boletim anoreg/rj - ed. 03
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Boletim ANOREG/RJ - Ed. 03TRANSCRIPT
DOCUMENTOS
ELETRÔNICOSANOREG firma parceria para ampliação no uso da tecnologia pelos registradores de imóveis do estado
Os juízes do CNJ Antônio Carlos Alves Braga e Marcelo Martins Berthe com o presidente da ANOREG/RJ Renaldo Bussière
Saiba mais sobre a
Gestão Documental
ARTIGOA importância do registro do
contrato de alienação fiduciária
ADMINISTRAÇÃO
ANOREG/RJAssociação dos Notários e Registradores do Estado do Rio de Janeiro
Ano I . Edição 03 . Julho 2011
www.anoregrj.com.br
HOMENAGEMDeputado Wagner Montes
participa do Dia do Registrador Civil
BOLETIMANOREG / RJAno I . Edição 03 . Julho 2011
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Esta edição do Boletim da Anoreg tem um caráter festivo. Nós
comemoramos no Auditório Tabelião Balbino, dia 14 de julho, o dia
estadual do Registrador Civil com a participação de vários colegas
registradores, notários e com a ilustre presença do Deputado Wagner
Montes.
Durante a solenidade, o presidente da ARPEN/RJ, Claudio de
Freitas Figueiredo Almeida, discursou sobre a importância do registrador
na sociedade e do trabalho, muitas vezes desenvolvido voluntariamente,
com o propósito de diminuir o sub-registro de nascimentos. Há cinco
anos, de acordo com dados do IBGE, cerca de 400 mil bebês nascidos não
eram registrados. Isto representava 13% dos nascimentos anuais.
Autor da Lei nº 5047/2007, o Deputado Estadual Wagner Montes,
prestigiou o encontro e firmou o compromisso de trabalhar por um fundo
de custeio para os atos praticados gratuitamente.
No dia 21, tivemos a presença dos juízes do CNJ Marcelo Berthe e
Antônio Carlos Alves Braga e o presidente da ARISP - Associação dos
Registradores de São Paulo, Flauzilino Araújo dos Santos, na assinatura de
um contrato de parceria para a troca de tecnologia. Os registradores de
imóveis de São Paulo disponibilizam seus registros num prazo máximo de
cinco horas para consulta pelos Órgãos Públicos conveniados. No estado
do Rio, os municípios de Cabo Frio e Teresópolis já fazem uso desta
ferramenta.
Ainda na edição de julho, debatemos a importância do registro de
contratos de alienação fiduciária e os eventuais problemas pela não
observância desta obrigatoriedade pelos bancos e instituições financeiras.
Gostaria de agradecer a todos que compareceram à sede da
ANOREG na Assembléia Geral realizada no dia 4 de julho e reafirmo o
compromisso, assumido na data, de continuar com o trabalho que vem
sendo desenvolvido por toda a Diretoria da Entidade em prol da nossa
classe.
