avicultura de postura(1)

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  • UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIS-UnUCET FACULDADE DE ENGENHARIA AGRCOLA

    AVICULTURA DE POSTURA Trabalho de criao e explorao de animais

    ACADMICOS: MAYARA PAIVA SIQUEIRA, PAULO RICARDO OLIVEIRA, LUIS HENRIQUE COSTA VASCONCELOS.

  • INTRODUO

    Neste setor de avicultura de postura, a capacidade gentica das aves est superando as

    linhagens anteriores tanto na produtividade, qualidade como na viabilidade. Qualquer que seja

    a estratgia adotada pela empresa, os capitais significativos investidos no sistema devem

    refletir na obteno de custos mais competitivos e no atendimento de uma demanda por

    produtos de alta qualidade. A tecnologia contribui para o desempenho ao longo prazo das

    empresas, oferecendo vantagens competitivas, que resultem em menor custo por unidade

    produzidas associadas melhor qualidade.

    A incorporao de tecnologia um dos instrumentos para que o sistema produtivo se

    mantenha e incremente sua participao no mercado obtendo retorno financeiro no processo

    produtivo ou no produto, portanto um fator que cria vantagens competitivas. A dinmica da

    mudana do comportamento dos consumidores no mercado move toda a cadeia produtiva no

    sentido de melhorar a sua produo e prestao de servios. E a inovao tecnolgica

    importante no processo de desenvolvimento e da manuteno das firmas.

    RAAS

    Existem mundialmente mais de 300 raas de espcies de galinhas domsticas (Gallus

    domesticus). Podem distinguir-se trs categorias principais de raas de galinhas: raas puras

    para fins comerciais, raas hbridas que resultam de cruzamentos e raas locais ou nacionais.

    De uma maneira emprica podemos dividir as raas para fins comerciais de acordo com o

    seu principal objetivo de produo:

    Postura de ovos, principalmente as raas de galinhas leves, que pem ovos

    ou poedeiras.

    Produo de carne, principalmente pelas raas mais pesadas ou de frangos de corte.

    As galinhas que so criadas tanto para porem ovos como pela produo de carne e que

    so as chamadas raas de duplo objetivo. As galinhas poedeiras, os frangos de

    carne/corte e as de duplo objetivo distinguem-se pela sua conformao corporal.

    RAAS COMERCIAIS E HBRIDAS

    Uma raa bem conhecida de galinhas poedeiras leves so as galinhas brancas

    ou Leghorn Brancas. So conhecidas por porem uma grande quantidade de ovos brancos.

    Necessitam de menos rao, devido ao seu pequeno porte. As Leghorn Brancas so poedeiras

    muito eficientes. No entanto, no fim do perodo de postura do relativamente pouca carne.

  • Algumas raas mais pesadas de poedeiras tm mais carne (so mais robustas) e tambm pem

    muitos ovos. Da que sejam adequadas para uma produo de objetivo duplo. Estas galinhas

    pem ovos castanhos e, geralmente, tambm tm penas castanhas podendo os tons variar

    consoante a raa. Esto neste caso as galinhas de penas castanhas Rhode Island Red e

    as New Hampshire de cor castanho-claro.

    LEGHORN

    uma raa mediterrnea de crista serra ou crista rosa dobrada para a esquerda. A

    crista serra ocorre nas variedades marrom claro e marrom escura, branca, amarela, preta, prata,

    vermelha, preta com rabo vermelho, colmbia e dourada. A crista rosa ocorre nas variedades

    marrom claro e marrom escuro, branca, preta, amarela e prata. Apresenta pele amarela e produz

    ovos com casca branca. Ainda que apenas a variedade de crista lisa seja utilizada

    comercialmente, existem muitas outras variedades, algumas das quais sexveis pela pena, com

    um dia de idade. As aves so de tamanho pequeno (ao redor de 2,043 kg para as galinhas e

    2,724 kg para os galos) e as galinhas produzem grande nmero de ovos por ciclo de postura

    (em mdia 200), com casca saudvel e peso mdio de 55 g.

    LEGHORN BRANCAS

    RHODE ISLAND RED

    Apresenta corpo na forma de um bloco alongado com plumagem marrom com algumas

    penas pretas na cauda, pescoo e asas. Nos anos mais recentes esta variedade tem sido

  • intensamente utilizada para produo de hbridos sexveis pela cor. A presena de uma mancha

    branca ou clara na asa dos pintos macho e sua correspondente ausncia nos pintos fmeas,

    favorece a identificao dos machos e fmeas com um dia de idade, conseguindo-se um ndice

    de acerto de 80-90%. Por outro lado, nos cruzamentos, quando um galo desta raa

    (geneticamente gold ou no barrado) acasalado com galinhas geneticamente silver ou

    barrada, possvel determinar o sexo do pinto por diferenas de colorao da penugem.

    Atualmente grande parte dos hbridos comerciais de postura resulta de cruzamentos especficos

    entre indivduos Rhode Island Red e Plymouth Rock Barrado e produzem grande quantidade

    de ovos de casca marrom.

    RHODE ISLAND RED

    NEW HAMPSHIRE

    uma raa americana de pele amarela, e ovos de casca marrom. Apresenta cor

    vermelho claro e crista serra. Por muitos anos foi utilizada para a produo de frangos de corte.

    Mais tarde passou a ser utilizada para cruzamentos com outras raas de corte na produo de

    frangos. Atualmente apenas poucos criadores se dedicam comercializao desta raa. Esta

    raa foi utilizada em muitos cruzamentos que formam os atuais hbridos de corte,

    principalmente em funo da habilidade de produo de grande quantidade de ovos com alta

    ecloso. A presena de uma mancha branca ou clara na asa dos pintos machos (pinto) e sua

    correspondente ausncia nos pintos fmeas (pinta) favorece a identificao dos machos e

    fmeas com um dia de idade, conseguindo-se um ndice de acerto de 80-90%. Quando adultos,

  • os machos pesam em mdia 3,632 e as fmeas 2,951 kg. As galinhas produzem em mdia 220

    ovos no primeiro ciclo de postura, que pesam em mdia 55g.

    NEW HAMPSHIRE

    RAAS LOCAIS

    Se se pretende criar uma raa prpria de galinhas, no se podem utilizar as raas

    hbridas, visto que a sua produtividade decrescer. As raas hbridas apenas garantiro uma

    produo elevada caso se comprem regularmente novas galinhas. Por esta razo aconselhvel

    usar raas locais, que tm a vantagem de serem muito mais baratas. Outra vantagem das raas

    locais reside no fato de estarem melhor adaptadas s condies locais e serem menos

    suscetveis s doenas do que as raas hbridas, mais frgeis. As raas locais so,

    normalmente, mais leves e os seus ovos menores do que os das raas hbridas. As raas locais

    podem distinguir-se pela sua aparncia.

    Contudo, as raas locais so de longe menos produtivas em termos de nmero de ovos.

    Nas reas rurais, as galinhas locais podem pr cerca de 50 ovos por ano, enquanto as raas

    hbridas modernas, sob condies favorveis, podem pr entre 250-270 ovos por ano. Por outro

    lado, as raas locais utilizam melhor o material residual que as raas hbridas, o que faz que

    sejam mais adaptadas para serem criadas em liberdade, em redor da habitao da famlia, onde

    encontram vrios alimentos de acordo com a sua preferncia.

  • RAAS LOCAIS

  • ESCOLHA DA RAA

    Os fatores importantes para a escolha da melhor raa de galinhas atendendo ao seu

    caso especfico so os seguintes: preo, situao do mercado, experincia, boa gesto da

    empresa, preferncias locais e disponibilidade.

    O preo determinar a escolha. As raas hbridas modernas so mais caras e exigem

    cuidados especiais, raes de elevada qualidade e bem balanceadas para que produzam bem e

    eficientemente. As raas locais so mais baratas e esto mais bem adaptadas s condies

    locais. Caso sejam bem cuidadas a sua produo razovel. Porm se quiser criar galinhas a

    uma escala maior e decidir comprar raes balanceadas melhor escolher raas hbridas, mais

    caras. A avicultura em maior escala cara porque obriga compra de raas hbridas e de

    raes equilibradas situao local do mercado um fator importante a considerar. Se houver

    uma boa situao de mercado para os ovos e para a carne e se for possvel obter um

    fornecimento regular de raes balanceadas de boa qualidade, podem escolher-se raas hbridas

    de peso mdio. Caso pretenda concentrar-se na venda dos ovos, a escolha deve recair em

    poedeiras menores, de penas brancas. Em todos os outros casos prefervel escolher raas mais

    pesadas, normalmente de cor castanha. Se habitar longe do mercado e pretender,

    essencialmente, produzir para autoconsumo, vendendo o excedente de ovos e de carne apenas

    na feira local, a melhor escolha ser as raas locais. Caso no possua qualquer experincia de

    avicultura, melhor comear com uma raa local, mais barata. Uma boa gesto da explorao

    avcola permite optar pela compra de raas hbridas que, embora mais dispendiosas, so mais

    rentveis. Nalguns pases preferem-se os ovos castanhos. Visto que as raas hbridas nem

    sempre se podem obter localmente, ficar portanto dependente do que pode encontrar na sua

    rea.

    HBRIDOS COMERCIAIS DE POSTURA (IMPORTADOS)

    Hissex (branca e marrom)

    Lohmann (branca e marrom)

    Isa (branca e marrom)

    Hy-Line (branca e marrom)

    Shaver (branca e marrom)

    H&N Nick Chick (branca e marrom)

    Tetra

    Harco

    HBRIDOS COMERCIAIS DE POSTURA (NACIONAIS)

  • Embrapa 011 (Branca)

    Embrapa 031 (Marrom)

    As frangas devem ser transferidas para o avirio de postura at as 18 semanas de idade

    numa densidade de 6 aves/m2. Quando alojadas em piso, a cama de boa qualidade deve cobrir

  • uniformemente todo o piso com 7 cm de espessura, podendo ser de maravalha/serragem,

    palha/capim ou sabugo triturado.

    Manter quatro aves/boca de ninho. Fornecer gua em abundncia, limpa, fresca e isenta

    de microorganismos.

    Fornecer controladamente rao postura I, da 19 a at a 45 a semana e rao postura II

    aps a 46 a semana de idade. Adquirir a rao de fornecedor idneo. Quando houver

    condies, de fabricao de uma boa rao na propriedade, uma opo fabric-la com

    aquisio do ncleo, como mostra o exemplo de rao de postura oferecido por Gessulli

    (1999), misturando-se 10% do ncleo de postura para a fase de produo com 60% de milho

    modo, mais 22% de farelo de soja 45 e 8% de calcrio com 38% de clcio. Observar as

    quantidades e instrues de mistura do fabricante do ncleo, principalmente quando as galinhas

    necessitam mais clcio na rao, aps as 45 semanas de idade.

