avaliaÇÃo final integradora 7ª fase questÃo 1- · 2019-12-06 · avaliaÇÃo final integradora...

37
AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias de sangue nas fezes, em eventos esporádicos, há um mês. Percebe que, além do sangramento que mancha a água do vaso sanitário, ocorre a exteriorização de mamilos hemorroidários durante a defecação, que regridem espontaneamente após a cessação do esforço. Tem realizado dieta adequada e atividade física regular, além de boa ingestão hídrica, mas permanece com constipação intestinal. A conduta correta que deverá ser adotada é: A) solicitar videocolonoscopia e indicar escleroterapia. B) indicar ligadura elástica dos mamilos hemorroidários. C) indicar a remoção do tecido hemorroidário (hemorroidectomia). D) recomendar aplicação retal de pomada de diltiazem a 2% de 8 em 8 horas por 8 semanas. E) recomendar a introdução de formadores de bolo fecal e laxativos até correção da constipação intestinal. Resposta: E. Comentários: As hemorroidas internas têm classificação que norteia o tratamento clínico/cirúrgico e o seu correto reconhecimento é fundamental para a tomada de decisão. A classificação é a seguinte: 1º Grau: sangramento anal sem prolapso; 2º Grau: sangramento e/ou prolapso com redução espontânea; 3º Grau: sangramento e/ou prolapso com redução manual; 4º Grau: sangramento e/ou prolapso irredutível. As hemorroidas de 2º grau são tratadas preferencialmente por meio de medidas dietéticas e comportamentais, incremento da ingestão hídrica e, caso não resolva, podem ser indicados o uso de formadores de bolo fecal, como psyllium seguidos pelos laxativos osmóticos (lactulose) até a correção da constipação intestinal. Os procedimentos ambulatoriais (ligadura elástica, escleroterapia e fotocoagulação) devem ser indicados em casos de falha terapêutica das primeiras opções. Fonte: GUSSO, G.; LOPES, J. M. C. Tratado de medicina e comunidade: princípios, formação e prática. 1. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. v. 2. (Média)

Upload: others

Post on 22-Apr-2020

19 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE

QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias de sangue nas

fezes, em eventos esporádicos, há um mês. Percebe que, além do sangramento que

mancha a água do vaso sanitário, ocorre a exteriorização de mamilos hemorroidários

durante a defecação, que regridem espontaneamente após a cessação do esforço. Tem

realizado dieta adequada e atividade física regular, além de boa ingestão hídrica, mas

permanece com constipação intestinal.

A conduta correta que deverá ser adotada é:

A) solicitar videocolonoscopia e indicar escleroterapia.

B) indicar ligadura elástica dos mamilos hemorroidários.

C) indicar a remoção do tecido hemorroidário (hemorroidectomia).

D) recomendar aplicação retal de pomada de diltiazem a 2% de 8 em 8 horas por 8

semanas.

E) recomendar a introdução de formadores de bolo fecal e laxativos até correção

da constipação intestinal.

Resposta: E.

Comentários: As hemorroidas internas têm classificação que norteia o tratamento

clínico/cirúrgico e o seu correto reconhecimento é fundamental para a tomada de

decisão. A classificação é a seguinte: 1º Grau: sangramento anal sem prolapso; 2º Grau:

sangramento e/ou prolapso com redução espontânea; 3º Grau: sangramento e/ou

prolapso com redução manual; 4º Grau: sangramento e/ou prolapso irredutível. As

hemorroidas de 2º grau são tratadas preferencialmente por meio de medidas dietéticas

e comportamentais, incremento da ingestão hídrica e, caso não resolva, podem ser

indicados o uso de formadores de bolo fecal, como psyllium seguidos pelos laxativos

osmóticos (lactulose) até a correção da constipação intestinal. Os procedimentos

ambulatoriais (ligadura elástica, escleroterapia e fotocoagulação) devem ser indicados

em casos de falha terapêutica das primeiras opções.

Fonte:

GUSSO, G.; LOPES, J. M. C. Tratado de medicina e comunidade: princípios, formação

e prática. 1. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. v. 2.

(Média)

Page 2: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

QUESTÃO 2- Paciente feminina, 48 anos, queixando tontura há dois dias, com

sensação de que o consultório está rodando. Precisou ser conduzida pelo filho, pois não

conseguia deambular sozinha devido ao desequilíbrio que a fazia cair para direita.

Apresentou náusea e vômitos. Ao exame físico percebia-se nistagmo horizontal, com

redução após fixação do olhar. Demais sistemas sem alterações. Nega disacusia e uso

de medicamentos.

É esperado que também seja identificado, durante o exame físico dessa paciente:

A) teste de Fukuda negativo.

B) manobra de Romberg positiva.

C) presença de disdiadococinesia.

D) manobra de Dix-Hallpike positiva.

E) rolha de cerume impactada em conduto auditivo direito.

Resposta: B

Comentários: A paciente tem sintomas típicos de neuronite vestibular, que é

caracterizada por vertigem rotatória súbita, intensa e associada a sintomas

neurovegetativos, geralmente ser alterações auditivas. A manobra de Romberg

(equilíbrio estático) será positiva, ocorrendo tendência de queda do paciente para o lado

acometido (direita). O teste de Fukuda (equilíbrio dinâmico) também estará alterado,

evidenciando tendência de deslocamento da paciente para o lado acometido. A

manobra de Dix-Hallpike é específica para o diagnóstico de vertigem paroxística

posicional benigna. A elevação da pressão arterial, a obstrução dos condutos auditivos

por cerume e a presença de sinais e sintomas neurológicos (como disdiadococinesia)

não estão relacionados à ocorrência de neuronite vestibular. A presença de rolha de

cerume irá provocar, predominantemente, disacusia.

Fontes:

GUSSO, G.; LOPES, J. M. C. Tratado de medicina e comunidade: princípios, formação

e prática. 1. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. V. 2.

BERTOL, E. RODRIGUEZ, C.A. Da tontura à vertigem: uma proposta para o manejo

do paciente vertiginoso na atenção primária. Rev. APS, v. 11, n. 1, p. 62-73, jan./mar.

2008.

(Fácil)

Page 3: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

QUESTÃO 3- Paciente de 25 anos, jateador em oficina de lataria e pintura, portador de

silicose, foi internado na UTI com insuficiência respiratória aguda. Entubado e colocado

sob ventilação assistida, apresentou agravamento do quadro com hipóxia severa,

seguida de parada cardíaca e óbito.

Na declaração de óbito deve constar como causa básica da morte:

A) silicose.

B) fibrose pulmonar.

C) ventilação assistida.

D) parada cardiorrespiratória.

E) insuficiência respiratória aguda.

Resposta: A

Comentários: o paciente morreu de hipóxia severa, causada pela insuficiência

respiratória aguda. Esta foi causada pela fibrose pulmonar, sendo a causa básica a silicose. Relembramos que, conforme a OMS, a parada respiratória, parada

cardiorrespiratória e insuficiência múltipla de órgãos são jeitos de morrer, e não causas da morte. A ventilação assistida não é causa de morte.

Fontes:

A declaração de óbito: documento necessário e importante, MS e CFM, 2009.

Manual de Instruções para o preenchimento da Declaração de Óbito. Ministério da Saúde, 2011. 54 p.: il. (Série A. Normas e Manuais Técnicos).

(Fácil)

Page 4: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

QUESTÃO 4- Paciente feminina, 52 anos, sem comorbidades, retorna para apresentar

exames solicitados em consulta anterior: colesterol total 280 mg/dl, HDLc 40 mg/dl e

triglicerídeos 150 mg/dl.

O valor do colesterol LDL e a respectiva conduta são:

A) 190 mg/dl, solicitar CPK, prescrever estatina e reavaliar em 3 meses.

B) 190 mg/dl, solicitar TGO, prescrever estatina e reavaliar com 6 meses.

C) 210 mg/dl, solicitar TGO e TGP, prescrever estatina e reavaliar em 3 meses.

D) 90 mg/dl, orientações sobre mudança do estilo de vida, não prescrever estatina.

E) 210 mg/dl, solicitar TGO e Gama-GT, prescrever estatina e reavaliar em 6

meses.

Resposta: C

Comentários: Deve-se utilizar a equação de Friedwald para calcular o LDLc. CT=LDLc+VLDLc+HDLc, sendo o VLDLc a quinta parte do triglicerídeos. Dessa forma, obtém-se o LDLc = 210 mg/dl. Pacientes com níveis de LDLc maior que 190 mg/dl devem iniciar o uso de estatinas para redução do risco cardiovascular. Após iniciar o tratamento com estatina, deve-se reavaliar o paciente em 4 a 12 semanas com dosagens dos lipídios e verificar se há intolerância à estatina. As reavalições subsequentes poderão ser feitas a cada 3 a 12 meses. Usar a redução percentual do LDL-C (em vez de colesterol total) no acompanhamento dos pacientes é mais adequado para avaliar o resultado da medicação. Ao iniciar o tratamento com estatinas deve ser solicitado TGO e TGP e repetir caso o paciente venha a apresentar qualquer sinal ou sintoma de comprometimento hepático. A CPK não deve ser solicitada de rotina, mas apenas se o paciente apresentar sinais e sintomas de comprometimento muscular.

Fontes:

FALUDI, A. et al. ATUALIZAÇÃO DA DIRETRIZ BRASILEIRA DE DISLIPIDEMIAS E PREVENÇÃO DA ATEROSCLEROSE - 2017. Arquivos Brasileiros de Cardiologia,

v. 109, n. 1, 2017.

