avicultura de postura(1)
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIS-UnUCET FACULDADE DE ENGENHARIA AGRCOLA
AVICULTURA DE POSTURA Trabalho de criao e explorao de animais
ACADMICOS: MAYARA PAIVA SIQUEIRA, PAULO RICARDO OLIVEIRA, LUIS HENRIQUE COSTA VASCONCELOS.
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INTRODUO
Neste setor de avicultura de postura, a capacidade gentica das aves est superando as
linhagens anteriores tanto na produtividade, qualidade como na viabilidade. Qualquer que seja
a estratgia adotada pela empresa, os capitais significativos investidos no sistema devem
refletir na obteno de custos mais competitivos e no atendimento de uma demanda por
produtos de alta qualidade. A tecnologia contribui para o desempenho ao longo prazo das
empresas, oferecendo vantagens competitivas, que resultem em menor custo por unidade
produzidas associadas melhor qualidade.
A incorporao de tecnologia um dos instrumentos para que o sistema produtivo se
mantenha e incremente sua participao no mercado obtendo retorno financeiro no processo
produtivo ou no produto, portanto um fator que cria vantagens competitivas. A dinmica da
mudana do comportamento dos consumidores no mercado move toda a cadeia produtiva no
sentido de melhorar a sua produo e prestao de servios. E a inovao tecnolgica
importante no processo de desenvolvimento e da manuteno das firmas.
RAAS
Existem mundialmente mais de 300 raas de espcies de galinhas domsticas (Gallus
domesticus). Podem distinguir-se trs categorias principais de raas de galinhas: raas puras
para fins comerciais, raas hbridas que resultam de cruzamentos e raas locais ou nacionais.
De uma maneira emprica podemos dividir as raas para fins comerciais de acordo com o
seu principal objetivo de produo:
Postura de ovos, principalmente as raas de galinhas leves, que pem ovos
ou poedeiras.
Produo de carne, principalmente pelas raas mais pesadas ou de frangos de corte.
As galinhas que so criadas tanto para porem ovos como pela produo de carne e que
so as chamadas raas de duplo objetivo. As galinhas poedeiras, os frangos de
carne/corte e as de duplo objetivo distinguem-se pela sua conformao corporal.
RAAS COMERCIAIS E HBRIDAS
Uma raa bem conhecida de galinhas poedeiras leves so as galinhas brancas
ou Leghorn Brancas. So conhecidas por porem uma grande quantidade de ovos brancos.
Necessitam de menos rao, devido ao seu pequeno porte. As Leghorn Brancas so poedeiras
muito eficientes. No entanto, no fim do perodo de postura do relativamente pouca carne.
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Algumas raas mais pesadas de poedeiras tm mais carne (so mais robustas) e tambm pem
muitos ovos. Da que sejam adequadas para uma produo de objetivo duplo. Estas galinhas
pem ovos castanhos e, geralmente, tambm tm penas castanhas podendo os tons variar
consoante a raa. Esto neste caso as galinhas de penas castanhas Rhode Island Red e
as New Hampshire de cor castanho-claro.
LEGHORN
uma raa mediterrnea de crista serra ou crista rosa dobrada para a esquerda. A
crista serra ocorre nas variedades marrom claro e marrom escura, branca, amarela, preta, prata,
vermelha, preta com rabo vermelho, colmbia e dourada. A crista rosa ocorre nas variedades
marrom claro e marrom escuro, branca, preta, amarela e prata. Apresenta pele amarela e produz
ovos com casca branca. Ainda que apenas a variedade de crista lisa seja utilizada
comercialmente, existem muitas outras variedades, algumas das quais sexveis pela pena, com
um dia de idade. As aves so de tamanho pequeno (ao redor de 2,043 kg para as galinhas e
2,724 kg para os galos) e as galinhas produzem grande nmero de ovos por ciclo de postura
(em mdia 200), com casca saudvel e peso mdio de 55 g.
LEGHORN BRANCAS
RHODE ISLAND RED
Apresenta corpo na forma de um bloco alongado com plumagem marrom com algumas
penas pretas na cauda, pescoo e asas. Nos anos mais recentes esta variedade tem sido
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intensamente utilizada para produo de hbridos sexveis pela cor. A presena de uma mancha
branca ou clara na asa dos pintos macho e sua correspondente ausncia nos pintos fmeas,
favorece a identificao dos machos e fmeas com um dia de idade, conseguindo-se um ndice
de acerto de 80-90%. Por outro lado, nos cruzamentos, quando um galo desta raa
(geneticamente gold ou no barrado) acasalado com galinhas geneticamente silver ou
barrada, possvel determinar o sexo do pinto por diferenas de colorao da penugem.
Atualmente grande parte dos hbridos comerciais de postura resulta de cruzamentos especficos
entre indivduos Rhode Island Red e Plymouth Rock Barrado e produzem grande quantidade
de ovos de casca marrom.
RHODE ISLAND RED
NEW HAMPSHIRE
uma raa americana de pele amarela, e ovos de casca marrom. Apresenta cor
vermelho claro e crista serra. Por muitos anos foi utilizada para a produo de frangos de corte.
Mais tarde passou a ser utilizada para cruzamentos com outras raas de corte na produo de
frangos. Atualmente apenas poucos criadores se dedicam comercializao desta raa. Esta
raa foi utilizada em muitos cruzamentos que formam os atuais hbridos de corte,
principalmente em funo da habilidade de produo de grande quantidade de ovos com alta
ecloso. A presena de uma mancha branca ou clara na asa dos pintos machos (pinto) e sua
correspondente ausncia nos pintos fmeas (pinta) favorece a identificao dos machos e
fmeas com um dia de idade, conseguindo-se um ndice de acerto de 80-90%. Quando adultos,
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os machos pesam em mdia 3,632 e as fmeas 2,951 kg. As galinhas produzem em mdia 220
ovos no primeiro ciclo de postura, que pesam em mdia 55g.
NEW HAMPSHIRE
RAAS LOCAIS
Se se pretende criar uma raa prpria de galinhas, no se podem utilizar as raas
hbridas, visto que a sua produtividade decrescer. As raas hbridas apenas garantiro uma
produo elevada caso se comprem regularmente novas galinhas. Por esta razo aconselhvel
usar raas locais, que tm a vantagem de serem muito mais baratas. Outra vantagem das raas
locais reside no fato de estarem melhor adaptadas s condies locais e serem menos
suscetveis s doenas do que as raas hbridas, mais frgeis. As raas locais so,
normalmente, mais leves e os seus ovos menores do que os das raas hbridas. As raas locais
podem distinguir-se pela sua aparncia.
Contudo, as raas locais so de longe menos produtivas em termos de nmero de ovos.
Nas reas rurais, as galinhas locais podem pr cerca de 50 ovos por ano, enquanto as raas
hbridas modernas, sob condies favorveis, podem pr entre 250-270 ovos por ano. Por outro
lado, as raas locais utilizam melhor o material residual que as raas hbridas, o que faz que
sejam mais adaptadas para serem criadas em liberdade, em redor da habitao da famlia, onde
encontram vrios alimentos de acordo com a sua preferncia.
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RAAS LOCAIS
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ESCOLHA DA RAA
Os fatores importantes para a escolha da melhor raa de galinhas atendendo ao seu
caso especfico so os seguintes: preo, situao do mercado, experincia, boa gesto da
empresa, preferncias locais e disponibilidade.
O preo determinar a escolha. As raas hbridas modernas so mais caras e exigem
cuidados especiais, raes de elevada qualidade e bem balanceadas para que produzam bem e
eficientemente. As raas locais so mais baratas e esto mais bem adaptadas s condies
locais. Caso sejam bem cuidadas a sua produo razovel. Porm se quiser criar galinhas a
uma escala maior e decidir comprar raes balanceadas melhor escolher raas hbridas, mais
caras. A avicultura em maior escala cara porque obriga compra de raas hbridas e de
raes equilibradas situao local do mercado um fator importante a considerar. Se houver
uma boa situao de mercado para os ovos e para a carne e se for possvel obter um
fornecimento regular de raes balanceadas de boa qualidade, podem escolher-se raas hbridas
de peso mdio. Caso pretenda concentrar-se na venda dos ovos, a escolha deve recair em
poedeiras menores, de penas brancas. Em todos os outros casos prefervel escolher raas mais
pesadas, normalmente de cor castanha. Se habitar longe do mercado e pretender,
essencialmente, produzir para autoconsumo, vendendo o excedente de ovos e de carne apenas
na feira local, a melhor escolha ser as raas locais. Caso no possua qualquer experincia de
avicultura, melhor comear com uma raa local, mais barata. Uma boa gesto da explorao
avcola permite optar pela compra de raas hbridas que, embora mais dispendiosas, so mais
rentveis. Nalguns pases preferem-se os ovos castanhos. Visto que as raas hbridas nem
sempre se podem obter localmente, ficar portanto dependente do que pode encontrar na sua
rea.
HBRIDOS COMERCIAIS DE POSTURA (IMPORTADOS)
Hissex (branca e marrom)
Lohmann (branca e marrom)
Isa (branca e marrom)
Hy-Line (branca e marrom)
Shaver (branca e marrom)
H&N Nick Chick (branca e marrom)
Tetra
Harco
HBRIDOS COMERCIAIS DE POSTURA (NACIONAIS)
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Embrapa 011 (Branca)
Embrapa 031 (Marrom)
As frangas devem ser transferidas para o avirio de postura at as 18 semanas de idade
numa densidade de 6 aves/m2. Quando alojadas em piso, a cama de boa qualidade deve cobrir
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uniformemente todo o piso com 7 cm de espessura, podendo ser de maravalha/serragem,
palha/capim ou sabugo triturado.
Manter quatro aves/boca de ninho. Fornecer gua em abundncia, limpa, fresca e isenta
de microorganismos.
Fornecer controladamente rao postura I, da 19 a at a 45 a semana e rao postura II
aps a 46 a semana de idade. Adquirir a rao de fornecedor idneo. Quando houver
condies, de fabricao de uma boa rao na propriedade, uma opo fabric-la com
aquisio do ncleo, como mostra o exemplo de rao de postura oferecido por Gessulli
(1999), misturando-se 10% do ncleo de postura para a fase de produo com 60% de milho
modo, mais 22% de farelo de soja 45 e 8% de calcrio com 38% de clcio. Observar as
quantidades e instrues de mistura do fabricante do ncleo, principalmente quando as galinhas
necessitam mais clcio na rao, aps as 45 semanas de idade.