Cordialmente,
Renaldo BussièrePresidente da ANOREG/RJ
“
“
Reafirmo o
compromisso de
continuar com
o trabalho que
vem sendo
desenvolvido
por toda a
Diretoria da
Entidade
editorial
Prezado(a)
leitor(a),
Expediente:
ASSOCIAÇÃO DOS NOTÁRIOS E REGISTRADORES DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPresidente Renaldo Bussière - 1º Vice-Presidente Carlos Alberto Firmo Oliveira2º Vice-Presidente Alan do Nascimento Oliveira - Diretor Enoreg José Antônio MarcondesJornalista responsável Claudia Carvalho (MTB 22432) - Designer Gráfico Simon MeloANOREG / RJ - Rua da Ajuda - nº 35 - 4º andar - Centro - Rio de Janeiro/RJ - CEP: 20040-000Tel/Fax: 21 3262-1200 - www.anoregrj.com.br - BOLETIM ANOREG / RJ - Ano I . Edição 03 - Julho 2011
BOLETIMANOREG / RJAno I . Edição 03 . Julho 2011
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Registradores e notários no auditório Tabelião Balbino da ANO
Deputado
participa de solenidade na ANOREG/RJ
em comemoração ao Dia do Registrador
Civil e reafirma compromisso com a
categoria
Wagner Montes
Associados comemoram o
Dia do Registrador Civil
solenidade que reuniu os
Associados do Estado na
sede da A NO R E G/ R J
teve a presença do
Deputado Es tadual
Wagner Montes. Autor da Lei que criou o
dia do Registrador Civil, o Deputado
reafirmou seu compromisso de trabalhar
na proposta de criação de um fundo que
auxilie o custeio dos atos praticados de
forma gratuita pelos cartórios. Na ocasião,
o presidente da ARPEN/RJ-Associação
dos Registradores de Pessoas Naturais
Claudio de Freitas Figueiredo Almeida
discursou sobre a importância do registro
civil e do papel do registrador na
sociedade. Frisou o trabalho voluntário
desenvolvido pelos registradores em
tragédias como a do Morro do Bumba, em
Niterói, e da região Serrana do Estado "O
registrador, dentro das atribuições a ele
conferidas pelo poder público, é um
profissional cujo papel vai além do ato de
registrar o nascimento, o casamento e o
A
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Wagner Montes
debate com os registradores
presentes ao encontro
Maria Aparecida Alves de Miranda do
Ofício Único de Areal e Wagner Montes REG/RJ no dia 14 de julho
Renaldo Bussière,
Wagner Montes e
Claudio Figueiredo de Almeida
O Deputado recebe o pin
da ANOREG / RJ
“
“
O registrador é
o principal elemento
no combate ao
sub-registro que
atinge números
alarmantes em
algumas áreas do
estado do Rio
óbito. A nossa categoria tem a exata noção
da importância destes documentos na
vida do cidadão e na garantia dos direitos
fundamentais de cidadania”.
Na mesa diretora, além do
Deputado Wagner Montes, de Claudio
Figueiredo Almeida e da representante do
Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro,
Valeria Negrões, o presidente da
ANOREG/RJ , Renaldo Buss ière ,
parabenizou todos os registradores e
reafirmou o compromisso com o
Deputado Wagner Montes de trabalhar no
projeto de criação de um fundo que venha
a remunerar os notários e registradores
pelos atos praticados gratuitamente. "O
registrador civil é o principal elemento no
combate ao sub-registro que atinge
números alarmantes em algumas áreas do
estado do Rio. A certidão de nascimento é
o documento que confere à criança os
direitos durante toda a vida. É inaceitável
que este problema ainda exista num país
em franco crescimento econômico e
desenvolvimento como o Brasil".
Deputado Estadual mais votado
do país, Wagner Montes esteve presente
nas três últimas comemorações do Dia do
Registrador (dia 13 de julho), ocasiões nas
quais a categoria debate as principais
questões dos cartórios de registro civil
com o objetivo de incentivar um
intercâmbio produtivo para a solução dos
problemas no setor.
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Flauzilino Araújo dos Santos e Renaldo Bussière
após a assinatura da parceria
prevê o uso de novas tecnologias na
modernização dos serviços cartoriais
Termo de cooperação
urante evento realizado
no dia 21 de julho, na
sede da ANOREG/RJ, e
que contou com a
presença dos juízes do
CNJ - Conselho Nacional de Justiça
Antônio Carlos Alves Braga e Marcelo
Martins Berthe, foi firmado um acordo de
parceria para a utilização da tecnologia e
serviços já existentes no sistema da ARISP
- Associação dos Registradores
Imobiliários de São Paulo no estado do
Rio, em parceria com o IDEAL -
Os juízes presentes ao encontro
fazem parte da Comissão Especial para
Gestão Documental Extrajudicial, criada
para reorganizar e sistematizar os
documentos cartoriais no país. Este grupo
desenvolve, há sete meses, normas padrão
com o objetivo de normatizar o serviço de
emissão, guarda e digitalização de
certidões e outros documentos providos
através dos serviços notariais e de
registro.
