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DISPÊNDIO ENERGÉTICO E REPOSiÇÃO , . CALORICA EM ALGUMAS FUNÇOES , , DA INDUSTRIA AUTOMOBILISTICA JORGE DA ROCHA GOMES ---_ .. Tese d .. e dou}oramento apresentada Fa_culdade de Saude Publica da Universidade. de Sao Paulo, de Ambie!ltal, para obten- çao do titulo de Doutor em Saude Publica. Orientador: Prof. Dr. Diogo Pupo Nogueira SÃo PAULO 1978 FACULU' ,o::: Ue. PÚ3L1CA UNlVc.,(SIUAiJE UE: sÃO PAULO

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Page 1: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - DISPÊNDIO … · 2016-08-03 · gia é utilizada pelo organismo de várias maneiras sendo que a principal ê a manutenção

DISPÊNDIO ENERGÉTICO E REPOSiÇÃO , . CALORICA EM ALGUMAS FUNÇOES , , DA INDUSTRIA AUTOMOBILISTICA

JORGE DA ROCHA GOMES ---_ ..

Tese d .. e dou}oramento apresentada ~ Fa_culdade de Saude Publica da Universidade. de Sao Paulo, D.~parta~e'nto de Sa~de Ambie!ltal, para obten­çao do titulo de Doutor em Saude Publica.

Orientador: Prof. Dr. Diogo Pupo Nogueira

SÃo PAULO 1978

BI13LIOT~CA FACULU' ,o::: Ue. ;).~Ui),~ PÚ3L1CA UNlVc.,(SIUAiJE UE: sÃO PAULO

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à INDOSTRIA AUTOMOBIL1sTICA ONDE For

REALIZADA A PRESENTE PESQUISA0

f importante destacar a colaboração

prestada por essa empresa que se traduziu,

não só na autorização para efetuar o traba­

lho, mas tamb~rn utilizar seus recursos ma­

teriais e, principalmente, humanos.

Cumpre ressaltar, ainda, o entusia~

mo e incentivo com que a iniciativa foi a­

ceita.

o autor, agradecido, dedica sua te­

se a essa ind~stria por ter propiciado o aI

eance deste objetivo. Espera, tamb~m, que

os subsídios, aqui contidos, possam con.tri­

buir par:-a o aprimoramento cada yc~ maior da

qualidade de vida de seus empregados.

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à CAPES - COmwENAçí10 DO APERrEI­

ÇON1ENTO DE PESSOAL DE N1VEL UNI­

VERSITÁfnO.

Pela importante colaboraç~o

prestada ~ execuç~o desta pesquisa

atrav~s de auxilio especial, o re­

conhecimento do autora

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AGRADECD1ENTOS

PC2::>quisêls rclacionacL.ls COr.1 cr,r,;onOrrllé1 cnvol-

vem a necessid:1de do concurso de muitos colaboradores

das mais diversas áreas de atuaç~o. E este trabalho ..

so

p~de ser elaborado graças ~ ajuda eficiente de uma cqui-

pe nrultiprofissional.

A todos o autor expressa um agradecimento e,

em especial:

Ao Professor Diogo Pupo Nogueira, um excep-

cional orientador, pela esclarecida indicaç~o de solu-

ç5es nos impasses t~o freqUentes e pelas inGmeras revi-

-soes do trabalho.

Ao Professor Horst Haebisch,pelo grande in-

centivo em todas as fases da pesquisa, principalmente o

aconselhamento na cali~raç~o dos equipamentos.

Às Nutricionistas de Sa~de PGblica,S~nia Tu-

cunduva Philippi e Rita Maria Lepper de Ataliba Nogueira,

pelo grande auxílio nos complexos aspectos alimentares.

Ao Professor Nairo França Trench que empres-

tou o equipamento de campo e facilitou o treinamento dos

t~cnicos que efetuaram as determinaç3es de consumo de 0-

xig8nio.

à Professora Naria LToS2 Roncêlda, pelo acomp~

nhamento no final do trabalho.

Ao Professor Fernando de AraÚJO o G o -l11maraes ,p.::. los comentários e" sugest5es ~

Ao Professor William f1cffitt IIarris,pela co­

laboraç~o em efetuar o resumo ~m Ingl~s.

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Ao Doutor Adernar Gitsuo Tagawa pelo espl~ndi

do e pdcicntc trabalho cinefoto[';r,~fico.

1\0 Boianovs}:..i, pela . . ~

lllC E t ::t;:1\~l

vel ajuda numa fase vi-tal da pesquisa.

Ao Professor Ren~ Mendes, pelas refer~ncias

bibliogr~ficaG hist6ricas brasileiras.

As Bibliotec~rias Daisy Pires Noronha, Leda

Correa Porto de Car:ipos Camargo e Carmem jlachado de Azeve

do Bomfim que encontraram aI'tigos extremamente l'aros e

difIceis de ser localizados; e, ~s duas primeiras por te

rem revisado as refer~ncias bibliogrEficas.

A Comiss~o de p6s Graduaç50 pela orientaç~o

sempre arnlga e gentil.

Aos T~cnicqs Juan Canet Font, M~ria Lusia Ro

drigues Pereira e l'-1arina Queir6s Telles Cunali que aUX1_

liararn nas determinaçBes de consumo energ~tico.

Ao Supervisor de Segurança do TI'alJalho ,l\ntô-

nlo Alves Andrade, pelo auxilio t~cnico.

Aos Caminero Gomes, pela dedicada colabo-

raçao e incentivo durante todas as fa-ses de elaboração

desta pesquisa, bem como pela compreens5o demonstrada,a-

pesar das privaç5es que lhes foram impostas.

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1 N D I C E

1. INTRODUÇÃO

1.1. Gasto de energia .~ .. .

1.1.1. Generalidades

1.1.2. Avaliação dos gastos energéticos

1.1.3. Importância do conhecimento dos gastos

calóricos

1.2. Reposição das energlas

1.2.1. A alimentação na empresa

1.2.2. Nutrição e produtiv~dade

1.2.3. Inquéritos alimentares

1.3. Situação no Brasil

2. OBJETIVOS DO TRABALHO

3. MATERIAL E M~TODOS

3.1. Amostragem

3.2. Consumo de oxigênio

3.3. Atividades extra laborativas

3.4. Inquérito alimentar

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Consumo de oxigênio

4.2. Dispêndio de tempo

4.3. Balanço energético

4.4. Outros resultados

5. CONCLUSOES

6. REFER~NCIAS BIBLIOGRÁFICAS

7. ANEXO: DESCRIÇÃO DAS FUNÇOES

pág.

1

1

1

4

12

17

17

24

29

32

36

37

37

46

52

56

59

59

65

67

75

79

81

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FIGURA

1

2

3

5

lNDICES DAS ILUSTRAÇOES

Caloria'g'e rendimento no trabalhó'

Dispêndio energético .

Esquema do equipamento de Douglas

Esquema do aparelho de Haldane

Reposição calórica

6 Consumo energético em repouso e no

cicloergômetro

7 Distribuição do tempo nas atividades

laborativas e extra laborativas

PÁGINA

26

48

50

51

58

62

·66

8 Balanço energético diário global 69

9 Dispersão dos-valores do balanço ener

gético da costureira e do prático

10 Quadro comparativo entre a necessidade

e reposição energéticas laborativas e

72

extra laborativas. 73 !

11 Distribui~ão da reposição en~rgética

diária global por faixas ca15ricaso 74

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tNDICE DAS TABELAS

TABELA PÁGINA

1 Classificação do trabalho, conforme Chris

tensen.

2 Efetivo de pessoal por ~unção Choristas

produtivos do sexo masculino).

3 Efetivo de pessoal por função Choristas

produtivos do sexo feminino).

Erros de estimativa para algumas dimensões.

de amostra selecionados segundo a amplitude

esperada da variação da ingestão de calo-

13

38

39

rias diárias. 41

5 Tamanho' da amostra Cn) de alguns autores.

6 Valor energético. de atividades utilizado

nesta pesquisa.

7 Características físicas dos funcionários

que participaram das determinações de o­

xigênio.

8

9

la

Resultados das determinações efetuadas em

repouso e no cicloergômetro.

Distribuição dos funcionários que partici­

param das determinações de consumo calóri­

co pelas várias funções e custo energético.

Balanço global: Necessidade e reposição de

calorias e percentual de reposição intra e

extra empresa.

11 Balanço laborativo: necessidade e reposi-

çao na empresa.

53

60

61

63

68

70

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TABELA PÁGINA

12 Características físicas dos componentes da

amostra: médias distribuídas por função. 76

13 Características físicas de alguns grupos p~

pulacionaiê:.:. 75

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R E S U M O

Avaliou-se o balanço energético de 386 fun­

cion;rios horist~~.produtivos, distribuIdos por 12 fun­

ções·· de uma indústria automobi1Istica do Estado de são

Paulo. O dispêndio energético extra laborativo e o consu­

mo alimentar foi estabelecido por meio de inquérito reco~

datório, de atividades e alimentar. O g~sto, exclusivame~

te laborativo, foi determinado através do consumo de oxi­

gênio pelo método de Doug1as-Ha1dane em 30 funcion;rioso

são apresentados dados sobre a forma como o empregado di!

tribui seu tempo, assim como o consumo energético exclu­

sivamente laborativo de cada função. O conteúdo calórico

do café da manhã, do almoço e do jantar é discutido. O b~

lanço qa1órico extra laborativo encontrado foi de 111,64%

e o laborativo foi de 89,14. Conclui que a relação entre

o gasto energético e a reposição calórica pelos alimentos

em termos di;rios globais para a população e época pesqu!

sadas foi de 101,43, estando, portanto; em equi1Ibrioo

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S U M M A R Y

• The energy balance of 386 hourly employed

workers distributed in twelve functions in an automobile

industry in the State of sio Paulo, Brazil, was evalue-

ted. The leisure energy expenditure and the food intake

were established through the 24 hr recall as regards ac-

tivities and foods. The energy expenditure was measured

through oxygen intake by the Douglas-Haldane method in

30 employees. Data is presented as regards the way in

which the employees spend their time as well as energy

expenditure in each function. The caloric content of

breakfast, lunch and dinner are discussed. The leisure

caloric balance was 111,64% and the work time caloric ba

lance was 89,14. It is ~oncluded that the ratio between

energy expenditure and caloric replacement by food in a

general day, for the population and time researched was

101,43, being , therefore, in energy balance.

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1

1- INTRODUÇÃO

1.1- Gasto de energia

Generalidades

. Em fisiologia, trabalho é a transformação da

energia química' 'dos alimen'tos em outras formas de energia

e não o simples produto da força pela distância. Esta ene~

gia é utilizada pelo organismo de várias maneiras sendo

que a principal ê a manutenção da temperatura corporal o

O trabalho humano, quando comparado com ou­

tras fontes alternativas de trabalho,·é de rendimento mui

to ~aixo, em torno de apenas 10% podendo, no máximQ, che­

gar aos 30%. (Como rendimento, considera-se a relação en­

tre o trabalho mecânico e a energia consumida)oO rendime~

to do homem é semelhante ao de ~ma máquina a vapor ou ao

dos antigos motores a explosão. Por isto não é importante

o trabalho mecânico realizado pelo homem, mas a energia

gasta para a execução deste trabalho. Além do baixo rendi

mento do seu trabalho, o homem ainda usa combustível mui­

to caro, conforme LEHMANN14l e MONOD1~8. Para se ter uma

idéia, 40186 kJ (1 0 000 kcal) sob a forma de carvão custam

'1 unidade monetária; 4.186 kJ (1.000 kcal) sob a forma de

energia elétrica custam la unidades monetárias; 4.186 kJ

(1.000 kcal) sob a forma de energia química dos alimentos

custam 100 unidades monetáriaso

Um litro de óleo combustível ao queimar, for-I

nece, aproximadamente, 41 0 860 kJ (100000 kcal) calculou

MORElRA160 0 Esta energia é equivalente a liberada pelos ~

limentos consumidos por pessoa de atividade média por cer

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2

ca de três dias.

~ por isto que sempre se buscam formas de re

duzir as for:ças necessárias para a execução do trabalho,~

vitando esforço e fadiga inúteis e, estabelecendo métodos

racionais e satisfatórios de trabalho sob o ponto de vis-

ta econ3mico. Tais métodos, sempre que poss!vel, deveriam

b t "t" f d h d BONJER2g e WOEBE-~2l8, su s ~ u~r· a orça o ornem, s.egun o ;v".

por forças motr~~es mec~nicas,quando h; necessidade de

sistemas repetitivos e simples ou que envolvam grande dis

pêndio de trabalho muscularQ

EDHOLM87 lemb~a os trabalhos pioneiros da

ciência do trabalho através do estudo de tempo m!nimo ne­

cessário para a execução de uma tarefà; do estudo dos mo-

vimentos e do estudo associado de tempo e movimentoo Na

década de 1920, o cronometrista foi um cidadão muito an­

tipático junto aos trapalhadores o Mas estes estudos pio­

neiros eram feitos por três cientistas que tinham formação

de ciências exatas (engenheiros) e logo se chegou ã conclu

são que a complexidade do trabalho industrial envolvia ou-

tros aspectos psicofisiológicos que não mero estudo de

tempo e movimentoso Institutos de certos pa!ses se dedica-

ram a estudos de fisiologia do trabalho, especialmente so­

bre problemas relacionados com gastos energéticoso Entre

estes países destacam-se Alemanha, Inglaterra, Suécia,Di-

namarca e Estados Unidoso

LEHMANN14l rememora a fundação do Instituto

Max Planck de Dortmund por Max Rubner e acrescenta os tra

balhos da Itália, Bélgica, Suiça e França, onde Jules A­

mar criou o termo fisiologia do trabalhoo Faz também refe

rência aos grande.s Institutos da Rússia, cujos trabalhos

são pouco cõnhecidoso

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3

SINGLETON196 define Ergonomia como a ci~ncia

da organização do trabalho que tem por base a biologia

humana: anatomia, fisiologia e psicol~eiao Faz a seguin­

te subdivisão:

Anatomia

Aritropometria . . ~.

B~omecan~ca

Fisiologia

Fisiologia do trabalho

Fisiologia do meio

Psicologia

Psicologia das aptidões

Psicologia profissional

Pesquisas que visam avaliar balanço energe­

tico como esta, enquadram-se no ramo da Fisiologia do

Trabalho da ciência da Ergonomia.

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4

1.1..2- Avaliação dos gastos energéticos

Direta ou indiretamente, toda a energia qu!-

mica dos alimentos, que em ~ltima an~lise prov~m do sol,

vai se transforna~ em calor no corpo humano, retornando

ao meio ambiente como assinala WASSERMANN 214 o Por "isto,

os métodos de a'iàiiação dos gastos de energia são feitos

através de métod9s calorimétricos e a unidade de medida

é a kcal (quilocalorias) ou, como se recomenda moderna-

mente em kJ (quilojoules).