    A adoo de rigorosas medidas de biosseguridade reduz os riscos de infeco no

    plantel. O intervalo entre alojamentos no mesmo avirio deve ser de, no mnimo, 21 dias,

    contados a partir da completa retirada das aves, limpeza e desinfeco das instalaes e dos

    equipamentos. Alojar aves de mesma idade e procedncia nas mesmas instalaes. O

    monitoramento sorolgico do plantel deve ser orientado pelo mdico veterinrio responsvel

    pela granja, bem como a necessidade de vacinaes das aves nesse perodo, sempre em

    conformidade com a situao epidemiolgica do local e com o servio ocial. A preveno da

    sndrome da queda de postura (EDS) e da encefalomielite, deve ser feita no perodo que

    antecede o incio de produo. A partir da 16 a semana de idade fornecer luz articial crescente

    at atingir um total de 16 horas de luz, no pico de produo, mantendo-se esse valor constante

    at o nal do perodo produtivo. Entretanto, para locais prximos do Equador, onde o tamanho

    do dia mais constante entre as estaes, apenas um pequeno estmulo luminoso suciente

    para se atingir altos nveis de produo.

    Os ovos devem ser coletados a cada duas horas para evitar contaminaes. No

    momento da coleta devem ser classicados em bons, trincados, bicados e sujos. Os ovos bons

    devem ser re-classicados em pequenos, mdios, grandes e duas gemas e colocados em pentes

    de 30 ovos, e esses em caixas de 30 dzias a serem enviadas para o mercado o mais rpido

    possvel. Se houver necessidade, conservar as caixas em local fresco e arejado por, no mximo,

    3 dias. Providenciar o reaproveitamento dos demais ovos.

    A produo, consumo e peso das aves devem ser acompanhados semanalmente. O pico

    de postura alcanado as 29 semanas de idade com 91% de produo. Espera-se uma produo

    de 319 ovos at as 80 semanas de idade, com peso mdio de 62,0 g e um consumo mdio dirio

    de 115 g de rao/ave no perodo de produo.

  • MANEJO E CATEGORIAS

    ESCOLHA DAS POEDEIRAS

    Atualmente existem no mercado vrias linhagens recomendadas para poedeiras

    comerciais, tanto para ovos vermelhos como para brancos. So: Hy-line, Lohmann, ISA, Hissx

    e Shaver, etc. Estas, no entanto, apresentam pequenas variaes quanto ao desempenho

    produtivo.

    Temos tambm hbridos comerciais de postura (importados), como:

    Hisex (branca e marrom)

    Lohmann (branca e marrom)

    Isa (branca e marrom)

    Hy-Line (branca e marrom)

    Shaver (branca e marrom)

    H&N Nick Chick (branca e marrom)

    Tetra

    Harco

    H tambm hbridos comerciais de postura (nacionais), comumente encontradas nas

    granjas de postura, como:

  • MANEJO NA FASE CRIA/RECRIA

    Nesta fase de criao de poedeiras comerciais o perodo compreendido entre a

    primeira at a 10 semana de idade das aves. As pintainhas ou pintinhas podem ser criadas no

    sistema de gaiola ou diretamente no piso com a utilizao de cama.

    As pintainhas so alojadas no galpo e so criadas at a 16 semana de idade quando

    so transferidas para o galpo de postura. Nesse perodo, a densidade determinada pelas

    condies de manejo, temperatura ambiente e idade das aves:

  • PREPARAO DO PINTEIRO (GALPO PARA PINTAINHAS)

    Os galpes destinados criao das pintainhas, devem ser higienizados antes da

    chegada de novo lote, obedecendo ao seguinte cronograma:

    1. Os restos de rao dos comedouros e dos silos e o esterco dos cavaletes e pisos,

    devem ser retirados para facilitar a limpeza geral do galpo. A lavagem dos galpes devem ser

    feita para facilitar a remoo dos dejetos, poeira e penas, atravs da aplicao de jatos de gua

    com alta presso, iniciando-se da parte mais alta, no sentido de cima para baixo acompanhando

    a declividade do galpo;

    2. Todos os equipamentos e instalaes devem ser lavados minuciosamente,

    principalmente nas juntas de madeira e dobras de gaiolas. A caixa dgua deve ser lavada

    objetivando a higienizao da mesma. Os comedouros e bebedouros devem ser limpos e

    higienizados;

    3. A desinfestao realizada para eliminar os insetos/ animais nocivos sade das

    aves e humana. A desinfeco deve ser feita com desinfetante aplicados na parte interior e

    exterior do galpo, e quando realizada o aplicador no pode entrar em contato com o produto.

    Devem ser utilizados produtos aprovados e recomendados para uso na avicultura, devendo ser

    observada as normas tcnicas e de segurana para aplicao e armazenamento dos produtos;

    4. Se necessrio, so efetuados reparos nos madeiramentos, para dar melhores

    condies de alojamento para as pintainhas. As lmpadas so limpas e as queimadas so

    trocadas para melhorar a iluminao, o que facilita o acesso das aves rao e gua.

    No sistema de criao em piso, a cama do avirio deve ser de boa qualidade, sem

    evidncias de fungos, ausente de substncias txicas, baixa condutividade trmica, de

    partculas de tamanho mdio, boa capacidade de absoro de umidade, macia e deve cobrir

    uniformemente o piso do galpo atingindo a espessura de 5 a 10 cm de altura. Dentre os

    materias que so utilizados para cama de avirio, destacam-se: sabugo de milho triturado,

    bagao de cana, sepilho ou maravalha de madeira, casca de arroz, palha de feijo e feno de

    gramnea.

    Aps a lavagem e desinfeco do(s) galpo(es), deve ser realizado um vazio sanitrio

    com durao entre 15 a 20 dias para entrada de um novo lote.

  • No caso de criao com a utilizao de crculo de proteo,as folhas de compensado

    devem ser dispostas para que o crculo apresente a altura de 40 a 60 cm de altura e 3 metros de

    dimetro, para alojar cerca de 500 pintainhas.

    Deve ser tratada com desinfetante, aplicados na parte interior e exterior do galpo

    Outros cuidados indispensveis nesta fase :

    - utilizar o sabugo triturado ou cepilho como "cama";

    - proteger as pintainhas de corrente de ar, atravs do crculo de proteo;

    - fornecer 24 horas de luz diria nos primeiros trs dias de vida, a fim de dar as

    pintainhas boas condies para se ambientar com as instalaes e equipamentos. A partir do 4

    dia fornecer 20 horas de luz e diminuir gradativamente at deixar somente a luz natural;

    - fornecer calor nas primeiras semanas de vida das pintainhas;

    - acompanhar o comportamento das pintainhas quanto ao manejo adequado e uso da

    fonte de calor, observando:

    A - A campnula ou fonte de calor est correta com 30 a 33 C. As pintainhas ficam

    circulando livremente, comendo rao e bebendo gua. a prova de que o aquecimento est

    correto.

    B - Quando esto amontoados, h falta de calor.

    C - Quando h corrente de ar dentro do galpo, ficam amontoado em um canto.

    D - Quando o crculo das pintainhas est longe da fonte de calor significa que h

    excesso de calor.

    -Realizar a debicagem, pois, previne o canibalismo e evita o desperdcio de rao, alm

    de contribuir para a uniformidade do lote. A primeira debicagem deve ser realizada entre sete e

    dez dias de idade, aproveitando-se que as pintainhas esto confinadas no crculo de proteo

    facilitando a apanha. Uma segunda debicagem, deve ser promovida entre a 10 e 12 semanas,

    em condies normais de criao.

    -Acompanhar o desenvolvimento corporal das frangas, buscando-se uma uniformidade

    em torno de 80%. Esse resultado a garantia de uma maturidade sexual a uma idade

    fisiologicamente adequada e um desempenho de produo economicamente esperado.

  • AQUECIMENTO PARA AS PINTAINHAS

    O aquecimento tem como objetivo manter a temperatura corporal das pintainhas,

    devendo ser mantida no interior do pinteiro entre 28 e 32 C (ideal) na primeira semana e entre

    26 e 28 C (ideal) na segunda semana. O aquecimento deve ser feito atravs de campnulas a

    gs ou eltrica ou ainda aquecedores de infravermelhos.

    Deve ser instalado um termohigrmetro dentro do pinteiro, para controle da

    temperatura ambiente e umidade relativa do ar.

    Algumas observaes visuais so utilizadas para o controle da temperatura no galpo,

    dentre os quais:

    Amontoamento das pintainhas;

    Pintainhas arrepiadas;

    Bico e asas entreabertos;

    Respirao ofegante;

    P queimado;

    Empastamento de fezes na cloaca.

    Nos dias quentes, a seguinte prtica de manejo recomendada:

    1- Se acima da temperatura ideal desligar a fonte de calor;

    2- Se a temperatura ainda permanecer alta, abrir as laterais da cortina interna;

    3- Se ainda persistir, abrir a cortina externa do lado que no estiver ventando;

    4- Ligar os aspersores ou, na sua ausncia, umedecer as paredes laterais do galpo.

    RECEPO OU ENTRADA DAS PINTAINHAS

    O veculo com as pintainhas, ao chegar na portaria da granja, deve ser totalmente

    desinfetado ou ento as pintainhas devem ser transferidas para veculos de circulao interna

  • na granja. O supervisor deve verificar o horrio de sada do caminho do incubatrio, o horrio

    de chegada granja, as anormalidades (caminho e carga) existentes no trajeto, a temperatura

    do interior do caminho e a existncia de alguma separao de pintainhas. Os colaboradores

    devem ter atribuio exclusiva de realizao desta tarefa e devem estar sempre com roupas

    limpas e desinfetadas.

    SOLTURA DAS PINTAINHAS

    Na criao em piso imprescindvel nas primeiras semanas que as aves tenham uma

    boa fonte de aquecimento, sendo esta necessidade maior nos primeiros dias de vida e reduzindo

    com a idade. Deste modo, a abertura do crculo de proteo deve ser realizada a partir do

    terceiro dia e retirados aps o 100 dia.

    Na criao em gaiola as pintainhas devem ser soltas uma de cada vez para o interior da

    gaiola.

    Deve-se molhar o bico da mesma em gua para que ela possa aprender e ter acesso

    gua o mais rpido possvel, evitando assim riscos de desidratao.

    DEVEM SER VERIFICADO EM TODOS OS LOTES AS SEGUINTES

    CONDIES DE ANORMALIDADES:

    Onfalite (Umbigo pregado, Barriga grande, Bolso rendido);

    Defeitos fsicos (P torto, Bico torto, Pescoo torto, Cegueira).

    As anormalidades devem ser registradas de acordo com as informaes do fornecedor.

    Devem ser pesadas as caixas de transporte de pintainhas, verificando qual foi a perda

    de peso durante a viagem. As embalagens utilizadas no transporte das pintainhas devem ser

    incineradas aps a soltura de todas as aves. Para medir o nvel de imunidade passiva deve ser

    feita a coleta de sangue por puno cardaca, coletando-se aproximadamente 0,5Ml de cada

    ave, de 0,1% das aves do lote para anlise e controle de salmonelose, micoplasmose e doena

    de Gumboro.

    O primeiro arraoamento deve ser realizado com a colocao da rao em comedouros

    tipo bandeja (criao em piso). No caso de criao em gaiolas, nos comedouros acoplados as

    gaiolas. Esta rao colocada prxima ao bebedouro.

    Faz-se a leitura do termmetro instalado no interior do pinteiro, prximo a fonte de

    calor.