A adoo de rigorosas medidas de biosseguridade reduz os riscos de infeco no
plantel. O intervalo entre alojamentos no mesmo avirio deve ser de, no mnimo, 21 dias,
contados a partir da completa retirada das aves, limpeza e desinfeco das instalaes e dos
equipamentos. Alojar aves de mesma idade e procedncia nas mesmas instalaes. O
monitoramento sorolgico do plantel deve ser orientado pelo mdico veterinrio responsvel
pela granja, bem como a necessidade de vacinaes das aves nesse perodo, sempre em
conformidade com a situao epidemiolgica do local e com o servio ocial. A preveno da
sndrome da queda de postura (EDS) e da encefalomielite, deve ser feita no perodo que
antecede o incio de produo. A partir da 16 a semana de idade fornecer luz articial crescente
at atingir um total de 16 horas de luz, no pico de produo, mantendo-se esse valor constante
at o nal do perodo produtivo. Entretanto, para locais prximos do Equador, onde o tamanho
do dia mais constante entre as estaes, apenas um pequeno estmulo luminoso suciente
para se atingir altos nveis de produo.
Os ovos devem ser coletados a cada duas horas para evitar contaminaes. No
momento da coleta devem ser classicados em bons, trincados, bicados e sujos. Os ovos bons
devem ser re-classicados em pequenos, mdios, grandes e duas gemas e colocados em pentes
de 30 ovos, e esses em caixas de 30 dzias a serem enviadas para o mercado o mais rpido
possvel. Se houver necessidade, conservar as caixas em local fresco e arejado por, no mximo,
3 dias. Providenciar o reaproveitamento dos demais ovos.
A produo, consumo e peso das aves devem ser acompanhados semanalmente. O pico
de postura alcanado as 29 semanas de idade com 91% de produo. Espera-se uma produo
de 319 ovos at as 80 semanas de idade, com peso mdio de 62,0 g e um consumo mdio dirio
de 115 g de rao/ave no perodo de produo.
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MANEJO E CATEGORIAS
ESCOLHA DAS POEDEIRAS
Atualmente existem no mercado vrias linhagens recomendadas para poedeiras
comerciais, tanto para ovos vermelhos como para brancos. So: Hy-line, Lohmann, ISA, Hissx
e Shaver, etc. Estas, no entanto, apresentam pequenas variaes quanto ao desempenho
produtivo.
Temos tambm hbridos comerciais de postura (importados), como:
Hisex (branca e marrom)
Lohmann (branca e marrom)
Isa (branca e marrom)
Hy-Line (branca e marrom)
Shaver (branca e marrom)
H&N Nick Chick (branca e marrom)
Tetra
Harco
H tambm hbridos comerciais de postura (nacionais), comumente encontradas nas
granjas de postura, como:
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MANEJO NA FASE CRIA/RECRIA
Nesta fase de criao de poedeiras comerciais o perodo compreendido entre a
primeira at a 10 semana de idade das aves. As pintainhas ou pintinhas podem ser criadas no
sistema de gaiola ou diretamente no piso com a utilizao de cama.
As pintainhas so alojadas no galpo e so criadas at a 16 semana de idade quando
so transferidas para o galpo de postura. Nesse perodo, a densidade determinada pelas
condies de manejo, temperatura ambiente e idade das aves:
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PREPARAO DO PINTEIRO (GALPO PARA PINTAINHAS)
Os galpes destinados criao das pintainhas, devem ser higienizados antes da
chegada de novo lote, obedecendo ao seguinte cronograma:
1. Os restos de rao dos comedouros e dos silos e o esterco dos cavaletes e pisos,
devem ser retirados para facilitar a limpeza geral do galpo. A lavagem dos galpes devem ser
feita para facilitar a remoo dos dejetos, poeira e penas, atravs da aplicao de jatos de gua
com alta presso, iniciando-se da parte mais alta, no sentido de cima para baixo acompanhando
a declividade do galpo;
2. Todos os equipamentos e instalaes devem ser lavados minuciosamente,
principalmente nas juntas de madeira e dobras de gaiolas. A caixa dgua deve ser lavada
objetivando a higienizao da mesma. Os comedouros e bebedouros devem ser limpos e
higienizados;
3. A desinfestao realizada para eliminar os insetos/ animais nocivos sade das
aves e humana. A desinfeco deve ser feita com desinfetante aplicados na parte interior e
exterior do galpo, e quando realizada o aplicador no pode entrar em contato com o produto.
Devem ser utilizados produtos aprovados e recomendados para uso na avicultura, devendo ser
observada as normas tcnicas e de segurana para aplicao e armazenamento dos produtos;
4. Se necessrio, so efetuados reparos nos madeiramentos, para dar melhores
condies de alojamento para as pintainhas. As lmpadas so limpas e as queimadas so
trocadas para melhorar a iluminao, o que facilita o acesso das aves rao e gua.
No sistema de criao em piso, a cama do avirio deve ser de boa qualidade, sem
evidncias de fungos, ausente de substncias txicas, baixa condutividade trmica, de
partculas de tamanho mdio, boa capacidade de absoro de umidade, macia e deve cobrir
uniformemente o piso do galpo atingindo a espessura de 5 a 10 cm de altura. Dentre os
materias que so utilizados para cama de avirio, destacam-se: sabugo de milho triturado,
bagao de cana, sepilho ou maravalha de madeira, casca de arroz, palha de feijo e feno de
gramnea.
Aps a lavagem e desinfeco do(s) galpo(es), deve ser realizado um vazio sanitrio
com durao entre 15 a 20 dias para entrada de um novo lote.
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No caso de criao com a utilizao de crculo de proteo,as folhas de compensado
devem ser dispostas para que o crculo apresente a altura de 40 a 60 cm de altura e 3 metros de
dimetro, para alojar cerca de 500 pintainhas.
Deve ser tratada com desinfetante, aplicados na parte interior e exterior do galpo
Outros cuidados indispensveis nesta fase :
- utilizar o sabugo triturado ou cepilho como "cama";
- proteger as pintainhas de corrente de ar, atravs do crculo de proteo;
- fornecer 24 horas de luz diria nos primeiros trs dias de vida, a fim de dar as
pintainhas boas condies para se ambientar com as instalaes e equipamentos. A partir do 4
dia fornecer 20 horas de luz e diminuir gradativamente at deixar somente a luz natural;
- fornecer calor nas primeiras semanas de vida das pintainhas;
- acompanhar o comportamento das pintainhas quanto ao manejo adequado e uso da
fonte de calor, observando:
A - A campnula ou fonte de calor est correta com 30 a 33 C. As pintainhas ficam
circulando livremente, comendo rao e bebendo gua. a prova de que o aquecimento est
correto.
B - Quando esto amontoados, h falta de calor.
C - Quando h corrente de ar dentro do galpo, ficam amontoado em um canto.
D - Quando o crculo das pintainhas est longe da fonte de calor significa que h
excesso de calor.
-Realizar a debicagem, pois, previne o canibalismo e evita o desperdcio de rao, alm
de contribuir para a uniformidade do lote. A primeira debicagem deve ser realizada entre sete e
dez dias de idade, aproveitando-se que as pintainhas esto confinadas no crculo de proteo
facilitando a apanha. Uma segunda debicagem, deve ser promovida entre a 10 e 12 semanas,
em condies normais de criao.
-Acompanhar o desenvolvimento corporal das frangas, buscando-se uma uniformidade
em torno de 80%. Esse resultado a garantia de uma maturidade sexual a uma idade
fisiologicamente adequada e um desempenho de produo economicamente esperado.
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AQUECIMENTO PARA AS PINTAINHAS
O aquecimento tem como objetivo manter a temperatura corporal das pintainhas,
devendo ser mantida no interior do pinteiro entre 28 e 32 C (ideal) na primeira semana e entre
26 e 28 C (ideal) na segunda semana. O aquecimento deve ser feito atravs de campnulas a
gs ou eltrica ou ainda aquecedores de infravermelhos.
Deve ser instalado um termohigrmetro dentro do pinteiro, para controle da
temperatura ambiente e umidade relativa do ar.
Algumas observaes visuais so utilizadas para o controle da temperatura no galpo,
dentre os quais:
Amontoamento das pintainhas;
Pintainhas arrepiadas;
Bico e asas entreabertos;
Respirao ofegante;
P queimado;
Empastamento de fezes na cloaca.
Nos dias quentes, a seguinte prtica de manejo recomendada:
1- Se acima da temperatura ideal desligar a fonte de calor;
2- Se a temperatura ainda permanecer alta, abrir as laterais da cortina interna;
3- Se ainda persistir, abrir a cortina externa do lado que no estiver ventando;
4- Ligar os aspersores ou, na sua ausncia, umedecer as paredes laterais do galpo.
RECEPO OU ENTRADA DAS PINTAINHAS
O veculo com as pintainhas, ao chegar na portaria da granja, deve ser totalmente
desinfetado ou ento as pintainhas devem ser transferidas para veculos de circulao interna
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na granja. O supervisor deve verificar o horrio de sada do caminho do incubatrio, o horrio
de chegada granja, as anormalidades (caminho e carga) existentes no trajeto, a temperatura
do interior do caminho e a existncia de alguma separao de pintainhas. Os colaboradores
devem ter atribuio exclusiva de realizao desta tarefa e devem estar sempre com roupas
limpas e desinfetadas.
SOLTURA DAS PINTAINHAS
Na criao em piso imprescindvel nas primeiras semanas que as aves tenham uma
boa fonte de aquecimento, sendo esta necessidade maior nos primeiros dias de vida e reduzindo
com a idade. Deste modo, a abertura do crculo de proteo deve ser realizada a partir do
terceiro dia e retirados aps o 100 dia.
Na criao em gaiola as pintainhas devem ser soltas uma de cada vez para o interior da
gaiola.
Deve-se molhar o bico da mesma em gua para que ela possa aprender e ter acesso
gua o mais rpido possvel, evitando assim riscos de desidratao.
DEVEM SER VERIFICADO EM TODOS OS LOTES AS SEGUINTES
CONDIES DE ANORMALIDADES:
Onfalite (Umbigo pregado, Barriga grande, Bolso rendido);
Defeitos fsicos (P torto, Bico torto, Pescoo torto, Cegueira).
As anormalidades devem ser registradas de acordo com as informaes do fornecedor.
Devem ser pesadas as caixas de transporte de pintainhas, verificando qual foi a perda
de peso durante a viagem. As embalagens utilizadas no transporte das pintainhas devem ser
incineradas aps a soltura de todas as aves. Para medir o nvel de imunidade passiva deve ser
feita a coleta de sangue por puno cardaca, coletando-se aproximadamente 0,5Ml de cada
ave, de 0,1% das aves do lote para anlise e controle de salmonelose, micoplasmose e doena
de Gumboro.
O primeiro arraoamento deve ser realizado com a colocao da rao em comedouros
tipo bandeja (criao em piso). No caso de criao em gaiolas, nos comedouros acoplados as
gaiolas. Esta rao colocada prxima ao bebedouro.
Faz-se a leitura do termmetro instalado no interior do pinteiro, prximo a fonte de
calor.
