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Avaliação Psicológica no contexto da Orientação Profissional: Mapeamento do Perfil
Motivacional
Dezembro/2018
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018
Avaliação Psicológica no contexto da Orientação Profissional:
Mapeamento do Perfil Motivacional
Jordyanne Florêncio Pereira – [email protected]
Especialização em Avaliação Psicológica
Instituto de Pós-Graduação e Graduação – IPOG
Goiânia, GO - Brasil
Resumo
O presente trabalho busca compreender o papel da Avaliação Psicológica, mais precisamente,
o mapeamento do perfil motivacional no contexto da Orientação Profissional. Busca-se
identificar as motivações para a atuação profissional, por meio do mapeamento do perfil
motivacional através de teste psicológico, com foco no teste HumanGuide, teste esse
amplamente reconhecido por sua grande capacidade de disponibilizar dados para mapeamento
do perfil motivacional. Busca-se também compreender a contribuição do mapeamento do
perfil motivacional no processo de orientação profissional e de carreira, considerando a
promoção de autoconhecimento, o reconhecimento de suas forças e necessidades, e a
satisfação por meio do trabalho. Neste contexto, recorre-se ao método qualitativo de pesquisa,
por meio de estudos e pesquisas sobre índices de felicidade no trabalho, em que se compara
posições a favor e contra, sobre a relação entre motivação, realização profissional e felicidade.
Palavras-chave: Orientação Profissional. Avaliação Psicológica. Autoconhecimento. Perfil
Motivacional. Felicidade-Carreira.
1. Introdução
Saber o que o inspira e motiva as pessoas a se levantarem todos os dias para irem ao
trabalho é uma parte fundamental do processo de Orientação Profissional. No livro Felicidade
Autêntica, Seligman (2004) realiza alguns questionamentos necessários quando pensamos em
trabalho e satisfação pessoal. Que critério será utilizado por um indivíduo qualificado para
decidir entre um emprego ou outro? O que fazer para que o funcionário se mantenha
decididamente leal à empresa? Qual será o incentivo para que um trabalhador se dedique de
corpo e alma a fazer um produto de qualidade? Esses e outros questionamentos permeiam
psicólogos que estão diante de um jovem no processo de escolha profissional, ou mesmo
quando profissionais buscam auxílio por não estarem completamente realizados em suas
profissões.
Segundo pesquisa1 realizada em 2015 pela ETALENT2, com apoio da CATHO3, 39%
dos profissionais brasileiros se declaram felizes em sua atual ocupação. De acordo com Jorge
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Matos, presidente da ETALENT, o estudo aprofundado do perfil do candidato antes da
contratação e um aspecto relevante para o aumento ou diminuição dos índices de satisfação no
trabalho, ainda segundo Matos, “muitas pessoas se dizem infelizes em sua trajetória
profissional, mas ao mesmo tempo confessam que não conhecem seu principal talento. Saber
seu talento e fundamental para a felicidade na carreira, pois quando o indivíduo sabe qual
cargo esta mais de acordo com o seu perfil, mais perto ele esta do sucesso”. Ou seja, de
acordo com este levantamento, 61% dos brasileiros não se sentem felizes em suas ocupações
laborais, talvez por não saberem o que de fato gostam de fazer, por não terem conhecimento
de si mesmo, das suas maiores habilidades e motivações.
Em uma publicação de abril de 2017 da revista SUPERINTERESSANTE, a repórter
Carla Aranha, aborda o assunto sobre felicidade no trabalho e realiza o questionamento “Dá
para ser feliz e ter prazer com ele4? Ou só nos resta tapar o nariz e engolir, como um
remédio amargo para pagar o aluguel no fim do mês?”. A discussão aborda as visões de
vários especialistas com posições distintas acerca do assunto, uns acreditam que trabalho é
trabalho e não uma fonte de prazer, usando como argumento a visão da publicitária alemã
Judith Mair que diz “gaste apenas 5 minutos com assuntos particulares, jamais atenda o
celular, evite fazer amigos. O conceito básico por trás das regrinhas é não perder tempo
trabalhando demais. Faça apenas o suficiente e vá embora para casa, que é onde mora sua
felicidade”.