    NO RELATRIO DE RECEPO DEVE CONSTAR OS SEGUINTES

    DADOS:

  • Avaliao da qualidade das pintainhas recebidas, temperatura das instalaes,

    nmeros de lotes, data, horrio da chegada e mortalidade do lote;

    Percentual de pintainhos (machos) de lotes que completaram a sexta semana de idade.

    Anota-se em fichas as seguintes informaes:

    Contagem fsica das pintainhas (para controle de produo);

    Mortalidade no primeiro dia (as pintainhas que morreram na viagem so consideradas

    como mortalidade de 01 dia);

    Mortalidade do segundo dia (as pintainhas que morrerem no dia da soltura).

    MANEJO DO LOTE (CRIA) DE PINTAINHAS

    De 01 a 07 dias de idade os colaboradores devem:

    Colocar gua nos bebedouros todos os dias, incentivando o consumo de gua;

    Realizar a separao das aves menos desenvolvidas do meio das maiores, objetivando

    a recuperao das mesmas;

    Controlar a umidade do ar;

    Trocar o material utilizado como cama se estiver molhado;

    Controlar a temperatura;

    Realizar o arraoamento das pintainhas;

    Realizar a vacinao recomendada;

    Realizar os registros correspondentes;

    Retirar as pintainhas mortas, dando destino adequado a carcaa.

    PRIMEIRA DEBICAGEM

    Todas as aves destinadas postura devem ser debicadas. A debicagem deve ser

    realizada entre 7 ao 10 dia de idade.

    OBJETIVOS DA DEBICAGEM

    Evitar ou reduzir o canibalismo;

    Evitar a escolha de partculas maiores e o desperdcio de rao;

    Minimizar o efeito da hierarquia social do lote;

    Melhorar a viabilidade do plantel.

    COMO REALIZADA A DEBICAGEM?

  • A primeira debicagem deve ser realizada com o debicador automtico que contenha

    placa guia com orifcio de 4,0, 4,37 e 4,75 milmetros e lmina tipo BC o corte do bico deve

    ser em forma de V, visando deixar o bico com um comprimento de 1,5 a 2,5mm. A

    temperatura da lmina deve estar entre 500 a 5700C, ficando a cor da lmina vermelha (cor de

    caf maduro) para que efetue uma perfeita cauterizao e deve estar bem afiada para facilitar o

    corte evitando assim um corte inadequado. As pintainhas devem ser colocadas em uma caixa

    para facilitar o manejo. Na operao o colaborador deve segurar a ave corretamente. O polegar

    deve ser posicionado na parte posterior da cabea, e o indicador sobre a garganta exerce uma

    leve presso para trs e para baixo. Esta leve presso promove a retrao da lngua, evitando

    que a mesma seja cortada. A ave deve ser segurada com firmeza, mas sem presso excessiva. A

    seguir inserir o bico no orifcio selecionado, o orifcio do debicador deve ser de calibre

    adequado para o bico da ave, segurar o corpo da ave na posio perpendicular a placa. O

    equipamento deve ser ligado e uma vez acionado, a lmina do debicador abaixa e corta o bico.

    preciso manter o bico no orifcio contra a lmina pelo menos dois segundos completos em

    que ela permanece abaixada. A ave deve ser retirada quando a lmina do debicador subir,

    liberando o bico.

    A ave deve ser solta na gaiola utilizando um escorregador, para diminuir o impacto da

    mesma com a gaiola.

    CUIDADOS ANTES, DURANTE E APS A DEBICAGEM

    O nvel de rao nos comedouros deve ser mantido um pouco acima do nvel normal,

    durante e depois da debicagem, para evitar que as aves machuquem seus bicos recm cortados;

    O arraoamento deve ser feito antes dos operadores entrarem nos corredores;

    Deve ser aplicada vitamina anti-estresse na gua de bebida um dia antes, no dia e um

    dia aps a debicagem;

    Deve ser evitado ao mximo o estresse aps a debicagem, impedindo assim

    rachaduras ou leses nos bicos e consequentemente hemorragias;

    Toda a debicagem deve ser efetuada do fim para o comeo do galpo, evitando assim

    o trnsito entre as aves debicadas. No devem se realizada nenhuma prtica de manejo prximo

    ao galpo (aplicao de herbicida, larvicidas, retirada de esterco e utilizao de roadeiras) at

    a cicatrizao total do bico da ave;

    Deve ser evitada temperatura excessiva ou prolongada durante a debicagem, pois a

    aplicao de calor excessivo resulta no crescimento de uma estrutura semelhante a uma bola no

    bico (calo).

  • Por outro lado, deve-se evitar a temperatura baixa da lmina para no haver

    hemorragia;

    No caso de hemorragia, a pintainha deve ser separada e refeita a cauterizao para

    evitar sua morte;

    Deve ser colocada gua nos bebedouros, para incentivar o consumo de gua;

    Aves doentes no devem ser debicadas;

    A debicagem deve ser efetuada por equipes bem treinadas.

    MANUTENO DOS EQUIPAMENTOS PARA A DEBICAGEM

    Deve ser realizada periodicamente com a substituio das lminas e dos fios eltricos

    que estiverem descascados e pudos.

    SELEO DE AVES DE 1 A 16 DIAS DE IDADE

    Deve ser feita diariamente, exceto no dia da debicagem. Selecionam-se as aves fracas e

    menores, colocando-as em locais de melhor acesso a comedouros, bebedouros e aquecimento,

    para que as mesmas possam igualar-se ao desenvolvimento do restante do lote. O objetivo

    desta seleo evitar disputa na hora da alimentao e tambm buscar uma boa uniformidade

    (no mnimo 80%) das mesmas, ficando as aves de acordo com o tamanho distribudo em aves

    grandes, mdias e pequenas que sero debicadas por ltimo.

    CUIDADOS IMPORTANTES

    REGULAGEM DE EQUIPAMENTOS

    Os comedouros devem ser regulados periodicamente (a cada trs dias) devendo a borda

    superior de estes coincidir com o dorso das aves. Os bebedouros devem ser regulados

    diariamente de acordo com a idade das aves, de tal forma que a borda do bebedouro esteja ao

    nvel dos olhos das pintainhas.

    SEXAGEM DAS AVES

    Os pintainhos, medida que so encontrados, devem ser eliminados imediatamente,

    exceto em algum caso de retirada da Bursa de Fabricus ou algum teste proposto.

    PESAGEM DAS AVES

  • Semanalmente, devem ser pesadas 1% das aves existentes no lote escolhidas em pontos

    aleatrios, pesando todas as aves existentes nas gaiolas escolhidas. O objetivo desta pesagem

    para comparar o peso mdio com peso o padro, estabelecer a uniformidade do lote, verificar o

    consumo de rao, alm de servir como guia na seleo de aves.

    OS DADOS APURADOS SO:

    Uniformidade em relao ao peso padro;

    Uniformidade em relao ao peso mdio;

    Quantidade de aves acima e abaixo do peso mdio;

    Quantidade de aves acima e abaixo do peso padro;

    Comparativo com dados de pesagens anteriores.

    Programa de iluminao artificial

    Nesta fase de criao, a finalidade do programa de iluminao artificial evitar o

    amontoamento das pintainhas nos primeiros dias de idade, alm de facilitar o consumo de

    rao e gua, fatores decisivos para o desenvolvimento das pintainhas. O programa de luz

    artificial ser detalhado mais adiante.

    CUIDADOS A SEREM TOMADOS COM A ILUMINAO ARTIFICIAL

    Deve ser verificado diariamente se o relgio est em perfeito funcionamento e com a

    programao correta. O relgio programado de acordo com a linhagem de aves.

    Em caso de dias nublados ou chuvosos deve ser antecipado em 30 minutos o programa

    de iluminao no perodo vespertino e prolongado em 30 minutos no perodo matutino, para

    facilitar o acesso gua e rao. Se existirem lmpadas queimadas, estas devem ser

    substitudas por outras em condies de uso.

    ARRAOAMENTO (CRIA)

    A rao um alimento balanceado para as aves, oferecendo nveis adequados de

    nutrientes, alm de ser utilizada como veculo para a adio de medicamentos e promotores de

    crescimento.

    A rao ou as matrias-primas devem ser adquiridas de fornecedores idneos, que

    garantam a qualidade e a inocuidade.

    O arraoamento deve ser realizado no horrio determinado e de acordo com o

    consumo. No primeiro dia so feitos dois arraoamentos. A rao deve ser revolvida nos

  • horrios determinados com o objetivo de incentivar a ave a consumir mais, alm de evitar a

    impregnao de rao nos comedouros.

    Deve ser verificado o consumo dirio atravs da leitura correta do estoque existente no

    silo, bem como, qualquer alterao na rao e no consumo das pintainhas.

    MANEJO NA FASE DE RECRIA

    Esta fase compreende o perodo de idade das aves entre a 10 a 17 semana.

    PREPARAO DA REA/GALPO DE RECRIA

    Deve ser realizada uma limpeza geral do galpo, devem ser retirado a rao dos

    comedouros, dos silos, esterco dos cavaletes e dos pisos. Os comedouros e bebedouros devem

    ser lavados e higienizados para remoo e retirada das sujeiras e ferrugem.

    A lavagem dos galpes deve ser feita atravs da aplicao de jatos de gua com alta

    presso para remover os dejetos, poeira e penas, iniciando-se da parte mais alta, no sentido de

    cima para baixo acompanhando a declividade do galpo. Todos os equipamentos e instalaes

    devem ser lavados minuciosamente, principalmente nas juntas de madeira e dobras de gaiolas.

    Nesta ocasio devem ser realizados reparos nos madeiramentos e gaiolas com o

    objetivo de oferecer melhores condies de alojamento para as frangas.

    Alm disso, deve ser feita a limpeza da caixa dgua, objetivando a higienizao total

    da mesma.

    Devem ser realizados servios de recuperao do piso e calada, facilitando assim a

    circulao com carrinhos durante o processo de arraoamento e seleo de aves, auxiliando

    ainda na preveno de possveis acidentes.

    As instalaes eltricas e hidrulicas devem ser objeto de programa de manuteno,

    sendo sempre verificadas e reparadas.

    Recepo ou Entrada de Aves

    * Algumas granjas no fazem a transferncia dos lotes de aves na fase de RECRIA.

    O total de aves por gaiola (densidade) requerem 0,39 m2 de rea de piso da gaiola por

    ave e 10 cm de espao no comedouro por ave.

    Aps o trmino da mudana realiza-se a contagem das aves. As aves menores

    (selecionadas no pinteiro) devem ser colocadas em locais separados mantendo homogeneidade

    entre elas. Devem ser evitados movimentos aps o trmino da transferncia, para que as aves

    se recuperem do estresse causado pela transferncia.

    SELEO DE AVES

  • A seleo deve ser realizada semanalmente, com o objetivo de:

    Separar as aves fracas e menores, descartando-as ou colocando-as em locais de

    melhor acesso a comedouros;

    Atingir a uniformidade mnima de 80% do lote;

    Facilitar o processo de debicagem deixando as frangas menores para serem debicadas

    por ltimo;

    Comparar o peso mdio com o peso padro e conhecer a uniformidade e o consumo

    de rao;

    Nesta seleo devem ser pesadas 1% do lote. As gaiolas a serem pesadas so

    escolhidas, marcadas e devem ser pesadas todas as aves existentes na gaiola;

    Os dados apurados em uma pesagem so: desuniformidade (10% abaixo ou acima do

    peso padro e do peso mdio) e diferena entre o peso mdio do lote anterior e atual (+/- 10%).

