boletim econômico acicg · o consumidor vai gastar seu dinheiro em outro lugar. repetimos,...

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Associação Comercial e Industrial de Campo Grande 10 de junho de 2017 Número 20, Ano II Se o termômetro registra febre, quebre o termôme- tro. Se o mensageiro trouxe más notícias, mate-se o mensageiro. A situação é tão estranha que nem mesmo os núme- ros oficiais deixam de apresentar versões alter- nativas. Comecemos com um tema simples: o mês de junho de 2017 não conseguiu melhorar a marca de 2016! No fundo, já era um resultado esperado, considerando o ab- surdo número de feriados e pontes e pontos facultativos (obrigatórios), que apresen- tam um duplo problema para a economia local: menos oportunidade de receita por falta de clientes e êxodo de ca- pital, porque evidentemente o consumidor vai gastar seu dinheiro em outro lugar. Repetimos, portanto, o pa- drão de abril, com muitos fe- riados, tivemos um resultado pior do que o do ano passado. Não é possível, contudo, atri- buir a totalidade dos proble- mas aos feriados: ninguém sabe o que acontecerá ama- nhã ou nas próximas horas, portanto, planejamento pas- sou a ser um exercício de “chutometria” pura. Mas como sempre, tudo tem um lado bom: o brasileiro está começando a se acostumar a não saber quem é o presi- dente, o que pode resultar em uma mudança interessante de posicionamento, levando-nos a considerar a desimportân- cia do Estado, portanto, será mais fácil entender que deve ser muito reduzido. Enquanto o governo do es- tado tenta de toda forma criar factoides como se fossem grandes conquistas, nossos bravos consumidores se des- dobraram mais uma vez e es- tão recuperando o seu cré- dito. Cartas na mesa. Segue o jogo! Boletim Econômico ACICG A conta do almoço. A Constituição de 1988 é chamada de “Cidadã”. Incluiu direitos para trabalhadores como redução da jornada, abono de férias, 13º salário para apo- sentados, seguro-desemprego, licenças materni- dade e paternidade, direito a greve, liberdade sin- dical etc., mudanças positivas do ponto de vista do trabalhador e do aposentado, mas analisando bem, todo benefício tem um custo. A Constituição criou monopólios do governo so- bre setores da economia (mineração, telecomuni- cação, petróleo, entre outros). Além de 12 direitos sociais (transporte, lazer, previdência social, as- sistência ao desamparado etc.). O governo passou a ser responsável por transferir renda e, para isso, paternalista, provedor, garantidor de benefícios e vetor da economia. Em 88, o governo arrecadava 24% do PIB e inves- tia 3%. Hoje, arrecada 35% do PIB, mas isso não é suficiente, apesar da péssima qualidade do ser- viço. O investimento hoje é de 2,5% do PIB. Com os gastos superiores à arrecadação, cresce a dívida e com ela, os juros. Hoje essa conta con- some cerca de 8% do PIB. A Previdência leva 12% e crescendo. Com apenas 14 por cento de idosos, gastamos com previdên- cia a mesma coisa que o Japão, que tem 26 por cento de idosos. Mas nossa população está enve- lhecendo rapidamente. Dos 3,1% de déficit da Previdência, segundo a FGV, apenas 1% corresponde ao INSS (que bene- ficia 28,3 milhões de aposentados). Os 2,1% res- tantes correspondem a servidores públicos da União, Estados e municípios (apenas 4,2 milhões de aposentados, recebem cerca de 4 vezes mais de aposentadoria). Por outro lado, enquanto as despesas do RPPS (servidores públicos) diminuem ao longo do tempo, as do RGPS (trabalhadores CLT) só au- mentam. É preciso reformar tudo mesmo. Previdência e juros correspondem a 20% do PIB. Onde estão os outros 25%? Custeio da máquina pública, folha, superfaturamento e corrupção. #JuntosFaremos! Podemos estar prestes a descobrir que o Estado não tem nenhuma importância. Todas as bolas de cristal estão em pane.

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Page 1: Boletim Econômico ACICG · o consumidor vai gastar seu dinheiro em outro lugar. Repetimos, portanto, o pa-drão de abril, com muitos fe-riados, tivemos um resultado pior do que o

Boletim Econômico ACICG Associação Comercial e Industrial

de Campo Grande 10 de junho de 2017 Número 20, Ano II

Se o termômetro registra

febre, quebre o termôme-

tro. Se o mensageiro

trouxe más notícias,

mate-se o mensageiro.

