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7a SÉRIE 8oANOENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAISCaderno do ProfessorVolume 1
GEOGRAFIACiências Humanas
MATERIAL DE APOIO AOCURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO
CADERNO DO PROFESSOR
GEOGRAFIAENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
7a SÉRIE/8o ANOVOLUME 1
Nova edição
2014-2017
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
São Paulo
Governo do Estado de São Paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-Governador
Guilherme Afif Domingos
Secretário da Educação
Herman Voorwald
Secretário-Adjunto
João Cardoso Palma Filho
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Subsecretária de Articulação Regional
Rosania Morales Morroni
Coordenadora da Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP
Silvia Andrade da Cunha Galletta
Coordenadora de Gestão da Educação Básica
Maria Elizabete da Costa
Coordenadora de Gestão de Recursos Humanos
Cleide Bauab Eid Bochixio
Coordenadora de Informação, Monitoramento e Avaliação
Educacional
Ione Cristina Ribeiro de Assunção
Coordenadora de Infraestrutura e Serviços Escolares
Ana Leonor Sala Alonso
Coordenadora de Orçamento e Finanças
Claudia Chiaroni Afuso
Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE
Barjas Negri
Senhoras e senhores docentes,
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colabo-
radores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que
permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula
de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com
os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abor-
dagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação
— Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste
programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização
dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações
de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca
por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso
do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb.
Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orien-
tações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São
Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades
ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias,
dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade
da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas
aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam
a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avalia-
ção constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a
diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico.
Revigoram-se assim os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em seu
trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofício de ensinar
e elevar nossos discentes à categoria de protagonistas de sua história.
Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo.
Bom trabalho!
Herman VoorwaldSecretário da Educação do Estado de São Paulo
SUMÁRIO
Orientação sobre os conteúdos do volume 5
Situações de Aprendizagem 11
Situação de Aprendizagem 1 – O meio natural: o contexto do senhor dos ventos 11
Situação de Aprendizagem 2 – O meio técnico: a força das máquinas na produção e na circulação 22
Situação de Aprendizagem 3 – O meio técnico-científico e a inclusão no mundo digital 29
Situação de Aprendizagem 4 – Análise crítica do processo de globalização 38
Situação de Aprendizagem 5 – As fontes e as formas de energia: a fonte energética da vida 41
Situação de Aprendizagem 6 – Matrizes energéticas: da lenha ao átomo 49
Situação de Aprendizagem 7 – Perspectivas energéticas: potencial e limitações de energias renováveis 57
Situação de Aprendizagem 8 – A matriz energética brasileira 64
Propostas de Situações de Recuperação 70
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema 74
Considerações finais 76
Quadro de conteúdos do Ensino Fundamental – Anos Finais 77
Gabarito 78
5
Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
Prezado(a) professor(a),
O currículo da 7a série/8o ano propõe um
novo desafio para os estudantes do Ensi-
no Fundamental. Se até a 6a série/7o ano o
trabalho é centrado na ampliação dos hori-
zontes do aluno, levando-o à exploração e
maior compreensão do mundo que o cerca,
o ano letivo que inicia exige um salto quali-
tativo do aprendiz.
Espera-se que o aluno esteja apto a desen-
volver atividades mais complexas e elaboradas
de observação, interpretação, análise e síntese
da realidade. Assim, o estudo da produção do
espaço mundial por meio dos fluxos econô-
micos e do desenvolvimento da ciência e da
tecnologia pode ser um interessante exercício
de articulação do particular e do geral, que se
manifestam simultaneamente.
Para isso, do ponto de vista conceitual, é
fundamental o aluno compreender a relação
entre espaço e tempo. Nas Situações de Apren-
dizagem 1, 2, 3 e 4, o ponto de partida é o es-
tudo do tempo de percurso, do movimento no
espaço, fluxo no qual estão imersos os agentes
e seus meios de locomoção e comunicação.
Como se trata de situações em que tempos e
espaços estão simultaneamente presentes, o es-
tudo da Geografia se coloca numa perspectiva
de abordagem de um sujeito que está em movi-
mento a partir do seu lugar e da sua história.
As Situações de Aprendizagem 5, 6, 7 e 8
visam o estudo da produção e do consumo
de energia, o que exige o aprofundamento
da compreensão da convergência da história
da humanidade com a história do planeta no
processo de produção do espaço geográfico.
Dessa forma, abre-se a oportunidade para os
alunos tomarem contato com os conteúdos
das geociências de interesse da Geografia,
como no caso do conceito de entropia, que se
refere ao fato de que o fluxo de energia é um
processo natural do universo para manter o
equilíbrio de um sistema que tende, ao longo
do tempo, à desordem.
A história da humanidade é vista como in-
dutora do aumento de entropia, uma vez que
o uso da energia para a realização das ativi-
dades humanas desorganiza a ordem natural
para o estabelecimento de uma ordem huma-
na. Cada período da globalização significou
um aumento da entropia envolvendo certa
matriz energética, o que pressupõe a utiliza-
ção de recursos naturais como fonte de ener-
gia, tendo em vista o cenário tecnológico de
cada época.
Se todos sabemos que a energia nos fornece
calor e luz, nos permite ir de um lado para ou-
tro e possibilita que nossas máquinas funcionem,
a matriz energética constitui também a base do
nosso estilo de vida em aspectos menos evidentes
da sociedade em que vivemos.
ORIENTAÇÃO SOBRE OS CONTEÚDOS DO VOLUME
6
Sem o uso intensivo de energia na forma de
pesticidas e fertilizantes, a agricultura comercial
seria menos produtiva. Dessa forma, quando sen-
tamos à mesa, em certo sentido, não deixamos de
consumir petróleo e carvão, o que é um aspecto
estrutural do mundo em que vivemos e que será
problematizado com os alunos da 7a série/8o ano.
Consideramos que, muito mais do que o es-
tudo de relações de causa e efeito, o grande pro-
pósito da Geografia é o da compreensão dos
contextos nos quais as sociedades se relacionam
com a natureza e produzem seu próprio espaço
a partir das condições de cada lugar e momento
histórico. Nesse sentido, o estudo da Geografia
contribui para que o aluno aprenda a reconhecer
e a discernir as grandes perguntas que essa dis-
ciplina se propõe a refletir, elucidar e responder:
a organização e produção do espaço brasileiro e
mundial; a divisão internacional e territorial do
trabalho; o desenvolvimento da ciência e da tec-
nologia e os fluxos populacionais e econômicos; e
as formas de representação do espaço geográfico.
Essa compreensão só se torna possível me-
diante uma redefinição do papel do aluno no
processo de ensino-aprendizagem. O exercício
cognitivo central da presente proposta é o da
argumentação, direcionando o aprendizado do
aluno para raciocínios que estabelecem relações
dedutivas (do geral para o particular) ou induti-
vas (do particular para o geral), em um perma-
nente processo de relações entre local e global.
Como construtor desses nexos, o aluno
pratica um trabalho escolar no qual a atitude
de pesquisa permite a delimitação do objeto
da própria Geografia, por meio da ampliação
do seu vocabulário e do desenvolvimento da
terminologia específica, que exige o domínio
do conhecimento científico.
Nesse movimento de seu pensar, defronta-se
o jovem estudante com aspectos da realidade
tanto de ordem como de ruptura, contradições,
conflitos, complementaridades e inter-relações.
Utilizando-se de um acúmulo cada vez maior de
informações, o aluno será convidado a realizar
avaliações críticas e julgamentos, aprofundando
conceitos para compreender o universo socio-
cultural do mundo no qual se insere.
Este Caderno propõe sugestões de aulas e
atividades didáticas com base na análise de di-
versos materiais disponibilizados pela Secreta-
ria da Educação do Estado de São Paulo, fruto
do trabalho abrangente e desafiador realizado
por seus professores. Com a preocupação de
subsidiar o estudo do mundo sob diferentes
pontos de vista, esperamos contribuir para
que os jovens estudantes compreendam as
inúmeras relações que se estabelecem no espa-
ço geográfico mundial, permitindo a cada um
deles perceber, de maneira mais abrangente, a
importância de estar no mundo e dele partici-
par de forma ativa, crítica e solidária.
Conhecimentos priorizados
As quatro primeiras Situações de Apren-
dizagem deste Caderno destacam os três pe-
ríodos históricos centrais para a formação da
economia-mundo: o período do comércio em
grande escala, a partir da expansão marítima
7
Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
de fins do século XV ao começo do XVIII
(cerca de 1720); a Revolução Industrial
(1720-1945); e o período técnico-científico
após a Segunda Guerra Mundial.
Essa divisão foi estabelecida com o objetivo
de incorporar no ensino da Geografia contex-
tos que causaram profundas transformações
espaciais no mundo. Estudada dessa forma,
a Geografia pode contribuir para explicar as
diferenças de lugar para lugar e a articulação
dos países no sistema-mundo.
Ainda que, normalmente, o processo de
globalização esteja associado ao período
atual, a perspectiva de análise sugerida para a
7a série/8o ano é entender esse fenômeno a par-
tir de uma escala de longa duração. Ou seja, é
preciso destacar que o que chamamos de glo-
balização não é um fenômeno essencialmente
novo, mas resultante do processo de formação
da economia-mundo e do espaço mundial, com
a progressiva aceleração dos fluxos econômicos
e culturais na esfera global. Na base de todo
esse processo estão as mudanças de sistemas
técnicos, em especial no campo das comunica-
ções e dos transportes.
Com o fortalecimento do capital financeiro,
a partir da década de 1970, e da articulação do
mercado mundial e da produção em diferentes
países, a partir da década de 1980, observa-se a
consolidação de um sistema-mundo com
características de fato singulares e inéditas em
termos históricos e geográficos. Tais caracterís-
ticas são mais comumente associadas ao con-
ceito de globalização.
As atividades sugeridas têm como eixo
condutor o conceito de espaço geográfico,
que abrange não apenas os objetos natu-
rais e artefatos humanos, mas também a
rede de relações criada por f luxos de pes-
soas, mercadorias, capitais e informações
em uma escala mundial. O espaço geo-
gráfico surge da interação, mediada pelas
técnicas, entre as sociedades humanas e a
superfície terrestre.
Para o estudo dessa interação, as primei-
ras Situações de Aprendizagem foram orga-
nizadas tendo como referência os conceitos
elaborados pelo geógrafo Milton Santos, em
especial a distinção entre o meio natural, o
meio técnico e meio técnico-científico.
No meio natural, os eixos de contato entre
os assentamentos humanos são constituídos
principalmente pelos “caminhos líquidos”: os
oceanos, mares, lagos e rios. Essas “estradas
da natureza” proporcionaram, desde a Anti-
guidade, as vias de deslocamento de produtos
e pessoas, o comércio a longa distância e a
acumulação de riquezas. As planícies costei-
ras e os vales fluviais concentram, até hoje, a
maior parte da população mundial. Entre as
principais cidades, a maioria situa-se em ensea-
das marítimas ou junto aos rios.
Para explorar esse cenário com os alunos
da 7a série/8o ano, sugerimos uma discussão
a respeito do grande empreendimento das
expedições marítimas dos séculos XV e XVI,
especialmente sobre as viagens realizadas por
Cristóvão Colombo.
8
O meio técnico é produto da Revolução
Industrial. Embora as técnicas sejam quase
tão antigas quanto a humanidade, apenas no
final do século XVIII, com a emergência da
indústria, a capacidade produtiva humana
tornou-se suficiente para transformar extensa
e profundamente a superfície terrestre.
Para analisar esse novo contexto, sugeri-
mos a observação de paisagens características
do meio técnico. Além disso, os alunos podem
ser desafiados a comparar mapas das malhas
ferroviárias de diferentes continentes. Da mes-
ma forma, propomos a elaboração de mapas
temáticos para sobrepor essa malha ferroviária
à localização dos principais portos e eixos de cir-
culação marítima do final do século XIX. Em to-
dos esses exemplos, é importante ressaltar que os
sistemas do meio técnico se difundem de manei-
ra bastante desigual sobre a superfície terrestre.
O meio técnico-científico emerge a partir da
década de 1970, quando esboçou-se um novo
ciclo de inovações, capitaneado pela “revolu-
ção da informação”, pelos avanços da biotec-
nologia, pela automação e robotização dos
processos produtivos, pela descoberta de novos
materiais e pelas novas tecnologias de geração
de energia. Nesse contexto, sugerimos como
atividade a análise do surgimento dessa nova
dimensão de espaço: o virtual. O professor po-
derá introduzir o tema discutindo o novo senti-
do da própria ideia de “navegação”.
Nas quatro últimas Situações de Apren-
dizagem deste Caderno, a periodização do
fenômeno da globalização é analisada ressal-
tando-se a matriz energética de cada época.
Em primeiro lugar, os alunos são convidados
a analisar a formação das reservas de com-
bustíveis fósseis como um processo de ar-
mazenamento da energia solar em diferentes
ciclos da natureza, como o ciclo do carbono
e do nitrogênio. Em seguida, é apresentada a
constituição das matrizes energéticas de cada
época, desde o domínio do fogo e o consumo
da lenha, passando pela exploração da ener-
gia cinética dos ventos dos primeiros moinhos
de trigo e do uso da tração animal no trans-
porte e nos trabalhos da lavoura, assim como
do uso intensivo do carvão mineral para a
movimentação das máquinas a vapor, do pe-
tróleo e do gás natural e da combustão de ma-
teriais radioativos. Outro aspecto importante
a ser considerado é a desigualdade na distri-
buição dos recursos naturais energéticos entre
os diferentes países e o impacto ambiental que
seu consumo provoca, o que denuncia a insus-
tentabilidade do modelo econômico vigente,
abrindo a discussão sobre fontes alternativas
de energia.
Competências e habilidades
Na 7a série/8o ano, espera-se que o aluno de-
senvolva suas competências cognitivas no domí-
nio das linguagens e da capacidade de expressão
oral e de pensamento lógico. Para isso, é preci-
so considerar a autonomia de julgamento e de
ação dos alunos diante de situações-problema
enfrentadas no estudo geográfico da formação
da economia-mundo, da globalização e de uma
possível crise energética mundial.
9
Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
Assim, será necessário que o aluno esta-
beleça relações, em termos de pensamento
formal, entre as visões de mundo em cada
contexto histórico-geográfico. Ao estudar
o sistema-mundo por meio de diferentes re-
cortes espaço-temporais na escala da longa
duração, as atividades deverão propiciar a
compreensão do espaço geográfico como um
produto social e, ao mesmo tempo, como um
conjunto de ideias formuladas pela Geogra-
fia para melhor compreender o mundo. Além
disso, ao discutir as alternativas para a ma-
triz energética vigente no sistema-mundo, o
aluno entra em contato com questões de or-
dem cultural e política.
Acreditamos, portanto, em poder colo-
car os alunos em contato com questões que,
mesmo aparentemente não fazendo parte do
seu cotidiano, dizem respeito a todo cidadão
do mundo contemporâneo, signatário de
uma herança cultural e da experiência acu-
mulada pelas sociedades e seus sistemas téc-
nicos. Assim, a temática proposta aproxima
intencionalmente os alunos de uma reflexão
a respeito da formação social que dá vida ao
espaço geográfico, o que é um convite ao jo-
vem para se posicionar diante de situações
reais, transformando o estudo da Geografia
em um exercício de cidadania.
O professor terá oportunidade de in-
centivar os alunos a interpretar mapas, ela-
borar hipóteses explicativas e desenvolver
uma atitude de questionamento diante de
problemas provocados pela globalização e
pelo consumo excessivo dos combustíveis
fósseis. O que importa não é somente a so-
lução desses problemas, mas a compreensão
de suas variáveis e a busca dos elementos
que os constituem, sempre considerando a
construção coletiva dessa compreensão, por
meio de atividades em que a elaboração in-
dividual, a troca, o confronto de ideias e a
síntese sejam possíveis.
Metodologia e estratégias
As Situações de Aprendizagem deste
Caderno exigem aulas expositivas, leitu-
ras programadas e exercícios individuais,
necessários para a discussão dos tópicos
abordados e para a realização de trabalhos
em grupo.
Desenvolvendo as atividades previstas e
comparando suas observações com as infor-
mações fornecidas pelo professor, o aluno é
convidado a entrar em contato com a forma
pela qual a Geografia analisa a realidade, en-
volvendo um desempenho com diferentes ní-
veis de compreensão:
Tipo Níveis de compreensão
1Identificação e relacionamento de evidências
2Explicação de fenômenos, aplicando conhecimentos geográficos
3Interpretação de contextos histórico- -geográficos
4 Confrontação e crítica de ideias
5Exposição de seus argumentos emba-sados, selecionando-os e ordenando-os em fundamentações geográficas
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Avaliação
Dentre as sugestões propostas, estão pre-
vistos exercícios individuais, com o objetivo
de avaliar a participação do aluno no proces-
so de ensino-aprendizagem. Essas atividades
são fundamentais para que o professor avalie
quais são os conceitos e procedimentos que
apresentam a maior ou a menor compreensão
por parte dos alunos.
Diante disso, o professor poderá retomar o
conteúdo por meio de novas atividades, para re-
compor o que não ficou claro. Além da produção
individual, sempre que possível serão propostos
trabalhos em grupo para fomentar a discussão e
o debate. Isso resultará em relatórios de síntese e
também contribuirá para o desenvolvimento da
capacidade argumentativa e da expressão oral.
Foram elaboradas fichas de observação do
desempenho esperado nas Situações de Apren-
dizagem, além de um conjunto de questões que
compõe uma proposta de avaliação. Também
apresentamos um modelo de ficha de avaliação
que leva em consideração os objetivos propos-
tos para a Situação de Aprendizagem, e suge-
rimos sua utilização ao final de cada atividade,
de acordo com o modelo a seguir:
Avaliação das Situações de
Aprendizagem
Objetivos atingidos
1. Muito bomAtingiu plena-mente os objetivos propostos
2. BomAtingiu grande parte dos objetivos propostos
3. RegularAtingiu os objetivos mínimos essenciais
4. InsuficienteNão atingiu os objetivos mínimos essenciais
11
Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
Um dos objetivos deste volume é com-
preender a produção do espaço mundial
como um processo econômico e político na
escala da longa duração. Entretanto, a pró-
pria ideia de mundo mudou ao longo dos sé-
culos, de acordo com as características sociais
e políticas de cada sociedade e do acúmulo
de conhecimentos científicos e tecnológicos
então produzidos. Para muitos alunos, é difí-
cil imaginar como os antigos representavam
o planeta Terra. Então, um primeiro passo
é relacionar as formas de representação da
Terra com a cosmovisão de determinados
contextos históricos.
SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 O MEIO NATURAL: O CONTEXTO DO SENHOR DOS VENTOS
Conteúdos: representação cartográfica, visão de mundo e suas tecnologias.
Competências e habilidades: compreender processos sociais utilizando conhecimentos históricos e geográ-ficos; identificar representações do espaço geográfico em textos científicos, imagens, fotos, gráficos etc.
Sugestão de estratégias: leitura e interpretação de mapas medievais e portulanos (cartas náuticas an-tigas); aulas dialogadas; leitura, interpretação e comparação entre diferentes formas de representação cartográfica.
Sugestão de recursos: imagens digitais; textos; mapas.
Sugestão de avaliação: roteiro de perguntas; confecção do astrolábio; redação; participação nas discussões.
Etapa prévia – Sondagem inicial e sensibilização
Esta etapa prevê uma aula dialogada com
o uso de mapas históricos e o estímulo à re-
flexão a respeito das características da car-
tografia em momentos históricos diferentes.
Os alunos precisam ser informados de que na
Idade Média, por exemplo, foram produzidos
muitos mapas, mas quase todos dominados
pelo sentido cristão do sobrenatural.
Os mais famosos, conhecidos como mapas
T–O, representavam o mundo habitado como
um disco chato (“O”), centrado em Jerusalém. A
divisão entre os três continentes conhecidos (Eu-
ropa, Ásia e África) era representada por meio de
cursos d’água, que formavam o “T” (Figura 1).
12
Figura 2 – Conceito cosmográfico de geógrafos cristãos e ára-bes, século XI. Fonte: FLAMMARION, Camille. Histoire du ciel. Paris: J. Hetzel, 1872.
Figura 1 – Mapa-múndi medieval. Fonte: RAISZ, Erwin. Car-tografia geral. Rio de Janeiro: Científica, 1969.
respondam às questões sugeridas no Caderno
do Aluno.
1. Quais continentes ou partes da superfície
terrestre eram representados no Mapa-
-múndi medieval (Figura 1)?
A Ásia, a Europa e a África.
2. Que região era representada na parte supe-
rior e central do mapa (Figura 1)? Por quê?
O Oriente e Jerusalém, valorizando a terra prometida.
3. Quais continentes ou partes da superfície
terrestre não estão representados nesse
mapa (Figura 1)?
A América, a Oceania e a Antártida.
4. Os dois mapas (Figura 1 e 2) revelam uma visão
religiosa de mundo? Justifique sua resposta.
Sim, pois a Terra aparece no centro do mundo, e a cruz que
simboliza Jerusalém ocupa lugar de destaque.
Leitura e análise de mapa
Para a conclusão desta etapa, sugerimos que
os alunos observem o mapa de Ebstorf (Figura
3), presente no Caderno do Aluno. A seguinte
questão poderá conduzir a análise:
O mapa fornece alguma pista sobre a visão de
mundo do autor? Justifique.
Com quatro metros de altura e uma impressionante riqueza de
detalhes, o mapa representa o mundo como o corpo de Cris-
to, cuja cabeça, mãos e pés ultrapassam as margens circulares da
moldura, rica em pormenores acerca de passagens bíblicas e de
representações de terras mais distantes, como a África. Assim, o
mapa também revela uma cosmovisão pautada pela religião.
A Figura 2 é um exemplo da cosmovisão
dos sábios medievais de inspiração aristotélica
e bíblica, ordenada em esferas, tendo a Terra
no centro do mundo, em volta dela a água e
em volta da água o ar, demonstrando perfeito
equilíbrio e simetria que somente a criação di-
vina seria capaz de produzir.
Para iniciar as atividades, peça aos alu-
nos que observem os mapas (Figuras 1 e 2) e
13
Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
Figura 3 – Carta de Ebstorf, Gervásio de Tilbury, 1284 (cópia do Landesmuseum, Hanover).
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G-I
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14
Como resultado desta etapa de sensibiliza-
ção, é importante que os alunos compreendam
que as visões de mundo analisadas refletem as
tecnologias disponíveis para o conhecimento e
a representação do planeta em cada momento
da História, assim como o contexto cultural em
que surgiram. Dessa forma, a história da Carto-
grafia é também a história de como a humani-
dade refletiu sobre as características do mundo
e de si mesma, em tempos sociais diferentes.
