brasil rotário - abril de 2009
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Edição nº 1.042 da revista Brasil Rotário. Abril de 2009.TRANSCRIPT
Não venceremos
a guerra contra
o terror enquanto
existirem condições
desesperadoras
para as populações
O Prêmio Nobel da PazDesmond Tutu fala sobre
os desafios do século 21
“
”
“Não
venceremos
a guerra contra o
terror enquanto
existirem condições
desesperadoras
para as
populações”
“Não
venceremos
a guerra contra o
terror enquanto
existirem condições
desesperadoras
para as
populações”O Prêmio Nobel da Paz
fala sobre os desafios do século 21Desmond Tutu
Não venceremos
a guerra contra
o terror enquanto
existirem condições
desesperadoras
para as populações
O Prêmio Nobel da Paz fala sobre
os desafios do século 21Desmond Tutu
R O T Á R I OBR SILAAbril 2009 ANO 84 Nº1042Abril 2009 ANO 84 Nº1042
R O T Á R I OBR SILA
“
”
Sucessora de “Notícias Rotárias” e “Rotary Brasileiro”. Publicação mensal dedicada à divulgação do Ideal
de Servir. Revista regional oficial do Rotary International para os rotarianos do Brasil.
SEÇÕES
SumárioSumário05 Mensagem do presidente
Dong Kurn Lee
10 Coluna do diretordo Rotary InternationalThemístocles A. C. Pinto
12 Como são aplicados os recursospara o combate à pólio
13 Aprendendo a ser flexívelChristine Gable
14 Morre um herói, nasce uma lendaLuis Vicente Giay
17 Hora de recomeçarRenata Coré
18 Sinal verde para o debateLuiz Renato Dantas Coutinho
20 Destaques do ConselhoDiretor do RI
22 Entrevista especial com Desmond TutuCharlayne Hunter-Gault
28 Coluna da ABTRFA ABTRF É NOSSA RESPONSABILIDADEGedson Junqueira Bersanete
30 Formando a correnteFrancisco Borsari Netto
32 Futuro da indústria ou indústriado futuro?Mário César de Camargo
34 Solidariedade sem fronteirasWaldir Andrade
36 Reconhecimentoem muito boa hora
38 Coluna dos coordenadoresregionais da FRA FUNDAÇÃO PARA O FUTURO
Aldair de Queiroz Franco
e Altimar Augusto Fernandes
39 Coluna do chair daFundação RotáriaVAMOS ELIMINAR A PÓLIO JÁJonathan Majiyagbe
04 Cartas & Recados � Saudades
06 Curtas Brasil
08 Curtas Mundo
16 Rotarianos que são notícia
40 Os 50 mais
41 Interact e Rotaract
42 Cultura
44 Autores rotarianos
46 Distritos em revista
56 Senhoras em ação
57 Novos Companheiros Paul Harris
63 Aconteceu na Brasil Rotário...
64 Relax
Menino queniano
recebendo
tratamento
médico durante a
missão
humanitária
promovida pelo
Rotary
Capa: foto de Deborah Feingold / The Rotarian.
Desmond Tutu:
“Não podemos
prosseguir
nesta orgia de
consumo numa
parte do mundo,
enquanto que em
outra nem água
existe para
se beber”
Pág.2222222222Pág.2222222222
Pág.3434343434Pág.3434343434
2 ABRIL DE 2009
ÉTICA. Um princípio que não pode ter fim. Campanha em prol de mais elevados padrões de ética. Apoio dos Rotary Clubs do Brasil
GOVERNADORES DE DISTRITOS NO BRASIL EM 2008-09CONSELHO DIRETOR2008-09
ROTARY INTERNATIONALONE ROTARY CENTER 1560 SHERMAN AVENUE EVANSTON, ILLINOIS, USA
CURADORES DA FUNDAÇÃOROTÁRIA 2008-09
PRESIDENTEDong Kurn Lee
PRESIDENTE-ELEITOJohn Kenny
VICE-PRESIDENTEMonty J. Audenart
TESOURE IROBernard L. Rosen
DIRETORESThemístocles A. C. PinhoAshok M. MahajanCatherine Noyer-RiveauEric E.L. AdamsonJackson San-Lien HsiehJohn M. LawrenceJosé A. SepúlvedaKauhiko OzawaLars-Olof FrederikssonMichael Colasurdo Sr.Michael J. JohnsPaul A. NetzelPhilip J. SilversR. Gordon R. McInallyThomas A. Branum Sr.
SECRETÁRIO-GERALEdwin H. Futa
CHAIRJonathan B. Majiyagbe
CHAIR-ELEITOGlenn E. Estess Sr.
VICE-CHAIRRon D. Burton
CURADORESCarl-Wilhelm StenhammarCarolyn E. JonesDavid D. MorganDoh BaeJohn F. GermJosé Antonio Salazar CruzK. R. RavindranLouis PiconiPeter BundgaardSakuji TanakaSamuel A. OkudzetoWilliam B. Boyd
SECRETÁRIO-GERALEdwin H. Futa
DISTRITO 4310Paulo Firmino de OliveiraRotary Club de Botucatu, SP DISTRITO 4390Geraldo Pimentel de LimaRotary Club de Maceió-Leste, AL DISTRITO 4410Celso Gonçalves AlvesRotary Club de Cachoeiro de Itapemirim, ES DISTRITO 4420Sérgio LazzariniRotary Club de Santo André, SP DISTRITO 4430João Freire d’Avila NetoRotary Club de São Paulo-Alto da Mooca, SP DISTRITO 4440Domingos Aparecido MarquesRotary Club de Mirassol D’Oeste, MT
DISTRITO 4470Manoel Carlos Menezes ZaffalonRotary Club de Araçatuba-Leste, SP DISTRITO 4480Jair Pinto da SilvaRotary Club de São José do Rio Preto-Alvorada, SP DISTRITO 4490Eulália das Neves FerreiraRotary Club de São Luís-João Paulo, MA
DISTRITO 4500Eduardo Jorge Marinho de QueirozRotary Club de Recife-Brum, PE DISTRITO 4510Régis JorgeRotary Club de Presidente Venceslau, SP DISTRITO 4520Eduardo Luis de SouzaRotary Club de Acesita, MG
DISTRITO 4530Ronaldo Campos CarneiroRotary Club de Brasília-Sudoeste, DF
DISTRITO 4540Antônio Carlos MarchioriRotary Club de Jaboticabal, SP
DISTRITO 4550Paulo Roberto Dacach LeiteRotary Club da Bahia, BA DISTRITO 4560Murillo Affonso FerreiraRotary Club de Bom Sucesso, MG DISTRITO 4570José Roberto Lebeis PiresRotary Club de Campo Grande, RJ DISTRITO 4580Juan Alejandro Tumba-NoeRotary Club de Ponte Nova-Piranga, MG DISTRITO 4590Jesus Aldo BellãoRotary Club de Santa Cruz das Palmeiras, SP
DISTRITO 4600Antonio Sergio Ferri da SilvaRotary Club de Santa Branca, SP DISTRITO 4610Amilton Medeiros SilvaRotary Club de São Paulo-Lapa, SP DISTRITO 4620Valdimir FortiRotary Club de São Roque, SP
DISTRITO 4630Nivaldo Barbosa de LimaRotary Club de Maringá-Horto, PR DISTRITO 4640Stael Terezinha Sdroiewski UbaRotary Club de Toledo-Integração, PR DISTRITO 4650Valdir Celso FiedlerRotary Club de Penha, SC DISTRITO 4651Miriam Marta Wojcikiewicz CaldasRotary Club de Florianópolis-Leste, SC DISTRITO 4660Mario César Portinho ViannaRotary Club de Tupanciretã, RS
