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ENTREVISTA DA SEMANA VEREADOR CARLÃO 1º SECRETÁRIO DA CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE Nilson Figueiredo

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ENTREVISTA DA SEMANAV E R E A D O R C A R L Ã O

1 º S E C R E T Á R I O D A C Â M A R A M U N I C I P A L D E C A M P O G R A N D E

Danilo Galvão

REPORTAGEM

Nilson Figueiredo

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Todavia, essa ideia tem referência histórica: em 2004,foi por força da Câmara que uma candidaturavitoriosa ganhou credencial. Em outro tempo, erammenos vereadores, menos partidos na casa e atéexistiu uma maior facilidade de aglutinardiscrepâncias que não assustam Carlão em nada.Boa-praça, o ex-líder comunitário emblematizou nasua trajetória o companheirismo, a postura humanadiante de problemas e não seria novidade esteapreço por união e harmonia em projetos políticos. “Éa minha opinião e, se puder, vou convencer maisgente sobre isso. Temos de nos unir, trabalhar pelacidade e no próximo ano teremos a oportunidade demostrar a força política que esta Câmara temconquistado a partir de mandatos combativos ecomprometidos com a cidade. Eu acredito que oMarquinhos seja a nossa melhor opção, e, dentro doPSB, vou também reforçar isso na hora em que nosorganizarmos para 2020. Candidatura majoritáriapara concorrer não acho viável, agora uma vice donosso partido, por que não? Existe ainda apossibilidade de o prefeito buscar um outro vice nonosso Legislativo, porque há nomes muitocredenciados; o do João Rocha é um deles”, falaCarlão.

C A R L Ã O D I Z Q U E A R E E L E I Ç Ã O D E

M A R Q U I N H O S É O M E L H O RP A R A C A M P O G R A N D E

Com a franqueza habitual, Carlão não faz rodeios ao

comentar sobre o pleito de 2020, disputa em que

pode concorrer ao seu quarto ciclo na Câmara

Municipal, ou até aparecer como nome de uma

majoritária, na função de vice. Porém, quase um ano

antes das definições de chapa, o 1º-secretário do

Legislativo de Campo Grande não esconde a

predileção para que Marquinhos Trad siga no

governo da Capital. De acordo com ele, o atual

mandato do prefeito é o melhor dentro do possível,

em uma época difícil para a gestão pública.

Carlão prega ainda que, em torno de Marquinhos,

exista um apoio institucional da Câmara, por meio de

um movimento político que credencie os atuais

vereadores com protagonismo no jogo político de

2020. O sonho possui suas barreiras, já que um

consenso na Casa de Leis precisaria lidar com

vertentes de pensamento de 29 pessoas,

representadas ali por 14 siglas diferentes.

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O 1º-secretário da Câmaratambém reflete que um dosgrandes valores desta atualadministração da Prefeitura deCampo Grande esteja no respeitoao movimento comunitário.“Temos um prefeito que sepreocupa com as pessoas, por issotem dado certo”, cita.

Nilson Figueiredo

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O Estado – Nos seus 11 anos como vereador de CampoGrande, muito aprendizado, conjunturas específicas, eapesar disso um protagonismo que só cresceu na vidapública. O senhor acredita que a sua simplicidade tenhate blindado de armadilhas e espinhos da política,principalmente nessa década, em que a renovação tevediscursos tão iconoclastas? Carlão – Quando assumi o mandato em 2009, muitosfalaram que eu não duraria. Por diversos motivos,apontaram o fato de eu ser parte do movimentocomunitário, ou de o meu gênio ser forte, que eupoderia ser briguento, faltar com decoro, e nada dissoocorreu. Sofri também preconceito, às vezes velado,quanto a, no início, participar com êxito em comissões,só que o tempo provou algo bem diferente disso.

E S C O L H I A P O L Í T I C A P A R A F A Z E R O B E M À S O C I E D A D E

Ve reado r que as sum iu o comando

mun i c i pa l do PSB f a l a sob re manda to

na Câma ra Mun ic i pa l e das e l e i ções de

2020

Nilson Figueiredo

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VEREADOR CARLÃO

O vereador tem de prezar pela legalidade dos projetos, ser umbom fiscal do seu município e ainda um agente propositivodiante dos problemas da comunidade. Quando me torneiparlamentar, eu já tinha a bagagem de duas décadas de vidapública, nas quais aprendi com figuras como o Lúdio Coelho,Nelson Trad, o ex-vereador Braga e André Puccinelli, meu amigo.A humildade me ajudou a aprender e me guia nisso até hoje.

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 O ESTADO – ERA UM OBJETIVO CHEGAR À MESADIRETORA, INSTÂNCIA DA CÂMARA EM QUE O

SENHOR FALA INCLUSIVE DE UM SONHO DEEXERCER A PRESIDÊNCIA?

Carlão – Sim. Nessa trajetória, ainda no primeiromandato, com o PSB tendo apenas eu na Câmara,fui designado 2º-vice-presidente. No segundomandato veio o desafio na 2ª-secretaria e, nessamesma legislatura, a escolha para ser o 1º-secretário, cargo em que hoje estou. É um papelde muita responsabil idade, com viés bastanteadministrativo e que, por exemplo, me impede deser membro de qualquer comissão. Muita gentenão sabe disso, mas eu abro mão de visibi l idadepara estar nessa posição, com isso tenho decorrer dobrado para aparecer. O presidente daCâmara tem também muito peso institucional , sóque, na hora em que a imprensa precisa de umposicionamento da entidade, é ele o consultado afalar, o 1º-secretário não. Eu quero, s im, ser,futuramente, o vereador que ocupa a presidência.Quem sabe eu real ize este sonho no próximomandato.

