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1 Boletim Informativo NOTÍCIAS E ATUALIDADES JURÍDICAS E EMPRESARIAIS São Paulo - Rua Alameda Santos, 200 5º andar , Bela Vista , São Paulo / SP CEP: 01418-000 Telefone: +55 (11) 35871485 Paraná Rua Terra Boa , 160, Zona 08, Maringá / PR CEP: 87050-640 Telefone: +55 (44) 3301-8515 w w w . r a m o s r i b e i r o . c o m . b r W

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Boletim Informativo NOTÍCIAS E ATUALIDADES JURÍDICAS E EMPRESARIAIS

São Paulo - Rua Alameda Santos, 200 – 5º andar , Bela Vista , São Paulo / SP CEP: 01418-000

Telefone: +55 (11) 35871485

Paraná – Rua Terra Boa , 160, Zona 08, Maringá / PR CEP: 87050-640

Telefone: +55 (44) 3301-8515

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Boletin Informativo │Ramos Ribeiro Advocacia Empresarial – fev. 2012

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NOVO ENDEREÇO DA RAMOS RIBEIRO ADVOCACIA SÃO PAULO

A Ramos Ribeiro Advocacia está atendendo em

novo endereço, na Rua Alameda Santos, 200 – 5º

andar , Bela Vista , São Paulo .

O novo endereço é um ponto estratégico,

localizado na Alameda Santos a 30 metros da

Paulista, uma das mais prestigiadas avenidas de

São Paulo. Tendo como endereço uma rua

arborizada de destaque na zona empresarial do

Paraíso, o centro possui nas proximidades diversos

setores como serviços, educação, governo, bancos

e consulado.

A Ramos Ribeiro Advocacia busca

incessantemente a alta qualidade no atendimento e

nos serviços prestados, com uma relação de

confiança e uma conduta transparente, buscando

sempre o melhor resultado e a satisfação dos seus

clientes.

Homem que ficou preso em elevador será indenizado

A 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis do Rio acolheu por unanimidade o voto do juiz

Antonio Aurélio Abi-Ramia Duarte e condenou o condomínio do prédio comercial Centro Profissional

Prima e os Elevadores Ideal a pagarem R$ 1.800, a título de danos morais, a A.B.S.. Ele ficou preso

por mais de uma hora no elevador do edifício do condomínio, onde compareceu para uma sessão de

fisioterapia. Ele precisou gritar para pedir ajuda e foi socorrido pelos bombeiros.

Na ação de reparação de danos, que teve início no 1º Juizado Especial Cível da Barra da Tijuca, na

Zona Oeste do Rio, A.B.S. afirmou que se sentiu abalado em sua integridade psicológica.

“O alegado dano moral restou configurado, não se tratando de mero aborrecimento, devendo, portanto, ser

indenizado, como preceitua o art. 6º , VI do Código de Defesa do consumidor”, afirmou o juiz na sentença.

