baiano candinho em busca de paz
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Um episódio ocorrido no Alto Josaphat, hoje Cambará do Sul - RS, logo após o final da Revolução Federalista quando Baiano Candinho buscou pela orientação do seu compadre Major Voges, para definir sua nova morada. (U trecho do livro "E A VIDA CONTINUA", 7º volume da Coleção Memórias da Figueira. NOTA PRA OS LEITORES: O meu propósito nesta fase de correções e da redação final do texto do livro E A VIDA CONTINUA, 7º volume da Coleção Memórias da Figueira, é de INTERAGIR com os leitores. Os leitores podem, portanto, participar nesta fase, na solicitação de elucidar dúvidas ou pontos que não apresentam a devida clareza. Os meios atuais concedidos através da Internet, no meu caso pelo SCRIBD e pelo FACEBOOK, facilitam este interagir de autor com leitores. E, afinal, a Coleção Memórias da Figueira trata de uma pesquisa da microistória dos antepassados de minha esposa e do povo do vale do rio Três Forquilhas, à qual fui inserido pelo exercício do cargo pastoral e pelo casamento. Contatos podem ser mantidos através do próprio SCRIBD onde os textos vão sendo postados, para possibilitar a apreciação por parte dos leitores e pesquisadores da história, interessados em participar.TRANSCRIPT
CANDINHO
EM BUSCA
DE PAZ Elio E. Müller
Maria Witt, esposa de Baiano Candinho, desde a infância apreciava a vida campeira e a lida
com cavalos e criação de gado, pois que os pais dela só tiveram filhas, mulheres, que tiveram
que aprender a lida com os cavalos e a boiada.
ITATI - RS, 2012
O FIM DA REVOLUÇÃO.
No dia 23 de agosto de 1895 havia sido declarada a cessação das hostilidades bélicas
quando, na cidade de Pelotas, foi assinado o armistício, dando um fim à Revolução Federalista.
Foi depois de trinta e um meses de lutas e um saldo de mais de doze mil mortos, sendo
talvez a metade pelo método da degola, praticada por ambos os lados.
Três dias após o armistício aparecera um estafeta na Serra, com um comunicado urgente destinado ao Major Baiano Candinho. Todos os oficiais rodearam o chefe. Eles estavam curiosos, para saber qual seria a nova missão para eles.
Baiano Candinho, na ocasião, leu o comunicado. Era apenas um lacônico aviso: < O
armistício foi assinado, em Pelotas, no dia 23 de agosto de 1895. A Revolução acabou. Deponham as armas e cada qual retorne para a sua família e propriedade. A ordem é de paz para todos >.
O efetivo do Esquadrão Josaphat não queria acreditar na ordem recebida. Devia ser
algum engano pois que eles estavam ali com a força plena, em condições de continuar a Revolução. Como haveriam de terminar com o movimento revolucionário se a ditadura castilhista ainda não havia sido derrubada?
Candinho teve que falar energicamente explicando que não existia mais nenhuma
possibilidade de continuar a Revolução, pois que, em muitos lugares, os efetivos maragatos haviam sido totalmente destroçados. Ordenou que todos retornassem para as suas casas e lavouras ou ao trabalho tropeiro ficando definitivamente extinto o Esquadrão Josaphat e, em consequência os Pelotões Três Forquilhas e Serrano.
Baiano Candinho, o comandante do Esquadrão Josaphat, ele mesmo também
desejava ir, agora, um busca da paz, para um lugar onde houvesse a possibilidade para reorganizar a vida familiar, para cuidar da criação dos filhos em companhia de sua companheira Maria Witt.
Candinho decidiu retornar para o Alto Jiosaphat, pois recebera um tentador convite do
Coronel Batista, para ser o capataz de uma das fazendas que este seu amigo possuía no Cima da Serra.
Candinho bem sabia que a sua esposa Maria Witt muito sofrera, nas diferentes
situações da Revolução, com a vida errante do vaivém indo do Baixo Josaphat ao Alto Josaphat e vice versa. A família merecia receber mais atenção especial.