Nilson Figueiredo

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O ESTADO – E, DAQUELE MANDATO DE 2009, DUAS PESSOAS SEGUIRAM ATÉ HOJE NA CÂMARA,CURIOSAMENTE NOMES QUE SE TORNARAM LÍDERES NA CASA DE LEIS. CITAMOS, NESSE CASO, OSENHOR E O JOÃO ROCHA, ATUAL PRESIDENTE DO LEGISLATIVO MUNICIPAL. COMO SURGIU ESTAAMIZADE? ERA ESPERADO QUE TAMANHO ENTROSAMENTO ENTRE VOCÊS FOSSE ALCANÇADO?

 Carlão – Começou pela parceria da gente e de outros na candidatura do Paulo Siuf i à presidênciada Câmara. Além disso, o dia a dia também fortaleceu esta amizade, e hoje nos entendemos peloolhar. Há toda l iberdade entre nós para cobranças, conselhos, e um sempre ajudar o outro.Quando precisa, ele, com toda a sua sabedoria, me ajuda, e ajuda todo o grupo a part ir da suapaciência, e sobriedade, perante as situações. Porém, quando a paciência exagera, eu também falopra ele que “desse jeito você perde o jabuti , João! Olha que o jabuti escapa”. São perf is que secomplementam, o mesmo vale quando eu me exalto, ou estou prestes a errar em alguma coisa, eele me chama para dar um toque. Eu aprendo muito com o João, todos aprendem, porque é umpolít ico que trabalha com todo afinco por Campo Grande, tendo absoluta responsabil idade docargo.

Valentin Manieri

O ESTADO – EM RELAÇÃO AOS MAIS NOVOS DA CASA, E SITUAÇÕES DE ATENDIMENTO OU CONFLITOENTRE VEREADORES, QUE ACONTEÇAM NOS BASTIDORES, VOCÊS ATUAM JUNTOS? USAM ALGUMAESTRATÉGIA DE REVEZAMENTO?

Car lão – Sim. E nem precisa combinar para que uma mediação neste sent ido aconteça. Conf l i tosexistem, às vezes coisas do cot id iano, discordâncias, ou br iguinha simples, que o veterano, v indo aconversar com os envolv idos, resolve muito mais fáci l . O que não pode é algo tr iv ia l v i r a atrapalhar aharmonia da Casa de Leis, pois somos representantes do povo, e a esperança de muita gente quantoao trabalho para melhorar a nossa Campo Grande. Em alguns casos é o João que entra no meio,conversa, t rata o problema do je i to dele e resolve. Em outros, eu, da minha maneira, mais acelerada,faço esse papel , sempre com todo suporte, aval dele, e da maior ia dos par lamentares. A boa trajetór iame credenciou hoje a ser um conselheiro do grupo, um amigo de todos. O importante é ajudar.

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VEREADOR CARLÃO

Outra coisa essencial de frisar diz respeito à estrutura para overeador exercer o seu mandato, em que, nesses últimos anos,conseguimos avançar bastante. O prédio recebe melhor asequipes, a população e, além disso, um suporte melhor éfornecido a todos. Essa Mesa Diretora assumiu isso comoprioridade. Com mais trabalho, celeridade, a cidade ganha. ACâmara hoje tem mais respeito!

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O ESTADO – O SENHOR VÊ UM ESFORÇO DE RECUPERAÇÃO DA IMAGEM INSTITUCIONAL, NACONQUISTA DESSE MAIOR RESPEITO? VALE LEMBRAR QUE, NO PERÍODO DE 2013 A 2016, A VISÃOSOBRE A CÂMARA PASSOU POR MUITAS CRÍTICAS, ALGUMAS ATÉ BASEADAS EMDESINFORMAÇÃO. O QUE É PIOR: LUTAR CONTRA UMA FAKE NEWS OU ENFRENTAR OS EFEITOSDE UMA AVALIAÇÃO PERTINENTE DE COBRANÇA DO CIDADÃO INSATISFEITO COM ALGO?

Carlão – Tanto para a mentira quanto para a crítica que seja forte e verdadeira, o bom político tem de

adotar o caminho do discurso franco, de, sobretudo, respeitar a inteligência da população e não se furtarda verdade. No período da última legislatura, diante de acusações que foram infundadas, ou ataques nainternet, a resposta que tive foi de informar. O vereador tem de prestar conta do que faz, do que irárealizar, daquilo que não fez, e jogar limpo. É, inclusive, um dever nosso, porque é muitaresponsabilidade estar ali. Agora, a antipolítica, a fake news não têm compromisso com nada.Simplesmente atiram na reputação de alguém e realizam isso de forma aleatória. Cabe ao eleitor, aocidadão exercer o seu papel com consciência e não acreditar em qualquer tipo de informação, checar,participar do processo político. O ESTADO - O FATO DE HOJE O LEGISLATIVO DE CAMPO GRANDE VIVER UM MOMENTO ÚNICO DEABERTURA, TRANSPARÊNCIA E ESTRUTURAÇÃO DEVE FAZER MUITA DIFERENÇA PARA ESSAAPROXIMAÇÃO DO MANDATO COM A SOCIEDADE... Carlão – A Câmara está aberta a receber as pessoas, para que elas falem do seu bairro,daquilo que elas entendem como problema, daquilo que elas gostariam de ver comosolução na cidade em que elas moram. Pol ít ica se faz com diálogo, com trabalho e comcooperação. É no que acredito. Escolhi a pol ít ica para fazer o bem à sociedade. O vereadoré cobrado o tempo todo, basta pisar o pé pra fora de casa que já terá alguém parareclamar da cidade. Tem de gostar do que faz e eu gosto. Mais que isso, sou fel iz emajudar.