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Boletim nº 2 da C. Concelhia de O. Bairro do PCPTRANSCRIPT
Boletim da Organização Concelhia de Oliveira do Bairro do PCP Nº 2 Janeiro 2014
Editorial
Um projeto atual e necessário
A CDU atingiu a melhor votação global de sempre no concelho de Oliveira do
Bairro, obtendo 318 votos para a Câmara Municipal (aumento de 1,22%
para 2,93% relativamente a 2009), 411 votos para a Assembleia Municipal
(aumento de 1,80% para 3,78% relativamente a 2009), e reforçando consideravel-
mente a votação para as Assembleias e União de Freguesias. Estes resultados além
de reforçarem a CDU no concelho, contribuíram, também, para a importante vitó-ria da CDU a nível nacional, criando melhores condições para a continuação da
luta dos trabalhadores, dos agricultores, dos jovens, dos reformados e de todos
aqueles que estão a ser duramente lesados pelo Governo PSD/CDS ao serviço dos
interesses do capital financeiro.
A CDU saúda as centenas de eleitores do concelho que confiaram no seu projeto e
propostas e garante que apesar de por escassas dezenas de votos não ter alcançado
representação, irá continuar a intervir, no dia-a-dia, para que as suas propostas
para o desenvolvimento e valorização do concelho sejam levadas à prática pelos
órgãos autárquicos agora eleitos.
O contacto permanente com a população e a dinamização de ações em torno de
assuntos que sejam do seu interesse, a participação nos períodos abertos ao públi-
co das reuniões da Câmara e das Assembleias Municipal e de Freguesia, a promo-
ção de debates temáticos e a tomada de posição através da comunicação social, de
boletins e das redes sociais, são algumas das formas de intervenção futura que a
CDU irá privilegiar.
(Comunicado da Comissão Coordenadora da CDU de 25/10/2013)
Grande reforço eleitoral da CDU
E m 2013 a Comissão Concelhia de Oliveira do
Bairro do PCP realizou na Sala de Exposi-
ções da Junta de Freguesia de Oiã a exposi-
ção “Vida, pensamento e luta: exemplo que se pro-
jeta na atualidade e no futuro”, enquadrada nas comemorações do Centenário de Álvaro Cunhal.
Álvaro Cunhal foi preso pela última vez em 1949,
no Luso, tendo sido violentamente torturado e encarcerado durante 11 anos, 8 dos
quais em completo isolamento, só alcançando a liberdade através da célebre fuga
do Forte de Peniche, em 1960.
Na sessão inaugural da exposição foi salientado o legado para a compreensão da
história da democracia portuguesa dado pela obra teórica de Álvaro Cunhal, bem
como o seu exemplo de verticalidade e de dedicação à causa dos trabalhadores. Foi
realçado, igualmente, a justeza das análises feitas por Álvaro Cunhal sobre as con-
sequências das políticas de direita, comprovadas pela situação económica e social
atual que deriva das políticas de recuperação capitalista que os sucessivos gover-
nos do PS, do PSD e do CDS vêm desenvolvendo ao longo das últimas décadas.
Centenário de Álvaro Cunhal
O ano de 2013 foi
marcado por
grandes lutas contra a política de direi-
ta do Governo PSD/
CDS, com a cumplicida-
de do PS, seu parceiro
da troika ao serviço dos
interesses do grande
capital.
2013 foi também ano
de eleições autárquicas,
nas quais a CDU foi a
única força política a
sair reforçada em núme-
ro de votos, de maiorias
em órgãos autárquicos e em eleitos, tendo em Oli-
veira do Bairro, ficado a
escassos votos de eleger
para a Assembleia Muni-
cipal.
Em 2013 a Organiza-
ção Concelhia de Olivei-
ra do Bairro realizou a
sua 2ª Assembleia, da
qual resultou a aprova-
ção de orientações para
a sua ação política e a
eleição de uma nova
Comissão Concelhia.
O ano de 2014 começa
com a necessidade de
intensificar a luta para
correr com este Governo
de traição nacional e por
uma nova política patrió-
tica e de esquerda.
A luta dos trabalhado-
res, dos agricultores, dos
jovens, dos reformados e
de todos aqueles cujos
interesses são incompa-
tíveis com os interesses
do grande capital nacio-nal e estrangeiro, é fun-
damental para alcançar
esse objetivo.
O PCP está mais forte
para dinamizar a luta!
https://www.facebook.com/pcp.oliveiradobairro
coisa na vida, mas escolheu ser
um lutador a tempo inteiro pela
causa da liberdade, da democracia e de uma sociedade nova liberta da
exploração do homem pelo homem,
recusando sempre vantagens e
privilégios pessoais.
