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(IMAGEM: ADOBE STOCK) Este boletim tem caráter genérico e informativo, não constituindo opinião legal para qualquer operação ou negócio específico. Para mais informações, entre em contato com nossos advogados ou visite o website www.pinheironeto.com.br. 1 biblioteca INFORMA ATOS DOS TRÊS PODERES NOTÍCIAS DA FIRMA 2.578 17.02 – 01.03.2020 ARTIGOS EM DESTAQUE O boletim eletrônico semanal Biblioteca Informa é produzido pela equipe da Biblioteca de Pinheiro Neto Advogados. A publicação compila atos recentes dos poderes executivo, legislativo e judiciário. Também traz notícias da firma e artigos sobre temas jurídicos de interesse. PERIODICIDADE Semanal SÓCIO RESPONSÁVEL Raphael de Cunto GERENTE DA BIBLIOTECA Patrícia Gaião CONTATO ↑ voltar ao início pinheironeto.com.br Pinheiro Neto ATOS DO PODER EXECUTIVO Poder Executivo Poder Judiciário Poder Legislativo Artigos recentes na web Notícias da firma Anvisa cria Sistema Nacional de Biovigilância Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária expediu a Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 339, dispondo sobre a instituição do Sistema Nacional de Biovigilância (DOU Seção I, de 26.02.2020).

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Page 1: biblioteca INFORMA - NOVO...Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito (MBFT) - Volumes I e II (DOU Seção I, de 20.02.2020). Poder Executivo Poder Judiciário Poder Legislativo

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Este boletim tem caráter genérico e informativo, não constituindo opinião legal para qualquer operação ou negócio específico. Para mais informações, entre em contato com nossos advogados ou visite o website www.pinheironeto.com.br.

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b i b l i o t e c a

I N F O R M A

ATOS DOS TRÊS PODERES NOTÍCIAS DA FIRMA nº 2.57817.02 – 01.03.2020

ARTIGOS EM DESTAQUE

O boletim eletrônico semanal Biblioteca Informa é produzido pela equipe da Biblioteca de Pinheiro Neto Advogados. A publicação compila atos recentes dos poderes executivo, legislativo e judiciário. Também traz notícias da firma e artigos sobre temas jurídicos de interesse.

PERIODICIDADE

Semanal

SÓCIO RESPONSÁVEL

Raphael de Cunto

GERENTE DA BIBLIOTECA

Patrícia Gaião

CONTATO

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pinheironeto.com.brPinheiro Neto

ATOS DO PODER EXECUTIVO

▪Poder Executivo ▫Poder Judiciário ▫Poder Legislativo

▫Artigos recentes na web ▫Notícias da firma

Anvisa cria Sistema Nacional de BiovigilânciaDiretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária expediu a Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 339, dispondo sobre a instituição do Sistema Nacional de Biovigilância (DOU Seção I, de 26.02.2020).

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ATOS DOS TRÊS PODERES nº 2.57817.02 – 01.03.2020

NOTÍCIAS DA FIRMA ARTIGOS EM DESTAQUE

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Senado e Câmara dos Deputados criam Comissão Mista para Reforma TributáriaO Presidente do Senado Federal e o Presidente da Câmara dos Deputados, emitiram o Ato Conjunto nº 1, criando a Comissão Mista Temporária destinada a consolidar o texto da Reforma Constitucional Tributária (DOU Seção I, de 20.02.2020).

Programa converte multas para preservação e recuperação ambientalO Ministro de Estado do Meio Ambiente emitiu a Portaria nº 76, instituindo o Programa de Conversão de Multas Ambientais para o triênio 2020 a 2023, visando a prestação de serviços voltados à preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental (DOU Seção I, de 20.02.2020).

Receita anuncia as regras para declaração anual do imposto de rendaO Secretário Especial da Receita Federal do Brasil expediu a Instrução Normativa nº 1.924, dispondo sobre a apresentação da Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física referente ao exercício de 2020, ano-calendário de 2019, pela pessoa física residente no Brasil (DOU Seção I, de 20.02.2020).

