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8/6/2019 B-060 Sandra Elisa Contri Pitton
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METEOROTROPISMO E AS REAES COMPORTAMENTAIS EM DEFICIENTES
MENTAIS E DEPENDENTES QUMICOS.
Sandra Elisa Contri Pitton
Professor Adjunto do Departamento de Geografia
IGCE UNESP - Rio Claro(SP) - Brasil
RESUMEN
A pesquisa centra-se no estudo das aes das condies atmosfricas sobre as reaes
comportamentais em pacientes internos em uma Casa de Sade da cidade de Rio
Claro/SP/BR. Para tanto foram obtidos dados dirios, dos parmetros climticos, e de
imagens de satlite, ao longo do per odo de 15/05 a 30/11/2009, que auxiliaram a anlise
rtmica e na seleo de tipos de tempo no perodo supracitado. Concomitantemente
observaram-se, diariamente pelos profissionais da casa de sade , as Reaes
Comportamentais, de estresse e no estresse climtico, dos internos. Posteriormente foi
realizado um cruzamento entre os tipos de tempo e as reaes comportamentais dos
pacientes. Destacam-se as concluses: valores altos de insolao aumentam as reaes de
agitao e inquietao, nos pacientes psicticos, particularmente entre as mulheres,
irritao de todos os pacientes, reao de depresso, em todos os pacientes, quando h
domnio de frentes frio. Assim, as condies atmosfricas influenciam o comportamento e as
reaes humanas, sob a perspectiva de estresse e no estresse climtico, independente do
sexo, da deficincia mental e da dependncia qumica, apontando meteoro sensibilidade.
Palavras Chaves: estresse climtico, anlise rtmica, reaes comportamentais.
ESSNCIA DO PROBLEMA
Durante toda a sua histria, a sociedade tem sentido os efeitos das condies
atmosfricas, como as flutuaes lentas do clima, que causam migraes; os
extremos sazonais que causam fome, e os vrios desastres que levam morte e destruio, o que bem pode explicar o interesse pelo clima desde a Antiguidade.
(HPE,1997)
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Pettersen (1976, p. 270) assegura que:
[] muito antes de a cincia tomar forma tal qual como hoje a
conhecemos, os homens observaram o cu, notaram as
caractersticas das estaes e procuraram organizar suas
atividades em funo da mudana do tempo [...] TraduoNossa.
Autores clssicos no campo da climatologia, como Mller (1975) assinala que:
Os temas estudados pela climatologia esto intimamente relacionados com os fatos
que se produzem na vida de todos os dias... destacando que, no entanto, na
sociedade industrial a dependncia do clima menor que na sociedade agrcola.
Mesmo assim, ... a influncia do clima no modo de viver e nos costumes
provavelmente to grande quanto antes. Traduo Nossa.
Atualmente, o clima tem sido um elemento fundamental nas polticas
ambientais e de desenvolvimento e, mais recentemente, o clima tem constitudo uma
preocupao mundial, em funo das mudanas climticas, variabilidade climt ica,
cujos multiefeitos atingem a sociedade.
O Informe Mundial sobre o desenvolvimento mundial, publicado em 1992, j
afirmava que:
[...] o valor do Meio Ambiente tem sido subestimado o que tem
causado prejuzos para a sade humana, tem reduzido a
produtividade e menosprezado as perspectivas de
desenvolvimento. GARCIA, F. F., 1996, p. 14. TraduoNossa.
AYOADE (2003) afirma que o estudo do tempo e do clima ocupa uma posio
central e importante no amplo campo da cincia ambiental. Os processos
atmosfricos influenciam os seres vivos em todas as partes do ambiente,destacando-se a Biosfera, camada onde se encontram os seres vivos.
De acordo com o autor, supra citado, o clima e as condies atmosfricas
exercem influncia sobre a sociedade e se manifesta de diversas formas: atravs do
estresse, do desconforto, da resistncia do organismo ecloso de enfermidades.
Enfim, o clima e ou as condies atmosfricas influenc iam, realmente, as vrias
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qualidade de vida destes cidados.