Processo nº 0014666-10.2010.8.19.0209 Fonte: TRT/RJ

Nesta Edição

1. Novo endereço em São Paulo/SP da Ramos Ribeiro Advocacia;

2. Homem que ficou preso em elevador será indenizado;

3. Receita libera programa para declaração do IR 2013;

4. Impostos atrasados poderão ser trocados por precatórios;

5. Empresa que comprou carro é condenada a pagar danos morais a vendedor;

6. Bradesco é condenado a pagar indenização trabalhista de R$ 1 milhão por danos morais;

7. Hope do Nordeste é condenada por revista íntima em vendedora;

8. Empresa terá que indenizar empregado por anotar atestados médicos na CTPS;

9. Passageiros que tiveram malas extraviadas serão indenizados;

10. Concessionária deve reparar defeitos em veículo com vícios de fábrica.

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Receita libera programa para declaração do IR 2013 Os contribuintes que precisam declarar o IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física) este ano já podem baixar os programas para fazer e para enviar a declaração no site da Receita Federal a partir desta segunda-feira (25). O envio do documento, porém, só poderá ser feito a partir de sexta-feira (1), quando começa a valer o prazo deste ano. A expectativa é que 26 milhões de contribuintes entreguem a declaração em 2013. Quem envia a declaração logo no início do prazo, que vai até 30 de abril, recebe a restituição, se houver, nos primeiros lotes da Receita. Uma das novidades do programa deste ano facilitará a vida dos contribuintes que fazem pagamentos a escolas, a médicos, a hospitais etc. As informações sobre esses pagamentos poderão ser importadas da declaração do ano anterior, como já era feito com as informações sobre o contribuinte e seus bens e direitos. Ao abrir a declaração, o programa pergunta se o contribuinte quer importar os dados de 2012, que tipo de declaração quer fazer e quais pagamentos quer importar. Outra novidade é que os contribuintes terão de detalhar as doações feitas e os rendimentos isentos recebidos no ano anterior. Até a declaração entregue em 2012, o contribuinte tinha de relacionar os pagamentos e as doações em ficha única, denominada "Pagamentos e doações efetuados". A partir deste ano, haverá duas fichas: uma específica para doações e outra para pagamentos efetuados. Dois novos códigos passam a integrar a relação de doações que podem ser abatidas. São os códigos 45 e 46, que se relacionam com doações de incentivo ao Pronas/PCD (pessoas com deficiência) e ao Pronon (oncologia). QUEM TEM DE DECLARAR É obrigado a declarar o Imposto de Renda quem, em 2012: - Recebeu rendimentos tributáveis (exemplo: salário, aposentadoria, aluguéis) acima de R$ 24.556,65; - Recebeu rendimentos isentos (juros de poupança, FGTS), não tributáveis (seguro de veículo roubado/furtado, indenização em PDV) ou tributados apenas na fonte (13º salário, ganhos com aplicação financeira, prêmios de loterias) acima de R$ 40 mil; - Teve a posse ou propriedade, em 31 de dezembro, de bens ou direitos (imóveis, terrenos, veículos) acima de R$ 300 mil; - Obteve ganho de capital na venda de bens e direitos sujeito ao IR;

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- Realizou operações em Bolsas de Valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas; - Teve receita bruta de atividade rural acima de R$ 122.783,25; - Deseja compensar, na declaração deste ano ou nas próximas, prejuízos de anos anteriores com atividade rural; - Optou pela isenção do IR sobre o ganho de capital obtido na venda de imóveis residenciais ao usar o dinheiro integralmente na compra de imóveis residenciais no país no prazo de 180 dias contado da celebração do contrato de venda; - Passou, em qualquer mês, à condição de residente no país e estava nessa situação em 31 de dezembro; DECLARAÇÃO DE BENS O contribuinte deve listar na declaração seus bens e direitos no Brasil ou no exterior, assim como suas dívidas. Dívidas abaixo de R$ 5.000, no entanto, não precisam ser declaradas. Ficam dispensados de serem informados os saldos em contas correntes abaixo de R$ 140 e os bens móveis com valor abaixo de R$ 5.000, exceto carros, embarcações e aeronaves. Também não precisam ser informados os valores de ações ou outro ativo financeiro com valor abaixo de R$ 1.000. DOIS LIMITES A Receita já definiu que os contribuintes que ganharam, em 2012, até R$ 24.556,65, não estão obrigados a declarar (considerando apenas a variável "renda tributável", uma vez que há outras que determinam quem deve declarar ou não). Esses contribuintes devem ficar atentos, porque há outro limite, o de isenção, que é menor, de R$ 19.645,32 (esse valor corresponde a 12 vezes o limite mensal de isenção de 2012, de R$ 1.637,11). Significa dizer que quem ganhou entre R$ 19.645,32 e R$ 24.556,65 em 2012 provavelmente teve IR retido na fonte. Assim, para reaver esse dinheiro, será preciso que o contribuinte apresente a declaração, uma vez que a Receita não devolve o dinheiro se não recebê-la. Mesmo quem ganhou menos de R$ 19.645,32 pode ter tido retenção na fonte. Isso acontece quando o contribuinte recebe algum valor elevado de uma só vez (por exemplo, R$ 15 mil) ou um valor menor, mas por vários meses (R$ 5.000 por mês, durante três meses). Esse contribuinte também terá de declarar para receber de volta o IR retido sobre aqueles valores. Fonte: Folha de S. Paulo

