornar vetores de
erosão quando mal projetados ou mal construídos. Há previsão de
pavimentação no subsolo e seu acesso pela Rua dos Lírios, bem como na
parte de recuo frontal para a Rua Jorge de Figueiredo Correa.
CONSTRUÇÃO DE PASSEIO PÚBLICO E GRADIL
O passeio público será adaptado de modo a viabilizar o acesso de pedestres
e veículos ao imóvel e deverá respeitar a legislação municipal e as normas
pertinentes.
O calçamento por todo o alinhamento do imóvel é uma obrigação do
proprietário e sua execução e manutenção constitui um importante fator de
qualificação urbana, com melhoria da qualidade de vida dos usuários. Será
implantado um gradil conforme projeto.
MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO
Os resíduos de construção civil gerados na obra devem ser gerenciados
conforme Resolução CONAMA Nº 307, de 05 de julho de 2002 e suas
alterações. É prevista a elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos
da Construção Civil – PGRCC. O volume estimado de resíduos da construção
a serem gerados pelo empreendimento na fase de obra é de 373,50
toneladas, considerando base estatística geral de geração de resíduos na
ordem de 150 Kg/m2. Os aspectos relacionados à demolição e seus resíduos
foram tratados no item 3.3.1. Atividades Preparatórias.
O Quadro a seguir, indica as formas de armazenamento e destinação final
dos resíduos normalmente gerados na construção civil.
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CARACTERIZAÇÃO
EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 03
Quadro 3.3.2-1 – Armazenamento e destinação de resíduos normalmente
gerados na construção civil – RCC. Fonte: CONAMA e SINDUSCON-SP.
EXECUÇÃO DO PAISAGISMO E REPOSIÇÃO DE VEGETAÇÃO
Há no projeto previsão de área permeável conforme quadro 3.1.2-1 –
Quadro de Áreas e Características do Empreendimento. Todas essas áreas
receberão a construção de jardins com fins paisagísticos.
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS E GERAÇÃO DE RUÍDOS NA OBRA
As emissões atmosféricas durante a obra se resumem àquelas provenientes
do transporte de materiais e resíduos e pelo uso de máquinas e
equipamentos que utilizam óleo diesel para seu funcionamento e GLP em
serviços de apoio e no aquecimento de alimentos. Neste tópico, as emissões
são consideradas desprezíveis.
Em dias muito secos pode haver a dispersão atmosférica de solos
provenientes das escavações e de materiais pulverulentos principalmente
nas operações de carga e descarga e no processo construtivo.
Dentre os equipamentos a serem utilizados na obra e que devem causar
maior nível de ruído estão equipamentos para execução das fundações,
betoneira, escavadeira, retroescavadeira, serra elétrica, marteletes entre
RESÍDUO ARMAZENAMENTO E DESTINAÇÃO
Entulho (areia, pedra, cimento, madeira não impregnada,
concreto, tubulações, armações, vidro, disco de corte
usado, eletrodos usados)
Acondicionado segregado; reutilização ou reciclagem, conforme classes de entulho existentes, atendendo a
Resolução CONAMA 307/02 que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos
da construção civil.
Papel, papelão (embalagens não impregnadas) Acondicionamento segregado; destinado para venda/reciclagem externa.
Plástico (embalagens não impregnadas) Acondicionamento segregado; destinado para venda/reciclagem externa.
Material impregnado por tintas, óleos, solventes
(embalagens diversas, estopas, panos)
Classificado como resíduo perigoso; acondicionamento segregado; destinado para aterro Classe I, co-
processamento ou incineração.
Restos de alimentoAcondicionamento segregado, em recipiente fechado, evitando ação de vetores de doenças (insetos, ratos);
destinado para aterro sanitário.
Resíduo sanitário (papel) Acondicionamento segregado em sacos plásticos; destinar para aterro sanitário.
Classificadas como resíduo perigoso; quando quebradas, devem ser acondicionadas em tambores ou
bombonas, providos de aro e anel para fixação da tampa no recipiente, em área segregada dotada de piso
impermeabilizado e cobertura; Destinação para aterro Classe I.
Quando não quebradas, deverão ser mantidas acondicionadas no mesmo local, segregadas, protegidas
contra impactos físicos e destinadas para reciclagem.
Metálico Armazenado e reutilizado ou comercializado como sucata.
Óleo lubrificante usadoAcondicionado conforme resíduo Classe I; Destinado para reciclagem (re-refino), atendendo Resolução
CONAMA 362/05.
Equipamentos de proteção individual usados Classificado como resíduo diverso não perigoso (Classe II). Destinado para aterro sanitário.
Lâmpadas fluorescentes
EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 46
CARACTERIZAÇÃO
EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 03
outros. Estes devem gerar níveis de ruído próximo a 90 decibéis. As serras
deverão ser utilizadas durante a maior parte da obra, mas a intensidade de
ruído será atenuada pela própria estrutura da edificação em construção.
Tanto as emissões atmosféricas como a emissão sonora são temporárias,
restrito a etapas e serviços específicos durante a obra.
3.3.3.Atividades de Desmobilização
DESATIVAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS E
RECUPERAÇÃO DAS ÁREAS AFETADAS
As instalações do canteiro e demais instalações provisórias serão desativadas
imediatamente após o término das obras e as áreas afetadas serão
recuperadas com a implantação das obras complementares, conforme
projeto de arquitetura. Complementam o processo de desativação o
desligamento das ligações provisórias de abastecimento de água,
esgotamento sanitário, eletricidade e telefonia, bem como a execução
definitiva do sistema de drenagem.
LIMPEZA DA OBRA E RETIRADA FINAL DOS RESÍDUOS
A limpeza final da obra tem por objetivo eliminar toda sujeira deixada ao final
do processo construtivo. Consiste na varrição dos ambientes com a retirada
de restos de concreto, cimento, papelão, gesso, tinta, pó, pedras, bem como
na remoção de respingos, manchas de tinta, excessos de rejuntes, entre
outros.
DISPENSA DE MÃO DE OBRA
Durante o processo construtivo a quantidade de funcionários da obra varia
conforme as etapas de trabalho vão avançando, sendo que a dispensa dos
operários ocorrerá de maneira gradativa conforme for se aproximando do
seu término. Não será realizada uma dispensa em massa, contudo é normal
que haja momentos onde a quantidade de dispensas seja maior.
Os maiores níveis de
ruído ocorrerão na
Fase de Obra
EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 47
CARACTERIZAÇÃO
EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 03
3.4.ATIVIDADES COMPONENTES DO EMPREENDIMENTO E SEUS
ASPECTOS AMBIENTAIS NA FASE DE OPERAÇÃO
A operação é a última etapa do empreendimento. Possui uma intervenção
contínua e permanente. A seguir são analisados os aspectos ambientais do
empreendimento durante esta etapa.
Quadro 3.4-1 – Quadro de Atividades Componentes e
Aspectos Ambientais do Empreendimento na Fase de Operação.
3.4.1.Adensamento Populacional
LOTAÇÃO TOTAL DO EDIFÍCIO
A população do edifício foi calculada com base na legislação de segurança
contra incêndios (decreto 63.911/2018 e instrução técnica 11/2019). Adotou-
se para o projeto Grupo de Risco C – Comercial, na razão de 1 pessoa por 5m2
de área. A estimativa de ocupação média é de 219 colaboradores e demais
usuários.
ASPECTOS POPULACIONAIS - GÊNERO E FAIXA ETÁRIA
Para projeção de gênero foram utilizados como parâmetro os dados da
Sinopse do Censo Demográfico de 2010 do IBGE. Como o local está sendo
construída para ser ocado a terceiros e não há definição de locatário, não há
como prever se haverá predominância de gênero. Assim, adota-se para este
estudo o equilíbrio entre gêneros, conforme distribuição da população local.
Tabela 3.4.1-1 – Distribuição de Gênero do Projeto.
Fonte. Censo Demográfico IBGE 2010 e Projeto do Empreendimento.
Quanto a faixa etária, pelo mesmo motivo já exposto, espera-se uma
ocupação que reflita a distribuição etária do Município para os usuários em
geral e, conforme a faixa da população economicamente ativa, ou seja,
superior a 16 anos até 70 anos para os colaboradores.
ATIVIDADES COMPONENTES DO PROJETO E ASPECTOS AMBIENTAIS NA FASE DE OPERAÇÃO
Lotação e Aspectos Populacionais
Comunicação visual do edifício
Controle de acesso e circulação interna
Geração de tráfego e demanda por transporte público
Emissões atmosféricas e geração de ruídos
Demanda por equipamentos urbanos - energia, água, esgoto, drenagem e permeabilidade, resíduos sólidos etc
Demanda por equipamentos comunitários - educação, saúde, lazer, segurança, sociais, administração pública etc
HOMENS % MULHERES %
105 48,22 113 51,78
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CARACTERIZAÇÃO
EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 03
3.4.2.Comunicação Visual do Edifício
Na fase de ocupação é presumido que cada locatário queira identificar seu
estabelecimento na fachada dos prédios que compõe o conjunto edificado
projetado. Porém, não está disponível, para o momento, qualquer projeto
de comunicação visual com a especificação das dimensões de placas ou
outros elementos físicos.
A sinalização deverá possuir dimensões necessárias para cumprir os
objetivos de comunicação da(s) empresa(s), mas por outro lado, devem
obedecer aos limites e afastamentos pertinentes e previstos na legislação
aplicável.
Haverá, ainda, placas sinalizadoras de entrada e saída de veículos. A
sinalização de segurança possui tamanho reduzido e se destinam a chamar
atenção dos pedestres para o cruzamento do passeio por veículos que
acessam ou saem do imóvel.
3.4.3.Controle de Acesso e Circulação Interna
Os acessos e circulação interna são garantidos por meio de rampas, escadas,
e elevadores, de modo que todos os pavimentos sejam acessíveis em
conformidade com as normas aplicáveis.
A entrada de veículos e pedestres do empreendimento serão realizados a
partir da via pública e não há indicação de controle para acesso.
3.4.4.Geração de Tráfego e Demanda por Transporte Público
A determinação da geração de tráfego e a demanda por transporte público
para o empreendimento é desenvolvida separadamente pelo Relatório de
Impacto no Trânsito – RIT.
3.4.5.Emissões Atmosféricas e Geração de Ruídos
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS
Na fase de operação não está prevista a instalação de qualquer equipamento
estacionário que promova a emissão de partículas ou gases para a atmosfera.
GERAÇÃO DE RUÍDOS
Na fase de operação não está prevista a instalação de qualquer equipamento
estacionário que seja caracterizado como fonte de ruído ou promova
emissão sonora, além dos dispositivos de alerta de combate e prevenção a
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CARACTERIZAÇÃO
EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 03
incêndios e de segurança na entrada e saída de veículos. Portanto, não se
espera impactos na vizinhança por esse motivo.
Outras fontes de ruído são provenientes das fontes móveis, ou seja, dos
caminhões e demais veículos na circulação interna e no recebimento das
mercadorias. Porém, esse ruído se confunde com o ruído de fundo da via,
sendo caracterizado como de natureza difusa.
3.4.6.Demanda por Equipamentos Urbanos
DEMANDA POR ENERGIA ELÉTRICA
O fornecimento de energia elétrica é viabilizado junto a concessionária local,
por ligação exclusiva ao empreendimento, em atendimento a demanda de
energia da empresa, e, se dará conforme as diretrizes a serem obtidas junto
a concessionária. Como o local se destina para locação não há elementos
suficientes para estimar a quantidade de utilização de energia.
DEMANDA POR GÁS
O fornecimento de Gás é viabilizado junto à distribuidora local. Como o local
se destina para locação não há elementos suficientes para estimar sua
quantidade de utilização.
DEMANDA POR ÓLEO DIESEL, CARVÃO VEGETAL E LENHA
Na fase de operação não está prevista a instalação de qualquer equipamento
estacionário que se utilize como fonte de energia, combustíveis como: óleo
diesel, carvão ou lenha. A eventual utilização desses combustíveis dependerá
das atividades a serem exercidas pelos futuros locatários do imóvel, e
deverão obedecer a legislação aplicável, em momento oportuno.
DEMANDA POR ÁGUA POTÁVEL E ESGOTAMENTO SANTÁRIO
O abastecimento de água para consumo humano e o esgotamento sanitário
de natureza doméstica no funcionamento do empreendimento será
realizado pela concessionária local, por rede pública, por ligação exclusiva ao
imóvel. Não há previsão de geração de efluentes não sanitários.
Tabela 3.4.6-1 – Consumo Estimado de Água e Geração de Esgotos do Projeto.
Fonte: SINIS-2018 e projeto do empreendimento
TOTAL DE PESSOASCONSUMO PER
CAPITA (l/DIA)
CONSUMO DE
ÁGUA TOTAL
(m3/DIA)
ESGOTAMENTO
SANITÁRIO TOTAL
(m3/DIA)
219 182,80 39,99 39,99
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CARACTERIZAÇÃO
EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 03
DEMANDA DE COLETA PÚBLICA E GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
A região é atendida pela coleta pública de resíduos sólidos urbanos. É
indicado que os resíduos sólidos domésticos sejam coletados e separados
pelos locatários entre resíduos secos e úmidos. A seguir os resíduos devem
ser disponibilizados para a coleta do serviço público.
Tabela 3.4.6-2 – Geração Estimada de Resíduos Sólidos do Projeto.
Fonte: SNIS-2018 e Projeto do Empreendimento.
IMPERMEABILIDADE DO SOLO E DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
O projeto pretende manter impermeabilizada uma área de terreno conforme
área indicada no quadro 3.1.2-1 – Quadro de áreas e características do
empreendimento. Esta proposta importa em manter impermeável área
inferior ao que era encontrada antes de sua proposição, uma vez que o
imóvel era ocupado por estacionamento e a sua superfície era totalmente
impermeabilizada (100%). O projeto consultado prevê além da abertura de
área permeável a implantação de reservatório de detenção, sendo sua
instalação recomendável, pois diminui a contribuição do empreendimento
no período de pico das chuvas, ajudando atenuar a severidade de enchentes,
alagamentos ou inundações, permitindo o encaminhamento das águas para
a rede de drenagem pública após o término das chuvas.
3.4.7.Demanda por Equipamentos Comunitários
Como se trata de um empreendimento não residencial, cuja permanência no
local se destina ao trabalho, não foi prevista demandas específicas por
equipamentos comunitários.
TOTAL DE
PESSOAS
GERAÇÃO PER
CAPITA
(Kg/Hab/DIA)
GERAÇÃO TOTAL
DE RESÍDUOS
(t/ANO)
219 0,97 77,45
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DIAGNÓSTICO
EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 04
4. DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL DA ÁREA DE
VIZINHANÇA
O diagnóstico socioambiental entendido para este estudo se traduz numa
descrição das condições socioambientais existentes na vizinhança no
presente momento de desenvolvimento do relatório. Tem por objetivo
descrever e analisar a situação ambiental atual dentro dos limites
geográficos definidos para a leitura da paisagem.