    Parmetros de uniformidade a serem considerados no lote de frangas.

    REDEBICAGEM E ARRAOAMENTO

    uma nova debicagem que se realiza em torno de 10 semanas de idade, que deve ser

    conduzida da mesma forma que a debicagem.

    MANEJO NA FASE DE POSTURA

    As aves ficam alojadas, no galpo de postura, at a idade de 80 semanas ou conforme

    for a viabilidade econmica da produo de ovos. Alojar 3 ou 4 aves por gaiolas. Essa variao

    depender do tipo de gaiola e da caracterstica da ave (pesada/leve).

    PREPARAO DA REA/GALPO DE POSTURA

  • Algumas granjas no fazem a transferncia dos lotes de aves na fase de POSTURA. A

    preparao, a lavagem e desinfeco dos galpes devem ser conforme j descrito para o galpo

    de cria.

    Reforma das instalaes - quando necessrio, deve proceder:

    REFORMA DAS GAIOLAS:

    Verifica-se locais onde o piso, esteira ou porta esto danificados e faz-se a correo

    dos mesmos usando arame galvanizado. Esta reforma realizada para evitar perdas de ovos,

    ovos retidos no fundo das gaiolas e evitar fugas das aves.

    REFORMA DO MADEIRAMENTO:

    Verificam-se esteios, cavaletes, sarrafos e tesouras do telhado que esto danificados e

    em seguida efetua-se a substituio ou recuperao dos mesmos. Esta reforma feita para

    manter o nivelamento correto dos sarrafos, cavaletes, esteios, evitando o acmulo de ovos no

    fundo das gaiolas e vazamentos em bebedouros.

    REFORMA DOS PISOS DOS CORREDORES:

    So reformados todos os locais que dificultam as passagens dos carrinhos que causam

    riscos de acidentes e aumento de ovos trincados.

    REFORMA DOS COMEDOUROS:

    So reformados todos os comedouros danificados com o objetivo de evitar o

    desperdcio de rao.

    REFORMA DE INSTALAES HIDRULICAS:

    Realiza-se reforma em todos os locais danificados, a fim de facilitar o consumo de

    gua pelas aves, evitando possveis desperdcios e a possibilidade de molhar o esterco.

    REFORMA DAS INSTALAES ELTRICAS:

  • Devem se substitudas todas as peas, fiaes e lmpadas que estiverem imprprias

    para o uso, melhorando a iluminao do galpo, facilitando assim o consumo de rao no

    perodo de iluminao artificial.

    PINTURA DA ESTEIRA DAS GAIOLAS:

    Deve ser feita para maior conservao e durabilidade das esteiras e evitar que os ovos

    sejam afetados por ferrugem existente nas mesmas. As esteiras devem ser pintadas com tinta

    tipo alumnio.

    LTIMOS PREPAROS PARA O RECEBIMENTO DO NOVO LOTE:

    Deve ser a solicitao de entrada de rao, observando o tipo e a quantidade de rao

    que ser transferida da recria para o bloco de produo.

    Providencia-se a vitamina anti-estresse que ser utilizada aps a entrada do lote.

    Faz-se a distribuio da rao nos galpes antes do inicio da transferncia.

    imprescindvel um entrosamento entre os colaboradores responsveis pela recria,

    produo e vacinao, para que sejam definidos todos os detalhes da transferncia e tambm

    para que possa ocorrer a transmisso de informaes a respeito das aves que sero transferidas,

    estando conscientes das condies de estresse a que sero submetidas s aves durante a

    mudana de instalaes.

    Ex: mudana de gaiolas, colocao em caixas de mudanas, trajeto, qualidade de

    espao.

    Relacionam-se todas as informaes anteriores sobre o lote. Ex: peso, uniformidade,

    viabilidade, vacinaes, debicagem , redebicagem e outros.

    No dia que antecede a transferncia realizada pesagem das aves.

    O ideal fazer com que as operaes sejam realizadas rapidamente e com o mximo de

    segurana e bem estar para as aves.

    RECEPO OU ENTRADA DE AVES E MANEJO DO LOTE

    No primeiro dia aps o alojamento do lote, acompanha-se e incentiva-se o consumo de

    rao, certificando-se da adaptao ao novo ambiente. Programa-se o relgio de iluminao

    artificial de acordo com o programa estabelecido.

    Providenciar a transferncia das frangas at 16 semana de vida para o galpo de

    postura. Durante a transferncia realizar a seleo e padronizao das aves, agrupando-se

    frangas pela conformao corporal (peso corporal) e maturidade sexual (desenvolvimento da

    crista). A transferncia das frangas um fator de estresse e requer cuidados especiais, tais

  • como: colocar rao vontade nos comedouros; orientar as frangas como beber gua,

    especialmente se se tratar de sistema de bebedouros diferentes daqueles usados durante a

    recria; evitar qualquer outra prtica de manejo que represente estresse ave, na semana que se

    segue a transferncia.

    PROGRAMA DE ILUMINAO

    A luz tem papel importante na fisiologia das espcies animais. A quantidade de luz

    influencia na maturao sexual das aves e a taxa de produo de ovos. Para uma melhor

    produo de ovos deve-se promover um aumento semanal de 15 minutos no fotoperodo dirio,

    a partir de 18 semanas de idade, at atingir um mximo de 16 horas de luz (natural +

    artificial), coincidindo com o pico de postura do lote. Num programa de iluminao durante a

    fase de produo, a partir do pico de postura importante manter-se sempre constante o

    fotoperodo dirio (16 horas de luz), durante todo o ciclo de produo.

    Ou seja, a luz representa um dos fatores ligada natureza responsvel pelo controle do

    biorritmo das aves, at 10 semanas de idade as aves so refratrias luz. atravs da

    penetrao de raios luminosos nos olhos que provoca um estmulo que conduzido pelo

    sistema nervoso at ao crebro e glndula pituitria que libera o hormnio LH responsvel

    pela ovulao e desenvolvimento do restante do aparelho reprodutivo.

    Deste modo, o estabelecimento de um programa de luz tem como finalidade:

    Evitar que as aves entrem em postura precocemente;

    Estimular a maturidade sexual das aves;

    Uniformizar o desenvolvimento da maturidade sexual na fase de incio de postura;

    Aps o incio da produo, estimular a postura e facilitar o consumo de rao no

    perodo noturno.

    O programa de iluminao artificial deve ser realizado de acordo com:

    A poca em que as aves completaro 10 semanas de idade;

    Durao do dia, ou seja, deve ser verificado se naquela ocasio o comportamento da

    luz natural ser crescente (21 de junho a 21 de dezembro) ou decrescente (21 de dezembro a 21

    de junho).

    No caso das aves completarem 10 semanas de idade no perodo crescente, o programa

    de luz a ser adotado ser:

    Programa de luz crescente de acordo com a idade da ave:

  • Para a eficincia do programa de iluminao artificial so observados os seguintes

    pontos:

    O relgio deve estar em perfeito funcionamento e seu horrio acertado todos os dias,

    se necessrio;

    O relgio programado de acordo com a ficha mensal de iluminao artificial,

    elaborada de acordo com a durao do perodo de luminosidade do dia.

    Pontos a serem considerados na implantao de programa de luz artificial.

    1. Tipo de lmpada a ser utilizada:

    Lmpada fluorescente oferece maior nmero de lumens e maior durabilidade.

    2. So necessrios 22 lmens /m2 para produzir estmulos na poedeira.

    3. rea do galpo.

    Intensidade luminosa de acordo com o tipo de lmpada utilizada

    ALIMENTAO DAS AVES

    feita com rao balanceada.

  • CUIDADOS DURANTE A UTILIZAO DA RAO

    Conhecer o tipo de rao utilizada no lote. Observam-se possveis caractersticas e

    alteraes na rao como: tamanho de gros, colorao, odor.

    A distribuio de rao no comedouro, (arraoamento) efetuada no mnimo duas

    vezes ao dia no sistema convencional (manual) e no sistema automtico no mnimo seis vezes

    ao dia que so programados de acordo com o consumo

    A quantidade de rao existente no interior dos comedouros dever ser satisfatria, ou

    seja, evitar sobras demasiadas ou faltas no perodo do dia ou da noite, evitando desnivelamento

    de rao nos comedouros.

    A rao deve ser homogeneizada nos comedouros no mnimo trs vezes ao dia, para a

    melhor incorporao dos ingredientes tais como: calcrio, farinha de ostra e outras matrias

    finas e pesadas que ficam no fundo dos comedouros, obtendo uniformizao da rao e

    estimular o consumo.

    O consumo dirio do lote controlado atravs da verificao correta da quantidade

    existente no interior do silo ou quantidade ensacada.

    TIPOS DE RAO

    De acordo com a fase da postura, so empregadas diferentes tipos de raes, conforme

    a seguir:

    Pr-postura.................de 100 a 121 dias de idade das aves;

    Postura pico.............incio de postura at final do pico de produo de ovos;

    Ps-pico.................... para a produo de 86% a 78% de ovos no galpo;

    Trmino de postura.......nvel de produo de 78% at o descarte;

    O consumo mdio de rao na ave adulta de aproximadamente 110g/dia.

    PESAGEM DAS AVES

    Nesta fase as aves so pesadas semanalmente at o perodo de pico de produo e

    mensalmente at o final do ciclo produtivo da ave. Essa pesagem tem como objetivo monitorar

    o peso mdio das aves em relao ao peso padro, bem como a uniformidade do lote.

    FORMA DE EXECUO DA PESAGEM

  • A pesagem feita com amostragem de 0,5% do lote, em pontos aleatrios do galpo ou

    bloco, pesando individualmente todas as aves existentes em uma gaiola. O peso de cada ave

    registrado na ficha de controle de peso, visando-se identificar:

    O peso padro atual da linhagem;

    A quantidade de aves pesadas;

    A quantidade de aves com peso inferior ao peso padro;

    A quantidade de aves com peso superior ao peso padro;

    A quantidade de aves com peso dentro do padro.

    Os dados a serem apurados so:

    Desuniformidade: ideal entre 10% acima e 10% abaixo em relao ao peso mdio;

    Uniformidade com relao ao peso mdio e padro que dever ser no mnimo 80%;

    O ganho de peso semanal, que identificado atravs da diferena existente entre o

    peso mdio anterior e o atual.

    MANEJO DE OVOS

    A manuteno da qualidade dos ovos depende de algumas prticas utilizadas desde a

    postura at a distribuio ao mercado consumidor. Esta fase merece uma ateno especial do

    avicultor. Veja os cuidados:

    - o nvel do piso das gaiolas deve ter inclinao necessria para deslocamento natural

    dos ovos at o aparador;

    - a limpeza diria dos bebedouros tipo calha, dever ser feita no perodo da tarde e com

    cuidado, evitando-se molhar os ovos no aparador;

    - realizar no mnimo cinco coletas de ovos durante o dia, sendo que as trs primeiras

    devem ser realizadas no perodo da manh, em intervalos mdios de uma hora entre as

    colheitas;

    -durante a colheita faz-se a primeira separao de ovos sujos, trincados ou quebrados;

    - retirar os ovos do ambiente dos galinheiros o mais rapidamente possvel.

