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Director: Nuno Moura Ano XXXIV, Nº 543 Montalegre, 05.09.2018 Quinzenário E-mail: [email protected] 1,00 € (IVA incluído) Barroso Noticias de i Padre José Alves homenageado na Santa Casa da Misericórdia P2 A Vida e Obra de Acácio da Silva em livro Barroseilândia: a despromoção do guarda-noturno “é necessário um carro? Não há problema, o Reino paga. A única questão a resolver é se faz falta um topo de gama, novo ou em segunda mão, ou até os dois. Também não é de descurar a aquisição de jipes. Apresente-se o problema. Este será rapidamente analisado e a situação resolvida. Dinheiro não falta ...” Crónica de Bento Monteiro P7 Montalegre tem nova Associação Cultural “Amigos da Castelo da Piconha” assim se escriturou e tem por objecto... incentivar, dinamizar, promover e participar, em visitas de estudo, seminários, fóruns, palestras e publicações; fomentar e dinamizar a participação em atividades lúdicas e de lazer, privilegiando o turismo rural, o contacto com a natureza e o meio ambiente; estabelecer contactos, protocolos e fomentar parcerias com outras entidades e associações ao nível local, regional e internacional. Votos duma actividade profícua em prol do povo barrosão. P3 Aldeias do concelho de Montalegre ao abandono: 103 sem saneamento básico Em Montalegre, conquanto se apregoe publicamente que os saneamentos abrangem 80% da população, a realidade é bem outra e o que se diz não passa de mais um embuste. P7 John McCain o senador republicano Não sendo prática do jornal abordar temas de índole internacional, excepcionalmente trazemos ao conhecimento dos nossos leitores a última mensagem do senador do Arizona. Todo o mundo se rendeu à grandeza do grande estadista norte americano. P10 Festa da Senhora da Livração de BOTICAS A cada ano que passa, afirma-se como uma das maiores romarias da região. Foram milhares de pessoas vistas na procissão com 31 andores em honra da Senhora da Livração. De parabéns o povo de Boticas! Foi apresentado, no ambiente da Volta a Portugal em bicicleta, dia 9 de Agosto, o livro "Acácio da Silva – A carreira excecional de um ciclista cosmopolita". A obra escrita em português e francês por Henri Bressler, teve a tradução e colaboração de Rosa Carvalhal. Nele se relata o que foi a vida de Acácio da Silva como grande figura do ciclismo mundial, porventura o maior português na modalidade só suplantado pelo grande Joaquim Agostinho. De 1982 a 1994 teve altos momentos de glória na Volta à França onde envergou a camisola amarela (leader). Também correu no Giro de Itália, a segunda maior prova do ciclismo mundial, e noutras competições por etapas. Água das "Águas do Norte" já corre no Matadouro Regional de Barroso P2 Concurso pecuário da raça barrosã de Salto

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Page 1: Barroso - aoutravoz.info · visitas de estudo, seminários, fóruns, palestras e publicações; ... Não sendo prática do jornal abordar temas de índole internacional, excepcionalmente

Director: Nuno Moura

Ano XXXIV, Nº 543Montalegre, 05.09.2018

Quinzenário

E-mail: [email protected]

1,00 € (IVA incluído) BarrosoNoticias dei

Padre José Alves homenageado na Santa Casa da

MisericórdiaP2

A Vida e Obra de Acácio da Silva em livro

Barroseilândia: a despromoção do guarda-noturno

“é necessário um carro? Não há problema, o Reino paga. A única questão a resolver é se faz falta um topo de gama, novo ou em segunda mão, ou até os dois. Também não é de descurar a aquisição de jipes. Apresente-se o problema. Este será rapidamente analisado e a situação resolvida. Dinheiro não falta ...” Crónica de Bento Monteiro

P7

Montalegre tem nova Associação Cultural

“Amigos da Castelo da Piconha” assim se escriturou e tem por objecto... incentivar, dinamizar, promover e participar, em visitas de estudo, seminários, fóruns, palestras e publicações; fomentar e dinamizar a participação em atividades lúdicas e de lazer, privilegiando o turismo rural, o contacto com a natureza e o meio ambiente; estabelecer contactos, protocolos e fomentar parcerias com outras entidades e associações ao nível local, regional e internacional.

Votos duma actividade profícua em prol do povo barrosão.P3

Aldeias do concelho de Montalegre ao abandono: 103 sem saneamento básico

Em Montalegre, conquanto se apregoe publicamente que os saneamentos abrangem 80% da população, a realidade é bem outra e o que se diz não passa de mais um embuste.

P7

John McCain o senador republicano

Não sendo prática do jornal abordar temas de índole internacional, excepcionalmente trazemos ao conhecimento dos nossos leitores a última mensagem do senador do Arizona. Todo o mundo se rendeu à grandeza do grande estadista norte americano.

P10

Festa da Senhora da Livração de BOTICAS

A cada ano que passa, afirma-se como uma das maiores romarias da região. Foram milhares de pessoas vistas na procissão com 31 andores em honra da Senhora da Livração.

De parabéns o povo de Boticas!

Foi apresentado, no ambiente da Volta a Portugal em bicicleta, dia 9 de Agosto, o livro "Acácio da Silva – A carreira excecional de um ciclista cosmopolita". A obra escrita em português e francês por Henri Bressler, teve a tradução e colaboração de Rosa Carvalhal.

Nele se relata o que foi a vida de Acácio da Silva como grande figura do ciclismo mundial, porventura o maior português na modalidade só suplantado pelo grande Joaquim Agostinho. De 1982 a 1994 teve altos momentos de glória na Volta à França onde

envergou a camisola amarela (leader). Também correu no Giro de Itália, a segunda maior prova do ciclismo mundial, e noutras competições por etapas.

Água das "Águas do Norte" já corre no Matadouro Regional de Barroso

P2

Concurso pecuário da raça barrosã de Salto

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05 de Setembro de 20182 BarrosoNoticias de

MONTALEGREPadre José Alves homenageado na Santa Casa da Misericórdia

O padre José Alves foi homenageado pela Santa Casa da Misericórdia de Montalegre no dia em que se assinalou o centenário do seu nascimento.

Pároco em Montalegre durante mais de 50 anos, artífice da Igreja Nova, professor, refundou a Misericórdia, da qual foi Provedor. Sendo iniciativa do município, deu o seu contributo à construção do Lar de São José.

Em 1992, o município atribuiu-lhe a Medalha de Mérito e incluiu o seu nome na toponímia da vila. A sessão que lhe

prestou reconhecimento iniciou com uma missa seguida do descerramento de uma lápide no Lar de São José.

Ver na página 4 um poema a ele dedicado pela nossa ilustre colaboradora Lita Moniz.

Livros de atividades gratuitos, para todos os alunos abrangidos pela ASE

No âmbito dos Projetos Integrados e Inovadores de Combate ao Insucesso Escolar, financiado pelo Portugal2020, através do Programa Operacional Norte2020 e pela União Europeia através do FSE, o Município de Montalegre oferece a todos os alunos abrangidos pelos escalões 1, 2 e 3 da Ação Social Escolar os livros de atividades relativos aos manuais escolares adotados pela escola que frequentam.

Assim, devem os pais e/ou encarregados de educação dirigir-se à área dos Serviços Socias da Câmara a fim de solicitar a requisição que lhes permitirá levantar os referidos livros nas livrarias da área de influência da escola que frequenta o seu educando.

Devem vir munidos do comprovativo de atribuição do escalão.

I "Bee Run"

Pela primeira vez na vila de Montalegre, uma "bee run", iniciativa desportiva promovida pela Academia de Futebol e Futsal "Abelhas Azuis". Cerca de 200 participantes deram um colorido diferente num trajeto iniciado no Castelo de Montalegre. A concentração final aconteceu no Parque do Cávado por entre muita cor e boa disposição.

VILAR DE PERDIZESFilandorra apresenta trabalho sobre as "Histórias da Vermelhinha" de Bento da Cruz

Foi na tarde de Sábado do XXXII Congresso de Medicina Popular de Vilar de Perdizes que a companhio de teatro "Filandorra" apresentou o seu mais recente trabalho, baseado no famoso livro

"Histórias da Vermelhinha" do escritor barrosão Bento da Cruz. Uma apresentação que cativou os presentes na sala de congressos, merecendo os mais rasgados elogios de toda a plateia. A apresentação da peça teatral que resulta deste trabalho está prevista para o dia do aniversário de Bento da Cruz e do Padre Fontes, 22 de fevereiro de 2019.

TOURÉMXV Encontro Transfronteiriço Tourém-Randín

Sem quebrar a tradição, os povos fronteiriços de Tourém e Randín continuam a festejar séculos de proximidade geográfica e fraterna. Um dia repleto de festa, harmonia e convívio

que este ano sofreu uma alteração na data. Espanhóis e portugueses, juntos pela fé, partem em duas procissões (uma vinda de Espanha e outra de Portugal), com um destino comum. Reunidos celebraram a missa, seguida de uma jornada de muito convívio e animação.

BARRACÃOPrimeira ligação às "Águas do Norte"

O Matadouro Regional do Barroso e Alto Tâmega passa a ser abastecido, também, pela rede de distribuição de água que percorre a Estrada Nacional 103. Na aldeia do Barracão foi construído um ponto de entrega a partir da captação de água na conduta principal que vai abastecer a infraestrutura sempre que for necessário. Posteriormente, a rede de água irá servir a aldeia do Cortiço.

O presidente da Câmara disse: «Hoje damos o pontapé de saída num processo longo e complicado que tem o seu epílogo com a adesão que se perspetiva e em que estamos a trabalhar afincadamente. Falo da adesão às Aguas do Norte. Aproveitando a linha de abastecimento, que já existe ao longo da Estrada Nacional 103, as populações circundantes irão ser abastecidas por esta conduta. O mesmo acontece com a vila de Montalegre, Vilar de Perdizes e Salto».