O exemplo de convicção, de con-
fiança, de empenho, de coragem e
de patriotismo, tem sido reconheci-
do pelo mais diverso tipo de enti-
dades e pessoas, independente-
mente das suas convicções ideoló-
gicas e políticas, através da promo-
ção de iniciativas tão diversas
como, entre outras, debates, confe-
rências, aulas, sessões públicas,
representações teatrais e exposi-
ções.
A CDU, por escassos votos não
alcançou representação nesta
Assembleia. Se tal tivesse aconteci-do, naturalmente os seus eleitos
proporiam que a Assembleia Muni-
cipal de Oliveira do Bairro prestas-
se também ela homenagem a esta
figura que, pelas melhores razões,
ficará para a história do país e dos
povos. Mesmo assim, fica aqui o
desafio para que a Assembleia
Municipal de Oliveira do Bairro
homenageie Álvaro Cunhal pelo
contributo que deu à luta pela
liberdade e por uma sociedade
mais justa.
Proposta de homenagem a Álvaro Cunhal Intervenção de Artur Ramísio no período aberto ao público da Assembleia Municipal de O. Bairro
As comemorações do Centenário
de Álvaro Cunhal estão a decorrer
em todo o país sob o lema: “vida, pensamento e luta: exemplo que se
projeta na atualidade e no futuro”.
Álvaro Cunhal, demonstrou não só ter inquebrantáveis convicções
ideológicas e grande capacidade
intelectual e artística, como
demonstrou também ser um gran-
de exemplo de caráter e de cora-
gem.
Por aqui, por terras do concelho de
Oliveira do Bairro, no final da
década de 1940, Álvaro Cunhal
passou inúmeras vezes de bicicleta
no desenvolvimento da luta clan-
destina contra o fascismo, até ser
preso pela PIDE em 1949, no Luso.
Nesta última vez em que foi preso,
foi barbaramente torturado e pri-
vado da liberdade durante 11 anos seguidos, 8 dos quais em completo
isolamento.
Por outro lado, Álvaro Cunhal foi autor de uma importante obra lite-
rária e teórica, sendo justamente
considerado o maior pensador
político português do século XX,
bem como o dirigente comunista
que, depois de Lenine, mais fecun-
da e extensa obra produziu a nível
mundial.
Álvaro Cunhal podia ter sido muita
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O Presidente da Assembleia Municipal, Dr. Manuel Nunes, transmitiu por carta a decisão tomada pela Comissão Permanen-te deste órgão autárquico de não
tomar a iniciativa de homenagear Álvaro Cunhal, embora referindo que fica “a Assembleia Municipal disponível para participar” numa eventual homenagem que o PCP
venha a realizar.
Sublinha, ainda, “que nesta mes-ma reunião, e subjacente a esta decisão, está o unânime reconhe-cimento que Álvaro Cunhal foi das personalidades portugueses que no século XX e nos inícios do
século XXI mais se destacaram na luta pela liberdade, pela democracia e pela emancipação social e que se trata de um histó-rico líder do Partido Comunista Português que se destacou em várias dimensões, nomeadamen-te: política, social, intelectual e
artística.”
Decisão da Comissão Per-manente da AM sobre a
proposta de homenagem a Álvaro Cunhal
(…) A Junta de Freguesia foi empossada há poucos
meses e por essa razão não pretendo para já abordar
muita coisa.
Deixo no entanto algumas perguntas e sugestões
construtivas, que ajudarão decerto a implementar o
vastíssimo programa da Junta agora eleita.
Dizia o programa da força política pela qual o senhor
Presidente da Junta foi eleito:
“Vamos motivar a participação dos eleitores nas reu-
niões de Assembleia, levando os seus problemas, crí-
ticas ou sugestões, numa atitude de Elevação Demo-crática.” Pergunto, como é que se pode motivar os
eleitores à participação, se para além dos editais afi-
xados a que poucos têm acesso, esta Assembleia só
foi publicada ontem na Internet (página do Facebook
da Junta de Freguesia de Oiã)?
Mais à frente dizia o dito programa:
“Vamos criar uma página na Internet da Junta de
Freguesia,…”
Intervenção de Fernando Picanço na Assembleia Freguesia de Oiã
Ora, não vemos ainda essa página criada na Internet,
e o que vemos no site da Câmara Municipal no espaço
dedicado às Juntas de Freguesia, é que a freguesia de Oiã está inativa (nada constando, ao contrário dou-
tras freguesias).