Divulgado calendário de restituição do IRPF em 2020O Secretário Especial da Receita Federal do Brasil emitiu o Ato Declaratório Executivo nº 1, dispondo sobre a restituição do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (IRPF), referente ao exercício de 2020, ano-calendário de 2019 (DOU Seção I, de 20.02.2020).

Denatran cria grupo para atualizar manual de fiscalização de trânsitoO Diretor do Departamento Nacional de Trânsito emitiu a Portaria nº 495, alterando a Portaria DENATRAN nº 5.084 de 2019, que institui Grupo de Trabalho (GT) para atualização e consolidação do Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito (MBFT) - Volumes I e II (DOU Seção I, de 20.02.2020).

▪Poder Executivo ▫Poder Judiciário ▫Poder Legislativo

▫Notícias da firma ▫Artigos recentes na web

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ATOS DOS TRÊS PODERES nº 2.57817.02 – 01.03.2020

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ATOS DO PODER JUDICIÁRIO

Responsabilidade Civil - Provedor de serviços na internet - postagens ofensivas e vexatórias - Violação ao princípio da dignidade da pessoa humana - Exclusão de perfil - Dano moralDireito do consumidor e processual civil. internet. rede social. postagens agressivas a direitos da personalidade de terceiro. dano moral. provedor de serviço da internet. responsabilidade objetiva. serviço defeituoso. cdc, art. 14. ausência de individualização de todas as url’s danosas. possibilidade. capacidade técnica de retirada de qualquer conteúdo irregularmente inserido. sentença que se mantém.

Trata-se de apelação cível interposta por provedor de serviço de internet de sentença que julgou procedente o pedido para condenar-lhe ao pagamento de R$ 10.000,00 a título de indenização de danos morais, bem como à exclusão dos perfis e posts ofensivos à autora, no prazo de 5 dias, sob pena de multa diária de R$ 200,00. Preliminar de nulidade em razão de vícios não integrados. Irresignação pela não individualização de todas as URLs dos conteúdos a bloquear, bem como sustenta malferimento ao direito à informação pela remoção integral de perfil na rede social e, por fim, pela ausência de determinação judicial, nos termos do que dispõe a Lei n.º 12.965/14 -

Aneel aprova regras do Sistema de Contabilização e LiquidaçãoO Diretor-Geral da Agência Nacional de Energia Elétrica expediu a Resolução Normativa nº 870, aprovando as Regras de Comercialização de Energia Elétrica aplicáveis ao Sistema de Contabilização e Liquidação (SCL) (DOU Seção I, de 18.02.2020).

Marco Civil da Internet - que reputa aplicar-se à hipótese dos autos. 1. Alegação de nulidade da sentença que não prospera, já que inexistente qualquer vício a maculá-la, não restando obscura, contraditória, omissa ou portadora de erro material. O que se verifica é que houve irresignação quanto ao seu conteúdo, a buscar a concessão de efeitos infringentes, pelo que os embargos de declaração foram julgados improcedentes. O inconformismo da parte ré será analisado no julgamento do presente apelo - sede própria -, não havendo prejuízo ao apelante a justificar a anulação da sentença objurgada. 2. Tese recursal de desproporcionalidade e desnecessidade de exclusão do perfil https://www.facebook.com/analia.costa.81, por desrespeito aos direitos constitucionais à informação, liberdade de expressão e à manifestação do pensamento que não se justifica. Isto porque, além de não se tratar de determinação de exclusão de matéria jornalística, o perfil é de titularidade da própria requerente. Não há colidência entre direitos fundamentais, já que a decisão judicial não fere a liberdade de imprensa - informar e ser informado -, mas sim, apenas, protege o princípio da dignidade da pessoa humana, cláusula geral dos direitos da personalidade e fundamento da República - art. 1.º, III, da Constituição da República. 3. A Lei 12.965/14 não se aplica a conflito instaurado antes de sua vigência, que, de resto, não dispõe seja subjetiva a responsabilidade de provedores de acesso à internet e de provedores de serviço na rede mundial de computadores. 4. A