    MANEJO PARA PRODUO DE OVOS

  • CLASSIFICAO

    Os pequenos produtores podem utilizar classificadores de madeira do tipo crivo e as

    medies indiretas atravs dos dimetros dos ovos. Durante a classificao, deve continuar a

    retirada de ovos trincados e sujos.

    BENEFICIAMENTO DO OVO

    COLETA E TRANSFERNCIA

    Consiste em recolher os ovos produzidos pelas aves sadias, diariamente,

    acondicionando-os em bandejas plsticas ou de papel com capacidade para 30 ovos.

    OBJETIVO: evitar o acmulo de ovos na esteira (causando a trinca), evitar o acmulo

    de poeira ou qualquer outro tipo de sujeira sobre os ovos, transferir os ovos para o setor de

    classificao para que os mesmos passem por um critrio de seleo e posteriormente sejam

    classificados e comercializados.

    FORMA DE EXECUO

  • Deve ser utilizado para a execuo desta tarefa um carrinho, construdo de material que

    permita limpeza completa, bandejas plsticas ou bandejas de papel que no se constituam em

    fontes de contaminao para o ovo. recomendvel a coleta, no mnimo, duas vezes ao dia

    devendo ser realizada pelos colaboradores dos ncleos de produo, onde cada um trabalha

    com uma quantidade estipulada de aves.

    O colaborador deve pegar no mximo trs ovos por mo, combinando movimentos

    rpidos porm leves e cuidadosos, para que no ocorra nenhum acidente que abale a

    integridade dos ovos.

    Durante a manipulao devem ser adotadas medidas que evitem a contaminao com

    materiais da cama, insetos, parasitos, pssaros e contaminantes qumicos.

    No momento da coleta o colaborador deve realizar uma pr-classificao dos ovos,

    separando os ovos de 2 linha, dos ovos de 1 linha.

    Os ovos considerados 2 linha so aqueles que apresentam:

    Casca fina: apresentam deficincia na formao de casca, so mais frgeis, surgem

    em maior escala em lotes acima de 50 semanas de idade;

    Trincado: apresentam rachaduras na estrutura da casca, porm no existe rompimento

    da membrana interna da casca;

    Quebrado: apresentam a mesma caracterstica quanto estrutura da casca, com

    rompimento da membrana interna da casca;

    Deformado: apresentam formao irregular na estrutura da casca;

    Sem casca: so ovos compostos apenas por gema, clara e membrana interna;

    Sujos: apresentam substncias orgnicas impregnadas em sua casca;

    Manchado: apresentam manchas que alteram a colorao normal da casca;

    Os ovos so acondicionados nos casulos das bandejas, colocados com a parte mais

    larga para cima, auxiliando assim sua conservao;

    No caso de ovos de 2 linha, parte danificada deve ficar para cima.

    Os ovos imprprios para consumo devem ser recolhidos separadamente e armazenados

    at a sua eliminao em local que no permita que contamine ovos sadios e fontes de gua.

    ARMAZENAMENTO E PR-SELEO

    CASA DE OVOS

    A construo da casa de ovos deve assegurar o fluxo regular do processo, desde a

    chegada do ovo at o produto terminado, devendo manter condies ideais de temperatura em

    todas as fases do processo. Deve ser uma construo slida, dotada de mecanismos que

    impeam a entrada de insetos, pssaros e animais domsticos, projetada de tal modo, que possa

  • ser limpa convenientemente e com facilidade. Deve dispor de fonte de gua potvel fria e

    quente. As normas de potabilidade no podero ser inferiores s estipuladas na ltima edio

    das Normas Internacionais para gua Potvel da Organizao Mundial de Sade.

    Deve ser bem ventilada, principalmente nos locais onde produzido calor excessivo

    vapor de gua ou aerossis contaminantes, devendo ser planejada de tal forma que assegure

    que a direo da corrente de ar nunca v da zona suja para a limpa.

    O local destinado ao recebimento dos ovos deve ser separado daqueles destinados aos

    produtos finais de modo que ocorra proteo contra a contaminao cruzada.

    A permanncia dos ovos na granja deve ser mnima, recomendando-se o mximo de

    trs dias. O ambiente dever ser fresco, se possvel com temperatura entre 10 e 15C, bem

    ventilado. Temperaturas altas e baixa umidade aceleram a perda de qualidade dos ovos. O

    ambiente de depsito dos ovos no deve conter outros produtos, especialmente com fortes

    odores. Nesta ltima etapa, ainda se chama ateno para o transporte, no qual se devem

    minimizar choques ou batidas fortes, no manuseio das faixas em carga e descarga, visando o

    consumidor final.

    BENEFICIAMENTO DO PRODUTO

  • CUIDADOS DURANTE A COLETA E ARMAZENAGEM

    Os ovos devem ser armazenados em local fresco, arejado e higienizado livre da

    incidncia de raios solares, sendo recomendado a temperatura de oito a 15C e umidade relativa

    de 70 a 85%.

    As bandejas de papel devero ser usadas de forma apropriada combinando tamanho do

    casulo com o tamanho do ovo. O empilhamento mximo deve ser de 8 bandejas.

    Ao chegar ao setor de classificao de ovos, os ovos devem conferidos por um

    colaborador do setor de classificao de ovos e anotados em uma ficha. Em seguida, os ovos

    so retirados dos veculos cuidadosamente e armazenados separadamente (ovos vermelhos,

    brancos e 2 linha).

    Aps este procedimento os ovos so encaminhados para dois setores: sala de espera ou

    sala de ovos lquidos.

    SALA DE ESPERA

    A sala de espera um setor onde os ovos so armazenados antes da lavagem (no

    obrigatoriamente) e pr-classificados. Os ovos que estiverem por mais tempo nesta sala devem

    ser os primeiros que vo para a sala de classificao.

    HIGIENIZAO, SELEO E CLASSIFICAO.

    SALA DE CLASSIFICAO

    o local onde se encontram as mquinas que lavam e classificam os ovos.

    Nesta sala ocorre a higienizao, classificao e embalagem dos ovos.

    Os ovos devem ser retirados manual ou mecanicamente das bandejas e colocados na

    mquina, onde podem ser lavados com gua clorada, pr-aquecida na temperatura de 433 C.

    A seguir, os ovos so secos por ar quente ou frio, selecionados atravs da ovoscopia para

    retirada dos ovos de casca fina, manchados com sangue ou com pequenas trincas. Finalmente,

    indicado o armazenamento em locais isentos de odores sob temperatura de 8 a 15 C e

    umidade relativa de 70 a 85%.

    Ovos retirados na ovoscopia so acondicionados em bandejas de acordo com seu

    defeito e encaminhados sala de ovos lquido.

    CLASSIFICAO DOS OVOS DE ACORDO COM O DECRETO N0 56.585 DE

    20/07/1965

  • O ovo classificado em grupos, classes e tipos, segundo a colorao da casca,

    qualidade e peso.

    Segundo a colorao da casca ordenado em dois grupos:

    Grupo I branco, ovo que apresenta a casca branca ou esbranquiada.

    Grupo II de cor ovo que apresenta a casca de colorao avermelhada.

    Segundo a qualidade classificado em:

    Classe A ovos que apresentem:

    a) Casca limpa, ntegra e sem deformao;

    b) Cmara de ar fixa e com no mximo quatro milmetros de altura;

    c) Clara lmpida, transparente, consistente e com chalazas intactas;

    d) Gema translcida, consistente, centralizada e sem desenvolvimento de germe.

    Classe B ovos que apresentem:

    a) Casca limpa, ntegra, permitindo-se ligeira deformao e discretamente manchada;

    b) Cmara de ar fixa com mximo de seis milmetros de altura;

    e) Clara lmpida, transparente, relativamente consistente e com chalazas intactas;

    c) Gema consistente, ligeiramente descentralizada e deformada, porm com contorno

    bem definido e sem desenvolvimento de germe.

    Classe C ovos que apresentem:

    a) Casca limpa, ntegra, admitindo-se defeitos de textura contorno e manchada;

    b) Cmara de ar solta com o mximo de 10 milmetros de altura;

    c) Clara com ligeira turvao, relativamente consistente e com chalazas intactas;

    d) Gema descentralizada e deformada, porm com contorno definido e sem

    desenvolvimento de germe.

    Para as classes A e B ser tolerada, no ato da amostragem a percentagem de at 5% de

    ovos da classe imediatamente inferior.

    Observadas as caractersticas dos grupos e classes o ovo ser classificado segundo seu

    peso em:

    Jumbo no existe na legislao nacional;

    Tipo 1 (extra) peso mnimo de 60 gramas por unidade;

    Tipo 2 (grande) peso mnimo de 55 gramas por unidade;

    Tipo 3 (mdio) - peso mnimo de 50 gramas por unidade;

    Tipo 4 (pequeno) - peso mnimo de 45 gramas por unidade;

    Industrial no existe na legislao.

    O ovo que apresente as caractersticas mnimas exigidas para as diversas classes e tipos

    estabelecidos ser considerado imprprio para consumo, sendo permitido sua utilizao apenas

    para a indstria.

  • Para os Tipos 1 e 2 ser tolerada, no ato da amostragem a percentagem de at 10% de

    ovos imediatamente inferiores.

    EMBALAGEM

    Aps serem classificados, os ovos so acondicionados em bandejas ou estojos e

    colocados em caixas de papelo padronizadas indicando nas testeiras o grupo, a classe e o tipo

    contidos.

    As caixas depois de fechadas so etiquetadas de acordo com a data da embalagem, data

    da validade, tipo e cor dos ovos.

    Na embalagem de ovos proibido acondicionar em um mesmo envase, caixa ou

    volume de ovos oriundos de espcies diferentes e ovos de grupos, classes e tipos diferentes.

    Os pallets completos so destinados sala de estoque/expedio.

    Armazenamento e expedio

    As caixas com as bandejas de ovos so empilhadas em pallets com no mximo 5 caixas

    de altura.

    A sala de estoque/expedio um local fresco e arejado e os pallets no ficam em

    contato direto com a luz solar.

    Caminhes de terceiros no entram para fazer a coleta de ovos. Veculos prprios

    fazem a transferncia do produto para o carro do comprador ou distribuidora.

    CUIDADOS COM OS EQUIPAMENTOS E INSTALAES

    INSTALAES (CASA DE OVOS)

    Deve ser feita diariamente ao final do dia, lavando-se a sala e equipamentos

    preferencialmente com gua quente, detergentes e desinfetantes adequados. A lavagem da

    mquina feita atravs da aplicao de jatos de gua com alta presso para retirar todos os

    resduos e matria orgnica.

    Em seguida, aplicado produto para desinfeco da mquina. O piso da sala das

    mquinas lavado com jatos de gua de alta presso, fazendo assim uma pr-limpeza para

    aplicao de desinfetantes.

    LIMPEZA DA SALA DE ESPERA E EXPEDIO

    Estas salas so varridas com o pano mido diariamente e lavadas semanalmente.

  • A lavagem feita com a aplicao de jatos de gua com alta presso. Posteriormente

    feita a desinfeco.