4.1.DELIMITAÇÃO DAS ÁREAS DE ESTUDO E INFLUÊNCIA
A área de influência do projeto é definida a partir de levantamento prévio da
sua situação geográfica e tem como limite a região na qual são detectáveis
seus impactos.
Já a área de estudo é a delimitação do local que será objeto dos
levantamentos primários e secundários para realizar a descrição e análise da
paisagem. De modo geral, o diagnóstico ambiental está organizado
obedecendo à divisão de âmbito dos impactos do empreendimento, com
descrições de abrangência local/regional (AM – Área Municipal), de
abrangência local (AV – Área de Vizinhança) e estritamente pontual (ADA –
Área Diretamente Afetada), o que permite uma leitura de aproximação
geográfica e ou temporal conforme o tema.
A determinação das áreas de estudo e influência para impacto no trânsito
obedece a critérios próprios, e considera a extensão de seus efeitos no
território. Como não faz parte do escopo deste relatório não é apresentada.
ADA – Área Diretamente Afetada: corresponde ao imóvel objeto do
empreendimento.
AV – Área de Estudo de Vizinhança: corresponde a área inclusa num raio de
500 metros ao redor da ADA, que inclui as áreas de influência direta e
indireta para maioria dos impactos. Nela é destacada a AID (Área de
Influência Direta) que corresponde aos lotes ou quadras ou parte de quadras
que estão imediatamente ao redor do empreendimento.
A AV foi determinada em 500 metros em função dos seguintes
condicionantes: ao sul o Parque Portugal, a leste a empresa CPFL e a Rodovia
Engenheiro Miguel N. N. Burnier, ao norte glebas ocupadas por conjuntos
habitacionais de grande porte, e, à oeste área predominantemente
residencial de baixa densidade. Assim a AV compreende elementos que se
caracterizam como limites para a maioria dos impactos proporcionados.
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DIAGNÓSTICO
EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 04
AM – Área de Estudo Municipal: corresponde aos limites municipais da
cidade, que inclui as áreas de influência indireta daqueles impactos que
ultrapassam os limites da AV. A AM permite considerar levantamento de
informações de âmbito municipal, assegurando estabelecer um contexto
adequado, para proceder a avaliação dos impactos indiretos que não sejam
estritamente locais.
Assim, a caracterização da vizinhança foi dividida em meio físico, biótico e
antrópico.
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DIAGNÓSTICO
EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 04
O diagnóstico ambiental da vizinhança busca destacar os aspectos mais
importantes quanto ao local do empreendimento e relacioná-lo ao contexto
municipal ou regional que está inserido.
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DIAGNÓSTICO
EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 04
4.2.COMPONENTES REGIONAIS DO MEIO FÍSICO
A seguir são descritos e analisados componentes e fatores ambientais do
meio físico no âmbito regional, considerando os limites da AM – Área
Municipal.
4.2.1.Padrão Climático Geral
Para caracterização do padrão climático local utilizou-se o modelo de
classificação climática de Köppen-Geiger.
Segundo essa classificação o Estado de São Paulo abrange 7 tipos climáticos
distintos. A parte central do Estado é caracterizada pelo clima tropical de
altitude Cwa. Algumas áreas serranas são caracterizadas pelo tipo Cwb, em
razão de verões mais amenos. Na região noroeste do Estado o clima é
caracterizado pelo tipo Aw com inverno seco e mais frio. Em alguns pontos
isolados o ocorre o tipo Am, caracterizado pelo clima tropical chuvoso com
inverno seco, influenciado pelo fenômeno das monções.
No Sul do Estado ocorre o tipo Cfa, caracterizado pelo clima subtropical
úmido. Nas regiões serranas mais altas da serra do Mar e da Mantiqueira o
clima característico é o temperado úmido, do tipo Cfb. Na faixa litorânea
ocorre o tipo Af, caracterizado pelo clima tropical chuvoso.
Figura 4.2.1-1 – Classificação Climática do Estado de São Paulo. Fonte: Cepagri-Unicamp.
O clima de Campinas é enquadrado na classe Cwa:
Clima Subtropical; com maior concentração de chuvas no verão; e
temperaturas médias máximas acima de 22°C com verões quentes.
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DIAGNÓSTICO
EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 04
A direção dos ventos predominantes, conforme coleta de dados
no aeroporto de Campinas, estação mais próxima a cidade,
demonstra as direções mais frequentes e intensas que são os
ventos com origem no leste-sudeste (ESE – 21,5%) e sudeste (SE
– 17%).
4.2.2.Qualidade do Ar
As redes automática e manual de avaliação da qualidade do ar
da CETESB traz em seus registros as mudanças significativas que
ocorreram ao longo dos anos nas regiões monitoradas. Os dados
utilizados para avaliação da qualidade do ar são todos os
poluentes medidos pelas redes automáticas e manuais da
CETESB, que são: MP10, SO2, NOx (NO2 e NO), O3, CO, PTS, FMC,
MP2,5 e outros que eventualmente tenham sido monitorados.
Obviamente, não há dados de todos os parâmetros em todas as
estações, bem como há parâmetros que não foram medidos em
todo o período, além de cada poluente medido apresentar características
próprias em termos de distribuição espacial, fontes que o originam e padrões
legais.
Para facilitar a divulgação dos padrões de qualidade do ar (PQAr) a CETESB
classifica os resultados apurados em índices de qualidade que são divididos
em classes de importância, que por sua vez são relacionados aos efeitos
adversos à saúde da população.
Qualidade do ar e efeitos à saúde
Qualidade Índice Significado
N1 – Boa 0 – 40
N2 – Moderada 41 – 80 Pessoas de grupos sensíveis (crianças, idosos e pessoas com doenças
respiratórias e cardíacas) podem apresentar sintomas como tosse seca e cansaço. A população, em geral, não é afetada.
N3 – Ruim 81 – 120
Toda a população pode apresentar sintomas como tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta. Pessoas de grupos sensíveis (crianças,
idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas) podem apresentar efeitos mais sérios na saúde.
N4 – Muito Ruim 121 – 200
Toda a população pode apresentar agravamento dos sintomas como tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta e ainda falta de ar e respiração ofegante. Efeitos ainda mais graves à saúde de grupos
sensíveis (crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas).
N5 – Péssima >200 Toda a população pode apresentar sérios riscos de manifestações de
doenças respiratórias e cardiovasculares. Aumento de mortes prematuras em pessoas de grupos sensíveis.
Figura 4.2.2-1 – Qualidade do Ar e Prevenção de Riscos à Saúde. Fonte: Cetesb.
Figura 4.2.1-2 – Distribuição dos Ventos Campinas –Aeroporto – ago-
2011 a abr-2019.
Fonte: Windfinder.
Acesso em 30-05-2019.
EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 56
DIAGNÓSTICO
EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 04
A cidade de Campinas está na área de influência da Estação Meteorológica
de Paulínia. Há 3 estações de medição da qualidade do ar no município:
Campinas Centro, Campinas Taquaral e Campinas Vila União. Pela
proximidade a estação mais próxima do empreendimento é Campinas
Taquaral, mas para o início deste ano não há informações disponíveis nesta
estação. Desta maneira, são válidas para a região do empreendimento os
dados de Campinas Centro para 2020:
O índice de Qualidade do Ar (Dados Horários – 11-fev-2020) para a região é
N1 – Boa para MP10 – Material Particulado.
Pela Tabela de Classificação de Municípios – 2019, nos termos do Decreto
Estadual nº 59.113, de 23 de abril de 2013, publicada pela CETESB, a cidade
de Campinas é classificada >M1 para Ozônio (O3); M2 para Material
Particulado (MP); MF para Dióxido de Nitrogênio (NO2). O Município está sem
classificação para dióxido de enxofre (SO2).
Segundo os critérios estabelecidos pelo Decreto Estadual 59.113/13,
apurados pela média de cada um dos últimos 3 anos, os municípios podem
ser classificados conforme os valores de concentração dos poluentes em
comparação com metas intermediárias ou finais de redução.
Quando o Município é classificado em >M1, representa que a Meta
Intermediária (MI) determinada para a 1ª. Etapa de redução do poluente
ainda não foi atingida. Quando classificado como M1 representa que a MI
para a 1ª. Etapa foi atingida; M2 representa que a MI para 2ª. Etapa foi
atingida; M3 representa que a MI para 3ª. Etapa foi atingida e, MF representa
que o Padrão Final determinado pelo melhor conhecimento científico para a
saúde da população foi atingido.
4.2.3.Características Geológicas
Campinas está inserida no contexto da Região Metropolitana de Campinas
(RMC) sob o domínio do Planalto Atlântico.
Na figura a seguir pode ser observada a descrição geológica de ocorrência na
AM - Área Municipal. A descrição na área vizinhança é apresentada em
componentes locais do meio físico.
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DIAGNÓSTICO
EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 04
Figura 4.2.4-1 – Mapa de Geomorfológico do Estado de São Paulo – Recorte Municipal. Fonte: DataGeo.
4.2.4.Características Geomorfológicas
Quanto ao relevo pode-se verificar na AM – Área Municipal a descrição das
seguintes unidades geomorfológicas, conforme figura 4-2-4-1.
A descrição de ocorrência na área de vizinhança é apresentada em
componentes locais do meio físico.
Figura 4.2.4-1 – Mapa de Geomorfológico do Estado de São Paulo – Recorte Municipal. Fonte: DataGeo.
LEGENDA
1 – Colinas com topos aplanados. Formas com dissecação baixa com vales pouco entalhados e densidade de drenagem baixa. Fragilidade Baixa.
2 – Colinas e morros altos. Formas muito pouco dissecadas a planas com vales pouco entalhados e baixa densidade de drenagem. Fragilidade Muito Baixa.
3 – Colinas e morros altos. Formas de dissecação média a alta com vales entalhados e densidade de drenagem média a alta. Áreas sujeitas a forte atividade erosiva. Fragilidade Média.
4 – Colinas e morros altos. Formas muito dissecadas com vales entalhados associados a vales pouco entalhados, com alta densidade de drenagem. Áreas sujeitas a processos erosivos agressivos com probabilidade de ocorrência de movimentos de massa e erosão linear com voçorocas. Fragilidade Alta.
ADA – Local do Empreendimento
LEGENDA
1 – Depósitos Sedimentares. Depósitos Aluvionares. Sedimentos.
2 - Formação. Serra Geral. Ígnea.
3 – Corpo. Ortognaisse Serra Negra. Rocha Ígnea, Metamórfica.
4 - Complexo. Jaguariúna. Rocha Ígnea.
5 - Complexo. Varginha-Guaxupé, unidade ortognáissica migmatítica intermeiária. Rocha Ígnea, Metamórfica.
6 - Complexo. Varginha-Guaxupé, unidade paragnáissica migmatítica superior. Rocha Metamórfica.
7 – Complexo. Amparo, unidade de migmatitos tonalito-trondhjemíticos. Rocha Ígnea, metamórfica
8 – Complexo Granítico. Morungaba, granito tipo I. Rocha Ígnea.
9 - Complexo Granítico. Morungaba, granito tipo A. Rocha Ígnea.
10 - Grupo. Itararé. Sedimentos.
ADA – Local do Empreendimento.
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EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 04
4.2.5.Características dos Recursos Hídricos Superficiais
O município de Campinas está inserido na Unidade de Gerenciamento de
Recursos Hídricos 5 do Piracicaba/ Capivari/ Jundiaí. Do ponto de vista do
gerenciamento de recursos hídricos, o Município está dividido nas seguintes
sub bacias hidrográficas: (1) Afluentes do Rio Atibaia; (2) Afluentes do Rio
Capivari; (3) Afluentes do Rio Piracicaba/ Jaguari.
4.2.6.Características dos Recursos Hídricos Subterrâneos
A região da cidade de Campinas encontra-se localizada sobre os aquíferos
Cristalino ou Pré-cambriano e Tubarão.
O empreendimento está sobre aquífero cristalino.
LEGENDA
Cursos d’água classe 2
Cursos d’água classe 3
Cursos d’água classe 4
ADA – Local do Empreendimento
Figura 4.2.5-1 – Mapa de Hidrografia do Estado de São Paulo e classes de qualidade das águas –
Recorte Municipal. Fonte: DataGeo.
LEGENDA
Sub bacia do Rio Atibaia
Sub bacia do Rio Capivari
Sub Bacia do Rio Piracicaba/ Jaguari
ADA – Local do Empreendimento
Figura 4.2.5-2 – Mapa de Sub bacias do Estado de São Paulo – Recorte Municipal. Fonte: DataGeo.
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4.3.COMPONENTES LOCAIS DO
MEIO FÍSICO
A seguir são descritos e analisados
componentes e fatores ambientais do
meio físico no âmbito local,
considerando os limites da AV – Área
de Vizinhança e da ADA – Área
Diretamente Afetada.
4.3.1. Insolação e Sombreamento
Para avaliar os aspectos relativos à
insolação e sombreamento a melhor
situação é a simulação da radiação
solar sobre a volumetria do edifício
projetado, caracterizando a geometria
da insolação, a qual está condicionada
à latitude, hora e época do ano. Isto se
dá em função do movimento aparente
do sol, ou seja, da sensação de movimento do sol ao redor da Terra, que é
diferente em cada latitude, e decorre dos movimentos de translação, rotação
e da inclinação do eixo do planeta em relação ao plano da elíptica.
Para o local aplica-se a latitude 23º 30’ Sul (Trópico de Capricórnio) que
caracteriza as localidades situadas nos trópicos e é bem próxima da situação
real. Isso permite representar uma peculiaridade que é a do Sol estar no
solstício de verão a pino, ou seja, a 90º, o que representa sua altura máxima
em dezembro. Por outro lado, no solstício de inverno, que ocorre em junho,
esse valor atinge seu mínimo anual. A insolação média ocorre nos equinócios
de outono ou primavera, cujos valores de radiação solar são equivalentes e
caracterizam a passagem do Sol pelo Equador, o que resulta na duração do
dia igual à da noite.
Assim, para avaliar o impacto do empreendimento quanto à insolação e
sombreamento deve-se verificar o comportamento da distribuição da
insolação e sombreamento sem a presença do edifício projetado, para
posteriormente compará-la com a situação futura.
O projeto propõe um conjunto com edificações de baixa altura (máximo 2
pavimentos - gabarito 6,40 metros). Nesta condição, o exame das projeções
de sombreamento não é relevante, pois haverá pouca ou nenhuma
sobreposição de sombras que possam vir a impedir a insolação de imóveis
vizinhos, uma vez que o edifício projetado possui pouca altura.
LEGENDA
Aquífero Cristalino ou Pré-cambriano
Aquífero Tubarão
ADA – Local do Empreendimento
Figura 4.2.6-1 – Unidades Aquíferas
de ocorrência no Município.