E justifica da seguinte forma: «As alterações climáticas obrigam-nos a sabermos perspetivar o futuro e a sermos cautelosos. De uma hora para a outra, o caudal do rio Cávado pode ficar muito reduzido e a população de Montalegre pode ficar sem abastecimento. Cabe aos autarcas acautelar estas situações e, por isso, estamos a trabalhar o contrato de adesão às Águas do Norte».

José Luís Nogueira, responsável pelo Matadouro Regional do Barroso e Alto Tâmega, declarou que

o Matadouro tinha falta de água e que, no verão, havia que recorrer aos bombeiros de Montalegre para suprir essa falta de água.

VENDA NOVAXII Festival de Folclore de Barroso

A praia fluvial da Venda Nova, no concelho de Montalegre, foi o palco do XII Festival de Folclore de Barroso. No final da tarde de um maravilhoso dia de verão, a beleza da paisagem e os cantares e dançares

tradicionais completaram o agradável momento que reuniu muitos apreciadores desta manifestação popular. Em palco, os seguintes grupos:

Rancho Folclórico da Venda Nova (Montalegre); Rancho Folclórico da Casa do Povo de Santa Cruz de Alvarenga (Arouca); Rancho Folclórico de Santa Eulália de Oliveira do Douro (Vila Nova de Gaia) e Grupo de Danças e Cantares de Serreleis (Viana do Castelo).

170 – MANUEL AFONSO LOPES PEREIRA PIRES, de 56 anos, casado com Ilda Lopes da Costa Pires, natural da freguesia de Pondras e residente em Salto onde faleceu no dia 25 de Agosto, sendo enterrado no cemitério de Salto.171 – ALZIRA GONÇALVES PEREIRA, de 93 anos, viúva de Manuel Maria de Magalhães, natural da freguesia de Salto e residente em Pisões, de Viade de Baixo, faleceu no Hospital de Chaves no dia 28 de Agosto, sendo enterrada no cemitério de Salto.172 – AURÍSIA DE JESUS ALVES CIPRESTE, de 77 anos, casada com António José Afonso Cipreste, natural de Peireses, freguesia da Chã, e residente em Outeiro, faleceu no Hospital do Porto, no dia 28 de Agosto, e foi sepultada no cemitério de Outeiro.174 – MARIA DO CARMO BAÍA, de 86 anos, casada com Manuel Dias Gonçalves Pelho, natural e residente em Meixedo, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 2 de Setembro.175 – ADÍLIA GONÇALVES DELGADO, de 88 anos, viúva de Agostinho Gonçalves de Barros, natural e residente em Gralhas, faleceu no dia 1 de Setembro.178 – LUÍS FERNANDES PEREIRA JORGE, de 68 anos, casado com Maria Arlete Barroso Pereira da Quelha Jorge, natural da freguesia de Salto e residente em Braga, onde faleceu no dia 4 de Setembro, sendo enterrado no cemitério de Salto.

PAZ ÀS SUAS ALMAS!

Nota – A numeração corresponde ao total de falecidos no presente ano de 2018 até à presente data.

CORTEJO CELESTIAL

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05 de Setembro de 2018 3BarrosoNoticias de

Barroso da Fonte

Montalegre tem mais uma Associação Cultural Os amigos do Castelo da Piconha.

A escritura desta nova associação de carácter histórico foi lavrada no cartório notarial da freguesia de Creixomil, concelho de Guimarães, na manhã de 18 de Julho de 2018. Dado ser um dia de trabalho e a maior parte dos catorze casais associados viver fora da Cidade Berço, foram apenas cinco os outorgantes: José Cipreste Vaz, Avelino Barros Castro, Dário Fernandes de Morais Carreira, João Barroso da Fonte e Sebastião Maria Morais Afonso. Não puderam participar no auto da outorga os restantes sócios por ordem alfabética: António Dias Vieira, António Joaquim Dias, António José Cipreste, Graça Morais, Francisco José Viegas, João Moutinho da Silva, Júlio Pereira, Manuel Caldas e Pedro Canedo.

A ideia de fundar esta coletividade partiu do barrosão Pedro Canedo, no dia 19 de Fevereiro de 2005, durante um convívio de Barrosões reunidos na Casa Regional dos Transmontanos e Alto-Durienses do Porto.

Durante os 13 anos entretanto decorridos esse grupo cimentou raízes barrosãs, sendo que para adquirir esse estatuto os candidatos tiveram (ou terão) que sujeitar-se às regras míticas dos «Gervásios e Senhorinhas», inscritas na Lenda da Ponte da Misarela.

A sede do Grupo dos Amigos do Castelo da Piconha situa-se na Rua dos Braganças, nº 17, da freguesia de Tourém, do concelho de Montalegre. E o seu objetivo consiste na promoção dos valores, referências e tradições históricas, culturais e patrimoniais que identificam especialmente o Barroso, enquanto Região de Trás-os-Montes e Norte de Portugal em geral, incluindo o Sul da Galiza e visando desenvolver um programa alargado e diversificado de atividades com objetivos definidos, a saber: a) incentivar, dinamizar, promover e participar, em visitas de estudo, seminários, fóruns, palestras e publicações; b) fomentar e dinamizar a participação em atividades lúdicas e de lazer, privilegiando o turismo rural, o contacto com a natureza e o meio ambiente; c) estabelecer contactos, protocolos e fomentar parcerias com outras entidades e associações ao nível local, regional e internacional.

Em 6 de Julho de 2018 foi emitido o certificado de admissibilidade da associação cujos candidatos a sócios terão de ser naturais de Barroso (de jure).

Não tem fins político-partidários ou lucrativos e exercerá a sua atividade com

independência de quaisquer entidades públicas ou privadas.

Ao fim de treze anos de atividade permanente, visitando lugares históricos, visitas guiadas, participação em atos públicos e em eventos de interesse comunitário, houve entendimento para a legalização associativa, prosseguindo os objetivos que a prática consagrou e que a colectividade se propõe cumprir, enquanto os associados assim o entenderem.

No historial do Grupo dos Amigos do Castelo da Piconha, já consta um livro com colaboração de todos ao longo da primeira década. E temos já a registar o falecimento de um dos seus mais devotados membros: o saudoso médico Alberto Lopes, natural de Tourém e ex-diretor do Hospital de Chaves. E no dia 29 de Agosto último, data em que escrevo esta nota informativa, foi o Grupo dos Amigos da Castelo da Piconha, dolorosamente, confrontado com o funeral da dedicada Esposa, ao longo de 47, anos, do associado António José Cipreste. Tão dramática ocorrência semeou o luto por toda a região. A freguesia de Outeiro foi pequena para acolher os milhares de familiares e amigos desta grande Senhora que nasceu em Peireses e foi, durante mais de 40 anos, Professora dessa comunidade barrosã.

Brevemente serão eleitos os primeiros corpos sociais do Grupo dos Amigos do Castelo da Piconha, o que deverá ocorrer por volta do dia 1 de Outubro, data em que o «atual» alcaide José Cipreste Vaz, completará oitenta anos de idade, oferecendo um almoço na sua residência acastelada do Antigo de Viade, onde a alcaidessa, Maria Luisa, nasceu e passa férias.

Engenheiro Gusmão preparou tese doutoral em 1969

Durante a última semana de Agosto convivi mais de perto com o Padre Fontes para o ajudar no 32º congresso de Medicina Popular de Vilar de Perdizes. Senti-o desalentado. E como estive com ele desde a ideia até hoje, aproveitei três dias para o incentivar. Comecei pela sua biblioteca na residência pessoal de Vilar de Perdizes.Um altar com as imagens dos santos fora dos seus tronos. Qualidade e quantidade, carecendo de mão organizadora. Já de visita a uma outra dependência no Hotel de Mourilhe, menos volumes, mas idêntica qualidade. Todo esse espólio a merecer mão amiga na catalogação e inventariação.

Uma pasta com cerca de 300 páginas dactilografadas, com o título: «BARR0S0: A AGRICULTURA.

Estudos Agrogeográficos de povoamento na terra do Barroso».

Em nota de pé de página, pode ler-se: Dissertação para obtenção do grau de doutor da Faculdade de Filosofia de Johann-

Goethe, em Frankfurt-am-Main, apresentada por Bodo Freund,em 1969.

Li as primeiras vinte páginas e fiquei cheio de curiosidade. Penso que é um estudo, ainda hoje, com muita atualidade. Honra a personalidade inconfundível que os Barrosões conheceram.

Fui contemporâneo do Engº Fernando Gusmão, com quem muito aprendi. Homem simples, muito culto e Barrosão exemplar. Por amor à nossa terra, nunca aceitou cargos governantais. A útima conversa que tive com ele, foi para me esclarecer se tinha

a certeza de ter ele, enquanto Chefe dos Serviços Agrícolas de Trás-os-Montes, com sede em Mirandela, tinha recebido, no antigo Posto da Veiga, o Egenheiro Amilcar Cabral, líder do PAIGC e do processo revolucionário da Guiné-Bissau. Meu pai que trabalhava nesses anos, nesse Posto, contou-me quanto sabia dessa experiência.