GRUNDY, S. M. et al. 2018 AHA/ACC/AACVPR/AAPA/ABC/ACPM/ADA/AGS/APhA/ASPC/NLA/PCNA Guideline on the Management of Blood Cholesterol: A Report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Clinical Practice Guidelines. Circulation, v. 139, n. 25, 18 jun. 2019.

(Média)

Page 5: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

QUESTÃO 5- Paciente feminina, 64 anos, tabagista, sem comorbidades, retorna para

aconselhamento com o médico da família, pois sua vizinha apresentou infarto agudo do

miocárdio e ela está assustada e gostaria de prevenir essa complicação. Sua paciente

tem histórico de menopausa precoce e seu pai faleceu devido a um acidente vascular

isquêmico aos 50 anos de idade. Seu risco cardiovascular calculado para 10 anos foi de

12,1%.

Além da mudança de estilo de vida e da cessação do tabagismo, deverá ser

recomendado para a paciente:

A) Iniciar estatina de alta potência com meta de redução de LDLc menor que 70

mg/dl.

B) Iniciar estatina em doses de média ou alta potência com meta de redução de

LDLc em 30 a 49%.

C) Não introduzir estatina, pois a paciente tem risco cardiovascular baixo. Realizar

reavaliação com perfil lipídico em 3 a 6 meses.

D) Realização de escore de cálcio coronariano para que seja possível tomar a

decisão sobre a introdução de estatinas e AAS.

E) Iniciar estatina de média potência para redução do LDLc em mais de 50% e AAS

100 mg ao dia.

Resposta: B

Comentários: Em adultos de 40 a 75 anos sem diabetes mellitus e risco cardiovascular

de 10 anos entre 7,5% a 19,9% (risco intermediário), fatores que acentuam o risco

indicam o início da terapia com estatina de média a alta potência com meta de redução

de LDLc em 30 a 49%. Os fatores que modificam o risco cardiovascular incluem história

familiar de DCV prematura (homens < 55 anos e mulheres < 65 anos); níveis de LDL-C

persistentemente elevados ≥160 mg/dL; síndrome metabólica; doença renal crônica;

história da pré-eclâmpsia ou menopausa prematura (idade < 40 anos). O AAS deve ser

utilizado apenas nos pacientes com alto risco cardiovascular (> 20%) e que não têm

risco de sangramento evidente.

Fontes:

ARNETT, D. K. et al. 2019 ACC/AHA Guideline on the Primary Prevention of Cardiovascular Disease. Journal of the American College of Cardiology, v. 74, n.

10, p. e177–e232, set. 2019.

Page 6: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

GRUNDY, S. M. et al. 2018 AHA/ACC/AACVPR/AAPA/ABC/ACPM/ADA/AGS/APhA/ASPC/NLA/PCNA Guideline on the Management of Blood Cholesterol: A Report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Clinical Practice Guidelines. Circulation, v. 139, n. 25, 18 jun. 2019.

Fonte: ARNETT et al., 2019.

Fonte: ARNETT et al., 2019.

(Difícil)

Page 7: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

QUESTÃO 6- A hipercalemia ocorre principalmente pela saída de potássio do meio

intra-celular para o extra-celular. As principais causas são: acidose metabólica, lise

celular (queimaduras, hemólise, rabdomiólise, necrose tissular), hiperosmolaridade,

deficiência de insulina, paralisia periódica hipercalêmica e algumas drogas como a

succinilcolina, digital e beta-bloqueadores. A hipercalemia pode ser diagnosticada pelo

ECG e deve ser tratada rapidamente porque pode deflagrar arritmias cardíacas graves.

São alterações eletrocardiográficas encontradas na hipercalemia:

A) Aumento do espaço PR e onda T apiculada

B) Bloqueio atrioventricular do 2º grau e onda U.

C) Aumento do intervalo QT e onda T achatada

D) BAV de 3º grau e onda T em apiculada.

E) Alargamento do QRS e onda T achatada

Resposta : A.

Aumento do espaço PR e onda T apiculada. No caso citado, as demais alterações

eletrocardiográficas não são da hipercalemia. SABINSTON / TOWSEND, C. M. et al.

Tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna. 18. ed. Rio de

Janeiro: Elsevier, 2010. vol.1. páginas: 63 à 102.

QUESTÃO 7- Um paciente de 65 anos, masculino, com pesquisa positiva de sangue

oculto nas fezes fez colonoscopia que revelou três pólipos sésseis menores do que 1

cm, que foram retirados durante o procedimento, e cuja biópsia foi compatível com

adenoma viloso.

Assinale a opção que indica a melhor abordagem para o caso.

A) Expectante, já que este aspecto histopatológico tem características benignas.

B) Deverá ser mantido controle com pesquisa de sangue oculto nas fezes anual.

C) É uma lesão de baixo risco, não apresentando possiblidade de avanço.

D) Deverá repetir colonoscopia dentro de 3 anos.

E) Deverá realizar retossigmoidoscopia dentro de 5 anos.

A Resposta correta é a letra D

Page 8: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

O adenoma viloso é o tipo histológico que apresenta a maior probabilidade de

malignização. É uma lesão benigna, porém considerada pré-cancerosa. A maioria dos

cânceres de intestino começa com um adenoma sendo o viloso o mais frequente.

Portanto as diretrizes recomendam nova colonoscopia 3 anos depois. SABINSTON

TOWSEND, C. M. et al. Tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica

moderna. 18. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. Vol. 1. páginas: 1266 à 1374.

QUESTÃO 8- Uma mulher de 49 anos de idade, assintomática, compareceu a consulta

relatando que fez uma ultrassonografia abdominal de rotina que revelou cálculos móveis

de 5 mm de tamanho na vesícula biliar. Foi encaminhada pelo clinico geral para

orientação quanto à conduta.

Está correto recomendar:

A) Dissolução farmacológica dos cálculos.

B) Colecistectomia laparoscópica / laparotômica.

C) Nova ultrassonografia em seis meses.

D) Observação e cirurgia apenas se surgirem sintomas.

E) Colangioressonância nuclear magnética.

A Resposta correta é a letra B.

Colecistectomia/ laparoscópica / laparotômica. Referências: Tratado de cirurgia do CBC

– Roberto Saad Junior – Vesícula e vias biliares - Páginas 1103 a 1121 2ª edição.

Atheneu.

QUESTÃO 9- Um homem de 30 anos é diagnosticado com úlcera duodenal. Fica muito

preocupado e conversa com seu médico sobre as vantagens do tratamento cirúrgico

sobre o tratamento clínico.

Qual das condições clínicas associadas abaixo necessitaria de tratamento

cirúrgico?

A) Desenvolvimento de diabetes mellitus.

B) Infecção persistente por H. pylori.

C) Obstrução da saída gástrica.

D) Necessidade de tomar AINES.

E) Pesquisa de sangue oculto positivo nas fezes.

Page 9: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

A Resposta correta é a letra C.

As complicações da úlcera péptica são: perfuração, hemorragia e estenose. A indicação

de cirurgia na questão acima é a obstrução da saída gástrica levando a estenose

pilórica, vômitos, emagrecimento e regurgitações. Referências: Tratado de cirurgia do

CBC – Roberto Saad Junior – lesões benignas gastro-duodenais- Páginas 905 a 960 2ª

edição. Atheneu.

QUESTÃO 10- A cicatrização das feridas consiste em perfeita e coordenada cascata de

eventos que culminam com a reconstituição tecidual. O processo é dividido

didaticamente em três fases e é comum a todas as feridas, independente do agente que

as causou.

A respeito da cicatrização de feridas, pode se afirmar:

A) Feridas cicatrizadas por segunda intenção são mais frágeis que por primeira

intenção.

B) A formação de queloide é mais prevalente em população de pele mais clara.

C) A cicatrização fetal difere da do adulto por ser mais lenta.

D) Fases da cicatrização nessa ordem: Fase inflamatória, de maturação e

proliferação.

E) Os glicocorticosteroides não alteram o processo cicatricial.

A Resposta correta é a letra A

Feridas cicatrizadas por segunda intenção são mais frágeis que por primeira intenção.

As demais respostas estão erradas. SABINSTON / TOWSEND, C. M. et al. Tratado de

cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna. 18. ed. Rio de Janeiro:

Elsevier, 2010. vol.1. páginas: 134 à 178.

QUESTÃO 11- A hipertermia maligna, doença muscular de herança genética, é uma

causa rara de febre operatória caracterizada por uma resposta hipermetabólica a alguns

fármacos principalmente anestésicos halogenados e succinilcolina.

Em relação à hipertermia maligna, assinale a afirmativa correta.

A) É mais comum em crianças.

B) O quadro clínico mais comum é febre alta e hipotonia muscular

C) A suscetibilidade é herdada de acordo com um padrão recessivo autossômico.

Page 10: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

D) O quadro clínico mais comum é febre alta e hipotonia muscular

E) Cursa com alcalose metabólica e hipercapnia

A Resposta correta é a letra A.

É mais comum em crianças.

A hipertermia maligna ocorre no adulto na proporção de 1 em casa 60 mil anestesias

geral e na criança chega a 1 em cada 10 mil anestesias geral. Referências: Tratado de

cirurgia do CBC – Roberto Saad Junior – Pré, per e pós-operatório - Páginas 35 a 67.

2ª edição. Atheneu.

QUESTÃO 12- O “Global Guidelines for the Prevention of Surgical Site

Infection”, elaborou uma lista com recomendações concretas para prevenir infecções

cirúrgicas baseadas em 26 revisões sistemáticas recentes. O objetivo é recomendar

cuidados para prevenção de infecções nos diversos sistemas de saúde.