Figura 1 Localizao da rea de estudo. Organizado por G. D. Henrique
O CONTEXTO CLIMTICO DO LCUS DE ANLISE
O Estado de So Paulo, devido sua localizao (20 a 25 S e 44 a 53
W) combinada a fatores geogrficos, encontra-se numa posio de conflito entre
sistemas atmosfricos extra e intertropicais, o que lhe garante um carter
transacional entre climas tropicais e subtropicais. A participao espacial
diferenciada das correntes perturbadas de sul (frentes e anticiclones polares),
correntes tropicais martimas (anticiclone subtropical Atlntico) e correntes de Oeste
e Noroeste (depresso do Chaco e anticiclone Equatorial) definem mecanismos de
circulao atmosfrica regional e apresentam uma diferenciao climtica do espao
paulista.
Assim, temos reas com caractersticas bsicas do Brasil Meridional
amplitudes trmicas acentuadas pelo jogo de sistemas meteorolgicos contrastantes
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e pluviosidade bem distribuda durante o ano e reas com caracteres do Centro-
Oeste e Sudeste, onde se define um perodo seco.
A cidade de Rio Claro est circunscrita s seguintes coordenadas
geogrficas: 2205" S e 4730' W. Situa-se no Centro-Oeste do Estado de So Paulo
e se insere inteiramente na Depresso Perifrica Paulista.
A Depresso Perifrica Paulista , tem no seu relevo mais deprimido,
especialmente em relao ao Planalto Ocidental, e nas suas posies as
condicionantes necessrias que permitem a penetrao e atuao de sistemas
atmosfricos inter e extratropicais de acordo com a poca do ano. No vero, a
circulao regional dominada pelas Massas de ar Equatorial e Tropical
Continental, responsveis pelo aumento do calor, da umidade e da precipitao . H
atuao da Massa Tropical Atlntica com efeitos variados segundo a poca do ano,ocorrendo tempos chuvosos, no vero, provocados pelo aquecimento basal e tempo
seco no outono e inverno devido s condies de estabilidade por resfriamento
basal. A cidade de Rio Claro invadida por correntes de sul (Frentes Polares e das
Massas Polares em sua retaguarda) que so responsveis pelas ondas de frio e
mecanismos frontais responsvel pela maior parte das precipitaes,
particularmente no inverno e nas estaes intermedirias.
Do jogo desses sistemas atmosfricos inter e extratropicais, a regio climtica
onde est situada a cidade de Rio Claro individualizada, por ter como
caracterstica fundamental, a existncia de um perodo seco e um perodo chuvoso,e
podendo ser enquadrada num clima tropical ou, como o denominou MONTEIRO
(1973) um Clima Tropical Alternadamente seco e mido (A2). (Figura2).
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Figura 16 Participao dos Sistemas meteorolgicos Regionais no
Estado de So Paulo. Fonte: Monteiro, 1973.
O total pluviomtrico de Rio Claro de 1.625,23 mm dos quais 75,55%, ou
seja, 1.236,36 mm se concentram na estao chuvosa que se estende de outubro a
maro, ao passo que na estao seca, de abril a setembro, o total pluviomtrico de
394,51 mm, representando 24,45% do total anual.
A cidade de Rio Claro, quando comparada a outras localidades da Depresso
Perifrica Paulista, se individualiza, pois considerando os totais pluviomtricos
anuais, as localidades situadas ao sul da rea de estudo apresentam ndices
pluviomtricos maiores, enquanto as localidades a norte conhecem sensvel
diminuio nos totais pluviomtricos.
As distribuies anuais das temperaturas apresentam um esboo ritmado nassuas variaes, ficando evidente a diferena entre os solstcios de vero e de
inverno e a influncia de sistemas atmosfricos tropicais no semestre primavera-
vero, com temperaturas superiores a 21C, e sistemas polares no outono -inverno,
com temperaturas 18C.
