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Apoio: 01 União de Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária do Estado do Paraná UNICAFES PR Boletim Informativo Edição n° 19 Ano 2011 Leia também Leia também: Coopercachaça conquista Selo Nacional da Agricultura Familiar. Pg. 02 Luiz Possamai é homenageado em evento da Cresol Marmeleiro. Pg.03 Cooperativas comercializarão seus produtos na Copa de 2014. Pg. 04 Acesse e cadastre-se para receber nossos informativos. www.unicafesparana.org.br Bianchini discute formas de legalizar adegas rurais na região O ex-secretário de agricultura do Estado do Paraná, agrônomo Valter Bianchini, esteve nesta sexta-feira, 11 de março, visitando a sede da Unicafes PR. Na oportunidade, Biachini comentou a criação de cooperativas para o fortaleci- mento da cadeia do leite e da uva, que estão em pleno desenvolvimento na região sudoeste. A idéia, segundo Bianchini, é a realização de um movimento rural para legalizar as chamadas “adegas rurais”, nos aspectos sanidade e tributário. Para ele, as adegas precisam ter um regime diferenciado. “Deve-se ter um planeja- mento estratégico na formação de cooperativas pensando a forma de capitalização delas”, disse o agrônomo. Ele comenta que legalizar adegas e transformá-las em cooperativas permitirá a formalização da venda destes produtos e a compra de insumos. “Meu objetivo aqui é discutir formas de legalização e parcerias que venham a contribuir para o avanço das cadeias produtivas, como adegas de vinho e queijarias de pequeno porte”, disse Bianchini. O presidente da Unicafes Paraná, Luiz Possamai, destaca a importância de se discutir um trabalho a nível estadual, pois a agregação de valor a agricultura familiar é o principal objetivo da Unicafes PR. “Queremos que a agricultura familiar possa comercializar seus produtos de forma legal sem perder a sua marca, pois a maioria desses produtores vem com um histórico familiar”, enfatizou o presidente. De acordo com o assessor jurídico da Unicafes Paraná, Luiz Claudio Borile, há duas formas de legalizar a venda destes produtos: através da criação de CNPJ's individuais, onde cada produtor emite notas fiscais e paga mais tributos. E a segunda alternativa mais viável é a criação de cooperativas, com custos menores e a possibilidade da Alternativas viáveis ESPECIAL CONGRESSO associação de mais cooperados, divulgan- do assim suas marcas no mercado, sem perder suas características. Boas práticas é um dos requisitos para que o dono da adega possa ter a liberação dos serviços de inspeção sanitária do município e do Estado para vender o vinho e queijo em outras locali- dades do país. “As boas práticas devem ser adotadas nas cantinas e adegas para que tenham o reconhecimento dos consumi- dores, mas preservando o caráter colonial, sem perder suas características”. O cadastro das adegas no Estado do Paraná já está sendo realizado no Estado do Paraná. A meta agora é a região sudoeste. Segundo Bianchini, a região sudoeste possui centenas de adegas e há uma certa urgência para que os produto- res se organizarem e legalizem todas elas, para que possam comercializar seus Expansão das cooperativas de vinho Cristophe de Lannoy, Valter Bianchini e Luiz Possamai Cristophe de Lannoy, Valter Bianchini e Luiz Possamai Foto: Lilian Lazaretti

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Apoio: 01

União de Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária do Estado do Paraná

UNICAFES PR

Boletim InformativoEdição n° 19 Ano 2011

Leia tambémLeia também:

• Coopercachaça conquista Selo Nacional da Agricultura Familiar.Pg. 02

• Luiz Possamai é homenageadoem evento da Cresol Marmeleiro. Pg.03

• Cooperativas comercializarãoseus produtos na Copa de 2014.Pg. 04

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www.unicafesparana.org.br

Bianchini discute formas de legalizar adegas rurais na região

O ex-secretário de agricultura do

Estado do Paraná, agrônomo Valter

Bianchini, esteve nesta sexta-feira, 11 de

março, visitando a sede da Unicafes PR.