CANDINHO VISITA O MAJOR VOGES.
Candinho soube que o seu amigo, padrinho de casamento e compadre Major Adolfo
Felipe Voges permanecia agora muito mais tempo na Fazenda de Campo Bom, localizada na
área do Alto Josaphat.
Major Voges e Bina Rosina já havia constatado, fazia muito tempo, que ficar no vale do
Rio Três Forquilhas tornara-se arriscado, para aqueles que haviam sido marcados como
adversários e inimigos do castilhismo. Ele fora alertado pelo filho e pelos genros que o seu
nome continuava presente numa lista de supostos inimigos dos castilhistas.
Major Adolfo Felipe Voges e Bina Rosina.
Por isto o major dizia para os seus familiares e amigos: - “Acredito que o final desta
revolução, não representa uma paz realmente assegurada para aqueles que ficaram marcados
como sendo inimigos, Por isto aceito os conselhos e prefiro ficar quieto aqui no meu canto em
minha Fazenda de Campo Bom, para reorganizar a minha vida”.
Baiano Candinho e Maria Witt decidiram viajar até a morada de Major Voges e Bina
Rosina, uma vez que os seus vínculos de amizade haviam sido estreitados nestes últimos
anos. Candinho desejava pedir por aconselhamento para o rumo que também ele poderia
tomar.
O baiano e família foram recebidos efusivamente sendo instalados em um dos galpões
onde havia todo o conforto para dormir, cozinhar e morar num cantinho de muita privacidade.
Os galpões serviam de dormitório da peonada e por isto estavam aparelhados com
trempes e locais para o fogo de chão, com chaleiras e panelas, utensílios apropriados para a
vida campeira ou, em caso de necessidade, até serem levados pelos tropeiros nas andanças
pelos caminhos, na condução de tropas até o mercado distante.
Em cada galpão existiam tulhas, algumas contendo feijão e outras com farinha de
mandioca. Havia charque disponível e até alguns caixotes contendo rapadura e num canto,
pipas com aguardente.
Candinho encarou o seu padrinho e compadre e comentou: - “Os seus peões e
tropeiros devem ser muito felizes, pois tem um patrão temente a Deus, sempre hospitaleiro e
caridoso com todos. Quando chego à sua casa me sinto como se eu também fosse alguém da
sua família...”.
Major Voges sorriu e chamando Maria Witt para tomar parte da conversa explicou: -
“Candinho, lembre que a sua mulher Maria Witt veio de uma fazenda onde o pai também tinha
estes mesmos costumes com a sua peonada e tropeiros, dando conforto para os seus
empregados. Apenas o pai dela não teve filhos homens de modos que Maria e suas irmãs,
bem cedo, tiveram que entrar para a lida campeira. Sei das andanças delas até como tropeiras.
Portanto nos dias que vocês aqui permanecerem, estarão em casa. Utilizem tudo o que aqui
encontrarem, do modo que melhor lhes convier para preparar as refeições”.
Depois, Major Voges olhando para as filhas de Candinho comentou: - Não irá faltar a
ajuda de vossas filhas, moças já casadoiras e que devem ter aprendido da mãe, como preparar
um bom almoço com o feijão, a farinha e charque que aqui estão ao vosso dispor”.
Maria Witt sorriu e olhando em torno, falou: - “Eu considerava que o meu pai era um
homem abastado. Porém vendo estas acomodações destinadas para a sua peonada
reconheço que a abastança dele não é grande coisa diante deste conforto que aqui
encontramos. O que aqui nos é dado é igual ao que os meus próprios pais nos concediam na
vida, dentro de nossa própria casa”.
Major Voges revelou satisfação com o comentário de Maria Witt pois sabia que ela era
bem sincera e depois voltando-se para Baiano Candinho, disse: - “Peço que agora o amigo
venha comigo até a minha casa pois precisamos ter uma conversa bem em particular. Afinal
ainda existe um risco que pende acima de nossas cabeças e pode desabar e ceifar nossas
vidas...”.