DISTRITO 4670Eliseu Gonçalves da SilvaRotary Club de Cachoeirinha, RS
DISTRITO 4680Tirone Lemos MichelinRotary Club de Porto Alegre-Beira Rio, RS DISTRITO 4700Jaime Antonio CamassolaRotary Club de São Marcos, RS DISTRITO 4710Pilar Álvares Gonzaga VieiraRotary Club de Londrina, PR DISTRITO 4720João Petrolitano Gonçalves de AssisRotary Club de Rio Branco, AC DISTRITO 4730Evaldo Artur HasselmannRotary Club de Ponta Grossa-Sul, PR
DISTRITO 4740Ulmerindo Fernandes de OliveiraRotary Club de Curitibanos, SC
DISTRITO 4750Marcio Pereira RibeiroRotary Club de Niterói-Norte, RJ DISTRITO 4760Javert Vivian SilvaRotary Club de Contagem-Cidade Industrial, MG
DISTRITO 4770Antonio José OliveiraRotary Club de Uberaba-Norte, MG
DISTRITO 4780Dóris Sá de Moraes VazRotary Club de Bagé-Pampa, RS
3BRASIL ROTÁRIO
Ano 84 Abril, 2009 nº1042
Revista de Propriedade da Cooperativa Editora Brasil Rotário
CNPJ 33.266.784/0001-53 � Inscrição Municipal 00.883.425
Av. Rio Branco, 125, 18º andar CEP: 20040-006 – Sede própria
Rio de Janeiro – RJ � Tel: (21) 2506-5600 / FAX: (21) 2506-5601
Site: www.brasil-rotario.com.br ■■■■■ E-mail: [email protected]
CONSELHO SUPERIOR (Colégio de Diretores do RI – Zonas 19 A e 20 )
Mário de Oliveira Antonino(Rec i f e -PE)
EDRI 1985-87Gerson Gonçalves(Londr ina -PR)
EDRI 1993-95José Alfredo Pretoni(São Paulo-SP)
EDRI 1995-97
CONSELHO DEADMINISTRAÇÃO 2007-09Diretoria ExecutivaPres identeCarlos Henrique de Carvalho FróesVice-Presidente de OperaçõesEdson Avellar da SilvaVice-Presidente de AdministraçãoWaldenir de BragançaVice-Presidente de FinançasWilmar Garcia BarbosaVice-Presidente dePlane jamento/Contro leJoper Padrão do Espírito SantoVice-Presidente de MarketingJosé Alves FortesVice-Presidente de RelaçõesInst i tuc iona isCarlos Jerônimo da Silva GueirosVice-Presidente JurídicoJorge Bragança
MEMBROS EFETIVOSAntonio HallageCondorcet Pereira de RezendeEduardo Álvares de Souza SoaresFernando Antonio Quintella RibeiroHertz UdermanJosé Roberto Lebeis PiresJosé Ubiracy Silva
MEMBROS SUPLENTESAntônio VilardoBemvindo Augusto DiasDulce Grünewald Lopes de Oliveira
GERENTE EXECUTIVOGilberto Geisselmann
ASSESSORESAlberto de Freitas B. BittencourtAntônio Lomanto JúniorAry Pinto Dâmaso (Publicidade)Eduardo de Barros PimentelEverton Jorge da LuzFernando Teixeira Reis de SouzaFlávio Antônio Queiroga MendlovitzGedson Junqueira BersaneteIvo Arzua Pereira
José Augusto BezerraJosé Maria de SouzaTaketoshi HiguchiVicente Herculano da Silva
CONSELHO FISCALMembros EfetivosAntonio Celso de Castro Gonçalves (D.4580)Fúlvio Abrami Stagi (D.4600)Justiniano Conhasca (D.4750)Sup lentesCleofas Paes de Santiago (D.4570)Fausto de Oliveira Campos (D.4570)Nilson Moura (D.4570)
CONSELHO CONSULTIVODE GOVERNADORESMembros natos efetivosGovernadores 2008-09Representante :José Roberto Lebeis Pires (D.4570)Sup lentesGovernadores eleitos 2009-10
COMISSÃO EDITORIALEXECUTIVAPres idente:Carlos Henrique de Carvalho FróesMembros:Edson Avellar da SilvaJoper Padrão do Espírito SantoJosé Alves FortesLuiz Renato Dantas CoutinhoNuno Virgílio NetoSecretár io :Gilberto Geisselmann
CONSELHO EDITORIALCONSULTIVOPres idente:Carlos Henrique de Carvalho FróesMembros:Edson Avellar da SilvaFernando Antonio Quintella RibeiroJoper Padrão do Espírito SantoJosé Alves FortesJosé Ubiracy SilvaMário César CamargoSecretár io :Gilberto Geisselmann
Themístocles A.C. Pinho (Niterói-RJ)DRI 2007-09
Hipólito Sérgio Ferreira(Belo Horizonte-MG)
EDRI 1999-01Alceu Antimo Vezozzo(Cur i t i ba -PR)
EDRI 2001-03
Luiz Coelho de Oliveira(L imei ra-SP)EDRI 2003-05
EXPEDIENTE
EDITOR: Carlos Henrique de Carvalho Fróes
JORNALISTA RESPONSÁVEL: Luiz Renato D. Coutinho – Jorn. Prof. JP25583RJ
REDATOR-CHEFE: Nuno Virgílio Neto
REDAÇÃO: Alex Mendes, Armando Santos, Luiz Renato Dantas Coutinho, Maria
Cristina Andrade, Maria Lúcia Ribeiro de Sousa, Nuno Virgílio Neto e Renata Coré.
DIGITALIZAÇÃO: Maurício Teixeira
IMPRESSÃO: Log & Print Gráfica e Logística S.A.
ENDEREÇO: Av. Rio Branco, 125 – 18º andar – Rio de Janeiro – RJ
CEP 20040-006 – Tel.: (21) 2506-5600
E-MAIL DA REDAÇÃO: [email protected]
HOMEPAGE: www.brasil-rotario.com.br
*As matérias assinadas são de inteira responsabilidade dos seus autores.
Leia
Aos 77 anos, Desmond Tutu continuasendo uma voz contra a injustiça. Umdos principais responsáveis pelo fim do
regime que oprimia os negros na África do Sul,uma luta que lhe rendeu o Prêmio Nobel daPaz em 1984, o arcebispo está atualmente àfrente do The Elders, grupo que reúne impor-tantes lideranças mundiais como os ex-presi-dentes Nelson Mandela e Jimmy Carter, o eco-nomista Muhammad Yunus e o ex-secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan. Juntos,eles trabalham na busca por soluções para osprincipais desafios deste século 21, como eco-nomia em crise, aquecimento global, violaçãodos direitos humanos em diversas regiões doplaneta e terrorismo.
A saída, aponta o arcebispo sul-africano,continua sendo a mesma: justiça. “Se algumdia quisermos ter a esperança de paz, é ne-cessário que antes acabemos com a pobreza”,ele diz, num dos trechos da entrevista espe-cial que começa na página 22 desta edição.Palestrante do Simpósio pela Paz Mundial,evento que vai anteceder a Convenção de Bir-mingham, Desmond Tutu conta que teve pó-lio na infância e fala do trabalho do Rotary eda chegada de Barack Obama à presidênciados EUA. Leitura imperdível.