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Segundo BRINO (1973), o perodo chuvoso est vinculado passagem da
Frente Polar Atlntica e mostra que:
1. Em situaes de passagens de frentes lentas, verificam-se tipos de tempos
chuvosos e encobertos, com precipitao que acusa at 30 mm dirios;
2. Quando a frente tem dificuldade de propagao para o norte (FrenteEstacionria), os tipos de tempo so extremamente chuvosos e permanecem
dominando a regio por alguns dias;
3. No domnio do eixo reflexo da Frente Polar Atlntica, os tipos de tempo so
chuvosos e, em termos quantitativos, tm grande significado do ponto de vista
pluviomtrico, em virtude de sua grande permanncia sobre a rea;
4. Nas situaes de frontlise no eixo principal na Frente Polar Atlntica,
verifica-se ligeira instabilidade, com cu parcialmente nublado, com umidade
relativa elevada e, quando h precipitao, ocorrem chuvas fracas;5. muito comum, na rea estudada a presena de linhas de calhas associadas
Frente Polar. O fenmeno se constitui nas mais perturbadas e instveis
correntes de circulao e define tipos de tempo extremamente chuvosos com
cu encoberto;
6. s frentes quentes, motivadas pela incurso para o sul dos sistemas
intertropicais, associam-se tipos de tempos dos mais pluviosos conhecidos na
rea.
O perodo seco, ainda segundo o mesmo autor, atribudo a domnios
anticiclnicos, nos quais salienta que:
1. No domnio da massa de ar Polar Atlntica ocorrem tipos de tempo secos,
que podem, no entanto, apresentar valores de umidade superiores a 70%;
2. No domnio da massa de ar Polar Velha, verificam-se tipos de tempos secos
onde a umidade relativa inferior a 50%;
3. No domnio da massa de ar Tropical Atlntica definem-se tipos de tempos dosmais secos a que a rea submetida, com a umidade relativa oscilando em
torno de 45%, cu limpo e brilho solar superior a 8 hs;
4. atuao da massa Tropical Continental associam -se tipos de tempos secos,
com umidade relativa oscilando em torno de 50%. Vincula -se, ainda, ao
domnio desse sistema, uma insolao intensa, com cerca de 10 horas de
brilho solar.
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A PESQUISA
Est investigao foi fundamentada em duas abordagens: Abordagem
Climtica e a Abordagem das Reaes Comportamentais frente s condies
atmosfricas. As duas abordagens se fizeram necessrias, pois o quadro terico-
metodolgico, as fontes de informaes e as tcnicas de coleta dos dados, bemcomo o tratamento dos mesmos so diferentes, embora co mplementares, para
atingir os propsitos da presente estudo.
Na abordagem Climtica o quadro terico - metodolgico foi baseado na
Teoria geral dos Sistemas, na medida em que os estados atmosfricos constituram
o INPUT, ou seja, a entrada de energia no si stema climtico, e as reaes
comportamentais dos internos, da C.S.B.M., uma RESPOSTA influncia daquelas
condies climticas. Alm disso, essa abordagem est abalizada nos princpios dePinna (1993, p.187) que afirma ter a Bioclimatologia Humana, como objetivo, estudar
os efeitos de determinadas situaes meteorolgicas sobre a sade humana e as
relaes entre o Homem e o clima.
O lcus de estudo (C. S. B. M.) se encaixa em uma realidade microclimtica
que responde ao de uma circulao regional e s especificidades locais
(lugares). Para analisar e definir os tipos de tempo que atuam no universo foi
necessrio enquadr-lo na circulao atmosfrica da Amrica do Sul, identificando
os centros de ao que atuam na escala regional e que so responsvei s e aptos
para manter a organizao espacial do ritmo da sucesso temporal dos estados
atmosfricos.
Para compreender o meteorotropismo, foi imprescindvel realizar uma anlise
climtica local que permitisse a definio dos tipos de tempo, durante o perod o em
que as observaes dos internos na Casa de Sade estavam sendo efetuadas.
Desse modo, foram obtidos dados dirios, dos parmetros climticos:Temperatura Mdia do ar, Temperatura Mximas e Mnimas Absolutas,
Precipitaes (chuvas), Umidade Relativa do ar, Presso Atmosfrica, Insolao,
Direo e Velocidade dos Ventos, ao longo do perodo de 15/05 a 30/11 /2010, nos
trs horrios de observaes oficiais (GMT) 7hs, 15hs e 21hs. Vale ressaltar, neste
momento que a seleo do segmento temporal se baseou, exclusivamente, na
disponibilidade dos profissionais da C. S. B. M. para observarem as reaes dos
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internos. Os dados climticos foram adquiridos junto ao Posto Meteorolgico
Santana, ligado ao Laboratrio de Climatologia do Departamento de Geografia e na
Estao Meteorolgica do Centro de Estudos Ambientais e Planejamento (CEAPLA),
ambos pertencentes ao Instituto de Geocincias e Cincias Exatas (IGCE) da
Universidade Estadual Paulista, Campus de Rio Claro.