Em relação às infecções do sítio cirúrgico pode se afirmar:

A) As infecções superficiais comprometem a pele, subcutâneo e a fáscia.

B) As infecções de feridas profundas comprometem apenas o músculo.

C) A maioria das infecções pós-operatórias cicatrizam por segunda intenção.

D) A profilaxia com antibióticos é mandatória, mesmo nas cirurgias limpas.

E) As infecções de feridas superficiais comprometem apenas a pele.

A Resposta correta é a letra C

A maioria das infecções pós-operatórias cicatrizam por segunda intenção. Referências:

Tratado de cirurgia do CBC – Roberto Saad Junior – Infecção em cirurgia- Páginas 151

a 168. 2ª edição. Atheneu.

QUESTÃO 13- Dona Maria faz acompanhamento psiquiátrico ambulatorial para um

primeiro episódio depressivo maior moderado, em remissão completa dos sintomas há

11 meses, em uso de vortioxetina, quando descobre estar grávida.

Qual é a MELHOR CONDUTA?

A) Trocar a vortioxetina por paroxetina, em dose terapêutica.

B) Suspender a vortioxetina e monitorar o humor da paciente.

Page 11: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

C) Manter a vortioxetina, na mesma dose, e realizar pré-natal de rotina.

D) Reduzir a dose de vortioxetina pela metade durante o primeiro trimestre.

E) Suspender a vortioxetina e prescrever fluoxetina a partir do segundo trimestre,

independente da evolução da paciente.

Resposta correta: letra “B”

A paciente já completou 11 meses de tratamento em remissão dos sintomas, o que pode

ser suficiente, conforme a literatura científica. Além disso, ela está em uso de um

antidepressivo que é novo e que não apresenta segurança de uso estabelecido durante

a gestação. A melhor conduta é, portanto, suspender a vortioxetina e monitorar a

evolução da paciente. Sobre a letra “A”: o uso de paroxetina apresenta indícios de ser

teratogênico. Sobre a letra “E”: não há justificativa de prescrever fluoxetina a partir do

segundo trimestre caso a paciente não apresente recaída/recorrência de sintomas

depressivos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Cordioli, A.V. Psicofármacos: consulta rápida. 5a ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.

- Rocha F.L. et al. Psicofarmacologia e Outras Terapias Biológicas. In Barbosa I.G.,

Fábregas B.C., Oliveira G.N.M., Teixeira, A.L. Psicossomática - Psiquiatria e suas

conexões. 1a ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2014. Capítulo 5; pag.53-69.

- Stahl, S.M. Psicofarmacologia - Bases neurocientíficas e aplicações práticas. 4a ed.

Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.

Nível de dificuldade: médio/difícil

Page 12: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

QUESTÃO 14- João é casado, católico e pai de dois filhos. Aos 27 anos, apresentou

um episódio de rebaixamento importante do humor após o falecimento de um irmão em

um acidente de automóvel. Na ocasião, o seu clínico geral foi consultado e fez o

diagnóstico de depressão maior. João recebeu a prescrição de um antidepressivo, que

usou por cerca de um mês e meio, evoluindo com uma melhora importante do quadro

depressivo. Logo após sua melhora, ele parou de tomar a medicação, por conta própria.

Três anos se passaram. Atualmente (aos 30 anos de idade), João vem apresentando

um comportamento bastante estranho: começou espontaneamente a dormir poucas

horas por noite, aumentou a produção verbal falando incessantemente e com alto

volume de voz tanto no trabalho quanto em casa (chegando a acordar as crianças em

casa durante a madrugada), passou a se vestir com desleixo, iniciou discussões

calorosas no trabalho, chegando a usar palavras de baixo calão com sua chefia e com

alguns clientes, passou a alternar momentos de risos descontrolados e choro copioso.

Seu humor apresenta uma tonalidade desagradável, mal-humorada, acompanhada de

um forte componente de irritação. Seu quadro de alteração de humor e de

comportamento demandou, então, sua primeira internação em um hospital psiquiátrico.

Qual é o DIAGNÓSTICO PSIQUIÁTRICO ATUAL e TRATAMENTO MAIS

ADEQUADO para o referido paciente?

A) Transtorno bipolar tipo I – iniciar ácido valpróico

B) Transtorno bipolar tipo II – iniciar carbonato de lítio

C) Episódio depressivo maior – iniciar um antidepressivo dual

D) Espectro bipolar – iniciar um ISRS para reduzir a irritabilidade

E) Transtorno depressivo crônico recorrente – psicoterapia semanal

Resposta correta: letra “A”.

O paciente apresenta histórico de episódio depressivo no passado, tendo sido tratado

com antidepressivo por pouco tempo. Em seguida ele desenvolve sintomas compatíveis

com mania mista (DSM-IV) ou mania com especificador misto (DSM-V) que demandam

internação psiquiátrica. O diagnóstico é, portanto, TBH tipo I. O ácido valpróico é um

estabilizador de humor de primeira linha para o tratamento do episódio de mania.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Associação Psiquiátrica Americana (APA). Manual diagnóstico e estatístico de

transtornos mentais: DSM-V. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

- Cordioli, A.V. Psicofármacos: consulta rápida. 5a ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.

Page 13: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

- Dalgalarrondo, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 2ª ed.

Porto Alegre: Artmed, 2008.

- Joska, John A; Stein, Dan J. Transtornos do humor. In: Hales, Robert E; Yudofsky,

Stuart C; Gabbard, Glen O. (Org.). Tratado de Psiquiatria Clínica. 5ª Ed. Porto Alegre:

Artmed, 2012. p.477-530.

- Rocha F.L. et al. Psicofarmacologia e Outras Terapias Biológicas. In Barbosa I.G.,

Fábregas B.C., Oliveira G.N.M., Teixeira, A.L. Psicossomática - Psiquiatria e suas

conexões. 1a ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2014. Capítulo 5; pag.53-69.

Nível de dificuldade: médio

QUESTÃO 15- Alfredo é um homem de 28 anos de idade. Foi trazido ao hospital

psiquiátrico por sua mãe e tios para a décima internação. O paciente veste um sobretudo

esfarrapado, pantufas e um boné. A higiene está precária. Sentia-se perseguido pela

mãe: “Ela me dá merda para comer... aquilo que sai do reto das pessoas”. Sua fala e

seus modos têm uma qualidade infantil, ele caminha com passos requebrados e

movimentos exagerados do quadril. Sua mãe relata que ele parou de tomar a medicação

há cerca de um mês, e desde então começou a ouvir vozes e a apresentar

comportamento e aparência cada vez mais bizarros. Sua fala espontânea geralmente é

incoerente e incompreensível. Sua primeira hospitalização ocorreu depois que

abandonou a escola, aos 14 anos, e desde aquela época não foi capaz de frequentar

cursos nem manter empregos. Foi tratado com a mesma classe de medicamentos

durante suas hospitalizações, mas não continua a tomar a medicação quando sai do

hospital e rapidamente se desorganiza outra vez. Mora com sua mãe idosa, mas às

vezes desaparece por vários meses e acaba sendo encontrado pela polícia vagando

pelas ruas. Não há história conhecida de abuso de drogas ou álcool.

O DIAGNÓSTICO e o TRATAMENTO MAIS INDICADO são:

A) Transtorno bipolar do humor tipo I – psicoeducação, carbonato de lítio e

quetiapina

B) Transtorno esquizoafetivo – psicoeducação e acompanhamento do serviço

social

C) Transtorno bipolar do humor tipo I – psicoeducação e ECT

D) Esquizofrenia – haloperidol decanoato

E) Esquizofrenia – clopromazina

Page 14: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

Resposta correta: letra “D”

O paciente apresente início de sintomas na adolescência, o que fala a favor de psicose.

A descrição clínica também inclui comportamento desorganizado, delírios e

alucinações, o que indicam um quadro de esquizofrenia, do subtipo hebefrênico.

Considerando a baixa adesão do paciente ao tratamento farmacológico, um

antipsicótico de depósito (como o haloperidol decanoato) deve ser considerado. Não há

alteração importante do humor que sugira transtorno bipolar ou transtorno

esquizoafetivo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Associação Psiquiátrica Americana (APA). Manual diagnóstico e estatístico de

transtornos mentais: DSM-V. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

- Cordioli, A. V. Diretrizes e Algoritmos - Esquizofrenia. In: Psicofármacos: consulta

rápida. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. Seção 2.

- Dalgalarrondo, Paulo. Síndromes psicóticas. In: Psicopatologia e semiologia dos

transtornos mentais. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. Capítulo 30; pag. 327-333.

- Rocha F.L. et al. Psicofarmacologia e Outras Terapias Biológicas. In Barbosa I.G.,

Fábregas B.C., Oliveira G.N.M., Teixeira, A.L. Psicossomática - Psiquiatria e suas

conexões. 1a ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2014. Capítulo 5; pag.53-69.

- Minzenberg, Michael J.; Yoon, John H.; Carter, Cameron S. Esquizofrenia. In: Robert

E. Hales, Stuart C. Yudofsky, Glen O. Gabbard. Tratado de Psiquiatria Clínica. 5ª ed.

Porto Alegre: Artmed, 2012. Capítulo 10; pag.431-482.

Nível de dificuldade: difícil

Page 15: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

QUESTÃO 16- A seguir encontram-se descritos cinco pacientes com diferentes fatores

de risco para comportamento suicida.

Assinale a opção que indica o paciente com MAIOR RISCO PARA SUICÍDIO

CONSUMADO.