▪Poder Executivo ▪Poder Judiciário ▫Poder Legislativo

▫Notícias da firma ▫Artigos recentes na web

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ATOS DOS TRÊS PODERES nº 2.57817.02 – 01.03.2020

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modificada se não atendidos pela sentença os princípios da proporcionalidade e razoabilidade na fixação do valor da condenação. Inteligência do enunciado da Súmula n.º 343, deste Tribunal de Justiça. 9. Recurso a que se nega provimento.

0040250-86.2013.8.19.0205 - APELAÇÃOTERCEIRA CÂMARA CÍVELDes(a). FERNANDO FOCH DE LEMOS

ARIGONY DA SILVA - Julg: 27/11/2019 - Data de Publicação: 02/12/2019

(JURISPRUDÊNCIA | TJRJ Cível nº 3)

Empréstimos e compras pela internet - Operações bancárias - Fraude - Responsabilidade civil de banco dano moralApelação cível. Declaratória de inexistência de débito e danos morais. Operações bancárias fraudulentas. Empréstimos e compras pela internet. Valores vultuosos. Alegação de culpa exclusiva da vítima. Não comprovação. Fortuito interno. Falha na prestação do serviço por ausência de segurança e eficiência. Responsabilidade objetiva da instituição bancária. Dano moral acertado. Dano material. Devolução na forma simples. 1. Cuida-se de ação declaratória de inexistência de débito e indenizatória por danos morais e materiais, na qual a parte autora alega ter sido vítima de operações fraudulentas efetivadas por terceiro. 2. A sentença recorrida declarou a nulidade de toda as operações contestadas pela autora. Julgou procedente os

disponibilização de mídia ou rede social é prestado por provedor de serviço, sendo de consumo, logo, regidas pelo Código de Defesa do Consumidor, as relações entre aquele e o usuário que, sem fins empresariais, nela faz inserir informações e entre também o prestador e os destinatários de tais informações. 5. Esses provedores não podem controlar a veracidade dessas informações nem podem verificar se as postagens denotam abuso do direito de liberdade de expressão; contudo, uma vez cientes de conteúdo ofensivo a direitos da personalidade de terceiros, têm o dever de bloqueá-los, sob pena de responderem objetivamente, em sede civil, pelos danos causados a estes, nos termos do art. 14, caput, do CDC. 6. O Serviço assim prestado é defeituoso e se subsome no art. 14, § 1.º, I, do Código de Defesa do Consumidor, gerando o direito de a vítima ser indenizada, como previsto no art. 6.º, VI, e o dever de o prestador do serviço indenizá-la. 7. Verba indenizatória fixada em R$ 10.000,00 (dez mil reais), que muito bem se adequou aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, não havendo que se falar em redução, sobretudo por tratar-se de pessoa hipossuficiente e vulnerável, portadora de necessidades especiais, que como a experiência comum autoriza concluir, já é submetida a uma série de dificuldades em seu dia-a-dia, sendo certo que a atitude do réu consubstanciou-se em verdadeiro menoscabo, desrespeito e desprezo pela usuária do seu serviço. 8. Verba indenizatória do dano moral que somente será

