bac - volume 2
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livro "BAC - O menino espacial - O planeta azul" - Segundo volume da coleção de livros paradidáticos adotados em diversas escolas do Ensino Fundamental. - SINOPSE: O personagem BAC explora o planeta Terra com a ajuda de seu fiel amigo e cientista, o Prof. Strep, que é Pesquisador Geológico de Planetas Alienígenas. BAC se surpreende com os encantos do Planeta Azul e vive aventuras cheias de novidades, informações e curiosidades sobre o lindo planeta azul, que tanto o encantou na sua primeira missão (volume 1). Surpresas, perigos e muita ação aguardam os dois exploradores em uma expedição cheia de descobertas, como o ciclo da água, a atmosfera terrestre, as camadas da Terra, vulcões, gêiseres e até terremotos!TRANSCRIPT
o p l a n e t a a z u l
Ibicaraí, Bahia 2016.
Rita de Cássia Bastos e
Silvino Bastos
Volume 2
o p l a n e t a a z u l
Aos nossos leitores, em especial os
alunos das escolas que adotaram BAC – O
menino espacial – A primeira missão, cujos
interesse, comentários e sugestões nos in-
centivaram a dar continuidade a este projeto
e também muito contribuíram para a criação
do novo personagem que acompanha BAC
na exploração da Terra.
PRÓLOGO
BAC – O menino espacial – foi designado para
uma missão de exploração espacial de grande im-
portância para o futuro do seu planeta – Logos –,
situado em uma galáxia muito distante da Terra.
Depois de percorrer todo o Sistema Solar e ob-
ter importantes informações sobre os planetas, sa-
télites e demais corpos espaciais, o pequeno astro-
nauta conclui a missão e está pronto para retornar
ao seu planeta.
Contudo, a beleza do planeta Terra atrai a
atenção do extraterrestre, fazendo-o comunicar-se
com o Controle da Missão e propor a continuação
da missão. Que tal explorar esse encantador plane-
ta azul? – Propõe o alienígena aos seus superiores.
BAC é autorizado a prosseguir a exploração e
comemora sua nova missão.
Aqui começa minha maior aventura – pensa o
pequeno herói.
Enquanto BAC cuida dos preparativos neces-
sários à exploração da Terra, um chamado inter-
rompe seus pensamentos...
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 NOVAS INSTRUÇÕES ............................... 11
CAPÍTULO 2 ATRAVESSANDO A ATMOSFERA ............. 15
CAPÍTULO 3 MERGULHANDO NO OCEANO ................ 21
CAPÍTULO 4 DE VOLTA À SUPERFÍCIE ........................... 25
CAPÍTULO 5 NO OLHO DO FURACÃO ...........................29
CAPÍTULO 6 GELO FLUTUANTE À FRENTE .................. 33
CAPÍTULO 7 CHEGANDO AO POLO NORTE ................. 37
CAPÍTULO 8 EXPLORANDO O POLO NORTE ............... 43
CAPÍTULO 9 ONDE O MAR ENCONTRA A TERRA ........49
CAPÍTULO 10 CONHECENDO VULCÕES E GÊISERES ................................................ 55
CAPÍTULO 11 PERDIDOS NAS NUVENS ......................... 61
CAPÍTULO 12 PASSEIO EM UMA FLORESTA TEMPERADA ........................... 65
CAPÍTULO 13 ÁGUA POR TODOS OS CANTOS ..............69
CAPÍTULO 14 A PRÓXIMA MISSÃO ................................. 75
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................... 78
WEBSITES ....................................................................80
PARA EDUCADORES ........................................................... 81
CAPÍTULO 1
NOVAS INSTRUÇÕES
– ZZZZZ...Chamando astronauta BAC, aqui ZZZZZ...é o
Controle da Missão. – Em meio à forte estática, a comunicação
mal pode ser ouvida. – Chamando astronauta BAC, ZZZZZ...
aqui é o Controle da Missão. Responda astronauta BAC!
– Aqui é o astronauta BAC. – O alienígena regula os contro-
les do seu comunicador. – Estou ajustando os controles do rádio
para neutralizar a estática. Prossiga Controle da Missão!
Depois de alguns ajustes a mensagem é ouvida de forma
clara na Sala de Controle da nave do pequeno astronauta.
– BAC, antes que você inicie a exploração da Terra precisa-
mos analisar os dados que você nos enviou. Leve sua nave para
um local seguro, longe do alcance dos sensores dos habitantes
inteligentes do planeta Terra, e aguarde nossas instruções.