NO RELATRIO DE RECEPO DEVE CONSTAR OS SEGUINTES
DADOS:
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Avaliao da qualidade das pintainhas recebidas, temperatura das instalaes,
nmeros de lotes, data, horrio da chegada e mortalidade do lote;
Percentual de pintainhos (machos) de lotes que completaram a sexta semana de idade.
Anota-se em fichas as seguintes informaes:
Contagem fsica das pintainhas (para controle de produo);
Mortalidade no primeiro dia (as pintainhas que morreram na viagem so consideradas
como mortalidade de 01 dia);
Mortalidade do segundo dia (as pintainhas que morrerem no dia da soltura).
MANEJO DO LOTE (CRIA) DE PINTAINHAS
De 01 a 07 dias de idade os colaboradores devem:
Colocar gua nos bebedouros todos os dias, incentivando o consumo de gua;
Realizar a separao das aves menos desenvolvidas do meio das maiores, objetivando
a recuperao das mesmas;
Controlar a umidade do ar;
Trocar o material utilizado como cama se estiver molhado;
Controlar a temperatura;
Realizar o arraoamento das pintainhas;
Realizar a vacinao recomendada;
Realizar os registros correspondentes;
Retirar as pintainhas mortas, dando destino adequado a carcaa.
PRIMEIRA DEBICAGEM
Todas as aves destinadas postura devem ser debicadas. A debicagem deve ser
realizada entre 7 ao 10 dia de idade.
OBJETIVOS DA DEBICAGEM
Evitar ou reduzir o canibalismo;
Evitar a escolha de partculas maiores e o desperdcio de rao;
Minimizar o efeito da hierarquia social do lote;
Melhorar a viabilidade do plantel.
COMO REALIZADA A DEBICAGEM?
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A primeira debicagem deve ser realizada com o debicador automtico que contenha
placa guia com orifcio de 4,0, 4,37 e 4,75 milmetros e lmina tipo BC o corte do bico deve
ser em forma de V, visando deixar o bico com um comprimento de 1,5 a 2,5mm. A
temperatura da lmina deve estar entre 500 a 5700C, ficando a cor da lmina vermelha (cor de
caf maduro) para que efetue uma perfeita cauterizao e deve estar bem afiada para facilitar o
corte evitando assim um corte inadequado. As pintainhas devem ser colocadas em uma caixa
para facilitar o manejo. Na operao o colaborador deve segurar a ave corretamente. O polegar
deve ser posicionado na parte posterior da cabea, e o indicador sobre a garganta exerce uma
leve presso para trs e para baixo. Esta leve presso promove a retrao da lngua, evitando
que a mesma seja cortada. A ave deve ser segurada com firmeza, mas sem presso excessiva. A
seguir inserir o bico no orifcio selecionado, o orifcio do debicador deve ser de calibre
adequado para o bico da ave, segurar o corpo da ave na posio perpendicular a placa. O
equipamento deve ser ligado e uma vez acionado, a lmina do debicador abaixa e corta o bico.
preciso manter o bico no orifcio contra a lmina pelo menos dois segundos completos em
que ela permanece abaixada. A ave deve ser retirada quando a lmina do debicador subir,
liberando o bico.
A ave deve ser solta na gaiola utilizando um escorregador, para diminuir o impacto da
mesma com a gaiola.
CUIDADOS ANTES, DURANTE E APS A DEBICAGEM
O nvel de rao nos comedouros deve ser mantido um pouco acima do nvel normal,
durante e depois da debicagem, para evitar que as aves machuquem seus bicos recm cortados;
O arraoamento deve ser feito antes dos operadores entrarem nos corredores;
Deve ser aplicada vitamina anti-estresse na gua de bebida um dia antes, no dia e um
dia aps a debicagem;
Deve ser evitado ao mximo o estresse aps a debicagem, impedindo assim
rachaduras ou leses nos bicos e consequentemente hemorragias;
Toda a debicagem deve ser efetuada do fim para o comeo do galpo, evitando assim
o trnsito entre as aves debicadas. No devem se realizada nenhuma prtica de manejo prximo
ao galpo (aplicao de herbicida, larvicidas, retirada de esterco e utilizao de roadeiras) at
a cicatrizao total do bico da ave;
Deve ser evitada temperatura excessiva ou prolongada durante a debicagem, pois a
aplicao de calor excessivo resulta no crescimento de uma estrutura semelhante a uma bola no
bico (calo).
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Por outro lado, deve-se evitar a temperatura baixa da lmina para no haver
hemorragia;
No caso de hemorragia, a pintainha deve ser separada e refeita a cauterizao para
evitar sua morte;
Deve ser colocada gua nos bebedouros, para incentivar o consumo de gua;
Aves doentes no devem ser debicadas;
A debicagem deve ser efetuada por equipes bem treinadas.
MANUTENO DOS EQUIPAMENTOS PARA A DEBICAGEM
Deve ser realizada periodicamente com a substituio das lminas e dos fios eltricos
que estiverem descascados e pudos.
SELEO DE AVES DE 1 A 16 DIAS DE IDADE
Deve ser feita diariamente, exceto no dia da debicagem. Selecionam-se as aves fracas e
menores, colocando-as em locais de melhor acesso a comedouros, bebedouros e aquecimento,
para que as mesmas possam igualar-se ao desenvolvimento do restante do lote. O objetivo
desta seleo evitar disputa na hora da alimentao e tambm buscar uma boa uniformidade
(no mnimo 80%) das mesmas, ficando as aves de acordo com o tamanho distribudo em aves
grandes, mdias e pequenas que sero debicadas por ltimo.
CUIDADOS IMPORTANTES
REGULAGEM DE EQUIPAMENTOS
Os comedouros devem ser regulados periodicamente (a cada trs dias) devendo a borda
superior de estes coincidir com o dorso das aves. Os bebedouros devem ser regulados
diariamente de acordo com a idade das aves, de tal forma que a borda do bebedouro esteja ao
nvel dos olhos das pintainhas.
SEXAGEM DAS AVES
Os pintainhos, medida que so encontrados, devem ser eliminados imediatamente,
exceto em algum caso de retirada da Bursa de Fabricus ou algum teste proposto.
PESAGEM DAS AVES
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Semanalmente, devem ser pesadas 1% das aves existentes no lote escolhidas em pontos
aleatrios, pesando todas as aves existentes nas gaiolas escolhidas. O objetivo desta pesagem
para comparar o peso mdio com peso o padro, estabelecer a uniformidade do lote, verificar o
consumo de rao, alm de servir como guia na seleo de aves.
OS DADOS APURADOS SO:
Uniformidade em relao ao peso padro;
Uniformidade em relao ao peso mdio;
Quantidade de aves acima e abaixo do peso mdio;
Quantidade de aves acima e abaixo do peso padro;
Comparativo com dados de pesagens anteriores.
Programa de iluminao artificial
Nesta fase de criao, a finalidade do programa de iluminao artificial evitar o
amontoamento das pintainhas nos primeiros dias de idade, alm de facilitar o consumo de
rao e gua, fatores decisivos para o desenvolvimento das pintainhas. O programa de luz
artificial ser detalhado mais adiante.
CUIDADOS A SEREM TOMADOS COM A ILUMINAO ARTIFICIAL
Deve ser verificado diariamente se o relgio est em perfeito funcionamento e com a
programao correta. O relgio programado de acordo com a linhagem de aves.
Em caso de dias nublados ou chuvosos deve ser antecipado em 30 minutos o programa
de iluminao no perodo vespertino e prolongado em 30 minutos no perodo matutino, para
facilitar o acesso gua e rao. Se existirem lmpadas queimadas, estas devem ser
substitudas por outras em condies de uso.
ARRAOAMENTO (CRIA)
A rao um alimento balanceado para as aves, oferecendo nveis adequados de
nutrientes, alm de ser utilizada como veculo para a adio de medicamentos e promotores de
crescimento.
A rao ou as matrias-primas devem ser adquiridas de fornecedores idneos, que
garantam a qualidade e a inocuidade.
O arraoamento deve ser realizado no horrio determinado e de acordo com o
consumo. No primeiro dia so feitos dois arraoamentos. A rao deve ser revolvida nos
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horrios determinados com o objetivo de incentivar a ave a consumir mais, alm de evitar a
impregnao de rao nos comedouros.
Deve ser verificado o consumo dirio atravs da leitura correta do estoque existente no
silo, bem como, qualquer alterao na rao e no consumo das pintainhas.
MANEJO NA FASE DE RECRIA
Esta fase compreende o perodo de idade das aves entre a 10 a 17 semana.
PREPARAO DA REA/GALPO DE RECRIA
Deve ser realizada uma limpeza geral do galpo, devem ser retirado a rao dos
comedouros, dos silos, esterco dos cavaletes e dos pisos. Os comedouros e bebedouros devem
ser lavados e higienizados para remoo e retirada das sujeiras e ferrugem.
A lavagem dos galpes deve ser feita atravs da aplicao de jatos de gua com alta
presso para remover os dejetos, poeira e penas, iniciando-se da parte mais alta, no sentido de
cima para baixo acompanhando a declividade do galpo. Todos os equipamentos e instalaes
devem ser lavados minuciosamente, principalmente nas juntas de madeira e dobras de gaiolas.
Nesta ocasio devem ser realizados reparos nos madeiramentos e gaiolas com o
objetivo de oferecer melhores condies de alojamento para as frangas.
Alm disso, deve ser feita a limpeza da caixa dgua, objetivando a higienizao total
da mesma.
Devem ser realizados servios de recuperao do piso e calada, facilitando assim a
circulao com carrinhos durante o processo de arraoamento e seleo de aves, auxiliando
ainda na preveno de possveis acidentes.
As instalaes eltricas e hidrulicas devem ser objeto de programa de manuteno,
sendo sempre verificadas e reparadas.
Recepo ou Entrada de Aves
* Algumas granjas no fazem a transferncia dos lotes de aves na fase de RECRIA.
O total de aves por gaiola (densidade) requerem 0,39 m2 de rea de piso da gaiola por
ave e 10 cm de espao no comedouro por ave.
Aps o trmino da mudana realiza-se a contagem das aves. As aves menores
(selecionadas no pinteiro) devem ser colocadas em locais separados mantendo homogeneidade
entre elas. Devem ser evitados movimentos aps o trmino da transferncia, para que as aves
se recuperem do estresse causado pela transferncia.
SELEO DE AVES
-
A seleo deve ser realizada semanalmente, com o objetivo de:
Separar as aves fracas e menores, descartando-as ou colocando-as em locais de
melhor acesso a comedouros;
Atingir a uniformidade mnima de 80% do lote;
Facilitar o processo de debicagem deixando as frangas menores para serem debicadas
por ltimo;
Comparar o peso mdio com o peso padro e conhecer a uniformidade e o consumo
de rao;
Nesta seleo devem ser pesadas 1% do lote. As gaiolas a serem pesadas so
escolhidas, marcadas e devem ser pesadas todas as aves existentes na gaiola;
Os dados apurados em uma pesagem so: desuniformidade (10% abaixo ou acima do
peso padro e do peso mdio) e diferena entre o peso mdio do lote anterior e atual (+/- 10%).