.. . - '. 94 Face as restrlçoes expostas por fLODIN' ,ne~

te trabalho ~erão utilizadas as duas unidades o

As primeiras pesquisas que relacionaram qua~

titativamente calor gerado pelo corpo e o consumo de ox~

gênio, datan do século XVIII, quando pesquisadores cons­

tataram que o oxigênio consumido pelo organismo humano

aumentava no frio e durante exercícios leves,

relat~ PASSMORE17 0o

conforme

A calorimetria pode ser direta,realizada J

SO

em laboratório, devidamente preparado, em que todo o ca­

lor cedido pelo corpo é medido. T~l m~todo é muito pouco ,

usado pelas dificuldades técnicas e ~ustos,de acordo com

MONOD157o

A calarimetria indireta pode ser medida por

intermédio dos alimentos ou da respiraçãoo

Pela calorimetria alimentar, pesquisa-se a

composição exata dos alimentos ingeridos e,pelos seus va

lores calóricos, chega-se ~s ~alorias ingeridas.Supond~

se que o peso cO,~?oral sej a. mantido estável, assume-se

que a ingestão seja igual ao dispêndio energético, segu~

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5

do BEST 27 , HOUSSAyI26, BOURNE 34 , FAO S4 ,

e ROHR182o

PEKKARINENl72

A calorimetria indireta respiratória mede o

gasto energético através da determinação do oxigênio con

sumido (e/ou do dióxido de carbono expelido).

o organismo retira a energia dos alimentos a

través de uma rea~ão de oxidação e, como ;ãodisp3e- de

reservas de oxigênio, o consumo deste gás é a represent~

ção fiel e inst~ntânea das oxidaç3es no interior do cor-

po e, portanto da liberação de energiao Da mesma forma,

o dióxido de carbono formado nestas reaç3es metabólicas

é eliminado quase imediatamente, embora sua avaliação se

ja mais complexa pela sua grande difusibilidade, como as

sinalam LEHMANN141 GANONG I08 MONOD lS7 BUSKIRK44 e CAR-, , , PENTIER48 •

Para cada litro de oxigênio consumido são me-

tabolizados alimentos que liberam cerca de 20,93 KJ(S kcal

que é 'o valor calórico do oxigênioo Este valor varia de a

cordo com o tipo de substância que se está oxidando: se

for só hidrato de carbono é de 21,14 kJ (S,05kcal) e de

19,63 kJ (4,69 kcal) se a oxidação, se referir apenas a

gorduras o Para se quantificar exatamerite, é necessário co

nhecer também a concentração do dióxido de carbono expeli

do, pois'é através. da relação Vc02 (quociente respira

Vo2 tório) que se estabelece o poder calorífero do oxigênioo

Quando não se analisa o Co2, o cálculo pode ser feito a­

través da fórmula de WEIR2lS que multiplica o V02omin- l

por 4,92 com um erro de 5 a 7%0

A determinação do consumo de oxigênio pode

ser feita por circuito fechado ,ou aberto o

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"6

No circuito fechado o dióxido de carbono ... e

absorvido por calsodada e a diferença entre o volume i

nicial e final do oxigênio de um reservatório represen­

ta0 consumo do gás. Não é muito utilizado em fisiolo-

gia do trabalho, entretanto.

Os métodos mais difundidos para medir o con

sumo de oxigênió·' ~ão os de circuito abertô: o ar expir~

do é medidó ou armazenado em certo período de tempo e

depois analisado. Como a concentração dos gases na at-

" mosferaem ambientes bem ventilados é praticamente in­

variável, pela diferença entre a concentração de oxigê

nio no ar inspirado e a do ar expirado, chega-se ao con

sumo de oxigênio e, pelo mesmo raciocínio, também ao di

óxido de carbono expelido o

BONJER30 faz uma revisão das várias formas

de se medir o consumo de oxigênio iniciando por DOU-

GLAS78 que em 19l1publicou o seu método, ainda usado:

o ar expirado "é conduzido a um reservatório que a pes­

soa leva às costas; depois de alguns minutos de experi­

ência, o volume deste arê medido e uma amostra ê anali

sada. ,

Posteriormente o reservatorio de DOUGLAS78

foi substituído por aparelhos port"áteis que medem auto-

maticamente o ar expirado, não havendo portanto,necessi

dade de armazená-lo. Retêm apenas uma pequena "amostra

que é composta de frações fixas de cada volume expiratô

rio para fins de análise. Estes aparelhos são conheci

dos como KM (KOFRANYI& MICHAELIS)l36 e Pneumotacógrafo

de WOLFF2l9 e estão bem descritos" em ZOHMAN222~ BANIS-. • • • I·

TERl5 ,BEST27 , CONSOLAZI058 eWIRTHS217 o" Permitem ava-

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7

liações por tempo bem maior que o método de DOVGLAS 78.

A análise da concentracão do oxigênio e do di ~ -

5xido de carbono pode ser feita de v~rias maneiras. Uma

das mais precisas e, embora muito antiga, ainda utilizada

é a do aparelho de HALDANE121 , posteriormente desenvolvi­

do por LLOYD145 e,descrito por HOUSSAy126 • O oxigênio é

absorvido por solução de pirogalol e o dióxido de carbono

por solução de hidr5xido de po~ãssioo O gás que resta na

amostra se admite que seja nitrogênio o O método apresenta

exatidão a nível de 0,02 volumes por cento e leva aproxi­

madamente 6 a 8 minutos para concluir a análiseoOutro ap~

relho que se baseia em modificações volumétricas ~ absor-4'. ... 188 çao qU1.m1.cas e o de SCHOLANDER o

A avaliação do oxigênio também pode ser feita

por métodos físicos como condutividade térmica, cromato­

grafia, interferometria, analisadores acústicos, analisa­

dores paramagnéticos e métodos espectrosc5picos, segundo

BANISTER15 •

Ainda há métodos indiretos de calcular o oxi-

gênio que visam eliminar a necessidade de dosagens ou e­

quipamentos complexos e caros. Um 'exe1pp'lo é a ':õ.êsiimativa

do consumo de oxigênio através da ventilação pulmonar,co~

forme LIDDEL143,FORD97e DURNIN 80 :Sabe-se que o volume mi-

nuto respiratório ê diretamente proporcional ao oxigênio . consumido. Outro método muito utilizado é o da freqUência

4' • 123 150 171 card1.aca como f1.zeram HANISH ,MAXFIELD , PAYNE

e WILMORE2l6 • As grandes vantagens deste Gltimo método

sao, segundo ANDREWS 5 : a aplicabilidade no próprio ambien

te de trabalho e 'a pouca in'terferência com o serviço pro­

priamente dito. Pode ser utilizado por longos períodos de

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8

tempo. Baseia-se no aumento da freqUência cardíaca devido

ao exercício. Embora os resultados do aumento da freqUên-

cia possam ser transformados em volumes de oxigênio con-11 .

sumidos através de nomogramas como o de ASTRAND ,a tran~

formação não é muito fiel. Além disto, devem ser levados

em consideração os vários fatores que podem elevar a fre-. . qUência cardíaca independente da carga de trabalho. Mas

também é sabido.que, para grandes cargas de trabalho,tais

fatores deixam de interferir, especialmente aqueles liga­

dos ã emoção, segundo HAEBISCHl19 , BRADFIELD 35 ,36,37,38 e

BROUHA41 •

o homem, mesmo não produzindo trabalho, até

dormindo gasta energia com a manutenção da vida: respi­

ração, circulação, temperatura corporal, digestão,etc. E~

te gasto que ~ão é pequeno, usualmente em torno de 6 .• 279,0

kJ (1 0500 kcal) ao dia, equivale a 50-60% dos gastos diá­

rios, de acordo com MATTOS149 e KNOEBEL1350 Este dispên­

dio, que é o metabolismo básico, varia conforme uma série

de fatores como advertem ORSINI166 , HOUSSAy126: idade, s!

xo, alimentação, atividade muscula~, constituição, clima,

etc.

Usualmente o resultado do~etabolismo de base

ê expresso em kcal por hora, por superfície corporaloExi~

tem nomogramas e tabelas para se calcular a superfície

corporal, mas o critério mais aceito ê o cálculo de supe~

fície corporal através da f5rmula de DUBOIS 79 0A taxa me­

tab51ica por hora e por metro quadrado de superfície cor-

poral para homens e mulheres pode ser obtida de tabelas­

padrão como as de"BOOTHBy31'americana), de ROBERTSON181

(inglesa) e de FLEISCH92 (suiça)0 .

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9

23 24 2S Alguns autores como BEHNKE ' , , ALLEN2 ,

68 106 DAVIES e GALVÃO preferem referir-se ao peso

que é, na realidade, a massa corporul ativa, des~ontando-

se a gordura considerada inerte sob o ponto de vista de

metabolismo básic~o A determinação experimental do metab~

lismo de base é tão sujeita a erros de técnica e fatores

pessoais, que usualmente é substituída pelas tabelas e

cálculos.

Para se avaliar o gasto energético laborativo

é necessário conhecer, pormenorizadamente, todos os tem­

pos e movimentos da função que se quer avaliar, como orl­

entam AHOUDRU4 , PASSMOREl70 e DURNIN 820 Chega-se, assim,

ao tempo despendido em cada ciclo completo da operaçãooSe

estes ciclos são uniformes basta avaliar o consumo de oxi

gênio durante alguns minutos deste ciclo regular de tra­

balho para se ter o custo energético em kJomin- l (kcalo

. -1 ~ ffiln ). ~ oportuno lembrar que estas determinações só de-

vem ser efetuadas após o consumo de oxigênio se manter

constante, isto ê, no mínimo cinco minutos após o início

167 do trabalho, segundo PAROT o Uma vez obtido o custo e-

nergético da atividade basta multipli9á-lo pelo número de

minutos de trabalho efetivo, conforme esclarece

MANN141

• Se os ciclos de trabalho não são regulares,

tão ê necessário avaliar o consumo para cada ciclo

LEH-

en-

dife-

rente o Fala-se em trabalho efetivamente exercido porque,

na realidade, há sempre pausas que não têm o mesmo custo

... . -energetlCo do trabalhoo Tais pausas sao internacional-

mente estabelecidas em 5% do tempo total de trabalho para

necessidades pessoais (necessidades fisiológicas, fumar,

descanso, etco) e de 2 a 7% pa~a necessidades gerais(trei

namento, recebime-nto de instruGões, etc Q ) o

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Além destas há a pausa para o almoço que legalmente, no

Brasil, é de 60 minutoso

A maneira de se obter o consumo de oxigênio e

- . -1 ( . -1) sua conseqUente transformaçao em kJ.mln kcal.mln p~

de ser qualquer uma das já descritaso Caso não haja condi

ções de proceder a determinação do consumo, pode-se recor

rer a tabelas como as de SPITZER202 , PASS~ORE169,DURNIN84, ZENZ 221 , BOSKIS 32 , LEHl'-lANN lttl ,. HAEBISCHl19 , FOX 98 , i\S-

TRANDll e BATTIGELLI 20 , que relacionam várias atividades

e respectivos custos ca1óricoso A maioria delas fornece

resultados em kcal.min- l brutos, isto é, já estando ln­

clurdo o custo do metabolismo básico. Caso os resultados . -1 ~. ~ ~ .

sejam em kcal.mln llqUldos. sera nec~ssarlo acrescentar

o gasto com o metabolismo de baseo Outros resultados sao

apresentados como múltiplos do consumo de oxigênio do me­

tabolismo de baseo DURNIN 83 relata as dificuldades devi­

das a múltiplas unidad~so

Para conhecer o gasto extra laborativo,neces­

sita-se de um inquérito do tempo gasto desde que o operá-.

rio sai da empresa até seu retorno no dia seguinte. Neste

inquérito procura-se saber exatamente, quantos minutos o

empregado caminhou, ficou de pé, sentou, exerceu alguma a

tividade em casa, dormiu, etc.

Caso seja possrvel determinar o custo de cada

uma destas atividades experimentalmente obt~m-se,preciGa­

mente, o seu gasto energético. Mas na prática é muito di­

fícil conseguir tais avaliações. Neste caso recorre-se às

tabelas citadas. O gasto para dormir, geralmente utilizado,

é o pr5prio metabolismo de ~ase como fez PASSMORE169 por-

que embora no início do sono o,consumo de oxigênio seja

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mais elevado, posteriormente se reduz a níveis inferiores

ao metabolismo bEsico resultando que, tais oscilações, p~

ra mais ou para menos, acabam se anulando.

Somando-se os gastos com metabolismo de base,

atividades laborativas e extra laborativas chega-se ao

gasto calórico diário total.

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12

1.1.3- Import~ncia do conhecimento dos gastos ca16ricoso

Desde a publicação do trabalho de DOUGLAS78 e

HALDANE121 , muitos pesquisadores têm se dedicado ao estu

se ...

do dos gastos ca16ricos em várias atividades, alguns

preocupando com"~spectos mais relacionados com sa~de pu-

blica do que com medicina do trabalho.

o cOnhecimento dos gastos energéticos é ~til

para prevenção da fadiga, conforme BONJER 30 e PUPO-NOGUEI

RA177 , duração do trabalho por turno, número, freqüência

e duração das pausas, necessidades alimentares, etc.

BRADFIELD 37 e KALTENBACH131 lembram que os

progressos dos métodos de trabalho associados à elevação

do padrão de vida tendem a reduzir cada vez mais a neces­

sidade de esforço f!sico" durante o trabalho,alêm da re­

dução do número de horas laborativas. Com isto, as ativi­

dades durante o lazer têm cada vez mais importância. As

doenças degenerativas, especialmente as coronariopatias,.

estão relacionadas segundo os epidemiologistas com a fal­

ta de exerc!cio muscular. Nutricionistas cada vez mais se

preocupam com a obesidade, cuja orlgem tanto pode estar

na super-alimentação quanto na redução das atividades.

BUSKIRK44 também enfatiza a necessidade de co

nhecer melhor e revisar consta~temente os gastos extra la

borativos.

DILL76 gradua a intensidade do trabalho pelo ... .... 53

consumo energet1coo Tambem CHRISTENSEN baseia sua clas-

sificação de trabalho no gasto calórico, conforme a tabe-

la que segue!

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13

Tabela n9 1- Classificação do trabalho, conforme

CHRISTENSEN 53 •

Trabalho . . -1 V02 ·min ml kJ.min -1

kcal.min -1 .

I1uito leve - de 500 - de 10,5 - de 2,5

Leve 500 a 1.000 10,5 a 20,9 2,5 a 5,0,

Moderado pesado 1.000 a 1.500 20,9 a 31~4 5,0 a 7,5

Pesado 1.500 a 2.000 31,4 a 41,8 7,5 a 10,0

Muito pesado 2.000 a 2.500 41,8 a 52,3 10,0 a 12,5

Extrem.pesado + de 2 0 500 + de 52,3 + de 12,5

. 85 _ _ . DURNIN adverte que os gastos-padroes sao

obtidos geralmente com pessoas de países bem desenvolvi­

dos em ótimas condições de saúde corno esportistas,milita-

res, estudantes e, que nem sempre podem ser integralmen-

te aplicados a todas as populações de todos os países. 200

SOUTO preocupa-se também neste sentido, quando se re-

fere às diferenç~s entre a indústria automobilística e a

de minas.

IZMEROV129

recomenda estudos sobre trabalhos,

cuja demanda energética seja exagerada.

.

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NEULOHl63 faz curiosas observações sobre a·e­

volução.histórica da relação tempo de trabalho/tempo de

lazer semanal: de 60 horas de trabalho por 52 horas de la

zer para 32 de trabalho por 80 de lazer de alguns países.

Detêm-se, também no tempo gasto nos traslados residência­

empresa-residênc~~ que oscila entre 1,5 a' 3,0 hsopor dia.

Faz interessantes suposições sobre o futuro: trabalho de

5 a 6 hora~ diã~~asou operãr~os trabalhando às segundas,

terças.e quartas e outros às quintas, sextas e sábados

m9strando que o conhecimento dos gastos en~rgêticos com o

lazer tanto ou mais importante que o do trahalho.