No calendário de nossa organização, abril éo mês dedicado às revistas rotárias, tema doartigo Formando a corrente, do EGD FranciscoBorsari Netto. Nossas revistas também são as-sunto da mensagem do presidente D. K. Lee eda coluna do diretor do Rotary InternationalThemístocles Pinho, que – com a ajuda doEGD Agerson Tabosa Pinto – presta uma belahomenagem a Carlos Canseco, o homem quenos fez sonhar com o fim da poliomielite.
Ainda na série de matérias inspiradas pelomês das revistas, esta edição traz uma análisedo EGD Mário César de Camargo sobre o fu-turo da indústria gráfica. Recomendamostambém a reportagem de Luiz Renato Dan-tas Coutinho sobre a 1a Conferência Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente do Rio de Janei-ro, promovida pelo ministério da Educaçãoem parceria com o ministério do Meio Ambi-ente; a reportagem de Renata Coré sobre Osí-ris Del Corso, o jovem presidente do Rota-ract Club de Curitiba-Avenida das Torres as-sassinado no começo do ano; e a matéria so-bre a missão humanitária realizada no Quê-nia com a ajuda de rotarianos brasileiros.
4 ABRIL DE 2009
SaudadesSaudades
Cartas & Recados
Thamyres de Santa Isabel Protásio, sócio funda-
dor do RC do Rio de Janeiro-Tijuca, RJ (D.4570).
� � �
Carlos Pinto Loja, EGD do distrito 4570.
� � �
Frei Joaquim Tébar, ex-presidente do RC de Poconé,
MT (D.4440).
� � �
Sebastião Domingos Beneli, sócio fundador do RC de
Tarumã, SP (D.4510).
� � �
Hilton Neves, companheiro do RC de Nova Iguaçu,
RJ (D.4570).
� � �
Lindomar dos Santos Dronov, companheiro do RC
de Dourados-Caiuás, MS (D.4470).
A Seu ServiçoEscritório do RI no BrasilHome page:http://www.rotar y.org.br
EndereçoRua Tagipuru, 209 São PauloSP – Brasil – CEP 01156-000Tel: (11) 3826-2966Fax: (11) 3667-6575Horário: 2ª a 6ª,de 8h às 17h
GerenteCelso Fontanellicelso.fontanel l [email protected]
Quadro Social (Assistênciaaos Governadores deDistrito e aos Clubes)Carlos A. Afonso [email protected]
Supervisor daFundação RotáriaEdilson M. Gushiken<[email protected]>
Supervisora FinanceiraSueli F. Clemente<sueli [email protected]>
Encomendas dePublicações, Materiais eProgramas AudiovisuaisClarita Ureyclar [email protected].: (11) 3826-2966Fax: (11) 3667-6575
Rotary InternationalSecretaria (Sede Mundial)1560 Sherman Avenue,Evanston,Il 60201 USAPhone: 00-21-1847 866-3000Fax: 00-21-1847 328-8554Horário: 8h30 às 16h45(horário de Washington)
Correspondência
recebida pela revista:
Gostaria de parabenizá-los pela reportagem
na sessão Curtas da revista Brasil Rotário
de fevereiro de 2009, cujo assunto é “Quando
o motociclismo e o Rotary se unem”. Sou
rotariano e motociclista e para mim foi uma
felicidade imensa ler esta matéria, pois quem
vivencia os dois movimentos sabe que eles se
unem no mesmo ideal, que é o de servir ao
próximo. Durante minhas andanças, encon-
tro muito com rotarianos viajando por este
país e até mesmo para o exterior, como acon-
teceu recentemente, ao cruzar as Cordilhei-
ras dos Andes, onde encontrei com um com-
panheiro do estado de São Paulo. Parabéns
pela matéria e continuem divulgando o IFMR-
SA [N.R.: sigla em inglês para Associação
Internacional dos Rotarianos Motociclistas-
América do Sul], pois este movimento só tem
a somar desafios e avançar fronteiras com
o nosso centenário Rotary. Abra-
ços a todos os companheiros
rotarianos e motoci-
clistas.
Marco Au-
rélio Broilo
Rezende, asso-
ciado do RC de
Bom Despacho-Ar-
raial, MG (D.4760)
e integrante do Mo-
to Clube Falcões da
Estrada.
E-mail enviado pelo EDRI Luiz Coelho de
Oliveira ao presidente do Conselho Dire-
tor da Cooperativa Editora Brasil Rotário
e editor da revista, Carlos Henrique de
Carvalho Fróes:
Caro companheiro e amigo Fróes,
Aproveito a oportunidade para cum-
primentá-lo pelo brilhante trabalho realizado
à frente de nossa revista, sem dúvida, uma das
melhores do mundo rotário, marcando firme-
mente sua trajetória de grande administrador
e empreeendedor, sobejamente conhecida,
mas, agora, mais uma vez, meritoriamente re-
conhecida.
CAROS COMPANHEIROS,
DONG KURN (D. K.) LEE
Presidente do Rotary International
Mensagem do
Presidente
Mensagem do
Presidente
NA REDE
Leia os pronunciamentos e
as notícias do presidente
do RI D. K. Lee
acessando o site
<www.rotary.org/jump/lee>
5BRASIL ROTÁRIO
revista The Rotarian representa uma das mais antigas tradições doRotary. Em janeiro de 1912, foi publicado um boletim de 12 páginas,intitulado The National Rotarian; ele incluía um ensaio assinado por
Paul Harris, “Rational Rotarianism” (Rotarismo Racional), além de notíciassobre clubes e editoriais. A respeito da nova publicação, Harris escreveu: “Oobjetivo primordial do The National Rotarian é estabelecer um meio para atroca de opiniões entre os rotarianos de todo o mundo, não apenas proporcio-nar aos administradores nacionais uma ocasião para expressar seus pontos devista. Estas mensagens não são escritas meramente para preencher espaços;todavia, ansiamos pelo dia em que eles estarão literalmente abarrotados poruma crescente multidão de vigorosas ideias de rotarianos debatendo-se paraserem ouvidas”.
Hoje, com o quadro social do Rotary abrangendo mais de 200 países e regi-ões geográficas, o encargo das suas publicações é mais complexo e mais vitaldo que nunca. A revista matriz em língua inglesa, The Rotarian, é editada noescritório central do RI, em Evanston, Illinois, EUA, e possui tiragem de 500 milexemplares. Em todo o mundo, há mais 31 títulos em outros 24 idiomas,totalizando 32 revistas publicadas pela Mídia Rotária Mundial e colocando emcirculação cerca de 1,25 milhão de exemplares.
O Conselho Diretor do RI escolheu abril como o Mês da Revista Rotária.É a época de reconhecer o papel que nossas publicações do Rotary desem-penham em nossas vidas – e o papel que deveríamos desempenhar nasnossas publicações. Para que as revistas correspondam à expectativa origi-nal de Paul Harris, é preciso mais do que uma equipe editorial: é necessá-rio também o bom trabalho dos rotarianos. Sempre considerei que o melhorde ler uma publicação rotária é a oportunidade de descobrir o que outrosclubes estão fazendo. Cada edição, cada artigo é uma chance de se infor-mar e se inspirar.