Etapa 1 – As cartas de navegação e a leitura do rumo dos ventos
Para introduzir essa temática, sugerimos que
o professor explique quais eram as condições téc-
nicas da época e informe aos alunos que a visão
do mundo em esferas, sendo a Terra uma única
massa rochosa cercada pelo Oceano Atlântico,
Figura 4a – Carta da Europa, África do Norte e Oriente Médio. Fonte: L’Atlante catalano. Maiorca, século XIV. As cartas postulanas indicavam com precisão o rumo dos ventos, as linhas paralelas próximas ao Equador, os portos, os cabos e as enseadas.
conviveu durante três séculos com outro tipo de
conhecimento cartográfico que produziu as cha-
madas Cartas portulanas. Elaboradas com a aju-
da do astrolábio, elas eram utilizadas para fins
práticos de navegação e representavam alguns
elementos com bastante precisão para a época,
como podemos perceber nos exemplos das Fi-
guras 4a e 4b, onde aparecem o Mar Mediterrâ-
neo e o Mar Negro e parte do Oceano Atlântico,
contemplando a Irlanda.
Nesta etapa, o professor poderá
pedir aos alunos que realizem,
em grupo, uma pesquisa sobre
o astrolábio, conforme proposto no Caderno
do Aluno, na seção Pesquisa em grupo.
Oriente-os a considerar aspectos como a ori-
gem e a importância desse instrumento na
história da navegação e a investigar quais
instrumentos atuais o substituíram.
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iblio
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Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
Figura 4b – Esquema que destaca, no mapa, a representação do rumo dos ventos. Fonte: RAISZ, Erwin. Cartografia geral. Rio de Janeiro: Científica, 1969. p. 22.
Etapa 2 – A façanha de Colombo
Até agora, os alunos puderam comparar
as diferentes visões de mundo que coexistiam
no período anterior ao século XV e realizar
uma pesquisa sobre o astrolábio, instrumento
usado pelos navegadores do século XVI. Com
as atividades desenvolvidas, a turma reuniu
condições para acompanhar a travessia do
Atlântico por Cristóvão Colombo, um bom
exemplo da utilização das forças da natureza
a favor dos objetivos humanos, como se carac-
teriza o período das expansões marítimas.
Para os alunos compreenderem como
essa travessia ocorreu, seria interessante que
eles fossem informados que, até a inveção
do navio a vapor, a navegação oceânica de-
pendia fundamentalmente da direção dos
ventos e das correntes marinhas. Assim,
os alunos poderão refletir sobre a impor-
tância dos padrões de circulação geral da
atmosfera para os grandes navegadores dos
séculos XV, XVI e XVII.
Leitura e análise de esquema e mapa
Nesse ponto, sugerimos a utilização da
Figura 5, que destaca os ventos alísios, de
nordeste e sudeste, e os ventos de sudoeste,
e da Figura 6, que apresenta a rota da via-
gem de Colombo à América.
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Figura 5 – Padrão geral de circulação da atmosfera. Nesta figura, estão representadas as três células: a célula Polar (refe-rente aos polos), a célula de Walker (referente às latitudes médias) e a célula de Hadley (referente às latitudes tropicais). Fonte: Elaborado por Raul Borges Guimarães e Regina Araujo especialmente para o São Paulo faz escola.
Figura 6 – Rota da primeira viagem de Cristóvão Colombo. Fonte: Elaborado por Raul Borges Guimarães e Regina Araujo espe-cialmente para o São Paulo faz escola.
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© C
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Rota da primeira viagem de Colombo à América
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Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
Esses dois mapas devem ser analisados com
os alunos para que eles possam, em seguida,
responder às questões no Caderno do Aluno:
1. Os navegadores europeus, como Cristóvão
Colombo, utilizavam barcos a vela, mo-
vidos pela força do vento, para alcançar a
América e depois regressar à Europa.
a) Na ida, os ventos sopravam a favor dos
barcos e os ajudavam a se mover. Mas, na
volta, se a força do vento era contrária,
como os navegadores chegavam à Europa?
Espera-se que os alunos concluam que os navegadores da-
quela época precisavam encontrar uma rota favorável para a
volta necessariamente diferente do caminho que havia sido
utilizado na ida. O debate visa enriquecer esta conclusão:
uma análise mais atenta da rota da esquadra de Colombo
evidencia que o grande navegador utilizou-se dos ventos alí-
sios de nordeste para tomar o rumo das Américas e os ventos
de sudoeste para retornar à Europa.
b) Você acha que na atualidade os navios
que fazem a viagem entre a América e a
Europa precisam fazer a mesma rota de
Colombo? Por quê?
Atualmente, os navios são movidos a propulsão e não precisam
percorrer o mesmo trajeto das embarcações que eram impul-
sionadas pelo vento.
Antes de dar continuidade aos exercícios
da seção Leitura e análise de esquema e mapa
o professor pode reforçar o conteúdo a par-
tir da Figura 6, concluindo que a esquadra de
Colombo chegou às Américas impulsionada pe-
los ventos alísios de nordeste, e retornou à Eu-
ropa com os ventos de sudoeste, aproveitando
também o movimento das correntes marinhas.
Como sugestão para diversificar a me-
todologia em sala de aula, poderia ser exi-
bido o filme 1492 – A conquista do Paraíso
(1492: Conquest of Paradise). Direção: Ri-
dley Scott. ESP/FR/ING, 1992. 150 min.
Narra a viagem de Cristovão Colombo.
Etapa 3 – As vantagens comparativas da Espanha e de Portugal
Para finalizar o estudo da geografia do
período das grandes navegações, os alunos
poderão analisar o mapa da Figura 7 no Ca-
derno do Aluno.
Leitura e análise de esquema e mapa
2. O mapa da Figura 7 apresenta a extensão
dos territórios coloniais da América luso-es-
panhola e indica a data de independência de
cada um deles. Com base no mapa e em seus
conhecimentos, estabeleça relações entre esta
extensão e o domínio que Portugal e Espa-
nha exerciam sobre as técnicas de navegação.
Espera-se que a turma conclua que Espanha e Portugal foram
pioneiros e ocuparam as maiores extensões territoriais por
apresentarem condições políticas favoráveis à realização da
expansão ultramarina (unificação da nação em torno do rei,
o maior financiador das expedições marítimas) e acumula-
rem conhecimentos preciosos dos “segredos do mar”.
18
Figura 7 – Divisão administrativa e independência da América luso-espanhola. ARRUDA, José Jobson de A. Atlas histórico básico. São Paulo: Ática, 2008, p. 22. Mapa original (sem escala; sem indicação de norte geográfico).
19
Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
Na seção Lição de casa, sugerimos a seguinte atividade:
1. Utilizando o planisfério presente no Cader-
no do Aluno, auxilie a sala a acompanhar a
rota seguida por Antonio de Alaminos. De-
pois, explique qual foi sua “inovação” em
relação à rota clássica estabelecida, poucos
anos antes, por Cristóvão Colombo.
A rota clássica das Antilhas à Europa estabelecida por Cristóvão
Colombo passava entre as ilhas de Cuba e Hispaniola (ilha que
hoje abriga dois países – a República Dominicana e o Haiti),
seguindo então em direção ao norte, até atingir latitudes mais
altas para “pegar carona” nos ventos de oeste. Espera-se que os
alunos entendam a inovação de Antonio de Alaminos, que con-
sistiu em passar ao norte de Cuba, aproveitando o impulso da
Corrente do Golfo para atingir a latitude dos ventos de oeste.
Os ventos alísios bombeiam água, sem parar, do Atlântico central para o Golfo do México, o qual, em
consequência, é mais alto que o oceano principal. Esse enorme corpo d’água tem uma saída de superfície
– os estreitos entre a Flórida, de um lado, e Cuba e as Bahamas, do outro. Através dessa saída, a água se
lança como um bando de garanhões selvagens soltos de um curral. Não admira Ponce de Leon descobrir
que estava andando para trás apesar de um vento que tentava levá-lo para frente, perto da atual Miami,
num braço de terra que ele chamou de Cabo das Corrientes. Seis anos depois da descoberta de Ponce de
Leon, seu piloto, Antonio de Alaminos, navegando das Antilhas para a Espanha, passou não ao sul de
Cuba, como era habitual, mas ao norte e através dos estreitos da Flórida, aproveitando o enorme impul-
so da Corrente do Golfo para atirar seu navio à latitude dos ventos de oeste. Essa inovação completou o
desenvolvimento da rota clássica da Península Ibérica à América e vice-versa.
CROSBY, Alfred W. Imperialismo ecológico: a expansão biológica da Europa, 900-1900. São Paulo: Companhia das Le-tras, 1993. p. 119.
Leia o texto a seguir:
2. Com base no que foi discutido em sala de
aula, faça em seu caderno uma pequena re-
dação que tenha como título “Foi por um
acaso que Colombo chegou à América?”.
Os alunos deverão ser orientados a produzir uma argumenta-
ção coerente, com base na análise de dados geográficos que
comprovem a tese defendida. Para isso, é preciso que
eles esclareçam a importância do conhecimento das
Cartas portulanas, que registravam os regimes de ven-
tos, e expliquem por que o trajeto de ida de Colombo
foi diferente do trajeto de volta. Dessa forma, a redação
deve contribuir para que eles sejam capazes de organizar
informações e conhecimentos disponíveis para a cons-
trução de argumentações consistentes.
20
A atividade a seguir, disponível
no Caderno do Aluno, na se-
ção Você aprendeu?, pode ser
utilizada como avaliação.
Em seu livro Paratii: entre dois polos (Com-
panhia das Letras, 1998), o navegador Amyr
Klink relata que certa vez lançou de seu bar-
co um vidro contendo uma cédula de 100
mil cruzeiros, um nó de marinheiro, um car-
tão com seu endereço, solicitando a quem o
encontrasse que o remetesse ao Brasil. Com
pouca expectativa de que isso, de fato, aconte-
ceria, ele anotou a data, a posição e as coorde-
nadas do local de lançamento: latitude 49º49’
Norte, longitude 23º49’ Oeste, 4 de junho de
1991. Para surpresa dele, sete meses após ter
jogado o vidro na água, recebeu uma carta de
um garoto norueguês, com uma foto na qual
segurava a nota que havia encontrado.
1. Considerando o mapa a seguir (Figura 8),
qual alternativa identifica corretamente o
fenômeno natural que conduziu o vidro?
a) A corrente marítima Norte Atlântica,
uma extensão da Corrente do Golfo.
b) A alternância de marés entre o continen-
te americano e a Europa.
c) Os ventos alísios do Atlântico Norte.
d) Os ventos monçônicos do Oceano Índico.
e) O deslocamento das massas de ar no
Mar Mediterrâneo.A questão pretende avaliar a habilidade de leitura de um
mapa temático, bem como resgatar os conhecimentos acer-
ca da circulação dos ventos e das correntes marinhas, apre-
sentados nesta primeira Situação de Aprendizagem.
2. Se o navegador tivesse lançado a garrafa
nas coordenadas latitude 10º Sul e longi-
tude 25º Oeste, que país seria o destino
mais provável para a cédula de 100 mil
cruzeiros? Por quê?
O Brasil, mais especificamente a costa brasileira, seria o destino
mais provável, pois a garrafa seria levada pela Corrente do Brasil.
21
Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
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22
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 O MEIO TÉCNICO: A FORÇA DAS MÁQUINAS NA
PRODUÇÃO E NA CIRCULAÇÃO
O meio técnico é produto da Revolução
Industrial. Embora as técnicas sejam quase
tão antigas quanto a humanidade, apenas no
final do século XVIII, com a emergência da
indústria, a capacidade produtiva humana
tornou-se suficiente para transformar extensa
e profundamente a superfície terrestre.
A Revolução Industrial representou a subs-
tituição do uso da energia humana ou animal
pelo emprego da energia mecânica nos proces-
sos de produção de artefatos. A combustão do
carvão mineral e a máquina a vapor expandi-
ram a capacidade produtiva humana e inaugu-
raram a era industrial. As ferrovias e os navios
a vapor promoveram uma revolução nos meios
de transporte, desencadeando um crescimento
inédito do comércio internacional.
Os ciclos iniciais da era industrial abriram
as portas para a formação da economia-mun-
do, ou seja, para a incorporação de todos os
povos e continentes nos fluxos mercantis e
circuitos de investimentos centralizados pelas
potências industriais. Foi então que o impe-
rialismo – anexando novas áreas coloniais na
África e na Ásia e influenciando fortemente
regiões da América Latina – criou um ver-
dadeiro mercado de dimensões planetárias e
uma nova divisão internacional do trabalho.
O traçado das ferrovias ilumina uma
das características essenciais da Geografia
produzida pelo imperialismo. Nos países
industrializados da Europa, foram cons-
truídos troncos principais complementa-
dos por uma densa rede de trilhos que se
espalharam em todas as direções, facilitan-
do o transporte no interior do território e
unificando o mercado interno. Nos Esta-
dos Unidos, os grandes ramais ferroviários
cortaram transversalmente o território e
ajudaram a conquistar e integrar o oeste
agrícola ao nordeste industrial.
Contudo, na África, Ásia e América La-
tina, as ferrovias nasceram para ligar as re-
giões produtoras de matérias-primas aos
portos exportadores. A configuração da
rede ferroviária da África no século XIX
serve de espelho para compreender a orga-
nização do espaço produzida pelo imperia-
lismo. O mercado externo funcionava como
principal motor da economia. As redes de
transporte, em vez de integrar, fragmenta-
vam os espaços nacionais.
Para analisar esse novo contexto, suge-
rimos a articulação de diferentes paisagens
características do meio técnico, por meio da
leitura de textos, fotografias e mapas.
23
Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
Conteúdos: o meio técnico; a indústria; a ferrovia.
Competências e habilidades: compreender o processo histórico de ocupação dos territórios; interpretar a formação e organização do espaço geográfico, considerando diferentes escalas.
Sugestão de estratégias: leitura e interpretação de textos e mapas; trabalhos em grupo.
Sugestão de recursos: textos; imagens; mapa mudo.
Sugestão de avaliação: análise de gravuras; texto argumentativo; mapa temático.
Etapa prévia – Sondagem inicial e sensibilização
Leitura e análise de imagem
Sugerimos, como introdução ao tema, a
identificação e o relacionamento de evidên-
cias do impacto da atividade industrial na
produção do espaço geográfico. Para isso,
os alunos podem ser desafiados a analisar e
comparar gravuras antigas (Figuras 9 e 10)
no Caderno do Aluno, fazendo inferências
a respeito:
das condições ambientais da cidade;
da qualidade de vida de seus habitantes;
da alteração da vida cotidiana com a insta-
lação de indústrias.
Nesse caso, é importante garantir que os alunos perce-
bam as características ambientais de uma típica cidade in-
dustrial do século XIX, tais como insalubridade e poluição,
que alteraram profundamente a vida de seus habitantes.
Figura 9 – Litografia do século XIX representando a área industrial de Sheffield, cidade ao norte da Inglaterra.
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Figura 10 – Gravura do século XIX representando fábrica têxtil do empresário Titus Salt, na cidade de Bradford, no norte da Inglaterra.
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Etapa 1 – O impacto da Revolução Industrial no mundo
Leitura e análise de texto
Sugerimos que o professor problematize com
seus alunos os impactos que a Revolução Indus-
trial gerou na produção do espaço mundial. Para
isso, os alunos lerão os textos a seguir no Cader-
no do Aluno, procurando identificar e ordenar
argumentos para fundamentar a seguinte ideia:
“O surgimento da indústria é uma revolução não
somente técnica, mas social e econômica, porque
transformou completamente o mundo em um
sistema técnico único e integrado”.
Texto 1
O sistema de trabalho das corporações en-
volvia um pequeno mercado no qual o produ-
tor fabricava a mercadoria de acordo com o in-
teresse do seu freguês, que se deslocava ao local
de trabalho e fazia a encomenda diretamente.
À medida que as relações comerciais foram se
ampliando além dos limites da cidade, ultra-
passando as fronteiras nacionais e atravessan-
do, inclusive, os oceanos, o sistema de trabalho
das corporações entrou em colapso.
Elaborado por Raul Borges Guimarães especialmente para o São Paulo faz escola.
25
Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
Texto 2
A Revolução Industrial foi um processo que
se alastrou pelo território britânico, tornando
tão importantes quanto Londres cidades como
Manchester, Liverpool e Yorkshire, já que o novo
processo produtivo gerava todo tipo de mercado-
ria: artigos de algodão e lã, de ferro e de couro,
de madeira e porcelana. Produzidas em larga es-
cala e com baixos preços, as mercadorias inglesas
tomaram conta dos mercados latino-americanos,
destruindo as manufaturas têxteis e a produção
colonial de cerâmicas e objetos de metal.
Elaborado por Raul Borges Guimarães especialmente para o São Paulo faz escola.
Os argumentos deverão ser registrados no
Caderno do Aluno e, após o exercício indivi-
dual, o professor poderá listar, na lousa, em
conjunto com a turma, as principais ideias
identificadas pelos alunos.
Espera-se que os alunos percebam que a indústria pro-
vocou um impacto local e global. No primeiro caso,
destruindo as antigas corporações de artesãos. Com o
crescimento da produção industrial, por sua vez, será
reforçada uma divisão internacional do trabalho entre
os países industriais e os fornecedores de matéria-prima.
Com base nas ideias enumeradas pela tur-
ma, os alunos podem escrever uma disserta-
ção com o tema: “A Revolução Industrial e a
produção do sistema-mundo”.
Também nesse caso, o foco deverá se voltar
para a produção de uma argumentação consis-
tente, capaz de relacionar, de fato, os conceitos
apresentados no título, ou seja, as mudanças nas
formas de organização da produção e o surgi-
mento de uma divisão internacional do trabalho.
Etapa 2 – O meio técnico e o encurtamento das distâncias
Propomos ao professor que, na seção De-
safio, no Caderno do Aluno, oriente os alu-
nos na elaboração de um mapa temático com
a distribuição das ferrovias pelos continentes.
Com base em um atlas geográfico escolar, eles
poderão ser divididos para produzir o mapa
de diferentes regiões: a Europa, a África, a
América do Sul e a América do Norte.
Sugestão de procedimentos para a confec-ção dos mapas temáticos
1. Sobreposição de papel transparente no mapa do atlas geográfico escolar para có-pia do contorno do continente, as linhas imaginárias principais, divisão política atual (em preto), escala gráfica e o traçado das ferrovias (em vermelho);
2. Indicação do título do mapa (por exemplo: “A malha ferroviária da América do Sul”);
3. Confecção da legenda.
Depois de fazerem os mapas, os alunos po-
derão se reunir em grupos para comparar as
malhas ferroviárias de diferentes continentes.
Para concluir a atividade, o professor pode-
rá perguntar que relações poderiam ser feitas
levando-se em consideração as características
das malhas ferroviárias dos continentes e o que
foi estudado acerca da Revolução Industrial.
26
As conclusões da turma poderão ser regis-
tradas na lousa, verificando-se a capacidade dos
alunos de formular hipóteses e de relacionar a
organização do espaço com as características do
período do meio técnico. Depois da discussão, os
grupos deverão responder às seguintes questões:
1. Em quais regiões do globo a malha ferroviária
é mais densa?
A malha ferroviária é mais densa nos Estados Unidos e na Europa.
2. Procure explicar por que isso ocorre.
Nos Estados Unidos e nos países europeus, a densidade da
malha ferroviária foi um fator importante na unificação dos
mercados nacionais. Na África e na América do Sul, em con-
traste, foi implantada uma malha ferroviária menos densa,
cuja função básica era a de escoar as exportações.
Na seção Lição de casa, sugerimos a
seguinte atividade para ser utilizada
como avaliação.
1. Explique a diferença entre o traçado das
ferrovias do continente africano (Figura
11) e o traçado das ferrovias do continente
europeu (Figura 12).
Espera-se que os alunos percebam que as ferrovias africa-
nas conectam as regiões produtoras de matérias-primas
agrícolas e minerais aos portos de exportação e não arti-
culam os mercados internos do continente; as ferrovias eu-
ropeias, por sua vez, servem principalmente aos mercados
do próprio continente.
2. A Revolução Industrial também se carac-
terizou pelo surgimento de novos meios
de transporte e de comunicação. O navio
a vapor, inventado em 1807, e as ferro-
vias, que se espalharam pelo mundo em
meados do século XIX, assim como as li-
nhas telegráficas, assinalaram o início de
uma nova era. Destaque pelo menos duas
características geográficas importantes
dessa nova era.
Com a Revolução Industrial, surgiram os navios a vapor e
as ferrovias, que possibilitaram a ampliação dos fluxos de
mercadorias e de pessoas entre os países. Portanto, a for-
mação de uma economia de dimensões mundiais é uma
das características geográficas dessa “nova era”. Além
disso, a Revolução Industrial imprimiu um novo ritmo ao
processo de crescimento das cidades: a era das indústrias
e também a era da intensa urbanização dos países em
processo de industrialização.
27
Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
Figura 11 – África: político. IBGE. Atlas geográfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2012, p. 45. Mapa original. Adaptado (supressão de escala numérica).
África: políticofri - P lí i
Regiãode Abyei
Saint-Louis
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Omdurman
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Muanza
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Porto Harcourt
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Tombouctou
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Marrakech
Beira
Agadez
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Mombassa
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Sebha
Fianarantsoa
Blantyre
Kankan
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Parakou
Bobo Dioulasso
Bambari
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Moundou
Assuan
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Liv ingstone
Batna Oran
Tanger Constant ina
Tamanrasset
Pointe-Noire
Diredaua
Cumasi
Cabinda (Angola) Zanzibar
Ceuta (Esp)
Ogbomosho
Buchanan
Geroua
Malabo(GUINÉ EQUAT.)