Amílcar Cabral estagiara na Zona Agrária de Mirandela e visitava regularmente essas delegações. Antes de falecer tive uma conversa com o saudoso Engº Gusmão que me confirmou quanto meu Pai me dissera. Muita pouca gente, mesmo transmontana, saberá que este conhecido revolucionário guineense estagiou em Trás-os-Montes, esteve em Montalegre e casou com uma sua colega de curso, natural de Casas Novas, Chaves, chamada Maria Helena de Ataíde Vilhena Pereira. Foi cunhada do pai de Nadir Afonso, de nome Artur Maria Afonso, e teve desse líder revolucionário duas filhas: Iva e Maria Luísa. Esta é médica, trabalha na Póvoa de Lanhoso e teve um filho que trabalhou na auto-estrada Famalicão-Bragança. A filha Iva doutorou-se em História e é reitora da Universidade Lusófona de Cabo Verde.

Regresso à descoberta do trabalho académico do Engº Fernando Gusmão que preparou para defesa e obtenção do Grau de Doutor, numa universidade estrangeira.

O padre Fontes autorizou-me a consultá-lo e a devolver-lho, o que logo fiz. Talvez seja um bom pretexto para esclarecer com ele e com a Família do ilustre Barrosão, o destino a dar a esta investigação inédita que caracteriza, admiravelmente, a agricultura do século XX, nas terras de Barroso.

32 congressos em 35 anos: quem os viu e quem os vê...

Estive em todas as 32 edições do Congresso de Medicina Popular em Vilar Perdizes, iniciadas em 1983. Foi uma das ideias e projetos mais felizes que internacionalizou o Padre Fontes e divulgou a cultura popular de Barroso. Esta genial ideia nasceu em Junho de 1983. Completaram-se, agora, 32 edições, não se tendo realizado apenas durante três anos.

Ao longo dos séculos o binómio «profano e sagrado» sempre foram conceitos opostos em todas as religiões. O paganismo medra no seio das comunidades provindas do abandono social e político. Ontem como hoje. Dele brotou o panteísmo em que medra a cultura e que tarde ou nunca dela sairemos.

Assumo por inteiro o simbolismo desta dialética fenomenológica por imperativo intrínseco que prometo desenvolver mais tarde. É um belo exercício para a fenomenologia religiosa.

Este congresso nascido em 1983 foi a galinha dos ovos de ouro que serviu a muitos, valeu a muitos mais e traz hoje suspensos

crentes e descrentes, católicos e ateus, intelectuais e políticos.

Esta descrença e este pessimismo ficaram a pairar na mente de quantos têm vindo a aperceber-se do cansaço físico do Padre Fontes, que foi o barrosão mais perspicaz do último meio século. Esse desgaste intelectual e físico é visível, é natural e é humano. Apetece introduzir, aqui e agora, o aforismo «quem lhe comeu a carne que lhe coma os ossos».

Sejamos claros: enquanto pôde o padre Fontes «foi pau para toda a colher». Quem ele serviu não quer contrariá-lo. Mas as obras, quando entram no domínio público, deixam de ter dono. Restam o diálogo e o bom senso.

As 32 monstruosas mentiras de Pedrogão Grande

Ana Leal desafiou o Governo e a Câmara de Pedrogão Grande pelas 32 vergonhosas mentiras públicas que, à sucapa, foram reconstruídas à margem da lei. Foi no Jornal das 21 horas da TVI, no último Domingo. Se houvesse um pingo de vergonha no governo que temos, a tragicomédia do ano de 2017 deveria, só por si, ser motivo de demissão do atual governo. A bem argumentada notícia da TVI, mostrada e demonstrada pela Jornalista Ana Leal, seria motivo bastante para que António Costa corasse de vergonha pelos muitos e graves erros decorrentes dos diversos usos e abusos cometidos pelos diversificados serviços públicos e seus dirigentes, no processo complificado da reconstrução das casas de primeira necessidade.

Soube-se, agora, que ao contrário do que o primeiro ministro afirmou, todos os seus coadjutores no processo, quer a Câmara, quer a Comissão de Coordenação de Coimbra, quer os dirigentes dos respetivos serviços, foram corrumpidos e corruptores, viciando processos, rasurando informações, alterando despachos.

Foram 32 casas à margem das regras. Cada uma dessas casas constituiu muitas irregularidades que terão de ser corrigidas à luz da justiça mais rigorosa.

O presidente da Câmara de Pedrogão insultou jornais e jornalistas. Ana Leal foi destemida e cumpriu, com grande dignidade, o seu dever. A ela e a outras como ela expresso aqui a total solidariedade.

AGRADECIMENTOAURÍSIA DE JESUS ALVES CIPRESTE

(Peireses/Outeiro 1941 – 2018)

António José Cipreste e família reconhecidamente agradecem. Muito obrigado a todos.

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05 de Setembro de 20184 BarrosoNoticias de

MAPC

Acabado de se formarPara onde o foram mandar.Pobreza por todo o lugar.

Primeiro chegou a febre, parecia que o ia derrubar.Depois veio a Lua Grande pôs a febre a sonhar.

Três sonhos medonhos começou a acalentar.O sol lhe mostrou onde a igreja nova devia ficar.

Também ele queria entrar e aquecer o lugar.Uma igreja Vistosa, com espaço bastantepara aquele povo vir ali com Deus falar.

Ai o segundo! Era do tamanho do mundo.Mostrava-lhes a saída para aquela vida sofrida.

A lua grande foi-se, mas ficou a profecia.O sonho do padre Zé virou vara de condão

apontava a direção. A França foi a escolhidapara ser a terra prometida.

Havia os que não precisavam emigrarQueriam estudar, o Sr. Dr. Américo e a doutora

Margarida mostravam-lhe a saída.No salão paroquial a aula inaugural, nascia

ali o colégio de Montalegre, para a região deBarroso o maior referencial cultural.

O terceiro era matreiro.Eu era parte do sonho e da profecia, com a vara

atrás das vacas ria dele e de mim.Se comunismo é assim, então o padre Zé

é comunista sim.Os filhos a debandar, e os pais!

Quem os iria amparar?O Lar.

Foi ali que o padre Zé disse ao que veio e quem é.Uma casa de Misericórdia, espaçosa, bem cuidada,vida amparada, alimentação adequada às carências

da idade avançada.Era ali que o padre Zé queria chegar:

ricos e pobres no mesmo lugar.Alguém um dia veio com ele falar: Sr. Arcipreste,

sim, também ele já estava em outro patamar.Acha certo que a minha roupa seja lavada junto

com a da minha empregada?Ai que alegria! Chegou o dia!

Minha ilustre senhora, aqui todos são iguais,ninguém é mais.

Lita Moniz

SENSAÇÕESAo ter-te junto a mim tudo esqueço

Perigos, luz do dia, escuridãoEntrego-me ao prazer na tua mão

E tudo o que é meu te ofereço

O corpo, a alma, a mente e estremeçoSentindo-te o pulsar do coraçãoE grito sem sofrer mas de paixão

E quanto mais me dás mais eu te peço

No fim, ao relembrar, fico felizPor teres dado tudo quanto quis

Prazer, amor, afagos aos montões

Vejo no teu olhar de calma e pazTodo o contentamento que me apraz

De ter contigo tantas sensações.

Custódio Montes

COLESTEROLDiz-me o doutor p'ra que eu tenha

Com os meus dentes cuidado

Para que um dia não venha

A passar um mau bocado.

Um cardápio de iguarias

Com que me alimentava

Nas refeições dos meus dias

E nas farras em que entrava.

Cortou-me tudo o farsola

Sem olhar quem era eu

E nem sequer por esmola

Nenhuma me concedeu.

Respondi-lhe com requinte

- Não sou nenhum comilão

Sou apenas um pedinte

A comer do que me dão.

José Rodrigues, Bridgeport, USA

OS SONHOS DO PADRE ZÉ

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05 de Setembro de 2018 5BarrosoNoticias de

UM PARÁGRAFOUm Parágrafo # 123 – Tolice

É tão bom fazer tolices… Despir a capa da respeitabilidade e pisar o risco. Ultrapassá-lo, até… Ser tolo, nem que seja por um breve momento. Não desejar mais nada a não ser a quebra daquela tábua que mantém as costas direitas, assumindo posições que o corpo estranhe e a alma confunde. Que os outros estranhem e aproveitem a diversão. A diversão da tolice. A tolice da diversão… Só porque sim. Só porque é divertido. Só porque podemos e é uma tolice. A tolice de fazer mais do que pensar as tolices, ultrapassando isso mesmo e deixando ir mais além a vontade e fazer mesmo as tolices, não ficando pela imaginação não producente. Podemos e devemos deixar-nos levar pela tolice de fazer tolices. Simplesmente… Ser tolo por uns instantes e conseguir tirar o máximo prazer disso. Ser tolo só por ser. Ser tolo pelo prazer de fazer tolices e nelas reconhecer a catarse que ajuda a limpar a alma. Ser tolo porque sim… Ser tolo por momentos porque aquele que nunca o é, é-o permanentemente.

João Nuno Gusmão

Do céu ao inferno, em “meia-dúzia” de dias.

A Barroseilândia vive dias de glória! A oposição ao Reino é escassa e, aparentemente, as pessoas vivem muito felizes. Motivos para isso não faltam: é necessário um carro? Não há problema, o Reino paga. A única questão a resolver é se faz falta um topo de gama, novo ou em segunda mão, ou até os dois. Também não é de

descurar a aquisição de jipes. Apresente-se o problema. Este será rapidamente analisado e a situação resolvida. Dinheiro não falta ...

É claro que ver passar “um pé descalço” com carro novo, de alta cilindrada, provoca sempre alguma ciumeira mas,

passado algum tempo tudo será esquecido. Até porque, sobressai a esperança de vir a obter lucro idêntico. Seja ele um carro, uma casa ou até emprego sem ter de cumprir horário. É Raríssimo haver dificuldades ...

Por outro lado, a Barroseilândia é um Reino altamente seguro, onde a criminalidade é residual e, desde que detetada,

prontamente resolvida. Vejam bem que até virou ponto turístico internacional. Sim: ainda ontem, foram vistos dois Norte-coreanos, três Albaneses e quatro hippies a circular pelas esburacadas, perdão, pelas avenidas do Reino!