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Impostos atrasados poderão ser trocados por precatórios A partir de maio a Prefeitura de Maringá vai permitir que os precatórios, que são as dívidas do município reconhecidas pela Justiça, sejam usados para quitar impostos e tributos de contribuintes que estão atrasados há mais de dois anos e que já foram executados judicialmente pela Secretaria da Fazenda de Maringá. Ontem, a Lei Municipal que trata da compensação de crédito tributário com débito do Município de Maringá decorrentede precatório judicial foi aprovada em segunda discussão pelos vereadores e, após a sanção do prefeito, terá que ser regulamentada em no máximo 30 dias. O chefe de gabinete, Ulisses Maia, afirmou que a administração já prepara a regulamentação da medida. "Não vamos perder nada e poderemos organizar orçamentariamente a situação." Maia explica que, através da lei, a prefeitura poderá limpar os débitos e os créditos pendentes. "Poderemos pagar a quem devemos e receber o que precisamos sem gastar nenhum centavo", afirmou. De acordo com o chefe de gabinete, os precatórios devidos poderão ser cedidos para terceiros, assim, quem precisa receber poderá negociar com quem deve para o município. "A prefeitura não vai se envolver nesta questão. Vai do interesse das partes e da negociação de quem tem os precatórios com quem tem impostos atrasados e cobrados judicialmente. Por qual preço, é indiferente. O que interessa para a prefeitura é que na hora de fazer o acerto, o valor da dívida vai ser igual ao do precatório." Maia relatou que a medida é uma prática comum no poder público. "Normalmente, os governos já fazem isto. Estamos trazendo para Maringá uma realidade de vários lugares do Brasil." A maior vantagem para o município, aponta o chefe de gabinete, é que a prefeitura tem que pagar os precatórios já reconhecidos pela Justiça e, com a compensação, vai ser possível quitar muitas pendências sem onerar o erário. "Ao invés de desembolsarmos dinheiro de investimentos para pagar precatórios, o que não é bom para a comunidade, poderemos tirar da dívida ativa pendente na Justiça que poderemos levar vários anos para receber." Além disso, a prefeitura poderá escapar das incertezas do Poder Judiciário. "Numa ação que questionamos R$ 1 milhão, por exemplo, um juiz pode entender que o débito com o município é de apenas R$ 100 mil", disse. Com a possibilidade de compensação, a Prefeitura de Maringá também criou um mecanismo que vai possibilitar o pagamento de precatórios sem seguir exatamente a fila de credores. "Com a homologação do acordo entre a prefeitura e o devedor, que será feita por um juiz, não haverá necessidade de seguir a fila, que precisa ser seguida quando os pagamento são feitos em dinheiro." Um exemplo de crédito que o município tem é sobre a cobrança de ISS sobre as operações de leasing. "Todos os bancos devem uma fortuna para a prefeitura, mas ajuizamos uma ação porque eles entendem que não. Os valores são altos e talvez agora fique mais fácil de resolver estas discussões judiciais." Ao mesmo tempo, Maia lembrou que a construtora que fez o Aeroporto Regional de Maringá tem R$ 10 milhões em precatórios para receber do município. Fonte: Odiario.com - Maringa