PAROTI67 , FLETCHER93 e FRANÇOIS10I ,102 apresen ., -

tam as dificuldades da ergometria, isto é, a ciência de

medir o trabalho assinalando que as tabelas, não apresentam .

um valor normal, mas uma zona de valores normaisoTais va

lares são obtidos em populações com dietas e 'modos de vi

da diferentes embora amostras maiores mostrem tendência

a reduzir a influência destes fatores; condena amostras

de jovens esportistas e militares porque além de serem,

pré-selecionados não representam uma populaçãooAs experi­

ências realizadas em laboratório também estão sujeitas a J

condições muito'diferentes das realizádas com o trabalha-

dor no seu ambiente de trabalho.

SHEPHARDl90 mostra aplicações práticas do co­

nhecimento dos gastos calóricos: estabelecimento de pro­

gramas de reabilitação; aconselhamento nutricional; pres­

crição de exercícios extra laborativos para os que exer­

cem funções de baixo consumo; avaliação dos períodos de

pausa para prevenção da fadiga; profissiografia, e'tc.

SINGLETONI9.5 ,196" A~UD7, DONOS077 ,. BOURNE34 e

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HARGARIA147 enfatizam a necessidade de conhecimento dos

gastos para fins de estabelecer o nIvel m~xi~o admissivel

de trabalho.

BRADFIELD40 , CHAPPELL 50 e CURTIS66

pesquisaram

• os gastos energ~ticos em obesos salientando que hipo-ati-

vidade ~, talvez .~ais importante que a hiper-alimentaç~o.

6 Disp~ndios e dieta foram estudados por APFELBAUM, BRO-

ZEK43 e CONSOLAZJ0 59 • As ativiaades de crianças e seus

8 39 103 gastos fo~am examindos por ARESKOG ,BRADFIELD ,FRANK ,

HEINWOOD125 , WADE 2l3 e TOpp20G.

BERG 26 avaliou crianças com paralisia cere­

bral e GANDRAl07 mediu o consumo de oxigênio de crian(;as

com anemia antes e depois do tratamento. LINUSSON144 int~

ressou-se por nutrizes,enquanto os gastos de serviços do­

mésticos foram avaliados por ASTEAND lO • Populações milita

res foram estudadas por CONSOLAZIO 5 5, EDHOU1 86 e GOLDS-

112 52 MITH • Idosos foram objeto de pesquisas de CHRISTENSEN ,

RICHARDSON180 e SALVOSA186o MELVILLE153 verificou que os

doentes mentais consumiam menos oxigênio na posiç~o ortos

tática que as pessoas sem perturbação mental o

Diferenças de consumo ~âx~mo de 02 em popula­

ções africanas foram estudadas por WyN"DHAM220 •

A relaç~o entre gastos energéticos e conforto .. 42

termico foi analisàda por B.ROUHA

se refere a calor e por KINLOCH133

e CONSOLAZI0 56 no que

138 e KREIDEE nos dspe~

tos relativos a baixas temperaturas o

DAVIES67 verificou a influência do ciclo cir­

cadiano no consumo de oxigênio o BANERJEE14 avaliou gastos

com empregados de·laborat6rio.Cortadores de cana, pela f~

cilidade de mensurar a produçã~.diária, têm sido avalia

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dos por muitos autóres como DAVIES 68 , SPURl~203e RI 211 ,212

o

VITE-

Mineiros tamb~m foram bem estudados por

LEHMANN14l e GARRyllO, este Gltimo, talvez o mais comple­

to trabalho de balanço energético.

ROSENBROCK e KONIETZKO na Alemanha; DAVIES na

Inglaterra e ELIAS na França, est~o atualmente realizando

pesquisas sobre dispêndio energético~

* Institut National de Recherche et de Sécurité

Ihternational directory of app1ied research for the

protection of man at work., 2nd edo Paris, 1917.

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17

1. 2- Reposição das energias

1.2.1- A alimentação TIa. empresa

Alimento ~ tudo aquilo que ~ introduzido no

organismo para fornecer energia (sob a forma de calor,el!

tricidade, mec~nica e de reserva), mat~ria viva, de cres-

cimento, manutenção, peparo, rBprodução e excreç2i'ooO ali-

mento ê a fonte de nutrientes, substâncias que realmente

vão exercer as funções descritas, segundo explica DE AHGt

70 ~ . LIS o Alem de assegurar a temperatura normal, os nutr1en

tas devem asse~urar o funcionamento dos aparelhos e siste

mas essenciais ã vida: respiração, circulação, digestão,

etc., al~m de assegurar pequenas ou grandes demandas ener

g~ticas.

Embora o n~mero de alimentos seja qURse inca!

culável face ã grande quantidade e variedade, seus nutri-

entes são agrupados nas seguintes categorias: carboidra-

tos, lip!dios, vitaminas, sais minerais e água, de acordo.

com a classificação da FA0 900

Nesta revisão será abordado apenas o aspecto f

calórico da alimentação, porque os demais aspectos fogem

ao 6bjetivo do trabalho, o mesmo acontecendo com os pro-

blemas relacionados com o excesso alimentaro

Mesmo em paises desenvolvidos podem ser encon

tradas dieta.s deficientes, cuja correção resulta em melhor

produtividade o Não h~, entretanto, evid~ncias que supleme~

taç~o alimentar melhore sa~de ou efici~ncia de quem j~ es

.tã bem alimentado, conforme.PYKt.:178 e SINGLETON196o

A reposiç~o energ~~ica durante o trabalho re-

. veste-sc de certás particuld:;. .... idades que ~ oportuno abol'daro

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TR~MOLltRE207,208 diz que o homem n~o come para se manter,

mas por um hábito social.Acrescenta ainda que ,quando de-"

seja saber como est5 uma ind~stria vai a seu restaurante

ver como os empregados comem, pois se estes comem bem .. e

porque a indústria está bem. Também constatou que, em re

gra geral, aquele que come s5, come malo .. ~ o caso, por e-... " .. xem~lo, dos operários que comem em marmita e n~o gostam

que seus companheiros verifiquem seu conteúdo.

Nas empresas o convívio durante a refeição ... e

fator importante para o bom relacionamento no trabalho co

mo indica GILLON1II ao estabelecer o papel do m~dico do

trabalho da empresa na alimentaç~o dos tr2balhadores. A­

crescenta ainda~ que o médico durante a avaliação peri5di

ca procurará identificar evidência de desvios nutricionais

para orienta~ a composição da dieta; avaliar problemas di­

gestivos ligados ~ alimentação; controlar a saúde dos tra-

balhadores da cozinha; orientar o armazenamento de materi

aI perecível; estabelecer regimes especiais; evitar o uso

de bebidas alc06licas; controlar os riscos de alimentação

coletiva e promover a educação alimentar. Estas atividades

deverão ser executadas em estreito entrosamento com os nu-

tricionistas.

HALFpl22 reporta-se aos problemas ocasionados

pela adaptação do homem do campo à vida de operário q a a!

guns aspectos dos restaurantes industriais: a evoluç~o de~

de um simples local para esquentar marrnitas, passando pelas

fases de quiosque para venda merendas, cantina com alguns

pratos quentes prontos, refeit5rio até o restaurante pro-•• t...,... _

prlamente dltO. SUgere tambem a lnsonorlzaçao quanto aos

;ruídos industriais, iluminação, adequada, cores agrádáveis ,

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n~o sendo partid~rio do isolamento 11ier~rquico,embora u-

sos e costumes locais dos trabalhadores devem ser leva-

dos em consideraç~oo A pausa para refeiç~o, segundo este

autor, não deve ser inferior a 45 minutoso •

DEBRy71,72 assinala as dificuldades de avali

ar a relação ent.r~ o trabalho em turnos aI ternan·tes e a

alimentação: embora o aporte calórico seja idêntico nos

turnos do dia e 'da noite há uma difer'ença na distribuição

das calorias entre as refeiç3es e da natureza dos alimen

tos consumidos; o consumo do ~lcool aumenta, chegando a

20% das calorias totais; a incid~ncia de Glcera p~ptica

- .. nao e maior no tu~no da noite, mas as perturbações dige~

tivas sim, porém os disp~pticos são os que fumam maior

quantidade de cigarros; empregados que utilizam o restau

rante da empresa sempre se alimentam melhor e consomem

menos álcool do que os. que se alimentam externamente.

o uso de bebidas durante o trabalho foi bem

estudado por HOUSSET127 , METZ 154 ,155 e SHEIG187 : a bebi-

da preferida para aplacar a sede é a água pura ou o chá

frio com limão; as necessidades médias de água do adul­

to, em repouso e em neutralidade térm~ca, varia em tor­

no de 1.600 mIo Cafefna na quantidade·de 400 mg ao dia

(equivalentes a 4 xícaras pequenas de café) melhoram o

comportamento psicomotor, mas afetar,1 o sono, sendo reco

mendável que não se ultrapasse esta dose por dia ,não t~

mando mais de 2 xIcaras nas 8 horas que precedem o sono;

o chá tem efeitos semelhantes, mas menos marcantes.Ceer

tamente que as recomendações com referência ao café soam •

bastante estranha~ aqui no Brasil.). Com relação ~s bebi

das alcoólicas, o problema naquelas áreas é bem mais sé-

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rio do que no nosso meio segundo os mesmos autores; o ál-

cool altera o comportamento psicomotor, retardando o tem­

po de resposta e aumentando o nGmero ~e erros; perturba o

repouso (insônia), dificultando a recuperação através do

sono; 15% dos acidentes de trabalho são ocasionados por

pessoas com concentraç~o elevada de álcool no sangue;suge . ..... . ...

rem, admitindo que ê imposs!vel sua eliminação, unia rertu-

ção na ingestão cujo resultado' seja uma alcoolemia inferi

5 -1 . -OI' a 0,2 gol , p01S quando a concentraçao chega a 0,50

gol-los riscos de acidente são 50% mais altos e, se a al

.' .. -1. -coolemla atlnglr 1,0 gol os rlSCOS sao 3 vezes maiores.

A ingestão de meio litro de vinho (não de uma só vez) ele

va a alcoolemia a 0,25 g.l-l. Em ind~stria autoffiobil!sti­

ca de 18 u OOO empregados, perto de Paris, a média de vinho

tom~do nas refeições foi de 1/4 de litro e o de cerveja

0,30 litro; nos EEoUU o em 1960 o consumo de cerveja,vinho ...

e ulsque proporcionou'a cada habitante o equivalente a

9,5 litros de álcool puro para cada habitante, o que cor

responde a 146 kcal diárias per capita; da dietd diária

4,5% das calorias são de origem etrlica. No Brasil, há

refer~ncia de um consumo médio de 50 litros de bebida por

habitante com mais de 15 anos, ao ano~

CHAUrrOUR 51 analisa as conseqUências do desj!:.

jum pobre e suas conseqU~ncias.

BEAU21 tece interessantes considerações sobre

as refeições servidas em bandejas: o usuário, mesmo que

tenha disponibilidade adequada de nutrientes não -compoe

equilibradamente sua refeição em 85% das vezes; o prato

deve ser bem apr~sentado; ter cor agradável; ser colocad~

num ângulo de 459;os alimentos devem estar próximos ao

* Programa da Rede Globo de Televis50: p Globo Rep6rter- .

"Alcoolismo" , 2-5:"1978.

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empregado, sem nomes pomposos e que nao sejam postos mui

perto dos bórdos da bandeja.

P~QUIGNOT173 aborda as relaç~es entre o nGm~-

ro de refeiç5es servidas na empresa e produç~o. Quando o

empregado toma 5 refeiç5es ao dia, isto ~, uma suplement~

ç~o de manh; e outra ~ tarde (al~m do almoço e do jantar)

a produç~o aument~ em cerca de 10%; ~ ver~ade que o efei ..

to pode ter sido apenas devido as pausas; mas, mesmo admi

tindo que assim· seja, a refeição in-termediâria sempre é ú

til porque a produção do empregado em jejum não é boa. A

refeição intermediária evita a necessidade de um almoço

ou jantar abundanfe que leva à lassidão pôs-prandial ; m~

diante cálculo das necessidades energéticas, pode-se che-

gar ao conteúdo 6a15rico e espaçamento das refeiç~es na

210 empresa. VIGNE ocupa-se de assunto semelhante, mostran

do que os empr:egados que n~o tomam desjejum e se alimen-

tam apenas no almoço e jantar tinham determinada produção;

acrescentando o desjejum, a produção aumentou em cerca de

5,5%; quando, além destas 3 refeiç~es, foram servidas duas

merendas (1 copo de leite e pão doce) a produção aumentou

em 10%; abordando também o tempo para refeiç~o,refere que

com 30 minutos disponíveis, as perturbaç5es digestivas são

de 54% nos usuários e que tais pertur~aç5es diminuem para

40% quando o tempo para refeiç~o é aumentado para 40 minu

tos; os principais problemas digestivos são úlceras pépti

cas, dispepsias (gastrite, duodenite, discinesia biliar,

aerofagia, etc.) e disfunç~es intestinais (colite, diar

réia, constipação, aerocolia, etc.).

MATEOSl48

na Espanha, orienta as empresas 80-

bre cardápios para o trabalhador de 1.770 kcal c 60 g de

proteínas, embora reconhecendo o elevado valor ca15rico

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(cerca de 60% das necessidades di~rias) acredita que n~0

há condições de modificar os hábitos alimentares dos es­

panh6is, acrescentando ainda 200 mIo de vinho ~ dietdo

DIPPOLD, por ocasião do SHIP(5SIO NACIONAL DE

INCENTIVOS À ALH1ENTAÇÃO DO TRABALHADORI94, relatou peE,.

quisa em Santa Catarina onde, em dias de feijoada, a las

sidão p5s-prandiál faz com que haja uma q~eda de produ-

ção nas primeiras horas da tarpe em 3 a 4%.

CHECCHIA, no SIMP(5SIO citado194, mostrau as

dificuldades de manter o intervalo legal de uma hora pa-

ra a refeição, es~ecialmente no 39 turno. (da noite)

ADROITl chama atenção para os riscos das in­

toxicações alimentares e da conservação de alimentos,pr~

ocupação esta tamb~m de OLIVIERI no mesmo SIMP(5SIO, mos-

trando aé principais medidas preventivas bem como a con­

duta em caso ~e toxi-infecção de origem alimentar.

DESOILLE 75 . comenta os principais erros ali-

mentares no meio fabril: falta de caf~ da manhã; lanche

na própria bancada de trabalho; almoço muito abundante e""

rápido com conseqUente desconforto p6s-prandial e riscos

maiores de acidentes; jantar fora de ca~a e falta de con

vivio familiar; a alimentação suplementar nos turnos da

noite que explica a obesidade dos enfermeiros noturnos;

desequilíbrio qualitativo das refeições servidas com mui

ta gordura e hidratos de carbono e pouca salada e frutas,

carne dura, frutas verdes ou maduras demais, higiene dos

alimentos; taquifagia, sem tempo de mastigação correta e

conseqüentes perturbações disp~pticas; ingestão de bebi­

das alc06licas; desconforto no restaurante (má ilumina-I,

ção, ruídO, cadeiras inc~modas, filas) ; operários no

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restaurante com roupas contaminadas (galvanizador, tempe-

rador, médicos, etco)o

Um aspecto que geralmente ~ esquecido pelos

autores que abordam problemas de restaurantes nas ind~s­

trias são os riscos de acidentes e de doenças profissio-

nais do pessoal ligado ~ alimentação como, por exemplo:

salpicos de óleo···q·uente das frigideiras oc"asionando quel.-

maduras que podem ser graves, ?specialmente quando atin-

gem os olhos; cortes nos dedos ao desossar carne ou cor-

tar hortaliças; quedas e entorses de joelho ou tornozelos

nos pisos escorregadios na hora da limpeza; entorses lom-

bares no pessoal de recebimento de materiais ao levantar

caixas de mantimentos; amputações ou esmagamento de qui­

rod~tilos ou mesmo das ~ãos ~as m~qui~as de moer carne ou

descascar hortaliças; dermatites de contato por detergen­

tes; pneumopatias e doenças reum~ticas no pessoal de câm~

ra fria (embora haja muitas queixas neste sentido, nem

sempre ~ muito f~cil estabelecer nexo causal formal).E

oportuno lembrar que j~ em 1700, RAMAZZINI179 alerta-

va sobre os riscos de doenças profissionais de 2 funç3es

ligadas aos restaurantes industriais: padarias e confeita

rias.

