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BH NOTÍCIAS Jornal Notícias l Edição Jornalística l Edição 1 l Dia 09 de junho de 2016 O perigo diário de quem utiliza fones de ouvido Trabalho apresentado à disciplina Edição Jornalística do curso de Jornalismo Projeto Ammor de BH Solidariedade O gosto pela cidade acompanhe o nosso conteúdo pelo smartphone O uso dos fones de ouvido faz parte do cotidiano de muitas pessoas. Ele é o companheiro e aliado do dia a dia de quem vive na correria. Andar pelas ruas da cidade parece uma coisa comum, mas existem riscos a vida da pessoa quando há falta de atenção. Leia na reportagem. Página 2 Foto: FreePick Os tão famosos bolinhos espalhados pela cidade dão mais cor aos espaços acinzentados da rotina urbana de Belo Horizonte. A artista Maria Raquel “Bolinho” é responsável pelo sucesso dessa arte na cidade. Página 5 Flores e dedicação à vida. Conheça a parceria entre o estilista Ronaldo Fraga e Irene Adams da ONG Projeto Ammor de BH. Página 4 De assistência a saúde à alimentação. O Movimento Sopão Mineiro desenvolve projetos sociais para pessoas carentes e em situações de risco. Página 4 Foto: Acervo Pessoal Foto: Acervo pessoal Foto: Acervo pessoal

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O informativo que todo mineiro gosta de ler

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Page 1: BH NOTÍCIAS

BH NOTÍCIAS Jornal Notícias l Edição Jornalística l Edição 1 l Dia 09 de junho de 2016

O perigo diário de quem utiliza fones de ouvido

Trabalho apresentado à disciplinaEdição Jornalística do curso de Jornalismo

Projeto Ammor de BH

SolidariedadeO gosto pela cidade

acompanhe o nosso conteúdo pelo smartphone

O uso dos fones de ouvido faz parte do cotidiano de muitas pessoas. Ele é o companheiro e aliado do dia a dia de quem vive na correria. Andar pelas ruas da cidade parece uma coisa comum, mas existem riscos a vida da pessoa quando há falta de atenção. Leia na reportagem. Página 2

Foto: FreePick

Os tão famosos bolinhos espalhados pela cidade dão m a i s c o r a o s e s p a ç o s acinzentados da rotina urbana de Belo Horizonte. A artista Maria Raquel “Bolinho” é responsável pelo sucesso dessa arte na cidade. Página 5

Flores e dedicação à vida. Conheça a parceria entre o estilista Ronaldo Fraga e Irene Adams da ONG Projeto Ammor de BH. Página 4

De assistência a saúde à alimentação. O Movimento Sopão Mineiro desenvolve projetos sociais para pessoas carentes e em situações de risco. Página 4 F

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Foto: Acervo pessoal

Foto: Acervo pessoal

Page 2: BH NOTÍCIAS

s fones de ouvido estão cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas que Ovivem nas grandes cidades. Ouvir a

playlist favorita, acompanhar as notícias e se divertir com programas de rádio acabam tornando-se o motivo de distração da intensa movimentação urbana. No transporte público, em filas e salas de espera e até ao andar pelas ruas, o fone de ouvido se torna um grande aliado para quem vive na correria do dia a dia. Entretanto, ele pode significar um perigo quando traz uma dispersão excessiva.

OS PERIGOS DO USO FONE DE OUVIDO

Jeniffer Borges

O fone de ouvido pode se tornar um inimigo de quem anda pelas ruas das cidades

Existem riscos para a pessoa que utiliza o fone de ouvido ao andar na rua? Quais? Sim. O ato de caminhar exige atenção, por mais simples que pareça. Ao ouvir música pelo fone de ouvido enquanto caminha, o pedestre direciona sua atenção para a música e, consequentemente, seu cérebro deixa de receber outras informações acerca do ambiente. Logo, a falta de concentração pode levar a acidentes graves, como atropelamentos, quedas e, até mesmo, acidentes de trabalho.

Além da concentração da pessoa, o que mais o uso do fone ouvido pode afetar?O uso indiscriminado de fone de ouvido com música em volume alto pode causar perda auditiva e zumbido, além de falta de atenção e dificuldades de concentração. Observa-se que a população jovem é a que mais utiliza os fones, logo, como consequência, poderá apresentar alterações auditivas precoces. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) cerca de 50% dos adolescentes e jovens adultos entre 12 e 35 anos de idade são expostos a níveis sonoros inseguros pelo uso de dispositivos pessoais de áudio. Cerca de 40% são expostos a níveis sonoros potencialmente prejudiciais em locais de entretenimento.