Mas, no que à segurança diz respeito, a Barroseilândia é um caso de sucesso, direi mesmo, exemplar. Graças ao guarda-

noturno, contratado em bom tempo mas, já nessa altura, por um preço acima da média, a taxa de crime na Barroseilândia é meramente residual, para não dizer nula. Incansável, trabalha vinte e quatro sobre vinte e quatro horas por dia, desde que se possa deslocar em viatura de serviço. Aliás, essa foi a primeira e única condição que colocou ao Reino, aquando da “assinatura” verbal do contrato: viatura e combustível à

discrição para se deslocar pelas ruas da terra. Sempre sozinho!

Mas quem é afinal o zeloso guarda-noturno?

Foi, em tempos, um quadro superior do Reino, altamente qualificado, que – veja-se lá a injustiça -, por limite temporal, se viu obrigado a “encostar as

chuteiras”. Homem atarracado, a caminho dos setenta, pele clara e cabelo esticado, como se quisesse esconder o facto de já começar a rarear, veste fatiota de qualidade, sinal de vencimento elevado, capaz de fazer inveja ao mais abastado dos lavradores.

O sistema político na Barroseilândia, do qual faz parte o guarda-noturno, é controlado por um grupo fechado. As

decisões que importam são tomadas em circuitos obscuros e os processos funcionais infantilizados. Tudo enclausurado nos chefes, sua corte e seus cortejos.

Na Barroseilândia todas as palavras relacionadas com política, religião ou futebol têm de ser pensadas ao pormenor. Existe um emaranhado de ódios e tensões tão complexo

que qualquer intenção de disparar uma palavra apaziguadora pode, por lapso, transformar-se em fogo hostil e ferir suscetibilidades. Todo o cuidado é pouco! A um sinal do guarda-noturno, qualquer inocente se pode ver envolvido em grandes trabalhos.

Consciente da situação, um grupo de empresários, como prova da alegada gratidão pelo excelente trabalho de segurança efetuado pelo guarda-noturno, ofereceu-lhe “um topo de gama”, tendo tido o cuidado de lho entregar com o depósito cheio, para que este pudesse circular à vontade. Que felicidade a do homem!

A populaça, essa, interrogava-se sobre quem conduziria a viatura, pois, à primeira vista, parecia que o carro não era conduzido por ninguém. A própria companheira do guarda-noturno só acreditou que o carro era conduzido por este, quando teve o privilégio de dar uma volta na viatura.

Sempre atenta ao boato, a zelosa companheira, pôs-lhe uma almofada debaixo do “rabo” para que se pudesse ver quem conduzia o veículo. Grato pela dedicação, e até porque se aproximava o dia da mãe, foi contemplada com uma joia rara, mandada fazer de propósito para esse efeito, comprada a um preço proibitivo para a maioria dos mortais.

Mas o “carrão” tinha um grande problema: para circular, o guarda-noturno tinha de pagar o combustível. Assim não servia ... nestas condições não era possível manter a segurança do Reino!

Acontece que, fruto da conjuntura internacional, a evolução na Barroseilândia não parou e eis que é chegado o momento de contratar um técnico especializado, conhecedor dos meandros financeiros nacionais e internacionais, capaz de catapultar o Reino para voos superiores.

Como não existia ninguém competente na terra capaz de cumprir tamanho desiderato era necessário contratar fora, tendo sido incumbido de tal tarefa, claro está, o zeloso guarda-noturno – afinal de contas, este era um homem experiente, conhecedor do mundo. Até já tinha andado de avião!

O homem contratado - que veio a saber-se muito tempo depois, até tinha parentesco no Reino -, superou todas as espectativas, ao ponto de já não se tomarem decisões sem ouvir a sua opinião. A satisfação era tanta que, mais tarde, o próprio guarda-noturno acabou por designá-lo para um alto cargo do Reino, tendo apenas e só, de lhe prestar contas a si (diz-se, agora, que quem mandava era o guarda-noturno, embora quem presidisse ao cargo fosse

o dito cujo. Más línguas?).O problema é que, sem

que nada o fizesse prever, o homem descontrolou-se, tendo provocado múltiplos e variados problemas, incapazes de serem abafados. Sim, abafados! A consideração pelo criatura era tanta que foi mesmo ponderada a hipótese de perdão pelo seu desvaneio. Mais a mais, a descoberta de tal personagem era obra do guarda-noturno. Era impossível responsabilizar

um, inocentando o outro. Mas os estragos provocados eram demasiados e do conhecimento do povo.

A decisão tinha de ser tomada: correr com os dois! Reunida a corte, tomou-se uma resolução diferente: despedir um e despromover o outro.

O “pobre” contratado, não sem antes espernear o quanto pode – afinal de contas, tinha granjeado alguns apoios e contactos -, regressou às origens. O guarda-noturno, esse, foi recambiado para uma daquelas instituições do Reino que, antes, no dizer de alguns entendidos, não prestava para nada, mas que

agora, na tentativa de alimentar o ego do despromovido, é já considerado por estes uma instituição de referência no Reino.

Ocupado o lugar de administrador – sim! Administrador da coisa -, sabem qual foi a segunda medida que o guarda-noturno tomou? Comprar um carrito, pequenito, para se fazer transportar: o dinheiro não dava para mais. E era preciso

não dar muito nas vistas.Aos olhos da

populaça, a carripana era vista como uma despromoção. Mas, o guarda-noturno não pensava da mesma forma. Era a maneira de se poder deslocar pelo Reino, noite e dia – geralmente mais de noite do que de dia –, às custas do Povo. O novo posto, e o carrito, garantiu-lhe a responsabilidade da segurança do Reino, com combustível gratuito para a viatura.

A verdade é esta: com ou sem despromoção, a Barroseilândia é hoje uma autêntica fortaleza. Mais: para se chegar ao “posto de comando”

do Reino é necessário passar por três muros e um sistema de reconhecimento por impressões digitais. Tudo, graças à visão e planeamento do guarda-noturno que, incansável, dá voltas e voltas ao Reino, no carrito, para manter a segurança do povo. Quanto à primeira medida que tomou os súbditos até têm medo de a pensar, quanto mais proferi-la em voz alta. Se o guarda-noturno descobre em que pensam ....

Nota: qualquer semelhança com a realidade é pura imaginação do leitor.

Bento Monteiro

Barroseilândia: a despromoção do guarda-noturno.

“Ocupado o lugar de administrador, sabem qual foi a segunda medida que o guarda-noturno tomou? Comprar um carrito,

pequenito, para se fazer transportar: o dinheiro não dava para mais. E era preciso não dar muito nas vistas.

Aos olhos da populaça, a carripana era vista como uma despromoção. Mas, o guarda-noturno não pensava da

mesma forma. Era a maneira de se poder deslocar pelo Reino às custas do Povo. O novo posto, e o carrito, garantiu-lhe a responsabilidade da segurança do Reino, com combustível

gratuito para a viatura”

“O “pobre” contratado, não sem antes espernear o quanto pode – afinal de contas, tinha granjeado alguns apoios e contactos -, regressou às origens. O guarda-noturno, esse, foi recambiado para uma daquelas instituições do Reino que, antes, no dizer

de alguns entendidos, não prestava para nada, mas que agora, na tentativa de alimentar o ego do despromovido, é já considerado por estes uma instituição de referência no Reino”

“a Barroseilândia é um Reino altamente seguro, onde a criminalidade é residual e, desde que detetada, prontamente

resolvida. Vejam bem que até virou ponto turístico internacional. Sim: ainda ontem, foram vistos dois Norte-coreanos, três Albaneses e quatro hippies a circular pelas

esburacadas, perdão, pelas avenidas do Reino!”

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705 de Setembro de 2018

No concelho de Montalegre 111 aldeias não têm saneamento básico

O concelho de Montalegre é dos concelhos com maiores receitas dentre os concelhos do norte do país. A somar às verbas próprias e às provenientes do orçamento do Estado (FEF), Montalegre recebe ainda verbas substanciais da EDP renováveis (o concelho tem o maior parque de energia eólica do país), da EDP produção (de seis barragens de energia hídrica) e de outras situações ainda que pontuais como é o PNPG, etc.

No entanto, numa análise às condições actuais que palpitam no interior norte, Montalegre é dos concelhos mais atrasados senão mesmo o mais atrasado em termos de investimento em estruturas básicas que, hoje em dia, nem sequer já são objecto de preocupação por parte dos municípios. Os concelhos, nos dias de hoje, com as infraestruras básicas resolvidas (acessibilidades, águas e saneamentos), voltam-se para as áreas sociais e recreativas (parques de diversão, ecopistas,etc.), parques industriais e actividades culturais.

Em Montalegre, conquanto se apregoe publicamente que os saneamentos abrangem 80% da população, a realidade é bem outra e o que se diz não passa de mais um embuste. Nós, os barrosões, e sobretudo aqueles que se passeiam pelo país barrosão, conhecem bem de mais esta mentira dos

governantes socialistas que malbaratam as receitas dos cofres municipais em pagodes de diversão sem que deles se veja um resquício de progresso e desenvolvimento.

Montalegre não tem boas acessibilidades para atrair investimentos e turistas, e ainda por cima tem por resolver os saneamentos de mais de uma centena de aldeias. É uma vergonha!

Daí que, com razões sonantes, os barrosões se interroguem acerca da gestão dos dinheiros públicos entrados no município durante três décadas. Aliás, é caricato estabelecer-se comparação entre o que foi feito durante todo este tempo e o realizado pelas câmaras do PSD em apenas 13 anos, ou seja, em menos de metade do tempo e com orçamentos anuais de menos de meio milhão de euros e sem verbas de Bruxelas.