pedidos de abstenção, pela ré, (i) da cobrança das parcelas de R$ 1.044,26, (ii) dos encargos de cheque especial gerados pelas operações não reconhecidas, e (ii) de negativar o nome da autora nos cadastros restritivos. Julgou procedente, em parte, os danos morais, que fixou em R$ 8.000,00. Julgou improcedente o ressarcimento das quantias e dos encargos a título de cheque especial. 3. O próprio estorno feito pelo Banco, em 03.10.2017, da quantia de R$ 9.897,07, já denota o reconhecimento tácito da ilegitimidade das compras e contratação, já que, possuindo todas as compras a mesma origem (“FastShop Internet”), deveria o fornecedor, por coerência e boa-fé, ter restituído os demais valores análogos. 4. Não se olvide que não logrou êxito o apelante em comprovar que teria havido o fornecimento de senha à pessoa estranha. 5. Considerando as vultuosas operações e o salário percebido pela autora, depreende-se que não foram efetuadas pela consumidora. 6. Do conjunto probatório dos autos, resta nítido o nexo causal entre a falha de segurança e eficiência da empresa ré e o cometimento das operações fraudulentas por terceiro. 7. A conduta de terceiro fraudador se relaciona com os riscos da atividade desenvolvida, razão pela qual os danos dela decorrentes são considerados fortuito interno, não havendo ruptura do nexo de causalidade, ao que a responsabilização civil do fornecedor se mantém. 8. O apelante não se desincumbiu de seu ônus probatório esculpido no artigo 373, II, do NCPC. 9. Incontroversa a fraude, deve

▫Poder Executivo ▪Poder Judiciário ▫Poder Legislativo

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ATOS DOS TRÊS PODERES nº 2.57817.02 – 01.03.2020

NOTÍCIAS DA FIRMA ARTIGOS EM DESTAQUE

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de cheque especial, a partir da primeira operação fraudulenta, a serem apurados em liquidação de sentença. DESPROVIMENTO DO RECURSO DO RÉU E PARCIAL PROVIMENTO DO RECURSO DA AUTORA.

0001219-71.2018.8.19.0209 - APELAÇÃOOITAVA CÂMARA CÍVELDes(a). MÔNICA MARIA COSTA DI PIERO - Julg:

17/12/2019 - Data de Publicação: 21/01/2020(JURISPRUDÊNCIA | TJRJ Cível nº 3)

Ramo do direito: direito processual civil, direito empresarial, direito falimentarTEMA: Recuperação judicial. Tutela de urgência. Stay Period. Suspensão de atos expropriatórios. Execução fiscal. Competência do juízo da recuperação judicial.

DESTAQUE: Compete ao juízo da recuperação judicial o julgamento de tutela de urgência que tem por objetivo antecipar o início do stay period ou suspender os atos expropriatórios determinados em outros juízos, antes mesmo de deferido o processamento da recuperação.

INFORMAÇÕES DO INTEIRO TEOR: O artigo 189 da Lei n. 11.101/2005 (Lei de Falências e Recuperação de Empresas) determina que se apliquem aos processos de recuperação e falência as normas do Código de Processo Civil, no que couber, sendo possível concluir que o Juízo da recuperação está investido do poder geral de tutela provisória (arts. 297, 300 e 301 do CPC/2015), podendo determinar medidas tendentes a

ter o consumidor o seu patrimônio restabelecido, notadamente em razão da comprovação efetiva dos descontos, consoante extratos. 10. A incidência dos encargos de cheque especial majorada, significadamente, em razão dos vultuosos descontos em sua conta corrente. 11. Evidentes transtornos de ordem psíquica, notadamente pela negativa de resolução do conflito na seara administrativa, bem como em razão dos demais prejuízos que toda fraude acarreta, notadamente quando se trata de subtração financeira. A autora ainda sofreu insistentes cobranças, mesmo depois das reclamações administrativas perante o Banco. 12. O montante mostra-se de acordo aos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, bem como ao caráter punitivo, pedagógico e preventivo da verba reparatória, além não destoar do comumente arbitrado por esta eg. Corte. 13. Acolhimento parcial do apelo da autora, verifica-se que decaiu, apenas, de parte mínima dos pedidos, devendo a sucumbência recíproca ser afastada, ao que excluo a condenação da parte autora em honorários advocatícios, permanecendo a condenação do réu, agora integral, no percentual de 10% sobre o valor da condenação. 14. Nego provimento ao recurso do réu, e dou parcial provimento ao recurso da autora, para julgar parcialmente procedentes (i) o pedido de restituição do valor de R$ 26.065,45, incidindo juros de mora desde a citação e correção monetária desde cada desconto indevido, e (ii) o pedido de restituição, na forma simples, dos encargos a título

