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Brasil, China e a arquitetura da
governança global Paulo Roberto de
AlmeidaDiplomata, professor
http://diplomatizzando.blogspot.com
website: www.pralmeida.org Seminário organizado pelo Cebri:Brazil, China and the Architecture of Global Governance Rio de Janeiro, 17 de Março de 2010
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www.pralmeida.org
Apresentação do palestrante:
Doutor em Ciências Sociais (Univ. de Bruxelas, 1984)Mestre Planejamento Econômico (Univ. de Antuérpia, 1977)Professor Pós-graduação em Direito do Uniceub (2004-atual)
Comissário Geral Adjunto do Brasil na Shanghai Expo 2010Assessor Núcleo de Assuntos Estratégicos da PR (2003-2007)
Ministro-conselheiro na Emb. em Washington (1999-2003)Chefe da Divisão de Política Financeira do MRE (1996-1999)Conselheiro econômico na Embaixada em Paris (1993-1995)Representante na Delegação junto à ALADI (1990-1992)
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Esquema do paper preparado:
1. Como o governo brasileiro concebe o sistema mundial e o papel da China?2. Qual a visão das lideranças brasileiras no tema da segurança internacional?3. Que futuro para o Conselho de Segurança das Nações Unidas?4. Crise financeira e estabilidade econômica na atual conjuntura internacional5. O papel das relações Norte-Sul no debate mundial sobre o desenvolvimento6. Como reformar o sistema internacional num sentido favorável aos emergentes7. Percepções e políticas nas prioridades do Brasil e da China: notas conclusivas
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1. Como o governo brasileiro concebe o sistema mundial e o
papel da China?- Visão tradicional da ordem mundial: divisão rígida
entre países desenvolvidos e em desenvolvimento;
- Não-reciprocidade, transferência de tecnologia, acesso a mercados, “espaços de política” (sem regulação no plano multilateral);
- Atuação através do G77, e agora preferencialmente em alianças estratégicas com países “não-hegemônicos”;
- Retorno a concepções do passado (anos 60 e atrás…)
- China atua de modo independente e responsável
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2. Qual a visão das lideranças brasileiras no tema da
segurança internacional?Papel secundário do Brasil nas questões
estratégicas e de segurança internacional;
Posturas “idealistas” no problema da proliferação nuclear (Irã, revisão do TNP, protocolo adicional…);
Resquícios de “arrenpedimento” pela adesão ao TNP;
Estratégia Nacional de Defesa: não estratégia, não defesa, apenas prosaicamente nacional;
Posturas e visões constrastantes entre China e Brasil nos temas estratégicos
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3. Que futuro para o Conselho de Segurança das Nações
Unidas? Uma das grandes ilusões da diplomacia lulista,
stricto sensu e em relação à China: apoios hipócritas à reforma e ampliação, com incorporação do Brasil;
G4: aparentemente uma boa media tática, provavelmente um erro de estratégia (impedimentos aos demais…);
Postura cautelosa da China quanto ao uso político do CSNU e adoção de sanções;
Dificuldades de coordenação BRIC quanto à agenda do CSNU e as questões regionais
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4. Crise financeira e estabilidade econômica na atual conjuntura
internacional
Deblâce financeira americana e crise econômica internacional oferecem oportunidade única de atuação de emergentes de peso: China, Brasil, etc.;
Triunfo fugaz do keynesianismo de manual, sem qualquer coordenação econômica internacional;
Diferenciação no G20: regulacionistas e mercadistas não encontram agenda comum de trabalho;
Propostas brasileiras, quanto a comércio em moedas locais e Fundo soberano, são surpreendentes.
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5. O papel das relações Norte-Sul no debate mundial sobre o
desenvolvimentoPostura “desenvolvimentista” de Brasil e China na
agenda da governança econômica internacional;
Propostas brasileiras de “mudanças no eixo da política mundial” e da “geografia comercial internacional”;
Agenda brasileira de retorno dos temas Norte-Sul e de impulsão da cooperação Sul-Sul (excludente);
Postura cautelosa da China (G2) e recusa da aceitação de novas responsabilidades internacionais;
Potência “conservadora”na ordem mundial.
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6. Como reformar o sistema internacional num sentido favorável aos emergentes
Substituição de hegemonias tem diferentes vias de afirmação: impostas e naturais;
Brasil: acréscimo no poder decisório como resultante dos dados primários da economia (minus poder tecnológico e financeiro);
A China já é, de fato, uma SUPERPOTÊNCIA, como tal reconhecida por todos;
“Democratização” do sistema internacional com diversos condicionantes políticos;
Principismo ideológico (no G20 comercial, por exemplo) não muda a realidade econômica.
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7. Percepções e políticas nas prioridades do Brasil e da China
Brasil e a China ocupam lugares e posições distintos no sistema internacional, assim como são distintas suas visões do mundo e suas prioridades diplomáticas;
Existem limitações objetivas a um trabalho conjunto;
O padrão do relacionamento Brasil-China é claramente determinado pela China (commoditização…);
Maior inserção internacional do Brasil depende de amplo conjunto de reformas internas (não empreendidas);
Maior projeção externa do Brasil é dada pela economia, mas retórica diplomática apropria o fenômento em favor do personalismo presidencial a base de slogans…
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Obrigado!
Paulo Roberto de Almeida
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