A situação é tão estranha

que nem mesmo os núme-

ros oficiais deixam de

apresentar versões alter-

nativas.

Comecemos com um tema

simples: o mês de junho de

2017 não conseguiu melhorar

a marca de 2016!

No fundo, já era um resultado

esperado, considerando o ab-

surdo número de feriados e

pontes e pontos facultativos

(obrigatórios), que apresen-

tam um duplo problema para

a economia local: menos

oportunidade de receita por

falta de clientes e êxodo de ca-

pital, porque evidentemente

o consumidor vai gastar seu

dinheiro em outro lugar.

Repetimos, portanto, o pa-

drão de abril, com muitos fe-

riados, tivemos um resultado

pior do que o do ano passado.

Não é possível, contudo, atri-

buir a totalidade dos proble-

mas aos feriados: ninguém

sabe o que acontecerá ama-

nhã ou nas próximas horas,

portanto, planejamento pas-

sou a ser um exercício de

“chutometria” pura.

Mas como sempre, tudo tem

um lado bom: o brasileiro está

começando a se acostumar a

não saber quem é o presi-

dente, o que pode resultar em

uma mudança interessante de

posicionamento, levando-nos

a considerar a desimportân-

cia do Estado, portanto, será

mais fácil entender que deve

ser muito reduzido.

Enquanto o governo do es-

tado tenta de toda forma criar

factoides como se fossem

grandes conquistas, nossos

bravos consumidores se des-

dobraram mais uma vez e es-

tão recuperando o seu cré-

dito.

Cartas na mesa. Segue o jogo!

Boletim Econômico ACICG

A conta do almoço. A Constituição de 1988 é chamada de “Cidadã”.

Incluiu direitos para trabalhadores como redução

da jornada, abono de férias, 13º salário para apo-

sentados, seguro-desemprego, licenças materni-

dade e paternidade, direito a greve, liberdade sin-

dical etc., mudanças positivas do ponto de vista

do trabalhador e do aposentado, mas analisando

bem, todo benefício tem um custo.

A Constituição criou monopólios do governo so-

bre setores da economia (mineração, telecomuni-

cação, petróleo, entre outros). Além de 12 direitos

sociais (transporte, lazer, previdência social, as-

sistência ao desamparado etc.). O governo passou

a ser responsável por transferir renda e, para isso,

paternalista, provedor, garantidor de benefícios e

vetor da economia.

Em 88, o governo arrecadava 24% do PIB e inves-

tia 3%. Hoje, arrecada 35% do PIB, mas isso não é

suficiente, apesar da péssima qualidade do ser-

viço. O investimento hoje é de 2,5% do PIB.

Com os gastos superiores à arrecadação, cresce a

dívida e com ela, os juros. Hoje essa conta con-

some cerca de 8% do PIB.

A Previdência leva 12% e crescendo. Com apenas

14 por cento de idosos, gastamos com previdên-

cia a mesma coisa que o Japão, que tem 26 por

cento de idosos. Mas nossa população está enve-

lhecendo rapidamente.

Dos 3,1% de déficit da Previdência, segundo a

FGV, apenas 1% corresponde ao INSS (que bene-

ficia 28,3 milhões de aposentados). Os 2,1% res-

tantes correspondem a servidores públicos da

União, Estados e municípios (apenas 4,2 milhões

de aposentados, recebem cerca de 4 vezes mais de

aposentadoria).

Por outro lado, enquanto as despesas do RPPS

(servidores públicos) diminuem ao longo do

tempo, as do RGPS (trabalhadores CLT) só au-

mentam. É preciso reformar tudo mesmo.

Previdência e juros correspondem a 20% do PIB.

Onde estão os outros 25%? Custeio da máquina

pública, folha, superfaturamento e corrupção.

#JuntosFaremos!

Podemos estar prestes a descobrir que o Estado não

tem nenhuma importância.

Todas as bolas de cristal estão em pane.