No entanto, percebe-se que não é bem assim, na vida real passamos boa parte de nosso
tempo no trabalho e, se ele faz parte do nosso desenvolvimento, será muito melhor encontrar
prazer em nossas atividades profissionais, fazendo dele também um caminho para
autorrealização. Esta é uma visão também trazida na reportagem acima citada, que apresenta a
posição da psicóloga Estelle Morin, segundo a qual “exercer uma atividade profissional faz
parte do nosso desenvolvimento pessoal e não pode ser visto apenas como um meio de
sobrevivência”. Assim, a condição número um para encontrar a satisfação no trabalho e fazer
o que gosta.
Em 2014, outra pesquisa5 realizada pela CATHO, 12.930 entrevistados responderam
ao seguinte questionamento: “Considerando sua vida profissional como um todo, quais dos
fatores abaixo mais te motiva?”.
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Gráfico 02 – Motivo pela qual pediu demissão. Fonte: Pesquisa dos Profissionais Brasileiros realizada pela CATHO em
2014.
Conforme apresentado no Gráfico 01, entre os cinco principais motivadores na carreira,
aparece em quarto lugar “Fazer o que eu gosto”, sendo essa a resposta de 61,4% das pessoas
entrevistadas.
A pergunta a seguir também foi realizada, na mesma pesquisa, para 9.831
entrevistados: “Da última vez em que você pediu demissão de um emprego, qual foi o
principal motivo?”.
Conforme apresenta o Gráfico 02, a segunda resposta mais indicada foi “Não estava
satisfeito com as atividades que desenvolvia”, perdendo apenas para opção de quem pediu
demissão por ter recebido uma proposta de emprego melhor.
Sabendo que há diversas variáveis que envolvem o contexto de carreira e orientação
profissional, o presente trabalho irá se ater acerca da possibilidade de, por meio da avaliação
psicológica, mais especificamente o mapeamento do Perfil Motivacional no processo de
orientação profissional, promover um autoconhecimento e um maior alinhamento entre o
perfil pessoal e trabalho. Partindo da premissa que, se a pessoa encontrar no trabalho também
um meio para se sentir realizado e feliz, terá mais chances de desenvolver-se e evoluir em sua
carreira.
O trabalho será desenvolvido por meio da pesquisa bibliográfica, recorrendo a teorias,
estudos, análises de reportagens da área de desenvolvimento profissional de carreira, bem
como de ferramentas que buscam apreender o perfil motivacional através de testes. E, a partir
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desses dados, realizar uma análise por meio do método qualitativo, possibilitando a
identificação de uma série de cenários e fenômenos, no tocante à viabilidade do mapeamento
do perfil motivacional.
Tal cenário, tem como objetivo geral compreender como identificar as motivações
intrínsecas de uma pessoa relativamente a atuação profissional. Como objetivo específico,
busca-se compreender a possibilidade de alinhar o perfil motivacional ao trabalho,
oportunizando um melhor direcionamento de carreira e encontrando felicidade e satisfação
com o trabalho. Tais objetivos se pautam na ideia que a identificação da pessoa com o seu
trabalho é de suma importância, uma vez que o trabalho torna-se não apenas um meio de se
sustentar e pagar as contas, mas também um meio pelo qual a pessoa tem a possibilidade de
identificar-se e desenvolver-se de forma mais plena e integral.
O presente trabalho terá como base teórica a Psicologia Positiva, que segundo
Seligman (2011), é o estudo das emoções positivas, do engajamento, do sentido, das
realizações positivas e dos bons relacionamentos. Como apoio teórico, também foi utilizado o
estudo do teste psicológico HumanGuide, pelo qual se apreende o perfil motivacional,
considerando oito dimensões, ou fatores de necessidades pulsionais, as quais são estruturantes
da personalidade e determinantes das escolhas do indivíduo (WELTER, 2010), e que veremos
mais detalhadamente no desenvolvimento do trabalho.
A escolha por mapear o perfil motivacional parte da premissa apresentada por
Seligman (2004, p. 194) segundo a qual “o aspecto mais bem compreendido da felicidade
durante um dia de trabalho é o flow – é a experiência de fluir, de sentir-se completamente à
vontade dentro de si mesmo enquanto trabalha. [...] O flow acontece quando os desafios que
você enfrenta combinam com sua capacidade de enfrentá-los.”. E que, de acordo com
Csikszentmihalyi apud Kamei (2016, p. 134) a motivação intrínseca consistia no principal
fator da experiência de flow.