OS CONSELHOS DO MAJOR VOGES.
Major Voges e Baiano Candinho seguiram até a varanda da casa principal, onde se
instalaram em torno de uma mesa, para conversar. Já estava ali pronto um chimarrão e água
quente, que uma das serviçais preparara, à pedido de Bina Rosina.
Enquanto a cuia ia para as mãos de Candinho e depois para o major, o diálogo se
estabeleceu. O Baiano desejava receber conselhos, pois que tinha a sua propriedade no Arroio
Carvalho no vale do Rio Três Forquilhas e ali poderia tentar reorganizar a sua vida familiar. Em
seguida informou de um convite tentador que recebera do seu amigo Coronel Batista, para
servir-lhe de capataz numa de suas fazendas, no Alto Josaphat.
Candinho pede conselhos ao Major Voges.
Major Voges sorrindo, falou: - “Amigo Candinho, se conselho fosse tão bom, então não
seria dado, mas seria vendido por um bom preço. Quem pois sou eu para lhe dar conselhos,
pois cada um sabe o que melhor lhe convem. Cada qual precisa se decidir e depois arcar com
a decisão tomada. Por isto quero lhe falar daquilo que eu decidi fazer e daquilo que eu
considerei melhor para a minha segurança e para garantir o bem estar da minha família. Vou
lhe enumerar as escolhas que eu adotei como atitude sábia, para a minha existência”.
Major Voges recebeu a cuia das mãos de Candinho que acabara de sorver o
chimarrão. Agora seria a sua vez de tomar o amargo mas ele não encheu logo a cuia pois
desejava concluir o assunto.
Passou então a enumerar: - “Em primeiro lugar, para nós não é bom permanecermos
circulando no Baixo Josaphat pois ali as autoridades de Conceição do Arroio ainda estão
ávidas de vingança contra a recente invasão da cidade deles. Eles se sentiram humilhados
pelos maragatos. Como segundo ponto considerei ser necessário buscar um lugar mais
discreto e optei em viver aqui nesta minha fazenda do Campo Bom, até o final de meus dias,
longe da política do vale do rio Três Forquilhas. E você Baiano, tem filhas e filhos já chegando
à idade de casamento e que querem organizar a vida deles longe dos resquícios de ódios e de
desavenças produzidos durante a revolução”.
Agora Major Voges encheu a cuia e passou a tomar o seu chimarrão, dando sinal que a
sua conversa findara.
Baiano Candinho estava pensativo, escutando com grande atenção e então passou a
expor as suas ponderações, dizendo: ´”Padrinho Adolfo Voges, só posso agradecer pelas suas
palavras, pois preciso confessar que estou rodeado de pessoas onde cada qual quer me dizer
o que preciso fazer. Por exemplo, o meu compadre França Gross e o meu concunhado Luis da
Conceição insistem que precisamos permanecer em nossas propriedades no Três Forquilhas
O França já retornou para a propriedade dele, junto no Rio do Pinto. O Luis da Conceição
seguiu com a família dele para a propriedade que ele adquiriu lá no fundo do Arroio do Padre.
O Luis está safrando, moendo cana e fazendo rapadura e açúcar mascavo”.
Major Voges interrompeu a sorvida do chimarrão e comentou: - “Estes dois estão numa
lista negra e correm risco de serem mortos...”.
Baiano Candinho continuou: - “Medo de morrer eles nunca tiveram e agora dizem que
precisamos confiar na anistia que os castilhistas nos concederam. Outra preocupação que me
persegue a a procupação pelos meus primos baianos João e José. Não me canso de lembrar
deles, que são doutores em castração de animais. Eles insistem em dizer de que somos
benquistos pelos colonos e pelos criadores de gado que precisam do serviço de bons
castradores...”.