O povo barrosão deve estar atento, e questionar tudo isto. Ninguém pode cruzar os braços e aceitar tudo. É a dignidade dos barrosões que está posta à prova.

Veja-se a seguir a triste realidade

do concelho de Montalegre. Em destaque as sedes de Freguesia que são 15 (sem saneamento) e outras aldeias com população de cerca de ou mesmo superior a 100 habitantes.

Aldeias do concelho de Montalegre sem saneamento básico:

• Azevedo, Bostochão, CABRIL, Cavalos, Chãos, Fontainho, Lapela, PINCÃES, São Ane, Vila Boa, Chelo , Xertelo e Chã deMoinho…........Freguesia de Cabril

• CAMBESES, Frades, DONÕES, MOURILHE e Sabuzedo…........Ufreguesias Cambeses, Donões e Mourilhe

• ALDEIA NOVA, Castanheira, Fírvidas, Gorda, Gralhós, Medeiros, Peireses, Penedones, São Mateus, SÃO VICENTE, Torgueda e Travassos da Chã…........Fregueia da Chã

• Arcos, Barracão, CERVOS, CORTIÇO, Alto Fontão, Vidoeiro e Vilarinho d'Arcos…........Freguesia de Cervos

• COVÊLO DO GERÊS, Peneda de Baixo, Peneda do Meio e São Bento de Sexta-Freita…........Freguesia de Covelo do Gerês

• FERRAL, Nogueiró, Pardieiros, Sacozelo, Santa Marinha, Sidrós, Vila Nova e Viveiro…........Freguesia de Ferral

• Sendim…........Freguesia de Padornelos• PADROSO…........UFreguesias de Montalegre e Padroso• Carvalhais, Criande, MORGADE* e Rebordelo…........Freguesia de Morgade • LAMACHÃ, NEGRÕES e Vilarinho de Negrões…........Freguesia de Negrões• Cela, Parada e Sirvoselo…........Freguesia de Outeiro• Ponteira, Contim, SÃO PEDRO, Vilaça, FIÃES DO RIO e Loivos…........UFreguesias

de Paradela, Fiães do Rio e Contim.• Currais e Ladrugães…........Freguesia Reigoso• Bustelo…........Freguesia Vila da Ponte• SARRAQUINHOS, Antigo, Cepeda, PEDRÁRIO, e Zebral... da Freg.ª de Sarraquinhos. • - Ameal, Amiar, Golas, Bagulhão, Beçós, Caniçó, Carvalho, Cerdeira, Corva,

Linharelhos, Lodeiro d’Arque, Paredes, Pereira, Pomar de Rainha, Póvoa, REBOREDA, Seara e Tabuadela…........da Freguesia de Salto.

• - CODEÇOSO, Padrões, Sangunhedo, ORMECHE*, Paio Afonso, PONDRAS e São Fins…........da UFreguesias de Venda Nova e Pondras

• Antigo, Brandim, Friães, PARAFITA, Pisões, Telhado, VIADE DE BAIXO e Viade de Cima, Lama da Missa, Castelo, FERVIDELAS e Lamas…........da Ufreguesias de Viade Baixo e Fervidelas.

* obra do saneamento em curso

Comentário:Quem é que disse que Montalegre é o concelho mais atrasado do norte do país?

Na casa não são os cantos Que a vão vivificar

Nem são eles os encantos Ou as razões de a amar A vida é dada p´la gente

Que a habita e está presente

Não é a lareira acesa Nem o escano ao redor Que nos tiram a tristeza Ou o sofrimento e a dor Mas as pessoas amadas Ali juntas e irmanadas

Não é a água corrente

Nem um bom aquecimento E o conforto que se sente

Que alegram o pensamento Mas a troca de palavras

E o descanso após as lavras

Nem a farinha moída Nem o pão para cozer

Nem a mesa ou a comida São a causa do prazer

Das pessoas que lá vão Mas haver quem moa o pão

Quem vá semear a horta E ter quem nos abra a porta

Uma casa não é nada Nem nos enche de alegria Quando está desabitada

Cheia de melancolia Apenas traz à memória

Lembranças da sua história

Minha casa, meu cantinho Ai que saudades eu tenho Quando me sinto sozinho

Nas vezes em que aqui venho

Olho, não vejo ninguém E havia tanta gente

Que a memória me retém Que se foi e está presente

Na minha aldeia deserta

De ruas abandonadas Anda a saudade desperta Dentro das casas fechadas

E as pessoas que lá vão Só encontram solidão

Custódio Montes, in

"Vivências"

DESERTIFICAÇÃO D. Maria de La Salete Pereira Gonçalves de Moura

Faleceu em S. João da Pesqueira donde era natural Maria de La Salete Pereira Gonçalves de Moura que era casada com o nosso ilustre conterrâneo e grande amigo Inspector Joaquim Gonçalves de Moura, natural do Barracão, freguesia de Cervos.

La Salete e Joaquim Moura eram o casal perfeito, desde sempre, devotados ao ensino e à agricultura. No ensino o inspector Moura ficou conhecido por ter feito carreira na docência da Escola do Magistério de Vila Real e, mais tarde, como Inspector Principal. Na agricultura, às quintas herdadas da família de La Salete, o casal juntou outras que adquiriu com notável sentido empresarial.

Hoje a Casa do Souto, com um património invejável situado em S. João da Pesqueira, considerada o coração do Douro Vinhateiro, posiciona-se entre os maiores produtores de vinho do Douro.

La Salete morre depois de doença prolongada que a deixou inactiva durante mais de meia dúzia de anos. O Inspector Moura sente-se agora mais só porque como disse “Deus levou-lhe o seu anjo da guarda”.

O Jornal Notícias de Barroso solidariza-se com este nosso grande barrosão e deseja-lhe força e ânimo para enfrentar as agruras que são próprias da vida.

Que Maria de La Salete descanse em paz!

S. João da Pesqueira

S. João da Pesqueira é vila sede de concelho do distrito de Viseu, considerada o Coração do Douro Vinhateiro, na região demarcada do Douro criada pelo Marquês de Pombal que viveu na Pesqueira quando era novo. Tem um miradouro acima da barragem da Valeira chamado São Salvador do Mundo (Ermo) com capelas, e muito antigo,do qual se avistam, além doutras regiões, as montanhas de Barroso. Trata-se do mais antigo concelho do país, datando a sua criação de 1055, precedendo assim todos os outros concelhos, incluindo cidades tão importantes ao tempo da fundação como Coimbra, Guimarães ou Lamego.

O município de S. João da Pesqueira tem 7.874 habitantes (censo de 2011), subdividido em 11 freguesias. O município é limitado a norte pelo rio Douro e pelo município de Alijó, a nordeste por Carrazeda de Ansiães, a leste por Vila Nova de Foz Côa, a sueste por Penedono, a sul por Sernancelhe, a oeste por Tabuaço e a noroeste por Sabrosa.

In: Wikipédia, a enciclopédia livre

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05 de Setembro de 20188 BarrosoNoticias de

CARTÓRIO NOTARIAL DE VIEIRA DO MINHO

NOTÁRIO JORGE NUNO COSTA E SILVA

CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura do dia dezasseis de agosto dois mil e dezoito lavrada a folhas cem do livro Um-J, do notário, em substituição, Jorge Nuno Lages Góios da Costa e Silva, com Cartório na Rua Professor Carlos Teixeira, Edifício Olmar II, lj. 70, em Vieira do Minho, que:

- MANUEL ANTÓNIO BARROSO MARTINS, NIF 105 496 820, e mulher MARIA ANTÓNIA DE CARVALHO PEREIRA MARTINS, NIF 202 013 731, casados sob o regime da comunhão geral, ambos naturais da citada freguesia de Cabril, residentes na Rua de Santo André, nº. 49, freguesia de Gondizalves, concelho de Braga, representados no ato por procurador.

São atualmente, com exclusão de outrém, donos e legítimos possuidores do seguinte bem:

- Prédio URBANO composto de sequeira e eira, com a área coberta de sessenta e cinco metros quadrados e descoberta de sessenta e cinco metros quadrados, situado na Rua 10 de Junho, lugar de Cavalos, freguesia da CABRIL, concelho de MONTALEGRE, a confrontar do norte com Adérito Pereira, sul com caminho público, nascente com estrada e do poente com Delfim Martins Pereira, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Montalegre, e inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 959 e omisso na anterior, com o valor patrimonial de 3.250,00€.

Que eles justificantes adquiriram o indicado prédio por doação meramente verbal de seus pais e sogros Manuel José Martins e mulher Conceição de Jesus Barroso, casados sob o regime da comunhão geral, residentes que foram no citado lugar de Cavalos, no ano de mil novecentos e oitenta e três não chegando todavia a realizar-se a projetada escritura de doação.

Que assim eles justificantes não dispõem de título para efetuarem o registo do indicado prédio na Conservatória, embora sempre tenham estado há já mais de vinte anos, na detenção e fruição do mesmo.

Esta detenção e fruição foi adquirida e mantida sem violência, e exercida sem interrupção ou qualquer oposição ou ocultação de quem quer que seja, de modo a poder ser conhecida por todo aquele que pudesse ter interesse em contrariá-la.

Esta posse assim mantida e exercida, foi-o sempre em seu próprio nome e interesse e traduziu-se nos factos materiais conducentes ao integral aproveitamento de todas as utilidades do prédio, designadamente na recolha de produtos agrícolas para secagem e pagando os respetivos impostos.

É assim tal posse pacífica, pública e contínua e, durando há mais de vinte anos, facultando-lhes a aquisição do direito de propriedade do dito prédio por USUCAPIÃO, direito que pela sua própria natureza não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial.