Numa época em que a comunicação eletrônica parece estar em toda parte,a função da revista impressa ainda é importante para nossa organização. Asrevistas rotárias nos abastecem de uma visão global do que está acontecendoem outros clubes e distritos, assim como de notícias e atualizações importan-tes do escritório central do RI. Mesmo os muitos rotarianos que visitam regu-larmente o site www.rotary.org encontrarão algo novo em cada edição.
É um privilégio para mim, hoje, escrever esta mensagem, assim comoPaul Harris o fez um dia, e constatar que seu modo de ver as publicaçõesrotárias foi tornado realidade.
A
6 ABRIL DE 2009
Curtas Brasil
Por meio da Comissão Distrital Contra Calamidades,
a governadoria do distrito 4650, em Santa Catarina,
decidiu priorizar as crianças na hora de decidir como
aplicar os R$ 200 mil arrecadados até fevereiro com as
doações financeiras em prol das vítimas das enchentes e
deslizamentos. Na primeira quinzena daquele mês, 19 projetos foram aprovados e
contemplados com um total de R$ 111 mil. A quantia beneficiou comunidades atingi-
das nos municípios de Joinville, Blumenau, Balneário de Piçarras, Benedito Novo,
Gaspar e Ilhota. Pela estimativa da comissão, até a primeira quinzena deste mês todos
os recursos arrecadados já terão sido aplicados.
Solidários às vítimas das
enchentes que vêm prejudican-
do o estado desde dezembro,
os companheiros do distrito
4760 lançaram em fevereiro a
campanha SOS Minas Gerais.
Durante 30 dias, os rotarianos
coletaram material de limpeza
e alimentos não-perecíveis em
diversos pontos comerciais da
cidade. A campanha foi enca-
beçada pelo EDRI Hipólito Sér-
gio Ferreira.
Campanha parasocorrer Minas GeraisCampanha parasocorrer Minas Gerais
Criançasem primeirolugar
Criançasem primeirolugar
stock.xching
7BRASIL ROTÁRIO
ANTENAS
PARABÓLICAS
Banda C: 3890 MHz
Banda L: 1260 MHz
TV POR
ASSINATURA
Net – canal 26
TVA – canal 73
Sky – canal 21
Tec Sat – canal 3
COBERTURA
REGIONAL
Mastercabo – canal 6
Tech Cable – canal 10
TV Show – canal 35
TV Alphaville – canal 7
Net Angra – canal 99
Pontal Cabo – canal 7
TV Cabo – canal 21
TV a Cabo CTBC – canal 12
Cabo TV Natal – canal 37
Big TV – canal 9
Net Jangadeiro – canal 24
Via Cabo – canal 96
Mais TV – canal 39
QUANTOS SOMOSQUANTOS SOMOS� NO MUNDO
Rotarianos: 1.219.085; Clubes: 33.237; Distri-
tos: 534; Países e regiões: 209; Rotaractianos:
169.855; Clubes: 7.385; Países: 164;
Interactianos: 269.985; Clubes: 11.695; Países:
131; Núcleos Rotary de Desenvolvimento
Comunitário: 6.436; Voluntários: 148.028;
Países: 77; Número de rotarianas: 191.784.
� NO BRASIL
Rotarianos: 51.865; Clubes: 2.296; Distritos: 38;
Rotaractianos: 14.030; Clubes: 610;
Interactianos: 15.893; Clubes: 691; Núcleos
Rotary de Desenvolvimento Comunitário: 256;
Voluntários: 5.888; Número de rotarianas:
9.720.
Fonte: Escritório do Rotary International no Brasil (dados
de janeiro de 2009)
stock.xching
Rotaryna TVTVTVTVTVRotaryna TVTVTVTVTVJá está no ar a nova série de
programas de TV sobre a nossa
organização. Resultado de um
projeto multidistrital de rela-
ções públicas, o Rotary Brasil II estreou em 7 de março,
na Rede Vida de Televisão. No total, são 12 programas
com 30 minutos de duração, exibidos sempre aos sába-
dos, às 18h30. Além da TV aberta, a série também é
transmitida na TV por assinatura, emissoras regionais e
por parabólica.
8 ABRIL DE 2009
Curtas Mundo
Seminário em Chicagodiscute fórmulas paracrescimento dos clubesEm fevereiro, os coordena-
dores regionais de Desenvolvi-
mento do Quadro Associativo
do mundo inteiro participaram
de um seminário em Chicago,
nos EUA, onde foram discutidas
as estratégias que serão utiliza-
das para que nossa organização
cresça ao longo do ano rotário
2009-10. Os ex-governadores
distritais brasileiros Alceu Eber-
hardt, José Antônio Figueiredo
Antiório e José Ubiracy Silva
(foto), que são os atuais coor-denadores regionais de Desen-
volvimento do Quadro Associativopara o Brasil e outros países daAmérica Latina, foram alguns dosparticipantes.
Um dos principais assuntosem pauta foi a crise econômi-ca mundial e como o Rotarydeve agir diante dela. Alémdisso, entre as sugestões apre-sentadas pelos participantes,constaram:� Permissão para os sóciosparticiparem de reuniões semter que pagar uma refeiçãocompleta;� Locais mais econômicospara a realização das reuniões;� Sondagem, entre os rota-rianos, dos aspectos que elesconsideram mais importantesna instituição. Também pes-quisar detalhes como motivode ausência às reuniões;� Oferecimento de serviço debusca de empregos nos sitesdos clubes e distritos.
Rotary International e aAgência Norte-Americanapara o DesenvolvimentoInternacional (Usaid, em
inglês) lançaram a Coope-ração Internacional H2O (In-
ternational H2O Collaboration),iniciativa para implementarprojetos de água, saneamentoe higiene no mundo em desen-volvimento.
Tendo como alvos a África, aÁsia e a América Latina, a par-ceria implantará seus projetosiniciais em 2009 e 2010 em Ga-na, Filipinas e República Do-minicana – países em que osRotary Clubes, os distritos ro-tários e a Usaid têm conduzidoprojetos eficientes de água e sa-neamento. Ultrapassada a fase ini-cial, a parceria avaliará o trabalho
O
Usaid e Rotary estabelecemnova parceria para a água
FONTE DE água limpa em Calcutá graçasà iniciativa de rotarianos
e examinará a oportunidade de se es-tender para outros países.
A Fundação Rotária e a Usaid di-vidirão os recursos para o projeto.Cada organização os distribuirá deforma separada e independente, ob-servando seu próprio orçamento,despesas e critérios para relatórios.
Subsídios 3-H (Saúde, Fome eHumanidade) serão usadospara apoiar o envolvimento dosRotary Clubs e distritos em taisprojetos. Ambas as organiza-ções conferirão assistência técni-ca e apoio de campo necessários.
Nos últimos cinco anos, aFundação Rotária concedeuUS$ 27,5 milhões para proje-tos de recursos hídricos.
A Usaid é uma agência go-vernamental que fornece assis-tência econômica para o desen-
volvimento e fins humanitários,em apoio a objetivos da políticaexterna norte-americana. SeuModelo Global de Desenvolvi-mento promove parcerias comentidades proeminentes do setorprivado, das áreas não-governa-mentais e das fundações.