alcançar os fins previstos no artigo 47 da LFRE.Um dos pontos mais importantes do processo

de recuperação judicial é a suspensão das execuções contra a sociedade empresária que pede o benefício, o chamado stay period (art. 6º da LFRE). Essa pausa na perseguição individual dos créditos é fundamental para que se abra um espaço de negociação entre o devedor e seus credores, evitando que, diante da notícia do pedido de recuperação, se estabeleça uma verdadeira corrida entre os credores, cada qual tentando receber o máximo possível de seu crédito, com o consequente perecimento dos ativos operacionais da empresa.

A suspensão das execuções e, por consequência, dos atos expropriatórios, é medida com nítido caráter acautelatório, buscando assegurar a elaboração e aprovação do plano de recuperação judicial pelos credores ou, ainda, a paridade nas hipóteses em que o plano não alcance aprovação e seja decretada a quebra.

Apesar de as execuções fiscais não se suspenderem com o processamento da recuperação judicial (art. 6º, § 7º, da LFRE), a jurisprudência desta Corte se firmou no sentido de que os atos expropriatórios devem ser submetidos ao juízo da recuperação judicial, em homenagem ao princípio da preservação da empresa.

CC 168.000-AL, REL. MIN. RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, SEGUNDA SEÇÃO, POR UNANIMIDADE, JULGADO EM 11/12/2019, DJE 16/12/2019

(JURISPRUDÊNCIA | STJ nº 663)

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ATOS DOS TRÊS PODERES nº 2.57817.02 – 01.03.2020

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sociedade empresária –, não há falar em fiança mercantil, caindo por terra o fundamento exarado pelas instâncias ordinárias para afastar a exigência da outorga conjugal encartada nos artigos 235, inciso III, do Código Civil de 1916 e 1.647, inciso III, do Código Civil de 2002.

Consequentemente, inexistindo o consentimento de um dos cônjuges para a prestação da fiança civil para garantia do pagamento de dívida contraída pela por cooperativa, sobressai a ineficácia do contrato acessório, a teor da Súmula n. 332/STJ: “A fiança prestada sem autorização de um dos cônjuges implica a ineficácia total da garantia”.

RESP 1.351.058-SP, REL. MIN. LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, POR UNANIMIDADE, JULGADO EM 26/11/2019, DJE 04/02/2020

(JURISPRUDÊNCIA | STJ nº 664)

Dívida firmada por cooperativa. Fiança. Outorga conjugal. Nece ssidade.DESTAQUE: É necessária outorga conjugal para fiança em favor de sociedade cooperativa.

INFORMAÇÕES DO INTEIRO TEOR: Cinge-se a controvérsia em definir se é válida a fiança prestada, sem outorga conjugal, para garantia de dívida de sociedade cooperativa.

Nos termos do artigo 4º da Lei n. 5.764/1971, as cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas a falência, constituídas para prestar serviços aos associados.

Nesse contexto normativo, a jurisprudência desta Corte preconiza que as Cooperativas possuem natureza civil e praticam atividades econômicas não empresariais (Código Civil de 2002), não podendo, ademais, serem qualificadas como “comerciantes” para fins de incidência da parte primeira (revogada) do Código Comercial.

Sob tal perspectiva, o revogado art. 256 do Código Comercial, vigente à época da instituição da garantia, exigia, para a caraterização da fiança como mercantil, que o afiançado ostentasse a condição de comerciante e que a obrigação objeto da garantia decorresse de uma causa comercial.

Dessa forma, em se tratando de dívida de sociedade cooperativa – a qual nem à luz do Código Comercial ou do Código Civil de 2002 ostenta a condição de comerciante ou de (IMAGEM: ADOBE STOCK)

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ATOS DOS TRÊS PODERES nº 2.57817.02 – 01.03.2020

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sua inscrição, por ser esta para ele facultativa.Conforme os arts. 966, 967, 968, 970 e 971 do

Código Civil, com a inscrição, fica o produtor rural equiparado ao empresário comum, mas com direito a “tratamento favorecido, diferenciado e simplificado (...), quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes”.