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Boletim Econômico ACICG Associação Comercial e Industrial

de Campo Grande 10 de junho de 2017 Número 20, Ano II

MCV/ACICG Jun/2017

No mês de junho de 2017 o

Movimento do Comércio Va-

rejista apurado pela ACICG

foi de 89, sete pontos inferior

a maio deste ano e dois abaixo

do mesmo mês de 2016.

Voltamos a registrar resul-

tado inferior ao ocorrido no

ano passado.

A média do semestre foi de 89

pontos contra 86 em 2016, e

ainda demonstra alguma me-

lhora nas condições gerais,

mas geram preocupações as-

pectos como a lenta retomada

do consumo e o comporta-

mento do nível de emprego.

As alterações na legislação

trabalhista são os componen-

tes importantes e que têm a

possibilidade de alterar o

comportamento dos investi-

mentos no segundo semestre.

O governo federal resume

suas ações aos temas econô-

micos, nos quais apresenta

bons resultados, embora seja

quase consensual que o BC

poderia acelerar o ritmo da

queda dos juros básicos, evi-

tando que se aprofunde a

queda no desempenho da

economia, cujos sinais podem

ser sentidos a partir da defla-

ção do mês de junho.

O panorama político é extre-

mamente incerto, o que não

permite estabelecer qualquer

panorama de médio prazo.

Seguimos acompanhando e

nos ajustando aos fatos.

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Movimento do Comércio Varejista - MCV/ACICG (2014=100)

MCV_PF MCV_PJ MCV/ACICG

Notas Técnicas

O indicador Movimento

do Comércio Varejista da

ACICG (MCV/ACICG) é

construído a partir do re-

gistro da evolução dos da-

dos desse setor, apurados

pela entidade e compre-

ende:

• as transações entre em-

presas (B2B) registradas

no MCV_PJ e

• as transações entre con-

sumidores e empresas

(B2C), apuradas como

MCV_PF.

Para compensar a sazona-

lidade característica da ati-

vidade comercial, o

MCV/ACICG foi constru-

ído com base fixa, definida

pela média do desempe-

nho do ano de 2014.

Portanto:

• os valores acima de 100

são os que ultrapassam a

média obtida durante

2014;

• os valores abaixo de 100,

estão aquém da média de

2014.

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Boletim Econômico ACICG Associação Comercial e Industrial

de Campo Grande 10 de junho de 2017 Número 20, Ano II

Componentes do índice

O MCV/ACICG compõe-se

de dois outros sub índices

para avaliar sua evolução:

MCV-PF

Analisa as transações entre

Pessoas Físicas e as empresas

do setor terciário, também co-

nhecidas como B2C, da sigla

em inglês para “Business to

Consumer”.

Tradicionalmente esse índice

é mais alto do que o MCV-PJ,

em função do número de

agentes e transações expressi-

vamente mais altos do que no

outro indicador.

O MCV-PF de junho foi de 92,

o mesmo de 2016, 103 em 2015

e 88 em 2014. Novamente o

desempenho desse indicador

não foi suficiente para gerar

um crescimento em relação ao

ano passado.

MCV-PJ

É o índice que avalia as tran-

sações entre as empresas,

também categorizadas como

B2B, cujo significado, a partir

do acrônimo em inglês, é “Bu-

siness to Business”.

Em junho de 2017 o MCV-PJ

foi de 69 contra 86 em junho

de 2016 e 91 em 2015.

Este continua sendo o maior

problema registrado na aná-

lise do mês, que corrobora a

tendência que temos obser-

vado nos últimos meses.

O comportamento desses in-

dicadores, aliado ao desem-

penho do CAGED no estado e

no município, reforçam nos-

sas análises anteriores que

apontavam alterações signifi-

cativas no comportamento

das empresas do setor, que é

responsável por mais de 75%

do PIB em valores agregados

do município.

As empresas não estão fa-

zendo estoque, o que pode ser

observado a partir do com-

portamento muito similar en-

tre os MCV-PF e MCV-PJ.

Esse comportamento poderia

ser até considerado dinamiza-

dor da atividade, não fosse o

fato de que acaba simultanea-

mente reduzindo a veloci-

dade de circulação da moeda

e reduzindo as vantagens

comparativas em relação à

concorrência externa.

Observamos a alteração da

atividade principal, de re-

venda para representação, o

que fica reforçado a partir da

constatação de que, diferente

do que aconteceu na média

do estado, o CAGED de junho

e apresentou redução de pos-

tos de trabalho, resultando

em uma perda de 584 empre-

gos formais no semestre.