Fonte: DataGeo/DAEE/ IG/ IPT/ CPRM
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4.3.2.Ventilação e Ação dos Ventos
A diferença de pressões exercidas pelo ar sobre o edifício pode ser causada
pelo vento ou pela diferença de densidade do ar interno e externo da
edificação, sendo normal ocorrência das duas simultaneamente. O que
corresponde ação de dois mecanismos distintos para explicação da
ventilação natural. O primeiro, denominado ação dos ventos é caracterizado
pela movimentação do ar acionada pela força dos ventos. O segundo decorre
do efeito da densidade do ar ocasionado pela diferença de temperatura
(sendo o interior do edifício mais quente que o ambiente externo), o
chamado efeito chaminé.
Como este estudo visa avaliar os impactos na vizinhança do
empreendimento e não a condição de circulação de ar nos ambientes
internos, o foco será no diagnóstico da situação relacionada à ação dos
ventos. Nesta condição, o vento pode ser considerado como o movimento
de ar que se desloca paralelamente ao solo de forma lamelar, que ao
encontrar um obstáculo, (no caso edifícios) sofre um desvio de seus filetes e,
ao ultrapassar o obstáculo tende a retomar seu regime original.
Outros fatores como a vegetação, soluções construtivas e orientação do
sistema viário, podem alterar os ventos locais. Neste caso, a situação
topográfica representa certa proteção aos ventos dominantes de sudeste,
pois está numa situação topográfica com alguns obstáculos naturais ou
artificiais que podem minimizar a intensidade dos ventos junto ao solo.
4.3.3.Indicadores de Ruído na Comunidade
Os aspectos ambientais relacionados à emissão de ruídos são balizados pela
Resolução nº 1, de 08 de março de 1.990, do CONAMA – Conselho Nacional
de Meio Ambiente, que preconiza o uso das normas técnicas da ABNT que
tratam dos limites de emissão de ruído admitidos para áreas habitadas, ou
seja: a NBR 10.151 – Acústica – Avaliação do ruído em áreas habitadas,
visando o conforto da comunidade – Procedimento e, NBR 10.152– Níveis de
ruído para conforto acústico – Procedimento.
Assim, os limites de emissão de ruídos aplicáveis seguem os critérios e
parâmetros recomendados pelo CONAMA e Normas técnicas aplicáveis,
sendo admitidos os níveis de critério de avaliação conforme apresentados na
tabela a seguir.
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TIPOS DE ÁREAS DIURNO NOTURNO
Áreas de Sítios e fazendas 40 35
Área estritamente residencial urbana ou de hospitais ou de escolas
50 45
Área mista, predominantemente residencial 55 50
Área mista, com vocação comercial e administrativa 60 55
Área mista, com vocação recreacional 65 55
Área predominantemente industrial 70 60
Tabela 4.3.3-1 – Nível de Critério de Avaliação NCA para Ambientes Externos, em dB(A).
NOTA: Diurno: 7h às 22h. Noturno: 22h às 7h. Fonte: ABNT.
A região onde o empreendimento está localizado se enquadra como área
mista com vocação comercial e administrativa, de acordo com análise de
vizinhança quanto ao uso do solo. Nessa região os níveis de pressão sonora
admitidos pela ABNT como nível de critério de avaliação para ambientes
externos, ou seja, os limites de emissão de pressão sonora sem considerar a
fonte e o nível de ruído ambiente, permitidos na vizinhança são:
- de 60 dB (A) para período diurno;
- de 55 dB (A) para o período noturno.
Para a fase de obras, entretanto, admite-se limites superiores para máquinas
ou aparelhos utilizados na construção que não possam ser confinados, em
razão do seu uso temporário. Recomenda-se que o funcionamento desses
equipamentos ocorra de segunda a sábado, entre 7h00 e 18h00, de modo a
causar menor incômodo aos vizinhos.
4.3.4.Indicadores Geotécnicos (Geologia e Relevo)
A avaliação de potencial de riscos geotécnicos tem por objetivo identificar
áreas que apresentem condições susceptíveis aos processos do meio físico e
de atividades antrópicas, em razão do novo empreendimento, integrando
informações geológicas, estruturais, geomorfológicas e de uso e ocupação
do solo.
A identificação das principais condições geotécnicas de uma determinada
área é fundamental para a definição das ações mitigadoras e preventivas.
Entre os principais fatores geotécnicos naturais e antropicamente
influenciados pode-se destacar como os mais importantes: a erosão de
encostas e cortes; o assoreamento de cursos d’água; susceptibilidade a
processos de escorregamento e degradação da paisagem original.
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Os principais problemas geotécnicos acima descritos estão associados aos
processos de escorregamentos em encostas, erosão por sulcos, áreas
inundáveis e recalques de solos moles em áreas planas mal drenadas.
Na AV – Área de vizinhança pode-se destacar a presença de complexo de
rochas de origem ígnea. O relevo é constituído por colinas e morros altos e
possui formas de dissecação muito intensa, com vales entalhados a pouco
entalhados e alta densidade de drenagem. São áreas sujeitas a processos
erosivos agressivos, inclusive com movimentos de massa e erosão linear com
voçorocas, caracterizada por um local de fragilidade classificada como alta.
Na AV não foram identificados terrenos expostos sujeitos a processos
erosivos relacionados a possíveis movimentos de massa.
Na ADA – Área Diretamente Afetada, o terreno se apresenta com inclinação
descendente ao fundo da propriedade, de quem olha a partir da Rua.
É importante salientar que não há presença de focos erosivos na ADA. O
terreno foi exposto devido ao início antecipado das obras. Atualmente a obra
está parada, aguardando a liberação do respectivo alvará. É importante a
obtenção da legalização da obra, tendo em o grau de fragilidade do solo, de
modo a evitar o início de processos erosivos.
4.3.5.Características Hidrográficas e Drenagem Urbana
O empreendimento está contido na Unidade Hidrográfica do CPJ – Capivari/
Piracicaba/ Jundiaí, na sub bacia do Rio Atibaia. Dentro da AV, o território
está inserido hidrograficamente na sub bacia do Rio Atibaia.
A seguir é apresentada a situação da hidrografia na AV.
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4.3.6.Características Hidrogeológicas
O empreendimento está sobre sistema aquífero cristalino, que tem caráter
fissurado e/ou fraturado e é composto por rochas antigas que estão na base
das planícies aluvionares e afloram na região de transição para sistema de
morros e serras.
Na ADA e AV o aquífero se apresenta com baixa vulnerabilidade natural à
poluição.
4.3.7.Usos e Qualidade da Água
O empreendimento está situado numa bacia hidrográfica integrada a áreas
urbanas e os cursos d’água recebem o escoamento da drenagem urbana que
chegam por sistemas de galerias.
No aspecto qualitativo os cursos d’água apresentam qualidade de ruim a boa,
considerando os pontos amostrados no Município em 2018. As águas
superficiais dos cursos d’água localizados mais próximos do imóvel e AV
estão classificadas, conforme a resolução CONAMA nº 357/05 e Decreto
Estadual 10.755/77, em Classe 2, sendo o Córrego do Mato Dentro/Ribeirão
das Anhumas em Classe 4.
Como o empreendimento demandará água da rede pública e as atividades
passíveis de ocuparem o imóvel, a princípio não devem se enquadrar como
poluidoras, não foi pesquisada a presença de poços especificamente na AV.
4.4.COMPONENTES REGIONAIS DO MEIO BIÓTICO
A seguir são descritos e analisados componentes e fatores ambientais do
meio biótico no âmbito regional, considerando os limites da AM – Área
Municipal.
4.4.1.Bioma e Flora e Fauna Associadas
A seguir são descritos e analisados componentes e fatores ambientais do
meio biótico no âmbito regional, considerando os limites da AM.
O Município está inserido predominantemente no Bioma da Mata Atlântica
numa região de Floresta Ombrófila Densa (Mapa de Biomas e Vegetação do
Brasil, IBGE, 2008) que foi intensamente explorada ou suprimida para a
implantação dos núcleos urbanos, fazendas e chácaras. Um pequeno trecho
está inserido no Bioma Cerrado.
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A vegetação natural foi substituída e atualmente o Município possui,
segundo dados disponíveis no DataGeo – Sistema Ambiental Paulista, apenas
7,0% do seu território cobertos por vegetação nativa.
No interior da Zona Urbana do Município há remanescentes de Mata
Atlântica, que constituem áreas verdes com predominância de vegetação
arbórea. Há, ainda, vários locais que abrigam muitas espécies vegetais
exóticas ao país e ao bioma, que geralmente são escolhidas em função de
suas características ornamentais e frutíferas.
A prolongada perturbação antrópica promoveu a redução dos capões
florestais e a proliferação de espécies herbáceas sinantrópicas, várias delas
introduzidas.
Quanto à fauna encontrada na região urbana, esta é contemplada por
espécies silvestres remanescentes e adaptadas ao ambiente antropizado,
espécies exóticas introduzidas, espécies sinantrópicas e domésticas.
Animais sinantrópicos são aqueles que se adaptaram a viver junto ao
homem, a despeito da vontade deste. Diferem dos animais domésticos, os
quais o homem cria e cuida com as finalidades de companhia, tais como o
cão, gato doméstico, pássaros e outros; para produção de alimentos ou
transportes, tais como frangos, gados, cavalo, suínos, entre outros.
Dentre as espécies sinantrópicas, aquelas que podem transmitir doenças,
causar agravos à saúde do homem ou de outros animais e presentes nas
zonas urbanas, pode-se citar: baratas, mosca, camundongo, ratazanas,
pomba, lagartixa e rãs.
No APÊNDICE 01 é apresentada a lista de espécies da flora e fauna
introduzidas ou dispersas pela área urbana.
4.4.2.Áreas Ambientalmente Protegidas
O Município integra a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. A Reserva é
subdividida nas seguintes zonas: Zona Núcleo (as mais preservadas), Zona de
Amortecimento e Zona de transição.
Há também as seguintes Unidades de Conservação na categoria de Uso
Sustentável: Área de Relevante Interesse Ecológico Mata de Santa Genebra,
de âmbito federal, sob gestão do Instituto Chico Mendes; Floresta Estadual
Serra d’Água, de âmbito estadual, sob gestão do Instituto Florestal e a APA –
Área de Proteção Ambiental Piracicaba e Juqueri Mirim (Área II), sob gestão
da Fundação Florestal, também de âmbito estadual.
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4.5.COMPONENTES LOCAIS DO MEIO BIÓTICO
A seguir são descritos e analisados componentes e fatores ambientais do
meio biótico no âmbito local, considerando os limites da AV – Área de
Vizinhança e da ADA – Área Diretamente Afetada.
A área de vizinhança - AV é caracterizada pelo uso intensivo da terra para
atividades urbanas. Apesar disso, foram identificadas a partir de imagem de
satélite algumas praças e áreas arborizadas com pequenos conjuntos de
árvores isoladas e de fragmentos vegetal. Não foram identificadas na AV
áreas relevantes com fragmento de vegetação contínua secundária de Mata
Atlântica no Estado de São Paulo.
Toda a ADA e AV estão situadas em região pertence ao Bioma de Mata
Atlântica e estão fora de áreas protegidas ou mesmo da Reserva da Biosfera
da Mata Atlântica – RBMA, que atinge parcialmente o Município.
Na ADA o uso e ocupação do terreno são caracterizados por área em
construção, sem qualquer vestígio de vegetação de porte arbóreo e
arbustivo.
LEGENDA
Zona Núcleo
Zona de Transição
Zona de Amortecimento
ADA – Local do Empreendimento
Figura 4.4.2-1 – Mapa de Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA) Fase VI
– Recorte Municipal. Fonte: DataGeo.
LEGENDA
1 – ARIE Mata de Santa Genebra
2 – Floresta Estadual Serra d’Água
3 – APA Piracicaba e Juqueri Mirim (Área II)
Bioma Mata Atlântica
Bioma Cerrado
ADA – Local do Empreendimento
Figura 4.2.2-2 – Mapa de Unidades de Conservação – Recorte Municipal.
Fonte: DataGeo.
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Não houve registro e identificação de espécie da fauna nativa na ADA.
Entretanto, em áreas contempladas por uma vegetação secundária e
conjunto de árvores isoladas, a fauna é caracterizada principalmente por
espécies mais tolerantes às alterações ambientais decorrentes da ocupação
humana.
Na ADA não foi identificada presença de área de preservação permanente –
APP, segundo o Código Florestal (Lei Federal 12.651/12). Na AV foi
identificada APP ao longo das margens de Córrego ao norte, que possui suas
margens relativamente bem preservadas por vegetação de porte arbóreo.
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4.6.COMPONENTES REGIONAIS DO MEIO ANTRÓPICO
A seguir são descritos e analisados componentes e fatores ambientais do
meio antrópico no âmbito local-regional, considerando os limites da AM –
Área Municipal, especialmente relacionado à condição de vida da população.
4.6.1.Indicadores Populacionais e Demográficos
Tabela 4.6.1-1 – Aspectos Demográficos – 2019.
Fonte: SEADE – Informações dos Municípios Paulistas (IMP) e Perfil Municipal.
Tabela 4.6.1-2 – Distribuição da População do Município por Gênero.
Fonte: IBGE Cidades – Censo 2010.
Tabela 4.6.1-4 – Distribuição da População do
Município por Classe de Renda.
Fonte: IBGE Cidades – Censo 2010.
ÁREADENSIDADE
DEMOGRÁFICAPOPULAÇÃO
POPULAÇÃO
URBANA
GRAU DE
URBANIZAÇÃO
Km2 HAB/Km2 HABITANTES HABITANTES %
CAMPINAS 794,57 1.468,96 1.167.192 1.147.122 98,28
RMC 3.791,82 832,85 3.158.030 3.082.038 97,59
ESTADO SÃO PAULO 248.219,94 178,53 44.314.930 42.751.098 96,47
UNIDADE FEDERATIVA
GÊNERO %
Masculino 48,22
Feminino 51,78
CLASSE DE RENDA
MENSAL DOMICILIAR%
Sem rendimento 5,78
até 1/2 salário mínimo 0,82
mais de 1/2 a 1 SM 3,75
mais de 1 a 2 SM 11,38
mais de 2 a 5 SM 32,83
mais de 5 a 10 SM 23,98
mais de 10 a 20 SM 13,28
mais de 20 SM 8,17
Tabela 4.6.1-3 – Distribuição da População do Município por Faixa Etária.
Fonte: IBGE Cidades – Censo 2010.
FAIXA ETÁRIA %
0 a 4 anos 5,96
5 a 9 anos 6,09
10 a 14 anos 7,28
15 a 19 anos 7,56
20 a 24 anos 8,96
25 a 29 anos 9,63
30 a 39 anos 16,73
40 a 49 anos 14,15
50 a 59 anos 11,29
60 a 69 anos 6,76
70 anos ou mais 5,58
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4.6.2.Condições de vida
Para averiguar as condições de vida da população foi utilizado o Índice
Paulista de Responsabilidade Social - IPRS, que permite uma comparação
com outros municípios, bem como com as condições encontradas no Estado
de São Paulo. Complementarmente apurou-se o grau de oferta dos serviços
públicos, como educação, saúde, saneamento básico e habitação.