A averiguao dos sistemas atmosfricos atuantes no perodo, supracitado,
envolveu a interpretao da circulao atmosfrica regional, atravs das Imagens de
Satlite GOES-8/CEPETEC/INPE, dirias e na escala da Amrica do Sul e das
Cartas Sinticas da Marinha Brasileira. A tcnica de anlise adotada, para a
identificao dos tipos de tempo, foi a Anlise Rtmica, proposta por Monteiro (1971).
De posse dos dados dos parmetros climticos, foi elaborado um grfico de
anlise rtmica diria, que permitiu a individualizao dos tipos de tempo reinantes,na cidade de Rio Claro, durante as observaes efetuadas na Casa de Sade
Bezerra de Menezes ( C.S.B.M.). Foram consideradas as seguintes denominaes
quanto aos sistemas atmosfricos: Frente Fria (FF), Massa de ar Polar (mPa),
Massa de ar Polar Velha (mPv), Massa de ar Tropical Atlntica (mTa), Massa de ar
Equatorial (mEc), Zona de Convergncia do Atlntico Sul (ZACS) e Linhas de
Instabilidades (---).
Aps a anlise dos tipos de tempo, foram selecionados trs dias de cada
ms, com a finalidade de representar fases de tipos de tempo diferentes , os
desequilbrios homeostticos (estresses climtico ou no-estresses climticos)
representados pelas reaes comportamentais dos internos na C. S. B. M.
Dessa maneira, considerando os sistemas atmosfricos dominantes e os tipos
de tempo, foi identificado um episdio em cada ms de observao, conforme
tabela abaixo. Deve-se ressaltar que, em funo dos critrios acima mencionados, a
maior parte dos dias analisados se encontra na segunda quinzena de cada ms.
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Tabela 1 - Episdios selecionados para a anlise das reaes
comportamentais dos pacientes da C.S.B.M. Org. Pitton, 2010.
MESES DIAS SISTEMAS ATMOSFRICOS ATUANTES
Maio 21, 22 e
23
Massa Polar Velha e Frente Fria
Junho 20, 21 e
22
Massa Polar Atlntica
Julho 15, 16 e
17
Frente Fria e Linhas de Instabilidade
Agosto 13, 14 e
15
Massa Polar Atlntica, massa Polar Velha e massa
Tropical Atlntica
Setembro 09, 10 e11
Massa Tropical Atlntica
Outubro 25, 26 e
27
Zona de Convergncia do Atlntico Sul e Massa
Equatorial Continental
Novembro 20, 21 e
22
Linhas de Instabilidade e Massa Polar Atlntica
Na abordagem do Comportamento dos internos da Casa de Sade, foi
adotado o mtodo qualitativo, por meio da Observao Participante, pois atravs
dela puderam-se coletar informaes sobre as reaes comportamentais dos 192
pacientes na C.S.B.M, dos quais 102 psicticos, 56 alcoolistas e 34 dorgaditos
durante o perodo de 15/05 a 30/11/2010, em trs horrios diferentes e relacion-las
s condies atmosfricas. Os Observadores foram informantes, que eram os
profissionais (enfermeiros, psiclogos, assistentes sociais, psiquiatras) que
desenvolviam suas respectivas atividades na C.S.B.M. e que, portanto, estavam
aptos para reconhecer as reaes dos internos frente a quaisquer mudanas nas
condies atmosfricas.
Para desenvolver o procedimento, foi realizada uma reunio com aqueles
profissionais, objetivando expor os propsitos da pesquisa e a necessidade de
contar com a colaborao deles para a coleta de informaes que, para a
pesquisadora, seriam importantes. Desse encontro, resultou um instrumento
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(formulrio) com as informaes de algumas reaes ao estresse climtico e ao
estresse no climtico, que os profissionais e a autora acreditaram serem os mais
pertinentes aos objetivos propostos.