2. Desenvolvimento
Helder Kamei, psicólogo brasileiro realizou uma pesquisa que deu origem a sua
dissertação de mestrado, intitulada “Flow: o que é isso? Um estudo psicológico sobre
experiências ótimas de fluxo na consciência, sob a perspectiva da psicologia positiva”,
declarou em seu livro Flow e Psicologia Positiva (2016), que:
[...] minha pesquisa tinha um objetivo acadêmico formal, que era investigar a
ocorrência de flow na dança de salão, porém, por trás disso, eu tinha um objetivo
mais amplo (embora não declarado): descobri quais eram as condições e as
circunstâncias que possibilitavam a promoção de um estado mental de alta
concentração e alta performance, fossem em crianças na escola ou em adultos no
trabalho, e que, ao mesmo tempo produzissem o mesmo prazer e satisfação de um
dançarino se divertindo em um baile de dança de salão. Descobri que é possível
entrar em um estado físico e mental que integra, ao mesmo tempo, alta concentração,
criatividade, alta motivação, emoções positivas e alta performance. Esse estado de
experiência ótima existe e foi chamado de flow. (KAMEI, 2016, p.146)
Kamei afirma que, ao longo de sua pesquisa, descobriu que não é somente a atividade
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que tem a capacidade de levar a pessoa ao flow, é necessário que seja desenvolvida uma
relação entre a pessoa e a atividade ao qual está sendo desenvolvida.
Para Seligman (2004), uma pessoa pode ter um trabalho muito mais satisfatório
quando coloca suas forças pessoais em ação. Desta forma, compreender o perfil motivacional
de cada pessoa se torna essencial para que, ao conhecer suas capacidades e motivações, a
pessoa possa direcionar da melhor forma suas escolhas profissionais e se desenvolver na
carreira de forma mais plena e feliz.
Em seu artigo “Os Sentidos do Trabalho”, Morin (2001) apresenta o resultado de sua
pesquisa realizada com estudantes de administração e administradores na Franca e no Canada,
concluindo que “o trabalho conserva um lugar importante na sociedade. Para a pergunta:
“se você tivesse bastante dinheiro para viver o resto da sua vida confortavelmente sem
trabalhar, o que você faria com relação ao seu trabalho?”; mais de 80% das pessoas
pesquisadas respondem que trabalhariam mesmo assim [...]” (MORIN, 2001, p.9).
Conforme apontado por Franco (2001, p. 14), muitos profissionais de diversas áreas,
idades e formações demonstram cada vez mais perplexidade diante das dificuldades que
encontram no mundo do trabalho, “se não consigo me colocar profissionalmente, há algo de
errado comigo, mas não sei o que é, e o pior, ninguém me diz”. Segundo ele, o que destaca
um profissional do outro no mercado de trabalho é o seu talento.
Franco (2001) entende que o talento é a capacidade de se dedicar bastante àquilo de
que gostamos. O talento é a expressão do que há de melhor em nós, depende de sabermos
muito bem quem somos. Ou seja, para alinharmos nosso talento, habilidades e competências
ao trabalho, precisamos antes nos conhecer, compreender realmente do que gostamos e temos
prazer em fazer.
Corroborando a esta colocação acima, Kamei (2016) pontua que o aumento das
habilidades não acontece subitamente, mas gradativamente, e requer muita persistência.
Dificilmente um indivíduo terá tanta persistência e dedicação numa atividade que não gosta,
por isso é muito importante gostar do que se faz.
Até aqui, observamos análises segundo as quais a maior parte das pessoas ativas no
mercado de trabalho não estão felizes e realizadas com suas atividades laborais. Em
contrapartida, as mesmas pesquisas apontam, ainda que mesmo que tivessem dinheiro
suficiente para não precisarem mais trabalhar, essas pessoas continuariam trabalhando.
Tal contexto, revela que o trabalho pode sim ser um ambiente favorável para que a
pessoa tenha ótimas experiências, ou seja, sinta-se feliz e realizada com suas atividades
laborais. No entanto, para que isto ocorra, é necessário conhecer seus motivadores, o que
gosta de fazer e por qual motivo.
Neste caminho, o tópico a seguir tem como propósito apresentar como a avaliação
psicológica pode contribuir no processo de orientação profissional por meio do mapeamento
do perfil motivacional, realizado pelo teste do HumanGuide, que também aponta profissões
que podem atender a tais necessidades motivacionais.
1.1. Avaliação Psicológica no contexto da Orientação Profissional
O primeiro momento do processo de orientação profissional, de acordo com
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Spaccaquerche e Fortim (2009), refere-se às características da personalidade do indivíduo que
compõem o quadro de referências para uma escolha profissional. As características aqui
referidas são as habilidades, comportamentos típicos, atitudes diante de uma situação de
escolha, valores, motivações interesses e autopercepção.