O IPRS foi desenvolvido pela Fundação SEADE e sintetiza a situação dos
municípios do Estado de São Paulo quanto à riqueza, escolaridade e
longevidade e faz um paralelo ao IDH – Índice de Desenvolvimento Humano,
do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A
combinação desses parâmetros permite classificação dos municípios em:
GRUPO 1 – reúne municípios com elevado nível de riqueza e bons indicadores
sociais. Características: (i) nível alto de riqueza, (ii) nível médio a alto quanto
a longevidade, (iii) escolaridade de média a alta.
GRUPO 2 – Engloba municípios com elevado nível de riqueza que não se
refletem nos indicadores sociais. Características: (i) alto nível de riqueza, (ii)
de baixa a alta longevidade, (iii) de baixa a alta escolaridade.
GRUPO 3 – são municípios com nível de riqueza baixo, mas com bons
indicadores sociais. Características: (i) baixo nível de riqueza, (ii) de média a
alta longevidade, (iii) de média a alta escolaridade.
GRUPO 4 – são municípios com baixa riqueza e níveis intermediários de
longevidade e escolaridade. Características: (i) baixo nível de riqueza, (ii) de
baixa a alta longevidade, (iii) de baixa a alta escolaridade;
GRUPO 5 – são municípios tradicionalmente pobres e com baixo
desenvolvimento. Características: (i) baixo nível de riqueza, (ii) baixa
longevidade, (iii) baixa escolaridade.
O município de Campinas está classificado no GRUPO 1 conforme a última
apuração para o índice (2018), sendo considerado município com bons
indicadores de riqueza, longevidade e escolaridade.
Tabela 4.6.2-1 - IPRS 2014 – Dimensões Riqueza, Longevidade e Escolaridade.
Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados - SEADE
UNIDADE FEDERATIVA RIQUEZA LONGEVIDADE ESCOLARIDADE
CAMPINAS 48 76 56
RMC 44 75 59
ESTADO DE SÃO PAULO 44 72 53
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SERVIÇOS DE SAÚDE
Quanto à infraestrutura de saúde foi utilizado como referência o índice de
leito por 1.000 habitantes recomendado pela OMS que é de 4 leitos para
cada 1.000 habitantes. Como pode ser visto o Município apresenta condição
insatisfatória.
Tabela 4.6.2-2 - Infraestrutura de saúde – Leitos de Internação - 2018
Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – SEADE.
Ministério da Saúde - DATASUS.
SERVIÇOS DE EDUCAÇÃO
Quanto à infraestrutura de educação foram utilizadas como referências a
quantidade de estabelecimentos e a quantidade de matrículas, considerando
tanto as redes públicas como privadas, de modo a entender o tamanho da
rede de escolas disponível na cidade.
Tabela 4.6.2-3 - Estabelecimentos e Matrículas distribuídas por Ciclo de Ensino
Fonte: IBGE – Cidades, 2018. Ministério da Educação, INEP - Censo Educacional 2018.
SANEAMENTO AMBIENTAL
Para o saneamento utilizou-se como paramento os níveis de atendimento
para abastecimento público de água potável, a coleta e o tratamento dos
esgotos sanitários e os resíduos sólidos domiciliares coletados.
Tabela 4.6.2-4 - Indicadores de Saneamento Ambiental – Nível de Atendimento.
Fonte: SNIS, 2018.
UNIDADE FEDERATIVA LEITOS TOTAL LEITOS/ MIL HAB LEITOS SUS LEITOS SUS/ MIL HAB
CAMPINAS 2.755 2,38 1.322 1,14
RMC 4.949 1,58 2.640 0,85
ESTADO DE SÃO PAULO 92.188 2,1 53.682 1,22
CICLO DE ENSINO ESTABELECIMENTOS MATRÍCULAS
INFANTIL 374 56.882
FUNDAMENTAL 313 123.678
MÉDIO 156 37.686
ABASTECIMENTO DE
ÁGUA
ESGOTAMENTO
SANITÁRIO
TRATAMENTO DE
ESGOTOSLIXO COLETADO
98,09 79,58 88,36 100,00
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DÉFICIT HABITACIONAL
O déficit habitacional da cidade foi calculado a partir da somatória da
coabitação familiar, dos domicílios improvisados e dos rústicos,
considerando dados da Fundação João Pinheiro.
Entende-se por déficit habitacional a necessidade de construção de novas
moradias, em função de reposição, como do incremento do estoque. Engloba
(i) domicílios precários: soma dos domicílios improvisados e dos rústicos
(sem condição de habitação ou desgastadas em sua estrutura física); (ii)
coabitação familiar: soma dos cômodos e das famílias conviventes
secundárias com intenção de construir um domicílio exclusivo; (iii) ônus
excessivo com aluguel urbano e (iv) adensamento excessivo de domicílios
alugados.
A inadequação de moradias reflete problemas na qualidade de vida dos
moradores, não relacionados ao dimensionamento do estoque de
habitações e sim às especificidades internas do estoque existente, o que não
implica, contudo, necessidade de construção de novas unidades. São
classificados como inadequados os domicílios com carência de
infraestrutura, com adensamento excessivo de moradores, com problemas
de natureza fundiária, em alto grau de depreciação ou sem unidade sanitária
domiciliar exclusiva.
Segundo dados de 2.010 da Fundação João Pinheiro o Município de
Campinas conta com 32.657 domicílios considerados inadequados de um
total de 348.186 domicílios. Esses valores representam cerca de 9,38% do
total de domicílios existentes no Município. Já o indicador de Déficit
Habitacional Total indica uma carência de 34.978 moradias na cidade, o que
representa 10,05% do total de domicílios.
Neste sentido, o número de domicílios vagos reforça a situação, pois é
inferior a quantidade de déficit apresentada.
Tabela 4.6.2-5 - Déficit Habitacional - 2010.
Fonte: Fundação João Pinheiro, Centro de Estatística e Informações - Déficit Habitacional no Brasil - Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas. Déficit habitacional.
Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural
34.978 34.638 340 7,43 7,42 8,61 25.874 25.442 452
DEFICIT HABITACIONAL DE VALINHOS
Absoluto % do Total de Domicílios Domicílios Vagos
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4.6.3.Vulnerabilidade Social
Para identificar a desigualdade social existente no Município foi utilizado o
IPVS – Índice Paulista de Vulnerabilidade Social, que a exemplo do IPRS
fornece dados sistematizados passíveis de comparação e complementam as
informações quanto à pobreza. O IPVS classifica os municípios em grupos de
vulnerabilidade social a partir da combinação das dimensões demográfica e
socioeconômica. O indicador permite identificar os fatores específicos que
produzem a deterioração das condições de vida, auxiliando na definição de
prioridades para o atendimento da população em maior risco social.
Como ocorre com o IPRS, o IPVS foi subdividido em grupos que podem ser
verificados no quadro 4.6.3-1, a seguir.
Figura 4.6.3-1 – Grupos IPVS 2010 – Setores Censitários com mais de 50 Domicílios.
Fonte: SEADE – IPVS 2010.
Tabela 4.6.3-1 – Nível de Vulnerabilidade da População distribuída por grupo em percentual
Fonte: Índice Paulista de Vulnerabilidade Social – 2010.
Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados - SEADE.
UNIDADE FEDERATIVA BAIXÍSSIMA (%) MUITO BAIXA (%) BAIXA (%) MÉDIA (%) ALTA (%) MUITO ALTA (%) ALTA RURAL (%)
CAMPINAS 15,4 44,7 17,4 9,3 5,4 7,8 0
RMC 8,3 47,6 24,9 9 6,9 3,3 0
ESTADO DE SÃO PAULO 6,1 40,1 18 19,2 11,1 4,4 1
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4.7.COMPONENTES LOCAIS DO MEIO ANTRÓPICO
A seguir são descritos e analisados componentes e fatores ambientais do
meio antrópico no âmbito local, considerando os limites da AM – Área
Municipal e da AV – Área de Vizinhança.
4.7.1.Histórico de Ocupação Local
O município de Campinas está localizado na sede da Região Metropolitana
de Campinas, e faz limite administrativo com os municípios de Paulínia,
Jaguariúna, Pedreira, Morungaba, Valinhos, Itatiba, Itupeva, Indaiatuba
Monte Mor, Hortolândia e Sumaré.
O histórico de ocupação local inicia-se entre 1721 e 1730 como bairro rural
da Vila de Jundiaí, para servir como pouso para os tropeiros que seguiam
para as “minas dos Goiases”. Isso impulsionou o desenvolvimento inicial,
com várias atividades de abastecimento.
Na secunda metade do século XVIII, houve uma nova dinâmica social e
econômica com a chegada os fazendeiros de outras localidades, em busca e
terras para suas lavouras de cana e engenhos de açúcar.
Em 1774 é elevado à categoria de Distrito. Em 1797 Campinas torna-se
município.
O então bairro foi transformado em Freguesia de Nossa Senhora da
Conceição das Campinas dos Mato Grosso em 1774. Três anos depois foi
elevado a Vila de São Carlos.
Em 1842 o local é transformado em Cidade de Campinas, quando a cultura
cafeeira já suplantava a cana-de-açúcar.
A economia do café fez com que houvesse grande concentração e
trabalhadores escravos e livres na cidade. Período, em que Campinas se
modernizou, seja nos meios de transporte, produção e estilo de vida.
A partir e 1930, com a crise do café, o município começa a passar por um
processo de decadência no campo a passa a ter uma fisionomia mais
industrial.
A instalação e um novo parque produtivo, atraiu migrantes e imigrantes para
a cidade, passando a concentrar uma população urbana mais significativa na
região. Desenvolvimento impulsionado também pela abertura e estradas
importantes, que ligam a capital ao interior, como a via Anhanguera,
Rodovias dos Bandeirantes e Santos Dumont.
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Na AV - Área de Vizinhança a ocupação se encontra consolidada, com
sistema viário regular e quase todos os lotes ocupados. Como a AV fica
próxima ao centro da cidade, a situação remonta o histórico de ocupação
inicial do Município.
Nos limites da AV predominam edificações de baixa altura em lotes com
dimensões menores, entremeados por glebas. Essas áreas maiores na sua
maior parte são ocupadas por condomínios residenciais verticais e Centro
Empresarial.
4.7.2.Caracterização do Uso do Solo Atual na Vizinhança
Para efetuar a caracterização e o mapeamento do uso e ocupação do solo,
foi elaborada uma legenda, na qual foram contemplados os principais tipos
de uso nos arredores do empreendimento. Essa legenda contou com as
seguintes categorias de uso e representam a predominância de uso nas
quadras: Uso Residencial; Uso Não Residencial (inclui Uso Comercial e de
Serviços, Industrial e Institucional e Comunitário); Áreas Verdes e Vazias
(inclui praças, parques e fragmentos, bem como áreas Vazias ou sem uso).
Na área de influência direta para o empreendimento é possível observar que
a região é caracterizada pela predominância do uso misto. O uso residencial
predomina na porção norte e oeste da AV, onde também ocorre a maior
parte das áreas verdes e vazias ou sem uso. Na porção sul predomina o uso
misto, a leste destaca-se a CPFL e a sudeste a Universidade Anhanguera.
Na Figura 4.7.2-1 – Levantamento de Uso do Solo Atual – pode ser observado
o uso do solo na área de influência do empreendimento. O respectivo mapa
foi gerado considerando a predominância de atividades existentes em cada
trecho de quadra ou quadra. Não teve por objetivo identificar as atividades
ou usos desenvolvidos em cada lote, mas as categorias de uso
predominantes com maior ênfase no que é residencial e não residencial, em
razão das possibilidades de incômodo na vizinhança.
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Inserir mapa uso solo
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4.7.3.Situação da Infraestrutura na Vizinhança
Está compreendida como infraestrutura de saneamento ambiental as redes
públicas de abastecimento de água; de coleta, afastamento e tratamento de
esgotos sanitários; de drenagem de águas pluviais; e serviços de coleta,
transporte e tratamento de resíduos sólidos urbanos. Como infraestrutura
de energia está compreendida as redes de energia elétrica de baixa e alta
tensão, gás e iluminação pública. Como infraestrutura de telecomunicações
as redes de telefonia, TV a cabo e rede de dados. Na AV a infraestrutura está
assim disponível:
Quadro 4.7.3-1 – Situação dos Equipamentos Urbanos na AV.
Fonte: Levantamento de Campo eambiente.
Como visto na AV há toda infraestrutura básica típica de áreas urbanas. A
seguir são apresentadas algumas considerações específicas.
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
A rede de abastecimento de água implantada na AV tem condições de
atendimento do Empreendimento e serve o imóvel. Poderá ser necessário
reforços ou ampliação do sistema por meio de obras complementares para
viabilização do abastecimento pela rede pública, entretanto, caso isso
ocorra, as obras indicadas pela concessionária deverão ser suportadas pelo
empreendedor.
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
A rede de esgotos possui condições de atendimento da coleta de todo
efluente sanitário produzido pelo empreendimento afastando-os com
destino para a Estação de Tratamento de Esgotos. Poderá ser necessário
reforços ou ampliação do sistema por meio de obras complementares para
viabilização do esgotamento sanitário pela rede pública, entretanto, caso
isso ocorra, as obras indicadas pela concessionária deverão ser suportadas
pelo empreendedor.
SANEAMENTO AMBIENTAL SITUAÇÃO
Abastecimento de Água Potável SIM
Esgotamento Sanitário SIM
Drenagem de Águas Pluviais SIM
Coleta de Resíduos Sólidos Domiciliares SIM
ENERGIA SITUAÇÃO
Abastecimento de Energia Elétrica SIM
Iluminção Pública SIM
Abastecimento de gás canalizado SIM
TELECOMUNICAÇÕES SITUAÇÃO
Telefonia SIM
TV a Cabo e rede de dados SIM
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DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
A rede de drenagem de águas pluviais possui sistema de guias, sarjetas, bocas
de lobos e galerias na AV. As águas coletadas são encaminhadas para o
sistema de macrodrenagem, composto por canais, córregos e rios.
RESÍDUOS SÓLIDOS
A Prefeitura presta os serviços de coleta e tratamento dos resíduos sólidos
urbanos e de varrição.
Os resíduos devem ser separados entre secos e úmidos. Os resíduos secos se
constituem naqueles que podem ser reciclados ou reaproveitados e os
úmidos correspondem àqueles de natureza orgânica e não passíveis de
reciclagem.
O tratamento dos resíduos é realizado com a disposição em aterro sanitário
localizado na cidade de Paulínia em aterro privado.
ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
A rede de distribuição de energia elétrica tem condições de atendimento do
empreendimento e serve ao imóvel. Os reforços ou ampliação do sistema,
bem como obras complementares para viabilização da ligação ao imóvel,
com a capacidade de carga exigida serão suportadas pelo empreendedor,
junto à concessionária local.
REDE VIÁRIA E TRANSPORTES PÚBLICOS
Este componente não foi avaliado, pois o escopo do relatório não contempla
os aspectos de trânsito, sendo avaliado separadamente.