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Fonte: Terra - Economia

Empresa que comprou carro é condenada a pagar danos morais a vendedor Sentença homologada pelo juiz da 3ª Vara do Juizado Especial de Campo Grande, Luiz Cláudio Bonassini da Silva, condenou a empresa C. de F. e Cia Ltda. ao pagamento de R$ 10.000,00 a título de danos morais por ter descumprido o contrato de compra e venda do veículo do autor da ação, A.L.E. Narra o autor que vendeu seu veículo Fiat Strada, ano e modelo 2003, para a empresa ré em abril de 2009 e o contrato de compra e venda estipulou que a empresa se comprometeria a pagar uma parte em dinheiro e assumir as demais prestações do financiamento do veículo. Afirma que, após a venda, começou a ser cobrado pelo não pagamento do financiamento. Sustenta também que seu nome chegou a ser inscrito nos órgãos de proteção ao crédito. Afirma ainda que passou a receber multas referentes ao veículo em seu nome e teve os pontos lançados em sua carteira. Narra que tentou procurar a empresa para resolver a questão, mas não teve sucesso. Pediu, assim, a condenação da empresa em danos morais. A ré compareceu em audiência de conciliação e, em defesa, sustentou a total improcedência da ação. O pedido do autor foi julgado procedente, pois, conforme apurado nos autos,“a ré não honrou com sua obrigação, atrasando diversas parcelas, o que causou a cobrança judicial do autor e sua inscrição indevida nos cadastros de proteção ao crédito”. De acordo com a sentença, “é digna de má-fé a alegação da requerida de que o contrato não determina que ela seja obrigada a pagar as parcelas que assumiu na data de seus vencimentos, dando-lhe o direito de pagá-las quando possível. Mas é óbvio que o contrato assim impõe, decorre da própria boa-fé e da lealdade do sistema negocial, se a ré comprometeu-se a pagar as parcelas deve fazer o pagamento dessas nas datas de seus vencimentos e não quando bem entender”. Sobre as multas, foi julgada improcedente a alegação da ré de que as multas não foram retiradas do nome do autor por culpa exclusiva dele, isto porque a ré possuía o contrato de compra e venda do veículo, existindo diversos procedimentos administrativos que poderiam ser utilizados para excluir as multas do nome do autor. Assim, concluiu a sentença que “a ré descumpriu o contrato firmado entre as partes, foi inerte em resolver os transtornos causados ao autor, causando-lhe, sem qualquer questionamento, danos e transtornos que devem ser reparados por este Poder Judiciário”. Processo nº 0804636-10.2012.8.12.0110

Fonte: Terra - Econ

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Bradesco é condenado a pagar indenização trabalhista de R$ 1 milhão por danos morais Funcionário morreu em acidente automobilístico, quando se deslocava, em seu carro particular, para abastecer com dinheiro um posto bancário

A 4ª Vara do Trabalho de Rio Branco, no Estado do Acre, condenou o Banco Bradesco S/A ao pagamento de indenização por dano moral, no valor de R$ 1 milhão, à mãe de um ex-bancário, que morreu em serviço quando transportava valores para abastecer um Posto de Atendimento em Porto Acre. O banco foi condenado ainda a pagar à herdeira férias indenizadas acrescidas de 1/3, 13º salário proporcional, horas extras e reflexos, multa do §8º doartigo 477 da CLT. O bancário, filho da autora da ação, exercia a função de supervisor administrativo nível II e morreu em acidente automobilístico, quando se deslocava em seu carro particular, por determinação superior, sem segurança e sem nenhum treinamento específico, para a cidade de Porto Acre, onde abasteceria com dinheiro o posto bancário local. A petição inicial registra que essa não foi a única vez que o bancário foi obrigado a transportar valores para o Banco, havendo um caso em que ele foi intimado a depor em juízo em ação do Sindicato dos Bancários, mas teria sido ameaçado de demissão se não aceitasse realizar o serviço. Na sentença, a juíza do trabalho substituta, Jaqueline Maria Menta, afirma que os laudos periciais demonstram que o trabalhador não estava alcoolizado quando conduzia o veículo envolvido no acidente fatal, bem como que o acidente não ocorreu por negligência, imperícia ou imprudência dele, já que a conclusão é clara no sentido de que a responsabilidade pelo acidente foi do motorista do outro veículo.

Segundo a Juíza, o banco tinha ciência da falta de qualificação de seus empregados para o transporte de valores, haja vista que o empregado foi contratado para exercer função na área administrativa. Além disso, afirmou a magistrada, o banco não juntou no processo nenhum documento que demonstrasse ter atendido o disposto na Lei nº 7.102/83, que dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece normas para constituição e funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores e outras providências. "Uma vez que o de cujus estava exercendo função diversa daquela para a qual fora contratado, sequer tinha condições de saber os riscos da função, porquanto não fora submetido a treinamento para laborar naquela atividade, resta evidenciada, portanto, a culpa do empregador no acidente de trabalho sofrido por ele", fundamentou a Juíza. Para a Justiça, o banco, sem qualquer pudor, determinava a seus empregados que exerciam as funções dentro de suas agências bancárias, contratados para exercer as tarefas bancárias ou correlatas, que realizassem o transporte de valores para outras agências, PABs e bancos postais, utilizando veículo próprio, táxis ou aviões, violando a disposição legal, colocando a vida de seus empregados em risco, que restou comprovado neste caso, sobretudo porque a atuação ilegal do banco resultou na morte do trabalhador. A condenação do Bradesco ainda envolve o pagamento das custas processuais no valor de R$ 30 mil reais, calculadas sobre o valor de R$ 1.500.000,00, valor arbitrado provisoriamente à condenação para esse fim e para o recursal, considerados no cálculo o valor deferido a título de dano moral e a título de indenização mensal e os honorários advocatícios, complementáveis ao final. O Banco Bradesco S/A recorreu da decisão judicial, apresentando recurso ordinário. Processo nº 0000799-63.2012.5.14.0404 Fonte | Agência de Notícias da Justiça do Trabalho