Assim, os efeitos decorrentes da inscrição são distintos para as duas espécies de empresário: o sujeito a registro e o não sujeito a registro. Para o empreendedor rural, o registro, por ser facultativo, apenas o transfere do regime do Código Civil para o regime empresarial, com o efeito constitutivo de “equipará-lo, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro”, sendo tal efeito constitutivo apto a retroagir (ex tunc), pois a condição regular de empresário já existia antes mesmo do registro. Já para o empresário comum, o registro, por ser obrigatório, somente pode operar efeitos prospectivos, ex nunc, pois apenas com o registro é que ingressa na regularidade e se constitui efetivamente, validamente, empresário.

Após obter o registro e passar ao regime empresarial, fazendo jus a tratamento diferenciado,

Empresário rural. Regularidade do exercício da atividade anterior ao registro do empreendedor. Pedido de recuperação judicial. Cômputo do período de exercício da atividade rural anterior ao registro. Possibilidade.DESTAQUE: O cômputo do período de dois anos de exercício da atividade econômica, para fins de recuperação judicial, nos termos do art. 48 da Lei n. 11.101/2005, aplicável ao produtor rural, inclui aquele anterior ao registro do empreendedor.

INFORMAÇÕES DO INTEIRO TEOR: O art. 971 do Código Civil confere tratamento favorecido ao empresário rural, não sujeito a registro, em relação ao empresário comum. Por esse motivo é que o art. 971 dispensa o empresário rural daquela inscrição que é obrigatória para o empresário comum, estabelecendo que aquele (o rural) “pode requerer inscrição” nos termos do art. 968.

O produtor rural, por não ser empresário sujeito a registro, está em situação regular, mesmo ao exercer atividade econômica agrícola antes de

simplificado e favorecido quanto à inscrição e aos efeitos desta decorrentes (CC, arts. 970 e 971), adquire o produtor rural a condição de procedibilidade para requerer recuperação judicial, com base no art. 48 da Lei n. 11.101/2005 (LRF), bastando que comprove, no momento do pedido, que explora regularmente a atividade rural há mais de 2 (dois) anos. Pode, portanto, para perfazer o tempo exigido por lei, computar aquele período anterior ao registro, pois tratava-se, mesmo então, de exercício regular da atividade empresarial.

Pelas mesmas razões, não se pode distinguir o regime jurídico aplicável às obrigações anteriores ou posteriores à inscrição do empresário rural que vem a pedir recuperação judicial, ficando também abrangidas na recuperação aquelas obrigações e dívidas anteriormente contraídas e ainda não adimplidas.

RESP 1.800.032-MT, REL. MIN. MARCO BUZZI, REL. ACD. MIN. RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, POR MAIORIA, JULGADO EM 05/11/2019, DJE 10/02/2020

(JURISPRUDÊNCIA | STJ nº 664)

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Regulação das bagagens de mão em aeronaveProjeto de Lei nº 426/2020 de autoria do Deputado Alexandre Frota (PSDB/SP), propõe alteração na Resolução 400 de 2016, da Agencia Nacional de Aviação Civil - ANAVC, para inserir o parágrafo 3º do artigo 14, para regular as bagagens de mão em aeronave (Câmara Federal, 02.03.2020).

Gratuidade do registro em cartório de pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativosProjeto de Lei nº 466/2020 de autoria do Deputado Márcio Jerry (PCdoB/MA), propõe alteração na Lei 9.790 de 1999 (Lei das OSCIPs) para dispor sobre a gratuidade do registro em cartório de pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos (Câmara Federal, de 03.03.2020). Aplicação de recursos do BNDES em projetos e empreendimentos de microempresas e empresas de pequeno porteProjeto de Lei nº 433/2020 de autoria do Deputado Alexandre Frota (PSDB/SP), propõe sobre aplicação de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social- BNDES em projetos e empreendimentos de microempresas e empresas de pequeno porte e dá outras providências (Câmara Federal, 03.03.2020).