Segundo Prediger e Swaney (1995) e Duarte, Bardagi e Teixeira (2011) apud Ambiel
(2016, 119) “a avaliação psicológica no contexto da Orientação Vocacional e de Carreira -
OPC, não tem o objetivo de diagnosticar, mas de gerar conteúdo para reflexão e discussão,
sempre com a promoção de autoconhecimento como pano de fundo”. Assim, a avaliação
psicológica6 é compreendida como um amplo processo de investigação, no qual se conhece o
avaliado e sua demanda, com o intuito de programar a tomada de decisão mais apropriada do
psicólogo. Mais especificamente, a avaliação psicológica refere-se a coleta e interpretação de
dados obtidos por meio de um conjunto de procedimentos confiáveis, entendidos como
aqueles reconhecidos pela ciência psicológica. Ambiel salienta que:
[...]é importante perceber que a atuação do orientador profissional e de carreira deve
ser amparada por um amplo processo de coleta de informações sobre o orientando,
sua carreira, sua história de vida, suas escolhas, seus recursos psicológicos e seus
entornos sociais[...]. O orientador precisa conhecer seu cliente para discutir
atividades e reflexões, para construir sua intervenção junto com o cliente, à medida
que o conhece. Conhecer o cliente, nesse contexto, significa avaliar. (AMBIEL,
2016, p. 118)
Nesse sentido, torna-se evidente a importância do profissional desenvolver a
capacidade de utilizar os procedimentos de avaliação a fim de recolher as informações
individuais do seu cliente, emergindo o que há de mais específico e individual da pessoa.
De acordo com Stark, Cherneyshenko & Drasgow (2005) apud Welter (2010), o
interesse por “medidas da personalidade” ressurgiu nos últimos anos a partir de estudos que
mostraram como a pontuação nos testes de personalidade permite predizer com segurança o
desempenho e o comportamento no contexto educacional e ocupacional.
O mapeamento do perfil motivacional será parte do processo de orientação
profissional, e o objetivo é utilizar o teste do HumanGuide a fim de fornecer mais
informações ao orientando sobre si mesmo, contribuindo com seu autoconhecimento durante
o processo de Orientação Profissional, seja para escolha de uma profissão para melhor se
desenvolver ou para redirecionar sua carreira.
Vale ressaltar, que o teste HumanGuide não é o único instrumento utilizado neste
processo. Entretanto, buscou-se apresentá-lo por sua facilidade de aplicação, agilidade do
resultado, por apreender o perfil motivacional do indivíduo, considerando oito fatores de
necessidade, e por ser aprovado pelo Conselho Federal de Psicologia.
1.1.1. Conhecendo o Mapeamento do Perfil Motivacional7
O teste HumanGuide, de acordo com WELTER (2010), foi desenvolvido na década de
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1990 por Rolf Kenmo, na Suécia. Com o intuito de apreender o perfil motivacional no
contexto organizacional. O HumanGuide tem como fundamento a Análise do Destino de
Szondi (1965/1987) e o BBT – Teste de Fotos de Profissões de Achtnich (1991).
A primeira versão do HumanGuide em português foi concluída em 2002, e em 2007 o
artigo “HumanGuide: evidência de validade da versão brasileira”, foi publicado na Revista
de Psicologia da Vetor Editora, escrito pelos psicólogos Giselle Welter e Claudio Capitão. Os
estudos desenvolvidos por Welter apontam que é cada vez mais necessário verificar se há
correspondência entre o seu perfil motivacional e as exigências da função que exerce, do
ponto de vista da personalidade. Como por exemplo, os estilos de comportamento solicitados
no cotidiano profissional e a afinidade natural com determinadas tarefas e objetivos.
Segundo WELTER (2010), as necessidades pulsionais são decisivas nos traços da
personalidade e motivam as escolhas que o indivíduo faz em todos os âmbitos da sua
existência. Dessa forma, a atração por determinadas atividades e a adoção de certos estilos de
comportamento, permitem a apreensão de seus fatores determinantes. Ou seja, dos fatores
pulsionais percebidos como necessidades que buscam satisfação.
O HumanGuide, de acordo com Welter (2010, 19), baseia-se na premissa de que a
atividade profissional viabiliza a canalização das pulsões de maneira socializada e
humanizada, promovendo o sentimento de “fluxo” (Csikszentmihalyi, 1992), ao mesmo
tempo em que faz prevenção da saúde mental (Szondi, 1975 e 1987).