Nestes termos, e não tendo qualquer outra possibilidade de levar o seu direito ao registo, vêm justificá-lo nos termos legais.

Declarações estas confirmadas por três testemunhas.

ESTÁ CONFORME O ORIGINAL.Vieira do Minho, dezasseis de agosto de 2018O Notário, em substituição, Jorge Nuno Lages Góios da Costa e SilvaFatura/registo nº 237/002/2018

Notícias de Barroso, n.º 543, de 5 de Setembro 2018

CARTÓRIO NOTARIAL A CARGO DA NOTÁRIA

ANA RITA FERNANDES SÁ – CHAVES

Certifico, para fins de publicação que, por escritura exarada hoje, no Cartório a cargo da Notária Ana Rita Fernandes Sá, sito na Avenida Pedro Álvares Cabral, Edifício Angola, loja dez, em Chaves, no livro de escrituras diversas n.º 46 – B, a fls.47 e seguintes, ARTUR MACHADO AFONSO e mulher, MARIA DO CÉU DE MOURA RODRIGUES AFONSO, casados em comunhão de adquiridos, naturais ele da freguesia de Cambezes e ela da freguesia de Viade de Baixo, ambas do concelho de Montalegre, residentes na rua do Meio, n.º 20, freguesia de Contim, no mesmo concelho, declaram:

Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem do seguinte bem imóvel:

- Prédio rústico, situado no lugar de Rego, actualmente União das Freguesias de Paradela, Contim e Fiães, concelho de Montalegre, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de mil oitocentos e trinta metros quadrados, a confrontar do norte com Silvestre Pires, nascente com José Maria Branco, sul com caminho e poente com Mário de Moura, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 2197 e anteriormente inscrito na matriz rústica da freguesia de Contim (extinta) sob o artigo 1177.

Este prédio não está descrito na Conservatória do Registo Predial de Montalegre, encontrando-se inscrito na respectiva matriz em nome do justificante marido.

Que não têm qualquer título formal de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade do prédio, mas iniciaram a sua posse por volta do ano de mil novecentos e oitenta e sete, ano em que o adquiriram por compra meramente verbal que dele fizeram a Celeste João de Moura, solteira, maior, residente que foi na dita freguesia de Contim.

Os segundos ante possuidores do prédio eram, José Afonso Dias e mulher, Maria Dias, residentes que foram na citada freguesia de Contim, desconhecendo a proveniência do anterior artigo, devido à antiguidade das transmissões e do prédio.

Que, desde aquela data, sempre têm usado e fruído o prédio, cultivando-o e colhendo os seus frutos, pagando todas as contribuições por ele devidas e fazendo essa exploração com a consciência de serem os seus únicos donos, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob o referido prédio por USUCAPIÃO, que expressamente invocam para efeitos de ingresso dos mesmos no registo predial.

Está conforme.Chaves, 28 de Agosto de 2018.A notária,

A colaboradora, por delegação de poderes, nos termos do n.º1 do art. 8do DL 26/2004, de 4 de Fevereiro, devidamente autorizada para este acto,

pela notáriaAna Maria Domingues Fernandes Tomaz – 282/3Sandra Cristina Ribeiro Fernandes – 282/4

Conta/recibo registada sob o n.º FR /2018/2

Notícias de Barroso, n.º 543, de 05.09.2018

NOTÁRIO CONSTANÇA AUGUSTA BARRETO DE OLIVEIRA

Certifico, para fins de publicação que, por escritura exarada hoje, no Cartório da Notária Constança Augusta Barreto de Oliveira, situado na Rua Paixão Bastos, n.º 114, Póvoa de Lanhoso, no livro de escrituras diversas n.º 193 - A, a fls. 57 e seguintes:

AURORA GONÇALVES AFONSO CONDE e marido ANTÓNIO GONÇALVES CONDE, casados em comunhão geral, naturais da freguesia de Cabril, concelho de Montalegre, residentes na Rua José António Cruz, n.º 150, 5.º andar, 4715-343 Braga, declaram:

Que são donos com exclusão de outrém dos seguintes bens imóveis, situados na freguesia de Cabril, concelho de Montalegre:

Um - Metade indivisa do prédio rústico situado no lugar de Lapela - Carvalho, composto de cultura arvense de sequeiro, lameiro e pastagem, descrito na Conservatória do Registo Predial de Montalegre sob o número mil quinhentos e quarenta e sete, inscrito na respetiva matriz sob os artigos 3082 e 3083.

Que a restante metade indivisa está registada a favor de Amândio José Gonçalves Barroso e mulher Maria de Fátima dos Anjos Gonçalves, casados em comunhão de adquiridos, pela apresentação quatrocentos e oitenta e um, de dezanove de novembro de dois mil e treze, não incidindo sob a restante metede indivisa qualquer inscrição em vigor.

Dois - Prédio rústico situado no lugar de Tapada Torrão, composto de corte para animais, com a superfície coberta de quarenta e dois metros quadrados e cultura arvense de sequeiro com a área duzentos e cinquenta e oito metros quadrados, a confrontar do norte, nascente, sul e poente com baldio, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 3154.

Que este prédio não está descrito na Conservatória do Registo Predial de Montalegre.

Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de propiedade dos prédios, mas iniciaram a sua posse em mil novecentos e oitenta, ano em que os adquiriram por partilha meramente verbal por óbito de seu pai e sogro Manuel José Afonso, casado com Teresa de Jesus Gonçalves, residente que foi na mencionada freguesia de Cabril.

Que desde aquela data, por si ou por intermédio de alguém e juntamente com os restantes comproprietários, quanto ao prédio identificado sob o número um, sempre têm usado e fruído os prédios, cultivando-os e colhendo os seus frutos e apascentado o gado, pagando todas as contribuições por eles devidas e fazendo essa exploração com a consciência de serem os seus únicos donos à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob os mencionados prédios por USUCAPIÃO, que expressamente invocam, para efeitos de ingresso dos mesmos no registo predial.

Está conforme.Póvoa de Lanhoso, 3 de setembro de 2018.A Colaboradora com autorização para este ato nos termos do n.º 1, art.º

8.º do DL 26/2004 de 4 de fevereiroAna Maria Pinto Gonçalves

Registada sob o n.º 84/6Conta/ Recibo registada sob o n.º 2519Emitida fatura reciboA autorização para a prática de atos pelos colaboradosres foi publicada

em www.notarios.pt em 14/01/2016

Notícias de Barroso, n.º 543, de 5 de Setembro 2018

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05 de Setembro de 2018 9BarrosoNoticias de

A Inquisição (2)

Pe Vítor Pereira

BOTICASFesta da Senhora da Livração de BOTICASMilhares de pessoas na Procissão em Honra de Nossa Senhora da Livração

A tradição voltou a cumprir-se no passado sábado, dia 18 de agosto, com a realização da majestosa procissão em Honra de Nossa Senhora da Livração, padroeira do Concelho de Boticas.

A procissão, inserida no programa das festividades em honra da santa, é um dos momentos mais importantes

e de maior culto religioso que se realiza, anualmente, no Município de Boticas e que atrai milhares de devotos da região até à vila barrosã, para assistirem ao imponente cortejo formado por 31 andores, adornados com flores naturais e que albergam os santos padroeiros de todas as freguesias do concelho.

Os andores percorreram as principais ruas da vila acompanhados pela Cavalaria da Guarda Nacional Republicana, pela Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Vila do Conde, pelas Bandas Musicais de Famalicão, Moreira da Maia, Outeiro Seco e Couto de Dornelas, pelo

Agrupamento de Escuteiros local e pelos Bombeiros Voluntários de Boticas.

À noite decorreram, na Praça do Município, os concertos das bandas de Famalicão e Moreira da Maia, sendo que o largo junto à igreja acolheu as atuações dos grupos musicais “Hi-Fi”, “Belcanto” e “Paralelos”.

XXIV Festival de Folclore do concelho de Boticas

À semelhança das edições anteriores, a Praça do Município acolheu na passada sexta-feira, dia 17 de agosto, a 24ª edição do Festival de Folclore do Concelho de Boticas.

O Rancho Folclórico Santa Maria de Covas do Barroso e o Rancho Folclórico de Beça foram os anfitriões da noite ao receber o Grupo Folclórico da Casa do Povo de Creixomil (Guimarães), o Grupo Folclórico “As Estrelas de Gond Pontouvre” (França),

vila geminada com Boticas, e a Rusga Típica da Correlhã (Ponte de Lima), para mais uma noite dedicada à música e danças tradicionais.

Como tem vindo a ser habitual nos últimos anos, o festival arrancou do Largo da Nossa Senhora da Livração,

com os cinco ranchos folclóricos a desfilarem em cortejo até à Praça do Município.

Antes de iniciarem as suas atuações, os grupos receberam das mãos do Presidente da Câmara Municipal, Fernando Queiroga, e da Vereadora da Cultura, Maria do Céu Fernandes, o diploma e o Laço de Folclore alusivo à 24ª edição do evento.

Fernando Queiroga aproveitou o momento para deixar “uma palavra de apreço e gratidão a todos os grupos participantes pela forma exemplar como divulgam os usos e costumes tradicionais das diferentes regiões de Portugal e pelo empenhamento em manterem vivo o gosto pelo folclore”.

V Concurso de Cão de gado transmontano

A Praça do Município acolheu, no passado dia 16 de agosto, a quinta edição do Concurso de Cão de Gado Transmontano, iniciativa organizada pela Câmara Municipal, com o apoio da Associação de Criadores de Cão de Gado Transmontano (ACCGT) e do Clube Português de Canicultura (CPC).