Rotary Images
9BRASIL ROTÁRIO
m seu 104º aniversário, o Rotary disparoupara vários pontos turísticos mundialmente
famosos a seguinte mensagem: “Eliminemos a Pólio Já.”A frase foi projetada sobre as cúpulas da Ópera de
Sidney (foto), na Austrália, na noite de 23 de feverei-ro, e, simultaneamente, apareceu sobre a Montanhada Mesa, na Cidade do Cabo, na África do Sul, sobre oColiseu, em Roma, o Parlamento inglês, em Londres,as Cataratas do Niágara, nos Estados Unidos, e o prédiodas Nações Unidas, em Nova York.
Essa campanha mundial de conscientização come-çou em Sidney às 19h (horário local), quando dois pro-jetores gigantes, operados em terra, iluminaram as cú-pulas de uma das construções mais conhecidas do mun-do. A operação criou enorme interesse na mídia aus-traliana, que espera ver a imagem do país difundidapelo mundo.
“Eliminemos a Pólio Já” reflete os 25 anos da campa-nha de erradicação da doença. A poliomielite mantém-seem quatro países: Afeganistão, Índia, Paquistão e Nigéria.
Devido à retração econômica e ao ambiente
instável para investimentos, o Rotary Internati-
onal e a Fundação Rotária, a exemplo de organi-
zações de mesma natureza, tiveram que tomar
decisões difíceis.
Na reunião de janeiro, os curadores da Funda-
ção Rotária reduziram o orçamento do Programa
Orçamento para subsídios sofre reduçãoOrçamento para subsídios sofre reduçãopara Subsídios Humanitários, do ano rotário de 2008-09, em US$ 16,3 milhões, com o objetivo de minimi-zar o impacto das perdas para os ativos da organiza-ção. Os programas de Subsídios Equivalentes e de Sub-sídios para Voluntários serão os mais atingidos peladecisão. Já os Subsídios Distritais Simplificados e osSubsídios 3-H por enquanto não serão afetados.
Rotary irradia mensagemem seu aniversárioRotary irradia mensagemem seu aniversário
E
Mark Wallace
10 ABRIL DE 2009
Coluna do Diretor do RColuna do Diretor do RColuna do Diretor do RColuna do Diretor do RColuna do Diretor do Rotary Internationalotary Internationalotary Internationalotary Internationalotary International
Themístocles A. C. Pinho
Coluna do Diretor do RColuna do Diretor do RColuna do Diretor do RColuna do Diretor do RColuna do Diretor do Rotary Internationalotary Internationalotary Internationalotary Internationalotary International
Nossa organização, com mais de 1,2 milhão de associados,presente em 208 países e regiões geográficas do mundo livre, játem sua tradição firmada como entidade dedicada ao serviço e àpaz. Nossa missão consiste em tornar pública esta posição e,para isso, contamos com o apoio técnico-profissional dasnossas revistas regionais, que espalhadas pelo mundo aforadivulgam e mostram o que o Rotary faz, sendo este mês deabril dedicado a elas, institucionalmente.
Mas para que nossas revistas possam cumprir seu papel deverdadeiras divulgadoras do que somos e fazemos, é necessá-rio que projetos e programas sejam executados. Assim, essaspublicações poderão divulgar aos rotarianos, aos clubes e aopúblico em geral estas atividades com a finalidade do reco-nhecimento, exemplo e inspiração, seja no âmbito nacionalou internacional.
Dentre as tantas oportunidades que estas publicações nos oferecem, quero apro-veitar este momento para lhes falar, com ternura, sobre um contingente de pessoas que, a cada dia,torna-se uma preocupação maior para o Rotary: o das crianças em risco de abandono. Em muitoboa hora, nosso presidente D. K. Lee, baseado nas experiências de sua infância e em dados deentidades responsáveis por resolver o problema, aproveitou a oportunidade de ser ouvido emtodas as partes do mundo para fustigar a sociedade e os governos sobre este problema. Semprehouve e sempre haverá crianças abandonadas, mas as proporções alarmantes que hoje nos desafi-am são incabíveis.
Estatísticas da ONU nos dão conta de que mais de 3 milhões de crianças morrem por ano, carentesde cuidados básicos como água potável, alimentação, assistência médica e educação, especialmentenos países onde as guerras civis são um flagelo permanente. Nos países ricos, o controle de natalida-de já é natural, pois as famílias, com um nível educacional elevado, têm consciência de que a prolenumerosa acarreta distorções fundamentais na preparação dos filhos para uma vida produtiva efeliz. O que não ocorre nos países mais pobres, por falta absoluta de uma educação adequada, dandolugar ao surgimento de verdadeiros párias da sociedade, aqueles que jamais conhecerão o lado felizda moeda.
Como vocês vêem, amigos e amigas, e retornando ao tema central desta coluna, é por estapublicação mensal que podemos chegar a todos e lhes transmitir idéias, conceitos, sugestões e,além de tudo, alertas, como o acima rapidamente enfocado, e que o fiz, deliberadamente, numademonstração de quão importantes são as nossas revistas regionais, e do quanto elas merecemtodo o nosso apoio e cooperação.
Neste mês de abril, em que damos ênfase às revistas rotárias, vamos abrir um espaço adicionalpara divulgar ainda mais o Rotary. Que tal a sugestão de oferecer uma assinatura da BrasilRotário, a nossa revista regional oficial, a um amigo ou a uma empresa?
A.S.
11BRASIL ROTÁRIO
�
Mas, amigos, por que estalembrança? Que motivo jus-
tifica estas recordações do diretordo Rotary International que, ob-viamente, tem diversos assuntospara apresentar em sua colunamensal na Brasil Rotário? Umarazão a destaca de todas: essesenfoques referem-se à Turma deGovernadores de 1984-1985, daqual eu fiz parte, e que começavaseu aprendizado final para assumira direção do Rotary Internationalnaquele ano. E que lembram, aci-ma de tudo, um grupo que ficoumarcado pela liderança maior deum grande rotariano: o presiden-te 1984-85 do Rotary Inter-national, Carlos Canseco, que comseu dinamismo e entusiasmomarcantes deu àquele ano um sig-nificado todo especial.
Sim, companheiros: desde oprimeiro momento, entusiasma-dos rotarianos dos 408 distritosque existiam no mundo naquelaépoca foram envolvidos pela sim-patia daquele ilustre médico me-xicano de fala agradável e cativan-te, sempre com uma história paracontar, e que trazia consigo o lemaDescubra Um Novo Mundo de Ser-viço. Aquela era uma forma de
Morre um líder do RotaryÉpoca: a distante semana de 22 a 30 de maio de 1984.
Local: a cidade de Boca Raton, na Flórida, EUA.
O fato: um grupo entusiasmado de novos dirigentes do Rotary International se reúne em
mais uma Assembleia Internacional, fato que em nossa organização, já àquela época, não
era uma novidade, mas o verdadeiro símbolo da troca harmônica de sua liderança dirigente.
Carlos Canseco
anunciar o serviçoque, a partir daque-le ano, daria umnovo sentido nãoapenas ao grupo alireunido, mas aoRotary Internatio-nal como um todo:a Campanha Pólio2005, posterior-mente rebatizada de Campanha PolioPlus, face à amplitude que tomou e oenvolvimento de outras organiza-ções internacionais.