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Hope do Nordeste é condenada por revista íntima em vendedora

A empresa Hope do Nordeste foi condenada a indenizar em R$ 27 mil por danos morais uma funcionária que era submetida a revista íntima. A sentença da 1ª vara do trabalho de Maracanaú foi confirmada por unanimidade pelos desembargadores da 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho do Ceará (TRT/CE). A empregada vendia lingerie pela internet. Ainda assim, ao final do expediente, ela e outras empregadas tinham que mostrar o conteúdo das bolsas, levantar a blusa e baixar as calças até o joelho. O fato foi confirmado por uma testemunha que havia trabalhado para a empresa fazendo revista nas empregadas e se lembrava de ter revistado a vendedora. “A prova testemunhal é clara ao indicar que havia revista pessoal sistemática no ambiente da empresa”, afirmou a juíza do trabalho Sandra Barros de Siqueira. Para a magistrada, a revista íntima é um procedimento mais barato para as empresas evitarem prejuízos, mais fere a dignidade das pessoas. Inconformada com a sentença da vara do trabalho de Maracanaú, a Hope ingressou com recurso no TRT/CE. Em sua defesa, alegava que esses procedimentos eram feitos de forma discreta, em cabines individuais, com fiscalização feminina e sem a necessidade de as empregadas se despirem. Porém, o argumento não foi suficiente para convencer os magistrados de segundo grau do TRT/CE. Após análise das provas testemunhais e documentos, o relator do caso, juiz convocado Judicael Sudário de Pinho, condenou a Hope do Nordeste por danos morais. “Resta evidente a prática reprovável usada pela reclamada”, destacou o magistrado, que teve voto seguido pelos demais membros da 2ª Turma do TRT/CE. Legislação - A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) proíbe o empregador de realizar revistas íntimas nas empregadas (Art. 373-A, VI). Já aConstituição Federal estabelece que são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação (Art. 5º, X). Processo nº 000991-40.2012.5.07.0032

EMPRESA TERÁ QUE INDENIZAR EMPREGADO POR ANOTAR ATESTADOS MÉDICOS NA CTPS A anotação, pela empresa, de atestados médicos na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) de um trabalhador levou a Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) a condenar a Cencosud Brasil Comercial Ltda. ao pagamento de indenização por danos morais. Para a Turma, a conduta da empresa expôs a intimidade do empregado e poderia prejudicar sua reinserção no mercado de trabalho.