Major Voges sorriu e comentou: - “Concordo que esses dois são realmente benquistos
e o serviço que eles oferecem é importante. Eu os traria aqui para a minha fazenda, caso eles
tivessem interesse para servir nossos fazendeiros, aqui no Alto Josaphat. Eu confesso de que
não aposto na benevolência de lideranças políticas de Conceição do Arroio pois é sabido que
eles continuam sedentos por vingança. A gravidade da situação reside ùnicamente no fato de
vocês humilharam a população da Comarca de Conceição do Arroio a pouco mais de meio
ano...”.
Candinho ficou sério, concordou, porém enfatizou: - “O que se poderá dizer para estes
meus primos? Eles receberam a oferta e aceitaram terras oferecidas pelo velho Triesch. Para
mim isto é um sinal de que ele os quer ter por perto. As terras que eles ocuparam são terras
nacionais, mas são terras deles, boas para a criação de gado e de cavalos”.
Major Voges franziu a testa e enfatizou: - “Sou muito franco e digo de novo e repetirei
quantas vezes for necessário, de que temo pela vida dos revolucionários derrotados caso
ficarem muito à vista, fazendo figuração na crista da lomba”.
Baiano Candinho notando a sincera preocupação do amigo, concluiu: - “Diante destas
suas considerações eu decido, hoje, que vou ficar aqui no Alto do Josaphat pois sei que estou
fazendo a vontade da minha Maria e dos meus filhos. Ofertas de trabalho não me faltam mas
escolho ser capataz do Coronel Batista. Haverei de cuidar de um pedaço de campo não muito
distante daqui. A proposta é boa... Lá existe um bom galpão para servir de morada e ele
permite que eu organize o meu próprio rebanho, de reses e de cavalos. A Maria está rindo
sozinha, falando das campereadas que juntos ainda iremos enfrentar, com a família inteira,
finalmente reunida”.
CANDINHO CONHECE A FAZENDA CAMPO BOM.
Candinho e Maria Witt ´chegaram dizendo que iriam permanecer, no máximo, durante
três dias na Fazenda do major Voges. Porém o anfitrião os deixou tão à vontade que os dias
correram rapidamente, a ponto de não notaram que já estavam ali, fazia uma semana.
Major Voges inventava atividades que envolviam os visitantes. Enquanto isto Bina
Rosina levava Maria e filhas para as atividades de rotina na cozinha, onde eram feitas
guloseimas, doces tanto de polvilho bem como de farinha, para serem servidas durante os dias
das comemorações natalinas de 1895, que se aproximavam.
Para Baiano Candinho o Major reservou atividades diferentes permitindo que o visitante
o acompanhasse na vistoria do trabalho dos vaqueiros e peões da fazenda.
Seguiram à cavalo para a área nordeste da fazenda onde era mantida uma invernada
para gado e cavalos, Depois seguiram rumo ao norte onde podia ser visto gado xucro que
ainda não pudera ser recolhido para os currais, para ser marcado. Ao norte, até mulas xucras
corriam arriscas, procurando fugir do campo de visão dos dois cavaleiros.
No Alto Josaphat havia campo a perder de vista...
Finalmente rumaram para o lado noroeste onde podiam ser vistas cercas que faziam a
divisória dos campos abertos de criação de gado com uma área de lavouras.
Baiano Candinho comentou com admiração: - “O meu padrinho possui belas lavouras
de milho, de feijão, de mandioca e vejo aquela enorme extensão de canavial!”.
Major Voges revelou satisfação com este comentário e explicou: - “Aqui nós
produzimos o suficiente para o nosso sustento diário, na fazenda. Estas lavouras são cuidadas
por dois colonos e familiares que eu trouxe de Três Forquilhas. Eles me pagam com a terça
parte da produção de feijão, milho, aipim e até cana. Por isto as minhas tulhas sempre estão
cheias”.
Candinho mostrou espanto e quis mais explicações, perguntando: - “O seu engenho
também é cuidado por esses colonos?”.
