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Boletim do 3º período do Agrupamento de Escolas de Miranda do Corvo.TRANSCRIPT
BREVES - A Personalidade do Mês (pretende dar a conhecer figuras de destaque em várias áreas da cultura e da cidadania) - O Autor do Mês (pretende dar a conhecer os autores das obras propostas pelas metas curriculares)
As BE em retrospetiva...
N E S T A
E D I Ç Ã O :
Breves
Leitor do Ano
Concurso
1
A BE vai à sala de
aula
Animação da
Leitura 1ºCEB - “O
que é a Poesia?”
2
Animação
Educação Pré-
Escolar
3
Dia Mundial do
Livro
SOBE
4
25 de Abril 5
Estória e
imagens do 25
de Abril
6
Workshop com
a escritora Élia
Ramalho
7
José Falcão 8
Visita dos alunos
monitores 9
Feiras
Parcerias internas e externas
10
LIBRORUM
A B R I L , M A I O , J U N H O 2 0 1 4 B O L E T I M N . º 3
As Bibliotecas
Escolares são
concebidas como
centros multimédia,
disponibilizando os
recursos necessários à
leitura, ao acesso,
utilização e produção
de informação em
diferentes suportes,
desempenhando um
papel central na
aquisição e
desenvolvimento de
competências de
informação e
formações de leitores.
Rede de Bibliotecas
Escolares – Lisboa : ME,
2002
Boletim Informativo das Bibliotecas do Agrupamento de Escolas de Miranda do Corvo
Os/As Premiados/as das BE
LEITOR DO ANO
BIBLIOTECA ESCOLAR MANUEL ALEGRE
Leitura Presencial
Francisco Tomé, nº 7, 6º C
Leitura domiciliária
Joana Amaro, nº 10, 6º A
BIBLIOTECA ESCOLAR MARIA AUGUSTA
CAMPOS
Leitura domiciliária
Vasco Rodrigues, nº14 5ºG
Concurso “O SABER NÃO OCUPA LUGAR”
1º Prémio: Lumena Quaresma, nº 15, 5º A (7 respostas certas) 2º Prémio: Beatriz Ventura, nº 3, 5º A (6 respostas certas) 3º Prémio: João Paiva, nº 9, 5º D (5 respostas certas) Martim Melo, nº 16, 5º D Rafael Cancela, nº 18, 5º D 1º Prémio: José Manuel Santos, nº 6, 5º G (4 respostas certas) 2º Prémio: José Júlio Abrantes, nº 10, 6º H (4 respostas certas) 3º Prémio: Ana Raquel P. R. Silva, nº 1, 6º G (4 respostas certas)
L I B R O R U M
PROJETO DE ANIMAÇÃO DA LEITURA “As asas que nos dão os livros”
Questionámos os alunos e alunas que participaram nas actividades de
promoção/animação da leitura sobre o que é a poesia, entre muitas
considerações, atendamos a estas que nos sugerem que poesia é
considerada uma forma de comunicação invulgar, são textos fora do
normal, há textos muito esquisitos (Maria – 4º ano), são histórias
especiais (Luísa – 2º ano), histórias em quadras que os escritores
querem que as crianças sintam (4º ano), histórias que nos fazem
sonhar (Daniela – 3º ano), onde algumas poesias são menos boas
para adormecer (Maria Inês – 3º ano), estimulante, a poesia é uma
coisa boa porque gosto de ler, aprendo coisas novas (Maria João – 4º
ano) gosto de poesia porque dá para cantar (Joaquim – 4º ano).
Mas, sem dúvidas… a poesia é bonita (Lara – 2º ano), é uma
flor (Martim – 1º ano), que a poesia tem cores (3ºano)! Os alunos e
alunas que participaram gostaram e nós, as professoras bibliotecárias
vamos voltar!
Animação da Leitura 1ºCEB - “O que é a Poesia?”
P Á G I N A 2
A Biblioteca vai à sala de aula
Mantendo-se a rotina da
biblioteca ir à sala de aula
para dar a conhecer livros
novos, autores e/ou
personalidades destacadas,
ilustradores(as), as
professoras bibliotecárias
realizaram leituras breves de
excertos de obras aos alunos
dos 2º, 3º ciclo e secundário.
Na educação pré-escolar e 1º
CEB realizaram-se leituras
integrais de livros.
Ambas as atividades tiveram
como objectivo promover e
incentivar a utilização da
biblioteca (serviço de
empréstimo) e a leitura.