Huambo Benguela Lobito
Safi Casablanca
Walvis Bay
Johanesburgo
Lubumbashi
Matadi
Bulawayo
Alexandria
Ibadã
Durban
Duala
Bata
Kindia
Dacar
Freetown
Bloemfontein (cap. jurídica)
Pretória
Cartum
Mbabane
Lom
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Campala São Tomé
Monróvia
Rabat
Maputo
Cairo
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Conacri
Bissau
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Lusaca Harare
Argel
Gaborone
Bangui
Brazaville
Mogadíscio
Cidade do Cabo (cap. legislativa)
Dar Es Salaam
Túnis
Quigali
Nouakchott
Windhoek
Niamei
Abuja
Maseru
Trípole
Antananarivo
Lilongue
Bamako
Nairóbi
Porto
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Ouagadougou
Bujumbura
Iaundê
Ndjamena Djibuti
Asmara
Adis Abeba
Libreville
Luanda
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ÁFRICA DO SUL
TANZÂNIA
ANGOLA
ARGÉLIA
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MOÇAMBIQUE
BOTSUANA
ZÂMBIA
GABÃO
REP. CENTRO-AFRICANA
TUNÍSIA
MARROCOS
UGANDA
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LESOTO
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RUANDA
TOGO
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DO CONGO(Zaire)
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SAARA OCIDENTAL
(ESP e MAR)
DJIBUTI
SENEGAL
GUINÉ BISSAU
EGITO (Parte Asiática)
SÃO TOMÉE PRÍNCIPE
SEICHELES
COMORES
Is. Canárias (ESP)
Is. Madeira (POR)
I. Socotra
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Golfo de Áden
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Estreito de Gibraltar
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0º
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10º S
20º S
30º S
0º
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20º N
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20º S
30º S
0º 10º O 10º E 20º E 30º E 40º E 50º E
GR
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NW
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EQUADOR
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
TRÓPICO DE CÂNCER
Capital de paísCidade principal
fronteirainternacional
ferrovia
rodovia
rio
Praia
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Bobo Dioulasso
Tamba
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Kankan
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Man
Gao
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Porto Novo
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Bamako Niamei
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Abidjan Monróvia
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SENEGAL
GUINÉ BISSAU
MALI
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NÍGER
MAURITÂNIA
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r e g í N
Lago Volta
0º 5º O10º O
5º N
10º N
15º N0 430 km
PROJEÇÃO CILÍNDRICAEQUIDISTANTE MERIDIANA
215
12
12
Cabo VerdePaíses da África
1
2
Nota: A situação política da região de Abyei, entre o Sudão e Sudão do Sul, ainda não está determinada.
28
Figura 12 – Europa: político. IBGE. Atlas geográfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2012, p. 43. Mapa original. Adaptado (supressão de escala numérica).
Europa: político
Salzburgo
Gomel
Vaasa
Tromso
Bodo
Trondheim
Bialystok
Coimbra
Galati
Archangelsk
Kaluga
Kirov
Murmansk
Pskov
Smolensk
Vorkuta
Voronez
Málaga
Saragoza
Uppsala
Lulea
Ostersund
Simferopol
Inverness
Rijeka
Vologda
Patras
Bergen
Harstad
La Coruña
Bilbao
Stavanger
Tampere
Lublin
Cardiff
Kaliningrado
Santiago de Compostela
Malmo
Rodes
Canéia Cândia (Creta)
Cartagena
Parnu
Dnepropetrovsk
Belfast
Birmingham
Glasgow
Liverpool
Sevilha
Toulouse
Rennes
Brest
Lille
Antuérpia
Odense
Munique
Trento
Hannover
Bremen
Turim
Wroclav
Bolonha Veneza
Cagliari
Sheffield
Montpellier
Bordeaux Lyon
Marselha
Nantes
Bonn
Frankfurt
Hamburg
Leipzig
Stuttgart
Salônica
Florença
Gênova
Rotterdã
Cracóvia
Lodz
Poznan
Cluj-Napoca
Timisoara
Nizhny Novgorod
Izevsk
Kazan
Krasnodar
São Petersburgo
Perm
Saratov
Volgograd
Yaroslavl
Barcelona
Córdoba Valência
Valladolid
Goteborg
Genebra
Zurique
Istambul
Doneck
Kharkov
Lvov
Odesa
Edinburgh
Leeds
Manchester
Sunderland
Bayonné
Estrasburgo
Milão
Nápoles
Palermo
Gdansk
Porto Varna
Faro
PristinaPodgorica
Belgrado
Lisboa
Liubliana
Londres
Tallinn
Berlim
Dublin
Kiev
Viena
Bruxelas
Vaduz
Vilnius
Skopje
Valeta
Chisinau
Oslo
Varsóvia
Moscou
Madrid
Estocolmo
Tirana
Minsk
Sarajevo
Sófia
Zagreb
Reykjavik
Roma
Riga
Praga Paris
Helsinque
Gibraltar (R.UN)
Copenhague
Budapeste
Bucareste
Bratislava
Berna
Atenas
Amsterdã
FEDERAÇÃO RUSSA(RÚSSIA)
FI
NL
ÂN
DI
A
ÁUSTRIA
ITÁLIA
ESPANHA
SU
ÉC
IA
NO
RU
EG
A
ALEMANHA
FRANÇA
PORTUGAL
HUNGRIA
ROMÊNIA
BULGÁRIA
DINAMARCA
POLÔNIA BELARUS
UCRÂNIA REP. TCHECA
ESLOVÁQUIA
GRÉCIA
ANDORRA
HOLANDA
BÉLGICA
Irlanda
SÉRVIA
KOS.1MONTENEGRO
ALBÂNIA
MOLDÁVIA
LITUÂNIA LETÔNIA
ESTÔNIA
LIECH
CRO ESLN SUÍ
MAC
ISLÂNDIA
REINO UNIDO
BÓ.HER
TURQUIA (Parte européia)
ÁFRICA
ÁSIA
LUXEMBURGO
MALTA
MÔNACO
VAT
S.MAR
FED.RUSSA
I. Córsega
I. de Creta
Is. Faeroe (DIN)
I. Kolguiev
I. Mallorca
Is. Orkney
I. Sardenha
Is. Shetland (RUN)
I. Sicília
M a r N e g r o
M a r M e d i t e r r â n e o
M a r M e d i t e r r â n e o Estreito de Gibraltar
Canal da Mancha
OCEANO ATLÂNTICO
10º O 20º O 30º O 40º O
60º N
50º N
40º N
30º N
60º N
50º N
40º N
30º N
0º 20º E 30º E 10º E 40º E 50º E 60º E 70º E
0º 20º E 30º E 10º E
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
Leste de Greenwich (E. Greenwich)
Oeste de Greenwich (O. Greenwich)
Nicósia
CHIPRE
Europa Político
O c e a n o A t l â n t i c o
Ponta Delgada
Lisboa (POR) Açores
PORTUGAL
ÁFRICA
EUROPA
Tabriz
Pot i
Ierevan
Baku
Tbilisi
ARMÊNIA AZERBAIJÃO
GEÓRGIA
RÚSSIA M. Cáspio
M. Negro
40º E 45º E 50º E
40º E 45º E 50º E
40º N
AZE
Gyor
Banja Luka
Graz Innsbruck
Pécs
Bar i
Arad
Novi Sad Rijeka
Split
Veles
Verona
Mikhaylovo
Bástia
Debrecen
Szeged
Salônica
Bolonha
Florênça
Gênova
Cluj-Napoca
Timisoara
Zurique
Milão
Nápoles
San Marino
PristinaPodgórica
Tirana
Sarajevo
Sófia
Zagreb
Budapeste
Roma
Vaduz
Skopje
Liubliana
Belgrado
ÁUSTRIA
ITÁLIA
ALEMANHA
HUNGRIA
ROMÊNIA
GRÉCIA
ALBÂNIA
LIECHTENSTEIN
SÉRVIA
KOSOVO1MONTENEGRO
BÓSNIA HERZEGOVINA
CROÁCIA
ESLOVÊNIA SUÍÇA
MACEDÔNIA
BULGÁRIA
SAN MARINO
VATICANO FRANÇA I. Córsega
I. Sardenha
oibú
naD
oibúnaDPó
Mar Adriatico
TirrenoMar
MediterrâneoMar
10º E 15º E 20º E
45º N
0 240 km
PROJEÇÃO ORTOGRÁFICA
120
Capital de país
Cidade principal
fronteirainternacional
ferrovia
rodovia
rio
1
23
123
AçoresCentro-Sul EuropeuLeste Europeu (Geórgia, Armênia, Azerbaijão)
(POR)
1
2
3
1 Em 17 de fevereiro de 2008, a província do Kosovo declarou unilateralmente sua independência da Sérvia. Esta situação ainda está em processo de reconhecimento.
29
Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
Nesta Situação de Aprendizagem, os alu-
nos tomarão contato com temas muito próxi-
mos da juventude brasileira. Vamos discutir
questões ligadas ao modo como cada pes-
soa, hoje em dia, se relaciona e se insere em
um novo padrão de globalização baseado no
meio técnico-científico-informacional que se
desenvolveu a partir da década de 1970.
Para isso, a turma terá de considerar os
avanços nas técnicas de armazenamento e
processamento de informações, potencializa-
dos pelas redes digitais, cabos de fibra ótica e
satélites de comunicações. Da mesma forma,
terá de considerar o novo ciclo de inovações,
cujos fundamentos repousam sobre a “revo-
lução da informação”, os avanços da biotec-
nologia, a automatização e a robotização dos
processos produtivos, a descoberta de novos
materiais e de novas tecnologias de geração
de energia.
Com o encadeamento das atividades pro-
postas, espera-se que os alunos possam rela-
cionar essas mudanças ao ciclo de inovações
que envolveu outros campos, assentados
sobre a aplicação da ciência às tecnologias
de produção. É o que ocorre com a química
fina (área de pesquisa e fabricação de novos
medicamentos), com a biotecnologia e suas
aplicações na medicina e na agricultura,
com a robótica e com a automação indus-
trial, que tem se intensificado.
Os alunos também poderão relacionar
tais processos com a difusão de mercadorias
nascidas dessas tecnologias nas indústrias
tradicionais, reinventando seus produtos e
processos de produção. Ou com a dissemi-
nação da informática no setor financeiro,
na indústria, nos sistemas de administração
pública e privada, nos serviços de transpor-
tes, na saúde e na educação.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 O MEIO TÉCNICO-CIENTÍFICO E A INCLUSÃO NO
MUNDO DIGITAL
Conteúdos: o meio técnico-científico-informacional; ciberespaço; globalização.
Competências e habilidades: analisar criticamente as implicações sociais e ambientais do uso das tecno-logias em diferentes contextos histórico-geográficos; caracterizar formas de circulação de informação, capitais, mercadorias e serviços no tempo e no espaço.
Sugestão de estratégias: aulas dialogadas; leitura e interpretação de textos e mapas; trabalhos em grupo.
Sugestão de recursos: mapas; textos.
Sugestão de avaliação: relatório de pesquisa de campo; exercícios individuais; colagens e desenhos.
30
Etapa prévia – Sondagem inicial e sensibilização
Vivemos em um mundo no qual o
espaço é um conceito cada vez
mais complexo. Praticamente todas
as pessoas estão envolvidas, em diferentes
níveis, com o espaço virtual ou ciberespaço.
Sugerimos, como primeiro passo para os
alunos perceberem essa proposição, a
atividade que segue, na seção Pesquisa de
campo, presente no Caderno do Aluno.
A inclusão digital
Cada um dos alunos deverá realizar uma en-
trevista com dez pessoas, com mais de 25 anos.
Oriente-os a procurar pessoas pertencentes à co-
munidade local, escolhidas aleatoriamente, para
levantar dados que lhes permitam avaliar o nível de
inclusão digital do conjunto entrevistado. Para esta
atividade, propomos as seguintes perguntas:
1. Possui computador em casa? ( ) sim ( ) não
2. Possui internet na sua casa? ( ) sim ( ) não
3. Se sim, sua internet é banda larga? ( ) sim ( ) não
4. Utiliza internet? ( ) sim ( ) não
5. Na maior parte das vezes, costuma utilizar a internet mais em casa do que em outros luga-res? ( ) sim ( ) não
6. Possui celular? ( ) sim ( ) não
7. Acessa a internet pelo celular? ( ) sim ( ) não
8. Tem conta bancária? ( ) sim ( ) não
9. Faz transações bancárias pela internet?
( ) sim ( ) não
10. Costuma jogar on line? ( ) sim ( ) não
11. Assiste a filmes e/ou séries on line?
( ) sim ( ) não
12. Escuta músicas gravadas em sites da internet?
( ) sim ( ) não
Tabulação: somar 1 ponto para cada respos-ta afirmativa.
Como as respostas procuram aferir a presen-
ça da tecnologia digital na rotina das pessoas,
os entrevistados que chegarem mais próximos
de 12 pontos são considerados incluídos.
A partir dos resultados apresentados por
toda a sala, o professor poderá discutir se a
comunidade local encontra-se inserida ou ex-
cluída do mundo digital e o que isso significa.
É uma boa oportunidade também para ex-
plicar que o termo “exclusão digital” é usado
para se referir às pessoas que, em um mundo
informatizado e interconectado, não têm aces-
so às tecnologias digitais.
Na sequência, os alunos poderão responder
às seguintes questões no Caderno do Aluno:
31
Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
1. Quais perguntas tiveram mais pontos e
quais as que tiveram menos pontos?
2. Em sua opinião, o que pode justificar o
resultado destacado na questão anterior?
3. De acordo com os resultados obtidos na
pesquisa, você considera que as tecnolo-
gias digitais são importantes na vida das
pessoas próximas a você? Justifique sua
resposta.
Leitura e análise de mapa e gráfico
Para finalizar a discussão, o professor po-
derá pedir para os alunos analisarem as Fi-
guras 13, 14a e 14b, no Caderno do Aluno e
apresentadas a seguir.
Figura 13 – Pessoas que utilizaram a Internet, no período de referência dos últimos três meses, na população de 10 anos ou mais de idade – 2011. IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 2005/2011. Disponível em: <ftp://ftp.ibge.gov.br/Acesso_a_internet_e_posse_celular/2011/PNAD_Inter_2011.pdf>. Acesso em: 24 out. 2013. Mapa original (mantida a grafia; sem indicação de norte geográfico). Adaptado (supressão de escala numérica).
Pessoas que utilizaram a Internet, no período de referência dos últimos três meses, na população de 10 anos ou mais de idade – 2011
O C
E A
N O
A
T L
Â
N
T I
C O
-10°
O C
E A
N O
-30°
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
-40°-50°-60°-70°
EQUADOR
-20°
-30°
-70° °05-°06- -40°
-30°
-20°
-10°
0°
P A
C Í
F I
C O
0°EQUADOR
D.F.
PARANÁ
B A H I A
TOCANTINS
SERGIPE
ALAGOAS
PERNAMBUCO
PARAÍBA
RIO GRANDE DO NORTE
CEARÁ
PIAUÍ
MARANHÃO
RORAIMA
A M A Z O N A S
ACRE
RONDÔNIA
P A R Á
MATO GROSSO
G O I Á S
MINAS GERAIS
MATO GROSSO DO SUL ESPÍRITO SANTO
RIO DE JANEIRO
SÃO PAULO
SANTA CATARINA
RIO GRANDE DO SUL
AMAPÁ
C
H
I
L
E
C O L O M B I A
A R G E N T I N A
V E N E Z U E L A
P E R Ú
P A R A G U A Y
U R U G U A Y
SURINAME GUYANE
GUYANA
B O L I V I A
BANANAL
ILHA DEMARAJÓ
I. DO
Cabo Raso do Norte
Cabo Orange
I. Caviana
I. de Itaparica
I. de São
La. Mangueira
La. Mirim
La. dos Patos
I. de Santa Catarina
I. de São Francisco
Sebastião
Arquip. de Abrolhos
I. da Trindade
Arquip. de Fernando de Noronha
Atol das Rocas
PROJEÇÃO POLICÔNICA
ESCALA
125 0 250 500 km
24,1 a 24,2
24,3 a 38,4
38,5 a 43,6
43,7 a 54,5
54,6 a 71,1
Proporção de pessoas (%)
Fontes: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2011; Diretoriade Geociências, Coordenação de Geografia.
32
Figura 14a – IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 2005/2011. Disponível em: <ftp://ftp.ibge.gov.br/Acesso_a_internet_e_posse_celular/2011/PNAD_Inter_2011.pdf> Acesso em: 24 out. 2013.
Figura 14b – IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Do-micílios, 2005/2011. Disponível em: <ftp://ftp.ibge.gov.br/Acesso_a_internet_e_posse_celular/2011/PNAD_Inter_2011.pdf>.Acesso em: 24 out. 2013.
Percentual de pessoas que utilizaram a Internet, no período de referência dos últimos três meses, na população de 10 anos ou mais de idade, segundo os grupos de idade - Brasil - 2005/2011
Percentual de pessoas que utilizaram a Internet, no período de referência dos últimos três meses, na população de 10 anos ou mais de idade, segundo os grupos de anos de estudo - Brasil - 2005/2011
20,9 24
,3
33,7
32,7
30,9
27,0
22,4
20,0
18,6
16,1
7,3
34,7
50,9
62,7
59,6
52,2
44,1
36,6
31,4
27,2
24,2
11,2
46,5
63,6
74,1
71,8
66,4
60,3
53,9
48,4
41,3
36,8
18,4
Tota
l
10 a
14
15 a
17
18 o
u 19
20 a
24
25 a
29
30 a
34
35 a
39
40 a
44
45 a
49
50 o
u m
ais
%
2005 2008 2011
Anos de idade
20,9
2,5
10,1
22,5
42,7
76,1
34,7
7,2
23,3
38,6
57,8
81,0
41,6
9,5
28,3
47,4
67,0
88,3
46,5
11,8
33,0
51,2
71,5
90,2
%
2005 2008 2009 2011
Total Sem instruçãoe menos de 4
4 a 7 8 a 10 11 a 14 15 ou mais
Anos de estudo
33
Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
Entre 2005 e 2011, a população de 10 anos
ou mais de idade cresceu 9,7% no Brasil, en-
quanto o contingente de pessoas que utilizaram
a internet aumentou 143,8%. Esses dados mos-
tram que, em termos gerais, a exclusão digital
no país diminuiu no período assinalado. Entre-
tanto, a difusão do uso da internet não ocorre
de forma homogênea pelo território ou entre os
diversos agrupamentos sociais. Esse fenômeno
pode ser abordado por meio das questões a se-
guir, que estão presentes no Caderno do Aluno.
1. Considerando o mapa (Figura 13) identifique
as duas unidades da federação que apresentam
maior proporção de utilização da internet e as
duas unidades da federação que apresentam
menor proporção de utilização da internet.
São Paulo e Distrito Federal apresentam a maior proporção
de pessoas com acesso à internet; Piauí e Maranhão, a menor.
2. Considerando os gráficos (Figuras 14a e 14b),
é possível afirmar que o acesso à educação e
a idade são fatores importantes para a exclu-
são digital? Justifique sua resposta.
Sim. A Figura 14a mostra que a utilização da internet é maior
entre os mais jovens e que a população ativa com mais de 50
anos é a que menos utiliza a rede. Já a Figura 14b mostra que
a utilização da internet é maior nos grupos que estudaram
mais. Dessa forma, a exclusão digital tende a ser maior entre
os mais velhos e os que estudaram menos.
Etapa 1 – O espaço virtual
Leitura e análise de texto
Depois de compreender um pouco melhor a
desigualdade de acesso às novas tecnologias, su-
gerimos que o professor trabalhe a transformação
do ciberespaço em um grande negócio. Para isso,
poderá sugerir a leitura do texto e a discussão em
grupo das perguntas propostas na sequência. A
atividade está disponível no Caderno do Aluno.
Os senhores do ciberespaço
Para facilitar a vida no ciberespaço, vários sites de busca foram desenvolvidos, como o Alta Vista, o Yahoo!
e o Google. Eles têm dispositivos automáticos que atualizam suas bases de dados. Além disso, apresentam me-
canismos que classificam os endereços da internet pelo número de acessos, abrindo uma lista dos sites a partir
dos mais visitados.
Um dos sites de busca mais utilizados no mundo é o Google, que foi criado pelos estudantes Larry Page
e Sergey Brin, da Universidade de Stanford, em 1996. Os dois começaram a criar o Google como parte de
um projeto de pesquisa. Colocaram como desafio desenvolver um sistema que buscasse o mais rapidamen-
te possível dados em milhões de páginas existentes na internet.
No começo, Larry e Sergey trabalhavam em um apertado alojamento da universidade. Dez anos depois,
o Google já havia se transformado em uma empresa onde trabalhavam 250 técnicos e que atingiu uma receita
aproximada de 100 milhões de dólares.
A história do Yahoo! é parecida com a do Google. Foram os estudantes Jerry Yang e David Filo, tam-
bém da Universidade de Stanford, que tiveram a ideia de criar um mecanismo de busca para as pessoas
encontrarem sites na internet.Elaborado por Raul Borges Guimarães especialmente para o São Paulo faz escola.
34
1. Por que os programas de busca fazem tan-
to sucesso entre os internautas?
Com base na leitura do texto, espera-se que os alunos co-
mentem a respeito da dificuldade de encontrar as informa-
ções e navegar pela internet, uma vez que existem milhões
de páginas para serem visitadas pelos usuários.
2. Com base na leitura e nas discussões das
aulas anteriores, procure explicar as dife-
renças entre os senhores da internet e os
navegadores dos mares.
Nesse caso, espera-se que os alunos percebam algumas dife-
renças, pois, enquanto o navegador genovês Colombo era fi-
nanciado pelos reis da Espanha, conforme vimos na Situação de
Aprendizagem 1, os criadores de programas de busca da internet
são jovens estudantes de universidades norte-americanas que ini-
ciaram um pequeno negócio com recursos próprios, mas que se
tornaram donos de companhias milionárias. Além disso, é impor-
tante destacar que o âmbito de ação no espaço concreto se dá
de maneira diferenciada: no primeiro caso, foi preciso atravessar
o Oceano Atlântico para que as novas conquistas fossem reve-
ladas; já no segundo caso, foi necessário um bom computador
conectado à rede de internet.
Na sequência, sugerimos que o professor
peça aos grupos que exponham suas conclu-
sões, fazendo o registro na lousa dos princi-
pais apontamentos.
Para encerrar, o professor poderá
sugerir como Lição de casa um de-
senho ou uma colagem, em folha
avulsa, que represente o mundo virtual para
cada aluno, conforme proposta do Caderno
do Aluno. O ciberespaço é esse novo mundo
virtual. Ele é capaz de interligar diferentes
pontos do planeta quase instantaneamente e
pode ser representado de diversas maneiras.
Etapa 2 – O significado das redes de informação
Numa primeira parte desta etapa, alguns
alunos poderão compartilhar com a classe
suas formas de representação do mundo vir-
tual realizadas em casa. Seria interessante
que fosse organizada no mural da classe uma
exposição dos trabalhos da turma. Em segui-
da, sugerimos que o professor retome com os
alunos uma comparação do meio técnico do
período industrial com as características do
período atual, denominado de meio técnico-
-científico-informacional.
Os alunos precisam ser informados a
respeito desses meios, de modo a poder di-
ferenciá-los claramente. O meio técnico carac-
terizava-se pelo predomínio da indústria e da
transferência de matéria por meio de redes de
transportes como ferrovias e rodovias. O meio
técnico-científico-informacional caracteriza-
-se pelo predomínio das finanças e da trans-
ferência de capitais e informações por meio
de redes de comunicações de alta tecnologia.
Enquanto as redes de comunicações do meio
técnico eram sistemas de rádio, telefonia e te-
levisão analógicos, com transmissão separada
de palavras, sons e imagens, as redes de comu-
nicações nascidas com a informática transfe-
rem “pacotes digitais” de informação que são
interpretados como texto, som ou imagem.