Parmetros de uniformidade a serem considerados no lote de frangas.
REDEBICAGEM E ARRAOAMENTO
uma nova debicagem que se realiza em torno de 10 semanas de idade, que deve ser
conduzida da mesma forma que a debicagem.
MANEJO NA FASE DE POSTURA
As aves ficam alojadas, no galpo de postura, at a idade de 80 semanas ou conforme
for a viabilidade econmica da produo de ovos. Alojar 3 ou 4 aves por gaiolas. Essa variao
depender do tipo de gaiola e da caracterstica da ave (pesada/leve).
PREPARAO DA REA/GALPO DE POSTURA
-
Algumas granjas no fazem a transferncia dos lotes de aves na fase de POSTURA. A
preparao, a lavagem e desinfeco dos galpes devem ser conforme j descrito para o galpo
de cria.
Reforma das instalaes - quando necessrio, deve proceder:
REFORMA DAS GAIOLAS:
Verifica-se locais onde o piso, esteira ou porta esto danificados e faz-se a correo
dos mesmos usando arame galvanizado. Esta reforma realizada para evitar perdas de ovos,
ovos retidos no fundo das gaiolas e evitar fugas das aves.
REFORMA DO MADEIRAMENTO:
Verificam-se esteios, cavaletes, sarrafos e tesouras do telhado que esto danificados e
em seguida efetua-se a substituio ou recuperao dos mesmos. Esta reforma feita para
manter o nivelamento correto dos sarrafos, cavaletes, esteios, evitando o acmulo de ovos no
fundo das gaiolas e vazamentos em bebedouros.
REFORMA DOS PISOS DOS CORREDORES:
So reformados todos os locais que dificultam as passagens dos carrinhos que causam
riscos de acidentes e aumento de ovos trincados.
REFORMA DOS COMEDOUROS:
So reformados todos os comedouros danificados com o objetivo de evitar o
desperdcio de rao.
REFORMA DE INSTALAES HIDRULICAS:
Realiza-se reforma em todos os locais danificados, a fim de facilitar o consumo de
gua pelas aves, evitando possveis desperdcios e a possibilidade de molhar o esterco.
REFORMA DAS INSTALAES ELTRICAS:
-
Devem se substitudas todas as peas, fiaes e lmpadas que estiverem imprprias
para o uso, melhorando a iluminao do galpo, facilitando assim o consumo de rao no
perodo de iluminao artificial.
PINTURA DA ESTEIRA DAS GAIOLAS:
Deve ser feita para maior conservao e durabilidade das esteiras e evitar que os ovos
sejam afetados por ferrugem existente nas mesmas. As esteiras devem ser pintadas com tinta
tipo alumnio.
LTIMOS PREPAROS PARA O RECEBIMENTO DO NOVO LOTE:
Deve ser a solicitao de entrada de rao, observando o tipo e a quantidade de rao
que ser transferida da recria para o bloco de produo.
Providencia-se a vitamina anti-estresse que ser utilizada aps a entrada do lote.
Faz-se a distribuio da rao nos galpes antes do inicio da transferncia.
imprescindvel um entrosamento entre os colaboradores responsveis pela recria,
produo e vacinao, para que sejam definidos todos os detalhes da transferncia e tambm
para que possa ocorrer a transmisso de informaes a respeito das aves que sero transferidas,
estando conscientes das condies de estresse a que sero submetidas s aves durante a
mudana de instalaes.
Ex: mudana de gaiolas, colocao em caixas de mudanas, trajeto, qualidade de
espao.
Relacionam-se todas as informaes anteriores sobre o lote. Ex: peso, uniformidade,
viabilidade, vacinaes, debicagem , redebicagem e outros.
No dia que antecede a transferncia realizada pesagem das aves.
O ideal fazer com que as operaes sejam realizadas rapidamente e com o mximo de
segurana e bem estar para as aves.
RECEPO OU ENTRADA DE AVES E MANEJO DO LOTE
No primeiro dia aps o alojamento do lote, acompanha-se e incentiva-se o consumo de
rao, certificando-se da adaptao ao novo ambiente. Programa-se o relgio de iluminao
artificial de acordo com o programa estabelecido.
Providenciar a transferncia das frangas at 16 semana de vida para o galpo de
postura. Durante a transferncia realizar a seleo e padronizao das aves, agrupando-se
frangas pela conformao corporal (peso corporal) e maturidade sexual (desenvolvimento da
crista). A transferncia das frangas um fator de estresse e requer cuidados especiais, tais
-
como: colocar rao vontade nos comedouros; orientar as frangas como beber gua,
especialmente se se tratar de sistema de bebedouros diferentes daqueles usados durante a
recria; evitar qualquer outra prtica de manejo que represente estresse ave, na semana que se
segue a transferncia.
PROGRAMA DE ILUMINAO
A luz tem papel importante na fisiologia das espcies animais. A quantidade de luz
influencia na maturao sexual das aves e a taxa de produo de ovos. Para uma melhor
produo de ovos deve-se promover um aumento semanal de 15 minutos no fotoperodo dirio,
a partir de 18 semanas de idade, at atingir um mximo de 16 horas de luz (natural +
artificial), coincidindo com o pico de postura do lote. Num programa de iluminao durante a
fase de produo, a partir do pico de postura importante manter-se sempre constante o
fotoperodo dirio (16 horas de luz), durante todo o ciclo de produo.
Ou seja, a luz representa um dos fatores ligada natureza responsvel pelo controle do
biorritmo das aves, at 10 semanas de idade as aves so refratrias luz. atravs da
penetrao de raios luminosos nos olhos que provoca um estmulo que conduzido pelo
sistema nervoso at ao crebro e glndula pituitria que libera o hormnio LH responsvel
pela ovulao e desenvolvimento do restante do aparelho reprodutivo.
Deste modo, o estabelecimento de um programa de luz tem como finalidade:
Evitar que as aves entrem em postura precocemente;
Estimular a maturidade sexual das aves;
Uniformizar o desenvolvimento da maturidade sexual na fase de incio de postura;
Aps o incio da produo, estimular a postura e facilitar o consumo de rao no
perodo noturno.
O programa de iluminao artificial deve ser realizado de acordo com:
A poca em que as aves completaro 10 semanas de idade;
Durao do dia, ou seja, deve ser verificado se naquela ocasio o comportamento da
luz natural ser crescente (21 de junho a 21 de dezembro) ou decrescente (21 de dezembro a 21
de junho).
No caso das aves completarem 10 semanas de idade no perodo crescente, o programa
de luz a ser adotado ser:
Programa de luz crescente de acordo com a idade da ave:
-
Para a eficincia do programa de iluminao artificial so observados os seguintes
pontos:
O relgio deve estar em perfeito funcionamento e seu horrio acertado todos os dias,
se necessrio;
O relgio programado de acordo com a ficha mensal de iluminao artificial,
elaborada de acordo com a durao do perodo de luminosidade do dia.
Pontos a serem considerados na implantao de programa de luz artificial.
1. Tipo de lmpada a ser utilizada:
Lmpada fluorescente oferece maior nmero de lumens e maior durabilidade.
2. So necessrios 22 lmens /m2 para produzir estmulos na poedeira.
3. rea do galpo.
Intensidade luminosa de acordo com o tipo de lmpada utilizada
ALIMENTAO DAS AVES
feita com rao balanceada.
-
CUIDADOS DURANTE A UTILIZAO DA RAO
Conhecer o tipo de rao utilizada no lote. Observam-se possveis caractersticas e
alteraes na rao como: tamanho de gros, colorao, odor.
A distribuio de rao no comedouro, (arraoamento) efetuada no mnimo duas
vezes ao dia no sistema convencional (manual) e no sistema automtico no mnimo seis vezes
ao dia que so programados de acordo com o consumo
A quantidade de rao existente no interior dos comedouros dever ser satisfatria, ou
seja, evitar sobras demasiadas ou faltas no perodo do dia ou da noite, evitando desnivelamento
de rao nos comedouros.
A rao deve ser homogeneizada nos comedouros no mnimo trs vezes ao dia, para a
melhor incorporao dos ingredientes tais como: calcrio, farinha de ostra e outras matrias
finas e pesadas que ficam no fundo dos comedouros, obtendo uniformizao da rao e
estimular o consumo.
O consumo dirio do lote controlado atravs da verificao correta da quantidade
existente no interior do silo ou quantidade ensacada.
TIPOS DE RAO
De acordo com a fase da postura, so empregadas diferentes tipos de raes, conforme
a seguir:
Pr-postura.................de 100 a 121 dias de idade das aves;
Postura pico.............incio de postura at final do pico de produo de ovos;
Ps-pico.................... para a produo de 86% a 78% de ovos no galpo;
Trmino de postura.......nvel de produo de 78% at o descarte;
O consumo mdio de rao na ave adulta de aproximadamente 110g/dia.
PESAGEM DAS AVES
Nesta fase as aves so pesadas semanalmente at o perodo de pico de produo e
mensalmente at o final do ciclo produtivo da ave. Essa pesagem tem como objetivo monitorar
o peso mdio das aves em relao ao peso padro, bem como a uniformidade do lote.
FORMA DE EXECUO DA PESAGEM
-
A pesagem feita com amostragem de 0,5% do lote, em pontos aleatrios do galpo ou
bloco, pesando individualmente todas as aves existentes em uma gaiola. O peso de cada ave
registrado na ficha de controle de peso, visando-se identificar:
O peso padro atual da linhagem;
A quantidade de aves pesadas;
A quantidade de aves com peso inferior ao peso padro;
A quantidade de aves com peso superior ao peso padro;
A quantidade de aves com peso dentro do padro.
Os dados a serem apurados so:
Desuniformidade: ideal entre 10% acima e 10% abaixo em relao ao peso mdio;
Uniformidade com relao ao peso mdio e padro que dever ser no mnimo 80%;
O ganho de peso semanal, que identificado atravs da diferena existente entre o
peso mdio anterior e o atual.
MANEJO DE OVOS
A manuteno da qualidade dos ovos depende de algumas prticas utilizadas desde a
postura at a distribuio ao mercado consumidor. Esta fase merece uma ateno especial do
avicultor. Veja os cuidados:
- o nvel do piso das gaiolas deve ter inclinao necessria para deslocamento natural
dos ovos at o aparador;
- a limpeza diria dos bebedouros tipo calha, dever ser feita no perodo da tarde e com
cuidado, evitando-se molhar os ovos no aparador;
- realizar no mnimo cinco coletas de ovos durante o dia, sendo que as trs primeiras
devem ser realizadas no perodo da manh, em intervalos mdios de uma hora entre as
colheitas;
-durante a colheita faz-se a primeira separao de ovos sujos, trincados ou quebrados;
- retirar os ovos do ambiente dos galinheiros o mais rapidamente possvel.