A solução óbvia seria intensi-

ficar as trocas locais, redu-

zindo a evasão de capital. In-

felizmente isso não parece ser

prioridade da política de de-

senvolvimento local.

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103

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jun jun jun jun jun jun

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1S 1S 1S 1S 1S 1S

2012 2013 2014 2015 2016 2017

MCV ACICG (2014=100)

Soma de MCV_PF

Soma de MCV_PJ

Soma de MCV/ACICG

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Boletim Econômico ACICG Associação Comercial e Industrial

de Campo Grande 10 de junho de 2017 Número 20, Ano II

Curva de Tendência

A Curva de Tendência é um

modelo matemático que nos

possibilita considerar impac-

tos sazonais e projetar o com-

portamento de uma série.

O gráfico acima apresenta a

curva de tendência (linha tra-

cejada), elaborada a partir das

médias móveis de 12 meses.

Como se verifica, a nova infle-

xão aponta agora para uma

tendência de leve queda do

MCV.

Perspectivas

O mês de julho costuma ser li-

geiramente superior ao de ju-

nho, o que não ocorre com os

meses de agosto e setembro.

Considerando que o mês terá

mais dias úteis que o anterior

e que continuamos tendo um

desempenho melhor do que o

registrado no ano passado,

matematicamente pode-se su-

por que teremos um resul-

tado melhor no mês corrente.

O fator de risco para essa aná-

lise não está na análise econô-

mica, mas em eventuais deci-

sões esdrúxulas do judiciário

e do Congresso.

A condenação de Lula foi

muito bem recebida pelo mer-

cado, o que reforça a impor-

tância do posicionamento das

instituições, evitando que ca-

suísmos retardem o impedi-

mento da candidatura do ex-

presidente. Caso contrário,

podemos nos preparar para

um cenário muito mais nega-

tivo e instável.

INC/ACICG JUN/2017

O Índice de Negativação do

Comércio apurado pela

Notas Técnicas

O INC/ACICG, Índice de

Negativação do Comércio e

o IRC/ACICG – Índice de

Recuperação de Crédito

apurados pela ACICG, são

índices para balizamento da

saúde financeira do mer-

cado, construídos a partir

da evolução dos dados de

inadimplência apurados

em uma longa série histó-

rica e englobam.

• as obrigações vencidas e

não pagas entre empresas

(B2B), registradas no

INC_PJ e

• as obrigações vencidas e

não pagas entre consumi-

dores e empresas (B2C),

apuradas como INC_PF

• as obrigações que esta-

vam em condição de ina-

dimplência e foram regu-

larizadas por Pessoas Físi-

cas (IRC_PF) e Pessoas Ju-

rídicas (IRC_PJ).

Tanto o INC quanto o

IRC/ACICG têm base fixa

definida pela média do de-

sempenho do ano de 2014.

Os valores acima de 100 são

os que ultrapassam a média

obtida em 2014.

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Movimento do Comércio Varejista - MCV/ACICG (2014=100)

MCV_PF MCV_PJ MCV/ACICG 12 por Média Móvel (MCV/ACICG)

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Boletim Econômico ACICG Associação Comercial e Industrial

de Campo Grande 10 de junho de 2017 Número 20, Ano II

ACICG (INC/ACICG) encer-

rou o mês de junho em 32

pontos, três abaixo do indica-

dor de maio e cinco pontos

abaixo do mesmo mês em

2016.

É, sem dúvida, uma boa notí-

cia se tomada isoladamente,

mas ainda assim, não parece

um comportamento muito

consistente.

A linha vermelha do gráfico

continua nos níveis históricos

apresentados antes de 2014,

sinal de que estamos dei-

xando para trás a irresponsa-

bilidade financeira, mas não é

conveniente descartar os cui-

dados convencionais.

IRC/ACICG JUN/2017

O IRC/ACIG, no gráfico re-

presentado pela linha verde,

em junho de 2017 foi de 55,

contra 45 em maio. Não é

clara a razão para tal compor-

tamento, considerando-se

que tivemos outra queda no

número de empregos for-

mais, mas pode-se especular

que exista alguma relação

com a liberação do FGTS.