Welter (2010) acrescenta que, a possibilidade de discernir o que proporciona o “fluxo”
é também a capacidade de alcançar a sabedoria de viver plenamente. A experiência do prazer
resulta do especial direcionamento da atenção, da concentração naquilo que se está fazendo. O
homem e capaz de tornar conscientes suas pulsões e de tomar uma posição em relação a elas,
visando aceitá-las ou rejeitá-las, coincidindo com as ideias de Csikszentmihalyi (1992) sobre
o “sentimento de fluxo”.
Segundo Kenmo(2005) citato por Welter (2014, 16) ao desenvolver o HumanGuide,
Kenmo visou simplificar os conceitos szondianos e torna-los compreensíveis para o
público leigo (respondente, profissional de Recursos Humanos, chefias), aplicando-
os no contexto organizacional, por considera-lo bastante úteis para explicar o
comportamento humano e, principalmente, a sua motivação no contexto da atividade
profissional [...] Em síntese, embora Szondi tenha desenvolvido sua teoria com base
em análises de pacientes psiquiátricos e no estudo de genealogias, Kenmo(2005) não
associou os fatores do seu teste com a psicopatologia. Ele apenas adotou os
conceitos pulsionais que fundamentam a compreensão do comportamento de escolha
e, consequentemente, o entendimento da motivação.
O teste avalia oito dimensões, ou fatores de necessidades pulsionais, conforme
apresentado na Tabela 01 abaixo. A cada fator foi atribuída uma cor: o fator Sensibilidade e
representado pela cor laranja; o fator força e representado pela cor cinza; Qualidade e
representada pela cor verde; Exposição e representada pela cor magenta; Estrutura e
representada pela cor azul; a cor amarela representa o fator Imaginação; Estabilidade e
representada pela cor marrom; vermelho representa o fator Contatos.
Significado de cada Fator do HUMANGUIDE8
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• Sensibilidade
Este fator e regido pelo princípio feminino da receptividade passiva. A necessidade
principal e a de estabelecer contatos interpessoais marcados pela proximidade física e
psicológica. A orientação do comportamento e no sentido de harmonizar a relação, de sentir e
antecipar necessidades, de se deixar envolver e influenciar pela atmosfera circundante.
Atividades profissionais na área de prestação de serviços e de consultoria, interna ou externa,
bem como atividades nas quais se estabelece uma relação próxima ou de intimidade com o
outro, como a área clínica, magistério, estética corporal e facial, permitem a satisfação do
fator Sensibilidade. Tato e a diplomacia são importantes recursos internos para desempenhar
bem o seu trabalho (WELTER, 2010).
• Força
O fator Força e regido pelo princípio masculino da agressividade, dominação e
imposição, no sentido de buscar a transformação da realidade. A necessidade principal
inerente a este fator e usar a própria força física ou instrumentos com poder de transformação
da realidade ou que permitam superar obstáculos. Atividades profissionais como direito,
construção civil, geologia, mineração, área médica cirúrgica, odontologia, área militar,
marketing; atividades que exigem força e resistência física como medicina veterinária,
produção mecânica, área agrícola e esportes competitivos ou que exigem autossuperação ou o
uso da força física constituem possibilidades de satisfação desse fator (WELTER, 2010).
• Qualidade
Tabela 01 – Caracterização dos fatores HumanGuide segundo Kenmo(2005). Fonte: Manual Teste
HumanGuide, 2010, 17.
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O fator Qualidade e regido pelo senso ético, que tem por base a preservação e o
respeito pela vida de uma maneira geral. A necessidade principal e fazer a diferença na vida
das pessoas ou na sociedade, assumindo responsabilidade e se colocando a disposição para
prestar algum tipo de ajuda ou auxílio. Atividades profissionais voltadas para a coletividade
ou nas quais seja necessário assumir responsabilidade, atendem ao fator Qualidade, como a
área de saúde, educação, desenvolvimento humano e meio ambiente e todas as formas de
voluntariado, de uma maneira geral (WELTER, 2010).
• Exposição
O fator Exposição e regido pelo senso moral, pelos códigos sociais e pelos costumes.
A necessidade representada por este fator e de fazer parte do grupo, de ser visto e aceito pela
comunidade, ser reconhecido e admirado pelo outro. A ação e determinada pela necessidade
de expor e mostrar, tendo no senso estético seu principal elemento. Atividades profissionais
que lidam com a imagem, expectativas externas, senso estético e que exigem exposição
pessoal, permitem a satisfação desse fator, tais como publicidade, marketing, treinamento,
docência, decoração, arquitetura, direito, política e as artes (WELTER, 2010).
