bens públicos

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Direito Administrativo - Bens Públicos - Utilização dos bens públicos Autor Daniela Disciplina: Direito Administrativo Utilização dos bens públicos uso normal ou anormal conforme seja exercido consoante a destinação principal do bem ou quando atenda a finalidades diversas. Utilização normal: tomar banho de praia, sentar nos bancos da praça, andar pelas ruas; utilização anormal: desfile em uma rua; lual na praia não pode ser feita de forma livre. Para se fazer uma passeata não é necessária autorização, mas deve-se avisar o Poder Público para preservação dos bens dos quais tenha titularidade. Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei (art. 144, §8º da CF). uso privativo e comum uso comum ordinário (sem exigências) e extraordinário (por ex. sujeito à comunicação) uso privativo concessão de uso (contrato) concessão de direito real de uso (imóveis não edificados) permissão de uso (bancas; feiras) autorização de uso (ex.: fechamento de rua) aforamento ou enfiteuse (ADCT, art. 49, §3°) O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou oneroso, conforme for estabelecido por meio da lei da pessoa jurídica a qual o bem pertencer (art. 103 CC). Ex: “zona azul” nas ruas e zoológico. O uso desses bens públicos é oneroso. Os bens públicos podem ter sua utilização condicionada à remuneração. Trata-se de uma das formas de uso especial de bens públicos. O art. 103 do Código Civil determina que “o uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração

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Page 1: Bens Públicos

Direito Administrativo - Bens Públicos - Utilização dos bens públicos Autor Daniela Disciplina: Direito Administrativo

Utilização dos bens públicos

uso normal ou anormal – conforme seja exercido consoante a destinação principal

do bem ou quando atenda a finalidades diversas. Utilização normal: tomar banho de

praia, sentar nos bancos da praça, andar pelas ruas; utilização anormal: desfile em

uma rua; lual na praia – não pode ser feita de forma livre. Para se fazer uma passeata

não é necessária autorização, mas deve-se avisar o Poder Público para preservação

dos bens dos quais tenha titularidade.

Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de

seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei

(art. 144, §8º da CF).

uso privativo e comum

uso comum – ordinário (sem exigências) e extraordinário (por ex. sujeito à

comunicação)

uso privativo

concessão de uso (contrato)

concessão de direito real de uso (imóveis não edificados)

permissão de uso (bancas; feiras)

autorização de uso (ex.: fechamento de rua)

aforamento ou enfiteuse (ADCT, art. 49, §3°)

O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou oneroso, conforme for

estabelecido por meio da lei da pessoa jurídica a qual o bem pertencer (art. 103 CC).

Ex: “zona azul” nas ruas e zoológico.

O uso desses bens públicos é oneroso.

Os bens públicos podem ter sua utilização condicionada à remuneração. Trata-se de

uma das formas de uso especial de bens públicos. O art. 103 do Código Civil

determina que “o uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído,

conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração

Page 2: Bens Públicos

pertencerem”. Assim, pagamento de pedágio, “área azul”, entrada em museus,

parques ecológicos, são todos exemplos de formas remuneradas de utilização de bens

públicos, no caso, uso especial.

AUTORIZAÇÃO, PERMISSÃO, CONCESSÃO E CESSÃO DE USO

Autorização de uso: É o ato

administrativo unilateral, discricionário e precaríssimo através do qual se transfere o

uso do bem público para particulares por um período de curtíssima duração. Ex: uso

de área pública para instalar provisoriamente um canteiro de obra; fechamento de ruas

para uma festa ou para transporte de determinada carga; uso de área pública para

circos e parques de diversão.

Permissão de uso: É o ato administrativo unilateral, discricionário e precário através

do qual se transfere o uso do bem público para particulares por um período maior que

o previsto para a autorização. Ex: uso de área para instalação de barracas em feiras

livres; bancas de jornal; box em mercados públicos; assentar mesas e cadeiras em

calçadas por bares de lanchonetes.

“Cuidando-se de permissão de uso de bem público pode o poder concedente

discricionariamente revogar a outorga sem que tal importe em lesão a direito do

permissionário, pois a regra é a revogabilidade sem ônus para a administração. O ato

revogatório deve ser idêntico ao do deferimento da permissão e atender as condições

nele previstas” (Hely Lopes Meirelles).

Concessão de uso:

Concessão comum de uso: contrato por meio do qual se delega o uso de um bem

público ao concessionário por prazo determinado. Ex: área para restaurantes em

Aeroportos; lanchonetes em zoológico; cantinas em universidades.

Concessão de direito real de uso: contrato por meio do qual se delega o uso de imóvel

não edificado para fins de edificação; urbanização; industrialização; cultivo da terra.

O Decreto-Lei 271/67 regulamentou a concessão de direito real de uso e o seu Art.

7°, com redação dada pela Lei. 11.481/2007, dispôs que “é instituída a concessão de

uso de terrenos públicos ou particulares remunerada ou gratuita, por tempo certo ou

indeterminado, como direito real resolúvel, para fins específicos de regularização

fundiária de interesse social, urbanização, industrialização, edificação, cultivo da

terra, aproveitamento sustentável das várzeas, preservação das

comunidades tradicionais e seus meios de subsistência ou outras modalidades de

interesse social em áreas urbanas”.

Page 3: Bens Públicos

Cessão de uso: contrato administrativo através do qual se transfere o uso de bem

público de um órgão da Administração para outro na mesma esfera de governo ou em

outra.

Cessão de Uso versus Concessão de Uso

Concessão de uso é contrato administrativo pelo qual o Poder Público confere a

pessoa determinada o uso privativo de bem público, independentemente do maior

ou menor interesse público da pessoa concedente. Já a cessão de uso se dá quando o

Poder Público consente o uso gratuito de bem público por órgãos da mesma pessoa

ou de pessoa diversa, incumbida de desenvolver atividade que, de algum modo,

traduza interesse para a coletividade. (José dos Santos Carvalho Filho).

QUADRO – UTILIZAÇÃO DOS BENS PÚBLICOS POR PARTICULARES

(DIOGO DE FIGUEIREDO MOREITA NETO)

UTILIZAÇÃO DOS BENS PÚBLICOS POR PARTICULARES

Comum

Ordinária

Extraordinária

Especial

Reconhecida (status)

Licenciada

Autorizada

Privativa

Legal

Unilateral - Permissão de uso / Cessão de uso

Page 4: Bens Públicos

Contratual - Concessão de uso / Concessão de direito real de uso / Aforamento público