    SALA DE OVO LQUIDO

    QUEBRA, PENEIRAMENTO E EMBALAGEM

    Os ovos recebidos do veculo de transporte (trincados, sujos, manchados, etc), mais os

    ovos que foram retirados na ovoscopia e em outros setores da mquina de lavagem e

    classificao, devem ser levados para a sala de ovos lquidos, onde sero quebrados

    manualmente ou mecanicamente e separados o contedo e as cascas. O contedo lquido

    peneirado para reter as cascas.

    LIMPEZA E LAVAGEM DA SALA DE OVOS LQUIDOS

    A limpeza realizada duas vezes ao dia, com jatos de gua de alta presso para retirar

    resduos.

    Posteriormente, feitas a desinfeco com desinfetantes.

    Recipientes e instalaes para o armazenamento e distribuio do ovo lquido

    O contedo deve ser acondicionado em baldes plsticos brancos com capacidade para

    18 litros, contendo um saco plstico com capacidade para 18 litros. Quando cheios devem ser

    fechados e etiquetados com os seguintes dados: data do processamento e data da validade e

    temperatura de armazenamento. A seguir, devem ser armazenados em freezer ou cmara fria,

    onde so mantidos.

    Se no pasteurizado imediatamente, o produto deve ser armazenado rapidamente

    temperatura de 7 por um perodo que no exceda 48 horas. Para perodos de estocagem

    maiores que 48 horas a temperatura de estocagem recomendada de 0 C. O transporte de ovos

    lquidos devem ser feito a temperatura entre zero e 5 C.

    As cascas e os resduos de limpeza devem ser diariamente destinados ao incinerador ou

    fossa sptica.

    DESCARTE DE AVES MORTAS

    A retirada das aves mortas e refugadas do interior das gaiolas deve ser realizada

    diariamente no perodo matutino. Deve-se investigar a causa da morte.

    As aves mortas so colocadas em tambores separados com a identificao da causa da

    mortalidade e em seguida so transportadas para serem incineradas ou para fossas spticas.

  • O transporte de aves mortas deve ser efetuado com a utilizao de um veculo

    apropriado.

    Durante a coleta, a quantidade de aves recolhidas deve ser anotada em uma ficha, para

    controle da mortalidade do lote.

    As aves mortas do pinteiro e recria so colocadas em recipientes fechados fora das

    instalaes, onde posteriormente so coletadas e destinadas a incinerao ou fossa sptica.

    Este veculo tambm pode ser utilizado para o transporte de cascas de ovos e soro de

    ovos lquidos do setor de classificao de ovos. O colaborador encarregado desta tarefa deve

    utilizar luvas e botas.

    MANEJO DO ESTERCO

    O esterco das galinhas deve ser coletado diariamente. Devem ser acondicionados em

    sacos, devidamente fechados e conservados de forma a no contaminar o ambiente.

    Os caminhes de coleta de esterco no devem entrar na propriedade. Os prprios

    veculos da propriedade devem fazer a coleta.

    USO DE VACINAS

    RECEBIMENTO E ARMAZENAMENTO DE VACINAS

    No recebimento das vacinas no almoxarifado, devem ser avaliados os seguintes pontos:

    tempo de viagem, condies de vedamento da embalagem, condies do gelo reciclado,

    nmero de partida, data de fabricao e data de vencimento.

    As vacinas devem ser armazenadas em sua embalagem original e mantidas sob

    refrigerao a uma temperatura de dois 8C ou conforme especificado na embalagem,

    obedecendo ao critrio da data de vencimento, alojar as vacinas com vencimento tardio no

    fundo da geladeira exclusiva para seu armazenamento, passando para frente as de vencimento

    prximo para que sejam utilizadas primeiras.

    TIPOS DE VACINAS

    As vacinas dividem-se em dois grandes grupos.

    Vacinas vivas liofilizadas, ou seja, em seu contedo existem bactrias ou vrus vivos.

    Vacinas inativadas, ou seja, em seu contedo existem bactrias ou vrus inativados.

    As principais vacinas vivas liofilizadas e via de aplicaes so:

    Vacina contra a doena de Gumboro, (via oral, ocular ou dissolvida na gua de

    beber);

  • Vacina contra a doena de Newcastle, (via ocular ou spray);

    Vacina contra a doena de Bronquite Infecciosa das aves, (via ocular ou spray);

    Vacina contra a doena de Bouba aviria, (inoculao na membrana da asa);

    Vacina contra a doena de Encefalomielite aviria,(dissolvida na gua de beber

    quando a recria for ao piso ou membrana da asa quando associada vacina contra doena de

    Bouba aviria);

    Vacina contra a doena de Salmonela gallinarum, (atravs de injeo subcutnea no

    tero inferior da parte posterior do pescoo);

    Vacina contra a doena de Pneumovrus avirio (via spray);

    Vacina contra a doena de Micoplasma gallisepticum (via ocular ou via spray)

    INSTALAES

    Quanto s instalaes, os galpes se modernizaram, variando largura de 3 a 15 m e

    comprimento de 100 a 150 m. Nesses galpes so colocadas gaiolas com dois andares (sistema

    californiano) ou sistemas de baterias, com seis conjuntos de gaiolas sobrepostas umas nas

    outras. A automao tornou-se presente em muitas granjas da regio de Bastos. Desde o

    fornecimento de rao e gua at a coleta de ovos, atualmente possvel que o produto final, o

    ovo, seja coletado nos galpes e chegue ao consumidor sem que haja contato manual, num

    processo totalmente automatizado. Os ovos so coletados em esteiras que os conduzem para o

    depsito de ovos onde so levados diretamente para as mquinas de lavar, selecionar,

    classificar e embalar.

    A questo do bem estar das aves na Europa tem influenciado, tanto as legislaes do

    Estado de So Paulo como a nacional, quanto aos tratos de animais. As legislaes

    recentemente aprovadas na assembleia legislativa do Estado de So Paulo visam melhoraras

    condies que os animais so submetidos com relao valorizao do bem estar das aves,

    livre de sofrimentos, estresse, privaes de gua, alimento e um ambiente saudvel.

    Adequaes s novas regras devero ser consideradas para as novas plantas de produo.

    A preocupao com meio ambiente e elevao da temperatura mundial deve direcionar

    as novas mudanas na forma de criao das aves. O adensamento elevado no sistema de

    criao em gaiolas ultrapassa o limiar do ponto timo de conforto trmico das aves, causando

    elevadas mortalidades nos perodos crticos de temperaturas altas. Os avicultores devero se

    adequar nova realidade considerando os maus tratos aos animais. O esterco tem sido uma

    fonte de renda para a atividade. Novas regras e procedimentos devero ser colocados em

    prtica com intuito de obter crditos de carbono pela utilizao desse material orgnico.

    SELEO DE REAS

  • Quando da seleo de reas para implantao de uma explorao avcola devem ser

    observados os seguintes aspectos:

    - Proximidade aos centros de consumo;

    - Infraestrutura relacionada comunicao, insumos (rao, matrizes), energia eltrica,

    abastecimento d'gua, crdito, assistncia tcnica,etc;

    - Clima no que se refere s condies adequadas de temperatura e umidade relativa do

    ar, ventilao, radiao, etc. Normalmente, so estabelecidas condies prprias para cada

    idade e na maioria das vezes, prefervel instalar a granja em locais de temperaturas mdias a

    com boa ventilao natural. Considerando-se aves adultas, a zona de conforto trmico est

    limitada por temperaturas efetivas ambientais entre 15 e 25 C. Umidades relativas do ar entre

    40 e 70% so adequadas para as aves em virtude da utilizao das formas latentes para

    dissipao do calor corporal em situao de estresse calrico, principalmente a perda de

    umidade partir do trato respiratrio, que carreia grande quantidade de calor;

    - O local deve apresentar boas condies de salubridade no que se refere drenagem

    do solo, ventilao, insolao, espao fsico, topografia (terreno com inclinao mais suave),

    vias de acesso apropriadas para perodos chuvosos e secos, controle de trnsito;

    - Enfim, o prprio espaamento entre galpes fator de suma importncia, o que

    justifica a preocupao com o espao fsico disponvel. Normalmente, para evitar a transmisso

    de doenas, galpes que abrigam animais de mesma idade so espaados entre si 10, 20 at 30

    metros a os que abrigam animais de idades diferentes, 100 200 metros.

    ANLISE DE IMAGENS EM AVIRIO DE POSTURA COM SISTEMAS DE

    CLIMATIZAO

    Pesquisas tm sido realizadas, tentando corrigirem os equvocos ou problemas

    negligenciados na implantao de avirios de aves de postura, tais como, a introduo da

    criao dessas aves em regies com caractersticas climticas diferentes e seleo de materiais

    de construo imprprios e no condizentes com padres de conforto trmico das aves. Para

    manter a temperatura interna do avirio dentro da zona de conforto trmico das aves, vrias

    alternativas tm sido sugeridas, porm, essas alternativas em muitos casos, principalmente em

    regies quentes, so insuficientes para manter a temperatura ambiente de acordo com as

    exigncias das aves, sendo necessrio promover o resfriamento do ar.

  • FIGURA - Anlise de imagem interna e externa do avirio.

    FIGURA Imagem termogrfica de uma fileira de gaiolas com seu histograma e perfil de

    distribuio da temperatura.

    As variveis ambientais tanto podem ter efeitos positivos como negativos sobre a

    produo das aves de postura. Para que as aves possam expressar o seu potencial para a

    produo, o avicultor deve garantir que os avirios estejam com as condies trmicas

    ambientais dentro da faixa de conforto, que, para aves de postura, encontra-se entre 21 a 23C

  • de temperatura e 60 a 80% para a umidade relativa do ar. O condicionamento trmico do

    avirio de postura com ventiladores influenciado pelas condies ambientais externas e pela

    orientao da instalao resultando em estratificao da temperatura, umidade relativa,

    velocidade do ar e iluminncia. comum o produtor comprar um ventilador com a inteno de

    resolver os problemas com temperatura elevada no interior dos avirios. No entanto, o mximo

    que o ventilador capaz de realizar igualar a temperatura interna com a temperatura externa

    do avirio. Se esse gradiente for grande os ventiladores sero eficientes. Porm, ele no

    conseguir abaixar a temperatura interna do avirio mais que o valor de temperatura externa

    somente com o uso de ventiladores. O avicultor ter que dispor de outro sistema de

    climatizao mais eficiente.

    Mapas das isotermas para a temperatura (C), umidade do ar (%), velocidade do ar

    (m/s) e iluminncia de cada ponto, em avirio de postura com ventiladores.

    FIGURA - Efeito da utilizao dos ventiladores no condicionamento trmico em avirios de

    postura.

  • Esses sistemas so os resfriamentos evaporativos, que na criao de aves de postura

    so utilizados com o objetivo de reduzir a temperatura interna do avirio minimizando os

    efeitos indesejveis do estresse calrico sobre as aves.

    FIGURA - Contribuio da nebulizao no arrefecimento do ar.