A) Paciente A, 76 anos, gênero feminino, viúva, católica, funcionária pública

aposentada, mora com o único filho, relata ideação suicida um ano atrás antes

de tratamento para depressão

B) Paciente B, 28 anos, gênero feminino, casada, evangélica, dona de casa, mora

com marido e dois filhos, HP de tentativa de suicídio por intoxicação exógena

aos 19 anos

C) Paciente C, 23 anos, gênero masculino, noivo, 2º grau incompleto, trabalha na

construção civil, tabagista, uso abusivo de álcool, mora com os pais, católico

D) Paciente D, 41 anos, gênero masculino, casado, um filho de dois anos,

diagnóstico de TAG com boa adesão ao tratamento, ex-tabagista, etilista social

E) Paciente E, 45 anos, gênero masculino, divorciado, mora só, em tratamento para

depressão, HP de tentativa de suicídio por enforcamento aos 40 anos

Resposta correta: “letra E”. O principal fator de risco para suicídio consumado é tentativa

prévia, especialmente se o meio for de alta letalidade, como enforcamento. Vale também

ressaltar que homens apresentam maior taxa de suicídio consumado e mulheres

apresentam maior taxa de tentativa de suicídio.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Associação Psiquiátrica Americana (APA). Manual diagnóstico e estatístico de

transtornos mentais: DSM-V. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

- Rocha F.L. et al. Psicofarmacologia e Outras Terapias Biológicas. In Barbosa I.G.,

Fábregas B.C., Oliveira G.N.M., Teixeira, A.L. Psicossomática - Psiquiatria e suas

conexões. 1a ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2014. Capítulo 5; pag.53-69.

- Simon, Robert I. Suicídio. In: Robert E. Hales, Stuart C. Yudofsky, Glen O. Gabbard.

Tratado de Psiquiatria Clínica. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. Capítulo 43; pag.1687-

1705.

Nível de dificuldade: médio

Page 16: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

- World Health Organization. Preventing Suicide: A global imperative. WHO Library

Cataloguing in Publication Data, 2014.

QUESTÃO 17- A senhora Maria, de 56 anos, é viúva e dona de casa. Ela é obesa e

hipertensa (PA 120/80 mmHg 70 bpm). Apresenta também artrite reumatoide, com baixa

resposta ao tratamento sintomático. Ela evolui com dor crônica e critérios para

depressão maior.

A MELHOR OPÇÃO terapêutica é:

A) Duloxetina – eficaz para tratar depressão maior e para auxiliar na redução da

dor crônica

B) Vortioxetina – efeito anti-inflamatório de primeira linha para doenças autoimunes

C) Fluvoxamina – meia vida curta é mais indicada para pacientes com mais idade

D) Amitriptilina – bom para depressão bipolar, e com efeito hipotensor, desejado

E) Escitalopram – mecanismo dual é mais eficaz para o controle dos sintomas

Resposta correta: letra “A”.

A duloxetina é primeira linha no tratamento de pacientes com depressão maior e dor

crônica. A amitriptilina não é tão bem tolerada, podendo causar aumento de apetite e de

peso corporal. Os outros psicofármacos não apresentam as propriedades terapêuticas

desejadas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Cordioli, A.V. Psicofármacos: consulta rápida. 5a ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.

- Rocha F.L. et al. Psicofarmacologia e Outras Terapias Biológicas. In Barbosa I.G.,

Fábregas B.C., Oliveira G.N.M., Teixeira, A.L. Psicossomática - Psiquiatria e suas

conexões. 1a ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2014. Capítulo 5; pag.53-69.

- Stahl, S.M. Psicofarmacologia - Bases neurocientíficas e aplicações práticas. 4a ed.

Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.

Nível de dificuldade: médio

QUESTÃO 18- José é um jovem mecânico de automóveis, solteiro, de 24 anos. Ele

queixa ansiedade e preocupação excessiva com seu trabalho, com sua família e com

seus amigos. Queixa também tensão muscular, incapacidade de relaxar, fadiga e

insônia inicial. Ele decide procurar o médico do posto de saúde e durante a entrevista

Page 17: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

ele diz que seus sintomas ocorrem há nove meses e que têm causado sofrimento

importante e atrapalhado seu desempenho no trabalho e em casa.

O PROVÁVEL DIAGNÓSTICO e UM TRATAMENTO EFICAZ são, respectivamente:

A) Transtorno de ansiedade generalizada – psicoterapia e sertralina

B) Transtorno de pânico sem agorafobia – benzodiazepínico

C) Depressão maior – psicoterapia e imipramina

D) Ansiedade normal – aconselhamento

E) Distimia – venlafaxina

Resposta correta: letra “A”.

O quadro clínico descrito é, conforme critérios DSM-V, de Transtorno de Ansiedade

Generalizada (TAG). A terapia cognitivo-comportamental e os ISRS são primeira linha

no tratamento de pacientes com TAG. Não há relatos de sintomas depressivos

significativos. A ansiedade não é normal pois tem atrapalhado seu desempenho e

causado sofrimento significativo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Associação Psiquiátrica Americana (APA). Manual diagnóstico e estatístico de

transtornos mentais: DSM-V. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

- Botega, N.J. Prática psiquiátrica no hospital geral - Interconsulta e emergência. 3a ed.

Porto Alegre: Artmed, 2011. Capítulo “Ansiedade e insônia”

- Hollander E. et Simeon D. Transtornos de ansiedade. In: Robert E. Hales, Stuart C.

Yudofsky, Glen O. Gabbard. Tratado de Psiquiatria Clínica. 5a Ed. Porto Alegre: Artmed,

2012. Capítulo 12; pag.531-617.

Nível de dificuldade: fácil

QUESTÃO 19- Um paciente de meia idade com dependência grave de álcool (ingestão

de um litro de destilado por dia) se nega a interromper o uso de álcool até que é

internado emergencialmente em um hospital geral devido a sangramento

gastrointestinal importante.

A estratégia inicial da equipe médica quanto à condução do quadro de

dependência química deve ser:

Page 18: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

A) Intervenção da psicologia com entrevista motivacional e redução de danos.

B) Desintoxicação e tratamento de provável síndrome de abstinência.

C) Prescrição de dissulfiram no primeiro dia de internação.

D) Aconselhamento nos moldes do AA.

E) Prevenção de recaída.

Resposta correta: “letra B”.

De acordo com a descrição do caso o quadro de dependência química é grave e

apresenta grande chance de evoluir com síndrome de abstinência alcoólica. As outras

alternativas não se aplicam a esse primeiro momento do tratamento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Huguet, R.B. Neuropsiquiatria das Dependências Químicas. In: Barbosa I.G., Fábregas

B.C., Oliveira G.N.M., Teixeira, A.L. Psicossomática - Psiquiatria e suas conexões. 1a

ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2014. Capítulo 15; pag 155-163.

- Leamon, Martin H.; Wright, Tara M.; Myrick, Hugh. Transtornos relacionados a

substâncias. In: Robert E. Hales, Stuart C. Yudofsky, Glen O. Gabbard. Tratado de

Psiquiatria Clínica. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. Capítulo 9; pag.388-430.

Nível de dificuldade: médio

QUESTÃO 20- Um paciente de 60 anos compareceu à consulta médica queixando-se

de mal-estar e cansaço. Relata ser hipertenso, mas confessa não fazer uso

regularmente da medicação prescrita. Ao exame físico, observa-se PA = 170/100

mmHg, estando o paciente hipocorado. Os exames laboratoriais colhidos na última

semana apresentaram os seguintes resultados: Hb = 8,0 g/dl, colesterol total = 320

mg/dL, HDL < 30 mg/dL; triglicerídeos = 220 mg/dL; creatinina sérica = 2,2 mg%; taxa

de filtração glomerular = 42 ml/min/1,73 m2; paratormônio (PTH) = 320 pg/mL (VR: 35

– 70 pg/mL), fósforo sérico = 5,6 mg/dL (VR = 4,0 – 5,0 mg/dL).

Com base nesse caso clínico, é correto afirmar que:

A) Os resultados de PTH e fósforo estão dentro do esperado para o estágio da

doença deste paciente, não sendo necessário o uso de quelantes de fósforo.

Page 19: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

B) Cabe ao médico recomendar ao paciente a diminuição da ingesta de sódio (<

2,0 g/dia) e contraindicar o uso de inibidor da enzima conversora de

angiotensina ou bloqueador de receptores da angiotensina.

C) O diagnóstico do quadro clínico em questão é doença renal crônica estágio 3b.

D) Dentre os fatores que modificam a progressão da doença renal deste paciente

estão hipertensão não controlada, dislipidemia, tabagismo e albuminúria.

E) A anemia que o paciente apresenta provavelmente á hipocrômica e microcítica.

Resposta correta: letra C

Comentário: questão Medicel 178 (UFPA 2018). Trata-se de um paciente hipertenso

sem controle adequado, com anemia, dislipidemia e IRC. Com a TFG de 42 ml/min,

classificamos o paciente em estágio 3b. Portanto, a alternativa “c” está correta.