A tecnologia de compressão digital pro-
porciona, hoje, o aumento assombroso da
velocidade e da quantidade de informação
transmitida, além da convergência de diferen-
tes tipos de mídia. Em função de tais caracte-
35
Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
rísticas, os países que detêm o desenvolvimento
científico e tecnológico desse tipo de produto
tornaram-se extremamente poderosos e, con-
sequentemente, cada vez mais ricos.
Etapa 3 – O meio técnico-científico e a globalização atual
Leitura e análise de texto
Nesta etapa, sugerimos que o professor en-
caminhe uma discussão em grupo, com base
em um texto jornalístico, presente no Caderno
do Aluno, que considera o conteúdo libertário
da emergência das redes sociais impulsiona-
das pela internet.
Multidões inteligentes e transformação do mundo
[...] A sociedade sempre funcionou em rede. [...] A era industrial, sob o domínio da comunicação de mas-
sas, deixou a rede escondida. Em segundo plano. Mas, a internet tem nos levado a reviver a ideia. O sistema
torna-se mais abrangente. As redes de amigos cresceram. Hoje em dia, com o advento e popularização da
internet, novas redes colaborativas, voltadas para a produção criativa, têm surgido com incrível velocidade,
criando bens coletivos de valor inestimável.
A rede dos hackers, um dos exemplos mais evidentes, produz, todos os dias, inovações tecnológicas que prome-
tem revolucionar a economia dominante do mercado de software. São os chamados softwares livres, que podem
ser instalados gratuitamente no seu computador, permitindo que você realize uma gama enorme de atividades,
desde conectar a sua câmera digital até editar e mixar uma música. Mas o mais importante é que esses softwares
são bens criativos compartilhados nessas redes, que podem ser estudados e melhorados por todos.
A produção coletiva e descentralizada de bens criativos não se aplica somente ao software. Já come-
çam a aparecer reflexos dessa nova forma de produção em diversas áreas do conhecimento. Um ótimo
exemplo é a Wikipédia, uma enciclopédia construída coletivamente na web. O software livre é o caso
mais conhecido e mais impactante de uma nova dinâmica, que demonstra a produção de conhecimento
livre como alternativa economicamente viável e sustentável.
[...] A rede indica um futuro libertador. A web só faz sentido quando um se preocupa com o
outro. Numa circulação generalizada e libertadora de fluxos de informações e das ondas econômicas. A
web é um mundo que nós criamos para todos nós. Só pode ser compreendido dentro de uma teia de ideias
que inclua os pensamentos que fundamentam nossa cultura, com o espírito humano persistindo em todos
nós. Tal compromisso entre humanos, tal generosidade altruísta não está desenvolvida no centro.
36
Muito mais que conhecimento formal, as redes articulam convívio, solidariedade, mobilização. Esse
conhecimento está impregnado nos mutirões. No efeito puxadinho colaborativo. [...] A sociedade civil se
organiza, compra, vende, troca, aprende e ensina mobilizando as bases para o interesse comum. Desen-
volver a comunidade, criar filhos, conviver com amigos, trabalhar e tentar ser feliz. Dizemos que estar
em rede não há mais necessidade de operar a mudança social, ela se faz permanente.
MARTINS, Dalton; DIMANTAS, Hermani. Multidões inteligentes e transformação do mundo. Le monde diplomatique Brasil. Ca-
derno Brasil, coluna “Sociedade em rede”, 25 out. 2007. Disponível em: <http://diplo.org.br/2007-10,a1976>. Acesso em: 6 nov. 2013.
O professor poderá desafiar os alunos a
identificarem no texto como o mundo poderia
se comprometer com uma outra globalização,
mais humana e mais solidária. Discuta com os
alunos as seguintes questões:
1. Baseando-se no texto, qual seria a melhor
definição para a palavra “rede”?
No texto, a palavra “rede” refere-se às múltiplas formas de
interação entre indivíduos e comunidades, seja para lazer,
trabalho ou projetos de mobilização social.
2. Quais são as facilidades que a internet tem
trazido para a vida das pessoas?
Por meio da internet as pessoas podem se associar das mais
diferentes formas e com os mais diferentes objetivos, como a
produção e a troca de conhecimentos.
3. Você acredita que tais facilidades poderão
gerar um mundo melhor? Justifique sua
resposta.
Essas facilidades podem permitir uma maior proximidade en-
tre as pessoas, que ganham uma nova forma de satisfazer suas
necessidades econômicas e afetivas. Na justificativa, podem
surgir bons elementos para a condução do debate, como as
questões sobre a facilidade de comunicação na rede ou a
ocorrência dos crimes virtuais.
4. Liberdade também significa responsabili-
dade. A internet pode ser usada de maneira
não responsável? De que forma?
Resposta pessoal, na qual se espera que os alunos abordem
as questões de fraudes e de práticas ilegais, como pedofilia,
venda de medicamentos sem prescrição etc.
Para finalizar esta Situação de
Aprendizagem, na seção Você
aprendeu?, os alunos deverão
responder às seguintes atividades:
1. Explique o significado da expressão “exclu-
são digital”.
A expressão “exclusão digital” é usada para classificar a situa-
ção de pessoas que, no mundo contemporâneo, caracteri-
zado pelo meio técnico-científico-informacional, vivem sem
acesso às tecnologias digitais e não podem usufruir delas.
37
Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
2. Encceja 2002 – O Rio de Janeiro implantou
um projeto de modernização e ampliação
da rede de internet no Estado com o Pro-
grama Infovia.RJ, que vai implantar a in-
fraestrutura de tecnologia necessária para
tornar possível uma efetiva política de in-
clusão digital no Estado do Rio de Janeiro.
Em um primeiro momento, o Infovia.RJ
vai possibilitar a interconexão de comu-
nidades carentes, via redes sem fio e com
acesso à internet banda larga.
Considerando o texto e o fato de que vive-
mos na chamada sociedade da informação,
assinale a opção correta.
a) No Brasil, há iniciativas para inserir a
população na era da comunicação, supe-
rando a exclusão digital.
b) A iniciativa do Programa Infovia.RJ li-
mita-se a atender a segmentos que já têm
acesso à tecnologia da internet.
c) A inclusão digital mantém a desigualda-
de existente nas condições de inserção no
mercado de trabalho.
d) O desenvolvimento tecnológico acentua
as diferenças sociais, ampliando a dis-
tância entre ricos e pobres.
Trata-se de uma questão relativamente simples de interpre-
tação de texto, mas que ilumina a importância das políticas
públicas voltadas para a “alfabetização digital” das comuni-
dades carentes.
3. Alfabetização digital diz respeito à aquisi-
ção de habilidades básicas para o uso de
tecnologias, tais como computadores e in-
ternet. Ela é um instrumento de combate à
exclusão social, já que democratiza o aces-
so às ferramentas básicas da sociedade de
informação.
Com base nessa ideia, é possível afirmar que:
a) Os computadores e a internet figuram
entre as ferramentas da sociedade de
informação.
b) A exclusão social é produzida pelo uso
das diversas tecnologias de informação.
c) A alfabetização digital leva à desigual-
dade de acesso aos computadores e à
internet.
d) O conjunto da população brasileira
possui as habilidades necessárias para
o uso da internet.
Por meio dessa questão, procuramos operacionalizar o par
conceitual exclusão/inclusão digital, intensamente utilizado
no Caderno.
38
Nesta Situação de Aprendizagem, o foco
será estudar os efeitos da globalização e da in-
tegração dos mercados mundiais em um país
africano, por meio de um documentário que
mostra os efeitos do ingresso das roupas de
segunda mão sobre a indústria têxtil.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 ANÁLISE CRÍTICA DO PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO
Conteúdos: desigualdades internacionais no processo de globalização.
Competências e habilidades: comparar propostas e ações das instituições sociais e políticas, no enfrenta-mento de problemas de ordem socioeconômica; interpretar realidades históricas e geográficas estabele-cendo relações entre diferentes fatos e processos sociais.
Sugestão de estratégias: aulas dialogadas; trabalhos em grupo.
Sugestão de recursos: vídeos.
Sugestão de avaliação: análise crítica do processo de globalização (roteiro para discussão do vídeo ou do texto).
Etapa prévia – Sondagem inicial e sensibilização
A intensificação dos fluxos comerciais en-
tre os países é uma das características do pro-
cesso de globalização. Esse processo pode ter
efeitos perversos sobre os mercados locais,
principalmente nos países mais pobres. Para
sensibilizar os alunos sobre a questão, suge-
rimos uma discussão com base no seguinte
roteiro, presente na seção Para começo de
conversa do Caderno do Aluno.
a) Situação 1 – Suponha que sua família sobre-
viva do trabalho na terra, em um país muito
pobre, e que obtenha sua renda vendendo
alimentos no mercado da cidade mais próxi-
ma. Suponha também que esse país receba
uma grande quantidade de alimentos doa-
dos por um país rico, e que esse alimento
seja distribuído entre as famílias que vivem
na cidade. O que vai acontecer com sua
família? Vai ficar mais fácil ou mais difícil
comercializar o produto do seu trabalho no
mercado? Que consequências isso pode ter?
b) Situação 2 – Suponha agora que sua famí-
lia seja proprietária de uma pequena fábri-
ca de roupas, também em um país muito
pobre. Suponha também que esse país re-
ceba uma grande quantidade de roupas
doadas por pessoas que vivem em um país
rico. O que vai acontecer com sua família?
Vai ficar mais fácil ou mais difícil comer-
cializar o produto do seu trabalho no mer-
cado? Que consequências isso pode ter?
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Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
O objetivo dessa discussão inicial é deixar claro que nem sem-
pre a “ajuda internacional” contribui para a melhoria da qualida-
de de vida das pessoas. Seria bem interessante se fossem apre-
sentadas alternativas de ajuda mais eficazes, como o comparti-
lhamento de tecnologias agrícolas e industriais que pudessem
de fato incrementar o sistema produtivo dos países mais pobres
do planeta. Evidentemente, a discussão deve ser encaminhada
para que o aluno perceba que atitudes solidárias são fundamen-
tais, mas que é necessário haver um estudo criterioso para que
essas ações apresentem resultados efetivos de inclusão social.
Etapa 1 – Ampliando as desigualdades
Nesta etapa, propomos a exibição do ví-
deo Camisetas viajando, uma produção da
CS Associates EUA, do acervo da TV Escola.
Roteiro para discussão
Descreva o caminho das roupas doadas à
Zâmbia pelos Estados Unidos.
Em várias cidades estadunidenses há um sistema de coleta
de roupas usadas, estimulado pela ação social de ajuda hu-
manitária. Essas doações são armazenadas em galpões e em-
pacotadas em fardos. A partir daí, organiza-se uma cadeia de
distribuição mundial que envolve muitos interesses econô-
micos. Na Zâmbia, esses fardos são comprados por comer-
ciantes locais que vendem as roupas usadas em feiras livres.
Por que as pessoas que vestem essas roupas
não têm outra opção?
O vídeo mostra que a população da Zâmbia nem sempre depen-
deu das doações da sociedade estadunidense para se vestir. Na
década de 1970, sua indústria têxtil era forte e a economia nacio-
nal muito mais diversificada, sustentada pela renda gerada pela
exploração do cobre. Com o processo de independência, o país
buscou o financiamento de seu desenvolvimento com recursos
externos, mas o aumento do preço do petróleo, produto impor-
tado pelo país, e a desvalorização do cobre, matéria-prima expor-
tada, desencadearam um colapso da economia nacional, com o
fechamento das indústrias e a disseminação do desemprego, da
pobreza e da fome. No caso dos têxteis, as doações ajudaram a
piorar a situação econômica do país, pois é impossível competir
com as mercadorias que chegam à Zâmbia por preços irrisórios.
Como resultado, as pessoas não têm muitas opções para a com-
pra de alimentos, roupas e outros produtos de necessidade básica.
Qual é o sonho de consumo que essas rou-
pas despertam nas pessoas que as vestem?
Essas pessoas conhecem e valorizam as marcas das roupas. Por
conta da mídia, elas reconhecem nas roupas os ídolos estaduni-
denses do cinema e do esporte. A partir daí, as roupas reforçam
nessas pessoas os valores da sociedade estadunidense.
Quem narra a história? Qual sua perspecti-
va de vida? O narrador é crítico ao comér-
cio de roupas usadas?
A história começa com a narração de uma mulher que desenvol-
veu trabalho voluntário no país e que se interessa pelo destino das
roupas usadas, por isso o título “Camisetas viajando”. Nesse percur-
so, a situação se inverte. Ela encontra Luka, um jovem de 19 anos
que procura manter sua família comercializando as “camisetas
viajantes”. Ele passa, então, a narrar a história. Luka teve de parar
de estudar e assumir a manutenção de sua família. Apesar de não
acreditar numa possível mudança de seu país, ele sonha em ter
uma casa com luz elétrica, completar os estudos dos seus irmãos e
comprar um carro para transportar as roupas com mais facilidade.
Leitura e análise de texto
Caso o professor encontre alguma difi-
culdade para reproduzir o vídeo sugerido, a
análise crítica do processo de globalização
40
1. A maior parte da ajuda financeira que os países pobres da África recebem provém dos países ricos da
Europa. No entanto, a ideia bastante difundida de que a Europa está ajudando o desenvolvimento
da África não corresponde à realidade.
2. Somente alguns países europeus, principalmente os nórdicos, atendem aos objetivos fixados pela
ONU, que estipulam que 1% da renda dos países ricos deve ser destinada à ajuda aos países pobres.
3. Mesmo quando existe, a ajuda é, na maior parte das vezes, interesseira. O país “doador” obriga os
países que recebem os benefícios a gastar parte da ajuda adquirindo seus próprios bens e serviços,
ampliando o acesso de seus produtos aos mercados africanos.
4. Muitas vezes, a ajuda é complementada com empréstimos, sobre os quais são cobradas taxas de juros mais
baixas do que as vigentes no mercado financeiro. Mesmo assim, em muitos países africanos os juros sobre
as dívidas já contraídas são maiores do que a soma da ajuda e dos novos empréstimos concedidos. Quando
isso ocorre, o país “beneficiário” transfere ao país “doador” uma quantia maior do que recebeu, tornando-
-se cada vez mais pobre.
Fonte: LEMARCHAND, Philippe (Dir.). L’Afrique et l’Europe: atlas du XXe siècle. Paris: Editions Complexe, 1994. p. 83.
Após a leitura dos tópicos, discutam e res-
pondam à questão abaixo:
De acordo com o autor, a Europa não está
efetivamente ajudando a África em seu cami-
nho para o desenvolvimento. Quais os argu-
mentos usados para sustentar essa ideia?
De acordo com o texto, a maior parte dos países europeus
não respeita as metas estabelecidas pela ONU no que diz res-
peito à ajuda internacional. Além disso, muitas vezes os paí-
ses doadores atrelam a ajuda aos seus interesses comerciais
e financeiros. Assim, os juros sobre as dívidas que os países
africanos são obrigados a pagar costumam ser ainda maiores
do que a ajuda internacional.
Para concluir esta Situação de
Aprendizagem, na seção Lição de
casa, o aluno terá de fazer uma
pesquisa sobre os termos “Globalização”,
“Ajuda financeira internacional” e “Mercado
financeiro”. O gabarito deste exercício está no
final deste Caderno, (Página 78).
poderá ser desenvolvida por meio de outras
estratégias. Uma alternativa é a discussão dos
tópicos da seção Leitura e análise de texto, do
Caderno do Aluno, relacionados a seguir:
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Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
Conteúdos: as fontes e as formas de energia.
Competências e habilidades: explicar transformações ambientais e ciclos da natureza; analisar e interpre-tar informações geográficas expressas de diversas maneiras.
Sugestão de estratégias: elaboração de mapas temáticos e gráficos; análise gráfica; aulas dialogadas; leitura de diferentes formas de representação cartográfica.
Sugestão de recursos: textos; internet.
Sugestão de avaliação: observação de mapas; textos solicitados; participação geral nas discussões.
Etapa prévia – Sondagem inicial e sensibilização
Para iniciar esta etapa, sugerimos que o pro-
fessor chame a atenção dos alunos para a im-
portância da energia solar. Eles precisam estar
informados de que quase 99% da energia que flui
até a superfície terrestre resulta da radiação solar
(o calor procedente do centro do planeta e as for-
ças gravitacionais do Sol e da Lua completam o
restante). É a luz solar que sustenta a cadeia ali-
mentar no planeta, por meio da fotossíntese.
Propomos como ponto de partida a pers-
pectiva geoecológica para o estudo da ques-
tão energética, ressaltando que a energia do
Sol é a fonte principal da vida na Terra. É a
partir dessa energia que se realiza a fotos-
síntese, processo responsável pela fixação do
gás carbônico (dióxido do carbono), um dos
gases que resultam também da queima dos
combustíveis.
É ainda a fotossíntese o processo que
alimenta, direta ou indiretamente, a produ-
ção das fontes de energia que utilizamos,
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5 AS FONTES E AS FORMAS DE ENERGIA: A FONTE
ENERGÉTICA DA VIDA
tais como o gás natural, o petróleo e o
carvão mineral, além de garantir a produ-
tividade de todo o planeta. Para refletir a
respeito dos fluxos naturais de energia, va-
mos analisar a produtividade primária de
diferentes biomas do planeta. Em seguida,
vamos analisar fases dos ciclos do carbono
e do nitrogênio, que não existiriam sem a
energia solar. Finalmente, os combustíveis
fósseis, largamente utilizados nos dias de
hoje, serão vistos como biomassa produzi-
da pela fotossíntese realizada no passado
da Terra e depositada no subsolo.
42
Relato do experimento
Para pesquisar os elementos que participam da fotossíntese, podemos realizar o seguinte experimento:
Figura 15a, 15b – Experimento sobre a fotossíntese. Fonte: Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.
1. Monta-se o equipamento mostrado na Figura 15a, utilizando-se um béquer de 600 mililitros, um fu-
nil e um tubo de ensaio. No fundo do béquer, protegida pelo funil, coloca-se uma planta ornamental
bastante comum em aquários, a Elodea sp. No interior dos recipientes há água, à qual foi adicionada
uma colher de sopa de bicarbonato de sódio. O tubo de ensaio estava completamente cheio no início
do experimento e o conjunto foi iluminado por uma lâmpada de 150 W.
2. Depois de aproximadamente 60 minutos de iluminação, observam-se os resultados mostrados na
Figura 15b.
3. O processo de formação de bolhas cessa quando não há mais bicarbonato de sódio na água.
Para verificar o que os alunos já conhecem so-
bre esse processo, preparando-os para as ativida-
des seguintes, sugerimos que você retome com eles
os conceitos básicos da fotossíntese, a partir da
discussão de resultados de um experimento sim-
ples, presente na seção Para começo de conversa
do Caderno do Aluno. Se achar interessante, e
possível, realize o experimento com seus alunos.
© C
laud
io R
ipin
skas
43
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
Roteiro para discussão do experimento relatado
Após discutir o experimento, o alunos po-
derão responder às seguintes questões propos-
tas no Caderno do Aluno:
1. O que ocorreu no experimento?
Segundo a ilustração, é visível o aparecimento de bolhas no
interior do funil, que se formaram a partir dos ramos da Elo-
dea sp. Os alunos devem observar ainda que o tubo de ensaio
– antes cheio até a boca – foi se esvaziando para dar lugar às
bolhas que se formaram.
2. Que explicação poderia ser apresentada
para o fenômeno observado?
Muito provavelmente, os alunos associarão a produção de bo-
lhas ao processo da fotossíntese, isso porque o experimento en-
volve um vegetal (a Elodea sp) e a presença de luz. Se fizerem
essa associação, possivelmente concluirão que as bolhas forma-
das são de gás oxigênio, um dos produtos da fotossíntese.
3. Qual o papel do bicarbonato de sódio no
experimento?
Se os alunos tiverem construído o conceito de que a fotos-
síntese é realizada na presença de luz, a partir de água e gás
carbônico, terão aí uma pista para concluir que o bicarbona-
to de sódio é utilizado como fonte de gás carbônico. Outra
dica para que cheguem a essa conclusão é que a formação
de bolhas cessa quando não há mais bicarbonato de sódio
na água. É fundamental que concluam que, na fotossíntese,
a produção de oxigênio ocorre a partir do consumo de gás
carbônico (CO2) – que, no caso do experimento, foi obtido
do bicarbonato de sódio dissolvido na água.
4. Se mudássemos a posição da lâmpada, fa-
zendo com que a Elodea sp recebesse menos
luz, ou seja, fosse menos iluminada, o que
aconteceria?
Em princípio, se os alunos associam o processo de fotos-
síntese à disponibilidade de luz e à formação de bolhas de
oxigênio no tubo de ensaio, devem admitir que se forma-
rão menos bolhas, ou seja, menos oxigênio. O que se quer
é que eles comecem a associar as condições de luminosi-
dade à realização mais ou menos eficiente da fotossíntese. É
fundamental que percebam as seguintes relações: as condi-
ções adequadas de luminosidade favorecem a realização da
fotossíntese, ocorrendo maior consumo de gás carbônico e
produção de oxigênio; ao contrário, quando as condições de
luminosidade são menos favoráveis, consome-se menos gás
carbônico e produz-se menos oxigênio.
5. O que é “sequestro de carbono”? Como
você correlaciona esse processo ao que
ocorreu no experimento?
Certamente os alunos já ouviram falar em “sequestro de car-
bono”, uma expressão frequente na mídia desde que o tema
ganhou visibilidade, a partir da Conferência de Kyoto, em
1997. Com base nas discussões anteriores, os alunos podem
correlacionar o sequestro de carbono ao experimento: para
realizar a fotossíntese, a Elodea sp utilizou o CO2 proveniente
do bicarbonato de sódio.
É necessário, agora, que os alunos trans-
ponham o que aconteceu no experimento
para o que ocorre na natureza. Para isso,
uma informação pode ser interessante: na
fotossíntese, grandes quantidades de CO2
presentes na atmosfera são absorvidas con-
tinuamente. Nas florestas, por exemplo, as
árvores precisam de uma quantidade grande
de carbono para poder crescer, e acabam “se-
questrando” esse elemento do CO2 atmosféri-
co. Durante a história da Terra, esse processo
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2 Sobre esse assunto, sugerimos que o professor consulte o Programa O Homem e a Biosfera (Man and the Biosphere Programme), da Unesco, disponível em: <http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/natural-sciences/environment/bio diversity/biodiversity/mab-programme-in-brazil/> (acesso em: 20 maio 2013). Conhecido como MaB (sua sigla, em inglês), trata-se de um programa de cooperação científica internacional sobre as interações entre o homem e seu meio, do qual o Brasil faz parte desde 1974. Pesquisadores de diversos países vêm colaborando com esse programa para calcular a quantidade de matéria orgânica (biomassa) produzida nos diferentes ambientes terrestres, com base na unidade de medida da produção primária líquida (PPL) da biomassa.
natural ajudou a diminuir a quantidade de
CO2 na atmosfera, o que explica por que o
plantio de árvores é fundamental.