A realização deste concurso prende-se, essencialmente, pela divulgação e preservação do Cão de Gado Transmontano, uma raça originária da zona de Trás-os-Montes, considerada património genético desta região e que tem como principal função guardar e proteger os rebanhos de possíveis predadores.

À semelhança da edição

anterior, participaram no concurso cerca de meia centena de exemplares, que foram avaliados, nas diferentes categorias a concurso, por um júri do CPC.

No final de cada uma das exibições e avaliação dos cães foram atribuídas as respetivas classificações e lugares de pódio, sendo que

a entrega dos troféus ficou a cargo do Vice-presidente da Câmara, Guilherme Pires, e da vereadora Maria do Céu Fernandes.

Milhares de aficionados nas Chegas de Bois

Foi com milhares de pessoas a assistir que se realizaram na passada terça-feira, dia 14 de agosto, no “Chegódromo”, recinto situado junto ao Campo de Futebol, as tradicionais Chegas de Bois, que decorreram no

âmbito das Festas do Concelho de Boticas, em Honra de Nossa Senhora da Livração.

In: cm-boticas.pt

Estudos e investigações de bons historiadores são fidedignamente conclusivos: a esmagadora maioria das pessoas julgadas e condenadas pela Inquisição sofreu penas leves, fisicamente falando, como a excomunhão da Igreja, não acesso a sacramentos e outras penitências eclesiais, penas que poderiam ser revertidas caso a pessoa manifestasse mudança, correção e conversão. Só uma percentagem relativamente diminuta foi condenada à fogueira, cerca de 1 a 2 % das pessoas julgadas (mesmo assim números lamentáveis). Não foram milhares

de pessoas condenadas à fogueira como se ouve e lê com relativa facilidade, como se a fogueira fosse uma prática banal. Não era. Era muito excecional. E há um justo esclarecimento histórico a fazer: a fogueira não acontecia no dia do auto-de-fé. Nesse dia, eram lidas as sentenças e as pessoas eram entregues ao poder secular (as autoridades do estado). A fogueira não acontecia na praça pública, não eram espetáculos públicos, como muitos quadros e gravuras de artistas dão a entender. As pessoas eram queimadas de forma muito discreta, fora da área urbana, com uma pequena assembleia a assistir.

Diga-se que não foi a Inquisição que inventou a condenação à fogueira e a tortura. Estas já eram praticadas há muito tempo pelas autoridades policiais e judiciais das sociedades europeias. A Inquisição, sem grande originalidade, adotou os mesmos métodos e práticas que já existiam, mas fê-lo com moderação e com mais benignidade do que o poder secular. A verdade é que o que foi muito excecional e mais

macabro nas condenações da Inquisição serviu para caracterizar exageradamente e definitivamente a Inquisição.

Museus que vemos por aí sobre a Inquisição fazem passar a ideia de que a tortura era usual e banal e que a Inquisição era uma máquina trituradora e sádica, que se divertia e comprazia em atormentar barbaramente as pessoas. Não corresponde à realidade. A tortura era muito excecional. Não era admitido o derramamento de sangue. Boa parte dos depoimentos prestados sob tortura não foram validados. O que vemos nos museus é horrível e de certo que foram cometidos excessos, mas não era prática comum. A tortura tinha regras apertadas e era muito vigiada.

A Inquisição foi uma realidade muito complexa. Estava nas mãos da Igreja, mas rapidamente, com a infeliz conivência daquela, foi instrumentalizada pelo poder político e outros poderes sociais para fins indignos para os quais não foi criada: eliminar adversários políticos, torturar opositores políticos, confiscar

dinheiro e bens de instituições e pessoas, suprimir pessoas inconvenientes, incómodas e agitadores sociais, controlar e impor comportamentos e ideias, segundo a normalidade vigente, coadjuvada por um exército de denunciadores e prestadores de falsas acusações que não tinha qualquer pejo em fazer este trabalho sujo, devidamente premiado pelo poder secular e religioso. Infelizmente, ainda hoje perduram estes traços da mentalidade inquisitorial. D. Carlos Azevedo, numa entrevista ao Público, afirma: «Por vezes vem ao de cima algum espírito de caça ao erro ou ao mal que é típico deste espírito inquisitorial, em que bastava ser denunciado para ser condenado. Isso manifesta um zelo pela verdade que, em vez de fazer aquilo que o evangelho pede – de ir ter com as pessoas e falar diretamente e, se for o caso, levar a pessoa a interrogar-se sobre o que defende –, em vez do debate, se esconde na denúncia.»

Não pretendo branquear a Inquisição. Foi uma instituição hedionda, será sempre uma

página negra da história da Igreja, mas também das sociedades que a alimentaram. Não deixemos só para a Igreja o ónus de carregar o peso condenável de uma instituição repugnante como foi a Inquisição. Se inicialmente teve um bom fim, rapidamente o abandonou e entregou-se a práticas e a valores contrários ao Evangelho, promovendo a intolerância, a perseguição, a morte, o terror, a expulsão. Teve as suas vozes críticas dentro da Igreja, de pessoas com liberdade de consciência, mas rapidamente foram importunadas e perseguidas. Não existiu unanimismo dentro da Igreja relativamente à natureza e ação da Inquisição. Mas também há que desmontar alguma mistificação que foi montada à volta da Inquisição, exagerada e até falsa, quanto aos métodos, aos números e aos atos da instituição, no respeito pela história. Não foi tão macabra, bárbara e sádica como é ideia feita e lida em muitos livros de história ou em escolas de leitura histórica.

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05 de Setembro de 201810 BarrosoNoticias de

John McCain morreu, dia 25 de Agosto, com 81 anos, vítima de uma forma violenta de cancro no cérebro. Marinheiro na vida militar foi mobilizado para a guerra do Vietname, ali foi combatente, feito prisioneiro e torturado, mas regressou à sua América para se tornar num dos mais respeitados políticos da história da democracia norte-americana. Depois do 11 de setembro, defendeu a “guerra ao terror de Bush” e a invasão do Iraque depois da alegada descoberta das armas de destruição maciça, mas insurgiu-se contra a tortura a que eram submetidos os prisioneiros dessas guerras e conseguiu criminalizar essas práticas. Perante a fúria dos responsáveis da CIA, Bush apoiou McCain. Foi senador pelo Estado do Arizona durante mais de 30 anos e as suas últimas palavras, escritas, foram entregues a um dos seus mais próximos colaboradores, Rick Davis que, dia 27 de Agosto, as divulgou.

"Queridos americanos,A quem eu servi, grato,

durante 60 anos e em especial aos cidadãos do Estado do Arizona,

Obrigado pelo privilégio que me deram em poder servir-vos e pela vida enriquecedora que os tempos de serviço militar,

e depois no serviço público, me permitiram levar. Tentei servir o nosso país honradamente. Cometi erros mas espero que o meu amor pela América os tenha, em alguma medida, mitigado.

Muitas vezes notei que sou a

pessoa com mais sorte na Terra. Sinto-me assim agora, mesmo que esteja a preparar-me para o fim da minha vida. Adorei viver, adorei cada pedaço da vida. Tive nela experiências, aventuras e amizades suficientes para dez vidas preenchidas: estou mesmo muito grato.

Tal como na maioria das pessoas, há em mim alguns arrependimentos. Porém, não

trocaria um único dia da minha vida, nos bons ou nos maus dias, pelo melhor dia da vida de uma outra pessoa qualquer. É ao amor da minha família que devo este contentamento. Não houve nunca um homem com uma mulher tão amável

ou com filhos de quem tivesse tanto orgulho quanto eu tenho dos meus. E devo-o, também, à América.

A ligação que mantive às causas que este país defende - a liberdade, a igualdade perante a lei, o respeito pela dignidade de todas as pessoas - acarreta uma felicidade mais sublime do que aquela contida em todos os prazeres fugazes da vida.

A nossa identidade ou o nosso amor-próprio não são circunscritos mas sim ampliados pelas causas justas que servimos.

'Compatriotas' — esta associação teve sempre, entre todas, o maior impacto em mim. Eu vivi e morri um orgulhoso americano. Somos cidadãos da mais incrível república do mundo, uma nação de valores, não de sangue e solo. Somos abençoados e tornamo-nos uma benção para a Humanidade quando defendemos e fazemos avançar esses ideais, em casa e pelo mundo. Ajudamos a libertar mais pessoas da tirania e da pobreza do que qualquer outro país no mundo em qualquer era da História.

Nesse processo, prosperámos e adquirimos poder. Enfraquecemos o nosso enorme valor quando confundimos patriotismo com contendas tribais que espalham o ódio e a violência por todas as partes do globo. Enfraquecêmo-lo quando nos protegemos atrás de muros em vez de os fazermos ruir e quando duvidamos dos nossos ideais, em vez de lhes confiarmos a grande força motriz que sempre tiveram na mudança no mundo.

Somos trezentos e vinte e cinco milhões de gente contestatária e ruidosa.

Discutimos e competimos e por vezes vilipendiamo-nos uns aos outros nos nossos intempestivos debates públicos. Mas sempre tivemos muito mais em comum do que de diferente. Se apenas conseguíssemos lembrar-nos mais vezes disso e oferecer o benefício da presunção de que todos amamos este país, ultrapassaríamos com mais facilidade estes tempos complicados. Sairemos disto mais fortes do que éramos - foi sempre assim.

Há dez anos eu tive o privilégio de conceder a minha derrota na luta pela presidência. Quero terminar esta carta de despedida falando da fé inabalável que tenho nos americanos e que, naquela noite, senti com tanta força. Ainda a sinto com essa mesma força agora.

Não desesperem perante os desafios que hoje temos e acreditem sempre na promessa do poder da América. Nada há de inevitável. Os americanos não desistiem. Nós nunca nos rendemos. Nós não nos escondemos da História: forjamo-la.