Abaixo está a tabela discutida em aula teórica:

Analisando as alternativas incorretas:

a) Os valores de PTH e fósforo para este paciente estão acima do esperado, sendo

necessário o uso de quelantes de fósforo para prevenir calcificações

metastáticas.

b) Sabe-se que o controle da hipertensão arterial reduz a velocidade de progressão

da IRC. Para o tratamento da HAS nesta população, incluindo indivíduos com

doença em estágio avançado, devem-se utilizar os IECA ou BRA. A restrição de

sódio deve ser recomendada a todos os hipertensos, e não somente aos renais

crônicos.

c) Resposta correta

d) A terapia para retardar a taxa de progressão da IRC, independentemente da

doença subjacente, é centrada no alcance da meta de pressão arterial (PA <

Page 20: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

130/80 mmHg) e de controle da albuminúria (30 – 300 mg/g ou o menor valor

possível)

e) A anemia da IRC é do tipo normocítica e normocrômica

(referência bibliográfica):

Cecil – medicina 24ª ed. Cap.132.

Current: Medical diagnosis and treatment – 2019. Chapter 22.

Apostila Medicel Nefrologia (páginas 353 e 430)

Nível da Questão: Difícil

QUESTÃO 21- Paciente, do sexo masculino, 19 anos, morador de Ipatinga, é atendido

na UPA, relatando febre de início há 5 dias, associada à dor retro orbitária, astenia e

mialgia. Familiares relatam que há 24 horas, evoluiu com irritabilidade e posterior

letargia. Ao exame físico apresentava-se em regular estado geral, extremidades frias,

FC 110bpm, hipotensão postural, abdome difusamente doloroso e sem lesões cutâneas

aparentes. O hemograma mostrou Hb 12; Ht 44%; leucócitos totais 3.100; e plaquetas

23.000.

Pensando em um caso suspeito de dengue, assinale a alternativa que

corresponde à conduta mais apropriada:

A) Orientar o paciente sobre os sinais de alarme, prescrever soro de reposição

oral, evitar uso de AINES e AAS, solicitar sorologia e agendar retorno para

reavaliação em 48 horas.

B) Internar o paciente em leito de enfermaria, iniciar reposição volêmica vigorosa

com solução salina, prescrever sintomáticos, e solicitar sorologia para

direcionar a conduta.

C) Internar o paciente em leito de UTI, iniciar reposição volêmica vigorosa com

solução salina, realizar exames complementares e manter reavaliação clínica

a cada 15-30 minutos.

D) Solicitar exames complementares (albumina, função renal e transaminases),

prescrever sintomáticos e soro de reposição oral, e manter sob observação até

resultados de exames.

E) Internar o paciente em leito de UTI, iniciar reposição volêmica vigorosa com

expansores plasmáticos, transfundir concentrado de plaquetas e solicitar

exames complementares.

Page 21: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

Resposta correta: letra C

Comentário: O paciente do caso apresenta alguns sinais de alarme:

irritabilidade/letargia, hipotensão postural, dor abdominal e aumento do hematócrito.

E também apresenta sinais de choque: extremidades frias e taquicardia. Portanto,

de acordo com a Classificação de Risco proposta pelo Ministério da Saúde, deve

ser classificado como grupo de risco “D”. Para este grupo, a conduto mais apropriada

seria internação em leito de UTI, reposição volêmica vigorosa com solução salina

(expansão rápida 20ml/kg em 20 minutos), realizar exames complementares

(hemograma completo, albumina sérica e transaminases, além de exames

específicos para confirmação diagnóstica), e manter reavaliação clínica a cada 15-

30 minutos.

(Dengue: diagnóstico e manejo clínico, 5ª edição, 2016 – Ministério da Saúde)

Nível da Questão: Fácil

QUESTÃO 22- Um paciente, de 50 anos, profissão caminhoneiro, trabalha

transportando madeira de Rondônia para Belo Horizonte. Procurou atendimento médico

com queixa de febre diária, com calafrios e tremores. O hemograma mostrou anemia

com trombocitopenia, e o exame de gota espessa mostrou elevada carga parasitária

para Plasmodium vivax. Foi tratado com Cloroquina por via oral por 3 dias e teve

completa remissão dos sintomas. Desde então, parou de viajar a trabalho. Há 4 dias,

voltou a apresentar episódios de febre, repetiu a gota espessa que voltou a ser positiva

para Plasmodium vivax (1 parasita/campo).

Assinale a alternativa que indica a situação e medicação mais indicada para o

caso acima:

A) Trata-se de um caso de recrudescência e deve ser tratado com artesunato via

parenteral.

B) O paciente apresenta quadro clínico de recaída da malária e deve ser tratado

com primaquina.

C) Trata-se de um caso de recrudescência e deve ser tratado com artemeter via

parenteral.

D) O paciente apresenta quadro clínico de recaída da malária e deve ser tratado

com cloroquina.

Page 22: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

E) O Plasmodium vivax é resistente a cloroquina e por isso o tratamento deve ser

feito com mefloquina.

Resposta correta: letra B

Comentário: O Plasmodium vivax apresenta forma latente do protozoário no fígado,

chamada hipnozoíta. Essa forma é responsável pelos episódios de recaída da

malária. O tratamento da malária causada por essa espécie deve ser feito com

Cloroquina por via oral por 3 dias (que é responsável por combater a esquizogonia

do parasita, mas não tem ação contra os hipnozoítas) e Primaquina por via oral por

7 dias (que tem ação contra os hipnozoítas e combate as formas latentes, impedindo

as recaídas). Como o paciente da questão só recebeu Cloroquina, os hipnozoítas

mais tarde se multiplicaram iniciando nova parasitemia, gerando quadro de recaída,

portanto a droga indicada é a Primaquina.

(Guia de Tratamento da Malária no Brasil – Ministério da Saúde, 2010)

Nível da Questão: Médio

QUESTÃO 23- Paciente, sexo masculino, 50 anos, caminhoneiro, morador do estado

de Alagoas, durante viagem a trabalho é atendido na Unidade de Pronto Atendimento

de Ipatinga, relatando febre baixa (38°C) diária há 3 meses, associado a hiporexia e

perda ponderal de 15kg. Ao exame físico apresentava palidez cutaneomucosa e

hepatoesplenomegalia volumosa. Diante do quadro clínico-epidemiológico, o médico

que o atendeu suspeitou de leishmaniose visceral.

A respeito do diagnóstico desta doença assinale a alternativa correta:

A) Não há transmissão de pessoa a pessoa, e a principal fonte de transmissão

ocorre pela picada da fêmea do mosquito Anopheles.

B) Um exame muito útil para diagnóstico da doença seria a intradermorreação de

Montenegro, que quase sempre é positiva no período de estado.

C) As provas sorológicas são de grande utilidade no acompanhamento do

paciente após o tratamento, porque se negativam rapidamente.

D) O aspirado de medula óssea e baço, geralmente permitem a identificação direta

de formas amastigotas do parasito.

E) Nos exames inespecíficos, podemos encontrar anemia, plaquetopenia,

leucopenia com neutropenia e eosinofilia.

Page 23: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

Resposta correta: letra D

Comentário: Letra A está incorreta pois a transmissão acontece pela picada dos

flebotomíneos (Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi). Letra B está incorreta pois

a intradermorreação de Montenegro é sempre negativa durante o período de estado

(Calazar clássico) e não é utilizada para diangóstico. Letra C está incorreta pois

durante o seguimento do paciente após tratamento, os critérios de cura são

essencialmente clínicos e não há indicação de acompanhar com sorologia. Letra D

está correta, pois o padrão-ouro do diagnóstico é o aspirado esplênico com

identificação direta da forma amastigota do parasita; porém, como há maiores

índices de complicações com o aspirado esplênico, opta-se pelo aspirado de medula

óssea. Letra E está incorreta, pois o esperado no Calazar é pancitopenia: anemia,

plaquetopenia, leucopenia com neutropenia e ausência de eosinófilos (eosinopenia).

(Manual de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral, 1ª edição, 2014 -

Ministério da Saúde)

Nível da Questão: Médio

QUESTÃO 24- Paciente 42 anos, trabalhador de mina, casado, 2 filhos, vem

apresentando tosse, expectoração, emagrecimento nos últimos 2 meses. Tabagista há

mais de 25 anos, 1 maço/dia. Acreditava que a tosse era devido ao cigarro, mas como

vem apresentando piora procurou atendimento no posto, sendo solicitado duas

amostras de BAAR no escarro com uma negativa e outra positiva (+), e também uma

radiografia de tórax mostrou lesão cavitária de parede espessa em lobo superior D.

Em relação ao caso descrito acima, marque a alternativa CORRETA.

A) Paciente precisa repetir a amostra de escarro, pois para diagnóstico é

necessário obter duas amostras de BAAR positivas colhidas em dias diferentes.

B) Diante do resultado da radiografia que apresentou lesão patognomônica de

Tuberculose, o diagnóstico já fica definido, não sendo necessário verificar os

outros exames solicitados.

C) Diante de uma amostra positiva de escarro e radiografia suspeita o diagnóstico

de Tuberculose pode ser realizado e a notificação e o início do tratamento

devem ocorrer de imediato.

Page 24: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

D) Para se confirmar o diagnóstico de tuberculose e iniciar o tratamento para esse

paciente é necessário solicitar e aguardar outros exames, como o teste rápido

molecular.

E) Somente a cultura de escarro é capaz de identificar o Mycobacterium

tuberculosis devendo ser necessária sua realização para diagnóstico,

notificação e tratamento do paciente.

Resposta correta: letra C

Comentário: No Brasil, o diagnóstico de Tuberculose pode ser dado a partir de duas

amostras de escarro positivas, colhidas em dias diferentes, ou uma amostra positiva e

radiografia sugestiva, ou teste rápido molecular ou cultura identificando o

Mycobacterium tuberculosis. O achado de lesão cavitária é bastante sugestivo de

Tuberculose, porém não é patognomônico da doença.