Deste grupo, não é demais desta-car os 24 rotarianos brasileiros quedele faziam parte, alguns já infeliz-mente afastados de nosso convívioterrestre, mas que permanecem emnossas mentes, e que eu sei que co-migo prestam esta homenagem aCarlos Canseco: Guaracy de CastroNogueira, Cyro Armando Catta Pre-ta, Carlos Antonio Almeida Ferreira,Edmundo Gallego, Henrique Gomesda Silva, Luiz Hugo Guimarães,Carlos Alberto Hernandes, ArnaldoAugusto Martins Meira, RaulMathion, Rubens Costa Monteiro,Francisco Alves dos Reis, ArmindoRossi Filho, Joaquim de Assis San-tana, Luiz Driessen Sobrinho,Agerson Tabosa Pinto, Cesar de
Andrade Travassos, AntonioVenturelli Netto, Antonio Fer-nandes Viana de Assis, ValderColares Vieira, Domingos Viggia-ni, Shiguero Kitayama, LodovinoNicodemo Comerlato e JorgeHenrique Kratz, que juntamentecom outros tantos líderes rotáriosmundiais, do quilate de JohnKenny, o próximo presidente doRotary International, viveramum ano inesquecível. São os cha-mados yellow jackets, os primei-ros governadores distritais a sedestacarem pela cor do seu pale-tó, e que tanto sucesso e suspensecausam a cada ano, e que paraCanseco os distiguia dos demais.
Amigos, eu muito poderia es-crever a respeito desse homem elíder verdadeiro que marcou eorientou minha vida rotária – ecertamente a de tantos outrosrotarianos. Mas, num preito degratidão, limito-me a transcreveras palavras do EGD AgersonTabosa Pinto, na mensagem queele intitulou “Réquiem paraCarlos Canseco”, e que bem retra-ta este profissional, rotariano ehomem público que ficará parasempre na história do RotaryInternational.
“Após um ano e meio hospita-
lizado, morreu no último dia 14
de janeiro Carlos Canseco, um dos
maiores presidentes do Rotary
International. Nascido na Cidade
do México em 17 de março de
1921, médico pela Universidade
Réquiem para Carlos CansecoNacional do México, Canseco fez
dois cursos de especialização nos
EUA: um em dermatologia na
Northwestern University, em Chi-
cago; e o outro em imunologia clí-
nica na Universidade de Pittsburg,
na Pensilvânia.
Em 1949, criou o departamen-
to de alergia da Universidade de
Nuevo Leon, e entre 1950 e 1952
chefiou o Serviço de Alergia do
Estado. Fundou, então, o clube
de futebol de Monterrey, presi-
diu o Rotary Club e construiu o
12 ABRIL DE 2009
BR
primeiro Hospital de Crianças da
cidade.
Carlos Canseco presidiu o
Rotary International no ano
rotário 1984-85, com o lema
Descubra um Novo Mundo de
Serviço, e seus liderados vesti-
ram os yellow jackets. Canseco,
antes mesmo de ser presidente
do RI, começou a trabalhar con-
tra a poliomielite, integrando a
Comissão Pólio 2005 juntamen-
te com seu amigo Albert Sabin.
Era meta da comissão celebrar o
primeiro centenário do Rotary
International, em 2005, com a
erradicação da poliomielite em
todo o mundo. Para atingir essa
meta, o RI conquistou rapida-
mente o apoio de todos: rotaria-
nos, governantes, entidades fi-
lantrópicas, do Unicef e da Orga-
nização das Nações Unidas.
Desde a Convenção da Filadél-
fia, em 1988 (chamada de A Con-
venção da Vitória, quando o RI
anunciou ter arrecadado para o iní-
cio da campanha de combate à pó-
lio o dobro do que tinha sido proje-
tado), Canseco começou a ver o seu
sonho transformar-se em realida-
de. Como presidente do Rotary
International, ele também lutou
para alcançar a meta de 1 milhão
de rotarianos em todo o mundo.
Faltou pouco para atingi-la, mas
com seu esforço, bateu um recor-
de: o de admitir, em sua presidên-
cia, 968 novos clubes.
Dentre os títulos que mais des-
tacaram a passagem de Canseco
sobre a Terra como descobridor e
realizador de serviços, estão o de
Public Health of the Americas
(2002) e o de detentor da Meda-
lha Belisario Dominguez (2004),
a maior distinção concedida pelo
governo do México.
Dois motivos nos aliviam a dor
da separação desse grande líder
ao pedirmos que o Senhor o con-
ceda o repouso eterno (réquiemaeternum, em latim): o primeiro
é a certeza que temos de que, para
ele, já havia lugar reservado na
casa do Pai; o segundo é a convic-
ção que Canseco tinha de que,
como dissera o poeta latino, não
morreria por completo (nonomnis moriar), pois edificou um
monumento mais perene do que
o bronze (exegi monumentumáere perenius).
Agerson Tabosa Pinto, governa-dor 1984-85 do distrito 4490.
Na edição de janeiro, a
Brasil Rotário noticiou a
parceria de US$ 555 milhões en-
tre o Rotary International e a Fun-
dação Gates para o esforço global
de erradicação da pólio. Mas não
é só isso: o Reino Unido irá doar
mais de US$ 150 milhões para a
iniciativa e a Alemanha US$ 130
milhões. Essas contribuições a se-
rem encaminhadas nos próximos
cinco anos não serão considera-
das parte da verba que o Rotary
deve à equiparação exigida pela
Fundação Gates.
A iniciativa da erradicação da
pólio precisa mais do que nunca
receber mais doações. Mesmo so-
mando esses novos investimentos
Como são aplicadosos recursos para ocombate à pólio
a contribuições recebidas do Cana-
dá, Rússia, Estados Unidos e outros
países, ainda há necessidade de ob-
ter mais de US$ 340 milhões neste
ano e no próximo.
Os fundos novos serão aplicados
nas seguintes tarefas:� Dias Nacionais de Imunização nos
países que procuram vacinar todas
as crianças com menos de cinco anos
de idade;� Atividades suplementares de imu-
nização com o propósito de ofere-
cer doses extras de vacinas para cri-
anças em áreas de alto risco;� Pesquisas de novos tipos de vaci-
na e meios de garantir que as crian-
ças terão acesso a elas;� Atividades de detecção de casos
� UMACRIANÇAmostra seu
dedopintado
após servacinada por voluntários rotarianosno Dia Nacional de Imunização em
Moradabad, na Índia
de pólio e controle de surtos.
A diretora da Organização
Mundial da Saúde, Margaret
Chan, esclarece: “Os novos fun-
dos ajudarão os governos dos
quatro países endêmicos rema-
nescentes [Afeganistão, Índia,Nigéria e Paquistão] a transpor
as barreiras existentes e conse-
guir vacinar todas as crianças”.
13BRASIL ROTÁRIO
Saúde
Christine Gable*
Aprendendo a ser flexívelPilates e ioga podem potencializar os benefícios do exercício
ntes rotulado de simplesaquecimento, o alongamen-to passou a ser considerado
uma disciplina nos dias de hoje gra-ças a técnicas como a ioga e o pila-tes. Mas para adotá-lo, é precisotambém se conscientizar. Para qual-quer pessoa acima dos 40 anos, pi-lates e ioga podem se tornar meioseficientes para contornar a falta deflexibilidade causada por velhascontusões provocadas por esportes,inatividade, desgaste do dia a dia, epelos padrões de movimentaçãoque cada pessoa desenvolve com opassar do tempo.
“O processo de envelhecimentotorna o corpo menos flexível,” afir-ma Christi Allen, proprietária do Pi-lates in Paradise, e associada do Ro-tary Club de Key Largo, Flórida,EUA. “Nossos corpos encolhem etornam-se mais rígidos, com menorgama de movimento, mais sujeitos adores e desconforto. A postura serelaxa e nos tornamos mais propen-sos a contusões.”