Segundo estudo levantado pela revista britânica Injury Prevention, os atropelamentos envolvendo pedestres utilizando fones de ouvido cresceram cerca de três vezes mais nos últimos dez anos.

Apesar da queda de 4% na venda de Smartphones no Brasil, em 2015, se comparado ao ano anterior, o uso desses aparelhos continua sendo em grande escala, pois em contra partida, houve uma elevação na acessibilidade à internet. Desta forma, as pessoas tendem a incorporar essas ferramentas ao seu cotidiano e acabam se dispersando com maior facilidade.

A fonoaudióloga Paula Garibaldi Santos é membro da Comissão de Saúde do sexto colegiado do Conselho Regional de Fonoaudiologia 6ª Região e especialista em Audiologia alerta, em entrevista, sobre o uso do fone de ouvido. Ela aponta as principais causas e resultados decorrentes do uso indiscriminado da ferramenta.

Quais os sons ambientais a pessoa deixa de ouvir quando utiliza o fone de ouvido?Ao utilizar o fone de ouvido, a atenção do indivíduo está voltada para a música e não para o ambiente ao seu redor. Logo, o risco de acidentes aumenta consideravelmente. Sons de alerta como buzina de carros, sirenes e sinais sonoros deixariam de ser percebidos facilmente. Além disso, esses usuários podem também começar a apresentar dificuldades em ouvir o som da televisão, falar ao telefone e manter conversação com outras pessoas.

Apresenta equivalência a qual grau de perda de auditiva? Ainda não existem pesquisas científicas que comprovem a relação entre o grau de perda auditiva e o uso do fone de ouvido. O que se sabe é que os usuários de fone de ouvido apresentam uma tendência maior a desenvolver alterações auditivas precocemente. Como medida de prevenção de perdas auditivas, recomenda-se não utilizar o dispositivo durante o dia todo e manter seu volume em 50% da capacidade máxima. O tempo máximo de utilização não deve ultrapassar 2 horas por dia.

Foto: Acervo Pessoal

Wellington Paulo

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Page 3: BH NOTÍCIAS

ExpedienteRedação: Ana Clara Sales Scavassa, Antônio Athanazzio, Dione Alves, Jeniffer Borges, Tiago Leão e Wellington Pereira Direção Geral: Terezinha Silva

Arte/Diagramação: Jeniffer BorgesFotografia: Antônio Athanazzio e acervos pessoaisPlataforma de Acesso: www.issuu.com

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Page 4: BH NOTÍCIAS

FLOR COM AMMOR

Médica dedica tempo livre e cria rede de amigas para produzir flores artesanais

Mas, para elas, não existem sacrifícios quando há força de vontade. “Aqui a gente não só produz as flores. Fazemos amizades e tudo isso se torna uma terapia para cada uma. Queremos que mais pessoas conheçam o nosso projeto e que essa iniciativa se estenda a todos, porque nada melhor que compartilhar amor”, ressalta Irene.

Tiago Leão Barbosa

“Há seis meses era eu, uma caixa de papéis coloridos e um bastão de cola”, assim descreve Irene Adams ao relembrar como tudo começou no bairro Lagoinha, na Região Central de Belo Horizonte.

Ela é doutora imunologista e fundadora de uma ONG que cuida de crianças portadoras do vírus da AIDS e HIV. Nas horas vagas ela deixa o jaleco e estetoscópio para virar artesã e ensinar mulheres aposentadas a produzir flores artesanais.

Atualmente, Irene já produziu centenas delas, mas não pense que ela faz tudo sozinha. Ela conta com a ajuda de 25 vizinhas, todas voluntárias, a maioria quase da mesma rua que aproveitam para apoiar a iniciativa criada pela médica.

A f ina l idade do pro jeto surg iu exatamente para angariar fundos para a ONG, que passa por um período de sustentabilidade financeira complicado. Elas vendem o que produzem e ajudam a fundação.

Foto: Acervo pessoal

Dione Alves

SOLIDARIEDADE PELAS RUAS DA CAPITAL

Ana Clara Sales Scavassa

m ato de solidariedade e amor ao

próximo. O Movimento de

Promoção e Assistência Social USopão Mineiro, surgiu em maio de 1980,

na cidade de Belo Horizonte. A iniciativa

partiu de um grupo de jovens que

começaram a distribuir sopa à moradores

carentes ou em situação de rua. Para que

pudessem atingir um número maior de

pessoas e agilizar o trabalho voluntário,

um empresário presenteou o grupo com

uma Kombi, hoje chamada de Generosa.

A o t o d o s ã o e n t r e g u e s

mensalmente 2.500 pratos de sopa. "A

gente já tem as pessoas que doam.