• Estrutura
O fator Estrutura corresponde ao princípio racional, ao senso de realidade. A
necessidade expressa por este fator e a de ter controle sobre o meio ambiente e sobre si
mesmo, coletando dados, medindo, analisando e avaliando as situações, comparando e
classificando. O fator Estrutura pode ser canalizado por meio de atividades da área de exatas,
como o interesse pela aplicação da tecnologia, administração, legislação, estatística, cálculo,
planejamento, logística, atividades que requerem elevado grau de precisão e atenção
concentrada, entre outras (WELTER, 2010).
• Imaginação
O fator Imaginação expressa à necessidade de expansão e de lidar com o que e
intangível. Representa o princípio irracional, subjetivo e intuitivo, que se expressa em
atividades que precisam de imaginação e criatividade. A necessidade e de lidar com o novo,
descobrindo, pesquisando, estudando, criando e desenvolvendo coisas novas. Atividades
profissionais que exigem muita leitura, abstração e interpretação da realidade, permitem a
satisfação do fator Imaginação, tais como atividades acadêmicas, de pesquisa e diagnóstico,
área de pesquisa e desenvolvimento, planejamento estratégico, gestão do conhecimento,
atividades artísticas e intelectuais, futurologia e esoterismo (WELTER, 2010).
• Estabilidade
O fator Estabilidade e caracterizado pela matéria, que mantém a sua essência ao sofrer
a ação do tempo. Está associado a lei de Lavoisier, segundo a qual “nada se cria, nada se
perde, tudo se transforma”. Manter a estabilidade na própria vida, apegando-se e conservando
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vínculos e objetos é a principal necessidade deste fator. Nesse sentido, atividades ligadas a
matéria, ao passado, a posse, ao que e orgânico, químico, histórico ou financeiro são atraentes,
pois permitem voltar-se para o passado, para a origem das coisas. Recuperando, assim, o que
se foi por meio da coleta de amostras, fragmentos, registros e documentos (WELTER, 2010).
• Contatos
O fator Contatos corresponde a oralidade, na medida em que visa o contato com outras
pessoas e a apreciação das coisas boas da vida, por meio da busca da satisfação oral, da
comunicação e da alimentação. Este fator representa a sociabilidade, a necessidade de ter
contato com muitas pessoas, comunicando-se intensamente com elas. Pode ser atendido
profissionalmente por meio de atividades coletivas ou voltadas para a alimentação. Atividades
estas fortemente apoiadas na comunicação oral e no trabalho em equipe, como atividades no
âmbito do comércio e da comunicação de uma maneira geral: vendas, negócios, jornalismo,
relações públicas, teatro, radialismo, carreira de cantor, gastronomia, nutrição, fonoaudiologia,
hotelaria, telemarketing, direito, magistério e administração de empresas, para citar alguns
exemplos (WELTER, 2010).
Para fazer o teste, o respondente receberá um e-mail-convite criptografado contendo
um link exclusivo que permitirá sua entrada no sistema HumanGuide®. O convite sempre
será enviado por um psicólogo licenciado e cadastrado no site do teste
(www.humanguide.com.br).
O tempo médio necessário para responder a todas as páginas do questionário on-line e
de 10 minutos. Já o tempo máximo e de 20 minutos e, pode ser respondido por pessoas com
idades entre 18 e 60 anos, que tenham ao menos o Ensino Médio incompleto e estejam
familiarizadas com o uso básico do computador. A facilidade de aplicação do teste foi um dos
motivos para que fosse definido como foco deste trabalho. Mesmo quando o respondente está
em localidades mais remotas é possível atendê-lo, desde que possua computador e internet.
As questões a serem respondidas são apresentadas em nove telas sucessivas. Cada
alternativa de resposta corresponde a um fator ou necessidade pulsional, segundo a teoria de
Szondi (1975), totalizando setenta e duas frases afirmativas no presente do indicativo. O
respondente deverá posicionar-se frente a cada afirmação, por meio de escolha forçada,
escolhendo obrigatoriamente quatro frases positivamente (SIM), duas frases negativamente
(NAO) e ignorando duas frases (EM BRANCO). Outra vantagem percebida no teste é o seu
formato de inventário de escolha forçada, adotado como forma de prevenir distorções
decorrentes da desabilidade social e por ser mais difícil de ser falseado (WELTER, 2010).