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Nutriç~o e produtividade

A m~ nutriç~o ~ um dos fatores principais que

impede o desenvolvimento, seja de um país ou de uma empr.:=.

sa, pois desencadeia uma s~rie de conseqU~ncias interlig~

60 das, assim relacionadas por CORREA

a) Redução da vida rn~dia;

b) Redução dos anos produtivos;

c) Redução da ...

doenças; resistencia a

d) Aumento do absentismo;

e) Desnutrição específica levando a danos ..

se

rios como, por exemplo, a cegueira por de-

fici~ncia de vitamina A;

f) O hipodesenvolvimento mental e físico das

crianças leva a adultos pouco produtivos;

g) Baixa a capacidade de aprendizado o que r~

duz o nGmero de oper~rios especializados,

aumentando o custo do treinamento;

h) Redução da produtividade.

Este mesmo autor refere que o aumento do Pro­

duto Nacional Bruto devido ~ alimentação pode chegar a 5%

e que no Brasil ~ de 4,2%.

BROZEK43 realizou algumas experi~ncias sobre

os efeitos da fome de 4,5 dias em 12 jovens adultos em

trabalho pesado, concluindo com queda dramática da apti

dão para o trabalho, redução nos testes de coordenação mo

tora e aumento de indícios psiconeur5ticos nos testes psi

colôgicos; cansaço, fraqueza e dores musculares dominavam

o quadro de sintófuaso

BUZINA1~6 demonstrou a influência da alimenta

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ção deficiente sobre o absenti~~noo LEVINSON142 estabelece

as relaç3es da nutriç~o com o ciclo econ3mico da do~nça.

63 ' .,. - . CROYDY relembra as palavras atrlbuldas a Napolcao Gona-

parte: "Um exército marcha com seu estômago", ao relatar

suas experiências sobre raç3es para militares ingleses.

CARPE~lTER 47 , em seu relatório. para a Orga.ni:.

zação Mundial da Saúde, conclui sobre a necessidade de 0.,

pesquisas nos palses em desenvolvimento para estabelecer

as relaç5es entre as demandas energ~ticas e alimentares

de trabalhadores.

GOPALANll4 e GONTZEAlI3 , tratando de oi' • nlvelS

nutricionais proteicos, dizem .,

que nos palses em desen-

volvimento as deficiências são eminentemente calóricQs e

que a deficiência proteica, na verdade, deve ser chamada

de desnutrição proteico-calóricao Aliás, KRAUT l37 já con

siderava que em situações de restrições alimentares a

preocupação deve ser com as calorias, pois as 4' protelnas

acabam seguindo atrás delaso

A FA0 90 lembra episódio em que trabalhadores

de Z~mbia que vinham ao trabalho sem alimentação matinal

apresentavam baixa produção, mais doenças, absentismo e-

levadoo Alimentação simples fornecida.pelo empregador 1e

vou a um aumento rápido da produção e, um pouco mais ta~

de, do próprio sal~rioo O empregado mal alimentado cansa

em poucas horas, aumentando provavelmente os erros e os

'd f .., 51 aCl entes, con orme tambem asslnala CIffiUFFOUR •

VITERI 212 analisando efeitos de suplementa-

-çao alimentar, refere que os mal-alimentados dormem mais

e levam mais tempo para chegar ao trabalho.GARDNERI09 a-

bOrda a redução marcante da capacidade física motivada

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26

pela anemiao

~ muito difícil avaliar, quantitativamente, a

influência da alimentação no rendimento do trabalhooBOIA­

NOVSKI 28 chama atenção sobre tais dificuldades face às va

riáveis intervenientes que nem sempre são descartáveis oU­

ma delas, por exemplo, é o efeito ocasionado pela própria

pesquisa sobre o empregado, modificando seus hábitos ali­

mentares como assinala SHILS19l e também FOX99 o

Os trabalhos mais representativos sobre nutri

ção e rendimento laborativo são da época da Segunda Gra~ . 137 132 de Guerra, espec1almente os de KRAUT e KELLER .Nestes

trabalhos há uma viião nítida da queda de produção acomp~

nhando a redução de calorias. Naquela ocasião,o aporte e­

nergético caiu abaixo de 1.000 kcal conforme pode ser vis

to no gráfico da figura n9 1:

kcal

1800

1600

1400

1200

1000

800

600

400

200

o 1 kcal=4, 186 kJ

tOr'l.

i\ 120

"\ P-: \

1\ -, ~ "- 80 ..... ..... ----1\,

\ \

40

toneladas de aço mensais por empregado

--- - - colorias disponíveis para

,~8/ 39

19

FIG.l

o trabalho

139/ 140/ '41/ 4U 4\ 4~

142/ 143/ 43 44

4 4/ 5 4 ANO

Calaria§ e rendimepto no trabalho 132 em industria siderurgica - apud Keller

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27

Ainda no trabalho de KRAUTl37 h~ wna ref~r~n-

cia da motivaç~o no rendimento e exem~lifica as dificulda

des deste tipo de pesquisa: a produç~o caia acompanhando

a disponibilidade energ~tica, mas o peso corporal m3nti­

nha-se ; em dadº~momento foi oferecido um~pr~mio por pro-

dutividade e, a partir deste instante, a produç~o aumentou

mesmo quando a~'calorias foram reduzidas, mas o peso come

çou a diminuiro ...

Nesta epoca os trabalhadores recebiam uma ra-

ç~o b~sica muito pobre, mas poderia ser aumentada confor

me as necessidades energ~ticas do tipo de trabalho.T,11 ra

ç~o era constitu!da de ~uas ,batatas & um p50 pequeno. A

quo~a de gordura era de 50 g por pessoa ao m~so As ativi-

dades extra laborativas eram reduzidas ao mínimo e exe-

cutadas o mais vagarosamente possívelo Todo o tempo disP2

nível era usado para dormir, incluindo integralmente o

fim de semanao* At~ os brinquedos das crlanças eram len-

tos e, preferencialmente sentados a mesa como assinala

KRAUT l37 no sentido de poupar energia o Esta mesma situa-

ç~o foi por este autor verificada'reçentemente na ~frica.

Aliás, ele acrescenta que se pode av~liar o estado nutri­

cional de uma populaç~o pelos movimentos das crianças: se

forem rápidos a nutriç~o ~ boa, mas se forem lentos e e­

las preferirem permanecer sentadas ~ porque a alimentilç~o

deve ser mão EL BATAWr 89 relata experiência com sopradores

de vidro que observavam o mês de jejum religioso (Ramad~).

,,: Informaç~o coJ,hida em entrevista com pessoas que "vive­

ram" esta situaçZio durante a 2~ Guerrao

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28

o jejum ~ observado somente no turno do dia. A produç~o

por hora no turno diurno caiu de lLr 7 para IH) e, no no-

turno de 123 para llt~. A queda de produção mais acen·tu~

da foi na ~ltima hora do turno diurno, quando foi redu-

zida de 115 para ~6.

CONSOLAZI0 59 reporta-se ao resultado que

foi obtido em Costa Rica com dietas bem equilibradas:m~

lhorou a produção dos empregados que removiam terra nu-

- 3 ma estrada em construçao, passando de 240 para 10157 m .

Acrescenta, ainda,que severas restrições calóricas po-

dem levar a uma redução de 30% na força musc1l1ar,15% na

precisão de movimentos e de at~ 80% na aptidão para o

trabalho medido atrav~s de testes psicológicos o

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29

1.2.3- Inquéritos alimentares

A avaliaç~o da reposiç~o ca15rica pelos ali­

mentos se faz através de inquéritos alimentares. MALDONA

146 . f . .... . . 4'f' G DO class1 1ca os 1nquer1tos em gera1s e espec1 lCOS. ~

rais s~o os que-·~~ destinam a obter dados'sobre conSULlO

1 · . E "'P' 1 de a 1J1Wntos e nutr1entes, etc o - spec1_1coS sao aque es

que t~m por obj~tivo a avaliaç~o clInica do estado nutri-

cional, estudos antropométricos, exames bioquImicos nutri

cionais, etc.

Os inqu~ritos .de consumo envolvem aspectos

quantitativos e qualitativos. Os inquéritos destinados .. a

avaliaç~o quantitativa, apes~r de comPlexos e mais sujei­

tos .a erros, s~o imprescind!veis para estabelecer o balan

ço energético.

A grande dj.ficuldade com os inquéritos desta

natureza relaciona-se com pessoal especializado, tempo e

custos. Há diferentes processos para se avaliar a quanti­

dade de alimentos ingerida: balanço alimentar na resid~n-

cia, através de verificaç~o dos alimentos que existiam no

inIcio da observaç50, o que foi adqui~ido e o que restou

no final descontando doaç5es, sObras,-desperd!cios,etco ;

. .... .... . 1nquer1to recordator10 que consiste em anotar todos os a-

limentos consumidos nas 24 últimas horas; pesagem direta,

onde todos os alimentos consumidos s~o pesados antes da

preparaç~o, durante as refeiç5es, verificando os restos,

sobras e desperdícioso O consumo é dividido pelo ..

numero

de comensais, levando em consideraç~o idade, ocupaç~o,es-•

tado fisiOlógico, etc.

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30

Q5 96 FLORES" compara os m~todos de pesagem di-

reta e o recordaté)r'io de 2 l f horas, concluindo que o ::.;egl)~

do ~ o mais recomend~vel quando o prop5sito ~ cobrir uma

populaç~o extensa. Do ponto de vista da saGde pGhlica, ~-

rea em que os inqu~ritos t~m uma finalidade diferente das ....... '

investigações propriamente ditas, recomenda-se o método

recordat5rio de 24 horaso

O método da pesagem direta dos alimentos .. e

impraticável eTn se tratando de alimentação de trabalhado-

res, extra empresa, principalmente face ~ dist~ncia e di~

tribuição geográfica ampli das resid~ncias dos empreeados.

LINUSSON144 estudou a validade do inquérito

recordat5rio, comparando-o com o da pesagem direta, refe­

rindo-se que há tend~ncia a superestimar quando a ingest~o

é baixa e subestirnap quanqo ocorre grande consumo o Entre

as vantagens do inquérito recordat5rio cumpre destacar:r~

pidez de execução, custos reduzidos, aplicação fácil, não

necessitando pessoal altamente especializado e ê relativa,

mente preciso. Como limitação, depende da mem5ria do en­

trevistado e de fatores psico15gicoso ,Apesar destas limi­

tações, continua sendo o mais prático e Gtil m~todo de a­

valiação,alimentar para grupos populacionais o O método das

pesadas diretas também tem suas limitações, sendo a pre-

sença do pesquisador na casa, um importa.nte fator de mo­

dificação do hábito alimentar. Esta mesma autora encon­

trou um erro de 10% entre o método recorctat5rio e o das

pesadas em 86 nutrizes, prevendo, por~m, que o erro deve

ser menor se o tamanho da amostra for maior e que nos pai

8es em desenvolvimento, onde a~ variaç~es qualitativas a-

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31

limentares -sao menores do que as dos norteamericanos,on-

de foi efetuado o trabalho, o erro reduz ainda mais.Este

"'1 . f t b'" f' t d d . ""r'T L'"'"7.04 AT"l'E' U tlmo en oque -am em Ol es u a o por .!.. L.w o~L, e llÁ\ 01\

9 Ã ... d .... . GA. s vezes o metodo recor atorlO e o de pesagem dlre-

ta podem ser associados como HAZZILLI151 e ROSENBURG 185

explicam. FRi\NKIO.~ e BEHAR 22 demonstraram.que o inquéri­

to recordat5rio pode ser aplicado ao estudo de estado

nutricional de c~ianças e no meio rural.

Entre as pesquisas consultadas,muitos auto-

res utilizaram o inqu~rito recordat5rio, seja nas rela-

cionadas com trabalhadores como em outros ::;rupos PI);;ll­

lacionais: BUSKIRK45 , BRADFIELD 40 , CURTIS 6ô , ARESKOG 8 ,

KINLOCH133 , LANZILLOTTI 139 , MORENA161 , MONTOYE159 , RON­

CADA183 ,18Il, SIGULEM192 , SILVA193 , SOBOLL199 e TE~6-

RI0 205•

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J"L

Situaç~o no Brasil

N~o se encontrou refer~ncia a pesqulsilS sohre

gastos enereêtico~ laborativos realizadas com operários

brasileiros.

Há . muitos trabalhos sobre r.:lctabolismo d(~ base

166 ... como os de ORSINI ; a influencia do treinamento nos ga~

134 tos em esportistas foi abordada por KISS ; HAEBISCHl16

estudou o consumo de oxig~nio com cargas de 25, 50 e 100

b " . 1 -. GANJ)RA107 . watts na lC1C eta ergometr1ca; 'ava110u o consu

mo de oxig~nio de crianças através da freqti~ncia cardíaca;

ORSINI165 analisou o consumo energético de pessoas ao su-

bir c descer escadas carregando cargas com pesos variados,

mas esta pesquisa foi realizada no Laborat5rio de Edinbur

go; GlJIHARÃES l15 ao escrever sobre ergonomia abordou o

consumo energético no ,trabalho, o mesmo fazendo

em publicaç~o sobre fisiologia do trabalho o

COUT06l

HAEBISCH120 relata o caso do empregado que e-

xecuta vagarosamente seu trabalho porque a disponibilid!

de energética é muito pequena para atender a demanda labo

rativa.

Já a alimentação do trabalhador brasileiro

tem sido motivo d~ preocupação do governo, principalmente

a partir de 1939, quando foi criado o SAPS -Serviço de A-

limentação e Previd~ncia Socialo

Naquela época havia grande otimismo quanto aos

resultados da política governamental. SEl\I3RA189 , por exem-

plo, concluia aSS1m seu artigo publicado em 1941:"0 Brasil

bem alimentado está a chegar, já o entrevemos no horizonte

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33

da realidade". V~rios outros autores tamb~m participaram 193 197 74

do mesmo entusiasmo como SILVA ,SIQUEIRA e DE PAUlA o

- . - do Infelizmente, as condiçoes de aluaen-taçao

trabalhador brasileiro não são as melhores.,

TEN~RI0205 t~m encontra-Alguns autores, como v

do deficiências calóricas em 60% dos trabqlhadores da

construção civil, incluídos na pesquisa realizada no Rio

de Janeiro. SYGULE1'1l92 t~mb~ aborda o mf:lsmo assunto' com / /~

con~lus~s Se'rrlelhafltes em J)ao Paulo.

( LANZILLOTTI139 avaliou condições de alimenta

ç~o de oper~rios da construç~o naval tendo encontrado cer

-" .-. RONCADA183 ,184 tas deflclenclas. , comprovou as condições

deficitárias dosm~grantes internos oriundos do nordeste.