    PAD COOLING

    O sistema de pad cooling consiste de um sistema totalmente automatizado com

    ventilao negativa em tnel de vento. Os painis evaporativos utilizados nesse processo so

    geralmente de material especial de celulose, mantidos constantemente umedecidos, atravs do

    qual o ar passa e resfria-se antes de entrar no interior do avirio. O suprimento de gua nos

    painis evaporativos pode ser realizado por tubulao de gua instalada na parte superior

    (sistema tradicional) ou por asperso de gua na frente do painel evaporativo (sistema

    asperso-pad).

    No sistema tradicional, uma tubulao de PVC com pequenos orifcios instalada na

    parte superior do painel evaporativo a qual, a gua bombeada distribuda uniformemente no

    topo do painel evaporativo. A gua infiltra atravs do painel evaporativo formando um filme

    que cobre a superfcie interna. Possuem geometria especial para que o ar passe atravs de

    pequenas aberturas, criando condio ideal de mxima evaporao. A gua no evaporada

    coletada por calha e direcionada caixa dgua, onde bombeada para a parte superior do

    painel evaporativo para reutilizao.

    O sistema asperso-pad, consiste do painel evaporativo tradicional de celulose

    instalado na entrada de ar do avirio. Duas a quatro linhas de bicos aspersores localizados em

    frente ao painel evaporativo aspergem gua sobre esse. Para evitar que a quantidade de gua

    no evaporada, molhe o solo prximo ao sistema, nas imediaes so depositadas britas ou

    feito o plantio de grama.

    Para se evitar a formao de algas, que requerem luz, umidade e nutrientes para se

    desenvolverem, preciso sombrear os pads e utilizar algicidas nos reservatrios quando o

    sistema estiver ligado. Alm da formao de algas os pad de celulose tm durabilidade baixa,

  • susceptveis ao ataque de roedores, o que pode inviabilizar o seu uso. Por ser um material

    importado, seu custo acompanha as variaes do cmbio, chegando a representar 11% do custo

    do avirio.

    NEBULIZAO

    O sistema de nebulizao constitudo de bicos nebulizadores que fragmentam a gua,

    em minsculas gotas, distribuindo-a no interior do avirio na forma de jato dgua. Esse

    sistema pode ser operado em alta e baixa presso. Quanto maior a presso de trabalho do

    sistema maior ser a quebra da gota dgua. Quando a quebra do dimetro da gota dgua

    grande forma-se uma nvoa, sendo assim, considerado como nebulizao. O sistema de

    nebulizao pode ser classificado de acordo com a presso de trabalho em baixa e alta presso.

    Consideram-se sistemas, de baixa presso 100-200 psi (7-14 bar) produzindo gotas de 30

    microns e de alta presso 400-600 psi (28-41 bar) produzindo gotas de 10-15 microns. No

    entanto, existe no mercado sistemas de alta tecnologia produzindo presses acima das

    classificadas como alta e baixa, que utilizam tubulao de ao inox, e presso de trabalho 1.030

    psi (71 bar) com bicos metlicos de orifcio 200 micron, produzindo gotculas de gua com

    dimetro mdio de 5 microns. Tudo isso gera grande capacidade evaporativa ao mesmo tempo

    em que evita o condenvel problema de molhar aves, ovos, alimentos ou equipamentos. Quanto

    maior a presso, maior o custo de instalao e maior a eficincia evaporativa do sistema. Para

    um mesmo bico nebulizador a vazo aumenta com a presso. Presso alta conduz a

    pulverizao muito fina do jato, conduzindo a uma grande sensibilidade ao vento.

    FIGURA - Efeito do vento no sistema de nebulizao

  • Uma presso de funcionamento superior aquela para a qual o bico foi concebido

    conduz a um mau funcionamento e a um desgaste do mesmo. Por outro lado, uma presso

    muito baixa reduz o ngulo de pulverizao e no permite boa eficincia do sistema. H

    aumento da umidade na instalao, umedecimento da rao e das aves. O ngulo de

    pulverizao uma boa medida de campo que permite observar o desempenho do sistema e

    deve estar prximo de 45.

    O tamanho do dimetro da gota tambm um fato importante de ser observado uma

    vez que, um maior nmero de gotas com dimetro pequeno permite maior eficincia que um

    menor nmero de gotas com dimetro grande. Isso porque, em um mesmo volume de gua,

    gotas pequenas possuem maior rea de contato e melhor troca trmica com o ar a ser resfriado

    que gotas com dimetro grande. O tamanho da gota aumenta com o aumento da vazo do bico

    nebulizador e ngulos de pulverizao maiores, produzem gotas mais finas ou menores. O jato

    pulverizado deve ser homogneo e uniforme evitando a formao de estrias e gotas grandes

    que podem chegar facilmente ao piso.

    Para diminuir esse efeito, conveniente estabelecer que a variao de presso entre

    bicos nebulizadores posicionados em condies mais e menos favorveis no exceda a 20% da

    presso mdia. Assim, a variao de vazo entre os bicos nebulizadores no supera a 10%.

    bom lembrar ainda que a linha de suprimento dever conduzir gua em quantidade e presso

    requeridas para o funcionamento das linhas principal e de nebulizao.

    FIGURA - Distribuio do jato dgua com bicos nebulizadores instalados altos.

    A vazo dos nebulizadores se exprime geralmente em l/h segundo o tipo de sistema e

    pode variar de 4 a 8 l/h, dependendo do material dos bicos ser de polia cetal, metal porcelana

    ou cermica.

  • FIGURA - Distribuio dos nebulizadores no sentido longitudinal.

    FIGURA - Distribuio dos nebulizadores em avirios em bateria e piramidal.

    Por meio de coletas de dados de temperatura e umidade com o uso de datalogger

    distribudos longitudinalmente e transversalmente possvel realizar anlise tridimensional dos

    sistemas de resfriamento evaporativo de forma a auxiliar nas tomadas de decises.

  • FIGURA - Anlise 3D de avirios de postura com gaiolas em baterias, com sistema de

    nebulizao.

    A utilizao de anlise de imagens facilita o acompanhamento das condies trmicas

    ambientais. A termografia auxilia no diagnstico de problemas encontrados nas instalaes

    tornando as tomadas de decises mais rpidas, com maior preciso. Quando do planejamento

    da granja devem ser seguidas as boas prticas de produo procurando aproveitar as condies

    naturais da regio como a ventilao, para proporcionar um condicionamento ambiental

    satisfatrio. Aps essas medidas estando s condies trmicas ambientais insatisfatrias para

    o conforto e o bem-estar das aves, o produtor deve utilizar meios artificiais de arrefecimento do

    ar com o uso de ventiladores e/ou nebulizadores e acompanhar o desempenho desses sistemas

    verificando se h necessidade de ajustes.

    CONSTRUES:

    1) Requisitos bsicos: - simplicidade;

    - rapidez de execuo;

    -segurana;

    - baixo custo;

    - bom fluxograma de funcionamento;

    - controle ambiental e aproveitamento dos recursos naturais de acondicionamento.

  • 2) Componentes da Granja:

    a) Setor de Produo: galpes para aves

    b) Setor de Preparo de Alimentos: armazns ou silos, fbricas de rao, paiol, etc.

    c) Setor Administrativo: escritrio, almoxarifado, controle (porto de entrada).

    d) Setor Sanitrio: fossas, crematrio (animais mortos), pedilvio para desinfeco dos

    ps na entrada, rodolvio para desinfeco dos pneus dos veculos.

    e) Setor Residencial: casa sede, casas de empregados.

    t) Setor de Apoio: galpo-oficina.

    g) Setor Externo: posto de vendas (depsito de ovos, sala de classificao a

    embalagem), abatedouros, cooperativas.

    Para melhor determinao do tipo de construo, deve-se levar em conta o tipo de

    sistema podem ser considerados 2 sistemas de criao:

    1 Sistema:

    1 fase: Pinteiro: as aves permanecem at os 42 dias de vida (6 semanas) em locais

    denominados "pinteiros" com densidade de at 20 cabea por metro quadrado, em sistema

    cama.

    2 fase: Recria: de 6 at 17 semanas de vida (perodo de recria) so utilizadas gaiolas

    metlicas de dimenses variadas, especficas para essa fase, encontradas no mercado.

    3 fase: Postura: de 17 at 72-74 semanas de vida (perodo de postura) so utilizadas

    gaiolas de variadas dimenses, disponveis no mercado.

    2 Sistema:

    1 fase: Bateria: de 1 at 30 dias de vida (4 semanas) as aves so criadas em baterias de

    800 cabeas ocupando uma rea de 3 m2 (3,00x1,00 m). O galpo usado nesta fase dever ser

    fechado nas laterais e nas reas frontais, dispondo de aberturas controladas (venezianas ou

    similares) com peitoris acima de 1,60 m. As baterias consistem de um sistema de grandes

    gaiolas acondicionadas em 2 3 andares, sendo o afastamento de uma bateria para outra e

    destas para as paredes de cerca de 1,00 m. As baterias podem ser dispostas em filas paralelas

    tendo um corredor de servio de 2,00 m.

    2 fase: Recria: da 4 a 17 a semana de vida as aves so mantidas em gaiolas similares

    s da fase de recria usadas no 1 sistema, sendo a durao desta fase de aproximadamente 13

    semanas.

    3 fase: Postura: de 17 at 72 a 74 semanas de vida, as galinhas poedeiras so mantidas

    em gaiolas similares s da fase de postura usadas no 1 sistema, sendo a durao desta fase

    tambm de aproximadamente 55 a 57 semanas.

    Em ambos os casos, pode ser considerado o alojamento de uma poedeira por 450 cm e

    10cm de espao nos comedouros por ave alojada.

  • DETALHES CONSTRUTIVOS

    Os pilares dos galpes para aves de postura tambm podem ser de concreto armado ou

    madeira rolia, de concreto pr-fabricado ou metlicos, espaados entre si de acordo com o

    espaamento considerado para as tesouras ou prticos do telhado. Neles so afixadas as

    estruturas de apoio das gaiolas altura de 0,70 m do piso. Os galpes com vos maiores ou

    iguais a 8,00 m devero dispor de lanternim a devero ter corredores centrais de 1,00 m de

    largura entre as fileiras de gaiola, feitos em concreto 1:8, 1:10, 1:12 (cimento: cascalho) ou

    1:4:8 (cimento: areia brita), complementados com capeamento no trao 1:4 (cimento: areia).

    Sob as fileiras de gaiola o piso de terra e volta do galpo deve ser construda uma calada

    de concreto, com 0,80 a 1,20 m de largura. Dependendo do nmero de fileiras de gaiolas, do

    lado externo do galpo, o beiral pode atingir at 2,00 m podendo ser determinado pelo

    prolongamento do tirante da tesoura ou pela utilizao de mo francesa. Deve ser previsto no

    projeto um sistema de abastecimento d'gua por meio de mangueiras 1" para lavagens,

    desinfeces e para suprimento dos bebedouros.

    A diferena entre a recria e a postura que as gaiolas utilizadas nesta ltima possuem

    aparador de ovos, porm os galpes so construdos da mesma forma. O dimensionamento ou

    determinao da largura a comprimento dos galpes feito por meio das dimenses das gaiolas

    (catlogos de fabricantes) a das larguras dos corredores de circulao. Anexo ao galpo deve

    ser construda uma sala/depsito para rao, medicamentos, equipamentos, etc.