4.7.4.Referências Urbanas e Patrimônio Cultural
A presença mais marcante na AV que se constituem referencial urbano
significativo é a sede da CPFL – Companhia Paulista de Força e Luz.
Do ponto de vista da conservação ambiental, é importante observar área
com remanescente de vegetação às margens do córrego situado entre as
ruas Jasmim e Lauro Vanucci, bem como o Parque Portugal.
Não foram localizados na AV bens tombados pelo CONDEPHAAT - Conselho
de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueologico, Artístico e Turístico do
Estado de São Paulo ou pelo CONDEPACC – Conselho de Defesa do
Patrimônio Cultural de Campinas.
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4.7.5.Situação dos Equipamentos Comunitários na Vizinhança
A seguir são apresentados o Quadro 4.7.5-1 e a Figura 4.7.5-1 com a
identificação e localização dos principais equipamentos comunitários e
referenciais urbanos nos arredores do empreendimento.
Quadro 4.7.5-1 Equipamentos Comunitários e Referenciais Urbanos.
Fonte: Levantamento de Campo eambiente.
Nota: observar localização dos equipamentos conforme indicação no mapa da figura 4.7.5-1.
ID EQUIPAMENTOS DE EDUCAÇÃO
1 Unversidade Anahanguera
2 Escola Infantil Giz de Cera
3 Escola Fundamental Múltiplo
EQUIPAMENTOS COMUNITÁRIOS
4 CEPROTAR - Centro Comunitário Jarim Prof. Tarsilla
EQUIPAMENTOS DE LAZER
5 Parque
6 Praça
7 Área Verde - Área de Preservação Permanente
REFERENCIAIS URBANOS
8 CPFL
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4.7.6.Indicadores de Valor da Terra
Para apuração do valor da terra tomou-se como parâmetro o valor venal dos
imóveis envolvidos no projeto do empreendimento. Por esse parâmetro,
para a região o valor venal médio da terra é de R$ 738,94 o metro quadrado
em valores atuais para o ano de 2020.
4.7.7.Zoneamento e Disciplina de Uso do Solo na Vizinhança
O empreendimento encontra-se na Macrozona de Estruturação Urbana, na
ZM1 – Zona Mista 1 .
4.8.QUALIDADE AMBIENTAL DA PAISAGEM
A paisagem local é caracterizada pelo uso intensivo do solo para o exercício
de atividades urbanas. Tendo sido o ambiente natural original
completamente alterado pelos séculos de ocupação do território, com um
alto grau de degradação de seus elementos naturais. Não restando da
cobertura vegetal fragmentos significativos com vegetação contínua, apenas
alguns conjuntos de árvores isoladas e fragmentos menores, situados em
logradouros públicos e no interior de lotes ou parques.
Situada numa região de clima subtropical úmido, a AV possui regime de
ventos predominantes provenientes principalmente do quadrante ESE e
secundariamente de SE, o que influencia diretamente os deslocamentos de
ar e a dispersão da poluição atmosférica.
O relevo na AV é caracterizado por estar numa zona pertencente a um
sistema de colinas com vales entalhados a pouco entralhados, cujos terrenos
predominantemente são originários de rochas de origem ígnea.
Na AV se encontram 2 nascentes aparentes de cursos d’água, que guardam
alguma vegetação de proteção nas suas bordas, apesar do alto grau de
urbanização.
A AV está inserida numa região urbana sendo que os rios e córregos são
classificados como classe 2.
Como visto, a AV é resultado do processo de urbanização que priorizou uma
ocupação intensa, porém dotada de infraestrutura que procurou minimizar
seus efeitos. As vias são pavimentadas, dotadas de guias, sarjetas e bocas de
lobo, há redes canalizadas de água e esgotamento sanitário, além da
eletrificação, iluminação pública e telecomunicações. Neste sentido, os
problemas de ordem geotécnica são mínimos, sendo os processos erosivos e
de degradação do solo minimizados pelo alto grau de impermeabilização da
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superfície. Por outro lado, essa situação contribui fortemente para os
processos hídricos diminuindo o tempo de concentração nos pontos mais
baixos das vertentes.
O ambiente sonoro na paisagem é característico de zonas mistas, com
influência do ruído proveniente do tráfego de veículos.
Na AV há opções de equipamentos de educação, comunitário e de lazer. Não
foi identificada a presença de equipamentos de saúde.
Por outro lado, a estrutura urbana existente facilita a distribuição
populacional e reforça o interesse comercial do empreendimento, bem como
a busca por equipamentos em outras regiões da cidade.
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5. ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS NA ÁREA DE
VIZINHANÇA
Neste capítulo é realizada a análise dos impactos na vizinhança com o
prognóstico da qualidade ambiental resultante com a implantação do
empreendimento em relação à qualidade ambiental da paisagem atual, sem
sua presença.
Como balizador desse processo é tomado como princípio geral questões
impositivas para o Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança – EIV,
estabelecidas pelo Estatuto da Cidade – Lei Federal 10.257, de 10 de julho de
2001, art. 37:
I – Adensamento populacional;
II – Equipamentos urbanos e comunitários;
III – Uso e ocupação do solo;
IV – Valorização imobiliária;
V – Geração de tráfego e demanda por transporte público;
VI – Ventilação e iluminação;
VII – Paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.
O conjunto de questões acima indicado propõe um conteúdo mínimo para
avaliação dos aspectos ambientais do empreendimento pelo EIV e seu
escopo pode ser complementado pelo Município, por meio de legislação que
regulamente o emprego deste instrumento da política urbana no âmbito
local. A equipe de avaliação pode também agregar a análise de outras
questões que julgar pertinentes, sendo que neste caso, a abordagem pode
ser decorrente do processo de avaliação ou facultativa.
A previsão do Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança no Município de
Campinas está contida no Plano Diretor – Lei Complementar nº 189-2018 e
na Lei de Parcelamento e Uso do Solo – Lei Complementar nº 208-2018 (Art.
162 a 170), tendo sido regulamentada pelo 20.633-2019. Prevê a avaliação
dos seguintes elementos, componentes ou fatores:
I – Adensamento populacional;
II- Demandas por serviços, equipamentos e infraestruturas urbanas e
O EIV pelo
Estatuto da
Cidade
Critérios para
Avaliação dos
impactos
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IMPACTOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 05
comunitárias;
III – Alterações no uso e ocupação do solo e seus efeitos na estrutura urbana;
IV – Efeitos da valorização ou desvalorização imobiliária da vizinhança;
V – Geração de tráfego e de demandas por melhorias e complementações
nos sistemas de transporte coletivo;
VI – Efeitos da volumetria do empreendimento e das intervenções
urbanísticas propostas em sua relação com as vias e logradouros públicos,
sobre a ventilação, iluminação, paisagem urbana, segurança, recursos
naturais e patrimônios históricos e culturais da vizinhança;
VII – Presença de risco à segurança pública;
VIII – Incomodidade decorrente de emissão de ruídos, vibração, odores e
particulados.
Considerando esses pontos procede-se a avaliação dos impactos na
vizinhança, partindo-se de considerações gerais sobre a paisagem que será
afetada e o critério para avaliação dos impactos.
O empreendimento está localizado numa zona urbana consolidada com
infraestrutura implantada. Portanto, a vizinhança pode ser caracterizada
como Ambiente de Uso Antrópico Intensivo, no qual se pressupõe, de
antemão, que quanto maior o grau de antropização, menor a vulnerabilidade
dos componentes naturais originais. Isso se deve ao alto nível de degradação
dos elementos naturais, muitas vezes já ausentes e/ou em situação
irreversível de reabilitação.
O histórico de uso e ocupação local demonstra que houve priorização dos
elementos artificiais, ou seja, oriundos do processo de antropização,
característicos do Meio Ambiente Urbano. A tipificação do ambiente local,
ou seja, meio de uso antrópico intensivo, permite afirmar que este é o meio
mais propício para geração de sobrecarga, baseado geralmente em modelos
geradores de impactos e degradação.
Para caracterizar a sobrecarga que o empreendimento provoca ou pode
provocar sobre o meio ambiente urbano, resta identificar seus aspectos
ambientais, entendidos como sendo os elementos de atividades e serviços
desenvolvidos na área diretamente afetada, que podem interferir com o
meio ambiente. Esses aspectos ambientais podem ser caracterizados a partir
da alteração potencial sobre o meio ambiente, desencadeadas por atividades
que causem: a) geração de emissões atmosféricas, ruídos, efluentes líquidos
Critérios para
Avaliação dos
impactos
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IMPACTOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 05
e resíduos; b) supressão de elementos do meio, supressão de vegetação,
entre outros e c) adição de elementos no meio, como na edificação e
impermeabilização de terrenos.
A seguir é realizada a avaliação de impactos, com a verificação das questões
ambientais propostas para o estudo e a descrição da situação futura.
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IMPACTOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 05
5.1.QUALIDADE AMBIENTAL QUANTO AO CLIMA
Neste item são descritas as alterações quanto ao microclima, em especial
relacionadas ao comportamento do sombreamento causado pela futura
edificação e a redistribuição dos ventos junto ao solo. Como já visto o
empreendimento é composto por edificações de baixa altura num ambiente
com edificações vizinhas próximas com gabarito restrito a poucos
pavimentos. O empreendimento é composto por 2 prédios térreos e 1 com
2 pavimentos, além de subsolo e, guarda afastamentos de edificações
vizinhas próximas.
Neste contexto não se identificou impactos negativos significativos com a
implantação do empreendimento. Como este fator está relacionado ao
mosaico de superfícies construídas e de elementos naturais, aponta-se para
um impacto negativo mínimo no microclima considerando a baixíssima
contribuição para alteração da situação atual, uma vez que o imóvel já se
encontra sem vegetação, independentemente da implantação do
empreendimento.
Os fatores ambientais mais afetados neste aspecto são a temperatura e
umidade relativa do ar, mas como a rua Jorge de Figueiredo Correa possui
arborização urbana defronte a CPFL forma uma área vegetada, capaz de
minimizar esse efeito que tende a ser ainda menor.
A presença da nova edificação proporcionará uma pequena modificação de
pressões atmosféricas, com possibilidade de ligeiro aumento na velocidade
do vento na ADA e vizinhança imediata (AID). Não há medidas indicadas, já
que as alterações serão imperceptíveis.
5.1.1.Insolação e Sombreamento
Para avaliar o impacto de sombreamento que o empreendimento vai causar
na vizinhança, descartou-se os estudos de projeção de sombras em razão da
baixa altura das edificações e dos vazios entre os edifícios projetados e as
edificações já existentes na vizinhança.
As edificações projetadas não possuem altura para causar um sombreamento
significativamente extenso que venha alcançar áreas de interesse
socioambiental.
5.1.2.Ventilação
As paredes dos edifícios que estejam expostas à ação direta dos ventos estão
sujeitas a pressões positivas, enquanto as paredes posteriores e a cobertura
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IMPACTOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 05
do prédio estão sujeitas a pressões negativas. A distribuição das pressões
sobre o edifício depende da direção dos ventos com relação ao edifício, do
fato de estar exposto ou protegido de correntes de ar, da velocidade do
vento e do ângulo de incidência. Aqui, serão consideradas as duas primeiras
citações, pois não se pretende avaliar a condição de conforto do edifício, mas
as alterações provocadas pela sua implantação.
O posicionamento do edifício está exposto aos ventos dominantes em sua
parte frontal (R. Jorge FC). Os recuos formados entre as edificações
favorecem a penetração dos ventos, garantido boa ventilação do conjunto e
dos seus arredores. O prédio a CPFL se constitui num obstáculo significativo
na vizinhança e tende a proteger o empreendimento dos ventos mais
intensos.
Entretanto, as alterações nas zonas de alta e baixa pressão contribuem para
o favorecimento da redistribuição da circulação de ar com aumento local na
velocidade dos ventos, que tendem retornar ao seu estado original.
5.2.QUALIDADE AMBIENTAL QUANTO À SITUAÇÃO DO AR E
AMBIENTE SONORO
Neste item são descritas as alterações que o empreendimento pode causar
na qualidade do ar e no ambiente sonoro. Como visto nos capítulos
anteriores não está especificado uso de combustíveis na operação, apenas a
previsão de ligação à rede de Gás Natural. Na obra serão utilizados óleo
diesel e GLP em máquinas e equipamentos com geração de ruídos e no apoio
ao canteiro. O resultado da avaliação identificou a possibilidade dos efeitos:
a) Incremento na emissão de material particulado no ar pela dispersão de
material pulverulento, durante as obras;
b) Incremento na emissão de material particulado no ar pela queima de
combustíveis fósseis por equipamentos e veículos, durante as obras;
c) Incremento na emissão de material particulado no ar pela queima de
combustíveis fósseis (gás) por equipamentos, na operação;
d) Incremento na geração de ruído na vizinhança, durante as obras;
Todos os impactos foram considerados pouco significativos ou irrelevantes,
uma vez que não possuem capacidade de alterar a qualidade do ar
isoladamente.
Quanto à geração de ruídos, as medidas preconizadas mitigam ou controlam
com eficiência os efeitos adversos, quando necessário, sendo que as
implicações mais intensas são durante as obras e possuem caráter
temporário e são plenamente reversíveis após o término da construção.
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IMPACTOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 05
5.2.1.Qualidade do Ar
As atividades geradoras de emissões atmosféricas ocorrem na obra. As
emissões são provenientes do manejo de material pulverulento, como areia,
e na queima de combustível fóssil, como óleo diesel, utilizado em
equipamentos e veículos e GLP como apoio no canteiro e obras, para alguns
serviços ou no aquecimento e alimentos. Para minimizar a dispersão de
material pulverulento indica-se o cuidado na armazenagem de areia,
cimento e argamassas semiprontas. O cimento e as argamassas devem ser
mantidos em suas embalagens em local coberto. Já a areia deve ser
armazenada em pilhas recobertas por lona ou outra forma de proteção
contra as ações da chuva e vento.
Para minimizar a emissão de material particulado pelo uso de equipamentos
e veículos movidos a diesel, indica-se adoção de um rígido controle de
manutenção para evitar a emissão de fumaça preta, pois desta forma o
empreendedor estaria contribuindo para emissão de gases dentro das
normas admitidas pelo PROCONVE, do IBAMA. É nesse período que ocorre
também a maior concentração de emissões de material pulverulento pelo
manejo de resíduos. Neste sentido, para minimizar a dispersão dos materiais
mais finos, é recomendada a cobertura e umectação dos materiais a serem
transportados, diminuindo a possibilidade de dispersão pelo vento.
Já o uso do GLP para queima na utilização de equipamentos de cozinha na
obra possui um caráter positivo, pois dentre todos os combustíveis, ao lado
do gás natural, são considerados menos poluentes.
Na fase de operação ocorrem emissões atmosféricas de caráter difuso e
frequência de emissão irregular, pois são provenientes do uso de
equipamentos movidos a Gás Natural normalmente encontrados em
qualquer estabelecimento ou na residência das pessoas para a cocção de
alimentos.