MANEJO PARA PRODUO DE OVOS
-
CLASSIFICAO
Os pequenos produtores podem utilizar classificadores de madeira do tipo crivo e as
medies indiretas atravs dos dimetros dos ovos. Durante a classificao, deve continuar a
retirada de ovos trincados e sujos.
BENEFICIAMENTO DO OVO
COLETA E TRANSFERNCIA
Consiste em recolher os ovos produzidos pelas aves sadias, diariamente,
acondicionando-os em bandejas plsticas ou de papel com capacidade para 30 ovos.
OBJETIVO: evitar o acmulo de ovos na esteira (causando a trinca), evitar o acmulo
de poeira ou qualquer outro tipo de sujeira sobre os ovos, transferir os ovos para o setor de
classificao para que os mesmos passem por um critrio de seleo e posteriormente sejam
classificados e comercializados.
FORMA DE EXECUO
-
Deve ser utilizado para a execuo desta tarefa um carrinho, construdo de material que
permita limpeza completa, bandejas plsticas ou bandejas de papel que no se constituam em
fontes de contaminao para o ovo. recomendvel a coleta, no mnimo, duas vezes ao dia
devendo ser realizada pelos colaboradores dos ncleos de produo, onde cada um trabalha
com uma quantidade estipulada de aves.
O colaborador deve pegar no mximo trs ovos por mo, combinando movimentos
rpidos porm leves e cuidadosos, para que no ocorra nenhum acidente que abale a
integridade dos ovos.
Durante a manipulao devem ser adotadas medidas que evitem a contaminao com
materiais da cama, insetos, parasitos, pssaros e contaminantes qumicos.
No momento da coleta o colaborador deve realizar uma pr-classificao dos ovos,
separando os ovos de 2 linha, dos ovos de 1 linha.
Os ovos considerados 2 linha so aqueles que apresentam:
Casca fina: apresentam deficincia na formao de casca, so mais frgeis, surgem
em maior escala em lotes acima de 50 semanas de idade;
Trincado: apresentam rachaduras na estrutura da casca, porm no existe rompimento
da membrana interna da casca;
Quebrado: apresentam a mesma caracterstica quanto estrutura da casca, com
rompimento da membrana interna da casca;
Deformado: apresentam formao irregular na estrutura da casca;
Sem casca: so ovos compostos apenas por gema, clara e membrana interna;
Sujos: apresentam substncias orgnicas impregnadas em sua casca;
Manchado: apresentam manchas que alteram a colorao normal da casca;
Os ovos so acondicionados nos casulos das bandejas, colocados com a parte mais
larga para cima, auxiliando assim sua conservao;
No caso de ovos de 2 linha, parte danificada deve ficar para cima.
Os ovos imprprios para consumo devem ser recolhidos separadamente e armazenados
at a sua eliminao em local que no permita que contamine ovos sadios e fontes de gua.
ARMAZENAMENTO E PR-SELEO
CASA DE OVOS
A construo da casa de ovos deve assegurar o fluxo regular do processo, desde a
chegada do ovo at o produto terminado, devendo manter condies ideais de temperatura em
todas as fases do processo. Deve ser uma construo slida, dotada de mecanismos que
impeam a entrada de insetos, pssaros e animais domsticos, projetada de tal modo, que possa
-
ser limpa convenientemente e com facilidade. Deve dispor de fonte de gua potvel fria e
quente. As normas de potabilidade no podero ser inferiores s estipuladas na ltima edio
das Normas Internacionais para gua Potvel da Organizao Mundial de Sade.
Deve ser bem ventilada, principalmente nos locais onde produzido calor excessivo
vapor de gua ou aerossis contaminantes, devendo ser planejada de tal forma que assegure
que a direo da corrente de ar nunca v da zona suja para a limpa.
O local destinado ao recebimento dos ovos deve ser separado daqueles destinados aos
produtos finais de modo que ocorra proteo contra a contaminao cruzada.
A permanncia dos ovos na granja deve ser mnima, recomendando-se o mximo de
trs dias. O ambiente dever ser fresco, se possvel com temperatura entre 10 e 15C, bem
ventilado. Temperaturas altas e baixa umidade aceleram a perda de qualidade dos ovos. O
ambiente de depsito dos ovos no deve conter outros produtos, especialmente com fortes
odores. Nesta ltima etapa, ainda se chama ateno para o transporte, no qual se devem
minimizar choques ou batidas fortes, no manuseio das faixas em carga e descarga, visando o
consumidor final.
BENEFICIAMENTO DO PRODUTO
-
CUIDADOS DURANTE A COLETA E ARMAZENAGEM
Os ovos devem ser armazenados em local fresco, arejado e higienizado livre da
incidncia de raios solares, sendo recomendado a temperatura de oito a 15C e umidade relativa
de 70 a 85%.
As bandejas de papel devero ser usadas de forma apropriada combinando tamanho do
casulo com o tamanho do ovo. O empilhamento mximo deve ser de 8 bandejas.
Ao chegar ao setor de classificao de ovos, os ovos devem conferidos por um
colaborador do setor de classificao de ovos e anotados em uma ficha. Em seguida, os ovos
so retirados dos veculos cuidadosamente e armazenados separadamente (ovos vermelhos,
brancos e 2 linha).
Aps este procedimento os ovos so encaminhados para dois setores: sala de espera ou
sala de ovos lquidos.
SALA DE ESPERA
A sala de espera um setor onde os ovos so armazenados antes da lavagem (no
obrigatoriamente) e pr-classificados. Os ovos que estiverem por mais tempo nesta sala devem
ser os primeiros que vo para a sala de classificao.
HIGIENIZAO, SELEO E CLASSIFICAO.
SALA DE CLASSIFICAO
o local onde se encontram as mquinas que lavam e classificam os ovos.
Nesta sala ocorre a higienizao, classificao e embalagem dos ovos.
Os ovos devem ser retirados manual ou mecanicamente das bandejas e colocados na
mquina, onde podem ser lavados com gua clorada, pr-aquecida na temperatura de 433 C.
A seguir, os ovos so secos por ar quente ou frio, selecionados atravs da ovoscopia para
retirada dos ovos de casca fina, manchados com sangue ou com pequenas trincas. Finalmente,
indicado o armazenamento em locais isentos de odores sob temperatura de 8 a 15 C e
umidade relativa de 70 a 85%.
Ovos retirados na ovoscopia so acondicionados em bandejas de acordo com seu
defeito e encaminhados sala de ovos lquido.
CLASSIFICAO DOS OVOS DE ACORDO COM O DECRETO N0 56.585 DE
20/07/1965
-
O ovo classificado em grupos, classes e tipos, segundo a colorao da casca,
qualidade e peso.
Segundo a colorao da casca ordenado em dois grupos:
Grupo I branco, ovo que apresenta a casca branca ou esbranquiada.
Grupo II de cor ovo que apresenta a casca de colorao avermelhada.
Segundo a qualidade classificado em:
Classe A ovos que apresentem:
a) Casca limpa, ntegra e sem deformao;
b) Cmara de ar fixa e com no mximo quatro milmetros de altura;
c) Clara lmpida, transparente, consistente e com chalazas intactas;
d) Gema translcida, consistente, centralizada e sem desenvolvimento de germe.
Classe B ovos que apresentem:
a) Casca limpa, ntegra, permitindo-se ligeira deformao e discretamente manchada;
b) Cmara de ar fixa com mximo de seis milmetros de altura;
e) Clara lmpida, transparente, relativamente consistente e com chalazas intactas;
c) Gema consistente, ligeiramente descentralizada e deformada, porm com contorno
bem definido e sem desenvolvimento de germe.
Classe C ovos que apresentem:
a) Casca limpa, ntegra, admitindo-se defeitos de textura contorno e manchada;
b) Cmara de ar solta com o mximo de 10 milmetros de altura;
c) Clara com ligeira turvao, relativamente consistente e com chalazas intactas;
d) Gema descentralizada e deformada, porm com contorno definido e sem
desenvolvimento de germe.
Para as classes A e B ser tolerada, no ato da amostragem a percentagem de at 5% de
ovos da classe imediatamente inferior.
Observadas as caractersticas dos grupos e classes o ovo ser classificado segundo seu
peso em:
Jumbo no existe na legislao nacional;
Tipo 1 (extra) peso mnimo de 60 gramas por unidade;
Tipo 2 (grande) peso mnimo de 55 gramas por unidade;
Tipo 3 (mdio) - peso mnimo de 50 gramas por unidade;
Tipo 4 (pequeno) - peso mnimo de 45 gramas por unidade;
Industrial no existe na legislao.
O ovo que apresente as caractersticas mnimas exigidas para as diversas classes e tipos
estabelecidos ser considerado imprprio para consumo, sendo permitido sua utilizao apenas
para a indstria.
-
Para os Tipos 1 e 2 ser tolerada, no ato da amostragem a percentagem de at 10% de
ovos imediatamente inferiores.
EMBALAGEM
Aps serem classificados, os ovos so acondicionados em bandejas ou estojos e
colocados em caixas de papelo padronizadas indicando nas testeiras o grupo, a classe e o tipo
contidos.
As caixas depois de fechadas so etiquetadas de acordo com a data da embalagem, data
da validade, tipo e cor dos ovos.
Na embalagem de ovos proibido acondicionar em um mesmo envase, caixa ou
volume de ovos oriundos de espcies diferentes e ovos de grupos, classes e tipos diferentes.
Os pallets completos so destinados sala de estoque/expedio.
Armazenamento e expedio
As caixas com as bandejas de ovos so empilhadas em pallets com no mximo 5 caixas
de altura.
A sala de estoque/expedio um local fresco e arejado e os pallets no ficam em
contato direto com a luz solar.
Caminhes de terceiros no entram para fazer a coleta de ovos. Veculos prprios
fazem a transferncia do produto para o carro do comprador ou distribuidora.
CUIDADOS COM OS EQUIPAMENTOS E INSTALAES
INSTALAES (CASA DE OVOS)
Deve ser feita diariamente ao final do dia, lavando-se a sala e equipamentos
preferencialmente com gua quente, detergentes e desinfetantes adequados. A lavagem da
mquina feita atravs da aplicao de jatos de gua com alta presso para retirar todos os
resduos e matria orgnica.
Em seguida, aplicado produto para desinfeco da mquina. O piso da sala das
mquinas lavado com jatos de gua de alta presso, fazendo assim uma pr-limpeza para
aplicao de desinfetantes.
LIMPEZA DA SALA DE ESPERA E EXPEDIO
Estas salas so varridas com o pano mido diariamente e lavadas semanalmente.
-
A lavagem feita com a aplicao de jatos de gua com alta presso. Posteriormente
feita a desinfeco.