Na oportunidade, Biachini comentou a

criação de cooperativas para o fortaleci-

mento da cadeia do leite e da uva, que

estão em pleno desenvolvimento na

região sudoeste.A idéia, segundo Bianchini, é a

realização de um movimento rural para

legalizar as chamadas “adegas rurais”,

nos aspectos sanidade e tributário. Para

ele, as adegas precisam ter um regime

diferenciado. “Deve-se ter um planeja-

mento estratégico na formação de

cooperativas pensando a forma de

capitalização delas”, disse o agrônomo.Ele comenta que legalizar

adegas e transformá-las em cooperativas

permitirá a formalização da venda destes

produtos e a compra de insumos. “Meu

objetivo aqui é discutir formas de

legalização e parcerias que venham a

contribuir para o avanço das cadeias

produtivas, como adegas de vinho e

queijarias de pequeno porte”, disse

Bianchini.O presidente da Unicafes Paraná,

Luiz Possamai, destaca a importância de

se discutir um trabalho a nível estadual,

pois a agregação de valor a agricultura

familiar é o principal objetivo da Unicafes

PR. “Queremos que a agricultura familiar

possa comercializar seus produtos de

forma legal sem perder a sua marca, pois

a maioria desses produtores vem com

um histórico familiar”, enfatizou o

presidente.

De acordo com o assessor

jurídico da Unicafes Paraná, Luiz Claudio

Borile, há duas formas de legalizar a

venda destes produtos: através da

criação de CNPJ's individuais, onde cada

produtor emite notas fiscais e paga mais

tributos. E a segunda alternativa mais

viável é a criação de cooperativas, com

custos menores e a possibilidade da

Alternativas viáveis

ESPECIAL CONGRESSO

associação de mais cooperados, divulgan-

do assim suas marcas no mercado, sem

perder suas características. Boas práticas é um dos requisitos

para que o dono da adega possa ter a

liberação dos serviços de inspeção

sanitária do município e do Estado para

vender o vinho e queijo em outras locali-

dades do país. “As boas práticas devem ser

adotadas nas cantinas e adegas para que

tenham o reconhecimento dos consumi-

dores, mas preservando o caráter colonial,

sem perder suas características”.

O cadastro das adegas no Estado

do Paraná já está sendo realizado no

Estado do Paraná. A meta agora é a região

sudoeste. Segundo Bianchini, a região

sudoeste possui centenas de adegas e há

uma certa urgência para que os produto-

res se organizarem e legalizem todas elas,

para que possam comercializar seus

Expansão das cooperativas de

vinho

Cristophe de Lannoy, Valter Bianchini e Luiz Possamai Cristophe de Lannoy, Valter Bianchini e Luiz Possamai

Foto: Lilian Lazaretti

Notícias

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produtos dentro e até fora do município.

“A cadeia produtiva da uva vem crescen-

do muito na região, graças as assessorias

das cooperativas de ATER e de parcerias

com as organizações da agricultura

familiar. Estamos com iniciativas em

Francisco Beltrão e Salgado Filho para

constituir novas cooperativas de vinho.

Nosso objetivo é que em quatro anos,

todas as adegas estejam legalizadas”,

enfatizou.

Bianchini ressalta também a

importância dos produtores de leite se

organizar para a criação de uma rede de

queijarias na região. “O sudoeste é uma

das principais regiões do Estado na

produção leiteira, mas há também a

venda de leite a granel, e também o leite

nos queijos coloniais, estes com ótima

qualidade. Estamos discutindo a idéia de

redes de queijarias, vendas locais e como

Rede de Queijarias

termos produtos de qualidade, acesso ao

mercado, assistência técnica e crédito

facilitado”, afirmou Bianchini.O diretor da Cooperiguaçu, de

Francisco Beltrão, Cristophe de Lannoy,

voltou da Itália na semana passada, onde

esteve visitando pequenas queijarias na

região de Vêneto, e também destaca a

importância da criação de cooperativas

para os pequenos produtores de leite.

“Hoje a grande questão é como legalizar a

produção em pequena escala. O pequeno

produtor deve ser reconhecido legalmente

e ter o seu produto qualificado no merca-

do”, finalizou.

Arquivo Unicafes PR

Coopercachaça conquista Selo Nacional da Agricultura FamiliarCertificado permite a agregação de valor na produção de cachaça no Oeste do Estado.