Na medida do possível, sugiro, então, para garantir transparência, democracia, participação e proximida-
de aos eleitores, que, quer nesse espaço do site da
Câmara, quer na tal página de Internet a criar pela
Junta, quer ainda na página do Facebook da Junta já
há anos ativa (…), se torne público atempadamente,
os Editais de convocação das Assembleias de Fregue-
sia, respetivas atas, Regimento da Assembleia, avisos,
formulários, legislação, documentos relevantes, bem
como as atividades da Junta de Freguesia.
Quanto à elaboração das atas e sua divulgação,
entendo que, para além de relatarem fiel e claramente
as diferentes intervenções nas Assembleias, conte-
nham as eventuais declarações de voto, e também
(muito importante para responsabilizar todos os elei-
tos) a forma distinta como cada um vota Cont. p. 3
A luta dos trabalhadores da administração pública e os problemas da educação e
da saúde - intervenção de Artur Ramísio no período aberto ao público da AM de 8 nov. 2013
Hoje teve lugar uma importante jornada
de luta dos trabalhadores da administra-
ção pública, em defesa dos serviços públicos com a qualidade necessária
para bem servir as populações e contra
os roubos nos salários e nas pensões a
que os trabalhadores têm vindo a ser sujeitos.
Entre estes serviços encontram-se os da área de saú-
de, cujos cortes anunciados no OE fazem prever um
maior agravamento das condições da sua prestação.
Os órgãos de Poder Local têm, como sabemos, a res-
ponsabilidade de zelar pelos interesses e direitos das
populações, e por isso lembramos que é importante
que esta Assembleia exija mais médicos de família e
os meios necessários para suprir as carências exis-
tentes no concelho no que diz respeito à prestação de
cuidados de saúde. E lembramos também, para que
daqui a quatro anos não volte a falar-se do mesmo
assunto, a construção do Centro de Saúde.
O mesmo acontece na educação com os cortes pro-
João Sousa na Assembleia da U. F. de Bustos, Mamarrosa e Troviscal
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fundos previstos no OE para
2014, com o objetivo de colocar
no desemprego mais professores e de reduzir ao mínimo a qualida-
de da escola pública. Enquanto
destrói a escola pública, o Governo intensifica de for-
ma escandalosa o financiamento com dinheiros públi-
cos dos negócios de privados com a educação (mais 2
milhões de euros no OE de 2014), como a TVI denun-
ciou nos últimos dias numa pormenorizada reporta-
gem.
Além disso, no quadro da desresponsabilização do
poder central em matéria de Educação, o governo pre-
tende, também, transferir mais competências para os
municípios, sem, contudo, transferir para estas mais
recursos.
Por tudo isto, é importante que a AM também se
empenhe na defesa da Escola Pública, pois é isso que
corresponde à defesa dos interesses da população e
do futuro do país.
No período aberto ao público da Assem-
bleia da União de Freguesias, João Sousa
elencou um conjunto de aspetos que requerem a máxima atenção dos órgãos
autárquicos, como são exemplos: o apelo
para que se continue a lutar pela devolu-
ção das Juntas de Freguesia às populações de Bus-
tos, da Mamarrosa e do Troviscal; a necessidade de
recuperar a fonte da Fraga e o parque desportivo da
ARVISCAL; o cumprimento da promessa feita pela
Câmara Municipal de instalar um parque infantil no
novo Parque de Merendas do Troviscal; a proposta
para a criação de um mercado livre no Troviscal para
venda de excedentes agrícolas, artesanato, objetos
usados, entre outros; a denúncia de casos lesivos
para os munícipes decorrentes do negócio da privati-
zação da água e do saneamento.
O Presidente da Junta da União considerou pertinen-
tes os problemas levantados e comprometeu-se a dar-
lhes a devida atenção.
Intervenção de Fernando Picanço na Assembleia Freguesia de Oiã (cont. da p. 2)
(votando a favor, ou contra, ou abstendo-se), bem
como registar as presenças e ausências nas Assem-
bleias e nos vários atos de votação.
Entendo que o “período de INTERVENÇÃO ABERTO
AO PÚBLICO”, consignado no Regimento da Assem-
bleia de Freguesia hoje aprovado, devia ser no princí-pio das Assembleias em nome do tal lema de campa-
nha: “As Pessoas Primeiro!”
Quero ainda trazer aqui alguns assuntos constantes do programa da lista da CDU que tive a honra de
encabeçar, relativamente aos quais considero priori-
tária a atenção da Junta de Freguesia e dos demais
órgãos autárquicos:
A primeira questão tem a ver com a limpeza das vale-
tas. Estamos em pleno Inverno e deviam ter sido
tomadas medidas para garantir a sua limpeza antes
das primeiras chuvas. Ora, isso não aconteceu pelo
menos em alguns pontos da freguesia, causando
situações de entupimentos e inundações, como foi o
caso junto aos semáforos do Portinho.