Aliás, as migrações s~o problema em vários países, inclu­

sive europeus .como explica BARREIROS1 6 e HERLITZKA1240

A FUNDAÇÃO GETOLIO VARGAS l04 e a FUNDAÇf\:.o

IBGElOS , publicaram dados referentes ~ alimentação que,a­

pesar das limitações de trabalhos de ~mbito nacional, mo~ _

tram que há problemas quantitativos e qualitcJ.tívos. JAN­

SEN13 O e PERISSr;171~, nos Estados Unidos e França, respec··

tivamente, analisaram condições aliment~res dos brasilei­

ros, constatando a mesma situação. BABROS1 7 e BATISTA FI-19 LHO preocuparam-se com rações mínimas do trabalhador.DO

TELII033

aborda a influência das deficiências aJ.imentares

b l6? no a s(;ll-::isIilO do cmprega,~o enquanto f-1QURA CAHPOS - cha-

ma a atenção dos acidentes de trabalho noturnos em :7loto-

ris tas devido ao ofuscamenTo e sua relaç~o com defici~n-

cia de vitamina A. HORENA16l investigou trabalhadores

ind~stria paulistana encont~ando condiç3es razo~veiso

~AULA7l~ relata a influência do desjejum deficiente

de

DE

cc;rro

BIBLIOTECA FACUlDilUE DE. SAÚDE PÚBLICA ......... -,~-" .... ~ .... -- ---

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causa de acidente de trabalho e a reduçao de sua incid~n-

cia com adequaç~o da primeira refeiç~oo Esta relaç~o tam­

b~m foi estudada por MOURA, no SIMP6sIO DE INCENTIVOS194

,

já referido, n~o e.m termos de desjejum e acidentes mas com

"tonturas e desmaras que também desapareceram com a admi­

nistraç~o, por p~~te da empresa, de suplemento matinal.DE

CUNT0 73 estudou mineiros e aborda os problemas da marmita

e do ~lcool em s~rviço. CRUZ 64 estudou as taxas de hemo­

globina em indGstria automobilística relacionando estas

taxas com o nível salarial e concluiu que, entre os que

recebiam sal~rio mínimo, 7% estavam abaixo do razoável,e!2.

quanto que esta proporç~o caía para 5,5% nos de salário

médio e a 0,8% nos de salário alto. CUNHA65

, HELL0152

paVOA176 também abordam o desjejum, álcool, marmita e

e

ne-

cessidade de educaç~o alimentaro A contribuiç~o do SESI

(Serviço Social da Ind~stria) através do fornecimento

refeiç3es a trabalhadores ê bem evidenciada através

trabalhos de CARVALHOl~9 e NOVAIS FILHA16l~ o SOBOLL199

de

dos

em

importante pesquisa publicada pelo Departamento Intersin­

dical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos analisa o

nível alimentar da populaç~o trabaiha~ora da cidade de

S~o Paulo. Conclui que a alimentaç~o ê insuficiente e ina

dequada e que o nível alimentar está diretamente relacio-

nado com a renda familiar auferida, fazendo refer~ncia to

davia, ~ import~ncia do feij~o como fonte de ferro e pro­

teína nas classes de renda inferior. PHILIPPI17 .5 ressalto~ as relaç3es estreitas entre sa~de ocupacional e nutriç~o.

BOIANOVSKI e PRIETO no SIMP6sIO DE I NCEI,IT I

VOS194 ressaltam o fato de que o trabalhador bem alimenta

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35

do na empresa, indiretamente, melhora o nIvel alimentar

do restante da farn!lia porque ir~ consumir menos alimen-

to em casa, Rumentando a disponibilidade para os demais.

E as defici~ncias alimentares das crianças, gestantes e

nutrizes têm sido constatadas corno mostram as pesquisas

de BALD013 , BATISTA FILH0 18 , IUNES 128 , MAZZILLI 151 , RO­

SENF3URG185 , Gl\NDRAl07 e RONCADA183 , 184.

~ . 140 . LLFEVRE relata que o· peso do cérebro de

crianças mal alimentadas ê 22% inferior ao das crlanças

nor~ais e que o n~mero de crianças com QI inferior a 70

nas favelas é de 77%.

SPINOLA20l ressalta preferências alimentares ... .

em usuarlOS de restaurantes do SESI (Serviço Social da

Ind~stria) •

Esta problem:tica toda levou o governo, atra

vês do HINISTÉ1UO DO 'l'RABALH0 15G a estabelecer uma

nova filosofia de alimentaç~o do trabalhador agora -nao

mais com a construção de restaurantes populares, mas com

incentivos as empresas que se preocupam em bem alimentar

seus funcion~rios. O Ministério do Trabalho estabeleceu

as diretrizes dos incentivos ã alimen~ação do trabalha-

dor, repartindo o custo desta alimentação entre o ...

pro-

prio trabalhador, a empresa e o governo, bem como iteran

do a necessidade de mais pesquisas nesta área.

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36

12- OBJETIVOS DO TRABALHO

Analisando-se a revis~o feita neste capitulo

introdutório, nota-se que não se encontrou referência a

trabalho brasileiro feito atrav~s do consumo de oxig~nio.

Mesmo as pesquisas estrangeiras de avaliaç~o de gasto e "" .. -

reposiç~o s~o com número pequeno de pessoas investigadas.

Por isto resolveu-se esquematizar a presente pesquisa com

um número maior de trabalhadores para se avaliar r.lelhor

as atividades extra labora'tivas e o conSUTIlO alimentar. A-

li~s, n~o se encontrou na literatura levantada, pesquisa

que separasse a ingestão alimentar do trabalhador dentro

e fora da empresa, quantitativamente. Para se conhecer

melhor a fisiologia do trabalhador brasileiro nos aspec-

tos energ~ticos de gasto e reposiç~o, tentando responder

~s perguntas, mui~as vezes efetuadas ao m~dico do traba-

lho, foi planejada a pesquisa com os seguintes objetivos:

a) Determinação do custo energ~tico para exe-

cutar certas funç~es da empresa em estudo,

atrav~s do consumo 'do ~xigênio;

b) Estimativa, por interm~dio de inqu~rito de

atividades e de tabelas, do custo energ~t!

-co extra laborativo;

c) Avaliação da reposição calórica, pela ali-

mentação na empresa;

d) Avaliação da reposição calórica, pela ali­

mentação fora da empresa.

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37

3- MATERIAL E M~TODOS

3.1- Amostragem

A pesqulsa foi realizada em ind~stria automo-

b 'l'" , 1 lstlca, situa~~ na Grande S~o Paulo. A-regi~o ten c1i-

ma temperado com uma temperat~ra m~dia anual de 19,79 C e

umidade relativa de 69% no ano de 1977.*

Os empregados trabalham 570 minutos por dia,

quando no turno do dia (O~,OO hs. ~s 16,30 hs.) e 530 mi­

nutos quando no turno da noite (16,30 hs. ~s 02,20 hs.) •

Há uma hora de intervalo para refeição, que é

fornecida pela empresa, embora o empregado pague 22% de

seu custo real. O conte~do energético desta refeiç~o osc!

la entre 5.023,2 kJ (1200 kcal) e 5.860,4' kJ (14JO kcal).

A distância que os empregados devem percorrer

de ~uas resid~ncias ~ fábrica varia muito, desde poucos

metros até muitos quilômetros. Este percurso é feito em

ônibus, na maioria das vezes, alguns utilizam carro ou)e~

bora mais raramente, andam a pé. . ...

O universo abrangido pela pesqulsa e consti-

tuIdo pelos empregados horistas ligadbs diretamente ~ fa­

bricação e/ou montagem de veIculos, excluindo-se aqueles

que integram os setores auxiliares de produção (ferra~en-

taria, manutenç~o, controle de qualidade, etc.), assim eo

mo os administrativos.

Nas tabelas n9 2 e n9 3 pode ser avaliado o

efetivo do pessoal da empresa distribuIdo segundo funç5es

e sexo. Para fins deste estudo escolheu-se um agregado de

~unç5es modais (com freqU~ncia'relativa superior a 3~), o

l': D.:lclos fornecidos pelo r.r.TES!3.

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,

38

Tabela n9 ? - Efetivo de pessoal por função - Horistas pro­

dutivos - sexo masculino - maio de 1977, na empresa.peGquis~

da.

Função Freo Simnlp-c Freq. Acum.

ABS 9ó %

1. Montador de Pr'odução 30827 25,3 25,3

2. Operador de Máquinas 30125 20,7 Li 6, O

3. Ponteador 1.626 10,8 56,8

40 Prensista 10287 8,5 65,3

5. Funileiro 973 6,4 71,7

6. Prático 744 4,9 76,6

7 0 Soldador 719 4,8 81,4

8. Prep.de Carrocerias 647 4,3 85,7

9. Prep.de t1âquinas 540 3,6 89,3

lO~ Pintor de Produção 452 3,0 92,3

11. Outras 1.171 7,7 100,0

Total • • • • o • o • • • • • • • 15.111 100,0

fonte: Planejamento de RI.

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39

Tabela n9 3- Efetivo de pessoal por funç;o - Horistas pro

dutivos - sexo feminino - maio de 1977, na empresa pesquis~

da.

Função Freq. Simples ..

Freq.Acum.

ABS % %

1. Costureira 161 35,9 35,9

2. Montador de Produção 131 29,2 65,0

3. Operador de Máquinas 103 22,9 88,0

4. Prático 38 8,5 96 ,I.~

5. Outras 16 3,5 100,0 -_. Total • • • • • • • • • • • • • • • 449 100,0

fonte: Planejamento de RI.

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l~ o

que corresponde a cerca de 92,3% dos horistas produtivos

(la funç5es). Como era de interesse incluir tamb~m funci~

n~rios do sexo feminino, fo~am anexadas duas funç~es de

maior freqU~ncia relativa, que correspondem a cerca de 65% •

das horistas produtivas.

Levando em consideraç~o o efetivo horista

produtivo total (masculino e feminino), cada uma das fun­

ç5es femininas ~scolhidas participa com cerca de 1% do e-

fetivo.

Resumindo, o universo da pesquisa ~ constitui

do por funções que abrangem 94) 39ó do efetivo produtivo ho

ris ta da empresa (l5.560 empregados)o

Uma vez escolhidas as 12 funç5es, cuja descri

ção está no anexo, determinou-se o número de pessoas a

serem entrevistadas (n) em cada funç~o, para avaliar o

consumo alimentar e o tempo' despendido nas várias ativida . -des. Este n foi estabelecido com base na amplitude de va-

riação esperada do consumo calórico diário total por fun­

çãoo Construiu-se então uma tabela com algumas alternati-

vas para a dimensão de cada amostra, sendo os erros de es

timativa calculados, respectivamente,:para várias amplit~

des atrav~s da aplicação do desenvolvimento de um esquema

sugerido 'por SNEDECOR198 (Tabela n9 4 )0

Concluiu-se que cerca de 30 empregados por

função e um total geral de 360 empregados seria satisfat~

rio, inclusive propiciando maior segurança quanto à real!

zação de testes estatísticos posteriormente, conforme ED­

WARDS 88 •

o estudo abrangeu cinco semanas (de 23.10.1977

a 25.11.1977) que) descontando-se os feriados, correspon-

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In

Tabela n9 4 _ Erros de estimativa para algumas dimens~es

de amostra selecionadas seBundo a amplitude esperada da

variaç~o da ingest~o de calorias di~rias, segundo SNE-

DECOR 198o

..

DIMENSÃO A H' P L I T U D E • T O T ,'\ It-DA N10STRA 1500 1200 1000 Aon ôD (1·

la 302 242 201 161 121

15 219 175 llj.6 117 87

20· 176 141 118 94 71

25 158 120 100 80 60

30 132 105 88 70 53

. --

Nota: Coeficiente de confiança = 0,95

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42

deu a 16 dias. Os dias de observaç~o utilizados foram de

terça a sexta-feira e os dias de refer~ncia, de segunda a

sexta-feirao N~o foram abrangidos os s~bados e domingos

porque esta inclus~o n;o estava nos objetivos do trabalhoo

Um resultado que interessava na pesquisa era

conhecer se o cons.umo e as atividades varj"avam conforme o

dia ~til da semana, turno de trabalho e das semanas face

ao período de pagamento (embora talvez seja objeto de ou­

tra publicaç;o).

Para se consegu~r estes objetivos, como esqu~

ma de amostragem, optou-se por uma variação de um planej~

mento experimental totalmente aleat5rio, onde seriam en­

trevistados empreg~dos de todas as funções em todos os 16

dias previstos para a pesquisa.

Dada a dimens~o da amostra pretendida,tem-se,

assim, 24 entrevistas ao dia, 32 por funç~o e um total

de 384 0 (No final do levantamento contou-se em 2 funções,

com 33 entrevistas, aumentando o total para 386 emprega-,

dos)o

Os 32 ou 33 empregados de cada funç;o foram

sele6ionados aleatoriamente ,segundo !frSHER91 com reser

vas para as eventuais substitui~ões. Esses empregados

não apresentavam sintomas de doença.

Os autores que fizeram pesquisas desta natu­

reza usualmente reunem um grupo pequeno de pessoas e a

companham-no por um período variável, mas quase sempre

de uma semana, através do inquérito alimentar abrangen­

do sempre os mesmos indivíduos. Há alguns inconvenientes

com esta técnica~' sendo em 'primeiro lugar "mortalidade"

~o painel, constituída por demissões,afastamentos, fal-

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43

tas, etc.e,em sc~undo lugar1 0 risco de o indivíduo J:1.odi­

ficar intencionalmente seus h~bitos alimentires sabendo

que !5crâ entrevista"do v~rias vezes. Para 2V itur estes In

convenientes optou-se por ter sempre entrevistas "sem re

peti(:;ão" e sem comunicação prévia aos funcionários.A al9.

caç~o do empregado por dia da semana foi feita aleatoria

mentc através de tabela rand~mica de permutaç5es, seRun­

do COX 62e ALTMAN 3 •

Para determinar o consumo de oxieênio parti~

se do pressuposto que as pessoas consomem a mesma quant~

dade de calorias laborativas para executarem o mesmo ti­

po de trabalho, conforme HAEBISCH1lG ,117 e ASTRANDlO,ll,l~

isto é, descontando o metabolismo de basea

Escolheu-se então, um ou malS funcionários

de cada função e efetuou-se a determinação do consumo de

oxigênio através.de, no mínimo, 3 mediç5es. O critério

desta escolha não foi ~statístico, mas ditado por facil!

dades técnicas como também fez GARRyllO. Procurou-se sem

pre indivíduos que,~ avaliação prévia,executavam tarefas

de maior gasto energético. Assim, foram selecionados 30

empreeados para as determinaç5es no P9sto de trabalho.Em

13 destes foram efetuadas determinaçõ~s em repouso e no

ciclo ergômetro, além das realizadas no local de traba-

lho.

O número de determinações de consumo de OX1-

gênio foi suficiente para abranger todos os ciclos da

função face ~ complexidade inerente ao método. Pesquisas

de outros autores com o número de indivíduos utilizados

em suas experlênc~as, podem'ser vistas na tabela n9 5 •

O tempo empregado na atividade laborativa ~

e

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44

Tabela n9 5 - Tamanho da amostra (n) de alguns autores.

Autor Referência n

GARRY 110 29

CONSOLAZIO 55 20

DURNIN 81 20

i10NTOYE 159 20

GOLDSHITH 112 18

HEY\AJOOD 125 18

VITERI 211 18

\-TADE 213 16

Bl'\ADFIELD 35 lS

CONSOLAZIO 57 13

BRADFIELD 40 12

EDHOLH 86 12

APUD 7 11

BANERJEE 14 11

DONOSO 77 10

BERG 26 10

ASTRAND la 10

CONSOLAZIO 56 7

DAVIES 67 6

CURTIS 66 6

HAEBISCH 116 5

PASSMORE 168 5

KINLOCH 133 4

DAVIS 69 3

PASSi10RE 169 3

CHAPPELL 50 2

BUSKIRK 44 2

PASSHORE 169 2

BUSKIRK 44 1

PASSNORE 169 1

fonte: Levantamento bibliográfico de 1977/78.