P Á G I N A 3 B O L E T I M N . º 3
Animação Educação Pré-Escolar
“Olhe, por favor, não viu uma luzinha a piscar?”, ou
“Corre, coelhinho, corre!”, foi a obra de Bernardo
Carvalho que elegemos para desenvolver atividades
de promoção e animação da leitura com as crianças da
Educação Pré-Escolar. Uma obra singular, criativa,
que tem o mérito de, como alguém referiu, nos
mostrar como a “insubordinação do sentido” nos
permite uma pluralidade de leituras, desafia a ordem
estabelecida e diverte.
Ler de trás para a frente ou de frente para atrás é
invulgar, mas estimulante e lúdico, mesmo quando
não existe uma única palavra, para além do título das
histórias na capa e contra capa.
Um livro para abrir bem os olhos para quem o quiser
ler como deve ser…
Só ilustração, páginas cheias de cor e transparência,
como só a aguarela nos dá, onde muitos elementos se
cruzam, e muitas “histórias” se podem desenrolar, no
mesmo espaço e ao mesmo tempo. Depois, o que
pensar da procura insistente do pirilampo? E do (re)
encontro do cão com o coelho? São histórias de afetos
e sentimentos que sugerem leituras cruzadas com as
nossas próprias histórias.
Ler este livro às crianças foi fantástico! O desafio
ideal para quem ainda não sabe ler, andar atrás das
personagens e entrar no jogo de inventar…
Será que conseguimos? Será melhor voltar a lê-lo?
Para já, aqui ficam algumas leituras:
http://issuu.com/bib.ebjosefalcao/docs/
hist__rias_epe_3___per__odo/15?e=10516532/8416336
O projeto SOBE, desenvolvido no 2º período pelas bibliotecas em parceria com a Unidade de Cuidados da
Comunidade Torre de Sinos, assentou na leitura de histórias, na abordagem científica à higiene oral, em situações
lúdicas com recurso a fantoches e a jogos de vocabulário. Terminou com a exposição “Escovas de Dentes”, no
Centro de Saúde de Miranda do Corvo, no âmbito das comemorações do Dia Internacional do Enfermeiro, e na Expo
-Miranda, resultante do trabalho realizado pelas turmas da Educação Pré-Escolar, do 1º CEB e do Centro Infantil da
Fundação ADFP.
P Á G I N A 4
SOBE Saúde Oral nas Bibliotecas Escolares
Dia Mundial do Livro
Anualmente, no dia 23 de Abril comemora-se o Dia
Mundial do Livro e do Direito de Autor, que é um evento
organizado pela UNESCO e que tem como objetivo
central promover o livro e o prazer da leitura. A data
escolhida para marcar este evento, 23 de Abril, teve em
conta a data da morte de personalidades maiores da
literatura como foram Miguel de Cervantes e William
Shakespeare.
A ideia da comemoração teve origem na Catalunha: a 23
de Abril, dia de São Jorge, uma rosa é oferecida a quem
comprar um livro. Presentemente, a troca de uma rosa por
um livro tornou-se uma tradição em vários países do
mundo.
As bibliotecas escolares, para além da leitura em sala de
aula, destacou este dia com a afixação de impressões de
livros nas portas dos edifícios escolares.
Escolher e decidir o que ler é um
dos direitos inalienáveis do
leitor, entre outros, que Daniel
Penac eternizou, no entanto,
nem sempre foi assim. Todos
sabemos que, durante o período
da ditadura, muitas obras,
narrativas, poesia, notícias,
textos variados, foram
censuradas, truncadas e nunca
chegaram ao leitor, fosse este
adulto ou infantil.
A censura nunca percebeu, no
entanto, o alcance das obras de
António Torrado – O Veado
Florido e de Luísa Ducla Soares
– Soldado João, as quais,
veladamente ou não, falam de
liberdade e criticam a guerra
colonial.
Hoje é já possível ir às salas de
aula ler alguns contos da obra
7x25 de Margarida Fonseca
Santos e Inês do Carmo, e
mostrar interpretações e aspectos
importantes da História que hoje
vivemos, sem receio de sermos
perseguidos ou acusados de
insubordinação ou de ser
considerados inimigos do
regime.
P Á G I N A 5
25 ABRIL
O cidadão José Dias foi convidado pelas bibliotecas escolares para dar o seu testemunho a alunos do
3º CEB e ensino secundário sobre a sua experiência enquanto opositor ao regime ditatorial antes do 25 de
Abril. O dinamizador falou dos cinco pilares em que assentava o regime: partido único, censura, polícia
política, religião única e guerra colonial. Mostrou como se foi
construindo um outro Portugal, paralelamente ao Portugal da
ditadura, com pessoas resilientes, corajosas e interventivas, que
fundaram partidos políticos na clandestinidade, que divulgaram os
ideais democráticos, que foram presas e torturadas e/ou exiladas,
que arriscaram as suas vidas escamoteando a censura e a polícia
política e que criaram as condições para a Revolução dos Cravos.