A segunda questão prende-se com o parque de esta-
cionamento subterrâneo do Cruzeiro.
É certo que depois das eleições autárquicas ainda não
houve tempo para mostrar muito trabalho realizado.
No entanto, como este problema é velho e escandalo-
so, gostaria de saber se já houve alguma diligência da
Junta de Freguesia no sentido de que este problema
seja resolvido. Se já houve, quais são as expetativas
de entrar em funcionamento? Quais são os obstácu-
los? A existirem, como pensam resolvê-los? Como é
sabido, o Cruzeiro é uma zona de comércio, onde a grande falta de lugares para estacionamento de veícu-
los se repercute em prejuízos para as atividades
comerciais e para as pessoas em geral. É urgente
resolver esta situação que, além do mais, é demons-
trativa de uma gestão danosa dos dinheiros públicos,
pois estão ali enterrados há vários anos centenas de
milhares de euros, até agora sem qualquer utilidade.
A última questão tem a ver com a requalificação do
Largo do Cruzeiro. Trata-se de um espaço amplo num
sítio nobre da freguesia que está desaproveitado rela-tivamente às suas potencialidades, seja como espaço
de encontro e de convívio, seja como espaço onde
podem ser realizadas diversos tipos de iniciativas, tais
como feiras de artesanato e de velharias, espetáculos,
etc. (…) A requalificação e a dignificação deste espaço,
parece-nos que deve merecer a maior das atenções.
Nota da CDU sobre os impostos municipais aprovados pela Assembleia Municipal
Na Assembleia Municipal de Oliveira do Bairro realizada a 8 de
Novembro, foi aprovado um pacote de impostos municipais que os
contribuintes deste concelho irão pagar em 2014. A taxa de IMI des-
ceu de 0,375 % para apenas 0,35 %, e a Derrama que incide sobre o
lucro das empresas desceu de 1,4 % para somente 1,3 %, mantendo-
se a taxa máxima legal de participação de 5 % no IRS dos contri-
buintes com domicílio fiscal neste concelho, e mantendo-se também
inalterada no máximo legal de 0,25 % a TMDP - Taxa Municipal de
Direitos de Passagem.
A CDU, sob o lema desenvolver e valorizar o concelho, tinha como
1.º ponto do seu programa eleitoral a redução de impostos munici-
pais, focando-se principalmente na redução da taxa de IMI para
0,3 %, porque este imposto é mais um que pesa muitíssimo no orça-
mento das famílias (e até das empresas que também pagam IMI), e
porque em termos de imposto traduzido em dinheiro saído dos bolsos
dos contribuintes, subiu vertiginosamente, sobretudo neste ano de
2013 e continuará a subir nos próximos anos, devido principal-
mente à recente avaliação geral do património urbano, e respetiva
“cláusula de salvaguarda” que prevê aumentos progressivos anuais
(de 75 € ou mais) até atingir o máximo (o pleno) em 2015, traduzin-
do-se em muito maior receita para a Câmara Municipal mesmo
que a taxa descesse para o mínimo legal de 0,3 %. Acresce ainda
referir, em muitos casos, a injustiça chocante de prédios avaliados
pelas Finanças muito acima do seu valor de mercado, sendo taxa-
dos em IMI sobre esse valor injusto.
Sob pressão da CDU, no seu programa eleitoral, nos contactos de
rua, nas redes sociais internet/facebbok, o PSD, o CDS e o PS com-
prometeram-se na recente campanha eleitoral a descer a taxa de
IMI, o que se traduziu numa pequena vitória, mas não responderam
ao repto lançado pela CDU de se comprometerem a descê-la para a
taxa mínima legal de 0,3 %, que é quanto já pagam este ano os con-
tribuintes dos concelhos limítrofes de Anadia, Aveiro, Vagos e
Águeda.
Tendo esta votação ocorrido com algumas abstenções, sem votos
contra, está agora visto porque não responderam ao repto lançado
da CDU!