( Ministério da Saúde, Manual de Recomendações para o controle da tuberculose no Brasil, 2ª edição, 2019)

Nível da Questão: Médio

QUESTÃO 25 - Nos pacientes com insuficiencia cardiaca cronica de etiologia

hipertensiva, quais sao os fatores precipitantes de descompensacao cardiaca mais

frequentes?

A) Pericardite e intensificacao da inflamacao sistemica cronica.

B) Anemia e infarto agudo do miocardio, com complicacao mecanica.

C) Miocardite aguda e piora da isquemia de grande massa miocardica.

D) Infeccao e descontinuacao no tratamento com vasodilatadores e diureticos.

E) Progressao da cardiopatia para as camaras direitas e infarto do ventriculo

direito.

Resposta: D

JUSTIFICATIVA: Segundo a Diretriz Brasileira de IC Crônica, a descontinuidade do

tratamento é um dos maiores fatores precipitantes de descompensação de IC.

ROHDE, L. E. P. et al. Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda.

Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 2018.

Page 25: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

QUESTÃO 26 - A prevenção de fenômenos tromboembólicos nos pacientes de alto

risco em fibrilação atrial persistente deve seguir a orientação:

A) 325 mg de AAS VO uma vez ao dia.

B) 325 mg de AAS VO mais 75 mg de clopidogrel VO uma vez ao dia.

C) heparina de baixo peso molecular 1 mg/kg SC 2 X d por tempo indeterminado.

D) varfarina VO, buscando um INR de 2,0-3,0, sem necessidade de associação

com AAS.

E) varfarina VO, buscando um INR de 2,0-3,0, com associação de 8 1 mg AAS

VO uma vez ao dia.

Resposta: D

JUSTIFICATIVA: A varfarina vem demonstrando resultados consistentes na prevenção

de fenômenos tromboembólicos em pacientes com fibrilação atrial de alto risco. A

redução de fenômenos tromboembólicos varia entre 65 e 80% em relação ao placebo.

Posteriormente, a varfarina demonstrou-se superior quando comparada ao AAS e mais

recentemente no estudo ACTIVE W, que comparou varfarina X AAS + clopidogrel. A

associação de AAS com varfarina foi testada no estudo SP AF, demonstrando aumento

do risco de eventos hemorrágicos sem uma diminuição importante dos eventos

isquêmicos. O uso de heparina de baixo peso molecular deve ser restrito aos pacientes

internados por períodos curtos de duração, por causa de suas propriedades

farmacológicas que dificultam seu uso em casa a longo prazo. Dessa forma, a resposta

correta é a varfarina VO buscando o INR entre 2,0 e 3,0.

QUESTÃO 27 - Você atende em seu consultório pais preocupados com os primeiros

sinais de puberdade em Joana, de 9 anos de idade. Segundo eles, ela está crescendo

os seios e apresenta corrimento vaginal esbranquiçado sem cheiro, eventual e sem

prurido. Joana é hígida, sem histórico de internações ou doenças anteriores. Tem bom

rendimento escolar e bom relacionamento com os colegas. Após realizar exame físico

completo, você nota que Joana está no estágio M2P1 de Tanner, classificada no

percentil 50 de peso e estatura. IMC (índice de massa corporal) 21. Os pais estão

preocupados e acreditam que Joana necessitará de tratamento farmacológico, pois está

muito jovem para virar adolescente.

Page 26: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

Em relação às orientações a serem realizadas a esses pais durante a consulta é

CORRETO afirmar que:

A) A menarca de Joana ocorrerá somente no estágio M3P4.

B) Joana deverá ser investigada, pois apresenta evolução anormal de puberdade.

C) Os primeiros ciclos menstruais de Joana possivelmente serão irregulares e

anovulatórios.

D) Joana e seus pais devem ser orientados a procurar nutricionista para orientação

em relação à uma alimentação correta, não sendo esse o objetivo da consulta

pediátrica.

E) Joana realmente necessitará de tratamento farmacológico por tratar-se de caso

claro de puberdade precoce.

Resposta correta: letra C

Comentário: Joana está no estágio M2P1 de Tanner, estando no estágio inicial da

puberdade. Na menina a puberdade se inicia pela telarca, sendo posteriormente seguida

pela pubarca, sendo o desenvolvimento de Joana considerado normal. A menarca

ocorre habitualmente entre o estágio puberal M2P2 e M3P3. Os primeiros ciclos

menstruais de uma adolescente são, na maioria das vezes, anovolulatórios, e, por isso,

irregulares. Faz parte da consulta da adolescente a orientação em relação à importância

da prática de atividade física de baixo impacto e de uma alimentação saudável.

Referência Bibliográfica: Adolescência Prevenção e Risco – Maria Inez Saito

QUESTÃO 28 – Você está de plantão na sala de parto de um hospital e atende a um

recém-nascido a termo em apneia e hipotônico. O líquido amniótico é meconial fluido. É

realizado clampeamento imediato de cordão umbilical. Após posicioná-lo sob fonte de

calor, você procede a desobstrução das vias aéreas, seca o recém-nascido e o

reposiciona. Ao avaliar a frequência cardíaca com estetoscópio você conta 5 batimentos

em 6 segundos. O recém-nascido mantem-se em apneia.

Segundo as últimas diretrizes do Programa de Reanimação Neonatal da

Sociedade Brasileira de Pediatria, a primeira conduta a ser tomada para a correta

reanimação deste recém-nascido é:

A) iniciar a ventilação com balão e máscara.

B) indicar a intubação traqueal o mais rápido possível.

C) administrar adrenalina 1:10000 por tubo endotraqueal.

D) iniciar massagem cardíaca externa.

E) iniciar a ventilação com balão e cânula traqueal.

Page 27: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

Resposta correta: letra A

Comentário: Segundo o protocolo de reanimação neonatal da Sociedade Brasileira de

Pediatria publicado em 2016 trata-se de recém-nascido a termo nascido não vigoroso,

sendo nesse caso indicado clampeamento imediato de cordão umbilical e colocação do

recém-nascido sob fonte de calor radiante. Após realização dos passos iniciais

(aquecimento, aspiração de vias aéreas se necessário, secagem do recém-nascido e

reposicionamento) devem ser avaliados 2 fatores: frequência cardíaca e padrão

respiratório. Caso o recém-nascido esteja em apneia ou com frequência cardíaca abaixo

de 100 está indicado o início de ventilação com pressão positiva com balão e máscara.

A entubação traqueal só deve ser indicada se não houver melhora após ventilação com

balão e máscara. A massagem cardíaca somente está indicada se a frequência cardíaca

se mantiver abaixo de 60 após a entubação traqueal ou após pelo menos 60 segundos

de ventilação com balão e máscara. Somente deve ser realizada com o recém-nascido

já entubado. A adrenalina somente estaria indicada se após de realizados todos os

passos relatados anteriormente e 60 segundos de massagem cardíaca a frequência

cardíaca se mantiver abaixo de 60 batimentos por minuto.

Referência Bibliográfica: Reanimação do recém-nascido ≥34 semanas em sala de parto:

Diretrizes 2016 da Sociedade Brasileira de Pediatria (26 de janeiro de 2016) Texto

disponível em www.sbp.com.br/reanimacao

QUESTÃO 29 - Joaquim comparece à consulta na unidade de saúde preocupado com

Mariano, seu filho adolescente de 16 anos de idade. Segundo ele Mariano era um

menino muito bom, porém ultimamente tem se tornado muito arredio e só quer ficar na

rua. Mariano tem amigos, é alegre, mas em alguns momentos quer ficar só no quarto

mexendo em suas redes sociais. Seu quarto é extremamente desorganizado, mas ele

não deixa ninguém organizar. Quando a mãe faz alguma tentativa de organizar seu

espaço “é briga na certa”. Joaquim refere uma ansiedade muito grande e preocupa-se

que o filho esteja usando drogas e bebendo. Quando questionado, Mariano apresenta-

se sem queixas, responde com educação aos questionamentos e mostra-se orgulhoso

de ser bom aluno, inclusive manifestando o desejo de estudar medicina.

Em relação a esse caso é CORRETO afirmar que:

A) Mariano deve ser obrigado a arrumar seu quarto, pois essa desorganização é

prejudicial ao seu desenvolvimento.

Page 28: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

B) Mariano é um adolescente normal e deve-se tranquilizar o pai, pois essa fase

faz parte do desenvolvimento psíquico do adolescente.

C) Mariano deve ser encaminhado para avaliação psicológica urgente, pois está

depressivo.

D) Joaquim deve ser encorajado a manter o diálogo com Mariano, porém deve

vigiar escondido o quarto do adolescente para presença de drogas.

E) Há fortes indícios de que Mariano está mesmo fazendo uso de drogas lícitas ou

ilícitas, e deve ser indicada internação compulsória do mesmo em centro de

recuperação.

Resposta correta: letra B

Comentário: O quadro apresentado representa um adolescente passando por uma fase

normal da adolescência denominada síndrome da adolescência normal. Nessa fase o

grupo torna-se mais importante do que a família. O adolescente passa por fase mais

introspectiva, na qual em vários momentos quer ficar sozinho e longe de todos. O quarto

bagunçado representa a desorganização interior do adolescente, e por isso o espaço

deve ser respeitado. Não existem nesse caso indícios de uso de drogas, pois José é

bom aluna, tem amigos e relaciona-se bem com o examinador, mostrando-se orgulhoso

de pontos positivos.