José Dias refletiu sobre a maneira como os pilares da religião única e da guerra colonial começaram a ruir e
aceleraram a revolução. Com efeito, o Concílio do Vaticano II deu uma nova visão da religião e permitiu
aos católicos progressistas intervirem ativamente na construção de um novo Portugal. Também muitos
oficiais milicianos eram estudantes recrutados, muitos deles universitários, facto que ajudou à
concretização da Revolução, pois aqueles foram grandes apoiantes dos capitães de Abril. José Dias
terminou as duas intervenções apelando à mobilização dos jovens, no sentido de prepararem um futuro que
é incerto e que acarreta graves perigos, os quais devem ser enfrentados com determinação, conhecimento e
sensatez.
Também Alexandre Ramires nos falou do 25 de Abril, provocou-nos o olhar,
fixou-nos imagens, desfiou estórias a partir do rosto de pessoas anónimas, de
pessoas de hoje, do presente, atores com responsabilidades sociais e politicas.
A partir dos sais de prata que imobilizam o tempo desmontou os momentos
retidos de uma manifestação de um facto banal para nos levar a compreender
pedaços da história que não conhecíamos, desvendando o passado ainda tão
presente, fixando e reconstruindo memórias fotográficas. Apesar de uma
imagem, uma fotografia poder valer por mil palavras, segundo o investigador,
ela terá que ser sempre questionada, interrogada, cruzada com outras fontes
para que esteja apta a falar sobre o que
tem para dizer. Autor de várias obras, o professor e investigador
Alexandre Ramires recuou anos, séculos, na linha do tempo para
nos desvendar os caminhos que os historiadores de imagem
percorrem até chegar aos retratos de José Falcão e António José
de Almeida, entre ouros republicanos, que construíram a nossa
identidade.
P Á G I N A 6 Estórias e imagens do 25 de Abril
Élia Ramalho, escritora e ilustradora, responsável pela colecão “Artistas
com História”, voltou ao Centro Educativo de Miranda do Corvo para
dinamizar um workshop sobre pintores e dar a conhecer o seu novo livro
Picasso. Esta coleção tem como objetivo, segundo a autora, educar o gosto
pela arte, fazer sentir, pensar e refletir uma obra de arte, estimular a
imaginação e a criação a partir do conhecimento de uma obra de arte e do seu
autor, dar a conhecer vários artistas que fazem parte do património artístico
mundial e o contexto sociocultural em que cada um deles desenvolveu a sua
obra e, entre outros, motivar para a fruição da arte e criação de atividades
artísticas. Os alunos e docentes contactaram com obras desta coleção,
nomeadamente: Frida Kahlo, Vincent Van Gogh e Picasso, tendo sido
adquiridas pelas bibliotecas escolares e encontraram-se à disposição dos
leitores.
P Á G I N A 7
Workshop com a escritora Élia Ramalho
José Falcão - Patrono da Escola P Á G I N A 8
José Falcão, como é conhecido, nasceu a 1 de junho de 1841,
no lugar de Pereira, concelho de Miranda do Corvo. Viveu e estudou
em Coimbra.
A sua vida académica, enquanto aluno e docente, foi exemplar:
matriculou-se pela primeira vez nas Faculdades de Matemática e
Filosofia no dia 7 de outubro de 1857 e concluiu a sua licenciatura
em Matemática em 21 de junho de 1864. Recebeu o grau de Doutor
em 31 de julho de 1869. Em 3 de agosto de 1870, foi nomeado lente
substituto da Faculdade de Matemática e, no dia 8 de maio do ano
seguinte, passou a Professor Catedrático. Regeu as cadeiras de
Mecânica Celeste e Astronomia. Trabalhou também no Observatório
Astronómico, tendo sido nomeado Diretor no dia 28 de julho de
1890.
Político republicano, lutou pela mudança do regime e defendeu alterações profundas no campo
social. Colaborou em diversos jornais, tendo fundado, em 1878, o semanário republicano "A Justiça".
Publicou vários livros: uns sobre assuntos da sua especialidade, outros de
propaganda republicana, como por exemplo, a "Cartilha do Povo", escrito
em 1884 e que é a sua obra mais divulgada (até 1891 foram editados 55 mil
exemplares).