SALA DE OVO LQUIDO
QUEBRA, PENEIRAMENTO E EMBALAGEM
Os ovos recebidos do veculo de transporte (trincados, sujos, manchados, etc), mais os
ovos que foram retirados na ovoscopia e em outros setores da mquina de lavagem e
classificao, devem ser levados para a sala de ovos lquidos, onde sero quebrados
manualmente ou mecanicamente e separados o contedo e as cascas. O contedo lquido
peneirado para reter as cascas.
LIMPEZA E LAVAGEM DA SALA DE OVOS LQUIDOS
A limpeza realizada duas vezes ao dia, com jatos de gua de alta presso para retirar
resduos.
Posteriormente, feitas a desinfeco com desinfetantes.
Recipientes e instalaes para o armazenamento e distribuio do ovo lquido
O contedo deve ser acondicionado em baldes plsticos brancos com capacidade para
18 litros, contendo um saco plstico com capacidade para 18 litros. Quando cheios devem ser
fechados e etiquetados com os seguintes dados: data do processamento e data da validade e
temperatura de armazenamento. A seguir, devem ser armazenados em freezer ou cmara fria,
onde so mantidos.
Se no pasteurizado imediatamente, o produto deve ser armazenado rapidamente
temperatura de 7 por um perodo que no exceda 48 horas. Para perodos de estocagem
maiores que 48 horas a temperatura de estocagem recomendada de 0 C. O transporte de ovos
lquidos devem ser feito a temperatura entre zero e 5 C.
As cascas e os resduos de limpeza devem ser diariamente destinados ao incinerador ou
fossa sptica.
DESCARTE DE AVES MORTAS
A retirada das aves mortas e refugadas do interior das gaiolas deve ser realizada
diariamente no perodo matutino. Deve-se investigar a causa da morte.
As aves mortas so colocadas em tambores separados com a identificao da causa da
mortalidade e em seguida so transportadas para serem incineradas ou para fossas spticas.
-
O transporte de aves mortas deve ser efetuado com a utilizao de um veculo
apropriado.
Durante a coleta, a quantidade de aves recolhidas deve ser anotada em uma ficha, para
controle da mortalidade do lote.
As aves mortas do pinteiro e recria so colocadas em recipientes fechados fora das
instalaes, onde posteriormente so coletadas e destinadas a incinerao ou fossa sptica.
Este veculo tambm pode ser utilizado para o transporte de cascas de ovos e soro de
ovos lquidos do setor de classificao de ovos. O colaborador encarregado desta tarefa deve
utilizar luvas e botas.
MANEJO DO ESTERCO
O esterco das galinhas deve ser coletado diariamente. Devem ser acondicionados em
sacos, devidamente fechados e conservados de forma a no contaminar o ambiente.
Os caminhes de coleta de esterco no devem entrar na propriedade. Os prprios
veculos da propriedade devem fazer a coleta.
USO DE VACINAS
RECEBIMENTO E ARMAZENAMENTO DE VACINAS
No recebimento das vacinas no almoxarifado, devem ser avaliados os seguintes pontos:
tempo de viagem, condies de vedamento da embalagem, condies do gelo reciclado,
nmero de partida, data de fabricao e data de vencimento.
As vacinas devem ser armazenadas em sua embalagem original e mantidas sob
refrigerao a uma temperatura de dois 8C ou conforme especificado na embalagem,
obedecendo ao critrio da data de vencimento, alojar as vacinas com vencimento tardio no
fundo da geladeira exclusiva para seu armazenamento, passando para frente as de vencimento
prximo para que sejam utilizadas primeiras.
TIPOS DE VACINAS
As vacinas dividem-se em dois grandes grupos.
Vacinas vivas liofilizadas, ou seja, em seu contedo existem bactrias ou vrus vivos.
Vacinas inativadas, ou seja, em seu contedo existem bactrias ou vrus inativados.
As principais vacinas vivas liofilizadas e via de aplicaes so:
Vacina contra a doena de Gumboro, (via oral, ocular ou dissolvida na gua de
beber);
-
Vacina contra a doena de Newcastle, (via ocular ou spray);
Vacina contra a doena de Bronquite Infecciosa das aves, (via ocular ou spray);
Vacina contra a doena de Bouba aviria, (inoculao na membrana da asa);
Vacina contra a doena de Encefalomielite aviria,(dissolvida na gua de beber
quando a recria for ao piso ou membrana da asa quando associada vacina contra doena de
Bouba aviria);
Vacina contra a doena de Salmonela gallinarum, (atravs de injeo subcutnea no
tero inferior da parte posterior do pescoo);
Vacina contra a doena de Pneumovrus avirio (via spray);
Vacina contra a doena de Micoplasma gallisepticum (via ocular ou via spray)
INSTALAES
Quanto s instalaes, os galpes se modernizaram, variando largura de 3 a 15 m e
comprimento de 100 a 150 m. Nesses galpes so colocadas gaiolas com dois andares (sistema
californiano) ou sistemas de baterias, com seis conjuntos de gaiolas sobrepostas umas nas
outras. A automao tornou-se presente em muitas granjas da regio de Bastos. Desde o
fornecimento de rao e gua at a coleta de ovos, atualmente possvel que o produto final, o
ovo, seja coletado nos galpes e chegue ao consumidor sem que haja contato manual, num
processo totalmente automatizado. Os ovos so coletados em esteiras que os conduzem para o
depsito de ovos onde so levados diretamente para as mquinas de lavar, selecionar,
classificar e embalar.
A questo do bem estar das aves na Europa tem influenciado, tanto as legislaes do
Estado de So Paulo como a nacional, quanto aos tratos de animais. As legislaes
recentemente aprovadas na assembleia legislativa do Estado de So Paulo visam melhoraras
condies que os animais so submetidos com relao valorizao do bem estar das aves,
livre de sofrimentos, estresse, privaes de gua, alimento e um ambiente saudvel.
Adequaes s novas regras devero ser consideradas para as novas plantas de produo.
A preocupao com meio ambiente e elevao da temperatura mundial deve direcionar
as novas mudanas na forma de criao das aves. O adensamento elevado no sistema de
criao em gaiolas ultrapassa o limiar do ponto timo de conforto trmico das aves, causando
elevadas mortalidades nos perodos crticos de temperaturas altas. Os avicultores devero se
adequar nova realidade considerando os maus tratos aos animais. O esterco tem sido uma
fonte de renda para a atividade. Novas regras e procedimentos devero ser colocados em
prtica com intuito de obter crditos de carbono pela utilizao desse material orgnico.
SELEO DE REAS
-
Quando da seleo de reas para implantao de uma explorao avcola devem ser
observados os seguintes aspectos:
- Proximidade aos centros de consumo;
- Infraestrutura relacionada comunicao, insumos (rao, matrizes), energia eltrica,
abastecimento d'gua, crdito, assistncia tcnica,etc;
- Clima no que se refere s condies adequadas de temperatura e umidade relativa do
ar, ventilao, radiao, etc. Normalmente, so estabelecidas condies prprias para cada
idade e na maioria das vezes, prefervel instalar a granja em locais de temperaturas mdias a
com boa ventilao natural. Considerando-se aves adultas, a zona de conforto trmico est
limitada por temperaturas efetivas ambientais entre 15 e 25 C. Umidades relativas do ar entre
40 e 70% so adequadas para as aves em virtude da utilizao das formas latentes para
dissipao do calor corporal em situao de estresse calrico, principalmente a perda de
umidade partir do trato respiratrio, que carreia grande quantidade de calor;
- O local deve apresentar boas condies de salubridade no que se refere drenagem
do solo, ventilao, insolao, espao fsico, topografia (terreno com inclinao mais suave),
vias de acesso apropriadas para perodos chuvosos e secos, controle de trnsito;
- Enfim, o prprio espaamento entre galpes fator de suma importncia, o que
justifica a preocupao com o espao fsico disponvel. Normalmente, para evitar a transmisso
de doenas, galpes que abrigam animais de mesma idade so espaados entre si 10, 20 at 30
metros a os que abrigam animais de idades diferentes, 100 200 metros.
ANLISE DE IMAGENS EM AVIRIO DE POSTURA COM SISTEMAS DE
CLIMATIZAO
Pesquisas tm sido realizadas, tentando corrigirem os equvocos ou problemas
negligenciados na implantao de avirios de aves de postura, tais como, a introduo da
criao dessas aves em regies com caractersticas climticas diferentes e seleo de materiais
de construo imprprios e no condizentes com padres de conforto trmico das aves. Para
manter a temperatura interna do avirio dentro da zona de conforto trmico das aves, vrias
alternativas tm sido sugeridas, porm, essas alternativas em muitos casos, principalmente em
regies quentes, so insuficientes para manter a temperatura ambiente de acordo com as
exigncias das aves, sendo necessrio promover o resfriamento do ar.
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FIGURA - Anlise de imagem interna e externa do avirio.
FIGURA Imagem termogrfica de uma fileira de gaiolas com seu histograma e perfil de
distribuio da temperatura.
As variveis ambientais tanto podem ter efeitos positivos como negativos sobre a
produo das aves de postura. Para que as aves possam expressar o seu potencial para a
produo, o avicultor deve garantir que os avirios estejam com as condies trmicas
ambientais dentro da faixa de conforto, que, para aves de postura, encontra-se entre 21 a 23C
-
de temperatura e 60 a 80% para a umidade relativa do ar. O condicionamento trmico do
avirio de postura com ventiladores influenciado pelas condies ambientais externas e pela
orientao da instalao resultando em estratificao da temperatura, umidade relativa,
velocidade do ar e iluminncia. comum o produtor comprar um ventilador com a inteno de
resolver os problemas com temperatura elevada no interior dos avirios. No entanto, o mximo
que o ventilador capaz de realizar igualar a temperatura interna com a temperatura externa
do avirio. Se esse gradiente for grande os ventiladores sero eficientes. Porm, ele no
conseguir abaixar a temperatura interna do avirio mais que o valor de temperatura externa
somente com o uso de ventiladores. O avicultor ter que dispor de outro sistema de
climatizao mais eficiente.
Mapas das isotermas para a temperatura (C), umidade do ar (%), velocidade do ar
(m/s) e iluminncia de cada ponto, em avirio de postura com ventiladores.
FIGURA - Efeito da utilizao dos ventiladores no condicionamento trmico em avirios de
postura.
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Esses sistemas so os resfriamentos evaporativos, que na criao de aves de postura
so utilizados com o objetivo de reduzir a temperatura interna do avirio minimizando os
efeitos indesejveis do estresse calrico sobre as aves.
FIGURA - Contribuio da nebulizao no arrefecimento do ar.