O sistema de exercícios desen-volvido por Joseph Pilates, no iní-cio do século 20, baseia-se no forta-lecimento de um centro que é co-nhecido com usina de força – pélvis,abdome transverso, e músculos es-pinhais profundos. “O pilates ensinao movimento funcional através doexercício,” conta Allen. “Assim, cadamovimento ou deslocamento quevocê faz na sua rotina é reproduzidono sistema pilates.”
Dentre os benefícios, incluem-semelhora do equilíbrio e movimen-tos mais fluidos. Quando se isolamas partes do corpo, os músculos en-rijecidos estendem-se e alongam-se,e a postura melhora. A concentra-ção é importante nesse sistema debaixo impacto. O repertório clássi-
co do pilates inclui mais de 600 mo-vimentos, de forma que o ritmopode ser adaptado às necessidadesindividuais, podendo, dessa forma,funcionar, qualquer que seja a faixaetária e a aptidão física, desde osmais inativos até os atletas. Os pra-ticantes sugerem que se inicie comuma sessão introdutória – de prefe-rência individual – para se apren-der a técnica correta.
Allen faz alerta contra a práticado pilates em turmas muito nume-rosas, ou através de vídeo, devidoao risco de posicionamento erradodo pescoço e do corpo. “Já vi inú-meras vezes, em especial no pilates,indivíduos que compensam os exer-cícios, ou o fazem erradamente, fatoque lhes pode trazer prejuízos,” afir-ma Brian Hartz, especialista ortopé-dico diplomado em Lancaster, Pen-silvânia. “Comece sempre por umaaula introdutória.”
Uma sessão clássica de pilatesleva de 50 a 55 minutos, e consistede trabalho em equipamentos deresistência – incluindo um que sechama “reformador” – e sobre es-teira. Os instrutores certificadospassam por um severo programa detreinamento e por testes rigorosos.
A ioga traz também benefícios
como a melhoria do equilí-brio, flexibilidade, postura eestabilidade. O seu país de ori-gem, a Índia, privilegia o as-pecto espiritual, e, embora aprática ocidental esteja maisfocalizada na questão física,integra igualmente a medita-ção e lida com a dualidadecorporal da expansão e con-tração. A ioga desenvolve aforça e a resistência, e esti-mula o equilíbrio mental.Apresenta, ainda, o potencialde beneficiar a saúde do co-ração, de reduzir a pressão e
o colesterol, e aumentar a resistên-cia ao estresse psicológico, além demelhorar a coordenação e a concen-tração. A ioga é usada frequente-mente como terapia complementarao câncer, diabete, asma e Aids.
“Pode-se conceituar a ioga sobdiversos aspectos,” afirma Linda SueShirley, professora de ioga e associ-ada do Rotary Club de Denver MileHigh, Colorado, EUA. Ela observaque, enquanto muitas pessoas pro-curam a ioga como mera fonte deexercício, existem níveis mais apro-fundados, envolvendo meditação,oração e a filosofia da unificação damente, do corpo e do espírito.
Allen observa que as pessoas têmmais vitalidade e menos dores quan-do se movem melhor. “Adquire-sea capacidade de se tornar uma má-quina que se movimenta com maiseficiência”, diz ela. “Isso abre novasperspectivas de vida. Consegue-seenergia e força para sobreviver aotrabalho. Dar de Si Antes de Pensarem Si é a nossa razão de viver. Se osrotarianos cuidarem melhor de simesmos”, diz ela, “podem prestarainda mais serviços.”
A autora escreve sobre saúde e nu-trição na Pensilvânia, EUA.
BR
A
14 ABRIL DE 2009
Homenagem
A vida, a obra e a memória de Carlos Canseco, o homemque fez o Rotary acreditar no fim da poliomielite
� ENTRE AS homena-gens que acumulou aolongo da vida, CarlosCanseco foi agraciadocom a Medalha deHonra BelisarioDominguez, uma dasmais importantes doMéxico
Luis Vicente Giay*
m 14 de janeiro de 2009, umatriste notícia tomou conta demilhares e milhares de pes-
soas: morreu o doutor Carlos Canse-co González, um gigante da medicinada América Latina, do mundo e umrotariano excepcional. Nascido em1921 na Cidade do México, Cansecomorreu aos 87 anos após uma longadoença que o manteve hospitaliza-do durante quase um ano e meio emMonterrey, a cidade mexicana queele adotou como se fosse dele.
Graduado em medicina pela Uni-versidade Nacional do México, espe-
� HERANÇA DE umsonho: voluntária doRotary vacinandouma criança contraa pólio na Índia
cializou-se nas Universidades deNorthwestern e Pittsburgh, nos EUA.De volta ao México, Canseco retor-nou a Monterrey, fundando na Uni-versidade de Nuevo León a primeiracadeira de alergologia do país, em1949. Um dos criadores da Socieda-de Mexicana de Alergia e Imunolo-gia e da Sociedade Mexicana de Aler-gia, Asma e Imunologia, ambas pre-sididas por ele, foi também presiden-te do Congresso Latino-americano deAlergia, realizado em Monterrey noano de 1984. Por duas vezes, ocupoua Secretaria de Saúde do Estado deNuevo León e foi o primeiro corre-gedor da prefeitura de Monterrey.
E
Rotary Images/Alyce Henson
Morre um herói, nasce uma lenda
15BRASIL ROTÁRIO
BR
Sua atividade filantrópica foi mo-numental: Canseco dirigiu o patro-nato que construiu, montou e equi-pou o Hospital de Crianças, um dosmelhores do México, trabalhou pelaeducação através do Instituto Tec-nológico e de outras organizações,dando numerosas contribuiçõespara o bem público e exercendo umapoderosa liderança cívica e política.Também esteve ligado ao esportecomo um dos fundadores do Clubede Futebol de Monterrey.
O ROTARIANO
Sob o lema Descubra um Novo Mun-do de Serviço, Carlos Canseco foipresidente do Rotary Internationalno período 1984-85. Além disso,serviu ao Rotary como governadorde distrito, instrutor na AssembleiaInternacional, conselheiro de infor-mação rotária, membro e presiden-te de comissões, diretor e vice-pre-sidente; curador, vice-presidente epresidente do Conselho de Curado-res da Fundação Rotária; e tambémpresidente honorário e conselheiroda Comissão para a Erradicação daPólio, entre outros.
Canseco foi o mentor e criador daCampanha Polio Plus, projeto quesubmeteu à consideração dos rota-rianos juntamente com seu amigo, omédico e pesquisador Albert Sabin,com quem havia trabalhado antes noprojeto da vacina contra o sarampo,demonstrando seu grande amor pe-las crianças do mundo.
Quando era perguntado sobre oPolio Plus, o semblante risonho deCanseco se entristecia. “O Progra-ma Polio Plus não foi um fato aci-dental ou fortuito, nem uma pose”,ele costumava dizer. “Quando eu ti-nha sete anos de idade e vivia emTampico, dois amigos meus deixa-ram de caminhar de um dia para ooutro por causa da poliomielite.Uma criança que vê seus amigos fi-carem paralíticos passa por umaexperiência muito forte, que per-dura por toda a vida”. E acrescen-tava: “Isto ficou para sempre nofundo do meu coração. Por isso, en-quanto houver a possibilidade de
erradicar a pólio, não duvidem emnenhum instante de apoiar o pro-grama para torná-lo realidade”.