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A CTPS deve ser utilizada apenas para o registro de dados relacionados ao contrato de trabalho (data da admissão, função, férias, entre outros). Informações desabonadoras, que "mancham" a imagem do trabalhador, como penalidades aplicadas ou o motivo da demissão, são vedadas pela CLT, noartigo 29, parágrafo 4º, pois podem atrapalhar a conquista de novo emprego. Anotações desabonadoras Durante o contrato de trabalho, o empregado precisou se afastar algumas vezes por motivo de saúde. Com o fim do vínculo empregatício, verificou que a empresa havia anotado em sua CTPS os atestados médicos apresentados, incluindo a CID (Classificação Internacional de Doenças) da doença que o acometeu. Inconformado, ajuizou ação trabalhista e afirmou que a conduta da Cencosud Brasil violou sua imagem e prejudicou a obtenção de novo emprego, razão pela qual seria devido o pagamento de indenização por danos morais. A empresa se defendeu e sustentou que não agiu com o objetivo de denegrir a imagem do trabalhador perante outros empregadores, e que as anotações ocorreram dentro do dever legal de registrar as ausências justificadas ao serviço. A Primeira Vara do Trabalho de Aracaju (SE) concluiu que a conduta da empresa excedeu o limite legal e a condenou a pagar R$ 5 mil a título de indenização. "A ilicitude do ato da empresa é nítida", afirma a sentença."Não há dúvidas de que a anotação de apresentação de atestados médicos visa prejudicar o empregado, desabonando sua imagem". A Cencosud interpôs recurso ordinário, e o Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região (SE) acolheu o apelo. Os desembargadores absolveram a empresa da condenação, pois concluíram que a anotação ocorreu dentro do poder diretivo do empregador no controle das faltas de seus empregados, e, portanto, sem qualquer intenção de prejudicar o trabalhador. O empregado recorreu ao TST e reafirmou o dever de a empresa reparar o dano causado. O relator do recurso na Sétima Turma, ministro Ives Gandra Martins Filho, acolheu o apelo e condenou a Cencosud a indenizá-lo. O ministro explicou que o ato de incluir na CTPS informações sobre seu estado de saúde configura a prática proibida de anotação desabonadora, já que tais dados podem prejudicá-lo quando da reinserção no mercado de trabalho. "Certas anotações, ainda que verídicas, podem ter o efeito perverso de desestimular futuro empregador a contratar o trabalhador", observou. Para o relator, a intenção da empresa foi a de coibir os afastamentos por licença médica ou denunciar a futuros empregadores a prática do trabalhador, o que poderia levá-lo a ser preterido em oportunidades de emprego por outro candidato que não tenha tais anotações e, por isso, poderia parecer "mais saudável ou mais assíduo ao trabalho ou, no mínimo, menos problemático para o desempenho das tarefas". Em ambos os casos, o ministro verificou "a intencionalidade no mínimo culposa, que afeta a imagem e intimidade da pessoa". A decisão foi unânime para restabelecer a sentença que fixou a indenização por danos morais em R$ 5 mil. Processo nº RR-333-83.2011.5.20.0001

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Passageiros que tiveram malas extraviadas serão indenizados

O juiz da 12ª Vara Cível de Campo Grande, Wagner Mansur Saad, condenou as empresas American Airlines e Gol - Linhas Aéreas Inteligentes (VRG Linhas Aéreas S.A.) ao pagamento de indenização por danos materiais, referente à recuperação das malas danificadas dos autores, L.C.A. e M.H.N.A., e por danos morais à quantia equivalente de R$ 15.000,00 para cada um dos autores. Os autores narraram nos autos que programaram uma viagem saindo de Campo Grande com destino a Nova York, com embarque marcado para o dia 23 de novembro de 2011, com retorno previsto para o dia 4 de dezembro de 2011, sendo que, na ida e na volta, passariam por escalas em São Paulo e Rio de Janeiro. Alegam que, ao chegarem em Nova York, após esperarem por mais de três horas, foram informados que suas bagagens teriam ido em outro voo da Gol. Assim, L.C.A. e M.H.N.A. afirmam que procuraram pelas malas, mas elas só foram entregues dois dias depois que chegaram na cidade. Informam que, como estavam sem suas bagagens, tiveram gastos com vestimenta e higiene, além de perceberam, após receberem as malas, que elas estavam danificadas e remexidas, o que lhes causou grande constrangimento. Desse modo, os autores pediram em juízo a condenação das rés ao pagamento de danos materiais, referente ao valor das malas atingidas e pelo prejuízo e, por danos morais, no valor aproximado a 30 vezes o valor do dano material, para cada uma das linhas aéreas. Em contestação, a Gol sustentou que o fato não pode ser considerado como extravio de bagagem, pois elas foram entregues aos autores após um tempo. A empresa também defendeu que não tem responsabilidade de ressarcir os autores, pois houve a recuperação física das malas e, sobre os danos morais, alega que não houve o desaparecimento das bagagens. Frisou ainda que o fato deve ser considerado corriqueiro para os dias atuais. Por fim, não reconheceu que o fato ocorrido seja caracterizado como dano material e moral, pois os autores não tomaram providências administrativas no que se refere ao prazo para reclamação. Para o juiz, “qualquer outra argumentação também não tem sucesso perante este juízo, eis que se deve entender que episódios como tal, não são características cotidianas, mas sim uma deficiência no serviço, cuja qualidade deve ser preservada em qualquer circunstância de normalidade e, se assim não ocorre, em nada interessa os motivos, pois inerentes ao risco de seu negócio”. O magistrado analisa nos autos que “o pedido indenizatório dos autores para o capítulo dos danos materiais é excessivo. Os requerentes não comprovaram a inutilização das malas, daí porque não se mostra coerente pretender que a indenização seja pelo preço de outro. O responsável pelo dano deve suportar a reconstrução da coisa ao estado anterior de evento, circunstância pela qual razão deve ser dada aos requeridos, quando dizem que o ressarcimento deve corresponder ao da recuperação”. Processo nº 0029056-51.2012.8.12.0001