Tivemos no mês de junho um

aumento de 385 títulos no es-

toque de inadimplidos. Em

junho de 2016 o aumento foi

de 630 títulos.

No semestre, registramos um

crescimento de 7.167 títulos

vencidos e sem pagamento.

Uma análise do comporta-

mento histórico do emprego

formal no município, compa-

rado com a inadimplência,

demonstra que existe uma

forte correlação entre a queda

das vagas e a falta de paga-

mento no vencimento.

Considerando isso, é lógico

inferir que o desempenho do

setor poderá ser beneficiado

com as mudanças na legisla-

ção trabalhista.

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IRC/ACICG - Índice de Recuperação do Crédito x INC/ACICG - Índice de Negativação

INC IRC

630

2.263

385

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-20.000

-

20.000

40.000

60.000

jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun

2015 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2016 2016 2016 2016 2016 2016 2016 2016 2016 2016 2016 2016 2017 2017 2017 2017 2017 2017

Títulos negativados e Resultado líquido

Negativações PF Negativações PJ Resultado Líquido

204.718

200.154-4460

2263

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204.500

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mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16 out/16 nov/16 dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17

Empregos formais (CAGED) e Títulos negativados (SCPC)

empregos formais Negativações no mês Linear (empregos formais) Linear (Negativações no mês)

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Boletim Econômico ACICG Associação Comercial e Industrial

de Campo Grande 10 de junho de 2017 Número 20, Ano II

Emprego Formal

As condições para determinar

quão sustentável é o desen-

volvimento econômico de-

pendem também do nível de

emprego da economia local.

Os dados apresentados são os

mais recentes oficiais do CA-

GED (Cadastro Geral de Em-

pregados e Desempregados

do MTE), o que implica dizer

que não estão computadas as

ocupações informais.

No gráfico, as barras azuis re-

presentam as admissões e as

barras laranja, as demissões.

A linha vermelha representa

a diferença entre as duas.

Novamente registramos

queda nas vagas do mês de

junho, o que totalizou um re-

sultado de 584 vagas a menos

no semestre.

Em 2016 a queda registrada

foi de 1.992 vagas no período,

mas, embora o número do

ano corrente seja “menos

pior” do que o de 2016, evi-

dentemente continuamos so-

frendo os efeitos deletérios da

gestão desastrosa dos últimos

governos.

Perdemos, nos 20 dias úteis

de junho, 337 vagas, ou seja,

quase 17 por dia.

Nos últimos 12 meses foram

fechadas 4.324 vagas e em 24

meses, 13.426.

A flexibilização da legislação

trabalhista deverá possibilitar

uma reversão nessas expecta-

tivas.

Sem investimento, não há no-

vos empregos. Sem segurança

jurídica, não há investimento.

#JuntosFaremos

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jan/

17

fev/

17

mar

/17

abr/

17

mai

/17

jun/

17

Emprego Formal em Campo Grande/MS (fonte CAGED - elaboração DEcon/ACICG)

Admissões Desligamentos Var.Mês

-3.378

-56

2

13

0

-34

-11

9

-15

9

-69

7

-1.0

60

-73

8

-1.4

41

-63

1

-57

0

-2.6

70

-25

1

80

-37

0

-38

9

-48

5

-57

7

-53

8

-24

9

86

20

0

-55

6

-2.6

83

17

0 60

5

-37

7

61

-70

6

-33

7

Empregos Formais Campo Grande - Variação no mêsfonte CAGED - elaboração DEcon/ACICG

2014 2015 2016 2017

21

7.8

11

21

4.4

33

213.

871

21

4.0

01

21

3.9

67

213.

848

21

3.6

89

212.

992

21

1.9

32

21

1.1

94

20

9.7

53

20

9.1

22

208.

552

20

5.8

82

20

5.9

62

205.

592

20

5.2

03

20

4.7

18

20

4.1

41

20

3.6

03

203.

354

20

3.4

40

20

3.6

40

20

3.0

84

20

0.4

01

200.

571

20

1.1

76

20

0.7

99

200.

860

20

0.1

54

19

9.8

17

198.000

200.000

202.000

204.000

206.000

208.000

210.000

212.000

214.000

216.000

218.000

Empregos Formais Campo Grande fonte CAGED - elaboração DEcon/ACICG