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45

muito pouco variável, po~s o número de ~

horas e o mesmo

ra todos com exceç~o dos que trabalham horas extras o que,

porém, foi pouco freqUente na época da pesqu~sa não che­

gando a interferir nos resultados globais o

O tempo das atividades extra laborativas, en-

tretanto varia m~ito de pessoa a pessoa. Por isto, no lu­

gar de efe"tuar a avaliação do tempo destas atividades no

pequeno grupo 6nde foi medido o consumo de oxi8~nio, pre-

feriu-se ampliar o número e utilizar as médias da mesma a

mostra do consumo alimentar.

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Consumo de oxig~nio

Para avaliaç~o do gasto energ~tico, exclusiv~

mente laborativo específico para cada funç~o, optou-se p~

lo consumo do oxigênio atrav~s do método de DOUGLi\S78 e

HALDANE12l • O m~todo consiste em recolher em recipiente

pr5prio o ar expirado pelo trabalhador no exercício de

sua funç~o durante certo tempo' que ê cronometrado (em tor

no de 5 minutos).

A 78 O recipiente do metodo original de DOUGLAS ,

de borr'acha,pesa 20503 g o que, por si só já ê um fator

de maior consumo. Por isto o reservatório de borracha foi

substituído por um de pl~stico como t~m sido feito nas

pesquisas mais recentes Q Nas ;reas onde havia partículas

volantes quentes como funilaria, o recipiente teve de ser

revestido com lona leve. O recipiente plástico pesa

264,18 g e o equipamento acessório, máscara, traquéias e

v;lvulas 700,32 g~ O recipiente ê colocado no dorso do

trabalhador e fixado por correias que se apóiam no ombro.

Mediante traquéia de borracha o recipiente ê conectado com

m;scara bem adaptada ao rosto para' evitar fugas de ar e

cujo controle exige vigilância consta~te. A máscara de bor

racha é fixada por cintas el;sticas em torno da cabeça e

tem duas v;lvulas inspiratôrias. Para evitar que o ar ar­

mazenado no reservatório seja reinspirado há, intercalada

na traquéia, uma válvula unidirecional no sentido boca-re

servatório. Para que o trabalhador se adaptasse ao siste­

ma foi instalada uma torneira de três vias que permite co

nectar o ar expirado para o'exterior e para o interior do

recipiente de plástico, bem co~o vedar o recipiente. Uma

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t~ 7

vez bem adaptada a máscara e verificadas todas as cone-

xões, deixa-se a torneira desviando o ar para o exterior

at~ que o trabalhador se habitue. Em-seguida, vira-se a

torneira desviando o ar expirado para o interior da bol-

sa plástica, ao mesmo tempo que se liga o cronômetro.As-

sim que a bolsa estiver cheia vira-se a torneira para ve ,"

d~-la, anotando o tempo. ...

O ar armazenado ná bolsa foi medido em gaso-

metro tipo camp~nula sendo retirada antes uma amostra de

2 litros para a dosagem de oxigênio e diôxido de carbono,

conforme pode ser visto na figura n9 20

As determinações das concentrações de oxigê­

nio e dióxido de carbono foram efetuadas sempre em du­

plicata e antes das determinações diárias e, várias ve­

zes no transcorrer do dia, era feita uma análise do ar

atmosférico para detectar eventuais diferenças de concen

tração de gases.

A temperatura do ar expirado foi determinada

pelo termômetro do próprio gasômetro e a pressão atmosf~

rica por barômetro de mercúrio com nônio e correção para

são Paulo*. Maiores detalhes podem, ser observados na fi-I

gura n9 20

Os fatores de correção para gás úmido e tem­

peratura de 379 C (BTPS) e para gás seco e temperatura

de 09 C (STPD) foram calculadas segundo ~~EBISCHI17e CAR

PENTER47 • A correção da percentagem de oxigênio no ar

inspirado face ã percentagem do nitrogênio no ar expira­

do foi feita com base na tabela de BEST270 O valor caló-

* l~EBISCH, H. - Comunicação pessoal

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Equipamento utilizado no campo

Medida do volume de ar expirado armazenado no recipiente de plástico

Determinação do cansumo de oxigênio no cicloergÔmetro

Determinação do metabolismo de repouso

Medida 9a concentração de oxigê­nio e dioxido de carbono no apare­lho de Haldane

Determinação do metabolismo do 'montador de produçÕo-masculino'

FIG. 2 DISP~NDIO ENERG~TlCO

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rlco do oxigênio foi obtido através da tabela de

"""OS149 1, •

l~ 9

HAT-

As experiências eram efetuadas no próprio lo

cal de trabalho no mínimo duas horas após o início do •

turno para evitar eventual componente anaeróbico e o re-

cipiente rapidamente levado ao laboratóri? para evitar

absorç~o por difus~o molecular dos gases, especialmente

o C02 e a an~li~e era feita d~ imediato.Em duas ocasi~es,

onde ocorreu demora na an~lise, foi aplicado um fator de

correção de absorção por difusão molecular específico

para bolsas de pl~stico.

Com a finalidade de testar o método, treinar

a equipe de colaboradores e de poder comparar a ativida­

de laborativa com a realizada em erg3metro com cargas

conhecidas foi medido o consumo de oxigênio em 13 empre-

gados, conforme já explanado no ítem relativo ã amostra-

gemo Foi determinado o consumo do metabolismo de repouso

(deitado e após 30 minutos descansando nesta posição)oF~

ram,também, feitas determinaç~es na bicicleta ergométri-

ca com cargas de 25 e 50 watts para as mulheres e de 50

e 100 watts para os homens, sempre após, pelo menos, 10

minutos de exercício o

Os equipamentos foram previamente calibrados

com exceção da bicicleta ergométrica cuja calibração fo­

ra feita pela própria empresa fornecedora. Os

dos aparelhos estão nas figuras n9 3 e 4.

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50

FIG. 3 - Esquema do equipamento de Douglas

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51

A

PI~ GALOL

7

6

5

4

3

2

o

FIG.4 - Esq"e'T1a da aparelho de Holdone

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52

, 3.3- 'Atividades extra laborativas

A avaliação do tempo gasto nas várias ativida

des extra laborativas foi feita atrav~s de entrevista na

qual o empregado era inquirido, minuciosamente, sobre a

forma como usou .. ~ •. tempo desde que saiu do., trabalho até o

retorno no dia seguinte, incluindo o período em que se

deslocou para a 'empresa e as pausas durante o trabalho.

As entrevistas foram conduzidas por alunas do o

3" ano da Faculdade de Sociologia, tr~inadas especialmen-

te por nutricionista de Saúde Pública e supervisionadas

por professor de SociologiaQ

O tempo extra laborativo foi distribuído por

atividades assemelhadas, atribuindo-se um valor calórico

por minuto, conforme tabelas de IffiEBISCHI19 , LEHMANNl4le

PASSMORE169 , considerando-se apenas o valor ~nerg~tico p~ ra o trabalho excluindo o do metabolismo de base:

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53

Tabela n9 6- Valor ener~êtico de atividades utilizado nes

119. 141 ta pesquisa, de acordo com HAEBISCH ,LEHMANN e· PASS-

RE169 , na e~presa pesquisa1a em 1977.

P i - -1 kcalomin -1 o s ç a ·0 kJomin

Sentar 1.549 0,37

De pé 30098 0,74

Andar 90377 2,24

Subir escada ou ladeira 19.674 4,70

Trabalho manual leve 1.967 0,47

Trabalho manual pesado 3.893 0,93

Trabalho braçal leve 5.860 1,40

Trabalho braçal pesado 9.628 2,30

Trabalho corporal leve 15.488 3,70

Trabalho corporal médio 23.l~42 5,60

Trabalho corporal pesado 310.395 7,50

Dirigir automóvel 7.535 1,80

fonte:·HAEBISCHl19 , LEHMANN14l e PASSMORE169o

O metabolismo de base foi calculado através da

superfície corporal, conforme fórmula de DUBOIS79 •

Conhecida a superfície .~orporal, os valores de

2 metabolismo de base por m e por hora 'foram obtidos da ta-

bela de BOOTHBy3l. Desta forma o valor do metabolismo bâsi

co leva em consideração peso, altura, idade e sexo.

O metabolismo básico foi utilizado para

cular o gasto energético do tempo destinado ao sono ..

domicílio e ao sono durante o horário de almoço, so

cal-

em

que

neste último caso, acrescido de 10% face aos gastos diges­

tivos, conforme P.A.SSMORE169 ., Como a tabela dos gastos

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para as demais atividades, assiQ como o valor enerGético

do trabalho refere-se a kJ (kcal) lrquidos, isto é, a e-

nergia Basta s5 para a atividade excluindo a do metabo­

lismo de base, este foi acrescentando ao custo calórico

di~rio total. Neste gasto metabólico b~sico foi descon-

tado o tempo de sono, pois tal valor já foi computado o O

metabolismo b~s{~~ n~o foi calculado diretamente para os

1. t~l~O minutos do dia conforme .LEEHArmlLfle

porque interessava a distribuiç~o do tempo e do gasto e­

nerzético das várias atividades, incluindo os períodos

de sono.

As atividades extra laborativas rotuladas co

mo outros movimentos são: subir escadas, subir ladeiras,

correr e diriGir v~ículos; certos tipos de afazeres do-

mêsticos como lavar louça, cozinhar, pintar, consertos

de carros, etc., estão inclurdos no ítem trabalhos domés

ticos 9

Como atividades laborativas acessórias enten

dem-se: percurso da casa ao ponto de ônibus, espera, te~'

po de viagem, percurso do ônibus ao local de trabalho,i-

da ao restaurante, espera no período de refeição,retorno

ao local de trabalho e lazer durante a pausa para a re-

feiçã09 O tempo gasto dirigindo carro ou na locomoção a

pé para ir ou vir ao trabalho, quando existente, também

está incluído neste ítemo

O tempo das atividades laborativas inclui o

trabalho propriamente dito com desconto de 5% para as ne

cessidades pessoais e mais 4 ou 5%, dependendo da função,

para necessidades gerais (recebimento de instrução,pale~

tras educativas, etc.)u Caso especial é o do pintor face

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55

~s caracteristicas da funç~o que, al~m destas pausas,dc2

cansa ccrca de uma hora a cada duas horas de trabalho.

A m~dia das horas de trab~lho -nao é exata!'1cn-

te 550 minutos porque foram também computadas algumas ho-

ras extras o

o p~~q magro foi calculado segundo BEHNKE 23 •

Todos os resultados de tenpo, gastos energé­

ticos, idade, estatura, peso, metabolismo básico, peso

magro, percentagem de gordura, peso ideal, etco, são da­

dos em médias por função.

A nédia geral foi obtida ponderando as ..

me-

dias por função pelo percentual do efetivo corresponden­

te ã função de acordo com a tabela n9. 2 e n9 3.

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56

3 o !~- tnqu~rito alimentar

Os elementos para a avaliaç~o do consu~o dos

alimentos foram obtidos atrav~s de inqu~rito recordatôrio.

Este inquérito foi efetuado simultaneamente com o de ati­

vidades extra laborativaso Os dados numéricos dos Gastos

e do consumo alim~ntar referem-se sempre ao meSDO perIodo

de tempoo Peso e altura foram .obtidos em balança e antro­

p5metro tipo clIniCa0

Quanto à entrevista, treinou-se uma equlpe p~

ra realizar o inquérito recordatório. bs entrevistadores

foram orientados no sentido de solicitar ao empreGado que

rememorasse, o mais exatamente possível, todos os alimen­

tos ingeridos nas últimas 24 horas. Eles solicitam que o

empregado quantificasse o melhor possIvel as informações,

referindo-se a medidas de capacidade conhecidas ( xícara,

prato, colher, copo, etco), marcas comerciais, peso apro-

ximado e outras o

O cálculo do valor calórico total dos inqu~ri

tos alimentares foi realizado pela equipe do Serviço de

Nutrição da empresa (nutricionista. e dietista), utilizan-,

do-se dos recursos de laboratório (peso dos alimentos) e

da Cozinha Experimental (reproduç~o das preparações).

Para ~cálculo das calorias dos diferentes nu

trientes foram utilizadas as tabelas da UNIVERSIDADE DE

SÃO PAUL0209

e a de FRANCOIOOe, eventualmente, o próprio

fabricante, ou o rótulo do alimento referido o

Como o método da pesagen direta não pode ser

utilizado por motivos de orqem prática, procurou-se mini­

mizar as causas de erro do recordatórioo Neste sentido as

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• I

57

-diferentes porçoes de alimentos referidas durante o ln-

quérito, foram reproduzidas em sua forma de preparo e p~

sadas. Para o caso de alimentos mais comuns, esta medida

era mais fácil pois havia disponibilidade destes alimen-

tos na empresa. Já as preparações mais complexas, em que

havia vários ingredientes mencionados foi reproduzida a

preparaç~o na Cozinha Experimental e retirada para pesa­

gem a porção de. acordo com a índicação do entrevistado.

Outras vezes, a empresa já possuia a receita com os in-

gredientes de determinada preparação, utilizando as qua~

tidades usuais e retirando a porção de acordo com o men­

cionado no inquérito.

As refeições servidas na pr5pria empresa, já

estavam porcionadas e com o valor ca15rico total calcula

do, facilitando a computação dos dados.

Todos os alimentos referidos no inquérito,em

que não se tinha o equivalente em gramatura, foram re­

produzidos e pesados, bem como todas as medidas usualmen

te referidas (prato fundo, colher de sopa, fatia,xícara,

etc.)

Alguns aspectos do inquérit9 'alimentar podem

ser vistos na figura n9 5.

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Refei ção porcionada

Cortando o pão na medida indicada pelo entrevistado

Área de distribuição das refeiçÕes

Pesando a porção cortada

FIG. 5 REPOSiÇÃO CALÓRICA

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4- RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1- Consumo de oxi~ênio

As características físicas dos 30 empre8~dos

que constituiram o grupo onde foi medido o consumo de 0-

xig~nio est~o r~l~cionadas na tabela n9 7 0

Neste erupo de empvegados foram efetuados ao

todo 100 medidas de consumo de oxigênio. foram descarta­

das 2 por dificuldades técnicas e realizadas 39 em labo­

ratório e S9 no posto de trabalho.

Os resultados das mediç3es de laborat5rio es

tão na tabela n9 8.

Nestas experiências comprovou-se, mais mdlS

- 118 uma vez, a observaçao de HAEBISCH : as cargas nominais

do cicloergômetro podem não corresponder ao trabalho re-

almente realizado como' pode ser visualizado pela figura

n? 6 ) ....

onde tambem esta a reta de regressão e a proje-

çao dos valores encontrados para o consumo energético das

funç3es de maior e menor gasto ca15rico.

As determinaç3es feitas no local de trabalho

estão resumidas na tabela n? 9 .Parti efeitos de compa-

-raçao foram anexados alguns valores da tabela de PASSMO-

RE169 onde se procurou funções comparáveis às da indús-

tria automobilística, uma vez que não se encontrou dados

específicos para esta indústria.

O operador de equipamento foi incluído post~

riormente na relação das funç3es onde seriam feitas de­

terminaç3es de c0l!.sumo de mçigênio porque julgou-se que,

seria útil para cálculos energéticos de funç3es asseme-

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60

Tabela n9 7- Caracter!sticas f!sicas dos funcion~rios

que participaram das determinaç~es de consumo de oxi8~nio,

na empresa pesquisada,em 1977.