Criada em dezembro de 2010
pelo CONARQ - Conselho Nacional de
Arquivo, por meio da portaria 94/2010, a
Instituto
de Estudos Notariais e Registrais Tabelião
Antonio Albergaria Pereira
DComissão Especial tinha como
atribuições propor esforços e ações de
modernização, organização e gestão dos
documentos cartoriais da Amazônia
Legal. Atualmente este escopo foi
ampliado para todo o Brasil.
Uma das medidas propostas é a
virtualização dos documentos, ou seja, os
registros cartoriais deverão estar
disponíveis em formatos eletrônicos pré-
estabelecidos e certificados digitalmente.
Outra medida é a microfilmagem dos
documentos guardados de forma
permanente nos cartórios.
A meta do CNJ é que estas
normas possam ser cumpridas num
prazo de um ano após a publicação pelo
Órgão.
No evento da ANOREG, o
presidente da entidade Renaldo Bussière,
o presidente da ARISP Flauzilino Araújo
dos Santos, jutamente com o presidente
do IDEAL Valestam Costa assinaram o
termo de cooperação que contempla o
desenvolvimento de aplicativos digitais
para uso dos registradores de imóveis do
estado além da distribuição e divulgação
destes programas. Na ocasião, foi
realizada uma demonstração do
aplicativo, já em uso, no estado de São
Paulo e nos cartórios do 1º ofício de
Cabo Frio e no 2º ofício de Teresópolis, no
Rio. Através do CPF, o sistema aponta
quais os registros existem em nome da
pessoa pesquisada, no registro de imóveis.
A parceria conta também com a
participação do IDEAL, na área
acadêmica.
Integram a Comissão Especial os
juízes auxiliares do CNJ Marcelo Martins
Berthe (presidente) e Antônio Carlos
Alves Braga Júnior, o 1º Oficial de
Registro de Imóveis de São Paulo e
Pre s idente da Assoc iação dos
Registradores Imobiliários de São Paulo
(ARISP) Flauzilino Araújo dos Santos,
o 5º Oficial de Registro de Imóveis
de São Paulo Sérgio Jacomino, o
Coordenador de Preservação da
Fundação Biblioteca Nacional Jayme
Spinelli Júnior e a Gerente do Sistema
de Informações do Arquivo Nacional
Silvia Ninita de Moura Estevão.
Participam também o especialista em
preservação digital Carlos Augusto
Silva Ditadi e a especialista em
conservação preventiva Emiliana
Brandão do Arquivo Nacional.
Carlos Alberto Firmo Oliveira,
vice-presidente da ANOREG/RJ
assina o documento na presença de
Valestam Costa, presidente do IDEAL
Petrúcio Malafai, Renaldo Bussière e
Fernando Cesar Melgaço
BOLETIMANOREG / RJAno I . Edição 03 . Julho 2011
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uito se fala sobre o
Registro Público para
desestimular o cidadão
a buscar seus benefícios.
Parte do discurso para
falta de isentivo do registro trata do
acesso ao serviço e à agilidade na sua
realização, afirmando que o cidadão que
buscar a garantia de seus direitos com o
registro passaria por uma longa
peregrinação pelos cartórios. Um dos
motivos que sempre foi levantado para
desencorajar o cidadão a buscar o registro
dos contratos com alienação fiduciária de
veículos seria a dificuldade em realizá-lo,
tratada pelos que não querem o registro
como desumana burocracia. O processo
de registro envolve análise do documento
quanto à legalidade e forma, cálculo do
custo, emissão de recibo detalhado,
comparação das vias, lançamento de
dados nos livros de protocolo, registro e
indicador pessoal, transcrição do
documento, certificação das vias, fixação
do selo de fiscalização, anotações no
controle de selos, no controle interno do
valor a ser repassado aos Tribunais de
Justiça, arquivamento da via da serventia e
finalmente liberação do documento ao
cliente. Todo esse processo, no caso de
contratos de financiamento, por exemplo,
raramente ultrapassa quarenta e oito
horas para ser concluído e, dependendo
do volume de documentos a ser registrado
no período, pode ser finalizado em menos
de vinte e quatro horas, ou seja, no mesmo
dia. Chamar essa situação de longa
peregrinação, ou de desumana
burocracia, é absurdo e irreal.