PAD COOLING
O sistema de pad cooling consiste de um sistema totalmente automatizado com
ventilao negativa em tnel de vento. Os painis evaporativos utilizados nesse processo so
geralmente de material especial de celulose, mantidos constantemente umedecidos, atravs do
qual o ar passa e resfria-se antes de entrar no interior do avirio. O suprimento de gua nos
painis evaporativos pode ser realizado por tubulao de gua instalada na parte superior
(sistema tradicional) ou por asperso de gua na frente do painel evaporativo (sistema
asperso-pad).
No sistema tradicional, uma tubulao de PVC com pequenos orifcios instalada na
parte superior do painel evaporativo a qual, a gua bombeada distribuda uniformemente no
topo do painel evaporativo. A gua infiltra atravs do painel evaporativo formando um filme
que cobre a superfcie interna. Possuem geometria especial para que o ar passe atravs de
pequenas aberturas, criando condio ideal de mxima evaporao. A gua no evaporada
coletada por calha e direcionada caixa dgua, onde bombeada para a parte superior do
painel evaporativo para reutilizao.
O sistema asperso-pad, consiste do painel evaporativo tradicional de celulose
instalado na entrada de ar do avirio. Duas a quatro linhas de bicos aspersores localizados em
frente ao painel evaporativo aspergem gua sobre esse. Para evitar que a quantidade de gua
no evaporada, molhe o solo prximo ao sistema, nas imediaes so depositadas britas ou
feito o plantio de grama.
Para se evitar a formao de algas, que requerem luz, umidade e nutrientes para se
desenvolverem, preciso sombrear os pads e utilizar algicidas nos reservatrios quando o
sistema estiver ligado. Alm da formao de algas os pad de celulose tm durabilidade baixa,
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susceptveis ao ataque de roedores, o que pode inviabilizar o seu uso. Por ser um material
importado, seu custo acompanha as variaes do cmbio, chegando a representar 11% do custo
do avirio.
NEBULIZAO
O sistema de nebulizao constitudo de bicos nebulizadores que fragmentam a gua,
em minsculas gotas, distribuindo-a no interior do avirio na forma de jato dgua. Esse
sistema pode ser operado em alta e baixa presso. Quanto maior a presso de trabalho do
sistema maior ser a quebra da gota dgua. Quando a quebra do dimetro da gota dgua
grande forma-se uma nvoa, sendo assim, considerado como nebulizao. O sistema de
nebulizao pode ser classificado de acordo com a presso de trabalho em baixa e alta presso.
Consideram-se sistemas, de baixa presso 100-200 psi (7-14 bar) produzindo gotas de 30
microns e de alta presso 400-600 psi (28-41 bar) produzindo gotas de 10-15 microns. No
entanto, existe no mercado sistemas de alta tecnologia produzindo presses acima das
classificadas como alta e baixa, que utilizam tubulao de ao inox, e presso de trabalho 1.030
psi (71 bar) com bicos metlicos de orifcio 200 micron, produzindo gotculas de gua com
dimetro mdio de 5 microns. Tudo isso gera grande capacidade evaporativa ao mesmo tempo
em que evita o condenvel problema de molhar aves, ovos, alimentos ou equipamentos. Quanto
maior a presso, maior o custo de instalao e maior a eficincia evaporativa do sistema. Para
um mesmo bico nebulizador a vazo aumenta com a presso. Presso alta conduz a
pulverizao muito fina do jato, conduzindo a uma grande sensibilidade ao vento.
FIGURA - Efeito do vento no sistema de nebulizao
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Uma presso de funcionamento superior aquela para a qual o bico foi concebido
conduz a um mau funcionamento e a um desgaste do mesmo. Por outro lado, uma presso
muito baixa reduz o ngulo de pulverizao e no permite boa eficincia do sistema. H
aumento da umidade na instalao, umedecimento da rao e das aves. O ngulo de
pulverizao uma boa medida de campo que permite observar o desempenho do sistema e
deve estar prximo de 45.
O tamanho do dimetro da gota tambm um fato importante de ser observado uma
vez que, um maior nmero de gotas com dimetro pequeno permite maior eficincia que um
menor nmero de gotas com dimetro grande. Isso porque, em um mesmo volume de gua,
gotas pequenas possuem maior rea de contato e melhor troca trmica com o ar a ser resfriado
que gotas com dimetro grande. O tamanho da gota aumenta com o aumento da vazo do bico
nebulizador e ngulos de pulverizao maiores, produzem gotas mais finas ou menores. O jato
pulverizado deve ser homogneo e uniforme evitando a formao de estrias e gotas grandes
que podem chegar facilmente ao piso.
Para diminuir esse efeito, conveniente estabelecer que a variao de presso entre
bicos nebulizadores posicionados em condies mais e menos favorveis no exceda a 20% da
presso mdia. Assim, a variao de vazo entre os bicos nebulizadores no supera a 10%.
bom lembrar ainda que a linha de suprimento dever conduzir gua em quantidade e presso
requeridas para o funcionamento das linhas principal e de nebulizao.
FIGURA - Distribuio do jato dgua com bicos nebulizadores instalados altos.
A vazo dos nebulizadores se exprime geralmente em l/h segundo o tipo de sistema e
pode variar de 4 a 8 l/h, dependendo do material dos bicos ser de polia cetal, metal porcelana
ou cermica.
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FIGURA - Distribuio dos nebulizadores no sentido longitudinal.
FIGURA - Distribuio dos nebulizadores em avirios em bateria e piramidal.
Por meio de coletas de dados de temperatura e umidade com o uso de datalogger
distribudos longitudinalmente e transversalmente possvel realizar anlise tridimensional dos
sistemas de resfriamento evaporativo de forma a auxiliar nas tomadas de decises.
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FIGURA - Anlise 3D de avirios de postura com gaiolas em baterias, com sistema de
nebulizao.
A utilizao de anlise de imagens facilita o acompanhamento das condies trmicas
ambientais. A termografia auxilia no diagnstico de problemas encontrados nas instalaes
tornando as tomadas de decises mais rpidas, com maior preciso. Quando do planejamento
da granja devem ser seguidas as boas prticas de produo procurando aproveitar as condies
naturais da regio como a ventilao, para proporcionar um condicionamento ambiental
satisfatrio. Aps essas medidas estando s condies trmicas ambientais insatisfatrias para
o conforto e o bem-estar das aves, o produtor deve utilizar meios artificiais de arrefecimento do
ar com o uso de ventiladores e/ou nebulizadores e acompanhar o desempenho desses sistemas
verificando se h necessidade de ajustes.
CONSTRUES:
1) Requisitos bsicos: - simplicidade;
- rapidez de execuo;
-segurana;
- baixo custo;
- bom fluxograma de funcionamento;
- controle ambiental e aproveitamento dos recursos naturais de acondicionamento.
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2) Componentes da Granja:
a) Setor de Produo: galpes para aves
b) Setor de Preparo de Alimentos: armazns ou silos, fbricas de rao, paiol, etc.
c) Setor Administrativo: escritrio, almoxarifado, controle (porto de entrada).
d) Setor Sanitrio: fossas, crematrio (animais mortos), pedilvio para desinfeco dos
ps na entrada, rodolvio para desinfeco dos pneus dos veculos.
e) Setor Residencial: casa sede, casas de empregados.
t) Setor de Apoio: galpo-oficina.
g) Setor Externo: posto de vendas (depsito de ovos, sala de classificao a
embalagem), abatedouros, cooperativas.
Para melhor determinao do tipo de construo, deve-se levar em conta o tipo de
sistema podem ser considerados 2 sistemas de criao:
1 Sistema:
1 fase: Pinteiro: as aves permanecem at os 42 dias de vida (6 semanas) em locais
denominados "pinteiros" com densidade de at 20 cabea por metro quadrado, em sistema
cama.
2 fase: Recria: de 6 at 17 semanas de vida (perodo de recria) so utilizadas gaiolas
metlicas de dimenses variadas, especficas para essa fase, encontradas no mercado.
3 fase: Postura: de 17 at 72-74 semanas de vida (perodo de postura) so utilizadas
gaiolas de variadas dimenses, disponveis no mercado.
2 Sistema:
1 fase: Bateria: de 1 at 30 dias de vida (4 semanas) as aves so criadas em baterias de
800 cabeas ocupando uma rea de 3 m2 (3,00x1,00 m). O galpo usado nesta fase dever ser
fechado nas laterais e nas reas frontais, dispondo de aberturas controladas (venezianas ou
similares) com peitoris acima de 1,60 m. As baterias consistem de um sistema de grandes
gaiolas acondicionadas em 2 3 andares, sendo o afastamento de uma bateria para outra e
destas para as paredes de cerca de 1,00 m. As baterias podem ser dispostas em filas paralelas
tendo um corredor de servio de 2,00 m.
2 fase: Recria: da 4 a 17 a semana de vida as aves so mantidas em gaiolas similares
s da fase de recria usadas no 1 sistema, sendo a durao desta fase de aproximadamente 13
semanas.
3 fase: Postura: de 17 at 72 a 74 semanas de vida, as galinhas poedeiras so mantidas
em gaiolas similares s da fase de postura usadas no 1 sistema, sendo a durao desta fase
tambm de aproximadamente 55 a 57 semanas.
Em ambos os casos, pode ser considerado o alojamento de uma poedeira por 450 cm e
10cm de espao nos comedouros por ave alojada.
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DETALHES CONSTRUTIVOS
Os pilares dos galpes para aves de postura tambm podem ser de concreto armado ou
madeira rolia, de concreto pr-fabricado ou metlicos, espaados entre si de acordo com o
espaamento considerado para as tesouras ou prticos do telhado. Neles so afixadas as
estruturas de apoio das gaiolas altura de 0,70 m do piso. Os galpes com vos maiores ou
iguais a 8,00 m devero dispor de lanternim a devero ter corredores centrais de 1,00 m de
largura entre as fileiras de gaiola, feitos em concreto 1:8, 1:10, 1:12 (cimento: cascalho) ou
1:4:8 (cimento: areia brita), complementados com capeamento no trao 1:4 (cimento: areia).
Sob as fileiras de gaiola o piso de terra e volta do galpo deve ser construda uma calada
de concreto, com 0,80 a 1,20 m de largura. Dependendo do nmero de fileiras de gaiolas, do
lado externo do galpo, o beiral pode atingir at 2,00 m podendo ser determinado pelo
prolongamento do tirante da tesoura ou pela utilizao de mo francesa. Deve ser previsto no
projeto um sistema de abastecimento d'gua por meio de mangueiras 1" para lavagens,
desinfeces e para suprimento dos bebedouros.
A diferena entre a recria e a postura que as gaiolas utilizadas nesta ltima possuem
aparador de ovos, porm os galpes so construdos da mesma forma. O dimensionamento ou
determinao da largura a comprimento dos galpes feito por meio das dimenses das gaiolas
(catlogos de fabricantes) a das larguras dos corredores de circulao. Anexo ao galpo deve
ser construda uma sala/depsito para rao, medicamentos, equipamentos, etc.