BAC cumpre a ordem dada e conduz a sua nave até o lado
oculto da Lua. Ele está ansioso para iniciar sua nova missão, pois
não vê a hora de conhecer aquele lindo planeta azul de perto.
Mas é necessário esperar. O melhor que ele pode fazer é dormir
um pouco e preparar-se para a grande aventura.
Enquanto BAC sonha com sua nova missão, o sistema de
comunicação da nave passa horas recebendo informações. Mui-
to tempo depois o Controle da Missão faz uma nova chamada.
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– BAC, nossos cientistas já conseguiram analisar os dados e estão muito admirados com as informações coletadas por você. Todos concordam com a necessidade de explorar o plane-ta Terra, mas...
– UÁÁÁÁ! – BAC acabara de acordar e, ainda sonolento, não compreende direito o que seus superiores querem dizer. – Mas o quê? – Pergunta curioso.
– Mas eles concluíram que você não terá condições de fa-zer essa exploração sozinho. Há muitas informações para serem coletadas e também seria muito perigoso explorar um planeta desconhecido sem a ajuda de um especialista.
– Tudo bem! Vocês já sabem quem poderia me ajudar nessa exploração? – BAC não consegue imaginar quem poderia auxi-liá-lo numa tarefa tão importante.
-namos nosso maior especialista em planetas alienígenas, o Pro-fessor Strep, um velho conhecido seu.
– Legal! Strep é um grande amigo meu. – BAC está feliz com a novidade. – Nós iniciamos juntos os nossos estudos na Academia Espacial. Será muito bom vê-lo novamente. Vocês querem que eu volte a Logos para buscá-lo?
– Voltar a Logos seria perda de tempo. Nós precisamos das informações sobre a Terra o quanto antes. Por isso já lançamos a nave do Prof. Strep. Ela agora está a caminho da Terra.
– Legal! – BAC está contente com a notícia.Graças às informações minuciosas sobre a localização da
Terra, enviadas por BAC, seu amigo Strep já está a caminho e, por meio de um hipersalto de altíssima precisão, chegará ao planeta azul em poucas horas.
Seguindo as instruções recebidas do Controle da Missão, -
quena, do tamanho de uma bolinha de gude. Assim será mais difícil ser detectado pelos equipamentos dos habitantes inteli-gentes do planeta Terra.
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– Eu já tenho todas as instruções necessárias para iniciar minha nova missão – conclui BAC. – Vou programar a nave para ir até o ponto de encontro com meu amigo Strep na superfície do planeta Terra.
– Terra, aqui vou eu! – BAC vibra de alegria enquanto acio-na o painel de controle da sua nave.
Depois de programada, a nave inicia seu deslocamento rumo à Terra. Seus propulsores são acionados com força total para que ela chegue ao planeta o mais rápido possível.
Cruzando o espaço entre a Lua e a Terra a quase 100.000 km/h, a nave de BAC dispara rumo à Terra, onde deverá chegar em menos de quatro horas.
Ao se aproximar da Terra, BAC assume os controles, entra na sua órbita e inicia a descida até a superfície. À medida que a nave espacial penetra na atmosfera do planeta, estranhos fe-nômenos começam a ocorrer. Ela começa a vibrar e a esquentar
Entrar na órbita de um planeta – Circundar o planeta girando
em torno dele. (N.A. – Nota dos Autores)
A nave de BAC se transforma numa bola de fogo. Seu inte-
CAPÍTULO 2
ATRAVESSANDO A ATMOSFERA
BAC reduz a velocidade na tentativa de diminuir o superaque-
cimento da nave, mas isso pouco ajuda e a nave continua a esquen-
tar. A única solução é acionar os escudos de proteção. Feito isso, a
– Puxa! – Exclama BAC ao regular o sistema de ar condicio-
nado de sua nave para a potência máxima. – Eu pensei que seria
cozido vivo aqui dentro.
Enquanto a nave penetra na atmosfera da Terra, seu com-
putador começa a emitir informações surpreendentes sobre as
camadas que a compõem. Curioso, BAC começa a ler as infor-
A atmosfera da Terra é uma camada protetora formada por vários
gases e pode ser dividida pelas cinco camadas (embora não exista
-
externa ao planeta. A Troposfera é a camada mais densa de todas e
mais próxima da superfície do planeta.
A atmosfera da Terra é composta por uma mistura de gases que seus
habitantes chamam de ar.
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Atmosfera – Camada de gases (ar, no caso da Terra) que envolve um planeta.