A Cooperativa

dos Produtores de

Cachaça Artesanal

do Oeste do Paraná

– Copercachaça,

de Foz do Iguaçu,

tem mais um motivo

para continuar

p r o d u z i n d o

cachaça de boa

qual idade. Em

n o v e m b r o d e

2010, o Governo Federal concedeu a

cooperativa o Selo Nacional da

Agricultura Familiar. A partir de então, a

Copercachaça está autorizada a utilizar o

selo em seus produtos.Além da cachaça artesanal de

alambique, a cooperativa produz

também derivados da cana-de-açúcar,

como o açúcar mascavo, produtos que

são comercializados em todo o Estado do

Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Brasília,

Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.Segundo o diretor comercial da

cooperativa, Itamar Menegotto, além de

ser um identificador nos pontos de

vendas como sinônimo de desenvolvimento

sustentável, geração de emprego, renda

no campo e preservação do meio

ambiente, o Selo da Agricultura Familiar

possibilita o fortalecimento da imagem da

cooperativa, assegurando sua identidade.

“Quando falamos em mercado, o Selo

permite uma melhor inserção neste

segmento, uma vez que o consumidor

sabe identificar e diferenciar os produtos

naturais dos industriais, passando a

consumi- los e melhorando sua

qualidade de vida”, destacou o diretor.De acordo com Menegotto, o

próximo passo para a cooperativa é o

reconhecimento da Copercachaça no

Programa Agroindústria Familiar

“Fábrica do Agricultor”, da qual foi

estimulada e criada tal cooperativa,

porém até hoje, não atendida nos

trâmites legais de enquadramento no

Programa.

Sobre a cooperativaA Copercachaça foi fundada em 24

de agosto de 2004 e atualmente conta com

um quadro de 25 cooperados, tendo como

Diretor Presidente Humberto Piovesan.

Formada por nove agroindústrias de

produção, uma de açúcar mascavo e as

demais de cachaça, todas já foram

aprovadas pelo Ministério da Agricultura

Pecuária e Abastecimento – MAPA -

correspondendo a 250 mil litros por ano.Sempre buscando o melhor para

seus associados, a Copercachaça filiou-se a

Unicafes Paraná, parceria que vem

gerando resultados, através de cursos

voltados para gestão em cooperativismo e

na elaboração de projetos. Um projeto elaborado em outubro

de 2010 em parceria com UNICAFES

NACIONAL e o BNDES vem buscando

reestruturar a cooperativa, facilitando o

atendimento da Lei da Alimentação

Escolar, mercado institucional e acesso ao

mercado convencional, podendo ser

inc lu ídas questões de log í st i ca ,

03

Notícias

www.unicafesparana.org.br

fortalecendo assim a interação dos

empreendimentos da econômica

solidária.

Comércio informalO diretor Itamar Menegotto

lamenta que a produção poderia ser

ainda maior se não fosse a alta carga

tributária fazendo que muitos produtores

saíssem das cooperativas.

Segundo estatísticas, hoje cerca

de 75% dos produtores de cachaça no

Paraná atuam no mercado informal. O

Paraná possui cerca de 400 produtores de

cachaça preparados para competir no

mercado nacional. No Estado, são

produzidos 2,5 milhões de litros por safra. Assembleia Geral Ordinária

A Coopercachaça realizará

sua Assembleia Geral Ordinária no

dia 31 de março, em Cascavel. A AGO

acontecerá no escritório regional do

Sebrae, a partir das 7h. A pauta do dia será:

1 - Exclusão de sócios conforme

Estatuto;2 - Homologação de novos sócios,

conforme Estatuto;3 - Prestação de Contas, exercício

2010;4 - Parecer do Conselho Fiscal;5 - Destinação das Perdas ou Sobras;6 - Eleição de 2/3 do Conselho Fiscal,

conforme Estatuto;7 - Outros assuntos de interesse social

Alguns associados da Coopercachaça

Luiz Possamai é homenageado durante as comemorações dos15 anos da Cresol Marmeleiro

O presidente da Unicafes

Paraná, Luiz Ademir Possamai, foi

homenageado na manhã de sexta-feira,

11 de março, durante o evento de

comemoração aos 15 anos da Cresol

Marmeleiro.

Estiveram presentes no evento,

cerca de 450 pessoas onde algumas

decisões e metas foram colocadas para o

ano de 2011.N a o p o r t u n i d a d e h o u v e

homenagem aos ex-presidentes da

Cresol Marmeleiro, os Roberto Fruscalso

(já falecido), Luiz Possamai, José Carlos

Farias (representado por Maximino Beal) e

João Osório, onde receberam uma placa

em agradecimento pelo pioneirismo da

Cresol Marmeleiro.