Este ano estivemos a pagar mais 25 % de IMI do que nesses conce-
lhos limítrofes. Para o próximo ano iremos pagar um pouco menos,
mas mais 16,67 %, pois por exemplo, um prédio avaliado em
100.000 €, ou pelo qual se pague no próximo ano 350 € de IMI, paga-
ria a partir de Abril-2014 o valor de 300 € se a taxa tivesse descido
para 0,3 %. Porque 100.000 € x 0,3 % = 300 € e 100.000 € x 0,35 %
= 350 €. Portanto 300 € + 16,67 % = 350 €. Aqui está a enorme dife-
rença de 16,67 %, que os contribuintes de IMI deste concelho
irão pagar a mais, em 2014, do que nos concelhos vizinhos de
Anadia, Aveiro, Vagos e Águeda. Continuamos a perguntar porquê
?! Se as Câmaras até irão agora receber no fim do ano uma enorme
fatia complementar de IMI dos prédios urbanos reavaliados
durante o presente ano de 2013, pois esses prédios (muitos que não
foram avaliados em anos anteriores), pagaram em 2013 o IMI respei-
tante ao Vt que estava atribuído até 31-12-2012 e, depois de ter sido
feita a reavaliação à pressa durante o ano de 2013, estão a pagar
agora a diferença neste mês de Novembro (Circular 4/2013 –
Ministério das Finanças).
O Presidente da Câmara desculpa-se que a “autarquia já estar a ser
prejudicada com os cortes nas transferências de verbas do esta-
do”. Sabemos, lamentamos e reprovamos os cortes governamentais
nas transferências de verbas para as autarquias, mas este é um
Governo PSD/CDS ! E do mesmo se podem lamentar aquelas outras
e tantas autarquias que desceram a taxa de IMI para o mínimo legal
de 0,3 %:
A redução no IMI que propomos deve ainda ser acompanhada por
uma revisão das taxas de Zonamento e dos seus limites (Cl - Coe-
ficientes de localização), por forma a que não haja valores tão dife-
rentes de uns locais para outros do concelho, na mesma freguesia, ou
até do outro lado da rua.
Interrogam-se alguns, « porque é que o meu prédio, supostamente
igual ao do meu vizinho de frente ou de lado, há-de estar a pagar
mais (nalguns casos) cerca de 30 % de IMI do que o dele, e depois
ainda pagarei mais impostos se o vender, o mesmo acontecendo a
quem o comprar ».
Embora não sendo da competência da Câmara Municipal a aprovação
do Zonamento, ou seja os respetivos valores de Cl e sua limitação
territorial, as Câmaras nomeiam os seus vogais para o efeito e
podem e devem apresentar ao Ministério das Finanças propostas
que tornem o Zonamento mais justo. Sendo o Cl, um fator multi-
plicativo na fórmula de cálculo do Vt - Valor Patrimonial Tributário,
é muito importante na determinação desse Vt, valor este sobre o qual
incide a taxa de IMI aprovada todos os anos pela Assembleia Munici-
pal (Vt = Vc x A x Ca x Cl x Cq x Cv).
E atendendo à conjuntura económico-financeira que atinge o mercado
imobiliário (os prédios valem agora menos de metade de há uns 10
anos atrás e não se vendem), é necessário proceder à revisão dos
valores dos Cl - Coeficientes de localização e respetivas percenta-
gens em vigor na área do município, que se consideram em muitos
casos extremamente elevados, desajustados, procurando harmonizar e
atenuar as diferenciações desses coeficientes.
Quanto aos outros impostos aprovados nesta última Assembleia
Municipal, trazemos para termo de comparação os impostos em vigor
em Oliveira do Bairro, na Mealhada e os propostos pela CDU do
concelho Oliveira do Bairro, que até não são tão radicais como os já
em vigor na Mealhada:
A CDU propôs na recente campanha eleitoral autárquica:
- Redução da taxa de IMI de 0,375 % para o mínimo legal de 0,3 %.
- Redução na taxa de IRS afeta ao município de 5 % para 2 %.
Para uma maior dedução à coleta dos contribuintes que pagam IRS
(que estão a ser fustigados por outros impostos e perda de direitos).
- Redução na taxa de Derrama sobre o IRC das empresas: 1,25 %
para as com volume de faturação superior a 150 000 €, e 0,5 % para
as restantes (acima de 150 000 €).
Promovendo a fixação de empresas e atracão de novos investimentos,
maior capacidade de desenvolvimento económico e criação de
emprego.
Finalizando, a CDU do concelho de Oliveira do Bairro não concorreu
às recentes eleições autárquicas com o objetivo único de chegar ao
poder. Apesar de limitada por não ter eleitos (ficou apenas a cerca de
20 votos de eleger representante na Assembleia Municipal), continua-
rá a estar atenta à forma como o concelho e respetivas freguesias são
governadas pelo poder central e local, e cá estará sempre para
defender a população deste concelho, quando e aonde for preciso!
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