Quem quer fazer a sopa para doar, é só

nos avisar. Passamos todas às sextas-

feiras à tarde, recolhendo a sopa na casa

do doador, para distribuir a partir das

18h, disse Juliana Chades, voluntária do

Sopão Mineiro.

Com o passar do tempo, o

projeto cresceu e teve o apoio da

Pre fe i tu ra de Be lo Hor i zon te .

Direcionado para gestantes que

necessitam de ajuda, a Prefeitura

realizou na sede do Sopão, localizada no

bairro Carlos Prates, palestras de

conscientização para as futuras mães.

Ao final, receberam um enxoval

para os bebês. "Na sede existem

costureiras voluntárias que fazem

roupas para bebês, para ajudar essas

gestantes", disse Chades. Além disso,

foi doada uma ambulância pela

Prefeitura de BH para recolher

atendimento médico. Juliana Chades

diz que ser voluntária do projeto é

"gratificante". "Ajudar é um ato tão

prazeroso que ajuda mais a quem serve.

Quem faz o bem é mais ajudado do que

quem está recebendo esse bem. Ao final

de um trabalho você sai com a sensação

de dever cumprido".

Lorran Augusto Pereira é morador em

situação de rua e elogiou o projeto.

"Sempre quando estamos numa

situação difícil, chega o sopão e melhora

nossas condições pra pensarmos no dia

seguinte".

Segundo o último levantamento da ONU

de 2012, 6,9% da população brasileira é

subnutrida.

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Page 5: BH NOTÍCIAS

A DOÇURA EM FORMA DE ARTE EM BEAGÁ

O universo do grafite deu vida aos Cup Cakes pelas mãos da artista Maria Raquel “Bolinho”

Raquel Bolinho nos conta que é comum confundirem grafismo com pichação. O grafite é uma arte que é baseada em desenhos: todas as letras e figuras que são utilizadas na pintura são pensadas e elaboradas, para que representem aquilo que o artista quer mostrar. A pichação é o ato de escrever ou rabiscar e por isso é considerada vandalismo e contestada por muitas pessoas. Ela mesma nos conta que é comum as pessoas passarem de carro, durante a realização dos trabalhos e a chamarem de pichadora, ou então realizar um trabalho durante o dia todo e no mesmo dia ter sua arte apagada pelo proprietário.

O grafite é a forma mais recente de expressão cultural. Nasceu nos anos 70 em Nova Iorque e desde então, muitos grafiteiros estão fazendo sucesso em vários países, e para muitos, isto já virou profissão. Ao contrário das pichações que estão trazendo muita dor de cabeça para as autoridades, tendo suas famosas obras de arte pichadas por vários pichadores com a intenção de marcar territórios, como também vem sendo um comportamento de subversão analisado por muitos antropólogos e artistas interessados nesse fenômeno de interação social.

Antônio Athanazzio

oi devido a sua paixão por doces, bolos, cupcakes que a artista de Itabira/Minas FGerais, Maria Raquel, resolveu colorir

sua arte em Belo Horizonte. Essa ideia surgiu em 2009 e atualmente já foram pintados mais de 600 bolinhos pela cidade. “Resolvi criar alguma coisa que fosse a minha cara,” diz Raquel que, atualmente, assina bolinho como seu sobrenome.

Basta flanar pela cidade para se deparar com as intervenções da artista, seja em muros de espaços abandonados, seja em tapumes, portas, viadutos ou então, curti-los em sua página nas redes sociais que apresentam bolinhos fazendo referências da arte, mundo das celebridades e até políticas. “É alegre divertido e traz colorido à rotina a cidade” diz o ator e produtor Fabiano Galdino que acredita que as intervenções ajudam a ver a cidade de outra perspectiva. Para Galdino lugares tristes e nunca reparados passam a ganhar cores e nos divertem pela crítica que muitos apresentam em relação a assuntos atuais. “Muitos Bolinhos apresentam abordagem dos assuntos mais comentados nas redes sociais, de modo que nos despertam atenção pela atualidade deles no que acontece na cidade”. Um exemplo é o que ocorreu com o vídeo que viralizou nas redes sociais com a frase: “ já acabou Jéssica?”

Raquel Bolinho catalogou cerca de 180 artes espalhadas pela cidade. Em seu site, recentemente criado, há um mapa com os endereços de cada ponto. Cada região tem um bolinho diferente. Basta acessar sua página nas redes sociais para conhecer os bolinhos pintados em cada canto da cidade.

Fotos: Antônio Athanazzio e acervo pessoal

“O grafite é uma arte que é baseada em desenhos: todas as letras e figuras que são utilizadas na pintura são pensadas

e elaboradas, para que representem aquilo que o artista quer mostrar. A

pichação é o ato de escrever ou rabiscar e por isso é considerada

vandalismo e contestada por muitas pessoas.”

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