Foto: Coopercachaça

Foto: CresolFoto: Cresol

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Notícias

Cooperativas da Agricultura Familiar comercializarão produtos na Copa de 2014

O cooperativismo solidário vem

articulando parcerias com o Instituto

BioSistêmico –IBS – para organização e

comercialização de produtos orgânicos

da Agricultura Familiar na Copa do

Mundo de 2014. O projeto Copa Orgânica Brasil

2014 é uma iniciativa do IBS, que conta

com o patrocínio do SEBRAE Nacional e

de várias outras empresas do setor

privado. A intenção é incentivar a

produção orgânica de alimentos através

da capacitação de agricultores e técnicos

e p ro m o v e r o p o r t u n i d a d e s d e

comerc ia l i zação junto ao setor

empresarial e de consumo.E st i m a - s e q u e o p ro j eto

beneficiará mais de 3.000 agricultores

em 44 cidades do país. No Paraná, a

Unicafes PR está intermediando a

participação de cooperativas filiadas da

Agricultura Familiar e Economia Solidária

dos ramos produção e comercialização,

visando estruturar a produção e pontos

de comercialização no Estado.Nesta semana, o assessor

institucional da Unicafes PR, Alcidir

Mazutti Zanco, esteve reunido com o

diretor do IBS de São Paulo, Claudio

Pinheiro e com o consultor do IBS,

Moacir Kretzmann. Segundo Alcidir, a

parceria vem a fortalecer o segmento e

facilitar o acompanhamento técnico nas

propriedades, sendo de grande

importância também a participação das

cooperativas de ATER (Assistência

Técnica e Extensão Rural) e de crédito

solidário.

Na primeira etapa, serão

realizadas oficinas de mobilização e

organização da produção. A segunda

etapa será momento de negociação com

pontos de comercialização nas cidades

metropolitanas que sediarão os jogos de

2014, como Curitiba e Foz do Iguaçu. Na

terceira e última etapa, serão discutidas

a disposição de pontos fixos de

comercialização. Neste sentido, na próxima

quarta-feira, 16 de março, em Brasília, a

Unicafes Nacional estará promovendo

um encontro com parlamentares dos

governos estadual e federal para firmar a

parceria dos estados na participação da

Copa Orgânica Brasil 2014.

Etapas de organização da Copa

Orgânica

Unicafes Paraná negocia parcerias com IBS para comercialização de produtos orgânicos nas sedes da Copa

Caravana Copa Orgânica Brasil

2014A Caravana Copa Orgânica Brasil

2014 tem como principal objetivo a

difusão de conhecimento sobre a

produção e o desenvolvimento do

mercado de alimentos orgânicos. A

caravana irá percorrer os 12 estados

brasileiros onde serão realizados jogos da

Copa de Futebol de 2014, em um total de

44 cidades.Os agricultores terão acesso a

tecnologias e inovações que lhes

permitirão aumentar a produção e

melhorar a qualidade do produto,

preparando-os para a realidade da “Copa

Orgânica” e conseqüente, tendência de

crescimento de mercado de consumo de

orgânicos, com a oportunidade de se

relacionar com outros agricultores do

mesmo segmento, fortalecendo a

organização dos envolvidos.O projeto é do IBS, com patrocínio

do SEBRAE nacional e de outras empresas

do setor privado. A decisão de organizar a

Copa Orgânica visa à regulamentação do

setor, que atualmente fatura cerca de R$

400 milhões por ano, valor que pode

dobrar até 2014, com a maior divulgação

desse tipo de produto."A caravana é uma ação convergente

com as ações governamentais e com as

propostas da Copa de 2014", explica a

engenheira agrônoma do Instituto

BioSistêmico, Priscila Terrazzan. Segundo

ela, o governo federal pretende fazer uma

'copa orgânica' e com isso irão surgir

diversas oportunidades para os cerca de 90

mil produtores orgânicos, a maioria da

agricultura familiar.A previsão é percorrer todas as

localidades até julho deste ano. O

resultado dos trabalhos será apresentado

na 7ª edição da Bio Brazil Fair, grande

evento do setor, que acontece de 21 a 24

de julho, em São Paulo.

Representantes do IBS participaram de uma reunião de negociação com o assessor

institucional da Unicafes PR, Alcidir Mazutti Zanco.

Foto: Lilian Lazaretti