Troposfera – Essa camada vai do solo até uma altitude de, aproximadamente, 15 km (uma altura equivalente a um edifício com 5 mil andares). Nela se formam os ventos, as nuvens, a neve e a chuva. É onde também ocorrem as tempestades, raios e trovões. (N.A.)
BAC lê os instrumentos de sua nave e verifica que as ca-
madas acima da Troposfera têm temperaturas baixíssimas,
que variam entre -50 °C e -120 °C. Ele fica curioso com essa
informação.
– Estranho! Se as camadas que eu atravessei acima da Tropos-
fera têm temperaturas tão baixas, como é que a minha nave estava
quase derretendo? Isso merece uma consulta ao computador.
O computador rapidamente esclarece a dúvida do peque-
velocidade de entrada da nave espacial na atmosfera terrestre
provocou um forte atrito com o ar esquentando a superfície ex-
terna da nave e a segunda é que a Termosfera, ao contrário das
outras camadas, é muito quente. Sua temperatura pode chegar
a 1.000 °C .
Aos 1.000°C alguns metais se derretem, como o alumínio e a prata, cujos pontos de fusão são, respectivamente, 659°C e 961°C. (N.A.)
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– Ah! Agora está explicado. – Concluiu BAC, satisfeito com
a resposta fornecida pelo computador.
Na medida em que a nave atravessa as camadas da atmos-
fera terrestre, BAC passa a ter uma visão surpreendente.
Ao entrar na Estratosfera, a luz do Sol invade a nave atra-
vés de sua vigia e inunda o seu interior, chamando a atenção
do nosso herói. Ele corre para a vigia e observa um lindo tom
azul que toma todo o espaço em volta da nave, proporcionan-
do uma agradável sensação de paz interior. Depois de passar
dias e dias no espaço sideral, com tudo escuro à sua volta, a
luminosidade do planeta Terra encanta o alienígena dando-lhe
mais ânimo.
Vigia – abertura por onde se pode ver o que há fora da nave,
como se fosse uma janela. (N.A.)
– UAU! Que visão fantástica! – Admira-se BAC, enquanto
sua nave ruma velozmente em direção à superfície do Planeta
A alegria de BAC dura muito pouco pois, de repente, tudo
lugar do azul celestial. O pequeno alienígena não consegue
ver mais nada do lado de fora da nave. A escuridão é imensa e,
de vez em quando, é cortada por clarões fortíssimos.
– O que será que está acontecendo? – Questiona o valente
astronauta. – Os sensores da nave indicam a presença de for-
A nave está atravessando uma nuvem de tempestade. Os clarões
são o resultado de descargas elétricas no interior da nuvem.
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A informação fornecida pelo computador esclarece a dúvi-da de BAC, mas o deixa muito preocupado.
– Será que a superfície do planeta Terra é formada por nu-vens de tempestade? – Pergunta-se o astronauta.
A resposta vem logo em seguida, também dada pelo com-
As nuvens de tempestade formam-se apenas ocasionalmente na ca-
mada superior da Troposfera. Na maior parte do tempo a atmosfera
nuvens brancas esparsas.
– UFA! Ainda bem! – Desabafa o alienígena, aliviado. – Eu já estava começando a ter medo desse lugar.
Ao saber que as nuvens são formadas pelo vapor d’água que existe no ar, a curiosidade do pequeno astronauta lhe causa mais uma dúvida.
– Qual é a composição do ar? – Curioso, BAC pergunta ao computador.
Distraído com as informações e a grande quantidade de novidades que ele está vivenciando, BAC não se dá conta de que sua nave continua avançando rapidamente em direção à super-fície do planeta Terra e agora ela está muito próxima.
O alarme de proximidade da superfície alerta o perigo de colisão e enche a Sala de Controle da nave com um barulho es-tridente e ensurdecedor.
– UÓÓNNNN! UÓÓNNNN! UÓÓNNNN! – O alarme traz BAC de volta à realidade e o deixa atônito. É preciso tomar pro-vidências urgentes.
Rapidamente, ele assume o controle da nave e tenta freá-la, mas a velocidade é altíssima e a superfície está muito próxima. O astronauta alienígena usa toda a sua habilidade de piloto de primeira classe para tentar evitar o choque de
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sua nave com a superfície do planeta, mas é tarde. A nave
está próxima demais!
– UÓÓNNNN! UÓÓNNNN! UÓÓNNNN! – Os alarmes
continuam a ecoar no interior da Sala de Controle.
Mesmo fazendo uso de toda sua perícia, o bravo astronau-
ta não consegue desviar a nave a tempo e ela se choca violenta-
mente contra a superfície do planeta.