Referência Bibliográfica: Adolescência Prevenção e Risco – Maria Inez Saito

QUESTÃO 30 - Os pais de Caroline, adolescente de 17 anos, comparecem à consulta

médica preocupados com sua estatura. Referem que a adolescente é a mais baixa da

turma e difere dos irmãos mais velhos, que são bastante altos. O pai mede 1,80 metro

e a mãe 1,70 metro. Referem preocupação pois ela também está gordinha. Caroline

ainda não apresentou menarca. Negam qualquer patologia atual ou pregressa. Caroline

está no percentil 10 para estatura e 90 para peso e seu IMC foi 28. Ao exame físico,

apresenta impressão de broto mamário pequeno e não apresenta pelos pubianos.

Em relação ao caso é CORRETO afirmar que:

A) Caroline não apresenta atraso puberal, estando seu desenvolvimento dentro da

normalidade, devendo ser acompanhada clinicamente.

B) Caroline apresenta baixa estatura constitucional, podendo os pais serem

tranquilizados.

C) Caroline encontra-se no estágio puberal, segundo Tanner, M2P2, não sendo

preocupante o fato de não ter apresentado menarca.

Page 29: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

D) Caroline deverá ter sua menarca nos próximos meses e a probabilidade de

apresentar aumento importante na estatura é pequena.

E) A Síndrome de Turner deve se um dos diagnósticos diferenciais desta

adolescente.

Resposta correta: letra E

Comentário: Trata-se de caso de atraso puberal, sendo este caracterizado por ausência

de caracteres secundários em meninas após os 14 anos de idade ou ausência de

menarca após os 16 anos. Entre os diagnósticos diferenciais neste caso deve entrar a

Síndrome de Turner, caracterizada por cariótipo XO, baixa estatura e atraso puberal.

Caroline está, pelo exame físico, no estágio M2P1 de Tanner. A menarca normalmente

ocorre entre os estágios M2P2 e M3P3, sendo que o estirão ocorre em M2P2.

Referência Bibliográfica: Adolescência Prevenção e Risco – Maria Inez Saito

QUESTÃO 31 – Você está prestando assistência a um recém-nascido a termo,

atualmente com 24 horas de vida. A mãe traz o cartão de pré-natal no qual consta um

VDRL positivo 1:64. Refere não ter feito tratamento por ter medo de injeções. O parceiro

também não foi tratado. O recém-nascido nasceu de parto vaginal, sem intercorrências,

apgar 8/9, peso 3540 gramas. Está em aleitamento materno exclusivo, em bom estado

geral e assintomático. Restante das sorologias anotadas sem alterações.

Em relação às condutas com esse recém-nascido é CORRETO afirmar que:

A) Não será necessário realizar nenhuma investigação, uma vez que o recém-

nascido está assintomático.

B) Independente da sorologia para sífilis dessa mãe, no dia do parto, está indicado

tratamento para esse recém-nascido, pois ela é considerada não tratada.

C) O tratamento deste recém-nascido poderá ser realizado com penicilina

benzatina, devido ao fato de estar assintomático.

D) O aleitamento materno deve ser suspenso imediatamente pelo risco de

transmissão para esse bebê.

E) Esse recém-nascido obrigatoriamente apresentará sintomas após alguns dias, o

que guiará o tratamento.

Resposta correta: letra B

Comentário: Essa gestante é considerada não tratada, pois não recebeu penicilina

benzatina na gestação. Isso indica a necessidade de propedêutica e tratamento para

esse bebê, independente dos títulos de VDRL da mãe no momento do parto. A definição

Page 30: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

de como será o tratamento (penicilina procaína ou cristalina) dependerá do resultado da

investigação a ser realizada no bebê (resultado de VDRL e líquor). O aleitamento

materno não deve ser contraindicado, a menos que a mãe apresente lesões em

mamilos. A sífilis congênita na maioria das vezes é assintomática ao nascimento, e esse

bebê só apresentará sintomas se for infectado e não for tratado adequadamente.

Referência Bibliográfica: SILVA, L. R.; CAMPOS JÚNIOR, D.; BORGES, W. G. Tratado

de Pediatria. 4. ed. São Paulo: Manole, 2017.

QUESTÃO 32 – Recém-nascido prematuro (36 semanas de idade gestacional), nascido

de parto cesáreo devido à pré-eclâmpsia materna, peso de nascimento 2840 gramas,

apgar 8/9. Pré-natal sem intercorrências, sem contexto infeccioso materno. Permaneceu

com a mãe em alojamento conjunto. Apresenta, ao primeiro exame com 18 horas de

vida, sopro sistólico classificado como grau II/VI. O teste do coraçãozinho realizado com

24 horas de vida evidencia uma diferença de 8% na saturação entre membro superior

direito e membro inferior direito. É mantido internado aguardando propedêutica, porém

com 76 horas de vida evoluiu com má perfusão, pulsos fracos e sinais de choque. É

imediatamente levado à UTI neonatal para tratamento.

Em relação ao tratamento e propedêutica desse recém-nascido é CORRETO

afirmar que:

A) Você deve aguardar a presença do cardiologista infantil para iniciar o tratamento

dessa criança.

B) Trata-se de quadro claro de sepse neonatal precoce, devendo ser iniciada

antibioticoterapia de largo espectro imediatamente.

C) Trata-se de quadro de doença de membrana hialina, devendo essa criança ser

entubada e receber surfactante de imediato.

D) Trata-se de quadro provável de comunicação interatrial, devendo o tratamento

cirúrgico ser indicado de imediato.

E) A droga de escolha para o tratamento dessa criança é a prostaglandina E1,

devendo esta ser iniciada o mais rapidamente possível.

Resposta correta: letra E

Comentário: Trata-se de quadro clássico de cardiopatia congênita cianogênica já

sugerida pelo teste do coraçãozinho devido à diferença de saturação entre membros

significativa. O tratamento deve ser imediato, pois o risco de óbito é grande, devendo

este ser iniciado com o uso de prostaglandina E1 até melhor definição e propedêutica

pelo cardiologista infantil. A comunicação interatrial é cardiopatia congênita

Page 31: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

acianogênica, não se enquadrando como hipótese nesse caso. A sepse precoce, apesar

de se enquadar dentro dos critérios para diagnóstico diferencial não é uma alternativa

nesse caso, uma vez que não há contexto infeccioso aparente. Com 36 semanas de

idade gestacional é improvável que essa criança apresente doença da membrana

hialina. Além disso, essa patologia se manifestaria precocemente, evoluindo com

melhora com 72 horas de vida.

Referência Bibliográfica: LEÃO, E.; CORRÊA, E. J.; MOTA, J. A. C. Pediatria

ambulatorial. 5. ed. Belo Horizonte: Coopmed, 2013.

QUESTÃO 33 - João é um adolescente de 17 anos. Iniciou prática de musculação cinco

vezes por semana após ter perdido a namorada para um colega que, segundo ele,

comentou com amigos ser mais bonito e forte. Recentemente tem se tornado mais

arredio e violento, tendo inclusive chegado a agredir fisicamente um colega de classe.

Essa mudança de comportamento veio associada a um súbito ganho de massa

muscular pelo adolescente, que diz que está muito mais feliz, pois está mais bonito e

forte e pode reconquistar a ex-namorada.

Em relação a esse caso é CORRETO afirmar que:

A) João está apresentando comportamento compatível com um adolescente que

quer reconquistar a namorada.

B) João deve ser encorajado a manter sua atividade física, pois seu comportamento

é esperado para a idade.

C) João deve ser internado imediatamente para tratamento, pois está com certeza

fazendo uso de drogas lícitas e ilícitas.

D) João pode estar apresentando aumento do desejo sexual associado a esse

quadro.

E) João apresenta comportamento típico de um adolescente normal e deve ser

liberado do seguimento pediátrico devido à idade.

Resposta: letra D

Comentário: João está apresentando alterações clínicas sugestivas de uso de

anabolizantes, possivelmente encorajado pelo fato de querer ficar mais bonito para

reconquistar a namorada. Deve ser avaliado e iniciado tratamento multidisciplinar o mais

rapidamente possível. Deve ser encorajado a manter a atividade física, porém sem

exageros ou cobranças. O uso de esteroides anabolizantes aumenta o desejo sexual e

a agressividade por aumentar os níveis de testosterona.

Referência Bibliográfica: Adolescência Prevenção e Risco – Maria Inez Saito

Page 32: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

QUESTÃO 34 - A incidência dos defeitos do tubo neural (DTN) é de 0,9 por 1.000

nascimentos, e elas são superadas apenas pelas malformações cardíacas como

anomalia fetal estrutural mais comum.

Assinale a alternativa que apresenta a medida de prevenção primária para

diminuição de nascimento de recém-nascidos com defeitos do tubo neural:

A) prescrição de ácido fólico, por via oral, diariamente, antes da concepção e

durante o primeiro trimestre da gestação.

B) orientação para inclusão na dieta de seis porções de cereais integrais,

diariamente.

C) realização de exame de ultrassom obstétrico morfológico por volta da 22ª

semana de gestação.

D) prescrição de sulfato ferroso, por via oral, a partir da 16ª semana de gestação

até 3 meses após o parto.

E) realização de exame de ultrassom obstétrico com medida da transluscência

nucal entre a 11ª e 13ª semanas de gestação.

Resposta correta: letra A

O estudo realizado pelo Medical Research Council Vitamin Study Research Group

(1991) demonstrou que a reposição pré-concepcional de ácido fólico reduziu de modo

significativo (72%) o risco de ter DTN recorrente. O mais importante é que, como mais

de 90% dos fetos com DTNs nascem de gestantes de baixo risco, Czeizel e Dudas

(1992) demonstraram que a suplementação reduziu o risco primário de ter uma

anomalia desse tipo na primeira gestação. Por essa razão, hoje se recomenda que todas

as mulheres que pretendem engravidar usem 400 a 800 μg de ácido fólico oral por dia

antes de conceber e durante o primeiro trimestre da gestação (U.S Preventive Services

Task Force, 2009).