Variável 10mens Cn=2 5) mUlheresCn=5)1 total Cn=30)

nédia desvio média desvio

média desvio Dadrão nadrão Déldrão

Idade(anos) 29,56 6,75 27,00 6,04 29',13 6,61

Peso (ke) 65,65 7,35 58,80 12,05 64,51 8,1+ 6

Estatura (cm) ~68,08 6,09 163,60 1,63 167;33 6,40

2 1,7 l} 0,10 1,63 0,20 1,72 0,13 Superf.corp.(m

Peso rnagro(kg) 56,6 l } ll, 05 54,30 5,57 56,25 l} ,32

Gordura 12,80 9, lf4 6,00 3,94- 11,67 9,09

t·1et. bas • (3 ) ~t: 1,10 0,06 0,95 0,11 1,08 0,09

Met.bas.(2) <;': 1,18 0,08 1,13 0,11 1,17 0,09

fonte: Dados levantados pela pesquisa.

Notas: 1 kcal = 4,186 kJ

':J': = kcalornin -1

(1) DUBOIS 79

(2) BPr'.rK~2 3 u 1i t ...

(3) BOOTHBy31

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61

Tabela n9 8 - Resultados das determinaç~es efetuadas em

repouso e no çi~loerg~metro, na empresa pesquisada,em 1977 0

- Valor calórico Con.~umo oxigo

",,; ..... -1 ... ': 1"-,,,1

média desv~o :r.1édia padrão

Repouso (n=13) 0,253 0,060 1,22

25 Hatts(n=2) 0,697 0, 057 3,49

50 Watts(n=13) 1,O2~ 0,159. 5,12

100 Watts(n=ll) 1,489 0,164 7,36

Fonte: dados levantados pela pesquisa.

Notas: 1 kca1 = 4~186 kJ

* = ~02.min-1 ~TPD,em 1

desv~o

pa.drão

0,28

0,29

1,23

0,78

Freqocardíaca -1 r '::Ll.."

média OêSVJ.ü

padrão

70 11

157 21

121 20

142 11

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c. minJ 150

100

50

O

\/0 1500 2

1000

500

/ /

/.

O

O

"" ", ",

",

"" ",

""

/ /

/

/ /

o 25 watts / {nominais}

/ /

/

?O t 40 consumo da costureira

100 watts / {nominais} y'"

"'"/ ","'/

",'" / '" /'

"" '" . / ","" /

", / ", /

/ /

/

50

/ /

/

o 50 watts {nominais}

\/°2 = 11,75 W + 2,43

(r = 0,9565)

watts

60t 80 co~sumo do prati co

100

FI G. 6 - Consumo entlrg;ti co em repouso e no cicloergornetro

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63

Tabela n9 9 - Úistribuiç~o dos funcion5rios que participa-

ram das determinaç~es de consumo ca15rico pelas v5rias . fun-

ç~es e custo energético, na empresa pesquisada,em 1977.

V02.min-1STPD .. -1 PASS-kcal.mln n em 1

Função 1 • desvio MORE 169 indiv. determ nédia ClCSV10

média padrão padr~o

Prático 3 5 1,053 0,282 5,15 1,29 5,0

Ponteador 1 3 0,9.96 0,039 4,87 0,15 -Mont.prod.m 4 8 0,839 0,236 lJ·,16 1,08. -Oper.equip. 2 4 0,734 0,233 3,56 1,10 3,2

Prep.carroç. 3 g 0,734 0,233 3,55 1,00 3,4

F.uni1eiro 1 3 0,714 0,204 3,55 0,96 3,4

Prensista 4 8 0,645 0,188 3,12 0,85 3,2

Mont.prod.f 3 5 .0,605 0,166 2,98 0,85 2,7

Oper.máq. 3 5 0,604 0,118 2,93 0,61 3,0

Prep.máq. 2 l~ 0,562 0,093 2,82 0,53 3,4

Pintor 1 3 0,552 0,009 2,73 0,04 2,7

Soldador 1 3 0,526 0,049 2,64 0,25 2,5 ,

Costureira 2 3 0,508 0,071 .2,44 0',32 2,8

Média geral 30 59 0,744 0,23 3,67 1,10 -

fonte: Dados levantados pela pesquisa.

Nota: 1 kcal = 4,186 kJ

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lhadas (temperador, fundidor, etc.) que trabalham com in

dices de sobrecarga t~rmica elevados. Esta funç~o n~o -e

representativa em termos de efetivo da empresa pesqu1.s~

da e por isto efetuou-se apenas o consumo energ~tico.

o consumo energético necessário para a exe-

cução das funções. enquadra-se na classificação de CERIS­

TENSEU 53 da seguinte forma:

trabalho muito leve: costureira;

trabalho leve: ponteador, montador de produção mas

cullno e feJ.linino, oDerador d:; enui ... . -pamento, prepal'c"lu.:)r de car:eo,ça:cLt,

funileiro, prensista, operador de

máquina, preparador de máquina,pin-

tor e soldador;

trabalho moderada

mente pesado: p:,ático.

Segundo o cri têrio de LEHl1ANNl1tl

o prático

deveria repousar 2% do tempo diário total de trabalho de'

acordo com a fórmula: P = (~- ).100, onde: 4

P = duração da pausa em percentagem da duração do traba-

lho;

G = gasto energético específico do trabalho (descontando

.. -1 o do metabolismo basico) em kcal.min o

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65

4.2- 'Di:spêndio de tempo

Como o empregado distribui o seu tempo pelas

v~rias atividades e o repouso, pode ser avaliado pelos

gráficos referentes às várias funções que estão na figura

n<? 7

Nota-se que os gráficos -sao quase .,

superpon~

veis mas h~ algumas diferenças, como por exemplo, o tempo

que as mulheres despendem nos trabalhos dom~sticos, o que

também apan~ce nOq prá t icos. A função cuj os fune ion,~rios

repousam mais tempo é a de ponteador. As mulheres', pe:e'~'(.;n-

tualmente, trabalham na empresa mais tempo que os homens

(com exceção do pr~tico) explic~vel porque trabalham ape­

I nas no turno diurno que ~ maior do que o noturno.

Em resumo, o oper~rio dorme em m~dia 6 horas

e 43 minutos; permanece em casa 5 horas e 24 minutos;tra-

balha durante 9 horas e 18 minutos e gasta no deslocamen-

to e na pausa alimentar 2 horas e 35 minutos.Outros auto­

res como GARRyllO, EDHOLM86 e VITERI 212 encontraram para

o per rodo de sono 7 horas e 43 minutos,. 8 horas e 18 mlnu

tos e 8 horas e 37 minutos, respectivamente. BOIANOVSKP':

lembra que as recomendações internacionais estabelecem 8

horas de sono, 8 horas de trabalho e 8 hor3s de vigília

em repouso como base de seus cálculos de necessidades ca­

lóricas. Tais dados fogem à realidade dos grandes centros

industriais, pois o deslocamento ao serviço e os acertos

de horário para evitar o trabalho aos sábados modificam

bastante o esquema como bem se nota nesta pesquisa.

* BOIANOVSKI, D ~ Relatório in~dito

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6G

I. dormindo 4. trab' t,', dom~stico 2. sentado 5. labc,rarivos acessar. 3. de p~, com i nhando 6. trab. na empresa

_______ 40

----- _I--~-- __ _ 1-----

20 -- --- - - - - - f------ ~----- -- - --

___ 20

f--f-- r-- 1----- --- - -- -- -

O ---- -- - --- ------- o 6 2 3 4 5 6 " J r~L 5 6 L

~

prati co pontcador rnont .prod. masco

40-------- ______________ _ _ ___ 40 r--

--- - - - -- - - - ----20 ___ _ ~------ --- 20

r-- - __ r--

o ~...L_...L_...Jf--=L._.L.__'_ _ _ _ _ ~__'___1.__'=L._.L.__'_ _ _ _ _ _~.L._..L__'___L.~_.J_ o 23456 23456 123456

funi leiro pre r sísta mont .prod. fern.

40 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ ,-. ____ _ _ ____________ 40

---- - - - - - - - -t-

20 ___ . 20

~-----

o o 2 3 4 5 6 12345 6 123 4 5 6

prep. rnaq. pintor soldador

~O - - - - - - - -.::-- - - - - - . - - - - - - - - ,..= - - - -___ 40

~

20 ----- 1- _____ _ ~ - -- - -

____ 20

r--r--" __ r--

, O ...... -J---'---'-r----L_L-..J _ _ _ _ _ I--~-'--. .L..I-;..;;.J..___'"___I: _ _ _ _ _ '--,~-L- .L._..I....-...I--I _ _ _ O

2 3456 23456 2 3 456

prep. co rroc. cper. ir,oq. Cé)S tu re i ro

FIG. ! - D:s!ribJiç;o do tc~rl:c nas \~rios atividades laborativC1s e f'X tra- i aboraei vos

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G7

t~. 3- Balanço enere~tico

o balanço global pode ser acompanhado atra­

v~s da tabela n? 10 onde se constata que h~ um balanço

negativo nas 4 fuAç3es de maior disp~ndio ener8~tico co-

mo pode ser melhor visualizado na fieura n? 8 0

Na tabela n? 11 est~o os resultados referen

tes aos gastos enere~ticos das atividades laborativas t~

tais, incluindo deslocamento ao serviço, pausas para ali

mentaç~o, pausas para necessidades pessoais e gerais e o

trabalho propriamente dito e a reposiç~o destes gastos

pela alimentação na própria empresa. Verifica-se 'lHe n(~s

funç3es de maior ~isp~ndio h~ um deficit maior. Se fosse

levado em consideração o gasto apenas com o trabalho,ex­

cluindo as atividades laborativas acessórias, a cobertu-

ra energética pela alimentaç~o na empresa seria _de

103,94% em relação ao gasto. Nas tabelas n910 e -11 nao

está calculado o desvio padr~o e a mediana das necessida

des porque o valor foi obtido pelas médias de tempo em

cada atividade e n~o individualmente.

o gasto energético extra ~aborativo diário

médio foi de 7.839,50 kJ (1.872,79 kca1) e o de reposi­

ção foi de 8.750,83 kJ (20085,95 kcal) com uma cobertura

energética de 111,64%.

Como já foi referido, não se encontrou pes­

quisa separando os balanços energéticos em laborativos e

extra laborativos. Por este motivo não há como compará-

105 los. Com relação ao balanço global o ENDEF encontrou u

ma percenta~om de ingestão em relação .. as necessidades

de 100,37% para a área metropolitana de são Paulo, muni-

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58

Tabela n9 10 - ealanço Global: Necessidade e reposiç~o de

calorias e percentual de reposição intra e extra empresa

na empresa pcsquisada, em 1977.

Necessi R -Funç~o

e p o s 1 ç a o Repos. -S_ .. ':

dade mediana média x '" ()

-

Prático 4.135,61 3.588,98 3. I~ 57 ,58 12S,OL~ 83,61

Ponteador 3.883,66 3.117,25 3.267,57 128,30 8 tl-,14

l1ont.prod.masc. 3.721,25 3.141,44 3.3f37,20 145~97 90,lf9

Prepar.carroço 3.342,21 2.971.,79 30253,38 135,ljl) I:} 7 , Ij. 9

Funileiro 3.325,55 3 01+46,29 30344,2G ::'3:?,13 100,56

Pr>ensista 3.050,02 30508,74 3.509,27 J20,lj.7 115,06

Mond.prod.fem. 2.899,60 3.325,22 3.001,86 ..:. E O , G l~ 103,53

Oper>.máquina 3.042,20 3.679,94 3.754,45 lSll,68 123,ln

Prepar.máq. 7..969,75 3.088,00 3.380,01 149,00 113,81

Pintor 2.838,80 3 .• 278,54 3.382,61 155,54 119,16

Soldador 20883,22 3.175,52 3.236,94 143,39 112,27

Costureira 2.625,18 2.939,76 2.847,70 120,31 108,48

Média fem. 2.776,50. · .. 2.916,86 91',95 105,06

Média I

masco 30401,99 · . . 304 ll 7,96 58,72 101,35 ,

Média geral 3.388,55 • • • 3.437 ,0-7 57,5 tj. 101,43

--- -fonte: Dados levantados pela pesquisa.

Notas: 1 kCc~l = D 186 kJ C~ t , •

*:Sx = erro padrão das médias.

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L Pr~tico 2. Ponteador 3. Mont. Prod. Masc. 4. Prep. Carroç. 5. Funileiro 6. Prensista

Necessidade

kcal/ dia

4000

3000

2000

1kcal = 4, 186 kJ

012

7. 8. 9.

10. 1l. 12.

Operador M~q • Preparador Maq . Pont. Prod. Fem. Soldador Pintor Costureira

.1

.2

.3

6

S. • Jt .11

repos iça0 k ca I/d i a

3000 4000

• m~dias masculinas

o m~dias fC'l1ininas

FIG.8 BALAhlÇO ENERGÉTICO DIÁRIO GLOBAL

69

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70

Tabela n <:' 11 - Balanço 1c1borat i vo: ncces~;id,lde e rc.?os i-

empresa pesquisada no ano de 1977.

Necessi- R -e p o s 1 (:, ,1 o Função :;eDosi-

1 dade mediana média c .. t; -"- f~dÜ "; x

I . Prático 2.281,06 1.376,30 1.573,lf3 117,12 68,90

PontcclJor 2. 083, lf 9 1.492 , If 9 1. lf72,B5 75, 5 70,69

Mont • prod. r;l, ~) c • 1.82G,71 1.300,68 L320,~r: 101, lf 3 72,31

Prep.carroc:;. I 1. ln3,92 1.199,00 1.189,OS 7<J,íJ9 3 1+,16

I Funileiro ! 1. lf25,11 1.454,00 1.329,70 91,61 93,30 ,

I

Prensista j 1.249,71 1. If 3 6, 07 10354,13 92,18 103,36

l1ond.prod.fer.l. 11.272,01 1.055,68 1.027,16 98,S7 80,75

Oper.M~q. 1.38 tf,31 1.348,82 7G,ltO 121,51 11.119,02

Prep.Háq. 1.346,24 1.378,90 62,32 \

130,29 10058,33

Pintor 1.047,17 1.283,19 1.270,71 89,49 I 121,35 , Soldador

I 995,40 1. tn6,20 1. 398 ,In 88,91. I llfO,49

Costureipa 10011,16 726,03 780,43 106,50 77,18

Média ,

fem. 1.128, lB 891,11 73,51 I 78,9Cj · . .

Hédia T:1<1SC. 1. 523 ,92 · .. 1.360,76 36,70 89,29 . Média eera1 1.515,76 • •• 1.351,55 35,96 8 S , l!~

fonte: Dc.l.Uüs levantados pela pesqúisao

No t a ~ : 1 k c d 1 = 1 f , 18 6 kJ.

A. S_ = erro padrão das m~dias. . x

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f .L

c!pio da capital. VITERI 212 , para trabalhadores cortado-

res de cana da Guatemala, verificou que a cobertura "ali-

mentar face ~s necessidades ca16ricas atineiu 96,24% nos

trabalhadores que recebiam suplementaç~o alimentar e que

caia para 79,36% nos que n~o recebiam tal suplementaç~o.

GARRyllO avaliou o balanço energ~tico de mineiros e fun­

cion~rios de escrit6rio e chegou a 110,11% e 108,57% de

cobertura alimentar , respectivamente. DURNIiJ82 concluiu

seu "trabalho coril estudantes, referindo balanço de 95,37%

e advertindo que o'erro esperado para estes tipos de pe"2.

