brasí cabocô
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Bras Cabco
Bras Cabco Luzia25-04-2016
O qui Bras Cabco? um Brasi diferente do Bras das capit. um Brasi brasilro, sem mistura de instrangero, um Brasi nacion!
o Brasi qui no veste liforme de gazimira, camisa de peito duro, com butuadura de ouro... Brasi Cabco s veste, camisa grossa de lista, cara de brim da polista gibo e chapu de coro!
Brasi Cabco num come assentado nos banquete, misturado cum os home de casaca e anelo... Brasi Cabco s come o bode seco, o feijo, e as veiz uma panelada, um piro de carne verde, nos dias da inleio quando vai servi de iscada prus home de pusio!
Brasi Cabco num sabe fal ingrs nem francs, munto meno o portugus qui os outros fala imprestado... Brasi Cabco num inscreve; munto m assina o nome pra votar pru mode os home S gunverno e diputado!
Mas porm. Brasi Cabco, um Brasi brasileiro, sem mistura de instrangero Um Brasi nacion!
o Brasi sertanejo dos cco, das imbolada, dos samba, dos vialejo, zabumba e caracax!
o Brasi das vaquejada, do aboio dos vaquero, do arranco das boiada nos fechado ou tabulero!
o Brasi das Cabca qui tem os io feiticero, qui tem a boca incarnada, como fruta de cardero quando ela nasce alejada!
o Brasi das promessa nas noite de So Joo! dos carro de boi cantano pela bca dos coco!
o Brasi das Cabca qui cum sabena gunverna, vinte e cinco p-de-birro cum a munfada entre as perna!
Brasi das briga de galo! do jogo de sco-tco! o Brasi dos Cabco amansad de cavalo!
o Brasi dos cantad, desses Cabco afamado, qui nos verso improvisado, sirrindo, cantro o am; cantando choraro as mgua: Brasi de Pelino Guedes, de Incio da Catingueira, de Umbelino do Texera e Romano de Me-dgua!
o Brasi das Cabca, qui de noite se dibrua, machucando o peito virge no batente das jinela... Vendo, os Cabco pachola qui geme, chora e solua nas cordas de uma viola, ruendo paxo pr ela!
esse o Brasi Cabco. Um Brasi bem brasilero, sem mistura de instrangro Um Bras nacion!
Brasi, qui foi, eu t certo argum dia discuberto, pru Pdo Arves Cabr!!!
Sobre o Autor -Z da Luz Severino de Andrade Silva - Z da Luz, foi um alfaiate de profisso e poeta popular brasileiro, poeta, das terras nordestinas, nasceu em 29 de maro de 1904 em Itabaiana, regio agreste da Paraba e faleceu no Rio de Janeiro em 12 de fevereiro de 1965.Sua poesia dita nas feiras, nas porteiras, na beirada das estradas, nas ruas e manguezais.
Perdeu-se do seu autor, pois em livro no se encontra. Se encontra na boca do povo, de quem tomou emprestado a voz, para dividi-la em forma de rima e verso. Seus poemas tm a cor do nordeste, o cheiro do nordeste, o sabor do nordeste. s vezes trgico, s vezes humorado, s vezes safado. Quase sempre telrico como a luz do sol do agreste.
Principais obrasBrasi Cabco A CacimbaAs Fl de PuxinanA Terra Caiu no ChoAi! Se Ssse!..
FORMATAO: LUZIA GABRIELEEMAIL: [email protected]: LUZIA GABRIELEAUTORIA: Z DA LUZRETIRADO DA AVALIAO DO COLGIO IRM MARIA MONTENEGRO DA MINHA FILHA 7 SRIE 1GRAU -1992MSICA: HINO DO BRASIL INSTRUMENTALDATA : 25 DE ABRIL DE 2016