    Mais detalhes sobre tipos de galpo, fixao e disposio das gaiolas, coberturas e

    fundao podem ser vistos na Figura 4. H que se considerar ainda que em caso de utilizao

    de mais de um galpo, estes devem estar afastados entre si de 20 a 30 metros para criaes de

    mesma idade e 200 m ou mais para criaes de idades diferentes. Obs: 1 ncleo de recria

    abastece 4 ncleos de postura.

  • FIGURA Vistas externa e interna Galpo Aves Postura.

  • A GRANJA NO INVERNO

    A ave submetida ao frio, principalmente nos primeiros 10 a 15 dias de vida, pode ter

    seu desempenho zootcnico diminudo e at sofrer com doenas. Um risco que aumenta muito

    a taxa de mortalidade dos lotes. Segundo os especialistas, doenas como a ascite e at a morte

    sbita na avicultura esto correlacionadas com baixas temperaturas.

    Os extremos de temperatura so prejudiciais ao desenvolvimento das aves. A chegada

    do inverno exige planejamento e preparao para que os efeitos do frio no tragam prejuzos

    produo. Para promover conforto e bem-estar s aves sem risco de perdas, principalmente nos

    primeiros dias de vida, a temperatura interna no galpo deve ficar em torno de 32 graus

    Celsius, diminuindo sua intensidade conforme o pintinho se desenvolve. Para o perodo de

    baixas temperaturas, o produtor tem que trabalhar basicamente dois aspectos: ter um sistema de

    aquecimento eficiente, que consuma pouco combustvel e fornea a quantidade de calor

    necessria e eliminar as entradas de ar frio no galpo para que no haja correntes de ar externo

    e perda de calor. O importante sempre realizar a manuteno preventiva de cortinas e

    equipamentos para no haver surpresas em um perodo crtico do ano, quando o galpo deve

    ser bem manejado.

    E os cuidados com a granja durante o frio no so exclusividade nas regies

    consideradas mais frias do Brasil, como a do Sul. Granjas em todas as regies do Pas devem

    se preocupar com o aquecimento das aves nos primeiros dias de alojamento, mas evidente

    que a regio Sul sofre mais por causa dos invernos mais rigorosos.

    O FRIO E AS AVES

    Baixas temperaturas e oscilaes acentuadas esto fortemente correlacionadas com

    surtos de sndrome asctica e de morte sbita. O frio e as oscilaes bruscas de temperatura

    para baixo so apontados como fatores que aumentam a taxa metablica e a demanda de

    oxignio da ave, responsveis pelo aparecimento desses surtos. A produo de calor, as

    exigncias de oxignio e o volume de dixido de carbono, expelido por pintinhos de um dia,

    variam em funo da temperatura ambiente. A ave produz pouco calor e, como consequncia,

    menor produo de CO2 e menor necessidade de ar na primeira semana de vida se a

    temperatura ambiente encontrar-se entre 32 e 35 , considerado ideal para o

    desenvolvimento do pintinho na granja.

    Mortalidade das aves e prejuzos ao avicultor so realidades que o frio traz para a

    avicultura. No entanto, ainda no existe uma frmula mgica para mensurar e assegurar a

    dimenso desses prejuzos. O que pode ser feito adotar medidas para prevenir essas surpresas

    desagradveis. Dados experimentais indicam que a mortalidade mdia no perodo de inverno

  • 40% maior que no perodo de vero. difcil falar em uma taxa de mortalidade porque tudo

    depende dos cuidados com o aquecimento.

    Mesmo que no haja perda de pintinhos no comeo do lote, o desempenho pode ser

    extremamente prejudicado nos dias finais de criao. preciso buscar orientao com um

    tcnico especfico da avicultura (de rgos pblicos ou de empresas privadas) para ter as

    informaes necessrias sobre a influncia do frio nas aves e como fazer para amenizar seus

    efeitos durante os perodos de baixas temperaturas e conhecer a gentica da ave que est

    alojando e consultar o manual dessa gentica. Cada gentica tem seu manual, que deve ser

    seguido juntamente com as recomendaes da equipe tcnica da empresa integradora, no caso

    dos produtores integrados.

    PREPARAO DA GRANJA DE FRANGOS PARA O INVERNO

    Com a chegada do frio algumas recomendaes dos tcnicos so preciosas para o

    avicultor manter sua produo efetiva e uniforme. As medidas paliativas para minimizar o

    efeito do frio devem ser realizadas antes que ele ocorra. Para isso, os institutos de meteorologia

    informam sobre os prognsticos do clima e o avicultor tem que estar atento a essas

    informaes.

    A morte das aves normalmente ocorre um a dois dias aps o frio ter ocorrido. Dessa

    forma, medidas de controle do frio dificilmente conseguiro reverter essa situao. O melhor

    que o produtor tem a fazer realizar um checklist antes de as aves serem alojadas, verificando

    o bom funcionamento dos equipamentos e a preparao da instalao, ter lenha ou gs

    suficiente para atender a demanda do lote em aquecimento, monitorar a temperatura ambiente e

    o comportamento da ave, alm de acompanhar o lote.

    O avicultor deve reduzir o mximo possvel rea de alojamento, sem comprometer o

    bem-estar das aves. Isso deve ser realizado instalando cortinas duplas nas laterais e no teto,

  • formando o pinteiro. Quanto mais afastada a cortina dupla da lateral do avirio, melhor. O ar

    um isolante trmico natural e preciso que o produtor tenha o cuidado com a rea de entrada

    do avirio para no formar corrente de ar durante o seu acesso. A ventilao tem que ser por

    questes higinicas simplesmente. Para isso, o ar externo que entrar no avirio deve ser

    direcionado para o teto para ser aquecido antes de incidir sobre as aves. Se o sistema de

    aquecimento no suficiente para atender as exigncias da ave no perodo de inverno, o

    produtor deve providenciar suplementao de calor com aquecedores simples encontrados em

    funilarias ou at mesmo confeccionar um prprio.

    Produzir calor no barato e o perodo de aquecimento tem uma parcela significativa

    nos custos do empreendimento. Portanto, deve-se avaliar qual a melhor alternativa de

    combustvel disponvel em relao a custo, disponibilidade e sustentabilidade. Os mais

    utilizados so lenha, gs e diesel. Mas o ponto crucial, no entanto, a vedao do galpo. O

    produtor precisa fica atento para no gastar para produzir calor e perder boa parte desse calor

    para o ambiente devido a frestas e m vedao. Alm disto, muito importante dimensionar

    adequadamente a ventilao mnima, que prover s aves uma melhor qualidade de ar com

    mnima perda de calor. Um dos maiores erros cometidos no campo negligenciar a ventilao

    mnima.

    ALTERNATIVA

    Uma alternativa para o

    aquecimento do galpo a utilizao de

    fornos de alvenaria, descritos por alguns

    avicultores como mais econmico (pois

    seu custo bem baixo), eficiente e de

    menor manuteno. A ideia simples e o

    ar quente solto em direo s duas

    extremidades do galpo e sua intensidade

    pode ser facilmente controlada.

  • EQUIPAMENTOS

    QUAD-FLO INLETS DE TETO

    Permite aproveitar o ar quente do

    teto do avirio para reduzir despesas com o

    aquecimento do ar.

    CARACTERSTICAS

    - Simples e fcil instalao e

    manuteno;

    - Operao automtica com o

    fluxo de ar aspirado pelos exaustores e

    bloqueado por flapes mecnicos quando

    desejado;

    - Disponvel na vazo de 45m/min

    (1600 CFM) cada inlet.

    AQUECEDOR CAMPNULA

    A GS

    Emite calor radiante, com

    acionamento a gs GLP ou natural. de

    fcil instalao, manuteno e

    armazenagem.

    CARACTERSTICAS

    - Refratrio cermico com tela de

    ao inox;

    - Queimador em ferro fundido;

    - Termostato de controle da

    temperatura e termopar de segurana para

    o corte de gs;

    - 40.000 BTU/h;

    - Recomenda-se uma campnula

    para cada 3000 a 4000 pintinhos.

    CAMPNULA GLOBAL

    GREEN

    O aquecedor infravermelho mais

    um modelo de aquecedor Campnulas

    Global 5kW e 5kWBP. A Global Green foi

    projetada para reduzir os custos com

    aquecimento e utiliza uma fonte de

    combustvel renovvel, de baixo custo e

    gerada na prpria granja, o Biogs.

  • INLET DE TETO C-2000

    Baseado nos princpios da

    ventilao mnima, o Inlet de Teto

    um produto que foi projetado para

    aproveitar o ar pr-aquecido acima da

    forrao e disponibiliz-lo para o

    interior do avirio durante o perodo de

    aquecimento das aves. O equipamento

    isolado termicamente e sua abertura

    feita por presso esttica, ou seja, por

    diferena de presso criada no interior

    do avirio, sendo que h a necessidade

    de seu travamento nos perodos de

    utilizao da ventilao tnel.

    Caractersticas

    - Pea Plstica com 04

    aberturas para

    a passagem do ar;

    - Vedao contra retorno do ar;

    - Acionamento manual, com

    travas para fechamento das sadas de

    ar;

    - Vazo de 3.400m/h

    (2000cfm) a presso de 0,1inH2O.

  • INFLUNCIA DA IDADE DA MATRIZ PESADA E DO TEMPO DE

    ARMAZENAMENTO SOBRE A ECLODIBILIDADE DOS OVOS FRTEIS

    O rendimento da produo de pintinhos e a qualidade dos mesmos dependente de

    diversos fatores, incluindo os parmetros fsicos durante a incubao (umidade, temperatura e

    ventilao) como tambm anterior a esta etapa (perodo e parmetros usados no

    armazenamento dos ovos frteis), alm da influncia da idade das matrizes pesadas e a

    qualidade dos ovos. As caractersticas fsico-qumicas dos ovos so modificadas em funo

    destas variveis, culminando na necessidade de tratamentos diferentes entre esses ovos a fim de

    obter o melhor rendimento de produo de cada lote.

    Atualmente, um dos problemas enfrentados em incubatrios tem sido ajustar a janela

    de nascimento das aves associada maior taxa de ecloso. Alguns dos fatores envolvidos

    nestes parmetros so aqueles trabalhados no perodo de armazenamento dos ovos frteis,

    como temperatura, umidade, ventilao, tempo e pr-aquecimento dos ovos e aqueles

    relacionados caracterstica dos ovos frteis, principalmente quanto condutncia da casca,

    fator diretamente influenciado pela idade da matriz. A viabilidade do embrio tambm pode ser

    comprometida durante a incubao decorrente dos parmetros usados na mesma, incluindo as

    diferenas destes ndices (principalmente temperatura, mas tambm de umidade e ventilao)

    existentes dentro das mquinas de incubao e posteriormente nas de nascimento.

    EFEITOS DA IDADE DA MATRIZ NA ECLODIBILIDADE DOS OVOS

    O rendimento de incubao e a qualidade dos pintos de um dia dependente, entre

    outros fatores, da idade da matriz, que por sua vez, influencia o peso do ovo, havendo

    correlao positiva entre o aumento do peso e tamanho dos ovos com o aumento da idade das

    matrizes. Os pesos dos pintinhos recm-eclodidos e de seus sacos vitelinos, oriu