... -quisa e de, pelo menos, 5%. O erro padrão da razao entre

necessidade e reposição das 2 funç5es limites foi cal­

culado tendo sido encontrado 3,64% para o prático e de

5,53% para a costureira. EDHOLM86 , em sua pesquisa sobre

cadetes, calculou o balanço em 100,47%. Na figura n9 9

foram colocados, para fins de comparação, o gráfico de

dispers~o dos valores de necessidade e reposição de calo

rias das 2 funç5es: a de malor e de menor gasto energ~t!

co. Pode-se notar que a variação da necessidade & bem me

nor do que a de reposição. Na figura n? 10 estão assina­

ladas em gr~fico, as necessidades e reposiç5es energ&ti-

cas globais e laborativas. Na figura n9 11 o consumo aI!

nentar diErio global "est~ distribu!do entre as funç5es

por faixas energ~ticas.

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COSTUREIRA

4000 necessidade x = 2.848"!:: 241 kcal/dia rep

kcal/dia

3000 X = 2.625: 50 kcal/dia I • nec I I I e

~ - - - - - - - - - - .. - .. - -.,.:.- ~-,----""-I- - - - - - - - --- - - _.- _e_ - - - - - - _e __ ._ • e·- .• _.

e e I e

• 2000

1000

• e

72

_w_

o I I J

11 reposiçoo kcol/dia

1000 2000 3000 4000 500<)

1 kcal = 4, 186 kJ coef. confiança = 0,95

PR~TICO

): = 3.458 "!:: 270 kcal/dio rep. necessidade

5000 kcol/dia I I I

• x = 4. 135 : 93 kcal/dia nec

• I 1 I

e

I • -1--- - - - - - - - - - -.- - --_.ç---j -.e-~.- ___ ._e_e_

4000 ~_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ ___ __ e _ -"'_ _ __ 1-. _________ _

• •• 1- •

3000

e .1 1 I •.

I •

I

I

• e

2000 : I reposiç';o kcal/dio L-______ ~~ __ ------~~----~~~~--~I~~----~~~----

1000 2000 3000 4000 50CO

FI G. 9 - Diseers';o dos valoi-es do balanço eder9~1·;;;0 do 'ccstureira' e Jo 'prati co' .

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FUNÇÃO

nec.

rep.

2. Ponteador •... nec.

rep.

3. Mont. nec. Prod .Masc .•.

rep.

4 P nec. • rep • carroç ••

rep.

5. Funileiro •.•• nec.

rep.

6. Prensista.... nec.

rep.

7. Mont. nec. Prod. Fem •.••

rep.

8. Oper .M~q • nec.

rep.

9. Prep .M~q .... nec.

rep.

10. Pintor ..•..••• nec.

rep.

11. Soldador ..•.. nec.

rep.

1000 2000 3000

J I

I I

1 I I

J I I I

: I

1

J

, :

I ,

I

1

I

I

I I

1: I I ,

~-------T,----------I-------, I

J I : I

l

I

J

J J

I

I

I

I

4000

I

J

,

kcal/ dia

12. Costureira ... nec. J : J J ~

J 1 kcal = :4, 186 kJ ,

rep. I I I

~----~~I----------I------~ I I I !

D laborativa co laborativa + extra-laborativa

FI G. 10 - Quadro comparnHvo entre necessidade e reposi ç;o energ~ticas laborativas e e;.~!ra-Iaborativas

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~ r--12

8

4

o 12

8

4

o 12

8

4

O

freq. abs.

Pr~ti co

Funileiro

Prep. M~qs.

1 kcal = 4, 186 kJ

Ponteador Mont. Prod. Masc. Prep. Carroç.

Prensista Mont. Prod. Fem. Oper. M~qs.

Pintor Soldador Costureira

o : : ~'-I---I -11 I I L I: :-o I I I I I I I I I I I • I I "I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I o I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I U I I I I I I I I I - I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I ...::(.000000000000000000000000 00000000000000 0000 000000 o o .-:> o o o -o o o o o o o o (:) o o o o o o o o o

N CV) -.:t I.{) -o N CV) -.:t I.{) -o N CV) -.:t I.{) -o '" CV) -.:t I.{) -o

FIG. 11 - Distribuiç~o da reposiç~o energ~ti . .:a di~ria global, por faixas calC:;ricas

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75

4.4- ~utros resultados

As caracterIsticas fisicas dos componentes da

amostra,divididos por funç~o, podem ser vistos na tabela

n9 12.

Dados"de alguns autores sobre'caracterIsticas

fIsicas de certas nacionalidades podem ser vistos na tabe

la n9 13 em comparaçao com os desta pesqulsa todos ~m

m~dias de grupos populacionais.

Tabela n'? 13 - CaracterIsticas fisicas de al~uns grupos

populacionais.

,--- \

Nac~onalidade Referência Idade Altura Peso anos cm kg ..

Chineses 26 165,9 ' 54,2 CONSOLAZI0 55

Japoneses 21 161,5 58,9 CONSOLAZI0 55

Norteamericanos 25 170,0 65,0 CONSOLAZI0 55

Guatemaltecos 29,7 160,9 60,1 VITERI 212

Norteamericanos 48,2 174,3 80,1 BUSKIRK45

Brasileiros :': 33,3 ,

163,7L~ 61;51 ENDEF I05

Idem 31,8 166,2 64;1 atual pesqulsa

Nota residentes na capital de s50 Paulo-20/S9 anos o

Na amostra estudada, 16,5% n50 tomam caf~ da

manhã e 11,65% tomam apenas um cafezinho preto o

ROSENBURG185

> pesquisando escolares,encontrou

12,6% sem caf~ da manhã no Brasil e P~QUIGNOT173 refere

5% de trabalhadores franceses sem caf~ da manh~.

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76

Tabela n9 12 - Caracter!sticas f!sicas dos componentes da a-

mostra: rn~dias distribu!das por funç~o, na empresa pesquisada

no ano de 1977.

--------------r-----~----,-----_r·----~----~r_----r----··~----~-

Esta t. Sup. 1et. II~peso Função Idade Peso c> .• 'o

Gordo n ..

B<...18. corp _I1.5ás o dgro anos .+-k~g~_1 __ -c-m--+,-r-.~-(-1_.)!-(2---)--*~~~~.-3~)-+-----~-(~~~. ~_~._. ,_ ....

Prâ·tico 25,1 63,l~ 166,9 1,711,09 55)7

Ponteador 30,6 63,1 166,9 1,71 1,06 55,7

~ont!Prod.mo 32,0 63,2 164,6 1,69 1,11 54,2

Prep.carroç. 32,5 67,7 169,4 1,78 1,10 57,4

Funileiro 33,4 62,8 166,1 1,70 1,05 55,2

Prensista 31,2 64,6 166,8 1,72 1,07 55,6

Mond.prod.f. 29,3 57,8 157,5 1,58 0,92 49,6

Oper.máq. 32,7 65,3 167,4 1,74 1,08 56,0

Prep.máq. 33,6 68,7 1G8,7 1,78 1,10 56,9

Pintor 34,0 63,3 1~6,7 1,71 1,05 55,6

Soldador 32,2 63,1 165,0 1,69 1,05 54,4

Costureira 29,9 58,0 160,2 1,60 0,93 51,2

Média fem.

Média masco

29,6 57,9 158,8 1,59 0,92 50,4

31,8 64,2 166,4 1,71 1,08 55,4

t1édia geral I 31, O 64,1 166,2 1,71 1,08

fonte

Notas

dados levantados pela pesquisa

* - em kcal.min- l

1 kcal = 4,186 kJ

(1) DUBOIS 79

(2) BOOTHBy31

(3) BEHNKE23

55,3

12

12

l/f

15

12

14

14

17

12

14

12

1,16 32

1,16 32

1,13 33

J.,2fJ 32

1,15 32

1,16 32

1,03 32

1,17 32

1,19 33

1,16 32

1,13 32

1,07 32

13,4 1,0 64

13 , 6, 1, 5 322 " I

13,6 1,5 386

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77

A m~dia do conte~do ca15rico do caf~ da ma-

nh?t foi de 1.21~2,90 kJ (296,92 kcal) para os homens c

1. 71~G ,1~4 kJ (417,21 kcal) para as Tllulheres o Comparando

com as m~dias de disp~ndio eners~tico durante o trabalho, •

verifica-se que o caf~ da manh~, em m~dia, fornece encr

gia suficiente para trabalhar 1 hora e 20 minutos no ca-

so dos homens e ]. hora 54 minutos no caso das mulheres. ,

Para este racioc!nio n~o est~ sendo considerado o gasto

para a locomoç~o.

Utilizam o restaurante da empres~ para ~ rc-

feiç~o 02% dos integrilntes da amostr~, s~nC0 Quc,para os

homens a relaç~o chega a 96%, ao passo que para as mulhe

res ~ bem menor- ,caindo para 75%0

A m~dia ca15rica do almoço ingerido no res-

taurante da empresa ~ de.6.020,22kJ (1.438,lSkcàl) pe-

... los homens, enquilnto q~e a do jantar e um pouco menor

5.752,07 kJ (1.374,12 kcal). As mulheres que éllmoçam na

empresa ingerem, em m~dia, 4.955,60 kJ (1.183,85 kcal).

Como elas nao trabalham ~ noite, n~o jantam na empresa.

A ingest~o ca15rica di~ria total dos que se

alimentam na empresa ~ de 14.178,19 k~ (3.387,05 kcal)

para os homens e 12 0 746,24 kJ (3.044,91 kcal) para as

mulheres. Esta ingest~o ca15rica di~ria total dos que nao

se alimentam na ind~stria reduz-se para 12.653,34 kJ

(3.022,78 kcal) e 12.197,58 kJ (2.913,90 kcal), respecti-

vamente.

Face a estes resultados, h~ elementos que pe~

mitem sugerir ~ empresa onde foi realizada a pesquisa:

-Reduzir o disp~ndio energ~tico da funç~o de

pr~tico de produç~o, atrav~s de racionalizaç~o da operaçao;

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78

-Introduzir uma alimentaç~o suplementar no i-

nIcio da jornada de trabalho que poderia ser um lanche;

-o conteGdo energ~tico da refciç~o ser~ida na

empresa ~ ~

e um pouco alto para ser ministrado de uma so

vez, em melO a uma jornada de trabalho. Seria mais indica

do dividir este conteGdo entre a refeição,principal e um

suplemento intermedi~rio;

-Embora reconhecendo as dificuldades opera-

cionais,seria recomend~vel que o valor ca15rico da alimen

taç~o dos pr5ticos de produç~o,ponteadores, Qontadores de

produç~o e prepar~dores de carroçaria fosse malor do que

o valor ca15rico da alimentaç~o dos demais;

-Incrementar a freqU~ncia ao restaurante da

empresa, especialmente das mulheres.

A adoç~o destas medidas redundar~o nao s5 em

melhor qualidade de vida do empregado, mas também pode

ser esperado um aumento da produç~o entre 5 e 10%, confor

me pesqulsas de PfQUIGNOT173 e VIGNE 210 •

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79

5- CONCLUSOES

Para o agregado de funç5es pesquisadas,h~ e-

lementos que perm~tem as seguintes conclusões:

1- O consumo energético situa-se entre

21,558 kJ (5,15 kcal.min- l ) para o práti.

co c,le produção e 10,214 kJ(2,tt4 kcal.miÍl1)

para a costureira com média de 14,525 kJ

( . -1 3,67 kCdl.mln ).

2- A utilização média do t~mpo foi de 6 ho-

ras e 45 minutos para o sono; 5 horas e

24'minutos para atividades domiciliares;2

horas e 35 minutos para deslocamentos e

pausa alimentar e 9 horas e 18 minutos p~

ra o trabalho propriamente dito.

3- O valor' calórico médio da alimentação in-

gerida na empresa foi de

(10438,18 kcal) no almoço e

(10374,12 kcal) no jantaro

6.020,22 kJ

5.752,06 kJ

4- A ingestão calórica diária total dos que

se alimentam na empres-a foi, em .' média,

maior do que aqueles que não se alimentam

na-empresa.

5- Não tomam café da manhã 16,50% dos traba-

lhadores e 11,65% tomam apenas um cafezi­

nho preto; o conteúdo calórico do café da

manhã foi de 1.322,78 kJ (316 kca1)0

G- O balanço energético di~rio extra labora­

tivo foi de 111,64%.

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80

7- O balanço energ~tico di~rio laborativo foi

de 89,14.

8- O balanço energ~tico di~rio global foi de

lOt,I~3 , mostrando que a relaç~o entre o

gasto energético e a reposição calórica p~

los alimentos da população e época abran3!

dos pela pesquisa, est~ em equil!brio.

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1

A N E X O

DESCRIÇÃO DAS FUNÇOES

Foi necess5rio executar uma an5lise detalhada

das fUTlç5es para que o posto de trabalho, que represcnta-

ria a populaç~o funcional, fosse realmente o que dcman-

dasse maior dispêndio energético. L oportuno lembrar que

nem todos os empregados que executam determinada c -iunçao

fazem exatamente o mesmo tipo de trabalho .. Assim, por e­

xemplo, o montador de produç~o pode fazer inGmeras ativi-

dades dentro da funç~o de montador de produç~o. Dentre t~

das estas atividades, e ap5s seu estudo minucioso, optou-

se pelo posto de trabalho do montador de pneus porque era

aquele que mostrava ser ó de maior gasto ca15rico. Da an5

lise de todas as funç5~s,resultou uma descriç~o de cada

posto de trabalho, cujo resumo ê d~do a seguiro Pretende-

se, desta forma, facilitar a identificação do tipo de tra

balho onde foram feitas as determinaç5es para que outros

interessados em gastos energéticos possam estabelecer com

paraç5es destas atividades com as de suas indGstrias.

PRKTICO - Abastece a linha de pintura através de pequeno

carro com sistemas de alavancas para poder alcançar a

linha de pintura.

PONTEADOR - Posiciona conjuntos de peças em dispositivo e

as solda a ponto para formaç~o da lateral do veículo.

MONTADOR DE PRODUÇÃO (MASCULINO) - Apanha o aro da roda

e o coloca em um dispositivo de I metro de altura. Faz

o mesmo com o pneu e executa a montagemo Concluída a o

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pcraç50, tira o pneu j~ montado e recoloca no piso.

OPERADOR DE EQUIPA!lENTO - Coloca 2 conjuntos de silencio-

so, pr~-aquccidos, em moldes. Com uma concha retira a-

lumínio fundido.do forno e o vaza no molde. Retira os

conjuntos.

PREPARADOR DE CARROÇARIA - Prepar.:1 carroçarlas par,]. a a-

plicaç~o da pintura, lixando manua]mente as c~ . sUl'erll.CJ.es

para remover irreeularioades.

FUNILLIRO - Apa~la a tampa do cofre do motor da corrente

transpol'tadora e a parafusa mecanicar:lente no carro que

está em esteira móvelo (linha de montagem).

PRENSISTA - Retira a chapa prensadace a coloca , para es-

tocagem, ao lado da prensa.

HONT/ü)OR DE PP.ODUÇJ\O (FEHIIHHO) - Monta) em paincl-diagr~

ma, conjuntos diversos de fios para a formaç~o de chi-

cotes, utilizados na instalaç~o el~trica de veiculos.

OPERADOR DE 11ÁQUINAS - Opera e ajusta torno automático u-

sinando o virabrequim para o desbaste inicial.

PREPARADOR DE HÁQUINAS - Prepara, ajusta, controla e/ou

modifica sistemas de comando, ferramentas e dispositi-. vos de máquinas operatrizes automeÍt-icas.

PINTOR DE PRODUÇÃO - Pinta as partes s~periores da carro-

çaria, utilizanQo pistola convencional.

SOLDADOR - Ajusta peças do garfo do chassis em dispositi­

vo e as liga através de solda CO 2 •

COSTUREIRA Costura o acabamento da borda do tapete. ~

o Gnico posto de trabalho deste agregado de funç3es em

que a tarefa é executada na posiç~o sentada.