M
Apesar dos evidentes benefícios
ao cidadão, há a tentativa de incutir o
sentimento de repugnância com relação
ao serviço registral. Os únicos
interessados na não realização dos
registros seriam os que querem dificultar
o processo, impedindo a transparência
dos contratos entre agentes financeiros e
consumidores de crédito.
Sobre o texto do art. 1.361 do
Código Civil que – segundo interpretação
dos que não querem que esses
documentos sejam registrados –
autorizaria a simples anotação do
gravame no Certificado de Registro de
Veículo, considere ainda o comentário no
livro “Novo Código Civil Comentado” –
ed. Saraiva, 1ª ed., 2002, página 1199, de
coordenação do Relator do Projeto que
alterou o Código Civil, o então Deputado
Federal Ricardo Fiúza: “Para que a
propriedade fiduciária constitua-se
juridicamente, isto é, seja hábil para gerar
efeitos no mundo do direito, faz-se mister,
impreterivelmente, a observância dos
requisitos contidos no § 1º do art. 1.361.
Todavia constata-se um sério equívoco, no
texto do aludido parágrafo, que
compromete alguns dos efeitos
caracterizadores da natureza real do
próprio instituto, pois em se tratando de
veículo automotor, diante do emprego da
c o n j u n ç ã o “ o u ” u t i l i z a d a
inadequadamente, ficaria excluído o
registro do contrato no Cartório do
Registro de Títulos e Documentos,
contentando-se a norma com a simples
inscrição na repartição de trânsito
competente para o licenciamento, com as
anotações de praxe no certificado de
registro do automóvel (§ 1º, in fine). Sem
dúvida, essa não foi a vontade do
legislador e, por conseguinte, não é a
mens legis, tudo levando a crer que não
passou de um lamentável erro de
digitação que acabou passando
despercebido por todos, durante as
intermináveis fases de revisão. Basta que
lancemos os olhos para a Lei dos
Registros Públicos (arts. 127 a 131)
quando trata do registro de títulos e
documentos e transcrição dos respectivos
instrumentos particulares. Sem nenhum
sentido, sobretudo em sede de direitos
reais, a prática de um negócio jurídico
dessa ordem, voltada à concretização de
propriedade fiduciária, realizada à
margem do Registro de Títulos e
Documentos.” Ou seja, o próprio Relator
do Projeto do novo Código Civil
corrobora a informação de que a
alternativa criada no Código Civil da
alienação fiduciária constituir-se com
registro no Registro de Títulos e
Documentos do domicílio do devedor,
“ou”, em se tratando de veículos, na
repar t ição competente para o
licenciamento, fazendo-se a anotação no
certificado de registro, na verdade
somente pode ter sido um erro de
digitação. Isto porque os Detrans não
têm competência constitucional para
fazer registros, como afirmou o
deputado em audiência pública da
Comissão de Defesa do Consumidor,
em 20/10/2004.(1)
A intenção do legislador seria
garantir maior transparência nessa
situação, fazendo com que, além da
necessidade natural do registro para se
atribuir segurança jurídica para ambos os
contratantes e para terceiros, ainda se
anote no Certificado de Registro do
veículo a existência dessa alienação
constituída com o registro. Com base
nesse erro de digitação, tenta-se
convencer o cidadão de que ele não deve
querer o registro do seu contrato, a
despeito das interpretações extraídas de
resolução do Conselho Nacional de
Trânsito, de entendimento referendado
pelo próprio relator do Código Civil e de
todas as demonstrações de que a falta do
r e g i s t r o de i x a o c on sum idor
desguarnecido frente aos eventuais
abusos cometidos por agentes financeiros.
Artigo graciosamente cedido pelo
Dr Carlos Renato de Oliveira Leão
Oficial do Registro de Títulos e Documentos e
Civil das Pessoas Jurídicas de Uberaba
(1) Grifo nosso
Registro público do contrato de alienação fiduciária