É preciso que entendam ainda que, na
Conferência de Kyoto (1997), o conceito “se-
questro de carbono” foi consagrado, quando
se estabeleceram metas para a contenção do
acúmulo de CO2 na atmosfera. Para finalizar
as discussões, sugerimos uma última questão:
6. Quais as implicações do fenômeno obser-
vado na composição da atmosfera e na dis-
tribuição da vida na superfície terrestre?
A esta altura, espera-se que os alunos concluam que a fotossín-
tese permite retirar da atmosfera o gás carbônico, um dos gases
que concorrem para o aquecimento global. Como a discussão se
limitou à influência da luminosidade sobre a eficiência da fotos-
síntese da Elodea sp, para que os alunos façam este mesmo ra-
ciocínio em relação à distribuição da vida na superfície terrestre,
talvez seja necessário que você discuta com eles sobre como a luz
solar ilumina as diferentes regiões do planeta, para que concluam
que as condições de iluminação não são homogêneas nas dife-
rentes regiões. Assim, há regiões mais iluminadas ao longo do ano
(faixa equatorial) e outras, menos iluminadas (região polar), o que
acaba interferindo na produtividade de cada região.
Como se vê, é necessário que os alunos
compreendam outro conceito: a fotossíntese
fornece as substâncias e a energia de que as plan-
tas precisam para crescer. Portanto, a fotossín-
tese está relacionada à produção de biomassa:
formações mais produtivas de biomassa ocor-
rem em condições mais adequadas de realização
da fotossíntese, ou seja, nas regiões mais ilumi-
nadas, assunto que será retomado em seguida.
Etapa 1 – A produção primária nos diferentes ambientes
Como vimos, as plantas precisam realizar fotos-
síntese para crescer, e, quando crescem, produzem
biomassa. São chamadas produtores primários
porque formam a base de todas as cadeias alimen-
tares. Por essa razão, a energia produzida pela fo-
tossíntese é chamada produção primária1.
Leitura e análise de gráfico
Logo, a produção primária tanto pode
ser medida pelas trocas gasosas que as
plantas realizam quanto pelo seu cresci-
mento (biomassa)2.
Nesta etapa, vamos recorrer à produção
primária líquida para comparar a produtivi-
dade entre os diferentes ambientes terrestres e
aquáticos (Figuras 16a e 16b).
1 Neste processo, pode-se distinguir a produção primária bruta (PPB), que representa a energia total assimilada pela fotos-síntese, e a produção primária líquida (PPL), que representa a diferença entre a PPB e a energia gasta pela planta para sua sobrevivência e biossíntese. Portanto, a PPL representa a quantidade de energia disponível para os consumidores.
45
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
Figura 16a, 16b – Produção primária líquida em ambientes terrestres e aquáticos (g.m-2.ano-1). Fonte: Elaborado por Raul Borges Gui-marães, especialmente para o São Paulo faz escola. Fonte: WHITTAKER, R. H.; LIKENS, G. E. Human Ecology, 1: 357-369 (1973). *Produção primária líquida representa a taxa de armazenamento da matéria orgânica nos tecidos.
Produção primária líquida em ambientes terrestres (g.m-2.ano-1)*PPL
(g.m-2.ano-1)
Floresta tropical 1 800Floresta temperada 1 250Floresta boreal 800Arbustos 600Savana 700Campo temperado 500Tundra e alpino 140Subarbustiva desértica 70Terra cultivada 650Brejos e pântanos 2 500
20,0%
13,9%
8,9%6,7%7,8%
5,5%
1,5%0,8%
7,2%
27,7%
Produção primária líquida em ambientes aquáticos (g.m-2.ano-1)*
Oceano aberto 125Plataforma continental 360Recifes e camadas de algas 2 000Estuários 1 800Lagos e cursos de água 500
PPL (g.m-2.ano-1)
2,6%
7,5%
41,8%37,6%
10,5%
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Peça aos alunos que analisem os gráficos
(Figuras 16a e 16b) no Caderno do Aluno e
em seguida realizem as seguintes atividades:
1. Com ajuda de um mapa dos biomas terres-
tres e das zonas climáticas da Terra, locali-
ze aproximadamente os ambientes indica-
dos no gráfico da Figura 16a e responda:
a) Em quais zonas climáticas estão locali-
zados os três ambientes mais produtivos
da Terra? E os três menos produtivos?
De maneira geral, as zonas mais iluminadas (tropicais) são mais
produtivas em termos de biomassa, enquanto as menos ilumina-
das apresentam menos produtividade. Porém, para o desenvolvi-
mento das plantas, também é fundamental a disponibilidade de
água. Desse modo, um ambiente poderá estar localizado na zona
tropical, mas não ser muito produtivo em termos de desenvolvi-
mento de biomassa, como se verifica nos desertos e nas savanas.
Assim, espera-se que os alunos indiquem como ambientes mais
produtivos a floresta equatorial, o cerrado e a floresta temperada.
Quanto aos ambientes menos produtivos, deverão indicar a caa-
tinga, os desertos e a vegetação mediterrânea.
b) Seria possível relacionar essa distribuição
com o papel da luz solar no processo da fo-
tossíntese, portanto, na produção primária
líquida? Justifique sua resposta, buscando
outros exemplos no gráfico da Figura 16a.
Essa relação é parcialmente verdadeira. É certo que as áreas
mais próximas da linha do Equador estão expostas à luz solar
durante maior número de horas por ano, enquanto na pro-
ximidade dos polos, no período de inverno, os dias são mais
curtos que as noites. Outro fator importante é a inclinação
com que a luz solar alcança as diferentes zonas da Terra, não
atingindo na mesma intensidade o solo polar e o tropical,
porque é refletida em grande parte para o universo.
Porém, para o desenvolvimento das plantas, também é fun-
damental a disponibilidade de água. Dessa forma, o ambiente
poderá estar localizado na zona tropical, mas não ser muito
produtivo em termos de desenvolvimento de biomassa, como
se verifica nos desertos e nas savanas. Por essa razão, é aconse-
lhável que você faça com os alunos uma discussão mais ampla
sobre como a combinação de alguns fatores, como insolação
(quantidade de luz solar), temperatura, precipitação (quan-
tidade de chuvas) e quantidade de nutrientes, pode explicar
por que algumas regiões do planeta são mais produtivas que
outras – o que, no gráfico, é representado apenas pela PPL.
2. Com base no gráfico da Figura 16b, indi-
que os ambientes marinhos que mais con-
tribuem para a sobrevivência das cadeias
alimentares que se desenvolvem nos ocea-
nos. Justifique sua resposta.
Espera-se que os alunos percebam que as regiões de recifes e
camadas de algas e de estuários respondem, juntas, por qua-
se 80% da PPL dos ambientes aquáticos. Mas a resposta não
deve parar apenas nessa constatação, pois se espera que os
alunos associem essa alta produtividade à presença das algas,
que realizam continuamente a fotossíntese. Além disso, no
caso dos estuários, regiões que marcam as áreas nas quais um
rio se junta ao mar, é grande a quantidade de nutrientes, em
parte por conta das correntes de água doce e salgada.
Etapa 2 – Os ciclos do carbono e do nitrogênio e a formação de recursos energéticos
Assim como o ciclo da água tem sido am-
plamente estudado na escola, os ciclos do car-
bono e do nitrogênio também são importantes
para o estudante compreender a dinâmica da
natureza e os impactos ambientais provoca-
dos pela exploração de recursos energéticos.
47
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
Leitura e análise de diagrama
1. Para que o aluno perceba essas interações,
sugerimos que a turma observe o fluxogra-
ma a seguir (Figura 17), no Caderno do
Aluno. O exercício consiste em transfor-
mar a informação representada grafica-
mente em um breve texto descritivo.
O ciclo do nitrogênio
Figura 17 – O ciclo do nitrogênio. Fonte: Elaborado por Raul Borges Guimarães especialmente para o São Paulo faz escola.
Os fluxogramas são representações gráficas de interesse da
Cartografia. Por meio deles é possível estabelecer sintetica-
mente as conexões entre os elementos de um sistema. O
professor deverá orientar os alunos para que comecem por
algum ponto do diagrama, indicado nos quadros de linha
contínua (água, solo, plantas, animais ou atmosfera). Qual-
quer que seja o ponto de partida, os alunos poderão descre-
ver os caminhos possíveis do nitrogênio.
Nesta etapa, espera-se que os alunos per-
cebam que a intervenção humana no ciclo
do nitrogênio está provocando profundas al-
terações no ambiente, principalmente com
a introdução de fertilizantes artificiais, que
poluem o solo, o ar e os recursos hídricos.
Após os alunos concluírem a tarefa, o profes-
sor poderá solicitar que alguns deles façam a
leitura do texto descritivo. Nesse momento,
caberá informar aos alunos que o nitrogênio
representa destacado papel na manutenção
da vida, pois ele é importante na constituição
das proteínas. As plantas não conseguem ab-
sorver o nitrogênio diretamente da atmosfera.
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laud
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ipin
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48
O ciclo do carbono
O carbono é um elemento químico em abundância na Terra, fazendo parte da constituição da maioria dos elementos terrestres. Ele está na água, na terra, nos seres vivos e no ar. Rochas e outros sedimentos têm toneladas de carbono armazenadas. Com a queima de combustíveis fósseis, parte do carbono armazenado nas rochas tem sido expelida para a atmosfera na forma de gás carbônico.
A principal fonte de absorção do carbono é a fotossíntese realizada pelas plantas, principalmente das florestas e das existentes nos oceanos. Enquanto as plantas absorvem carbono, vários outros processos são responsáveis pela sua emissão na atmosfera, como a fumaça das chaminés de fábricas e dos automó-veis, as queimadas das florestas, a erupção vulcânica e a respiração dos seres vivos. O desenvolvimento da pecuária é outro processo de acirramento da emissão de carbono na atmosfera.
Elaborado por Raul Borges Guimarães especialmente para o São Paulo faz escola.
O f luxograma deverá ser elaborado
distribuindo no papel quadros com os ele-
mentos listados. Em seguida, por meio de
setas que representarão os processos, os
alunos deverão indicar as interações entre
os elementos.
Alguns alunos poderão ser convidados a
fazer uma representação gráfica na lousa, de-
monstrando como a própria natureza desen-
volve estoques de recursos energéticos.
Elas absorvem o nitrogênio dos nutrientes do
solo, na forma de nitratos e sais de amônia.
Por isso, a agricultura moderna introduz no
solo agrícola fertilizantes artificiais ricos em
nitratos. Mas o excesso de nitrogênio no solo
é eliminado pelas chuvas, atingindo os rios. O
excesso de nitrato em lagos e represas provoca
a proliferação de plantas aquáticas.
2. Em seguida, sugerimos que o professor
estabeleça o caminho inverso. Os alunos
deverão ler, no Caderno do Aluno, o tex-
to a seguir sobre o ciclo do carbono e
elaborar o seu próprio fluxograma. Para
isso, eles devem grifar, em cores diferen-
tes, os elementos naturais e os processos
de interação.Espera-se que os alunos indiquem os seguintes elementos
e processos:
Elementos: carbono, terra, seres vivos, ar, água, rochas.
Processos: fotossíntese, queimadas de florestas, erupção
vulcânica, respiração dos seres vivos.
Para finalizar, sugerimos a se-
guinte atividade, na seção Você
aprendeu?, do Caderno Aluno:
No artigo a seguir, o autor estabelece re-
lações entre a matriz energética brasileira
e o papel do Brasil na emissão de carbo-
no na atmosfera. Para ele, o Brasil deveria
controlar sua produção de energia primá-
ria para diminuir a emissão de carbono na
atmosfera? Justifique.
49
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
[...] O Brasil tem grande componente de energia renovável em sua matriz energética – hidroe-
letricidade, álcool, carvão vegetal e bagaço de cana. Há o Proinfa, da Eletrobras, para fontes de
energias alternativas, e o programa do biodiesel. Mas há problemas, como a menor participação
da hidroeletricidade e o aumento da termeletricidade nos leilões para a expansão da geração elé-
trica. Estudos da Coppe/UFRJ mostraram que há emissões de hidroelétricas, mas muito menores
do que as das termelétricas. As nucleares não emitem. A maior parte das emissões brasileiras vem
do desmatamento da Amazônia, apesar de ter sido reduzido nos três últimos anos. Aí está a maior
possibilidade de reduzir nossas emissões. [...]
ROSA, Luiz Pinguelli. A conferência do clima em bali e o Brasil. Folha de S.Paulo, 8 dez. 2007.
De acordo com ele, essa não seria a medida prioritária, pois a
matriz energética brasileira apresenta expressiva participação
de fontes renováveis, além do incentivo ao uso de energias
alternativas, como o biodiesel. A maior parte das emissões de
carbono do país é proveniente do desmatamento da Amazô-
nia, que precisa ser controlado de maneira mais firme.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6 MATRIZES ENERGÉTICAS: DA LENHA AO ÁTOMO
Nesta Situação de Aprendizagem, os alunos
poderão fazer um paralelo entre a periodiza-
ção da globalização estudada neste volume e
as alterações da matriz energética. Em primeiro
lugar, é preciso enfatizar que o uso das fontes
energéticas possui história própria. A energia
cinética dos ventos, por exemplo, é uma fonte
muito antiga. A força dos ventos começou a ser
utilizada nos primeiros séculos da nossa era,
principalmente nos Países Baixos e na Europa
Ocidental, para a moagem de grãos, nas serra-
rias dos estaleiros e nas bombas para secagem
dos pôlderes. Também era utilizada para mo-
vimentar embarcações e bombear água para
irrigação por povos muito antigos.
O uso do carvão mineral, por sua vez, ga-
nhou impulso a partir da segunda metade do
século XVIII, transformando completamente
a matriz energética mundial. O crescimento
das cidades e da atividade industrial levou ao
aumento do consumo do carvão mineral, ex-
pandindo consideravelmente o uso da energia.
Se para os alunos parece natural o uso do
petróleo e da eletricidade gerada pelas turbi-
nas das hidrelétricas e termelétricas, o profes-
sor deverá chamar a atenção da turma para a
história dessas fontes energéticas, cujo uso é
muito mais recente e que não teria sido pos-
sível sem o desenvolvimento científico e tec-
nológico do século XX. A matriz energética
com base na eletricidade ganhou impulso ain-
da maior após a Segunda Guerra Mundial,
quando a energia nuclear passou a ser utiliza-
da como recurso adicional.
50
Etapa prévia – Sondagem inicial e sensibilização
Para introduzir a discussão a respeito da
matriz energética, os alunos devem ser infor-
mados de que, por um longo período da his-
tória da humanidade, a única forma de energia
utilizada pelo homem foi sua própria força
muscular. Com a disseminação do uso con-
trolado do fogo, há aproximadamente 100 mil
anos, a madeira passou a ser o principal recur-
so energético explorado pelo homem. O uso de
bois, búfalos, cavalos ou camelos no transpor-
te e nos trabalhos da lavoura, na moagem de
grãos e no bombeamento de água também foi
uma das principais fontes de energia durante
séculos. Apesar da enorme inovação tecnológi-
ca no campo da produção de energia, a madei-
ra e a tração animal ainda são as únicas fontes
de energia para uma parcela da humanidade.
Iniciar a discussão sobre a matriz energé-
tica por esse tema poderá ser uma boa opor-
tunidade para sensibilizar os alunos para o
assunto. Assim, sugerimos que o professor so-
licite que façam uma lista das fontes de ener-
gia utilizadas por eles durante um dia comum
da semana. Após alguns minutos, o professor
poderia solicitar as respostas e registrá-las
na lousa. Além da eletricidade, espera-se que
os alunos façam referência aos combustíveis
fósseis e à própria força motriz para se movi-
mentar a pé ou realizar atividades domésticas,
como varrer calçadas, carregar compras de
supermercado etc.
Em seguida, o professor poderia informar
aos alunos que cerca de 2 bilhões de pessoas
ainda não têm acesso à energia elétrica. Os
alunos poderiam ser desafiados a pensar
como essas pessoas preparam seus alimentos
e se protegem do frio. Espera-se que façam re-
ferência ao uso da madeira como combustível,
uma vez que essa é uma prática ainda comum
às famílias brasileiras mais pobres ou fez parte
da história dos pais ou avós dos alunos.
Continuando o debate sobre o assunto, o
professor poderá insistir que os alunos pen-
sem sobre como é o cotidiano das famílias
que necessitam da madeira. Qual é o tempo e
o trabalho para encontrá-la e levá-la para casa?
Como se organizam a cozinha e as tarefas do-
mésticas em função dessa necessidade?
De acordo com as respostas, o professor
poderá voltar a discutir a questão energética
nas aulas seguintes.
Conteúdos: matrizes energéticas.
Competências e habilidades: analisar e interpretar informações geográficas a partir da elaboração de gráficos e mapas temáticos.
Sugestão de estratégias: elaboração de mapas temáticos e gráficos; aulas dialogadas; leitura de diferentes formas de representação cartográfica.
Sugestão de recursos: representações gráficas; textos.
Sugestão de avaliação: exercícios individuais e em grupo; elaboração de mapas temáticos e textos descritivos.
51
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
Etapa 1 – O consumo mundial de energia
Leitura e análise de gráfico
Para discutir a evolução do consumo
mundial de energia, propomos que os alu-
nos analisem o gráfico a seguir (Figura 18)
no Caderno do Aluno. Na sequência, que
respondam às questões propostas. Num
primeiro momento, o professor poderá so-
licitar que trabalhem individualmente para
que, depois, comparem suas respostas com
as dos colegas. Para concluir a aula, o pro-
fessor poderá fazer o registro na lousa das
principais conclusões da turma.
Figura 18 – Consumo de energia por ha-bitante nos diferentes estágios de desenvol-vimento da humanidade. Fonte: TAIOLI, Fabio; TOLEDO, Maria Cristina Motta de; FAIRCHILD, Thomas Rich; TEIXEIRA, Wilson. Decifrando a Terra. São Paulo: Ibep/Companhia Editora Nacional, 2009. p. 565.
1. Com relação ao consumo diário por habi-
tante, o que se observa no decorrer da his-
tória da humanidade?
Espera-se que os alunos percebam não apenas o crescimen-
to do consumo de energia, mas também o fato de que esse
crescimento é acelerado nos estágios de desenvolvimento
chamados Indústria e Tecnológica.
2. Que mudança se verifica no perfil de con-
sumo de energia entre a sociedade indus-
trial e a sociedade tecnológica?
O consumo de energia nas moradias e no comércio, apesar
de também ter aumentado, perde importância para o da in-
dústria, da agricultura e dos transportes.
Nesse momento do curso, espera-se que os
alunos não tenham mais dificuldade na leitura
de gráficos. Com base nos dados, eles deverão
observar que o crescimento do consumo de
energia foi exponencial e foram as atividades
produtivas que provocaram esse aumento. Caso
o professor verifique que alguns alunos não con-
seguem realizar a leitura do gráfico, sugerimos
que eles façam uma atividade de reforço. Uma
sugestão para isso é a análise de gráficos exis-
tentes nos materiais didáticos disponíveis na
escola. O professor poderá solicitar aos alunos
que identifiquem e façam a leitura de mapas e
gráficos que utilizam informações em barras.
Indústria e
agricultura
TransporteMoradia e
comércio
Alimento
Tecnológica
Indústria
Agricultura
avançada
Agricultura
primitiva
Caça
Primitivo
50 100 200
230
77
20
12
6
2
150
Co
nsu
mo
to
tal d
e e
ne
rgia
per
cap
ita (
10
3 k
cal/
dia
)
Consumo diário per capita (103 kcal)
52
Para terminar a aula, o professor poderá cha-
mar a atenção dos alunos para o fato de que,
apesar do crescimento acelerado do consumo de
energia no mundo, esse é um fenômeno desigual-
mente distribuído entre os países. Para permitir
a comparação entre o consumo de energia de re-
giões e países do mundo (em face da diversidade
de fontes energéticas por eles utilizadas), ficou
estabelecida uma unidade de medida padrão, a
chamada TEP, ou Tonelada equivalente de petró-
leo. Trata-se de uma unidade de medida definida
como o calor liberado na combustão de uma to-
nelada de petróleo. Desta forma, convertendo-se
para TEP o consumo de energia produzida por
outras fontes (como a hidroeletricidade, a termo-
eletricidade, a energia nuclear etc.), é possível es-
tabelecer algumas comparações, como pode ser
observado na tabela a seguir.
A discussão dessa temática necessitará
da análise de um mapa que os alunos deve-
rão elaborar, conforme atividade proposta
na seção Desafio do Caderno do Aluno.
Os alunos deverão elaborar um mapa so-
bre o consumo mundial de energia de acordo
com a tabela e as instruções que seguem:
Com base num planisfério político mudo,
presente no Caderno do Aluno, destaque
com um traço mais grosso a fronteira
entre a América do Norte e a América
Central, a Europa Ocidental e a Europa
Oriental, a Rússia e o Oriente Médio.
Pinte o mapa com base nos dados da ta-
bela a seguir. Para isso, defina uma escala
de cores monocromática, numa sequên-
cia do mais claro para o mais escuro de
um mesmo tom (do azul-claro ao azul-es-
curo, por exemplo).
Para formar as classes de cores, agrupe as
regiões em quatro grupos, dois deles abaixo
da média mundial e dois acima da média
mundial. Não se esqueça de colocar o títu-
lo e a legenda do mapa.
Consumo per capita de energia nas diversas regiões do mundo em 2006 (em tonelada equivalente de petróleo – TEP)
América do Norte 6,5
Américas Central e do Sul 1,2
Europa Ocidental 3,9
Europa Oriental e Rússia 3,6
Oriente Médio 2,5
África 0,4
Ásia (excluindo o oriente Médio) e Oceania 1,1
Média mundial 1,7
Quadro 1 – Consumo per capita de energia nas diversas regiões do mundo em 2006 (em TEP). Fonte: Elaborado por João Evangelista de Sou-za Lima Neto especialmente para o São Paulo faz escola, com base nos seguintes dados: BP British Petroleum. BP Statistical Review of World Energy 2008. p. 40. Disponível em: <http://www.bp.com/liveassets/bp_internet/globalbp/globalbp_uk_english/reports_and_publications/ statistical_energy_review_2008/STAGING/local_assets/downloads/pdf/statistical_review_of_world_energy_full_review_2008.pdf>. U.S. Census Bureau. International Data Base. Disponível em: <http://www.census.gov/ipc/www/idb/>. Acessos em: 20 maio 2013.