2.1.2 Interpretacao do perfil pessoal
O Perfil Analítico do Perfil Pessoal e constituído por um gráfico de barras horizontais,
com oito linhas de diferentes cores. Cada linha ou cor, correspondendo a um fator ou
necessidade pulsional. No centro do gráfico encontra-se uma linha vertical, que corresponde a
valência zero. O campo a direita da linha central e denominado típico, nele são representados
os fatores predominantes, ou determinantes das escolhas positivas (SIM). No campo atípico, a
esquerda da linha central ou valência zero, são representados os fatores que determinaram as
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escolhas negativas (NAO).
Para interpretar o Perfil Pessoal e necessário considerar, primeiramente, os fatores
típicos predominantes e moderados, bem como os atípicos. Em seguida, serão analisados os
fatores ambivalentes e neutros. Por fim, os aspectos analisados são integrados, refletindo,
dinamicamente, o jogo de forças das diferentes pulsões na personalidade do respondente
(WELTER, 2010).
No manual do teste são apresentados alguns exemplos de perfis e interpretações. Aqui,
será apresentado um exemplo de teste realizado durante o estudo e elaboração deste artigo, a
fim aprofundar a compreensão do mesmo e como se dar a apreensão do perfil motivacional de
uma pessoa em processo de orientação de carreira.
Para exemplificar o teste HumanGuide, a seguir, segue um recorte do resultado do
teste aplicado em 29/04/2017 a um orientando que passou por processo de transição de
carreira. Essa pessoa atuou por alguns anos na área de qualidade de processos, melhorias e
treinamentos. Segundo relatos durante o seu processo de orientação de carreira, ela conseguia
ter uma boa atuação e desempenho, porém não se sentia feliz. Não sentia que fazer seu
trabalho era prazeroso, sentindo-se muitas vezes cansada e reflexiva por não se sentir feliz
com as atividades que desenvolvia em seus dias de trabalho. Em decorrência desse cansaço e
busca de sentido e felicidade, a mesma sentia desejo de redirecionar sua carreira. Logo, após
um processo de orientação de carreira, em que um dos instrumentos utilizados foi o teste do
HumanGuide, pôde-se redirecionar sua carreira e atualmente atende como orientadora
profissional, desenvolvendo trabalhos com desenvolvimento humano.
A seguir um trecho do relatório do teste com seu perfil:
J.P. – sexo feminino, formada em psicologia, 35 anos. Pode ser considerada uma
Gráfico 03 – Perfil Analítico J. P. Fonte: Relatório Perfil Pessoal do HUMAGUIDE realizado
em 29/04/2017.
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pessoa altamente confiável e receptiva, pois procura assumir responsabilidades e
zelar pelo bem-estar das pessoas. De modo geral, possui facilidade para estabelecer
relações de confiança, colocando-se a serviço das pessoas com naturalidade. Exibe
capacidade de conscientização e dedicação ao próximo, muitas vezes deixando as
próprias necessidades em segundo plano. Manifesta interesse por ajudar e orientar
pessoas, mantendo disponibilidade para se adaptar a elas.
A motivação de J.P. está relacionada a necessidade de fazer algo significativo, de
contribuir de maneira positiva para a coletividade, pois gostaria de fazer a diferença
na empresa e na vida das pessoas. Tende a ser uma pessoa racional, objetiva,
disciplinada e organizada. Expressa necessidade de realizações de natureza mais
empírica. Exibe afinidade com atividades técnicas, de cunho organizacional e
administrativo, embora estas nem sempre sejam o foco de seus interesses. As
habilidades derivadas da razão, aparecem como instrumentos de trabalho ou como
recurso complementar, e, deste modo, não ocupam papel central em seus
investimentos.
Conforme visto os dois fatores de maior predominância foram Sensibilidade e
Qualidade. Ambos tem como necessidade principal, a de estabelecer contatos interpessoais
marcados pela proximidade física e psicológica; e fazer a diferença na vida das pessoas ou na
sociedade, assumindo responsabilidade e se colocando a disposição para prestar algum tipo de
ajuda ou auxílio. Apresentam como atividades profissionais relacionadas, a prestação de
serviços e de consultoria, interna ou externa, bem como atividades nas quais se estabelece
uma relação próxima ou de intimidade com o outro, como a área clínica, magistério, estética
corporal e facial; e a área de saúde, educação, desenvolvimento humano e meio ambiente e
todas as formas de voluntariado (Welter, 2010).