Referência: Obstetrícia de Williams/ F. Gary Cunningham et al.– 24. ed. – Porto Alegre:

AMGH, 2016. Página 159.

QUESTÃO 35 - O acompanhamento do pré-natal tem como objetivo assegurar o

desenvolvimento da gestação saudável através de práticas seguras, permitindo o parto

de um recém-nascido saudável, sem impacto para a saúde materna, inclusive

abordando aspectos psicossociais e as atividades educativas e preventivas. Com esse

Page 33: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

intuito o Ministério da Saúde lançou os “Dez Passos para o Pré-Natal de Qualidade na

Atenção Básica”.

Em relação a esses dez passos, assinale a alternativa INCORRETA.

A) Iniciar o pré-natal na Atenção Primária à Saúde até a 16ª semana de gestação

(captação precoce).

B) Garantir o transporte público gratuito da gestante para o atendimento prénatal,

quando necessário.

C) Toda gestante tem direito de conhecer e visitar previamente o serviço de saúde

no qual irá dar à luz (vinculação).

D) É direito do (a) parceiro(a) ser cuidado (realização de consultas, exames e ter

acesso a informações) antes, durante e depois da gestação(“pré-natal do(a)

parceiro(a)”).

E) Estimular e informar sobre os benefícios do parto fisiológico, incluindo a

elaboração do "Plano de Parto".

Resposta correta: letra A

10 Passos para o Pré-Natal de Qualidade na Atenção Básica

1° PASSO: Iniciar o pré-natal na Atenção Primária à Saúde até a 12ª semana de

gestação (captação precoce)

2° PASSO: Garantir os recursos humanos, físicos, materiais e técnicos necessários à

atenção pré-natal.

3° PASSO: Toda gestante deve ter assegurado a solicitação, realização e avaliação em

termo oportuno do resultado dos exames preconizados no atendimento pré-natal.

4° PASSO: Promover a escuta ativa da gestante e de seus(suas) acompanhantes,

considerando aspectos intelectuais, emocionais, sociais e culturais e não somente um

cuidado biológico: "rodas de gestantes".

5° PASSO: Garantir o transporte público gratuito da gestante para o atendimento pré-

natal, quando necessário.

6° PASSO: É direito do(a) parceiro(a) ser cuidado (realização de consultas, exames e

ter acesso a informações) antes, durante e depois da gestação: "pré-natal do(a)

parceiro(a)".

7° PASSO: Garantir o acesso à unidade de referência especializada, caso seja

necessário.

8° PASSO: Estimular e informar sobre os benefícios do parto fisiológico, incluindo a

elaboração do "Plano de Parto".

Page 34: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

9° PASSO: Toda gestante tem direito de conhecer e visitar previamente o serviço de

saúde no qual irá dar à luz (vinculação).

10° PASSO: As mulheres devem conhecer e exercer os direitos garantidos por lei no

período gravídico-puerperal.

Referência: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento

de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco [recurso eletrônico] / 1. ed. rev.

– Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2013. (Cadernos de Atenção Básica, n° 32)

QUESTÃO 36 - Uma paciente consultou com você na unidade básica de saúde para

sua primeira consulta de pré-natal. A mesma estava assintomática e trouxe o exame de

BHCG positivo. Para uma assistência pré-natal efetiva, além de realizar o

preenchimento do prontuário e do cartão de pré-natal é necessário que seja feito o

cadastro da gestante.

Assinale a alternativa que apresenta o nome desse sistema de cadastramento.

A) SIS Cegonha.

B) SIS Gestante.

C) SIS Pré-natal.

D) SIS Gravidez.

E) SIS Mulher.

Resposta Correta: letra C

Após a confirmação da gravidez, em consulta médica ou de enfermagem, dá-se início

ao acompanhamento da gestante, com seu cadastramento no SisPreNatal. Os

procedimentos e as condutas que se seguem devem ser realizados sistematicamente e

avaliados em toda consulta de pré-natal. As condutas e os achados diagnósticos sempre

devem ser anotados na Ficha de Pré-Natal e no Cartão da Gestante.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção

Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco [recurso eletrônico] / 1. ed. rev. – Brasília :

Editora do Ministério da Saúde, 2013. (Cadernos de Atenção Básica, n° 32)

QUESTÃO 37 - Uma gestante de 41 anos, assintomática, procurou atendimento na

unidade básica de saúde para sua primeira consulta de pré-natal. Relata que trabalha

Page 35: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

como faxineira diarista, por isso apresenta uma carga horária extensa de trabalho e

relata esforço físico. É solteira e mantém um relacionamento conturbado com o pai da

bebê, por isso não aceita a gravidez. Estudou até o 4º ano do Ensino Fundamental. Está

com 18 semanas de gestação e esta é a sua terceira gravidez, sendo que as anteriores

foram todas de parto cesáreo.

Diante dos fatores de risco apresentados, assinale a alternativa correta.

A) Os fatores de risco apresentados indicam que a assistência pré-natal desta

paciente pode ser feita somente pelo médico da unidade de saúde.

B) Os fatores de risco apresentados indicam que a assistência pré-natal desta

paciente pode ser feita pelo médico e pela enfermeira da unidade de atenção

básica.

C) Os fatores de risco apresentados indicam encaminhamento ao pré-natal de alto

risco.

D) Os fatores de risco apresentados indicam encaminhamento ao serviço de

urgência/emergência obstétrica.

E) Os fatores de risco apresentados indicam que a assistência pré-natal desta

paciente pode ser feita somente pelo médico obstetra.

Resposta correta: letra B

Idade maior do que 35 anos; esforço físico excessivo, carga horária extensa, situação

familiar insegura e não aceitação da gravidez e baixa escolaridade são fatores de risco

que permitem a realização do pré-natal pela equipe de atenção básica, portanto com

acompanhamento intercalado entre médico e enfermeiro.

Referência: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento

de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco [recurso eletrônico] / 1. ed. rev.

– Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2013. (Cadernos de Atenção Básica, n° 32)

QUESTÃO 38 - Com o propósito de se garantir uma assistência pré-natal de qualidade

toda gestante deve ter assegurada a solicitação, realização e avaliação do resultado

dos exames preconizados no atendimento pré-natal em tempo oportuno.

Assinale a alternativa que apresenta um exame que não faz parte da rotina para

as gestantes de baixo risco.

Page 36: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

A) VDRL.

B) Eletroforese de hemoglobina

C) Ultrassonografia com doppler.

D) Hemograma.

E) Fator Rh.

Resposta correta: letra C

Está preconizada pelo Ministério da Saúde a realização de 1 (uma) ultrassonografia

obstétrica por gestante (Portaria MS/SAS nº 650, de 5 de outubro de 2011), e não a

ultrassonografia com Doppler.

Brasil. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica : Saúde das Mulheres /

Ministério da Saúde, Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa – Brasília : Ministério

da Saúde, 2016.

QUESTÃO 39 - A mastite aguda puerperal tem incidência variada, podendo acometer

ao redor de 2% a 10% das lactantes. Trata-se de processo inicialmente inflamatório,

que resulta da estase láctea, distensão alveolar e obstrução ao fluxo do leite, ou seja,

ingurgitamento mamário. Posteriormente ocorre proliferação bacteriana, especialmente

na presença de traumas mamilares, e o processo se torna infeccioso, podendo evoluir

inclusive para quadros mais graves, com abscessos mamários e sepse.

Assinale a alternativa que apresenta o principal agente etiológico da mastite

puerperal.

A) Staphylococcus epidermidis;

B) Streptococcus viridans;

C) Staphylococcus aureus;

D) Streptococcus beta-hemolitico;

E) Streptococcus agalactiae;

Resposta correta: letra C

O Staphylococcus aureus, em especial a cepa resistente à meticilina, é o microrganismo

mais comumente isolado.

Page 37: AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA 7ª FASE QUESTÃO 1- · 2019-12-06 · AVALIAÇÃO FINAL INTEGRADORA – 7ª FASE QUESTÃO 1- Paciente masculino, 38 anos, relata presença de raias

Referência: Obstetrícia de Williams/ F. Gary Cunningham et al.– 24. ed. – Porto Alegre:

AMGH, 2016. Página 691.

QUESTÃO 40 - Uma gestante na 34ª semana de gestação comparece assintomática à

consulta de pré-natal na unidade básica de saúde. Ela apresenta um VDRL realizado

há 2 semanas com resultado de 1/16. No cartão de pré-natal consta teste rápido de

sífilis realizado pela enfermeira da equipe no primeiro trimestre com resultado negativo.

Assinale a alternativa que apresenta a conduta correta.

A) Repetir o VDRL para confirmar a doença antes de iniciar o tratamento

B) Solicitar FTA-ABS, para confirmar a doença antes de iniciar o tratamento.

C) Prescrever penicilina benzatina 2.400.000 UI em dose única.

D) Prescrever penicilina benzatina 2.400.000 UI por 3 semanas.

E) Solicitar amniocentese para avaliar infecção fetal.

Resposta correta: letra C

Como a paciente apresenta exame negativo há menos de um ano a sífilis é classificada

como precoce.

Referência: Obstetrícia de Williams/ F. Gary Cunningham et al.– 24. ed. – Porto Alegre:

AMGH, 2016.