53
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
Em sala de aula, é importante comparar o
resultado do mapeamento. Em primeiro lugar,
verifique quais alunos tiveram dificuldade em
estabelecer as fronteiras solicitadas. Em seguida,
pode-se discutir o agrupamento efetuado pelos
alunos. Como dois grupos isolados nas extremida-
des, espera-se que os alunos tenham identificado
a América do Norte e a África. É razoável supor
que as Américas Central e do Sul tenham sido co-
locadas com a Ásia e a Oceania, assim como os
dados indicam que o Oriente Médio poderia ser
agrupado com os países europeus e a Rússia.
Com o resultado do mapeamento em mãos,
o professor deve dar continuidade à atividade
e pedir que os alunos façam, no Caderno do
Aluno, um pequeno texto descritivo a respei-
to da desigualdade do consumo de energia no
mundo. Para a elaboração da redação, os alu-
nos podem partir da descrição dos países que
consomem mais energia para chegar aos que
consomem menos, ou vice-versa. O importan-
te é que percebam a possibilidade de utilizar
diferentes linguagens no estudo da Geografia.
Com o objetivo de valorizar essa produção, o
professor poderia sugerir que alguns alunos
lessem em voz alta o trabalho realizado, a fim
de compartilhar com os colegas os diversos ca-
minhos escolhidos para desenvolver o tema.
Etapa 2 – A crise do petróleo
Os alunos já devem saber que, desde a Re-
volução Industrial, os combustíveis fósseis pas-
saram a ser utilizados maciçamente, sobretudo
o carvão mineral. Após a Segunda Guerra
Mundial, ocorreram novas transformações na
matriz energética mundial. Primeiro, o petróleo
foi ganhando maior importância e, mais recen-
temente, ocorreu um aumento significativo do
consumo de gás natural.
Sugerimos, como primeiro passo, a discus-
são da atividade a seguir, a respeito da produ-
ção mundial de energia por tipo de fonte.
Leitura e análise de gráfico
1. Após analisar o gráfico (Figura 19) os alu-
nos deverão responder às seguintes ques-
tões no Caderno do Aluno:
a) Qual é a porcentagem da participação
dos combustíveis fósseis na produção
mundial de energia?
Os combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás) constituem
mais de 80% da produção mundial de energia.
Figura 19 – Matriz energética mundial, 2010. Fonte: IEA - In-ternational Energy Agency - Key World Energy Statistics 2012. Disponível em: <http://www.iea.org/publications/freepublications/ publication/kwes.pdf>. Acesso em: 18 out. 2013. Tradução: Eloisa Pires.
Matriz energética mundial, 2010
12 717 Mtep
*Outros inclui geotérmica, solar, eólica, etc.
Hidroeletricidade2,3%
Nuclear5,7%
Gás natural21,4%
Petróleo32,4%
Carvão/turfa27,3%
Biocombustível e lixo10,0%
Outros*0,9%
54
b) Que problemas podem ser acarretados
pelo uso de combustíveis fósseis na geração
de energia?
Esses combustíveis são altamente poluentes e contribuem
para a emissão de gases que provocam o efeito estufa na
atmosfera. Além disso, eles são recursos não renováveis, ou
seja, o estoque é limitado.
Sugerimos que os alunos desenvolvam
a atividade em pequenos grupos por cer-
ca de 15 minutos. Em seguida, o professor
deve comentar a primeira questão e verifi-
car se os alunos conseguiram identificar os
combustíveis fósseis do gráfico. Como eles
representam, juntos, mais de 80% das fon-
tes de energia mundiais, espera-se que a tur-
ma reflita sobre as implicações de tal fato.
Cada representante de grupo deverá expor
as ideias debatidas e o professor coordena-
rá. É provável que os alunos se concentrem
na questão da poluição ambiental. Caso o
problema das reservas existentes não surja
na discussão dos alunos, o professor deverá
fazer referência a ele. Mencione que, fonte
de energia armazenada há milhões de anos
no subsolo, são recursos naturais não reno-
váveis. O que fazer no futuro? Para refletir
sobre essa questão, o professor poderá enca-
minhar os alunos para outro tipo de análise,
com base em dados a respeito da distribui-
ção das reservas de petróleo no mundo.
Nesse caso, é preciso diferenciar reservas,
cuja magnitude é conhecida, de recursos, cuja
magnitude só pode ser estimada porque ain-
da falta iniciar a prospecção (forma de ava-
liar a produtividade de determinado campo
petrolífero). Para os especialistas no assunto,
os recursos petrolíferos mundiais giram em
torno de 300 bilhões de toneladas. Até o mo-
mento, foram extraídos cerca de 90 bilhões de
toneladas, restando uma reserva aproximada de
210 bilhões. É evidente que, com o aumento do
preço do barril do petróleo e o desenvolvimento
tecnológico, tem sido possível rever esses núme-
ros, com o aproveitamento cada vez maior de
reservas até então consideradas inacessíveis ou
inviáveis economicamente. A disponibilidade do
petróleo envolve também um componente polí-
tico, posto que existe disputa pelo controle das
regiões que abrigam grandes reservas.
Leitura e análise de gráfico
2. Tendo em vista essas considerações, os
alunos podem ser desafiados a analisar
esses aspectos com base na análise do
gráfico da Figura 20.
55
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
Figura 20 – Principais regiões de produção e consumo de petróleo no mundo (em milhões de barris por dia), 2012. Fonte de dados: U.S Energy Information Administration 2013 – Short – Term Energy and Winter Fuels Outlook (STEO). Disponível em: <http://www.eia.gov/forecasts/steo/pdf/steo_full.pdf>. Acesso em: 18 out. 2013.
a) Preencha o quadro a seguir a partir da análise do gráfico.
O petróleo no mundo
Principais regiões produtoras Principais regiões consumidoras
Os principais produtores de petróleo do mundo estão localiza-
dos no Oriente Médio, seguido da América do Norte (Canadá,
Estados Unidos e México), CEI, Leste Europeu, Ásia e Oceania.
Os principais consumidores de petróleo do mundo estão
localizados na América do Norte, Ásia e Oceania e Europa
Ocidental.
Principais regiões de produção e consumo de petróleo no mundo (em milhões de barris por dia), 2012
b) Em quais regiões a produção não é sufi-
ciente para o consumo interno, gerando
dependência externa do produto?
Entre essas principais regiões produtoras de petróleo, o consu-
mo interno é maior na América do Norte, situação que se deve
principalmente à demanda dos Estados Unidos, e nas regiões da
Ásia e Oceania, sobretudo pela demanda de consumo da China.
Ao discutirem essas questões, os alunos es-
tarão diante da perspectiva de crise energética.
Quadro 2.
3,44 8,74
6,70
8,93
14,38 4,04
13,42 4,81
23,05 7,79
7,51
28,88
17,93 23,05
ÁfricaProdução Consumo
América do Norte
Américas Centrale do Sul
Ásia e Oceania
Europa Ocidental
CEI e Leste da Europa
Oriente Médio
56
Se até o final da década de 1960 o mundo não
conhecia esse problema, pois havia oferta de
recursos energéticos em abundância, a alta
do preço do petróleo nos anos 1970 alterou
completamente esse cenário. Nos últimos 30
anos, entraram na agenda política dos países
a substituição do petróleo por outras fontes
de energia e a implantação de programas de
uso racional de energia. Esses temas deve-
rão ser tratados nas aulas seguintes.
Para finalizar, na seção Você
aprendeu?, sugerimos a ativi-
dade a seguir.
No gráfico da Figura 21 pode ser obser-
vada a evolução do consumo e produção de
petróleo no Brasil entre 1970 e 2012. Por meio
da análise desse gráfico, responda:
1. É possível dividir a evolução do consumo
e produção do petróleo no Brasil em três
períodos distintos: de 1970 a 1979, de 1980 a
1994, de 1995 a 2012. Caracterize a relação en-
tre produção e consumo nesses três períodos.
Na década de 1970, a produção nacional manteve-se estável, ape-
sar de ocorrer crescimento acelerado no consumo de petróleo.
Em 1973 e 1979, ocorreram fortes elevações no preço do barril do
petróleo, o que provocou uma inversão da curva de consumo no
período seguinte. Somente a partir da segunda metade da década
de 1990 o consumo tornou a subir, só que, desta vez, acompanha-
do pelo crescimento da produção nacional de petróleo.
2. De acordo com essa série histórica, o país
caminha para a autossuficiência em petró-
leo. O que explicaria esse fato?
O crescimento da produção nacional está associado ao de-
senvolvimento tecnológico da Petrobras para explorar reservas
até então inacessíveis em águas profundas do oceano. Essas
bacias petrolíferas têm se mostrado bastante produtivas.
Figura 21 – Brasil: consumo e produção de petróleo (106 m3), 1970–2012. Fonte: Ministério de Minas e Energia/Balanço Energético Na-cional – 2013 – Ano base 2012. Disponível em:<http://www.mme.gov.br/mme/menu/todas_publicacoes.html>. Acesso em: 18 out. 2013.
PRODUÇÃO
CONSUMO TOTAL
0
20
40
60
80
100
120
140
1970
1973
1976
1979
1982
1985
1988
1991
1994
1997
2000
2003
2006
2009
2012
( )Brasil: consumo e produção de petróleo (106 m3), 1970-2012
57
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 7 PERSPECTIVAS ENERGÉTICAS: POTENCIAL E LIMITAÇÕES
DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
net>, acesso em: 20 maio 2013), que lideram a
produção de energia a partir do vento. Como os
custos de instalação ainda são elevados, os prin-
cipais produtores de energia solar são o Japão, a
Alemanha e os Estados Unidos (disponível em:
<http://www.iea.org>, acesso em: 6 nov. 2013).
Os alunos poderão trabalhar esse novo cenário
energético mediante as atividades que se seguem.
Sugerimos que o professor inicie esta Situa-
ção de Aprendizagem contando aos alunos uma
boa notícia: a energia eólica e a energia solar, fon-
tes energéticas limpas e renováveis, são as formas
de geração de eletricidade com as maiores taxas
de crescimento de uso no planeta. Grandes fa-
zendas eólicas podem ser encontradas nos Esta-
dos Unidos, na China, na Índia, na Alemanha e
na Espanha (disponível em: <http://www.gwec.
Conteúdos: perspectivas energéticas.
Competências e habilidades: problematizar a questão energética, estabelecendo relações entre dados e informações geográficas expressas de diferentes maneiras.
Sugestão de estratégias: elaboração de mapas temáticos e gráficos; aulas dialogadas; leitura de diferentes formas de representação cartográfica.
Sugestão de recursos: mapas; ilustrações; gráficos.
Sugestão de avaliação: exercícios individuais e em grupo; elaboração de pequenos textos explicativos.
Etapa prévia – Sondagem inicial e sensibilização
Aos poucos, as tecnologias construtivas es-
tão incorporando novos princípios que dimi-
nuem enormemente o impacto ambiental, e a
adaptação das casas ao uso de novas fontes de
energia já é uma realidade. Sugerimos que os
alunos observem a Figura 22, no Caderno do
Aluno, para compreender como pode ser feito
o aproveitamento da energia gerada pelo Sol e
pelo vento. Na sequência, peça que respondam
às questões a seguir.
Leitura e análise de imagem
1. Quais são as duas fontes de energia uti-
lizadas na proposta de “construção ver-
de”? Juntas, quanto elas geram de ener-
gia por dia?
Observando a Figura 22, os alunos poderão identificar
como fontes energéticas a energia eólica e a solar. Juntas
elas produzem 20 quilowatts-hora (kWh) por dia.
58
Fig
ura
22
– C
on
stru
ção
ver
de.
Arq
uite
tura
e c
onst
ruçã
o, p
. 82
-83,
dez
. 20
07.
São
Pau
lo:
Ed
ito
ra A
bri
l.
Con
stru
ção
verd
e
59
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
2. Como a energia produzida é armazenada
para o consumo na residência?
As turbinas e as células fotovoltaicas enviam cargas elé-
tricas para 18 baterias, que, por sua vez, alimentam um
inversor ligado ao quadro de força. O quadro de força
distribui a energia para a casa principal, a piscina e a mo-
radia do caseiro.
3. Por que essas fontes de energia são consi-
deradas alternativas?
Porque essas fontes de energia são renováveis e consideradas
limpas, já que não emitem poluentes.
4. Qual a importância das fontes de energia al-
ternativas na melhoria da qualidade de vida?
Espera-se que os alunos associem o uso de energias alternati-
vas à diminuição dos impactos ambientais e da pressão sobre
os recursos naturais do planeta.
Conhecendo um pouco melhor o proje-
to elétrico de uma “construção verde”, o
professor poderia desafiar os alunos a enu-
merar as dificuldades para a difusão dessa
tecnologia nos países mais pobres. À me-
dida que os alunos forem apresentando os
argumentos, o professor poderá registrar
na lousa as principais conclusões deles.
Espera-se que os alunos façam referência
à necessidade de investimentos em tecnolo-
gia. Outro aspecto diz respeito à renda das
famílias para pagar pelo benefício. Como
os países mais ricos são os maiores consu-
midores de energia, já há um mercado dis-
posto a pagar pelas melhorias. Em países
mais pobres, esse mercado terá de ser am-
pliado para tornar a mudança economica-
mente viável.
Etapa 1 – Uso das energias eólica e solar
Os alunos precisam ser informados de que a energia eólica e a solar são as duas fontes alterna-tivas que possuem mais possibilidade de aplica-ção em curto prazo. A geração eólica é de menor custo, mas depende das características do vento disponível na região. Por sua vez, a energia solar ainda apresenta altos custos de implantação e não é uma alternativa para os países mais pobres. O resultado disso pode ser observado na com-paração entre o Brasil e a Alemanha. Enquan-to no Brasil foram instalados 100 megawatts (MW) de capacidade para energia eólica em residências em 2006, no mesmo período foram instalados na Alemanha 1 200 MW. Enquanto no Brasil existem 15 parques eólicos, com capa-cidade de geração de 250 MW, a Alemanha tem capacidade de 22 mil MW.
Leitura e análise de gráfico e mapa
Para o desenvolvimento dessas tecnologias é preciso investimento. Os alunos poderão anali-sar essa questão comparando as Figuras 23 e 24 a seguir, no Caderno do Aluno. Na sequência, deverão responder às seguintes questões.
1. Em qual continente está localizada a
maior parte dos países que mais investem
em energias renováveis? Levante hipóteses
para explicar esse fato.
Os países que mais investem em energias renováveis estão loca-
lizados na Europa. Esse fato está relacionado ao déficit energé-
tico que marca o continente europeu. Espera-se que os alunos
levantem outras hipóteses, como a posição econômica desses
países, que possuem recursos financeiros para o investimento
em pesquisa e implementação de energias renováveis.
60
Figura 23 – Gasto em pesquisa com energias renováveis, 2004 (dólar per capita). Fonte: L’Atlas du monde diplomatique. Paris: Ar-mand Colin, 2006.
Figura 24 – Participação de fontes renováveis na produção de energia elétrica, 2003. L’Atlas du monde diplomatique. Paris: Armand Colin, 2006. Mapa original (base cartográfica com generalização; algumas feições do território não estão representadas em detalhe; sem escala; sem indicação de norte geográfico). Tradução: Renée Zicman.
Participação de fontes renováveis na produção de energia elétrica, 2003
Gasto em pesquisa com energias renováveis, 2004
Car
togr
afia
de P
hilip
pe R
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atiq
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Phi
lippe
Rek
acew
icz,
Le
Mon
de D
iplo
mat
ique
, Par
is.
1 000 2 000 3 0000
Finlândia
Suécia
Japão
Itália
Espanha
Noruega
AustráliaAlemanha
Estados Unidos
Canadá
Áustria
Dinamarca
Suíça
Holanda
FrançaReino Unido
TurquiaPortugal
Dólares por habitante em Paridade do Poder de Compra (PPC)
Fonte: Agência Internacional de Energia (AIE), 2004.
3 840
17
1 000
2 000
ÁfricaSubsaariana
Américado Norte
Américado Sul
América Centrale Caribe
EuropaOcidental
EuropaCentral
Países daex-União Soviética
ÁsiaMeridional
Leste eSudesteAsiático
Oceania
OrienteMédio
Norte daÁfrica
Produção de eletricidadeem 2003(terawatt/hora)
Renovável
Convencional (fóssil ou nuclear)
Eletricidade de fonteFonte: Produção mundial de eletricidadea partir de fontes renováveis no mundo,sexto inventário, Observatório de EnergiasRenováveis (Observ’ER)-EDF, 2004.
61
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
2. Observe o mapa da Figura 24.
a) É possível concluir que, mesmo com tan-
to investimento, as fontes alternativas
ainda ocupam lugar desprezível no ba-
lanço energético mundial? Justifique.
Apesar dos esforços para a adoção de energia renovável, obser-
va-se que o combustível convencional (fóssil ou nuclear) ainda
é majoritariamente a principal fonte energética mundial. Além
disso, espera-se que os alunos percebam a enorme distância
que existe entre os países mais ricos do norte e os países mais
pobres do sul. Países da América do Norte, da Europa Ocidental
e do Leste e Sudeste Asiático são grandes produtores de energia.
b) Qual é a situação da América do Sul na
produção de energia elétrica a partir de
fontes renováveis?
De acordo com o mapa, a maior parte da produção de energia
elétrica da América do Sul é proveniente de fontes renováveis.
3. Como o mapa da Figura 24 apresenta da-
dos agregados, o professor deve analisar e
discutir com os alunos de modo que eles
possam responder qual é a participação
das fontes de energia renováveis na produ-
ção de energia elétrica no Brasil.
A matriz energética brasileira tem intensa participação da hi-
droeletricidade, uma fonte renovável.
Etapa 2 – Uso da energia nuclear
Após a Segunda Guerra Mundial, a energia
nuclear começou a ser explorada como um re-
curso alternativo para atender à demanda por
eletricidade. Alguns países investiram intensa-
mente nesse recurso. Os alunos poderão fazer
uma análise dessa situação comparando as Fi-
guras 25 e 26, no Caderno do Aluno.
Leitura e análise de gráfico e mapa
Os alunos deverão responder às seguintes
questões:
1. O que é possível dizer a respeito da partici-
pação da energia nuclear no consumo total
de energia nos países apresentados no grá-
fico (Figura 25)?
O consumo de energia de origem nuclear corresponde a
menos de 10% do total nos Estados Unidos, na Rússia, no Ja-
pão, e na Alemanha. Na Coreia do Sul, o consumo de ener-
gia nuclear corresponde a 12,93%. E o maior destaque vem
da França, com um consumo de 41,17%.
2. Com base no mapa da Figura 26, responda:
a) Que países representados nesse mapa se
destacam como possuidores de grandes
reservas de plutônio?
Reino Unido, França, Alemanha, Estados Unidos, Japão e Rússia.
b) Explique o significado de “zonas de for-
te densidade de centrais nucleares”. Em
quais regiões do mundo estão localiza-
das essas zonas?
São zonas que concentram usinas nucleares para a produção
de energia. Elas se localizam na Europa, no leste dos Estados
Unidos e no Japão.
c) Ainda comparando o mapa e o gráfico,
discuta com seus colegas e seu professor a
posição da França em relação às reservas de
plutônio e à participação da energia nuclear
no consumo total de energia nesse país.
A França é o país com maior participação da energia nuclear
no consumo energético total e se destaca também como um
dos principais países com reserva de plutônio no mundo.
62
Figura 25 – Participação da energia nuclear no consumo total de energia de alguns países, 2011. Fonte de dados: BP Statisti-cal Review of World Energy June 2012. Disponível em: <http://www.bp.com/assets/bp_internet/globalbp/globalbp_uk_english/ reports_and_publications/statistical_energy_review_2011/STAGING/local_assets/pdf/statistical_review_of_world_energy_full_report_2012.pdf>. Acesso em: 18 out. 2013.
Participação da energia nuclear no consumo total de energia de alguns países, 2011
Figura 26 – Regiões com forte concentração de centrais nucleares e principais reservas de plutônio. Fonte: El Atlas de Le Monde Diplomatique. Buenos Aires: Capital Intelectual S.A., 2006, p. 19. Mapa original (sem escala; sem indicação de norte geográfico). Adaptado (supressão de in-formações). Tradução: Renée Zicman.
Regiões com forte concentração de centrais nucleares e principais reservas de plutônio
Car
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França
Coreia do Sul
Japão
Estados Unidos
Alemanha
Rússia
41%
13%
8%
8%
6%
8%
Consumo total de energiaem milhões de toneladasequivalentes de petróleo (Mtep)
Estados Unidos 2 269,3Rússia 685,6Japão 477,6Alemanha 306,4Coreia do Sul 263,0França 242,9
63
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
Parâmetros para avaliação da redação
1. Se o aluno utilizou as informações contidas
nas figuras, se observou que a maior parte dos
reatores nucleares foi construída na década de
1970 e se constatou que a energia nuclear tem
participação extremamente reduzida em paí-
ses como Estados Unidos, Alemanha e Japão.
2. Se o aluno relacionou as informações com
a distribuição mundial dos principais países
produtores de energia nuclear, revelando a
forte concentração nos países desenvolvidos.
3. Se a redação apresenta os recursos básicos de
coesão textual (retomada pronominal, repeti-
ção, substituição lexical), boa pontuação (vír-
gula, ponto final, de interrogação, de exclama-
ção), correta concordância nominal e verbal.
Na seção Lição de casa, há uma
proposta para a elaboração de
uma redação com o título “Ener-
gia nuclear como recurso alternativo para a
produção de eletricidade”.
Para finalizar, na seção Você
aprendeu?, propomos a se-
guinte atividade:
Leia as afirmações a seguir:
I. Nas usinas hidrelétricas, a força da água
é utilizada para gerar energia.
II. Para a obtenção da energia solar, é ne-
cessário queimar combustível.
III. A força dos ventos pode ser utilizada
para a geração de energia.
IV. O melhor aproveitamento das fontes
de energia renováveis depende das
condições físicas de cada região.
Assinale a alternativa que contenha apenas
afirmações corretas:
a) I e II.
b) II e III.
c) I , II e III.
d) I , III e IV.
e) II , III e IV.
A questão visa mobilizar os conteúdos vinculados ao estudo
das diversas formas e usos da energia.
64
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 8 A MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA
do volume estudando os fluxos das fontes
primárias e secundárias de energia, desde a
produção até o consumo final. Dessa forma,
os alunos terão um exemplo concreto de ma-
triz energética e sua relação com os aspectos
políticos e econômicos que a envolvem.
O Boletim Energético Nacional (BEN) é
emitido anualmente pelo Ministério de Mi-
nas e Energia e pode ser acessado no site
<http://www.mme.gov.br>, acesso em: 18
out. 2013. Com base nos dados disponíveis
no BEN, propomos encerrar as atividades
Conteúdos: matriz energética; fontes energéticas alternativas.
Competências e habilidades: aplicar conhecimentos para posicionar-se diante de dados e informações geográficas a respeito da matriz energética brasileira, utilizando-se de diferentes linguagens.