Adeus, compatriotas. Deus vos abençoe e Deus abençoe a América". John McCain

«In Expresso»

John McCain, o senador republicano amigo da América

(Continuação do n.ºanterior)

• As dificuldades das em-presas portuguesas em actuar em Espanha;

• Actos espanhóis em Por-tugal: empresa agrícola espa-nhola destruiu ruínas romanas preciosas em Évora, mesmo sendo avisada pela Câmara Municipal para não o fazer; se fosse em Espanha teria sido castigada fortemente pelas suas autoridades. O que se fez aqui?

• Produtos agrícolas por-tugueses levados para Espanha e etiquetados como espanhóis, prejudicando a economia por-tuguesa e roubando mercados e clientes a Portugal com o que é nosso – em suma, mentindo;

• Etc.

Falta dizer que estamos em negociações pela platafor-ma continental, que é uma das últimas portas da independên-cia nacional. Aqui convergem: o caso Banif, que é o banco responsável pelo financiamen-to local da economia insular, de onde se fará a exploração da dita plataforma; o presen-te assalto a Sines; a pretensão sobre as Selvagens (o que lhes foi prometido em troca da sua desistência?), além da venda do BPI a um banco espanhol, com beneplácito do governo portu-guês e da presidência. (No caso BPI foi assinado um decreto de desblindagem apenas para um caso particular. Se perguntar ao Sr. Presidente, ele nunca dirá como jurista que se deve legis-

lar para casos particulares. Mas assinou um decreto de destrui-ção da independência nacional – hoje mais baseada na econo-mia e nos centros de decisão e menos, mas ainda indispen-savelmente, nas forçar arma-das, que serão apenas úteis se servindo uma política nacional e não anti-nacional, como a que temos. Se mais provas fo-rem precisas, o La Caixa mu-dou imediatamente o gestor do banco, pondo um espanhol e “reformando” Fernando Ulri-ch. E não podem deixar de se lembrar as palavras do Dr. João Salgueiro sobre a Comissão e a exposição espanhola à Améri-ca do Sul. Houve dois pesos e duas medidas no caso BPI por parte da Comissão, que serviu

os interesses espanhóis contra os nossos!)

Está claro que a nação en-quanto tal está a ser desman-telada e entregue aos nossos históricos inimigos, que sem-pre se comportaram como tal, com consequências práticas nos empregos de qualidade, na subordinação do português ao estrangeiro, no uso das nossas poupanças para investimento estrangeiro no nosso país, na saída dos lucros obtidos em ter-ritório nacional, no empobreci-mento do país no seu todo e na consequente emigração portu-guesa levando a uma substitui-ção populacional, tal como a que foi feita em Olivença logo depois da conquista em 1801. Tal não é o objectivo imediato

da Comissão, mas é o que a Es-panha pretende, a coberto de a Comissão, só se ver a si mesma e ser agente dos grandes na Eu-ropa. Já não temos respaldo em nenhuma aliança com Inglater-ra ou França. Aliás, alguma vez tivemos?

Espero que se compreenda o que está em causa e não nos deixemos prender apenas pelo curto-prazo ou por qualquer assunção de menorização do país. Somos capazes, mesmo neste quadro, de obter resulta-dos muito mais sãos para nós sem precisar de contrariar to-dos os desígnios que contra nós se voltam. O problema é sobre-tudo a nossa governação.

Gonçalo Dias, Dr.

Linha de Comboio de Sines

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1105 de Setembro de 2018

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Paginação e composição: [email protected], Rua Miguel Torga, 492 5470-211 MontalegreRegisto no ICS: 108495

Impressão: Empresa Diário do Minho, Lda Rua de Santa Margarida, 4 A, 4710-306 Braga email: [email protected] http://www.diariodominho.pt

Colaboradores: António Chaves, António Pereira Alves, Barroso da Fonte, Carlos Branco, Custódio Montes, Dias Vieira, Domingos Cabeças (Inglaterra), Domingos Dias (USA), Duarte Gonçalves, Fernando Moura, Fernando Rosa (USA), João Soares Tavares, José dos Reis Moura, José Manuel Vaz, José João Moura, Lita Moniz (Brasil), João Adegas, José Duarte (França), José Rodrigues (USA), Lobo Sentado, Domingos Chaves, José Fernando Moura, José Manuel Rodriguez,

Manuel Machado, Maria José Afonso, Norberto Moura, Nuno Carvalho e Victor Pereira

Assinaturas: Nacionais: 20,00 € Estrangeiros: 35,00 €

Tiragem: 1.500 exemplares por edição

(Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores não vinculando necessariamente a orientação do jornal ou da sua direcção)

FUTEBOLO Montalegre somou o terceiro empate consecutivo e pelo mesmo resultado (1-1)

Continua sem vencer o conjunto barrosão neste campeonato. Desta feita surgiu um adversário competente e um sério candidato aos primeiros lugares desta série, o São Martinho que dominou o encontro durante a primeira parte, exceto o primeiro quarto de hora, com algum equilibrio.

George, o melhor jogador da equipa de Santo Tirso neste jogo, abriu o marcador com um

disparo colocado. O Montalegre não conseguia responder ao golo de George e só aos 40 minutos, num cruzamento de Prince que levava perigo para a baliza adversária. Ao intervalo 0-1, justo e a traduzir a superioridade do São Martinho.

No segundo tempo, a equipa barrosã entrou melhor nos primeiros quinze minutos e chegou ao empate numa grande jogada em que Rogério assiste Touré para o merecido tento. A partir da hora de jogo voltou a equilibrar o São Martinho.

Aos 80 minutos lance polémico dentro da área barrosã, com o juiz de Bragança

a mandar jogar – o São Martinho ficou a pedir grande penalidade. Depois a bola entra na baliza de Guedes mas o juiz (e bem) assinala falta ofensiva por carga ao dono da baliza barrosã.

Já nos últimos instantes, quando o Montalegre estava em superioridade numérica, o árbitro terminou a partida, o que deixa os jogadores da casa à beira de um ataque de nervos…

Empate que se aceita, no entanto o São Martinho esteve mais perto de conseguir os três pontos – teve mais e melhores oportunidades de golo! Esta equipa do concelho de Santo Tirso já assegurou a contratação de mais três atletas, o que indica que o objectivo é mesmo a subida.

Também o Montalegre já assegurou a contratação de Zangão, ex Mirandela, para suprir as ausências de Tiago Oliveira tem lesão grave nos ligamentos anteriores e João Fernandes problemas na zona lombar.

O treinador do CDCMontalegre, José Viage, lembrou que a sua equipa “não ganhou, mas há três jornadas que não perde, e que não é fácil bater o Montalegre”.

Nuno Carvalho

Jornada 1Fafe 3 Montalegre 2Jornada 2Montalegre 1 GD Mirandês 1Jornada 3U. Torcatense 1 Montalegre 1Jornada 4Montalegre 1 São Martinho 1

CICLISMOAcácio da Silva em livro

Foi apresentado, no ambiente da Volta a Portugal em bicicleta, na Praça do Município de Montalegre, o livro "Acácio da Silva – A carreira excecional de um ciclista cosmopolita". A obra, escrita em português e francês por Henri Bressler e Rosa Carvalhal, narra a vida que este ilustre barrosão teve no

mundo do ciclismo.

CHEGAS DE BOISTorneio de Chegas de Bois de Raça Barrosã 2018

Mais de 40 minutos durou a Chega para apurar o boi vencedor do Campeonato de Chegas de Bois de Raça Barrosã. E a “bandeira” levou-a o boi do José Ladeiras, de Amial, Salto, repetindo o sucesso do ano passado.

Um duelo equilibrado, resolvido em grande estilo na parte final. O público, satisfeito, aplaudiu. Antes, o boi de António Costa (Frades) derrotou, ao fim de dois minutos, o boi de Pedro Teixeira (Bagulhão - Salto), garantindo, desta forma, o terceiro lugar no Campeonato de Chegas de Bois de Raça Barrosã.

O Torneio das Chegas

de bois de raça barrosã é da responsabilidade da Associação Etnográfica "O Boi do Povo" que conta com o patrocínio da Câmara de Montalegre.

FUTSAL"Prados Brancos" vence XIII Torneio de Futsal

A equipa dos "Prados Brancos" venceu, este ano, o

Torneio de Futsal relegando a equipa vencedora de 2017, a Electro Cava, para a segunda posição. O resultado favorável aos “Prados Brancos” foi de 2 – 0 num jogo equilibrado, com muito público a vibrar nas bancadas do pavilhão desportivo.

Resultados e Prémios:

FINAL

Electro Cava 0 - Prados Brancos 2

PRÉMIOS

Melhor Jogador: José João Nunes (Prados Brancos)Melhor Marcador: José João Nunes (Prados Brancos) -13 golosMelhor Guarda-Redes: João Miguel (Electro Cava)Equipa "fair-play": Electro Cava

CLASSIFICAÇÃO FINAL

1.º PRADOS BRANCOS (CAMPEÃO) - 1.000€ + Troféu2.º Electro Cava - 500€ + Troféu3.º Mini Bébes - 250€ + Troféu4.º Cangalhos do Costume – Troféu

Fonte: cm-montalegre.pt

DESPORTO

VENDE-SECasa de habitação, com anexo e logradouro, situada na Gorda – Chã, junto à EN 308 (Mon-talegre-Chaves) a necessitar de obras de recons-trução.Vende -se também três terrenos de cultivo próximos da dita casa ou em conjunto ou em separado.Contactos – Margarida Seara, telem – (001)-91 44 14 1330, e-mail: [email protected].º contacto: Maria Rosa Seara, telem: (+351)917 755 492

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XXXII Congresso de Medicina Popular