Mais detalhes sobre tipos de galpo, fixao e disposio das gaiolas, coberturas e
fundao podem ser vistos na Figura 4. H que se considerar ainda que em caso de utilizao
de mais de um galpo, estes devem estar afastados entre si de 20 a 30 metros para criaes de
mesma idade e 200 m ou mais para criaes de idades diferentes. Obs: 1 ncleo de recria
abastece 4 ncleos de postura.
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FIGURA Vistas externa e interna Galpo Aves Postura.
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A GRANJA NO INVERNO
A ave submetida ao frio, principalmente nos primeiros 10 a 15 dias de vida, pode ter
seu desempenho zootcnico diminudo e at sofrer com doenas. Um risco que aumenta muito
a taxa de mortalidade dos lotes. Segundo os especialistas, doenas como a ascite e at a morte
sbita na avicultura esto correlacionadas com baixas temperaturas.
Os extremos de temperatura so prejudiciais ao desenvolvimento das aves. A chegada
do inverno exige planejamento e preparao para que os efeitos do frio no tragam prejuzos
produo. Para promover conforto e bem-estar s aves sem risco de perdas, principalmente nos
primeiros dias de vida, a temperatura interna no galpo deve ficar em torno de 32 graus
Celsius, diminuindo sua intensidade conforme o pintinho se desenvolve. Para o perodo de
baixas temperaturas, o produtor tem que trabalhar basicamente dois aspectos: ter um sistema de
aquecimento eficiente, que consuma pouco combustvel e fornea a quantidade de calor
necessria e eliminar as entradas de ar frio no galpo para que no haja correntes de ar externo
e perda de calor. O importante sempre realizar a manuteno preventiva de cortinas e
equipamentos para no haver surpresas em um perodo crtico do ano, quando o galpo deve
ser bem manejado.
E os cuidados com a granja durante o frio no so exclusividade nas regies
consideradas mais frias do Brasil, como a do Sul. Granjas em todas as regies do Pas devem
se preocupar com o aquecimento das aves nos primeiros dias de alojamento, mas evidente
que a regio Sul sofre mais por causa dos invernos mais rigorosos.
O FRIO E AS AVES
Baixas temperaturas e oscilaes acentuadas esto fortemente correlacionadas com
surtos de sndrome asctica e de morte sbita. O frio e as oscilaes bruscas de temperatura
para baixo so apontados como fatores que aumentam a taxa metablica e a demanda de
oxignio da ave, responsveis pelo aparecimento desses surtos. A produo de calor, as
exigncias de oxignio e o volume de dixido de carbono, expelido por pintinhos de um dia,
variam em funo da temperatura ambiente. A ave produz pouco calor e, como consequncia,
menor produo de CO2 e menor necessidade de ar na primeira semana de vida se a
temperatura ambiente encontrar-se entre 32 e 35 , considerado ideal para o
desenvolvimento do pintinho na granja.
Mortalidade das aves e prejuzos ao avicultor so realidades que o frio traz para a
avicultura. No entanto, ainda no existe uma frmula mgica para mensurar e assegurar a
dimenso desses prejuzos. O que pode ser feito adotar medidas para prevenir essas surpresas
desagradveis. Dados experimentais indicam que a mortalidade mdia no perodo de inverno
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40% maior que no perodo de vero. difcil falar em uma taxa de mortalidade porque tudo
depende dos cuidados com o aquecimento.
Mesmo que no haja perda de pintinhos no comeo do lote, o desempenho pode ser
extremamente prejudicado nos dias finais de criao. preciso buscar orientao com um
tcnico especfico da avicultura (de rgos pblicos ou de empresas privadas) para ter as
informaes necessrias sobre a influncia do frio nas aves e como fazer para amenizar seus
efeitos durante os perodos de baixas temperaturas e conhecer a gentica da ave que est
alojando e consultar o manual dessa gentica. Cada gentica tem seu manual, que deve ser
seguido juntamente com as recomendaes da equipe tcnica da empresa integradora, no caso
dos produtores integrados.
PREPARAO DA GRANJA DE FRANGOS PARA O INVERNO
Com a chegada do frio algumas recomendaes dos tcnicos so preciosas para o
avicultor manter sua produo efetiva e uniforme. As medidas paliativas para minimizar o
efeito do frio devem ser realizadas antes que ele ocorra. Para isso, os institutos de meteorologia
informam sobre os prognsticos do clima e o avicultor tem que estar atento a essas
informaes.
A morte das aves normalmente ocorre um a dois dias aps o frio ter ocorrido. Dessa
forma, medidas de controle do frio dificilmente conseguiro reverter essa situao. O melhor
que o produtor tem a fazer realizar um checklist antes de as aves serem alojadas, verificando
o bom funcionamento dos equipamentos e a preparao da instalao, ter lenha ou gs
suficiente para atender a demanda do lote em aquecimento, monitorar a temperatura ambiente e
o comportamento da ave, alm de acompanhar o lote.
O avicultor deve reduzir o mximo possvel rea de alojamento, sem comprometer o
bem-estar das aves. Isso deve ser realizado instalando cortinas duplas nas laterais e no teto,
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formando o pinteiro. Quanto mais afastada a cortina dupla da lateral do avirio, melhor. O ar
um isolante trmico natural e preciso que o produtor tenha o cuidado com a rea de entrada
do avirio para no formar corrente de ar durante o seu acesso. A ventilao tem que ser por
questes higinicas simplesmente. Para isso, o ar externo que entrar no avirio deve ser
direcionado para o teto para ser aquecido antes de incidir sobre as aves. Se o sistema de
aquecimento no suficiente para atender as exigncias da ave no perodo de inverno, o
produtor deve providenciar suplementao de calor com aquecedores simples encontrados em
funilarias ou at mesmo confeccionar um prprio.
Produzir calor no barato e o perodo de aquecimento tem uma parcela significativa
nos custos do empreendimento. Portanto, deve-se avaliar qual a melhor alternativa de
combustvel disponvel em relao a custo, disponibilidade e sustentabilidade. Os mais
utilizados so lenha, gs e diesel. Mas o ponto crucial, no entanto, a vedao do galpo. O
produtor precisa fica atento para no gastar para produzir calor e perder boa parte desse calor
para o ambiente devido a frestas e m vedao. Alm disto, muito importante dimensionar
adequadamente a ventilao mnima, que prover s aves uma melhor qualidade de ar com
mnima perda de calor. Um dos maiores erros cometidos no campo negligenciar a ventilao
mnima.
ALTERNATIVA
Uma alternativa para o
aquecimento do galpo a utilizao de
fornos de alvenaria, descritos por alguns
avicultores como mais econmico (pois
seu custo bem baixo), eficiente e de
menor manuteno. A ideia simples e o
ar quente solto em direo s duas
extremidades do galpo e sua intensidade
pode ser facilmente controlada.
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EQUIPAMENTOS
QUAD-FLO INLETS DE TETO
Permite aproveitar o ar quente do
teto do avirio para reduzir despesas com o
aquecimento do ar.
CARACTERSTICAS
- Simples e fcil instalao e
manuteno;
- Operao automtica com o
fluxo de ar aspirado pelos exaustores e
bloqueado por flapes mecnicos quando
desejado;
- Disponvel na vazo de 45m/min
(1600 CFM) cada inlet.
AQUECEDOR CAMPNULA
A GS
Emite calor radiante, com
acionamento a gs GLP ou natural. de
fcil instalao, manuteno e
armazenagem.
CARACTERSTICAS
- Refratrio cermico com tela de
ao inox;
- Queimador em ferro fundido;
- Termostato de controle da
temperatura e termopar de segurana para
o corte de gs;
- 40.000 BTU/h;
- Recomenda-se uma campnula
para cada 3000 a 4000 pintinhos.
CAMPNULA GLOBAL
GREEN
O aquecedor infravermelho mais
um modelo de aquecedor Campnulas
Global 5kW e 5kWBP. A Global Green foi
projetada para reduzir os custos com
aquecimento e utiliza uma fonte de
combustvel renovvel, de baixo custo e
gerada na prpria granja, o Biogs.
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INLET DE TETO C-2000
Baseado nos princpios da
ventilao mnima, o Inlet de Teto
um produto que foi projetado para
aproveitar o ar pr-aquecido acima da
forrao e disponibiliz-lo para o
interior do avirio durante o perodo de
aquecimento das aves. O equipamento
isolado termicamente e sua abertura
feita por presso esttica, ou seja, por
diferena de presso criada no interior
do avirio, sendo que h a necessidade
de seu travamento nos perodos de
utilizao da ventilao tnel.
Caractersticas
- Pea Plstica com 04
aberturas para
a passagem do ar;
- Vedao contra retorno do ar;
- Acionamento manual, com
travas para fechamento das sadas de
ar;
- Vazo de 3.400m/h
(2000cfm) a presso de 0,1inH2O.
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INFLUNCIA DA IDADE DA MATRIZ PESADA E DO TEMPO DE
ARMAZENAMENTO SOBRE A ECLODIBILIDADE DOS OVOS FRTEIS
O rendimento da produo de pintinhos e a qualidade dos mesmos dependente de
diversos fatores, incluindo os parmetros fsicos durante a incubao (umidade, temperatura e
ventilao) como tambm anterior a esta etapa (perodo e parmetros usados no
armazenamento dos ovos frteis), alm da influncia da idade das matrizes pesadas e a
qualidade dos ovos. As caractersticas fsico-qumicas dos ovos so modificadas em funo
destas variveis, culminando na necessidade de tratamentos diferentes entre esses ovos a fim de
obter o melhor rendimento de produo de cada lote.
Atualmente, um dos problemas enfrentados em incubatrios tem sido ajustar a janela
de nascimento das aves associada maior taxa de ecloso. Alguns dos fatores envolvidos
nestes parmetros so aqueles trabalhados no perodo de armazenamento dos ovos frteis,
como temperatura, umidade, ventilao, tempo e pr-aquecimento dos ovos e aqueles
relacionados caracterstica dos ovos frteis, principalmente quanto condutncia da casca,
fator diretamente influenciado pela idade da matriz. A viabilidade do embrio tambm pode ser
comprometida durante a incubao decorrente dos parmetros usados na mesma, incluindo as
diferenas destes ndices (principalmente temperatura, mas tambm de umidade e ventilao)
existentes dentro das mquinas de incubao e posteriormente nas de nascimento.
EFEITOS DA IDADE DA MATRIZ NA ECLODIBILIDADE DOS OVOS
O rendimento de incubao e a qualidade dos pintos de um dia dependente, entre
outros fatores, da idade da matriz, que por sua vez, influencia o peso do ovo, havendo
correlao positiva entre o aumento do peso e tamanho dos ovos com o aumento da idade das
matrizes. Os pesos dos pintinhos recm-eclodidos e de seus sacos vitelinos, oriu