Sugestão de estratégias: elaboração de mapas temáticos e gráficos; aulas dialogadas; leitura de diferentes formas de representação cartográfica.
Sugestão de recursos: mapas, gráficos; dados coletados em páginas da internet.
Sugestão de avaliação: exercícios individuais e em grupo; elaboração de pequenos textos explicativos.
Etapa prévia – Sondagem inicial e sensibilização
Para iniciar esta etapa, sugerimos que o
professor informe aos alunos que o consumo
total de energia do Brasil representa aproxi-
madamente 2% do consumo mundial, e calcu-
la-se que o país seja responsável por cerca de
1,5% das emissões mundiais de carbono. Para
se ter um parâmetro, o consumo per capita
dos Estados Unidos é 7 vezes o consumo do
brasileiro e as emissões de carbono per capita
dos Estados Unidos são 11 vezes maiores do
que as emissões per capita brasileiras.
Por meio da leitura da Figura 27, presente
na seção Para começo de conversa do Caderno
do Aluno, espera-se que os alunos apliquem os
conhecimentos adquiridos nas atividades ante-
riores para avaliar o impacto ambiental resul-
tante do crescimento da produção brasileira de
energia. Mais uma vez, sugerimos como pro-
cedimento a reflexão individual, num primeiro
momento, seguida da discussão em pequenos
grupos e a socialização dos resultados entre os
grupos, no final da aula.
65
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
Considerando que energia primária são as
fontes providas pela natureza na sua forma di-
reta – como petróleo, gás natural, carvão mine-
ral, energia hidráulica, lenha, entre outras –, a
classe deverá discutir e responder às questões a
seguir, disponíveis no Caderno do Aluno.
1. Quais fontes de energia têm sido as
maiores responsáveis pelo crescimen-
to da produção primária de energia no
Brasil? Essas fontes são renováveis ou
não renováveis?
Espera-se que os alunos percebam que o crescimento foi
impulsionado pelo aumento na produção de petróleo e gás
natural, que são fontes não renováveis.
2. Em 1970, a produção de energia primária
brasileira era cinco vezes menor que em
2012, mas a matriz energética era bem dife-
rente. Explique por quê.
Naquela época, havia o predomínio do uso de fontes reno-
váveis, sobretudo a queima da lenha. O desenvolvimento
do setor energético alterou completamente essa situação.
3. Entre as fontes renováveis, quais se desta-
cam na produção de energia primária no
Brasil?
A hidroeletricidade e os produtos derivados da cana-
-de-açúcar são as fontes de energia renováveis mais im-
portantes para o crescimento da produção primária de
energia no Brasil.
Etapa 1 – A produção brasileira de petróleo
Em função da crescente participação do
petróleo na produção de energia primária
brasileira, sugerimos que o professor explore
esse tema em sala de aula. Os alunos preci-
sam ser informados de que as reservas de
Figura 27 – Brasil: produção primária de energia (106 tep), 1970-2012. Fonte: Ministério de Minas e Energia/Balanço Energético Nacional – 2013 – Ano base 2012. Disponível em:<http://www.mme.gov.br/mme/menu/todas_publicacoes.html>. Acesso em: 18 out. 2013.
Brasil: produção primária de energia (106 tep), 1970-2012
PETRÓLEO
GÁS NATURALHIDRÁULICA
LENHA
PRODUTOS DA CANA
OUTRAS
0
50
100
150
200
250
300
1970
1973
1976
1979
1982
1985
1988
1991
1994
1997
2000
2003
2006
2009
2012
66
petróleo do Brasil são a segunda maior da
América do Sul, ficando atrás apenas da
Venezuela. Com o desenvolvimento tecnológico
de exploração das jazidas em águas oceânicas
profundas, o Brasil vem gradativamente supe-
Além da pesquisa, você poderá trabalhar
com as questões a seguir, disponíveis no Ca-
derno de Aluno.
Roteiro para pesquisa no site da Petrobras
1. Essa aula deverá ocorrer na sala de informática da escola.
2. Os alunos, divididos em pequenos grupos, deverão visitar a página da empresa.
3. Com base nas informações encontradas, o grupo deverá explicar como funciona a extração de petróleo em águas profundas.
4. Além disso, os alunos deverão buscar, nos links ao final da página e no site como um todo, informações a respeito da iniciativa da Petrobras de usar combustíveis renováveis, dando exemplos.
rando suas marcas. Sugerimos como atividade
uma pesquisa no site da Pe trobras, disponível
em: <http://www.petrobras.com.br>, acesso em:
25 maio 2013, a respeito da produção em águas
profundas, de acordo com o roteiro a seguir.
Leitura e análise de imagem, texto e gráfico
1. Com base no esquema da Figura 28, expli-
que como funciona a extração de petróleo
em águas profundas.
Petrobras: tecnologia de produção em águas profundas
Figura 28 – Petrobras: tecnologia de produção em águas profundas. Fonte: Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ). Imagem de divulgação.
leito marinho
67
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
Para extrair petróleo em águas profundas, a Petrobras desen-
volveu uma tecnologia com tubulações flexíveis conectadas
a plataformas flutuantes. Dessa maneira, é possível alcançar
os poços submarinos e explorar as reservas petrolíferas.
2. Leia o texto a seguir e responda:
O gráfico da Figura 29 comprova o que é dito
no texto? Por quê?
Exploração de petróleo em águas profundas (em metros), 1977-2003
Figura 29 – Exploração de petróleo em águas profundas (em metros), 1977-2003. Elaborado por Raul Borges Guimarães espe-cialmente para o São Paulo faz escola. Fonte: Petróleo Brasileiro S/A – Petrobras.
Sim, pois o gráfico apresenta os recordes conquistados pela
Petrobras na produção de petróleo em águas profundas, en-
tre 1977 e 2003.
3. Compare a produção brasileira de petróleo
em terra e mar, conforme mostrado no gráfico
da Figura 30. Com base nesses dados, qual é a
importância do desenvolvimento de tecnolo-
gia para exploração em águas profundas?
A Petrobras tem cerca de 65% da área de seus blocos exploratórios offshore em profundidades
de água de mais de 400 m. Em consequência, nos últimos anos, a empresa tem aumentado suas
atividades de perfuração exploratória em águas cada vez mais profundas. [...]
Petrobras. Águas profundas. Disponível em: <http://www.petrobras.com.br/pt/quem-somos/perfil/ atividades/exploracao-producao-petroleo-gas>. Acesso em: 20 maio 2013.
68
Brasil: produção de petróleo em barris/ano (em milhões), 2000-2008
Figura 30. Brasil: produção de petróleo em barris/ano (em milhões), 2000-2008. Elaborado por Raul Borges Guimarães es-pecialmente para o São Paulo faz escola. Fonte: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Produção de Petróleo (b). Disponível em: <http://www.anp.gov.br/?dw=8491>. Acesso em: 20 maio 2013.
Essa tecnologia foi essencial para o crescimento da produção
brasileira de petróleo, já que a maior parte do petróleo é ex-
traída do fundo do mar.
Etapa 2 – Fontes alternativas no Brasil: o biodiesel
Agora, vamos destacar o programa brasileiro
do biodiesel. Os alunos poderão acessar o portal
do Programa Nacional de Produção e Uso de
Biodiesel, disponível em: <http://www.mme.gov.
br/programas/biodiesel/menu/biodiesel/o_bio-
diesel.html>, acesso em: 6 nov. 2013, para le-
vantar dados a respeito dessa fonte alternativa.
Além da pesquisa no portal, os alunos po-
derão ler o texto a seguir, também disponível
no Caderno do Aluno, para responder às se-
guintes perguntas:
Leitura e análise de texto
1. O que é o biodiesel?O biodiesel é um combustível biodegradável, produzido a
partir de inúmeras fontes de energia renováveis.
2. Qual é sua vantagem em relação a outras
fontes de energia alternativa?A principal vantagem é que dezenas de espécies vegetais
abundantes no Brasil podem ser utilizadas na produção do
biodiesel, tais como a mamona, o girassol, o babaçu, a soja, o
amendoim e o dendê.
3. Qual a importância do biodiesel para o Brasil?O biodiesel pode substituir em parte ou totalmente o diesel em
motores de combustão interna e pode ser processado de várias
maneiras. Espera-se que os alunos indiquem e expliquem pelo
menos uma delas, como o craqueamento, a esterificação ou a
transesterificação. Por fim, vale destacar que o biodiesel pode
substituir parcial ou totalmente o óleo diesel (um derivado do
petróleo) em motores de combustão interna.
69
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
Biodiesel no Brasil
O biodiesel é um biocombustível, ou seja, um combustível derivado de biomassa, que pode ser ob-
tido por meio de diversas matérias-primas vegetais ou animais. As matérias-primas vegetais podem ser
produzidas a partir de diversas espécies oleaginosas, tais como algodão, amendoim, dendê, girassol,
mamona e soja. As matérias-primas de origem animal podem ser obtidas a partir da gordura disponível
no sebo bovino, suíno ou nas aves.
Assim, trata-se de um combustível biodegradável e derivado de fontes renováveis, que pode subs-
tituir parcial ou totalmente o uso de óleo diesel (um derivado do petróleo) nos motores à combustão
dos transportes rodoviários e aquaviários e nos motores utilizados para a geração de energia elétri-
ca. No caso brasileiro, por exemplo, a legislação estipula que o biodiesel esteja presente em todo o
óleo diesel comercializado, em uma proporção de pelo menos 5%.
O Brasil apresenta condições extremamente favoráveis para a produção de biodiesel, por apresentar con-
dições climáticas adequadas ao cultivo de oleaginosas em diversas regiões do país, além de disponibilidade de
água e terras. Além disso, o país é um dos pioneiros do desenvolvimento de tecnologias para o setor de biocom-
bustível e já tem uma longa experiência acumulada com o Programa Nacional do Álcool (Pró-Álcool).
Do ponto de vista ambiental, a principal vantagem do uso do biodiesel é a redução da emissão de
gases poluentes, especialmente o gás carbônico. Do ponto de vista social, a introdução do biodiesel na
matriz energética nacional pode representar uma alternativa de renda para os agricultores familiares
dedicados ao cultivo de oleaginosas.
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.
Para finalizar, na seção Você
aprendeu?, do Caderno do
Aluno, encontra-se a seguinte
questão:
O conceito de desenvolvimento sustentá-
vel leva em consideração as ações desenca-
deadas pelos diversos países com relação ao
seu crescimento econômico e à necessidade
de se buscar fontes alternativas de energia.
Levando em conta esse conceito, é possível
afirmar que:
a) O meio ambiente é fundamental para
a vida humana e, portanto, deve ser in-
tocável, não havendo possibilidades de
uso de seus recursos por nenhum outro
país, a não ser para os que detêm tecno-
logias conservacionistas.
b) Os países subdesenvolvidos são os únicos
que praticam o desenvolvimento sustentá-
vel, pois, como não são industrializados,
defendem a intocabilidade de suas flores-
tas e usam apenas energia renovável.
70
No meio natural, prevalecem as “estradas
da natureza”, tais como rios e mares, pelos
quais circulam produtos e pessoas. Até hoje,
as planícies costeiras e os vales fluviais con-
centram a maior parte da população mundial.
O meio técnico é formado pelas grandes con-
centrações humanas e pelas infraestruturas
de circulação construídas pelos homens, tais
como hidrovias, ferrovias e rodovias.
O meio técnico-científico-informacional é
dominado pelas redes de alta tecnologia, pe-
las quais circulam bens imateriais, tais como
informações e ideias.
c) Não há como se desenvolver sem colocar
em risco o ambiente e, portanto, é inevitável
que os riscos ambientais sustentem o desen-
volvimento econômico dos povos, mesmo
com o uso de fontes não renováveis.
d) É fundamental buscar formas de progresso
socioeconômico e novas fontes de energias
alternativas com menores riscos ambien-
tais, principalmente ao se levar em conta o
direito à vida das futuras gerações.
PROPOSTAS DE SITUAÇÕES DE RECUPERAÇÃO
Neste tópico, sugerimos alguns cami-
nhos para efetuar a avaliação em situações
de recuperação. Espera-se que o aluno re-
cupere o conteúdo essencial abordado e
seja capaz de compreender a produção do
espaço mundial por meio dos fluxos eco-
nômicos e do desenvolvimento da ciência
e tecnologia em três contextos: o período
do comércio em grande escala a partir da
expansão marítima de fins do século XV
ao começo do XVIII (cerca de 1720); o pe-
ríodo da Revolução Industrial (1720-1945);
e a revolução da informação, ou período
técnico-científico, após a Segunda Guer-
ra Mundial. Trata-se, como já foi dito, de
trabalhar com os conceitos de meio natu-
ral, meio técnico e meio técnico-científico-
-informacional, elaborados pelo professor
e geógrafo Milton Santos.
Para iniciar esse trabalho, propomos que
as características dos “meios geográficos” se-
e) As riquezas acumuladas pelos países
ricos durante o período colonial devem
ser investidas na preservação das flores-
tas, como também sustentar o cresci-
mento econômico dos povos.
Uma vez que os alunos puderam analisar a matriz energética
atual e a necessidade do desenvolvimento de fontes alternati-
vas, espera-se que apliquem seus conhecimentos para estabele-
cer relações entre “desenvolvimento sustentável” e a necessidade
de se ampliar investimentos em energias alternativas.
Logo após, o professor pode sugerir que
os alunos relacionem as fotos reproduzidas a
seguir com cada um dos “meios geográficos”.
jam apresentadas aos alunos em situação de
recuperação, na forma a seguir:
71
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
Videoconferência em uma empresa.
© C
omst
ock/
Lat
inSt
ock
Sugerimos que o professor peça para que os alunos em situação de recuperação produzam um
painel, representando os “meios geográficos” a partir de imagens extraídas de jornais e revistas.
É importante que o professor atente para o fato de que esses meios coexistem no mundo contem-
porâneo. Portanto, enquanto algumas regiões destacam-se pela densidade nas novas tecnologias,
outras são em grande parte regidas pelas dinâmicas da natureza.
Comunidade ribeirinha no Amazonas.
© W
erne
r R
udha
rt/K
ino
72
O professor também poderá aplicar as
questões a seguir:
1. Como a maioria dos europeus imaginava
o mundo antes da viagem do navegador
Cristóvão Colombo?
Antes da viagem de Cristóvão Colombo, a maioria dos eu-
ropeus imaginava que o mundo era formado por três partes:
Europa, Ásia e África.
2. Por que Cristóvão Colombo ficou conheci-
do como o “senhor dos ventos”?
Cristóvão Colombo ficou conhecido como o “senhor dos
ventos” por causa de seu conhecimento sobre os ventos
alísios e os ventos de sudoeste, que o auxiliaram a traçar a
melhor rota para a sua primeira expedição.
3. No mundo contemporâneo, as tecnolo-
gias de informação são parte cada vez
mais importante do cotidiano das em-
presas e das pessoas. Dê exemplos que
comprovem essa afirmação.
Trata-se de uma questão de resposta aberta. Espera-se, po-
rém, que o aluno atente para a importância das tecnologias
de comunicação na gestão empresarial, no comércio e na
vida cotidiana das pessoas que usam os programas de com-
putador para se relacionar com amigos e familiares.
Neste Caderno, os alunos também tiveram a
oportunidade de analisar diferentes tipos de grá-
ficos e mapas, além de produzir textos argumen-
tativos. Diante dessas habilidades desenvolvidas,
sugerimos duas estratégias de recuperação: apli-
cação de um questionário, como o elaborado a
seguir, e pesquisa em jornais.
1. A lenha ainda é uma fonte de energia bastan-
te utilizada no mundo. No gráfico a seguir,
você poderá verificar como esse recurso tem
sido utilizado no Brasil nas últimas décadas.
Observando a evolução do consumo da le-
nha no Brasil, responda: que mudanças ocor-
reram entre 1970 e 2012?
Indústrias em Cubatão, São Paulo.
© M
arco
s P
iffer
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baph
oto
73
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
Espera-se que o aluno perceba que o consumo residencial
era o mais importante em 1970. Observa-se queda nesse
tipo de consumo da lenha, assim como no setor agrope-
Brasil: consumo de lenha (106t), 1970-2012. Fonte: Ministério de Minas e Energia/Balanço Energético Nacional – 2013 – Ano base 2012. Disponível em:<http://www.mme.gov.br/mme/menu/todas_publicacoes.html>. Acesso em: 18 out. 2013.
Brasil: consumo de lenha (106t), 1970-2012
cuário. Ao mesmo tempo, ocorreu crescimento acentua-
do no uso da lenha no setor industrial e, principalmente,
na produção siderúrgica.
2. Com base no gráfico a seguir, comente a
evolução da produção das diferentes fontes
de energia primária no mundo entre 1900 e
2010 e analise os impactos ambientais dela
decorrentes.
Espera-se que os alunos atentem para o grande crescimen-
to da produção do total da energia primária no mundo
registrado nesse período. Também é importante que eles
observem que o carvão era a principal fonte de energia em
1990, mas foi ultrapassado pelo petróleo na segunda meta-
de do século XX. Por fim, no que diz respeito aos impactos
ambientais, o gráfico mostra que a maior parte da energia
produzida no mundo provém de combustíveis fósseis (pe-
tróleo, carvão e gás natural ), e que o uso dessa fonte é a
principal causa do aumento da concentração dos chama-
dos gases estufa na atmosfera.
Evolução da produção de energia primária, 1900–2010. Fonte: Atelier de Cartographie de Science Po. Disponível em: <http://cartographie.sciences-po.fr/en/node/2707>. Acesso em: 18 out. 2013.
TRANSFORMAÇÃO
RESIDENCIAL
AGROPECUÁRIO
INDUSTRIAL
0
10
20
30
40
50
60
70
1970
1973
1976
1979
1982
1985
1988
1991
1994
1997
2000
2003
2006
2009
2012
Fontes: The Shift Project Data Portal, www.tsp-data-portal.org,segundo Etemad & Luciani para o período de 1900-1980e US EIA Historical Statistics para o período de 1981-2010.
Por fonte de energia(em milhões de toneladas equivalentes de petróleo)
500
0
1 000
2 000
3 000
4 000
1900 1950 1990 2010
Carvão
Gás natural
Hidráulica
Nuclear
Petróleo
Outras renováveis
Atelier de cartographie de Sciences Po, 2012
Evolução da produçãode energia primária, 1900-2010
74
Pesquisa
Os alunos deverão fazer um levantamento
em revistas e jornais a respeito de reportagens e
artigos que discutam a política energética brasi-
leira. Três temas têm tido destaque na imprensa:
o risco de “apagão”, em função das estiagens
prolongadas; a alta concentração da matriz
elétrica nas usinas hidrelétricas e o desenvol-
vimento do biodiesel. Com base no material
pesquisado, os alunos poderiam produzir um
dossiê, organizando-o em pastas, que poderiam
ser arquivadas na biblioteca da escola. Caso a
escola possua uma hemeroteca ou a assinatura
de revistas e jornais, os alunos podem fazer ali
mesmo a leitura dos artigos jornalísticos.
RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA
Livros para o professor
BENKO, Georges. Economia, espaço
e globalização: na aurora do século XXI.
São Paulo: Annablume, 2002. A obra ex-
plora as transformações no espaço in-
dustrial promovidas pela revolução da
informação, com destaque para os centros
de produção de ciência e de tecnologia e
suas particularidades locacionais. Embora
a linguagem seja bastante sofisticada para
alunos de 7a série/8o ano, contém exemplos
interessantes que podem ser selecionados
pelo professor como complemento à sua
prática didática.
COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO
AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO. Nos-
so futuro comum. Rio de Janeiro: ONU/FGV,
1987. Esse relatório, elaborado por especia-
listas de vários países às vésperas da ECO-
92, contém uma avaliação de parte dos
problemas ambientais do planeta no final
do século XX. Um dos capítulos discute o
desenvolvimento sustentável.
DREW, David. Processos interativos
homem-meio ambiente. Rio de Janeiro: Ber-
trand Brasil, 1994. Nessa obra o autor es-
tuda as relações entre o homem e o meio
ambiente, oferecendo exemplos da atuali-
dade. A abordagem utilizada baseia-se na
análise dos fluxos de matéria e energia no
sistema terrestre.
DREYER-EIMBCKE, Oswald. O des-
cobrimento da Terra: história e histórias da
aventura cartográfica. São Paulo: Edusp/Me-
lhoramentos, 1992. Obra que analisa a histó-
ria da cartografia no espelho da descoberta
do mundo e das transformações na maneira
de representá-lo.
75
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
vimento sustentável. Barueri: Manole, 2005. A
abordagem da integração da energia com te-
mas ligados aos recursos naturais e ao desen-
volvimento sustentável é realizada nessa obra
por meio da discussão e análise de questões
como o elo entre a energia, a infraestrutura e
a sustentabilidade.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço:
técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo:
Edusp, 2008. Obra crucial para a compreen-
são dos conceitos que estruturam as reflexões
de Milton Santos e sua concepção sobre os
significados do espaço geográfico, suas for-
mas e suas dinâmicas.
TAIOLI, Fabio; TOLEDO, Maria Cris-
tina Motta de; FAIRCHILD, Thomas
Rich; TEIXEIRA, Wilson. Decifrando a
Terra. São Paulo: Ibep/Companhia Edito-
ra Nacional, 2009. Dessa obra, destaca-se
especialmente o capítulo 22, em que os re-
cursos energéticos são tratados de maneira
integrada ao estudo da dinâmica natural
do planeta Terra, sem desconsiderar aspec-
tos políticos e econômicos.
L’Atlas du monde diplomatique. Paris: Ar-
mand Colin, 2006. Neste número do atlas Le
Monde Diplomatique são abordadas impor-
tantes questões geopolíticas do uso dos recur-
sos energéticos.
MAGNOLI, Demétrio. Globalização: Es-
tado nacional e espaço mundial. São Paulo:
Moderna, 2004. Ensaio didático sobre o con-
ceito de globalização, suas etapas e seus signi-
ficados. Pode ser bastante útil para o trabalho
de sala de aula.
MYERS, Norman. Gaia: el atlas de la ges-
tión del planeta. Madrid: Hermann Blume
Ediciones, 1987. Dentre a vasta gama de temas
que estão na ordem do dia do debate ambiental
abordados neste atlas, destaca-se a discussão a
respeito do uso de combustíveis fósseis. Os da-
dos permitem fazer um balanço a respeito da
exploração e do consumo do petróleo, desde a
crise de 1973 até os dias de hoje.
REIS, Lineu Belico dos; FADIGAS, Eliane
Amaral; CARVALHO, Cláudio Elias. Ener-
gia, recursos naturais e a prática do desenvol-
76
Caro(a) colega professor(a),
Ao chegarmos ao final deste volume, po-
demos considerar que o momento represen-
ta, na verdade, o início de uma jornada de
partilhas, na qual nos colocamos como in-
terlocutores. Nossa proposta foi a de sugerir
algumas atividades relacionadas ao desen-
volvimento de certos conteúdos do programa
da 7a série/8o ano do Ensino Fundamental.