Neste encontro, tambm ficou estabelecido que os internos fossem divididos
em trs grupos quanto aos seus distrbios: psicticos( desordens mentaisesquizofrenia, depresso dentre outras) , alcolatras e usurios de drogas (maconha,
cocana e craque), e em subgrupos quanto ao sexo (masculino e feminino).
Com as informaes obtidas nesta abordagem foram confeccionadas e
analisadas tabelas para cada episdio selecionado, com informaes acerca das
reaes comportamentais (com e sem estresse climtico) dos trs grupos de
pacientes e o sexo. As informaes obtidas nas duas abordagens e a elaborao de
um quadro sntese permitiram analisar as relaes entre os tipos de tempo e asreaes comportamentais dos internos da C. S. B. M..
RESULTADOS OBTIDOS
O quadro 1 sintetiza as reaes comportamentais observadas entre os grupos
e as condies atmosfricas prevalentes nas diferentes fases do tempo atmosfrico
selecionada para este estudo.
Da anlise do quadro consegue-se chegar a alguns resultados:
1. Sob condies atmosfricas de baixas amplitudes trmicas devido
presena da Frente Fria e da instabilidade, os homens e as mulheres dos trs
grupos de internos apresentaram situaes de estresse climtico (depre ssivos,
apticos,nervosos etc);
2. O grupo de psicticos (desordens manaco depressiva, esquizofrenia)
apresentou depresso quando dominou a Frente Fria e a atuao da Massa Polar
Velha que ocorrera no incio do outono.
3. Quando as condies atmosfricas estiveram associadas presena de
anticiclones extratropicais, observa-se, no quadro, que a maior parte das reaes
de no estresse climtico; foram porem, constadas reaes de estresse climtico em
todos os grupos.
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Quadro 1 -Sntese das reaes comportamentais dos internos da C. S. B. M.
sob diferentes tipos de tempo: 15/0 5 a 30/12/2010. Org.: PITTON, 2010.
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4. O quadro 7 demonstra que h reaes contraditrias ( maior ou menos
disposio), quando as amplitudes trmicas so elevadas e as temperaturas
mximas atingem 30C, principalmente entre os psicticos. No caso dos
esquizofrnicos houve maior disposio em relao aos pacientes bipolares;
5. As mulheres psicticas, alcoolistas e drogadas, independente das
condies atmosfricas apresentaram, na maioria das vezes, mais agitadas e
ansiosas que os homens e tiveram reaes contraditrias ( de estresse e no
estresse climtico) que aqueles;
6. Quando ocorreu um brusco aumento das temperaturas, as mulheres
estiveram mais agitadas que os homens, as psicticas estiveram eufricas e bem
humoradas, ao passo que os homens, independente do grupo estiveram alegres;
7. Sob condies de instabilidade, os psicticos masculinos apresentaram
reaes estressantes, o mesmo ocorrendo com os drogaditos.
CONSIDERAES FINAIS
Essa pesquisa mostra a necessidade de dar continuidade a estudos desta
natureza, por um perodo de tempo maior, para avaliar as reaes comportamentais,
principalmente dos psicticos, em outros tipos de episdios. A identificao de
situaes atmosfricas poder auxiliar no tratamento de determinadas desordens
mentais, como tambm predizer reaes negativas dos internos das casas de
sade.
A ausncia de investigaes sobre est temtica, realizadas por gegrafos,
sugere a necessidade e aprofundamento de estudos, em regies tropicais.
fato legalizado que em qualquer espao geogrfico a sociedade tem que se
relacionar com as condies atmosfricas, e a literatura especfica, sobre a temtica
Tempo, Clima e Doenas mostram ser inquestionvel e irrefutvel que o tempo
atmosfrico e o clima tm influncia sobre os indivduos ou sobre grupos humanos,
porm cabe salientar que tempo e clima constituem somente duas variveis
ambientais a influenciar o organismo humano. As funes fisiolgicas, as psquicas
(comportamentais) e a morbimortalidade respondem as mudana s do tempo, ou
seja, mostram ntima relao com o clima, com as condies atmosfricas (tempo
atmosfrico) e com as estaes do ano.
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