É importante destacar que todas as emissões atmosféricas durante as obras
não possuem capacidade de alterar a qualidade do ar e são temporárias e
plenamente reversíveis. Durante a obra e a operação, devido ao baixo
impacto do GLP e o Gás Natural, seus usos já é uma medida positiva. Já a
queima de óleo diesel, apesar de ter uma capacidade maior de poluição, em
função da baixa frequência de utilização, não se torna um problema para a
vizinhança, uma vez que os dispositivos possuem equipamentos e formas de
controle para dispersão das emissões.
Portanto, apesar das emissões atmosféricas previstas não possuírem
intensidade capazes de alterar a qualidade do ar, as medidas recomendadas
Escala de
Ringelmann
Reduzida
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visam diminuir eventuais incômodos na vizinhança. Quanto ao ambiente de
trabalho, recomenda-se o uso de EPIs.
5.2.2. Qualidade do Ambiente Sonoro
As atividades geradoras de pressão sonora durante a obra são provenientes
do uso de equipamentos ruidosos, tais como escavadeiras, serras, etc. Como
em muitos momentos o enclausuramento da fonte não é possível, admite-se
que ocorra níveis de ruído na comunidade próximos até 90 dB(A) em alguns
momentos. Para que a obra transcorra com o menor impacto na vizinhança,
a melhor medida e cuidado neste fator é limitar o uso desses equipamentos
durante o horário diurno, quando o ruído de fundo é mais elevado e o
impacto da propagação do ruído causa menor incômodo.
Apesar da possibilidade de haver a elevação dos níveis de ruído na
vizinhança, este ocorrerá preponderantemente no período diurno e é
temporário, sendo totalmente reversível.
Portanto, apesar dos ruídos previstos possuírem intensidade para alterar o
ambiente sonoro na fase de obras, as recomendações visam diminuir
eventuais incômodos na vizinhança. Quanto ao ambiente de trabalho,
recomenda-se o uso de EPIs.
5.3.QUALIDADE AMBIENTAL QUANTO À PAISAGEM, PATRIMÔNIO
NATURAL E CULTURAL E O USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
Neste item são descritas as alterações que o empreendimento pode causar
na paisagem, entendida como um conjunto de elementos naturais e culturais
que formam uma composição momentânea das áreas de estuo e influência
analisadas. São descritos componentes e fatores relacionados ao solo
(geomorfologia, geotecnia e qualidade), recursos hídricos (superficiais e
subterrâneos), vegetação e fauna, uso do solo, bens naturais protegidos e
bens culturais de interesse. O resultado da avaliação identificou a
possibilidade dos seguintes impactos:
a) Comprometimento de volume em local de aterro para receber o solo
escavado e os resíduos da construção;
b) Comprometimento de recursos naturais minerais e madeira para
construção civil;
c) Alteração do relevo (perfil do terreno);
d) Possibilidade de alteração da vertente de equilíbrio com início de
processos erosivos e possibilidade de alteração da qualidade das águas
superficiais pela concentração de sólidos em suspensão decorrentes de
atividades no canteiro de obra;
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IMPACTOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 05
e) Possibilidade de alteração da qualidade do solo, das águas superficiais
e subterrâneas pelo potencial de contaminação de atividades
desenvolvidas na obra e geração de resíduos da construção;
f) Possibilidade de alteração da qualidade do solo, das águas superficiais
e subterrâneas pelo potencial de contaminação do manejo de resíduos
sólidos urbanos, esgotos e armazenamento de combustível líquido;
g) Alteração na quantidade de infiltração das águas pluviais no solo;
h) Alteração de volume e velocidade de escoamento das águas pluviais;
i) Alteração na qualidade da paisagem, considerando seus elementos
naturais e artificiais.
O comprometimento de áreas de bota-fora e de locais de jazida mineral e
extração de madeira irão ocorrer fora dos limites da Área de Vizinhança – AV,
mas dentro dos limites da Área Municipal – AM para bota-fora e fora a AM
quanto às jazidas de insumos. O gerenciamento na geração e destinação dos
resíduos, bem como cuidados na aquisição dos materiais contribuem para
minimizar os efeitos negativos dessa demanda.
Os demais impactos ocorrerão dentro dos limites da AV. Sendo que as
medidas recomendadas, relacionadas a seguir, compensam, mitigam,
controlam ou potencializam positivamente seus efeitos satisfatoriamente.
5.3.1.Componentes Geotécnicos
O projeto do empreendimento previu a escavação do solo para acomodação
do empreendimento. Com a terraplenagem é removido um volume pequeno
de solo. Portanto, há uma alteração pouco importante no perfil natural do
terreno, cuja percepção foi modificada conforme cota de implantação do
pavimento subsolo e áreas de acesso. Este impacto possui caráter irreversível
e permanente. Recomenda-se como medida de controle, documentar o
processo de implantação das contenções e drenagens.
No imóvel não foi identificada presença de processos erosivos relevantes ou
outros problemas de ordem geotécnica. Com as medidas de projeto não se
espera alterações significativas neste contexto. Os riscos de erosão, de
transporte de material particulado e assoreamento dos cursos d’água estão
associados exclusivamente à fase de obra. Entretanto, serão temporários e
completamente reversíveis, caso ocorram. Recomenda-se para este impacto
como controle ambiental, adoção de caixa para retenção de sedimentos no
caminho da drenagem provisória da obra.
Com a remoção de solo e a geração de resíduos durante o processo de
construção do empreendimento, haverá comprometimento de volume
correspondente em local de bota-fora. Para minimizar esse impacto
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IMPACTOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 05
recomenda-se a elaboração e implantação do Plano de Gerenciamento de
Resíduos da Construção Civil - PGRCC, como medida visando evitar ou
diminuir a geração de resíduos e promover o manejo e a destinação
sustentável. É importante salientar que esse comprometimento ocorrerá
fora da AV, tendo em vista a falta de opções de locais legalmente autorizados
na localidade para receber, tanto o solo, como os demais resíduos.
Para a construção do empreendimento haverá, ainda, a demanda por
recursos naturais como areia, pedra e madeira. O comprometimento de
jazidas ou áreas de reflorestamento ou florestas ocorrerá além da vizinhança
do imóvel. Como medida para minimizar os impactos indica-se controle na
compra desses materiais, procurando rastrear suas origens, adquirindo os
produtos de empresas legalmente licenciadas.
Desta forma, entende-se que a sobrecarga imposta pelo empreendimento
quanto a este componente da paisagem, está devidamente mitigado, com
métodos de controle que diminuem os efeitos adversos na vizinhança e no
próprio imóvel, bem como nos locais de origem de recursos naturais e locais
de destino de bota-fora.
5.3.2.Qualidade do Solo e das Águas Subterrâneas e Superficiais
A possibilidade de alteração da qualidade do solo e das águas superficiais e
subterrâneas com a contaminação por agentes tóxicos presentes em
atividades da obra que guardam algum potencial de contaminação é de
ocorrência incerta, pois se forem tomadas as medidas preconizadas pode ser
totalmente evitado. Este risco está associado a atividades como a geração de
efluentes sanitários, o manejo de resíduos sólidos, a manutenção de
máquinas e equipamentos e a exposição de recursos ambientais a agentes
contaminantes. Neste fator são recomendadas as seguintes medidas:
- Ligação provisória de esgotamento sanitário para a obra junto à
concessionária local;
- Elaboração e implantação do PGRCC – Plano de Gerenciamento de Resíduos
da Construção Civil;
- Segregação dos resíduos sólidos urbanos conforme sua classe e destinação
para coleta pública e empresas de reciclagem.
5.3.3.Áreas Permeáveis, Drenagem, Vegetação e Fauna
O empreendimento diminuirá a impermeabilização do solo com a respectiva
diminuição no volume de contribuição e na velocidade de escoamento das
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IMPACTOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 05
águas de chuva e irá aumentar a quantidade de águas pluviais que
naturalmente infiltrarão no terreno, uma vez que a ocupação anterior por
um estacionamento mantinha o terreno 100% impermeabilizado. Está
prevista impermeabilização do solo numa taxa de 86,17%, conforme projeto.
Contudo, para potencializar os impactos na rede de drenagem, referente à
área que será mantida impermeável, está prevista a detenção provisória de
águas pluviais com o intuito de diminuir a contribuição do imóvel no pico da
chuva. A retenção de águas pluviais pela primeira hora de chuva, antes da
liberação das águas pelo empreendimento, contribui para o retardamento
do escoamento ao ponto de concentração, permitindo-se um menor impacto
nas situações de cheia e inundações na sub bacia em que se localiza.
Para implantação do empreendimento não haverá supressões de vegetação
arbórea ou contínua.
5.3.4.Uso e Ocupação do solo
O empreendimento projetado possui uso não residencial em prédio de
médio porte e baixa altura que irá alterar o uso do solo atual do imóvel. A
propriedade está atualmente sem uso urbano, tendo sido ocupada
anteriormente por estacionamento.
Seus efeitos na AV são praticamente irrelevantes no sentido de alterar o uso
do solo, pois a maioria dos imóveis lindeiros já possuem utilização
consolidada, com baixo potencial de alteração de suas tipologias em função
das características dos lotes e das edificações em uso. Sendo baixa a
possibilidade de o empreendimento promover uma indução de alteração de
uso, apesar de seu porte.
Portanto, entende-se que o empreendimento não possui capacidade de
induzir uma modificação no uso do solo na vizinhança.
5.3.5.Paisagem Urbana e Bens Naturais e Culturais
O empreendimento propõe edificação com altura máxima que não infringe
regras edilícias e estão em acordo com o que é encontrado na região, não
causando qualquer interferência no campo visual de bens tombados,
referenciais urbanos ou bens ou equipamentos de interesse cultural. Não irá
causar qualquer interferência negativa ao patrimônio seja material ou
imaterial.
Além disso, antes do empreendimento o terreno estava totalmente isolado
do seu entorno. Desta forma, entende-se que irá promover melhoria na
composição da paisagem, incorporando na vizinhança elementos
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IMPACTOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 05
construtivos que impactarão positivamente na relação sensorial e semiótica
na vizinhança e corresponde aos intuitos do Plano Diretor dando plena
função social a propriedade.
Complementarmente há de se destacar que para o desenvolvimento do
projeto não haverá interferência com área de preservação permanente APP
ou qualquer outro tipo de área protegida.
5.4.QUALIDADE AMBIENTAL QUANTO À INFRAESTRUTURA URBANA
Neste item são descritas as alterações quanto à demanda e infraestrutura
dos equipamentos urbanos de energia, em especial relacionadas ao
fornecimento de energia elétrica, gás e óleo diesel; telecomunicações; e
saneamento ambiental. O resultado da avaliação identificou os seguintes
efeitos:
a)Incremento na demanda de energia elétrica;
b)Incremento na demanda por telecomunicações;
c)Incremento na demanda de Gás Natural;
d)Incremento na demanda de abastecimento de água;
e) Incremento da sobrecarga na rede de esgotamento sanitário;
f)Atenuação da sobrecarga na rede de drenagem urbana;
g)Incremento na demanda por coleta pública de resíduos sólidos;
Para potencializar os efeitos na drenagem urbana é adotada a instalação de
reservatório de retenção. Para minimizar os impactos da geração de resíduos
sólidos é indicada a separação dos resíduos conforme sua classe e destinação
sustentável dos recicláveis e encaminhamento dos resíduos orgânicos para
aterro sanitário.
A maioria dos impactos é neutralizada, uma vez que as concessionárias
possuem capacidade instalada para atender o empreendimento, bastando,
em alguns casos, eventuais adaptações de rede que podem ser arcadas pela
concessionária ou pelo empreendedor conforme o interesse econômico de
cada situação.
5.4.1.Demanda e Apropriação de Infraestrutura de Energia e
Telecomunicações
A AV do empreendimento é dotada de infraestrutura adequada para o
atendimento de energia elétrica e de telecomunicações. Além disso, está
inserida numa região com quantidade satisfatória de distribuidores de
combustíveis.
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IMPACTOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 05
O empreendedor deverá realizar contatos com as concessionárias para
viabilização do atendimento, conforme especificações técnicas
normatizadas. Desta forma, o empreendedor deverá promover as obras
internas indicadas pelas concessionárias para viabilizar o acesso junto a cada
operador de rede, além de viabilizar junto a cada concessionária as extensões
ou adaptações de redes necessárias. Tais medidas são comumente usuais
neste tipo de projeto e obra.
5.4.2.Demanda e Apropriação de Infraestrutura de Saneamento
Ambiental
A região do empreendimento é dotada de infraestrutura completa, com a
prestação dos serviços públicos de abastecimento de água, esgotamento
sanitário, drenagem de águas pluviais, e coleta de resíduos sólidos urbanos.
Suas respectivas redes estão dimensionadas para uma situação de zona de
uso misto. Para a rede de drenagem há condição de atendimento pela
situação atual, uma vez que o empreendimento irá promover medidas que
atenuarão o incremento na contribuição de águas pluviais para o sistema. O
empreendimento será dotado com reservatório de detenção de águas
pluviais. Para a coleta de resíduos sólidos regular na região é indicada a
separação entre recicláveis e orgânicos.
Desta forma, o empreendedor deverá promover as obras necessárias quanto
à retenção das águas pluviais, manter abrigo de resíduos compatível aos
volumes gerados e atender demais exigências das concessionárias locais para
viabilizar o atendimento do abastecimento de água potável e o esgotamento
sanitário pelas respectivas redes públicas de água e esgoto.
5.5.QUALIDADE AMBIENTAL QUANTO À ECONOMIA E
VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA
Neste item são descritas as alterações que o empreendimento pode causar
na área econômica. O resultado da avaliação identificou a possibilidade dos
seguintes impactos:
a) Incremento na geração de empregos temporários e permanentes;
b) Incremento na arrecadação do IPTU – Imposto Predial e Territorial
Urbano e ISS – Imposto sobre Serviços, ambos provenientes da área a
ser construída no imóvel;
c) Valorização restrita do imóvel, sem alteração do valor da terra.
Quanto aos efeitos na economia pode-se afirmar que só haverá impactos
positivos, sendo recomendado ao empreendedor que adote medidas que
potencialize esses benefícios como a contratação de operários e demais
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IMPACTOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 05
funcionários que residam preferencialmente na cidade.
5.5.1.Finanças Municipais
A modificação estrutural do imóvel com a tipologia adotada propõe um
aumento da área construída, o que favorece a arrecadação do IPTU –
Imposto Territorial e Predial Urbano e do ISS – Imposto sobre Serviços, pois
o aumento da área construída refletirá positivamente nos valores devidos,
mesmo que não haja majoração do valor venal por metro quadrado de área
construída. Desta forma, o Município poderá arrecadar mais impostos de
modo a contribuir com novos investimentos na cidade.
5.5.2.Valorização Imobiliária
A valorização imobiliária no caso apresentado está diretamente relacionada
à ampliação da área construída, uma vez que o imóvel estava com
subutilização (estacionamento). A nova construção possui padrão de
ocupação semelhante aos prédios comerciais que já ocorrem na AV e não
possui condições de alterar os padrões de ocupação da região em que está
inserido, não havendo neste sentido, alterações no valor da terra, seja
positiva ou negativamente.