Depois da malograda revolta republicana de 31 de janeiro de 1891, dedicou-
se à reorganização do partido republicano, no Porto, tendo escrito vários
artigos políticos no "Voz Pública" e ali reuniu uma assembleia da qual saiu
o Manifesto, que redigiu.
Foi proposto para deputado em 23 de outubro de 1892.
Faleceu em Coimbra a 14 de janeiro de 1893, com 51 anos de idade.
Homenagens póstumas: em 1894, lançamento da obra "Memória a José
Falcão", com prefácio do poeta Guerra Junqueiro; placa da sua residência,
em Coimbra; placa na sua casa de Pereira, terra onde nasceu; a data do seu nascimento celebra o Feriado
Municipal de Miranda do Corvo (1 de junho); o seu nome foi dado à mais destacada praça da vila e ao
Agrupamento de Escolas; é também o patrono do antigo Liceu D. João III, hoje "Escola José Falcão" de
Coimbra.
Com o objetivo de reconhecer o trabalho dos alunos
monitores das bibliotecas do Agrupamento, bem como de lhes
proporcionar um momento de aprendizagem, as professoras
bibliotecárias organizaram uma visita de estudo à Biblioteca Geral e
e à Biblioteca Joanina da
Universidade de Coimbra,
dado que estes alunos se
empenharam a apoiar as bibliotecas escolares em diferentes
atividades.
Os alunos puderam tomar conhecimento de algumas dinâmicas das
bibliotecas visitadas, a partir da explicação dos técnicos que,
simpaticamente, os acolheram e os orientaram pelas salas do
catálogo, de leitura, dos reservados e de catalogação, bem como
pelos depósitos da Biblioteca Geral e, finalmente, pela maravilhosa
Biblioteca Joanina. Aqui só não se deixou ver a eficaz comunidade
de morcegos que, zelosamente, apoia na preservação e proteção de
tão rico espólio. No piso intermédio da Biblioteca os alunos
também puderam apreciar a exposição que assinala o quarto
centenário da publicação da “Peregrinação” de Fernão Mendes
Pinto e espantaram-se com a Prisão Académica.
A apreciação realizada demonstra o interesse que esta visita
suscitou, aqui ficam os testemunhos dos alunos monitores:
“Eu gostei mais da Biblioteca Joanina, porque é antiga, estilo
barroco, parece uma igreja e tem os morcegos e isto é muito
interessante!” – Júlio Abrantes, nº 10, 6º H
“Gostei principalmente de ver os manuscritos na Biblioteca Geral. Acho que se deviam fazer mais visitas
como estas para motivar a ida a bibliotecas.” – Maria João, nº 15, 9º D
“Achei interessante a visita porque não sabia que havia cofres com livros, escadotes dentro das estantes e
por haver prisões para estudantes.” – Carolina Pinto, nº 7, 8º A
“Eu gostei principalmente da estrutura e decoração da Biblioteca Joanina. Para além disso, também gostei
da organização dos livros em ambas as bibliotecas e da área de
estudo espaçosa e confortável.” – Isis Dias, nº 10, 7º C
“Eu gostei imenso da visita às Bibliotecas Joanina e Geral, porque
nunca tinha visto manuscritos antigos, por isso esta visita foi
interessante para mim.” – Alexandre Cardoso, nº 3, 7º F
“Gostei muito e gostava de voltar, mas a meio do ano.” - João Luís,
nº 11, 7º C
Alunos monitores das bibliotecas escolares visitam a Biblioteca Geral e a Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra
Feiras
Parcerias Internas
As BE participaram no Dia Eco-Escolas, em 23 de abril, com uma feira do livro usado, na EB 2.3 C/B Sec.
José Falcão e na EBI/JI Ferrer Correia.
Parcerias Externas
As BE colaboram nas atividades “Ler em Família”, mensalmente,
dinamizando a leitura e outras formas de expressão/comunicação.
Parcerias
Nos dias de feira É sempre bom comprar um livro, Novo ou usado, Mas também podes esperar Pelo Dia do Doado
DIA DA LÍNGUA PORTUGUESA E DA CULTURA NA CPLP
As BE assinalarm o Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na CPLP, 5 de maio, divulgando documentos dos primórdios da língua portuguesa, tanto os originais como a sua versão atual, a saber:
Testamento de D. Afonso II (1214) e Notícia dos Fiadores (1175)
Remetemos o link para as imagens digitalizadas disponíveis na base de dados do Arquivo Nacional Torre do Tombo:
- Testamento de D. Afonso II: http://digitarq.arquivos.pt/details?id=1437285
- Notícia de Fiadores: http://digitarq.arquivos.pt/details?
id=4380613