Voges meneou a cabeça negativamente e falou: - “Do meu engenho eu mesmo cuido,
com o auxílio dos meus peões. Produzo rapadura, açúcar mascavo e aguardente. Tenho o
meu alambique e a cachaça que produzimos é de primeira e tem colocação certa no comércio
de São Francisco de Paula. Eu preciso me capitalizar todos os anos para poder manter a
fazenda em andamento e para pagar os meus peões e serviçais”.
Major Voges silenciou por um momento e depois continuou: - “Produzimos a nossa
farinha de mandioca e polvilho, pois a Bina Rosina não sabe viver sem os ingredientes para a
confecção de doces e roscas de polvilho. Aqui em casa a rosca tem maior preferência do que o
pão. Apenas para as festas maiores e aniversários são feitas pão, cucas, tortas e bolos”.
A atividade que despertou maior atenção de Candinho foi a criação de gado. Ele fez
muitas perguntas, desejoso de saber a respeito do valor que era pago para o trabalho de um
peão de fazenda. Candinho explicou: - “O Coronel Batista me deu a liberdade para contratar
meus próprios peões, caso for necessário, para melhor cuidar da fazenda”.
O assunto despertou interesse de Voges que perguntou: - “O que aconteceu que o
Coronel Batista não entregou essa fazenda para ser administrada pelo Capitão Luna e pelo
tenente Valdo Crespo? Sempre me deu a impressão que ele estava dando preferência para a
presença deles, aqui no alto do Josaphat”.
Candinho fez um muxoxo com as bochechas e se queixou: - “Acredito que o Coronel
finalmente notou do erro que ele cometeu, ao dar preferência para esses dois oficiais que
desertaram da Brigada Castilhista. Ele notou que essa gente não tem profissão, não entendem
da lida com gado e não gostam de pegar no trabalho pesado”.
Voges interveio: - “São dois homens que não sabem fazer outra coisa do que servir na
Brigada, com um soldo, farda, cama e comida mensais garantidos, faça sol ou chuva...”.
Candinho, com um olhar marcado pelo desconforto que o assunto lhe causava,
explicou: - “Sempre alertei o Coronel Batista sobre o caráter desses dois. Mas ele não quis
acreditar em mim. Agora ele notou que o Capitão Luna e seus Brigadas não sabem ser
ordeiros, para o trabalharem numa fazenda. Eles chegaram ao desplante de recusar a oferta
do Coronel Batista e explicaram que preferiam tomar um rumo próprio, para serem livres, sem
nenhum patrão. Luna levou essa gente dele até a divisa com Taquara, onde querem viver de
biscates porém praticam falcatruas e até promovem assaltos e pilhagens em propriedades de
colonos humildes e indefesos.
Major Voges interrompeu: - “Mas isso é muito ruim, para você...”.
-“Se é ruim, disse Candinho. “Essas arruaças deles me prejudicam pois se fala que são
os baianos que atemorizam os colonos de Taquara, Rolante e vizinhanças. Até o subdelegado
de São Francisco de Paula já foi comunicado, com a queixa que o bando dos baianos continua
fazendo malvadezas...”.
Major Voges mostrou-se muito interessado nesta conversa e falou: - “Caso isto
ocorrese na Colônia de Três Forquilhas, em outros tempos, quando eu era subdelegado, já
teria realizado diligências para levar Luna, Crespo e demais para a prisão...”.
Candinho retrucou: - “Eu bem sei disso pois eu, o Luis da Conceição e o França
integramos a sua Escolta Policial e ajudamos a firmar a paz e a segurança em toda a nossa
região. Porém digo que jamais tivemos que combater brigadas desocupados ou andarilhos
desordeiros, que fogem do trabalho”.
- “Isto é verdade, pois jamais permitimos que o malfeito pudesse se instalar na Colônia
de Três Forquilhas”, concluiu Major Voges.
Ao entardecer ambos retornaram da longa cavalgada, ansiosos para novamente
usufruírem o aconchego da sede da fazenda.
Produção:
Elio Eugenio Müller
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(Trecho do livro do autor ELIO E. MÜLLER, intitulado “E A VIDA CONTINUA”,
volume 7 da Coleção Memórias da Figueira)