5.6.QUALIDADE AMBIENTAL QUANTO À QUALIDADE DE VIDA E
ADENSAMENTO POPULACIONAL
Neste item são descritas as alterações que o empreendimento pode causar
quanto aos fatores populacionais e demográficos na área de vizinhança.
O resultado da avaliação não identificou possibilidade de impactos diretos e
significativos na AV, uma vez que se trata de empreendimento não
residencial. Como não haverá população residente não alterará o balanço
demográfico da região. No mesmo sentido, não irá impactar as redes de
serviços públicos de educação e de saúde na AV. Portanto não há indicação
de medidas.
5.6.1.Adensamento e Fatores Populacionais
Campinas é um município de grande porte em termos populacionais com
uma densidade demográfica acima dos padrões encontrados na RM de
Campinas.
O incremento populacional que o estabelecimento proporcionará não
causará impacto nas taxas de densidade demográfica, pois não há previsão
de residência no local. Tampouco alterará os aspectos relacionados à faixa
etária, renda ou de distribuição de gênero.
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IMPACTOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 05
Não se espera atração de população ou de atividades nos arredores
especificamente pela empesa, pois se trata de um empreendimento com
outros similares na AV em região urbana consolidada.
5.6.2.Qualidade de Vida
Como visto, com o novo estabelecimento não se espera demanda por
equipamentos comunitários.
Por outro lado, o empreendimento dispõe de alguns pontos de livre
circulação, que podem proporcionar a possibilidade de algum convívio social
entre colaboradores e usuários, dependendo das atividades a serem
desenvolvidas pelos futuros locatários.
5.7.QUALIDADE AMBIENTAL QUANTO AO TRÁFEGO E DEMANDA
POR TRANSPORTE PÚBLICO
Os fatores relativos à circulação e transporte não fizeram parte do escopo
contratado para elaboração deste relatório, sendo apresentado
separadamente como anexo.
5.8.COMPATIBILIDADE À LEGISLAÇÃO URBANISTICA
Para análise objetiva deste componente, limita-se a verificação conforme
declarado no projeto em relação aos índices da legislação aplicável.
O empreendimento encontra-se de acordo com o zoneamento, atendendo,
a princípio, as normas urbanísticas e edilícias para o local e em consonância
com as premissas de uso e ocupação da área. É importante ressaltar que esta
avaliação quanto às normas municipais, não substitui a análise do projeto e
a deliberação por sua aprovação, a ser procedida pela Prefeitura, e, pode
conter interpretações divergentes da conclusão oficial.
5.9.SÍNTESE
A seguir é apresentado quadro relacionando os impactos identificados, a
classificação segundo sua natureza e as medidas indicadas para compensá-
los, mitigá-los, controlá-los ou potencializá-los.
A definição de medidas de mitigação de impacto no trânsito não fez parte do
escopo deste relatório, tendo sido apresentadas separadamente.
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IMPACTOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 05
IDENTIFICAÇÃO DO IMPACTO NATUREZA MEDIDA RECOMENDADA
1 Alteração do microclima – umidade e temperatura NEUTRA Não há medidas, uma vez que o impacto foi considerado irrelevante
2 Alteração do microclima - elevação da velocidade dos ventos
NEUTRA Não há medidas, uma vez que o impacto foi considerado irrelevante
3 Incremento na emissão de material particulado e pulverulento na fase de obras
NEGATIVA
Armazenar cimento e argamassas semiprontas em suas embalagens e locais cobertos
Armazenar areia em pilhas recobertas por lona
Realizar manutenção de veículos e equipamentos
Promover a cobertura e umectação de resíduos e solo
Usar EPIs adequados
4 Incremento na emissão de material particulado no ar pela queima de combustíveis fósseis (gás) por equipamentos, na operação
NEUTRA Não há medidas, uma vez que o impacto foi considerado irrelevante
5 Incremento na geração de ruído na vizinhança durante as obras
NEGATIVA Controlar o horário de funcionamento da obra
Usar EPIs adequados
6 Comprometimento de volume em local de aterro para receber solo e resíduos da construção
NEGATIVA Elaborar e implantar PGRCC
7 Comprometimento de recursos naturais minerais e madeira para construção civil
NEGATIVA Controlar a compra de materiais e rastrear suas origens
8 Alteração do relevo (perfil do terreno) NEGATIVA Documentar o processo de contenção e drenagem
9
Possibilidade de alteração da vertente de equilíbrio com início de processos erosivos e possibilidade de alteração da qualidade das águas superficiais pela concentração de sólidos em suspensão decorrentes de atividades no canteiro de obra
NEGATIVA Implantar caixa para retenção de sedimentos no caminho da drenagem provisória da obra
10
Possibilidade de alteração da qualidade do solo, das águas superficiais e subterrâneas pelo potencial de contaminação de atividades desenvolvidas na obra e geração de resíduos da construção
NEGATIVA
Elaborar e implantar PGRCC.
Providenciar ligação de esgotamento sanitário provisório no canteiro de obras
Usar EPIs adequados
11
Possibilidade de alteração qualidade do solo, das águas superficiais e subterrâneas pelo potencial de contaminação do manejo de resíduos sólidos urbanos
NEGATIVA
Segregar os resíduos sólidos urbanos na fase de operação entre recicláveis e orgânicos
Usar EPIs adequados para os trabalhadores do condomínio
12 Aumento na quantidade de infiltração das águas pluviais no solo
POSITIVA
Implantar área permeável e implantar e operar sistema de drenagem com reservatório de detenção provisória de águas pluviais, conforme projeto.
13 Atenuação de volume e velocidade de escoamento das águas pluviais
POSITIVA
Implantar área permeável e implantar e operar sistema de drenagem com reservatório de detenção provisória de águas pluviais, conforme projeto.
14 Alteração na qualidade da paisagem, considerando seus elementos naturais e artificiais
POSITIVA Não há medidas recomendadas. As soluções de projeto foram consideradas adequadas.
15 Incremento na demanda de energia elétrica NEUTRA Implantar medidas de projeto para viabilizar o atendimento pela concessionária
16 Incremento na demanda por telecomunicações NEUTRA Implantar medidas de projeto para viabilizar o atendimento pela concessionária
17 Incremento na demanda de gás (GN) NEUTRA Implantar medidas de projeto para viabilizar o atendimento pela concessionária
18 Incremento na demanda de abastecimento de água NEGATIVA Implantar medidas de projeto e eventuais adaptações na rede pública para viabilizar o atendimento pela concessionária local
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IMPACTOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 05
IDENTIFICAÇÃO DO IMPACTO NATUREZA MEDIDA RECOMENDADA
19 Incremento na sobrecarga da rede de esgotamento sanitário
NEGATIVA Implantar medidas de projeto e eventuais adaptações na rede pública para viabilizar o atendimento pela concessionária local
20
Atenuação da sobrecarga na rede de drenagem urbana
POSITIVA Implantar e operar sistema de drenagem com reservatório de detenção provisória de águas pluviais, conforme projeto.
21 Incremento na demanda por coleta pública de resíduos sólidos
NEGATIVA Manter abrigo de resíduos compatível aos volumes gerados de resíduos sólidos
22 Incremento na geração de empregos temporários e permanentes
POSITIVA Contratar mão de obra preferencialmente residente no Município
23 Incremento na arrecadação do IPTU e ISS proveniente da área a ser construída no imóvel
POSITIVA Não há medidas
24 Valorização restrita do imóvel POSITIVA Não há medidas
25 Possibilidade de alteração do valor da terra na vizinhança
NEUTRA Não há medidas, uma vez que o impacto foi considerado irrelevante
Quadro 5.9-1 – Síntese dos Impactos identificados e Medidas Recomendadas
Nota: não estão incluídas as medidas indicadas no RIT.
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MEDIDAS E PROGRAMAS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 06
6. MEDIDAS E PROGRAMAS DE GESTÃO AMBIENTAL
A seguir são apresentadas as medidas recomendadas organizadas por
programas de gestão conforme a fase de desenvolvimento do
empreendimento.
PROGRAMA DE GESTÃO E CONTROLE AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO
1 Armazenar cimento e argamassas semiprontas em suas embalagens originais em locais cobertos sobre paletes.
2 Armazenar areia em pilhas recobertas por lona ou outra forma de proteção contra as ações da chuva e do vento, de modo a minimizar a dispersão de material particulado na rede de drenagem e no ar
3 Realizar manutenção de veículos e equipamentos com controle e verificação para evitar a emissão de fumaça preta, em atendimento a legislação aplicável, utilizando escala de ringelmann reduzida - (CETESB)
4 Promover a cobertura e Umectação dos resíduos para seu transporte com objetivo de minimizar a dispersão atmosférica de material pulverulento na atmosfera
5
Usar EPI - Equipamentos de proteção Individual adequados para os trabalhadores da obra, com acompanhamento dos programas de saúde e segurança no trabalho, visando eliminar ou diminuir o perigo e o risco ao trabalhador no ambiente laboral e de atos inseguros pela não observação das normas de segurança, incluindo no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais o uso de equipamentos de proteção individual e coletiva
6 Controlar o horário de funcionamento da obra, de modo a minimizar possível perturbações na vizinhança
7 Documentar o processo de contenção e drenagem, demonstrando os cuidados com a estabilidade do terreno e aplicação das boas técnicas de engenharia para evitar efeitos na vizinhança
8 Implantar caixa para retenção de sedimentos no caminho da drenagem provisória da obra, a fim de evitar o carreamento de materiais e sedimentos para a rede de drenagem
9 Elaborar e implantar Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil - PGRCC, como medida para evitar ou diminuir a geração de resíduos e promover o manejo e a destinação sustentável
10 Providenciar ligação de abastecimento de água e esgotamento sanitário provisórios no canteiro de obras
11 Controlar a compra de materiais e rastrear suas origens, adquirindo os produtos de empresas legalmente licenciadas
12 Implantar medidas de projeto para viabilizar o atendimento pelas concessionárias
13 Implantar medidas de projeto e eventuais adaptações da rede para viabilizar o atendimento pela concessionária local de água e esgotos
14 Contratar mão de obra preferencialmente residente no Município
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MEDIDAS E PROGRAMAS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 06
PROGRAMA DE MONITORAMENTO AMBIENTAL
15 Segregar os resíduos sólidos urbanos na fase de operação entre recicláveis e orgânicos e encaminhá-los para reciclagem e aterro sanitário.
16 Manter abrigo de resíduos compatível aos volumes gerados.
17 Implantar área permeável e implantar e operar sistema de detenção provisória de águas pluviais com o intuito de diminuir a contribuição no pico da chuva e escoá-las após primeira hora de precipitação, de modo a retardar o ponto de concentração
18
Usar EPI - Equipamentos de proteção Individual adequados para os trabalhadores do condomínio, com acompanhamento dos programas de saúde e segurança no trabalho, visando eliminar ou diminuir o perigo e o risco ao trabalhador no ambiente laboral e de atos inseguros pela não observação das normas de segurança, incluindo no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais o uso de equipamentos de proteção individual e coletiva, bem como as atitudes recomendadas para serviços a serem executados no manejo de resíduos na operações relacionada ao grupo moto gerador.
PROGRAMA DE INSERÇÃO VIÁRIA DO EMPREENDIMENTO NA VIZINHANÇA
Implantar medidas mitigadoras previstas no RIT
Quadro 6-1 – Síntese das Medidas Recomendadas.
A seguir é apresentada a Matriz Geral de Impactos nos termos do Decreto 20.633-2019.
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MEDIDAS E PROGRAMAS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 06
ITENS
ASPECTOS ANALISADOS
IMPACTO JUSTIFICATIVA
MEDIDAS MITIGADORAS
FORMA DE MONITORAMENTO
CONFORME ART. 58 DESTE DECRETO
NEUTRO BAIXO MÉDIO ELEVADO
ADENSAMENTO POPULACIONAL
Nº HABITAÇÕES: X IMPACTO NÃO IDENTIFICADO NÃO HÁ NÃO HÁ
POPULAÇÃO PREVISTA: X MPACTO NÃO IDENTIFICADO NÃO HÁ NÃO HÁ
PROJEÇÃO DE INCREMENTO: X MPACTO NÃO IDENTIFICADO NÃO HÁ NÃO HÁ
QUALIDADE DE VIDA DOS MORADORES ATUAL E FUTURA:
X MPACTO NÃO IDENTIFICADO NÃO HÁ NÃO HÁ
CONDIÇÕES DE DESLOCAMENTO, ACESSIBILIDADE
CAMINHABILIDADE: X NÍVEL DE SERVIÇO IMPACTO ABSORVIDO NÃO HÁ
ACESSIBILIDADE: X FALTA DE RAMPAS IMPLANTAR RAMPAS EXECUÇÃO DE OBRA
SEGURANÇA DOS PEDESTRES: X AUMENTA TRAVESSIA IMPLNTAR TRAVESSIAS EXECUÇÃO DE OBRA
QUALIDADE URBANÍSTICA E AMBIENTAL E SUAS ALTERAÇÕES
X NATUREZA POSITIVA. EFEITOS DA
URBANIZAÇÃO.