O que confirma o próprio direcionamento dado por J.P. em sua carreira, que saiu da
área de processos, gestão e treinamento, onde sentia-se muita cansada e, por vezes,
desmotivada e, migrou para área de atendimento de orientação profissional em que relata
sentir-se mais feliz e plena com seu trabalho, não pelas atividades em si, mas pela relação que
seu trabalho tem com suas motivações intrínsecas, as quais pudemos verificar por meio do
teste do HumanGuide.
Obviamente, o resultado aqui apresentado, é apenas um exemplo, uma síntese de toda
análise feita, mas, é uma pequena amostra de como o teste pode contribuir para promoção do
autoconhecimento dentro do processo de orientação profissional, de forma a apreender o
perfil motivacional do respondente, auxiliando-o em suas descobertas, escolhas e
direcionamento profissional.
Contudo, é também necessário deixar claro que, a avaliação psicológica não tem a
pretensão de ser um diagnóstico definidor do processo, no entanto, se bem utilizada, pode
contribuir para uma maior compreensão dos aspectos internos da pessoa e suas relações com
seu trabalho, permitindo conhecer melhor suas motivações, o que pode ajudá-lo no melhor
direcionamento de suas escolhas e carreira.
Segundo Welter (2010) o Perfil Pessoal HumanGuide permite identificar os motivos
psicológicos determinantes das escolhas do indivíduo possibilitando identificar forças e
fraquezas, clarificar os cenários profissionais convergentes com suas necessidades e planejar
ações voltadas para o desenvolvimento pessoal, profissional e de transição de carreira.
Foi possível observar ao longo do desenvolvimento deste trabalho e aplicabilidade do
Avaliação Psicológica no contexto da Orientação Profissional: Mapeamento do Perfil
Motivacional
Dezembro/2018
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teste, a sua contribuição para o processo de orientação profissional do cliente J.P., segundo
resumo apresentado neste artigo.
3. Conclusão
Este artigo buscou compreender de que forma a avaliação psicológica pode contribuir
para o desenvolvimento de autoconhecimento, no processo de orientação profissional.
Constatou-se que através de uma maior compreensão de si mesmo, conhecendo suas
motivações intrínsecas, a pessoa pode fazer escolhas mais orientadas possibilitando que seus
esforços profissionais sejam direcionados para um trabalho que goste.
Ao longo deste artigo objetivou-se apresentar um instrumento que pode agregar ao
processo de Orientação Profissional e, desta forma, auxiliar tanto orientador como o
orientando a uma compreensão mais precisa dos motivadores internos.
Acreditando-se ainda que, se as pessoas tiverem a chance de se conhecerem melhor,
poderão direcionar suas forças de trabalho para o que gostam de fazer. Assim, terão maiores
chances de ter ótimas experiências, gerando uma busca contínua por se tornar cada vez
melhor no que fazem. Pois de acordo com a teoria do FLOW, não se pode gostar de fazer a
mesma coisa, no mesmo nível, durante muito tempo, ficamos entediados ou frustrados; então,
o desejo de nos sentirmos satisfeitos novamente nos leva a ampliar nossas aptidões, ou a
descobrir novas oportunidades de utilizá-las (Csikszentmihalyi, 1992).
O presente trabalho é mínimo diante de tantas variáveis a serem estudadas, e fica ainda
mais explícita a necessidade de aprofundar os estudos e pesquisas sobre instrumentos que
possam contribuir para o avanço da avaliação psicológica no país. Agregando assim, maior
saber no processo de orientação profissional, sustentada em instrumentos precisos e
confiáveis, tendo como consequência oferecer a quem busca o processo de orientação
profissional a promoção de seu autoconhecimento e melhor direcionamento de suas forcas
para seu desenvolvimento.
Concluo com uma célebre frase do filósofo Friedrich Nietzsche, só se pode alcançar
um grande êxito quando nos mantemos fiéis a nós mesmos, e é neste propósito que a
orientação profissional deve se debruçar: em promover descobertas e o despertar das pessoas
sobre si mesmas, suas capacidades, suas forças, seus talentos, suas motivações, a fim de
contribuir para o desenvolvimento de profissionais mais saudáveis, felizes e com desejo de
crescimento contínuo. De tal forma, acreditando que profissionais que alinham suas
motivações internas às suas atividades de trabalho, serão mais felizes e satisfeitos.
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