ATOS DO PODER LEGISLIATIVO

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NOTÍCIAS DA FIRMA

Client Choice Awards 2020 premia sócios de Pinheiro NetoNa última edição do Client Choice Awards, premiação que aconteceu recentemente em Londres, cinco sócios de Pinheiro Neto Advogados foram vencedores em suas respectivas áreas de atuação: Alexandre Bertoldi (M&A), Bruno Balduccini (Banking), Guilherme Sampaio Monteiro (Capital Markets), Vânia Marques Ribeiro (General Corporate) e Angela Fan Chi Kung (Life Sciences). A publicação inglesa do Grupo Globe Business Media reconhece profissionais que têm “desempenho acima do mercado e agregam real valor ao negócio de seus clientes”. A seleção dos vencedores é feita com base, exclusivamente, na nomeação por advogados corporativos (clientes).

Pinheiro Neto Advogados realiza lançamento do RiskMap 2020 em São PauloNa terça-feira (18.02) realizamos em nosso escritório um café da manhã de lançamento do "RiskMap 2020 ", uma publicação anual que divulga previsões a respeito dos principais riscos relacionados à política, ética, compliance e segurança para empresas ao redor do mundo. Os sócios José Alexandre Buaiz Neto e Mario Panseri Ferreira, conduziram o evento ao lado de Charles Hecker, Geert Aalbers e Thomaz Favaro da Control Risks. Além de apresentarem o cenário geopolítico

previsto para 2020, os palestrantes discutiram como as empresas brasileiras e multinacionais poderão atuar com sucesso em um ambiente de negócios cada vez mais complexo. “O RiskMap é um instrumento de trabalho muito importante, que ajuda na identificação de riscos e perspectivas de mercado para o próximo ano. Foi uma excelente oportunidade para discutir as conclusões do RiskMap e, especificamente, questões pertinentes às investigações de corrupção no Brasil, trocando ideias e experiências com clientes e amigos”, disse José Alexandre Buaiz Neto.

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ESCRITÓRIO DE PINHEIRO NETO ADVOGADOS NO RIO DE JANEIRO

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ATOS DOS TRÊS PODERES nº 2.57817.02 – 01.03.2020

NOTÍCIAS DA FIRMA ARTIGOS EM DESTAQUE

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Um longo caminho desde o “The king can do no wrong” à arbitragem na administração públicaPor: Luis Cláudio Furtado Faria e Luisa Burity Paulino Soares de Souza.ANEXO LinkA evolução do direito, assim como da sociedade, é resultado de uma sucessão de circunstâncias e eventos, por vezes contraditórios, que ora restringem, ora ampliam determinados conceitos jurídicos. [...]

Benefício fiscal de redução do IRPJ para reinvestimento em empreendimentos nas áreas da Sudam e da Sudene é ilegalmente suprimidoPor: Marcos De Vicq De Cumptich, João Rafael L Gandara De Carvalho, André Torres dos SantosANEXO LinkNo apagar das luzes de 2019, os contribuintes foram surpreendidos com a publicação da Portaria nº 3.114, em 26 de dezembro, do Ministério do Desenvolvimento Regional, que esvaziou o benefício fiscal previsto na Lei [...]

Controvérsia jurídica põe em risco fruição de incentivos fiscais no estado do RJPor: Marcos de Vicq De Cumptich, João Rafael L Gandara De Carvalho, Patrick RajalaANEXO LinkComo mencionado em nosso artigo anterior, a Lei Estadual nº 8.645, de 12.12.2019, instituiu o Fundo Orçamentário Temporário (FOT), que, como regra geral, deve ser recolhido por contribuintes que usufruem de incentivos fiscais concedidos pelo Estado do Rio de Janeiro, sob pena de perda do benefício. [...]

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