NÃO HÁ NÃO HÁ
DEMANDA POR SISTEMA VIÁRIO E TRANSPORTES COLETIVOS
AUMENTO DO TRÁFEGO: X BAIXO TRÁFEGO GERADO IMPACTO ABSORVIDO NÃO HÁ
CAPACIDADE DAS VIAS DE ACESSO:
X NÍVEL DE SERVIÇO BOM NÃO HÁ NECESSIDADE NÃO HÁ
DEMANDA DO SISTEMA DE TRANSPORTE PÚBLICO:
X BOA REDE IMPACTO ABSORVIDO NÃO HÁ
POLOS GERADORES DE TRÁFEGO
RELAÇÃO COM O SISTEMA DE CIRCULAÇÃO INSTALADO:
X COMPATÍVEL NÃO HÁ NECESSIDADE NÃO HÁ
GERAÇÃO E A INTENSIFICAÇÃO: X COMPATÍVEL NÃO HÁ NECESSIDADE NÃO HÁ
VALORIZAÇÃO OU DESVALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA DECORRENTE DA ATIVIDADE
VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA: X IMPACTO POSITIVO. VALORIZAÇÃO DO
IMÓVEL EM DECORRÊNCIA DO INVESTIMENTO
NÃO HÁ NÃO HÁ
EXPULSÃO DEVIDO A VALORIZAÇÃO:
X MPACTO NÃO IDENTIFICADO NÃO HÁ NÃO HÁ
DESVALORIZAÇÃO: X MPACTO NÃO IDENTIFICADO NÃO HÁ NÃO HÁ
EXPULSÃO DEVIDO A VALORIZAÇÃO:
X MPACTO NÃO IDENTIFICADO NÃO HÁ NÃO HÁ
PROJEÇÃO DO VALOR IMOBILIÁRIO A PARTIR DA DEFINIÇÃO DO EMPREENDIMENTO:
X MPACTO NÃO IDENTIFICADO NÃO HÁ NÃO HÁ
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MEDIDAS E PROGRAMAS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 06
ITENS
ASPECTOS ANALISADOS
IMPACTO
JUSTIFICATIVA
MEDIDAS MITIGADORAS
FORMA DE MONITORAMENTO
CONFORME ART. 58 DESTE DECRETO NEUTRO BAIXO MÉDIO ELEVADO
POTENCIALIDADE DE INCÔMODOS
RUÍDOS:
X IMPACTO NEGATIVO TEMPORÁRIO COM
EQUIPAMENTOS AO AR LIVRE LIMITAÇÃO DO HORÁRIO DE
FUNCIONAMENTO DO CANTEIRO REGISTRO NO DIÁRIO DE OBRA OU PLANILHA
ESPECÍFICA DE ACOMPANHAMENTO
VIBRAÇÕES: X IMPACTO NEGATIVO TEMPORÁRIO COM
EQUIPAMENTOS DE FUNDAÇÃO LIMITAÇÃO DO HORÁRIO DE
FUNCIONAMENTO DO CANTEIRO REGISTRO NO DIÁRIO DE OBRA OU PLANILHA
ESPECÍFICA DE ACOMPANHAMENTO
ODORES (GASES, FUMAÇAS): X IMPACTO NÃO IDENTIFICADO NÃO HÁ NÃO HÁ
PARTICULADOS: X MANUSEIO DE MATERIAL
PULVEROLENTO COMO SOLO E AREIA E RESÍDUOS
UMECTAÇÃO DOS RESÍDUOS REGISTRO NO DIÁRIO DE OBRA OU PLANILHA
ESPECÍFICA DE ACOMPANHAMENTO
RESÍDUOS SÓLIDOS: X AUMENTO NA GERAÇÃO IMPLANTAR SEPARAÇÃO PARA
RECICLAGEM E IMPLANTAR ABRIGO COMPATÍVEL COM OS RESÍDUOS.
EXECUÇÃO DO ABRIGO
EQUIPAMENTOS COMUNITÁRIOS
EQUIPAMENTOS DE SAÚDE: X IMPACTO NÃO IDENTIFICADO NÃO HÁ NÃO HÁ
EQUIPAMENTOS DE EDUCAÇÃO: X IMPACTO NÃO IDENTIFICADO NÃO HÁ NÃO HÁ
EQUIPAMENTOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL:
X IMPACTO NÃO IDENTIFICADO NÃO HÁ NÃO HÁ
EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA:
X IMPACTO NÃO IDENTIFICADO NÃO HÁ NÃO HÁ
EQUIPAMENTOS DE LAZER: X IMPACTO NÃO IDENTIFICADO NÃO HÁ NÃO HÁ
EQUIPAMENTOS URBANOS
ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO E TRATAMENTO: X
AUMENTO DE DEMANDA DE ÁGUA E GERAÇÃO DE ESGOTOS
ATENDIMENTO DAS EXIGÊNIAS DAS CONCESSIONPARIAS
LIGAÇÃO EFETIVA DO IMÓVEL À CONCESSIONARIA.(PRIMEIRA CONTA)
DEMANDA DA REDE DE ENERGIA:
X AUMENTO D DEMANDA ATENDIMENTO DAS EXIGÊNIAS DAS
CONCESSIONPARIAS LIGAÇÃO EFETIVA DO IMÓVEL À
CONCESSIONARIA.(PRIMEIRA CONTA)
SISTEMA DE DRENAGEM / DEMANDA POR ÁREAS DE CONTENÇÃO DE CHUVAS: X
ATENUAÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO DE AGUAS PLUVIAIS PARA SISTEMA. VAI
DIMINUIR ÁREA IMPERMEÁVEL
ÁREA PERMEÁVEL E CAIXA DE RETENÇAÕ DE ÁGUAS PLUVIAIS
EXECUÇÃO DA OBRA
DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
X AUMENTO NA GERAÇÃO IMPLANTAR SEPARAÇÃO PARA
RECICLAGEM E IMPLANTAR ABRIGO COMPATÍVEL COM OS RESÍDUOS.
EXECUÇÃO DO ABRIGO
EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 102
MEDIDAS E PROGRAMAS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 06
PAISAGEM URBANA, NATURAL E CULTURAL
BENS NOTÁVEIS NA PAISAGEM: X IMPACTO NÃO IDENTIFICADO NÃO HÁ NÃO HÁ
PATRIMÔNIOS CULTURAIS, HISTÓRICOS E NATURAIS:
X IMPACTO NÃO IDENTIFICADO NÃO HÁ NÃO HÁ
VENTILAÇÃO E ILUMINAÇÃO: X ALTERAÇÃO INSIGNIFICANTE NÃO HÁ NÃO HÁ
VOLUMETRIA: X ALTERAÇÃO INSIGNIFICANTE NÃO HÁ NÃO HÁ
SOMBREAMENTO: X ALTERAÇÃO INSIGNIFICANTE NÃO HÁ NÃO HÁ
Quadro 6-2 –Matriz de Impacto Geral – conforme Anexo III – Decreto 20.633-2019.
EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 103
EQUIPE EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 07
7. EQUIPE TÉCNICA
RESPONSABILIDADE TÉCNICA
Fábio Ricardo Figueirinha Arquiteto e Urbanista CAU: A21631-3
COORDENAÇÃO GERAL E TÉCNICA
Fábio Ricardo Figueirinha Arquiteto e Urbanista CAU: A21631-3
ESPECIALISTAS
Fábio Ricardo Figueirinha Arquiteto e Urbanista CAU: A21631-3
Simone E. F. Bertoncini Advogada OAB: 203.128
EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 104
CONCLUSÃO EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 08
8. SÍNTESE E CONCLUSÕES
A avaliação e o balanço dos impactos ambientais esperados na implantação
do empreendimento e na sua capacidade de operação permitem concluir
sobre sua viabilidade ambiental e, em quais condições ela é garantida e
melhor aproveitada. Na sequência, encaminham-se as principais conclusões.
O objetivo maior do investimento é a implantação de um conjunto predial
destinado a locação comercial, sem usos definidos.
A edificação para o uso destinado é admitida pela legislação de uso e
ocupação do solo e Plano Diretor. A nova edificação qualificará o local com
um melhor aproveitamento de terreno e o consequente incremento na
arrecadação de impostos municipais, notadamente o IPTU relativo à área
construída maior.
Não foi necessária qualquer supressão de vegetação no local em razão d sua
ausência no imóvel. É necessária pequena execução de terraplenagem em
corte, com destino do solo escavado para bota-fora e a consequente
edificação do empreendimento.
Para mitigar os impactos sobre a drenagem urbana em decorrência da
impermeabilização parcial do terreno, foi indicada a implantação de um
sistema de drenagem com adoção de reservatório de detenção provisória
das águas pluviais. Essa medida minimiza a contribuição do empreendimento
para os episódios de cheias e inundações na cidade.
Na fase de construção os principais impactos negativos são os possíveis
incômodos à vizinhança durante as obras, devido ao ruído e no transporte e
destinação dos resíduos. Ambos estão sendo devidamente mitigados, no
caso do atendimento das medidas recomendadas, tais como limites no
horário de funcionamento da obra e elaboração e implantação de PGRCC,
nos termos da legislação aplicável.
Para a fase de operação a maior parte dos impactos é positiva ou neutra e
estão no meio socioeconômico. O destaque se dá na geração de empregos e
na geração de impostos. Do ponto de vista negativo, os principais impactos
são as demandas por equipamentos urbanos, porém suas magnitudes são
baixas, sem necessidade de se estabelecer medidas importantes para mitiga-
los, apenas eventuais condicionantes de instalação das respectivas
concessionárias.
As medidas recomendadas visam atenuar os incômodos à população ou
minimizar os efeitos nos equipamentos públicos, bem como na qualidade da
EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 105
CONCLUSÃO EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS 08
paisagem e estão no âmbito de gerenciamento do empreendedor, não
havendo qualquer risco externo para serem implantadas.
Quanto aos fatores relacionados ao tráfego de veículos e pedestres ressalta-
se que não fizeram parte do escopo deste relatório, tendo sido desenvolvido
separadamente.
As demais ações identificadas que geram impactos de vizinhança, em sua
maioria, terão pouca influência para alterar significativa e negativamente o
meio ambiente local ou regional e a vizinhança, pois são pouco relevantes e
as mais intensas restritas ao período de execução da obra, sendo a maior
parte delas reversíveis.
Ressalta-se, ainda, que medidas preconizadas para evitar, controlar e/ou
mitigar os impactos são de alta eficácia, pois resultam de decisões quase
sempre concentradas no empreendedor, não dependendo de outras
instituições que possam prejudicar um determinado prazo ou objetivo.
Portanto, pelo exposto conclui-se que não há obstáculos ambientais de
vizinhança para implantação do empreendimento, desde que seja observada
a legislação urbanística e edilícia aplicável e tomadas as medidas
recomendadas, sendo sua instalação e operação viável do ponto de vista do
balanço dos impactos.
EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 106
REFERÊNCIAS
EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS
REFERÊNCIAS
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EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 107
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LORENZI, Harri. Árvores Brasileiras – manual de identificação e cultivo de
plantas arbóreas nativas do Brasil. 2. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum,
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EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 108
REFERÊNCIAS
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VELOSO, P. H., RANGEL-FILHO, A. L. R. E LIMA, J. C. A. 1991. Classificação da
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Congonhas. Disponível em www.windfinder.com.
EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 109
GLOSSÁRIO EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS
GLOSSÁRIO
Água Subterrânea – Água de ocorrência natural na zona saturada do subsolo.
Área de influência – área geográfica na qual são detectáveis os impactos de
um projeto.
Aspecto ambiental – elemento das atividades, produtos ou serviços de uma
organização que pode interagir com o meio ambiente.
Biota – comunidade de organismos vivos.
Componente ambiental – termo que designa uma parte de um elemento
ambiental quando tomado isoladamente. Ex. temperatura da água, espécie
de vegetação.
Densidade Demográfica – resultado da divisão da população pela área
ocupada, expresso geralmente em habitantes por quilômetro quadrado.
Elemento ambiental – termo de ordem geral que designa uma parte de um
sistema ambiental. Ex. o ar, a água, a vegetação.
Fator ambiental – refere-se ao elemento ou componente do ponto de vista
da sua função específica no funcionamento do sistema ambiental. Ex.
qualidade ambiental.
Índice Pluviométrico – Referente a quantidade de chuva por metro
quadrado em determinado local e em determinado período.
Lençol Freático – lençol de água subterrâneo situado em nível pouco
profundo.
Plano Diretor – lei municipal que estabelece as diretrizes para a ocupação e
o desenvolvimento da cidade.
PIB – Produto interno Bruto, que corresponde a soma de todos os bens e
serviços produzidos em um determinado período e uma determinada região,
expresso em valores monetários.
EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 110
APÊNDICES E ANEXOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS
APÊNDICE 01 - LISTA DE ESPÉCIES DA FLORA E DA FAUNA
INTRODUZIDAS E DISPERSAS NA ÁREA URBANA
FLORA INTRODUZIDA NA ÁREA URBANA
NOME VULGAR CLASSIFICAÇÃO DA ESPÉCIE mangueira Mangifera indica
cítricas Citrus spp.
nêspera Eriobotrya japonica
amoreira Morus alba
abacateiro Persea americana
cerejeira do Japão Prunus serrulata
uva japonesa Hovenia dulcis
sapê Impera brasilliensis
capim-colonião Panicum maximum
vassouras Vernonia spp. Eupathorium spp.
taboa Typha angustifolia
lírio-do-brejo Hedychium coronarium
FAUNA INTRODUZIDA NA ÁREA URBANA
ESPÉCIES SILVESTRES
saguis Callitrhix jaccus, C. penicillata
ratão-do-banhado Myocator coypus
arara-maracanã Diopsittaca nobilis
papagaio-verdadeiro Amazona aestiva
garça-boiadeira Bubulcus ibis
galo-da-campina Paroaria dominicana
cardeal Paroaria coronata
ESPÉCIES DOMÉSTICAS
cão Canis lupus
gato doméstico Felis catus
pássaros Melopsittacus undulatus
ESPÉCIES PARA PRODUÇÃO E TRANSPORTE
frangos Gallus gallus
gados Bos taurus
cavalo equus caballus
suínos Sus domesticus
ESPÉCIES SINANTRÓPICAS
baratas Periplaneta americana e Blatella germanica
mosca Musca domestica
camundongo Mus musculus
ratazanas Rattus rattus, R. novergicus
pardal Passer domesticus
pomba Columba lívia
lagartixa Hemydactylus mabouia
rãs Rana spp
EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 111
APÊNDICES E ANEXOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS
FAUNA DISPERSA NA ÁREA URBANA
rolinha roxa Columbina talpacoti
pomba galega Columba cayennensis
anu preto Crotophaga ani
anu branco Guira guira
pardal Passer domesticus
quero-quero Vanellus chilensis
garça vaqueira Bubulcus ibis
EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 112
APÊNDICES E ANEXOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS
APÊNDICE 02
RELATÓRIO FOTOGRÁFICO
EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 113
APÊNDICES E ANEXOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS
RELATÓRIO FOTOGRÁFICO – LAUDA 1 – AV (AID)
01
Vista do Imóvel onde será desenvolvido o empreendimento objeto do estudo. Momento
anterior ao início as obras. Terreno 100% impermeável
02 Vista R. Jorge F. Corrêa - Sentido Centro → Bairro.
03 Vista R. Girassol – Sentido Bairro → Centro 04 Vista R. dos Lírios – Sentido Bairro → Centro.
05 Vista R. das Orquídeas – Sentido Centro → Bairro. 06
Vista R. Jorge F. Corrêa – Sentido Bairro → Centro.
EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 114
APÊNDICES E ANEXOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS
RELATÓRIO FOTOGRÁFICO – LAUDA 1 – AV (AII)
07 Vista da CPFL, a partir da R. Jorge F. Corrêa. 08 Vista de Escola Infantil Giz de Cera.
09 Vista de Escola de Ensino Fundamental Múltiplo. 10 Vista de APP na R. Jasmim.
Área com Vegetação Natural.
11 Vista R. Bento Arruda Camargo. 12
Vista R. Jasmim. Centro comercial.
EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 115
APÊNDICES E ANEXOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS
ANEXO 01
RRT – REGISTRO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA
EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 116
APÊNDICES E ANEXOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS
EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 117
APÊNDICES E ANEXOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS
EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 118
APÊNDICES E ANEXOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS
EIV-RIV-PRIMAVERA/ tranma- eambiente/ PJ-175-PRamalho-Primav-Campinas Página | 119
APÊNDICES E ANEXOS EIV-RIV – PRIMAVERA – CAMPINAS
ANEXO 02
RELATÓRIO DE IMPACTO NO TRÂNSITO - RIT