São apenas sugestões a respeito de contextos
essenciais do longo processo de globaliza-
ção. Desenvolvemos algumas possibilidades
didático-pedagógicas relacionadas aos con-
ceitos e às noções necessários à compreensão
da complexidade do mundo contemporâneo
CONSIDERAÇÕES FINAIS
e do papel que a informação e também o
intenso uso de energia têm nele. Considera-
mos que esse contexto seja um enorme desa-
fio. Sem dúvida, porém, seu desafio é ainda
maior: trata-se de fazer com que a trama
conceitual apresentada neste volume ganhe
significado para seus alunos e se transforme
em conhecimento significativo.
Gostaríamos de reforçar que essa propos-
ta poderá ser aceita integral ou parcialmente.
Dessa maneira, convidamos você a adaptá-la
à sua realidade, já que conhece seus alunos,
sua escola, o material disponível e, o que é
mais importante, possui o domínio intelectual
e prático do seu fazer pedagógico.
77
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
QUADRO DE CONTEÚDOS DOENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
5a série/6o ano 6a série/7o ano 7a série/8o ano 8a série/9o ano
Vol
ume
1
PaisagemO tempo da natureza– Os objetos naturais O tempo histórico– Os objetos sociais A leitura de paisagens
Escalas da GeografiaAs paisagens captadas pelos satélites– Extensão e desigualdades Memória e paisagensAs paisagens da Terra
O mundo e suas representaçõesExemplos de representações– Arte e fotografia Introdução à história da cartografiaA linguagem dos mapas Orientação relativa– A rosa dos ventos Coordenadas geográficas Os atributos dos mapas Mapas de base e mapas temáticos Representação cartográfica– Qualitativa e quantitativa
O território brasileiroA formação territorial do Brasil Limites e fronteiras A federação brasileira – Organização política e administrativa
A regionalização do território brasileiro
Critérios de divisão regional As regiões do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os complexos regionais e a Região Concentrada
Representação cartográficaVisão de mundo e suas tecnologias
Globalização em três tempos O meio técnico e o encurtamento das distâncias O meio técnico-científico- -informacional e a globalização O processo de globalização e as desigualdades internacionais
Produção e consumo de energiaAs fontes e as formas de energiaMatrizes energéticas – Da lenha ao átomo Perspectivas energéticasA matriz energética mundialA matriz energética brasileira
A produção do espaçogeográfico globalGlobalização e regionalizaçãoAs doutrinas do poderio dos Estados Unidos da AméricaOs blocos econômicos supranacionais
A nova “desordem” mundialA Organização das Nações Unidas (ONU)A Organização Mundial do Comércio (OMC)O Fórum Social Mundial– Um outro mundo é possível?
Vol
ume
2
Os ciclos da natureza e asociedadeA história da Terra e os recursos mineraisA água e os assentamentos humanosNatureza e sociedade na modelagem do relevo O clima, o tempo e a vida humana
As atividades econômicas e o espaço geográficoOs setores da economia e as cadeias produtivasA agropecuária e os circuitos do agronegócioA sociedade de consumo
Domínios naturais doBrasil Biomas e domínios morfoclimáticos do Brasil O patrimônio ambiental e a sua conservaçãoPolíticas ambientais no BrasilO Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC)
Brasil: população e economiaA população e os fluxos migratóriosA revolução da informação e a rede de cidades O espaço industrial– Concentração e descentralização O espaço agrário e a questão da terra
A crise ambiental A apropriação desigual dos recursos naturais Poluição ambiental e efeito estufaDo Clube de Roma ao desenvolvimento sustentável Alterações climáticas e desenvolvimentoConsumo sustentável
Geografia comparada da AméricaPeru e México – A herança pré-colombianaBrasil e Argentina – As correntes de povoamento Colômbia e Venezuela – Entre os Andes e o Caribe Haiti e Cuba – As revoluções
Geografia das populaçõesDemografia e fragmentação Estrutura e padrões populacionais As migrações internacionais Populações e cultura
– Mundo árabe e mundo islâmico
Redes urbanas e sociaisCidades – Espaços relacionais e espaços de conexãoAs cidades e a irradiação do consumoTurismo e consumo do lugarAs redes da ilegalidade
78
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
O MEIO NATURAL: O CONTEXTO DO
SENHOR DOS VENTOS
Pesquisa em grupo (CA, p. 9)
Resposta aberta; entretanto, espera-se que a pesquisa mostre
que o astrolábio é um instrumento muito antigo, cuja origem
remonta ao século II a. C., e que se acredita que tenha sido
introduzido na Europa pelos árabes, por volta do século X. Ele
foi decisivo na expansão ultramarina europeia, pois permitia
que se calculasse a altura dos astros celestes, o que possibilitava
a localização dos navegantes em alto-mar, especialmente sua
posição em latitude. Hoje, com o Global Positioning System
(GPS), é possível obter por satélite as coordenadas geográfi-
cas de qualquer objeto sobre a superfície terrestre, não sendo
mais necessário o uso do astrolábio nas navegações marítimas.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
O MEIO TECNICO-CIENTÍFICO E A
INCLUSÃO NO MUNDO DIGITAL
Pesquisa de campo (CA, p. 21)
Quaisquer que sejam os resultados da pesquisa, é importante
que ela ajude a sedimentar o par conceitual exclusão-inclu-
são digital. De acordo com esse par conceitual, apesar da im-
portância inquestionável das tecnologias digitais no mundo
de hoje, elas ainda estão presentes de maneira restrita na vida
de parcelas importantes da população.
Lição de casa (CA, p. 26)
Existem diversas formas possíveis de representação da intensidade
dos fluxos de ideias e de informações que atravessam o espaço
virtual. Neste caso, trata-se de tentar ser o mais criativo possível.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
ANÁLISE CRÍTICA DO PROCESSO DE
GLOBALIZAÇÃO
Lição de casa (CA, p. 31)
a) Globalização: refere-se ao período contemporâneo, mar-
cado pelas tecnologias da informação e pela intensifica-
ção e aceleração dos fluxos de materiais e de informação
que atravessam o planeta.
b) Ajuda financeira internacional: refere-se ao montante de
ajuda financeira que os países ricos devem prestar aos países
pobres, como forma de acelerar o desenvolvimento destes.
c) Mercado financeiro: mercado de investimentos no qual o
dinheiro é utilizado para gerar mais dinheiro, sob a forma
de juros e remuneração do capital investido.
GABARITO
CONCEPÇÃO E COORDENAÇÃO GERALNOVA EDIÇÃO 2014-2017
COORDENADORIA DE GESTÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA – CGEB
Coordenadora Maria Elizabete da Costa
Diretor do Departamento de Desenvolvimento Curricular de Gestão da Educação Básica João Freitas da Silva
Diretora do Centro de Ensino Fundamental dos Anos Finais, Ensino Médio e Educação Profissional – CEFAF Valéria Tarantello de Georgel
Coordenadora Geral do Programa São Paulo faz escolaValéria Tarantello de Georgel
Coordenação Técnica Roberto Canossa Roberto Liberato S el Cristina de lb er e o
EQUIPES CURRICULARES
Área de Linguagens Arte: Ana Cristina dos Santos Siqueira, Carlos Eduardo Povinha, Kátia Lucila Bueno e Roseli Ventrela.
Educação Física: Marcelo Ortega Amorim, Maria Elisa Kobs Zacarias, Mirna Leia Violin Brandt, Rosângela Aparecida de Paiva e Sergio Roberto Silveira.
Língua Estrangeira Moderna (Inglês e Espanhol): Ana Paula de Oliveira Lopes, Jucimeire de Souza Bispo, Marina Tsunokawa Shimabukuro, Neide Ferreira Gaspar e Sílvia Cristina Gomes Nogueira.
Língua Portuguesa e Literatura: Angela Maria Baltieri Souza, Claricia Akemi Eguti, Idê Moraes dos Santos, João Mário Santana, Kátia Regina Pessoa, Mara Lúcia David, Marcos Rodrigues Ferreira, Roseli Cordeiro Cardoso e Rozeli Frasca Bueno Alves.
Área de Matemática Matemática: Carlos Tadeu da Graça Barros, Ivan Castilho, João dos Santos, Otavio Yoshio Yamanaka, Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro, Sandra Maira Zen Zacarias e Vanderley Aparecido Cornatione.
Área de Ciências da Natureza Biologia: Aparecida Kida Sanches, Elizabeth Reymi Rodrigues, Juliana Pavani de Paula Bueno e Rodrigo Ponce.
Ciências: Eleuza Vania Maria Lagos Guazzelli, Gisele Nanini Mathias, Herbert Gomes da Silva e Maria da Graça de Jesus Mendes.
Física: Carolina dos Santos Batista, Fábio Bresighello Beig, Renata Cristina de Andrade
Oliveira e Tatiana Souza da Luz Stroeymeyte.
Química: Ana Joaquina Simões S. de Matos Carvalho, Jeronimo da Silva Barbosa Filho, João Batista Santos Junior e Natalina de Fátima Mateus.
Área de Ciências Humanas Filosofia: Emerson Costa, Tânia Gonçalves e Teônia de Abreu Ferreira.
Geografia: Andréia Cristina Barroso Cardoso, Débora Regina Aversan e Sérgio Luiz Damiati.
História: Cynthia Moreira Marcucci, Maria Margarete dos Santos e Walter Nicolas Otheguy Fernandez.
Sociologia: Alan Vitor Corrêa, Carlos Fernando de Almeida e Tony Shigueki Nakatani.
PROFESSORES COORDENADORES DO NÚCLEO PEDAGÓGICO
Área de Linguagens Educação Física: Ana Lucia Steidle, Eliana Cristine Budisk de Lima, Fabiana Oliveira da Silva, Isabel Cristina Albergoni, Karina Xavier, Katia Mendes e Silva, Liliane Renata Tank Gullo, Marcia Magali Rodrigues dos Santos, Mônica Antonia Cucatto da Silva, Patrícia Pinto Santiago, Regina Maria Lopes, Sandra Pereira Mendes, Sebastiana Gonçalves Ferreira Viscardi, Silvana Alves Muniz.
Língua Estrangeira Moderna (Inglês): Célia Regina Teixeira da Costa, Cleide Antunes Silva, Ednéa Boso, Edney Couto de Souza, Elana Simone Schiavo Caramano, Eliane Graciela dos Santos Santana, Elisabeth Pacheco Lomba Kozokoski, Fabiola Maciel Saldão, Isabel Cristina dos Santos Dias, Juliana Munhoz dos Santos, Kátia Vitorian Gellers, Lídia Maria Batista Bom m, Lindomar Alves de Oliveira, Lúcia Aparecida Arantes, Mauro Celso de Souza, Neusa A. Abrunhosa Tápias, Patrícia Helena Passos, Renata Motta Chicoli Belchior, Renato José de Souza, Sandra Regina Teixeira Batista de Campos e Silmara Santade Masiero.
Língua Portuguesa: Andrea Righeto, Edilene Bachega R. Viveiros, Eliane Cristina Gonçalves Ramos, Graciana B. Ignacio Cunha, Letícia M. de Barros L. Viviani, Luciana de Paula Diniz, Márcia Regina Xavier Gardenal, Maria Cristina Cunha Riondet Costa, Maria José de Miranda Nascimento, Maria Márcia Zamprônio Pedroso, Patrícia Fernanda Morande Roveri, Ronaldo Cesar Alexandre Formici, Selma Rodrigues e Sílvia Regina Peres.
Área de Matemática Matemática: Carlos Alexandre Emídio, Clóvis Antonio de Lima, Delizabeth Evanir Malavazzi, Edinei Pereira de Sousa, Eduardo Granado Garcia, Evaristo Glória, Everaldo José Machado de Lima, Fabio Augusto Trevisan, Inês Chiarelli Dias, Ivan Castilho, José Maria Sales Júnior, Luciana Moraes Funada, Luciana Vanessa de Almeida Buranello, Mário José Pagotto, Paula Pereira Guanais, Regina Helena de Oliveira Rodrigues, Robson Rossi, Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro,
Rosângela Teodoro Gonçalves, Roseli Soares Jacomini, Silvia Ignês Peruquetti Bortolatto e Zilda Meira de Aguiar Gomes.
Área de Ciências da Natureza Biologia: Aureli Martins Sartori de Toledo, Evandro Rodrigues Vargas Silvério, Fernanda Rezende Pedroza, Regiani Braguim Chioderoli e Rosimara Santana da Silva Alves.
Ciências: Davi Andrade Pacheco, Franklin Julio de Melo, Liamara P. Rocha da Silva, Marceline de Lima, Paulo Garcez Fernandes, Paulo Roberto Orlandi Valdastri, Rosimeire da Cunha e Wilson Luís Prati.
Física: Ana Claudia Cossini Martins, Ana Paula Vieira Costa, André Henrique Ghel Ru no, Cristiane Gislene Bezerra, Fabiana Hernandes M. Garcia, Leandro dos Reis Marques, Marcio Bortoletto Fessel, Marta Ferreira Mafra, Rafael Plana Simões e Rui Buosi.
Química: Armenak Bolean, Cátia Lunardi, Cirila Tacconi, Daniel B. Nascimento, Elizandra C. S. Lopes, Gerson N. Silva, Idma A. C. Ferreira, Laura C. A. Xavier, Marcos Antônio Gimenes, Massuko S. Warigoda, Roza K. Morikawa, Sílvia H. M. Fernandes, Valdir P. Berti e Willian G. Jesus.
Área de Ciências Humanas Filosofia: Álex Roberto Genelhu Soares, Anderson Gomes de Paiva, Anderson Luiz Pereira, Claudio Nitsch Medeiros e José Aparecido Vidal.
Geografia: Ana Helena Veneziani Vitor, Célio Batista da Silva, Edison Luiz Barbosa de Souza, Edivaldo Bezerra Viana, Elizete Buranello Perez, Márcio Luiz Verni, Milton Paulo dos Santos, Mônica Estevan, Regina Célia Batista, Rita de Cássia Araujo, Rosinei Aparecida Ribeiro Libório, Sandra Raquel Scassola Dias, Selma Marli Trivellato e Sonia Maria M. Romano.
História: Aparecida de Fátima dos Santos Pereira, Carla Flaitt Valentini, Claudia Elisabete Silva, Cristiane Gonçalves de Campos, Cristina de Lima Cardoso Leme, Ellen Claudia Cardoso Doretto, Ester Galesi Gryga, Karin Sant’Ana Kossling, Marcia Aparecida Ferrari Salgado de Barros, Mercia Albertina de Lima Camargo, Priscila Lourenço, Rogerio Sicchieri, Sandra Maria Fodra e Walter Garcia de Carvalho Vilas Boas.
Sociologia: Anselmo Luis Fernandes Gonçalves, Celso Francisco do Ó, Lucila Conceição Pereira e Tânia Fetchir.
Apoio:Fundação para o Desenvolvimento da Educação - FDE
CTP, Impressão e acabamentoEsdeva Indústria Grá ca Ltda.
Filosofia: Paulo Miceli, Luiza Christov, Adilton Luís
Martins e Renê José Trentin Silveira.
Geografia: Angela Corrêa da Silva, Jaime Tadeu
Oliva, Raul Borges Guimarães, Regina Araujo e
Sérgio Adas.
História: Paulo Miceli, Diego López Silva,
Glaydson José da Silva, Mônica Lungov Bugelli e
Raquel dos Santos Funari.
Sociologia: Heloisa Helena Teixeira de Souza
Martins, Marcelo Santos Masset Lacombe,
Melissa de Mattos Pimenta e Stella Christina
Schrijnemaekers.
Ciências da Natureza
Coordenador de área: Luis Carlos de Menezes.
Biologia: Ghisleine Trigo Silveira, Fabíola Bovo
Mendonça, Felipe Bandoni de Oliveira, Lucilene
Aparecida Esperante Limp, Maria Augusta
Querubim Rodrigues Pereira, Olga Aguilar Santana,
Paulo Roberto da Cunha, Rodrigo Venturoso
Mendes da Silveira e Solange Soares de Camargo.
Ciências: Ghisleine Trigo Silveira, Cristina Leite,
João Carlos Miguel Tomaz Micheletti Neto,
Julio Cézar Foschini Lisbôa, Lucilene Aparecida
Esperante Limp, Maíra Batistoni e Silva, Maria
Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Paulo
Rogério Miranda Correia, Renata Alves Ribeiro,
Ricardo Rechi Aguiar, Rosana dos Santos Jordão,
Simone Jaconetti Ydi e Yassuko Hosoume.
Física: Luis Carlos de Menezes, Estevam Rouxinol,
Guilherme Brockington, Ivã Gurgel, Luís Paulo
de Carvalho Piassi, Marcelo de Carvalho Bonetti,
Maurício Pietrocola Pinto de Oliveira, Maxwell
Roger da Puri cação Siqueira, Sonia Salem e
Yassuko Hosoume.
Química: Maria Eunice Ribeiro Marcondes, Denilse
Morais Zambom, Fabio Luiz de Souza, Hebe
Ribeiro da Cruz Peixoto, Isis Valença de Sousa
Santos, Luciane Hiromi Akahoshi, Maria Fernanda
Penteado Lamas e Yvone Mussa Esperidião.
Caderno do Gestor Lino de Macedo, Maria Eliza Fini e Zuleika de
Felice Murrie.
GESTÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO EDITORIAL 2014-2017
FUNDAÇÃO CARLOS ALBERTO VANZOLINI
Presidente da Diretoria Executiva Antonio Rafael Namur Muscat
Vice-presidente da Diretoria Executiva Alberto Wunderler Ramos
GESTÃO DE TECNOLOGIAS APLICADAS À EDUCAÇÃO
Direção da Área Guilherme Ary Plonski
Coordenação Executiva do Projeto Angela Sprenger e Beatriz Scavazza
Gestão Editorial Denise Blanes
Equipe de Produção
Editorial: Amarilis L. Maciel, Angélica dos Santos Angelo, Bóris Fatigati da Silva, Bruno Reis, Carina Carvalho, Carla Fernanda Nascimento, Carolina H. Mestriner, Carolina Pedro Soares, Cíntia Leitão, Eloiza Lopes, Érika Domingues do Nascimento, Flávia Medeiros, Gisele Manoel, Jean Xavier, Karinna Alessandra Carvalho Taddeo, Leandro Calbente Câmara, Leslie Sandes, Mainã Greeb Vicente, Marina Murphy, Michelangelo Russo, Natália S. Moreira, Olivia Frade Zambone, Paula Felix Palma, Priscila Risso, Regiane Monteiro Pimentel Barboza, Rodolfo Marinho, Stella Assumpção Mendes Mesquita, Tatiana F. Souza e Tiago Jonas de Almeida.
Direitos autorais e iconografia: Beatriz Fonseca Micsik, Érica Marques, José Carlos Augusto, Juliana Prado da Silva, Marcus Ecclissi, Maria Aparecida Acunzo Forli, Maria Magalhães de Alencastro e Vanessa Leite Rios.
Edição e Produção editorial: R2 Editorial, Jairo Souza Design Grá co e Occy Design projeto grá co .
* Nos Cadernos do Programa São Paulo faz escola são indicados sites para o aprofundamento de conhecimen-tos, como fonte de consulta dos conteúdos apresentados e como referências bibliográficas. Todos esses endereços eletrônicos foram checados. No entanto, como a internet é um meio dinâmico e sujeito a mudanças, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo não garante que os sites indicados permaneçam acessíveis ou inalterados.
* Os mapas reproduzidos no material são de autoria de terceiros e mantêm as características dos originais, no que diz respeito à grafia adotada e à inclusão e composição dos elementos cartográficos (escala, legenda e rosa dos ventos).
* Os ícones do Caderno do Aluno são reproduzidos no Caderno do Professor para apoiar na identificação das atividades.
São Paulo Estado Secretaria da Educação.
Material de apoio ao currículo do Estado de São Paulo: caderno do professor geogra a, ensino fundamental anos nais, 7a série/8o ano / Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria Inês Fini; equipe, Angela Corrêa da Silva, Jaime Tadeu Oliva, Raul Borges Guimarães, Regina Araújo, Sérgio Adas. - São Paulo : SE, 2014.
v. 1, 80 p.
Edição atualizada pela equipe curricular do Centro de Ensino Fundamental dos Anos Finais, Ensino Médio e Educação Pro ssional CEFAF, da Coordenadoria de Gestão da Educação Básica - CGEB.
ISBN 978-85-7849-599-2
1. Ensino fundamental anos nais 2. Geogra a . Atividade pedagógica I. Fini, Maria Inês. II. Silva, Angela Corrêa da. III. Oliva, Jaime Tadeu. IV. Guimarães, Raul Borges. V. Araújo, Regina. VI. Adas, Sérgio. VII. Título.
CDU: 71. :80 .90
S2 9m
CONCEPÇÃO DO PROGRAMA E ELABORAÇÃO DOS CONTEÚDOS ORIGINAIS
COORDENAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS DOS CADERNOS DOS PROFESSORES E DOS CADERNOS DOS ALUNOS Ghisleine Trigo Silveira
CONCEPÇÃO Guiomar Namo de Mello, Lino de Macedo, Luis Carlos de Menezes, Maria Inês Fini coordenadora e Ruy Berger em memória .
AUTORES
Linguagens Coordenador de área: Alice Vieira. Arte: Gisa Picosque, Mirian Celeste Martins, Geraldo de Oliveira Suzigan, Jéssica Mami Makino e Sayonara Pereira.
Educação Física: Adalberto dos Santos Souza, Carla de Meira Leite, Jocimar Daolio, Luciana Venâncio, Luiz Sanches Neto, Mauro Betti, Renata Elsa Stark e Sérgio Roberto Silveira.
LEM – Inglês: Adriana Ranelli Weigel Borges, Alzira da Silva Shimoura, Lívia de Araújo Donnini Rodrigues, Priscila Mayumi Hayama e Sueli Salles Fidalgo.
LEM – Espanhol: Ana Maria López Ramírez, Isabel Gretel María Eres Fernández, Ivan Rodrigues Martin, Margareth dos Santos e Neide T. Maia González.
Língua Portuguesa: Alice Vieira, Débora Mallet Pezarim de Angelo, Eliane Aparecida de Aguiar, José Luís Marques López Landeira e João Henrique Nogueira Mateos.
Matemática Coordenador de área: Nílson José Machado. Matemática: Nílson José Machado, Carlos Eduardo de Souza Campos Granja, José Luiz Pastore Mello, Roberto Perides Moisés, Rogério Ferreira da Fonseca, Ruy César Pietropaolo e Walter Spinelli.
Ciências Humanas Coordenador de área: Paulo Miceli.
Catalogação na Fonte: Centro de Referência em Educação Mario Covas
Valid
ade: 2014 – 2017