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Concessionária deve reparar defeitos em veículo com vícios de fábrica A juíza Thereza Cristina Costa Rocha Gomes, da 14ª Vara Cível de Natal, condenou a concessionária Nove Nordeste Veículos Ltda a pagar à uma cliente indenização por dano material, bem como R$ 10 mil a título de compensação por danos morais, em virtude de ter sofrido alguns problemas com um veículo zero quilômetro adquirido junto àquela empresa e que até o presente momento continua sem solução. Pela decisão judicial, a concessionária deve ainda reparar efetiva, definitiva e integralmente, todos os defeitos do veículo automotor mencionados nos autos dentro do prazo de 30 dias, sob pena de, ao final desse prazo, ser condenada a substituir o veículo por equivalente em condições de uso, a partir daí sob pena de multa de R$ 10 mil por cada dia de atraso, até o limite de R$ 100 mil. A magistrada também condenou a empresa a entregar provisoriamente à autora, assim que depositar o veículo para o período máximo de 30 dias de reparos, outro automóvel que ao seu seja equivalente, para uso até que os reparos sejam feitos e a situação fique resolvida (ou pelo reparo efetivo, definitivo e integral do bem ou pela sua substituição em definitivo). Aqui também incide a mesma pena imposta no parágrafo anterior. A autora alegou nos autos que adquiriu veículo automotor (Jinbei Topic, 2011/2011, branca) na data de 15 de março de 2012, da Nove Nordeste Veículos Ltda e que essa compra se deu mediante financiamento com instituição financeira. Porém, que desde maio de 2012 o bem começou a apresentar sucessivos e diversos problemas mecânicos e de funcionamento, conturbando o uso diário e regular. Diante disso, a autora buscou a Justiça para solicitar antecipadamente a condenação da empresa a reparar em tempo razoável os problemas que o veículo apresenta, sob pena de multa diária, com substituição, enquanto durarem os reparos, por outro automóvel equivalente (a autora trabalha com transporte escolar). Definitivamente, pediu a confirmação da liminar cumulada com a condenação a pagar indenização por danos materiais e a condenação a compensar danos morais. A concessionária contestou afirmando a prestação adequada e regular dos serviços de assistência técnica. Negou dever de indenizar ou compensar. Quando julgou a ação, o magistrado declarou a relação jurídico-material existente entre autora e concessionária uma relação de consumo. De acordo como juiz, do carro zero quilômetro, ou seja, do carro que adquiro diretamente da concessionária, não se espera que defeitos apareçam tão cedo como apareceram no caso da autora (isto é, dois meses) - ainda mais de maneira tão variada (pneus, acabamento interno, estofamento e lataria). Ele também ressaltou que é fato que a concessionária não tem reparado os itens apresentados a conserto a contento, até pelo sucessivo retorno do veículo à oficina (24 de maio, 02 de julho, 07 de julho, 14 de setembro e 17 de setembro, como informado, aliás, pela própria concessionária nos autos. “É visível, portanto, que o carro não tem condições gerais - mecânicas, de segurança ou de conforto - para o uso que dele se espera. Pode-se até vir a utilizá-lo, mas o prejuízo operacional (de ir à oficina, buscar na oficina, e o tempo parado lá) será definitivamente considerável”, observou, frisando que a conduta da empresa violou a proteção legal do consumo frente à autora. Processo nº 0134663-31.2012.8.20.0001 Fonte | TJRN

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Boletim Informativo │ Ramos Ribeiro Advocacia Empresarial – março 2013.

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