O HERÓI
Canseco recebeu inúmeras distin-ções, inclusive de seu querido paísnatal, entregue pessoalmente peloentão presidente Vicent Fox. Noano de 2000, por ocasião dos 100anos da Organização Pan-america-na da Saúde (OPS), ele foi condeco-rado como Herói da Saúde Públicadas Américas pela OPS e pela Orga-nização Mundial da Saúde. Quandoera perguntado sobre a sensação dereceber o reconhecimento de tan-tos países, ele dizia: “Eu sinto umpouco de pena quando em vida mededicam monumentos, bustos epraças. Isto quase sempre acontececom pessoas que já morreram. En-tão eu já morri várias vezes”.
Carlos Canseco foi um mestre, umcavalheiro, um grande amigo, um ho-mem de códigos e do mundo, de per-sonalidade alegre, que amava profun-damente o México e a América Latina.Ele tinha um sorriso largo e ocupavatodos os espaços com sua presença.De porte elegante, usava finos ternos egravata borboleta. Era sóbrio na ves-timenta. O destino lhe exigiu uma dis-ciplina dura, esforço, sapiência, entre-ga pessoal, altruísmo e ética profissio-nal. Em troca, a vida o encheu de su-cessos, honras, homenagens, monu-mentos, estátuas, admiradores, ami-gos e a gratidão silenciosa de milhõesde crianças que não serão obrigadas adar passos cambaleantes por causa daterrível poliomielite. Deixa-noscomo uma de suas melhores heran-ças uma maravilhosa família com dezfilhos que forma um presente espiri-tual para todos que a conhecem.
O último evento rotário do qualparticipou oficialmente foi quandorepresentou o presidente do RI du-rante a conferência do distrito 4820em Pilar, na Argentina, em abril de2006. A então governadora CeliaCruz de Giay e todos os presentescompartilharam com Canseco e coma mulher dele, Maria Aurora, mo-mentos inesquecíveis, apesar de
suas notórias dificuldades de saúde,pois ele sempre conseguiu se sobre-por com grande ânimo, oferecendo-nos aulas magistrais sobre o rota-rismo. Quando chegou o então vice-presidente da Argentina, DanielScioli, orador da conferência, o dou-tor Canseco apresentou-lhe o Rota-ry “em cinco minutos”, utilizandotrês palavras-chave: amizade, ser-viço e internacionalidade. Inesque-cível para todos os que tivemos aoportunidade de ouvi-lo.
O LÍDER
Escutar Carlos Canseco era entrar nomundo de um autêntico líder. E eradesta maneira que ele considerava asi mesmo: “Não é presunção: eu creioque nasci para ser líder, para que aspessoas me sigam, pois sempre fui umlíder”. Sua vida, sua grande obra ememória são testemunhos do que elefoi realmente.
Carlos Canseco partiu fisicamen-te. Um verdadeiro líder se foi, masnos deixou um legado extraordiná-rio e um caminho que ele abriu gra-ças a sua brilhante personalidade,talento, vocação, sabedoria e exem-plo. A luz de esperança que ele acen-deu seguramente irá iluminar todosaqueles que, como Carlos Canseco,estão convencidos de que é possívelconstruir um mundo melhor atravésdo serviço rotário.
Adeus, querido amigo e irmão decoração. Que Deus lhe tenha parasempre na palma de suas mãos.
*O autor é ex-presidente do RotaryInternational.Tradução: Cristina Otálora.
Canseco foi o grande
mentor do Polio Plus,
projeto que submeteu à
consideração dos
rotarianos juntamente
com seu amigo, o
médico e pesquisador
Albert Sabin
16 ABRIL DE 2009
Rotarianos que são notícia
Em reconhecimento às suasatividades profissionais,
Roberto Saladini, associadodo RC de Salto, SP
(D.4310), foi homenageadocomo destaque 2008 pela
Academia Brasileira de Arte,Cultura e História com acomenda – composta por
diploma e medalha – Mare-chal Deodoro da Fonseca.
Antonio Durval deOliveira Dorta,presidente do RCde Piracicaba-Paulista, SP(D.4310), foi home-nageado pelaAssociação Paulistados Cirurgiões-Dentistas com a
comenda Tiradentes, entregue ao companheiro porEdson Zenebra, presidente local da associação.
Ex-presidentes do RC deTietê, SP (D.4310), OdairJoão Mouro e HumbertoBortoletto de Arrudaassumiram, respectivamen-te, as secretarias municipaisde Administração e deAgricultura da cidade.
Em reconheci-mento aoconjunto de suaobra, conside-rada de valorjurídico-científi-co, e aosserviços presta-dos à institui-ção, Antonio
Carlos Palhares Moreira Reis, associado do RC doRecife-Brum, PE (D.4500), foi agraciado com aMedalha do Mérito da Faculdade de Direito do Recife,da Universidade Federal de Pernambuco. Na foto, ocompanheiro está ladeado pelo reitor Amaro Lins epela diretora da faculdade, Luciana Grassano.
A companheiraFélix Ruth
Esteves, doRC de Euná-
polis, BA(D.4550), integra o
corpo de vereadoresdo município.
ValdiranMarques,
associado doRC de Eunápolis,
BA (D.4550), évereador no mu-
nicípio.
O rotarianoWolney Freitas,
do RC deAlém Paraí-
ba, MG(D.4580), é o
atual prefeito dacidade.
Associado doRC de
Muriaé , MG(D.4580),José Braz
foi reeleitopara o cargo de
prefeito.
Claudete Sulzbacher, companheira do RC deSanta Cruz do Sul, RS (D.4680), passou a
integrar o conselho fiscal da AssociaçãoPró-Cultura daquela cidade.
17BRASIL ROTÁRIO
Em cima do fato
BR
Renata Coré*
síris Del Corso não era um
jovem comum. Aos 22 anos
de idade, já havia sido es-
coteiro, cursava duas faculdades –
direito na UniCuritiba e ciências
sociais na Universidade Federal do
Paraná –, e tinha consciência soci-
al e ambiental. Era um rapaz dedi-
cado a causas nobres. Desenvolvia
trabalhos em benefício de crianças
carentes e, junto com a namorada,
Monik Pegorari de Lima, cultivava
uma horta. Amante da natureza, era
adepto de trilhas, e acabou sendo
em um desses passeios que sua vida
foi encerrada de maneira trágica.
No fim da tarde de um sábado, 31
de janeiro último, Osíris e Monik
seguiam rumo à Praia dos Amores,
no Morro do Boi, em Matinhos, li-
toral paranaense, quando foram
abordados por um homem que as-
sassinou o rapaz com dois tiros e
também deixou a jovem ferida.
A tragédia no Morro do Boi cho-
cou a família rotária de todo o país.
Osíris era o atual presidente do Ro-
taract Club de Curitiba-Avenida das
Torres, no qual ingressara havia
dois anos. O cargo agora é ocupado
por Monik, anteriormente na vice-
presidência. Fundado no final de
2000, o clube contava com apenas
três integrantes na época da chega-
da do jovem. Hoje, totaliza dez ro-
taractianos. “Ele nos trouxe sua
energia, que nos fez resgatar a for-
ça, vontade e garra que haviam se
desgastado nos últimos anos. Con-
seguimos novos sócios e hoje esta-
mos mais fortes do que nunca. Ele
nos fez resgatar a esperança de
nunca deixar de batalhar por um
mundo melhor”, contam Monik e
Annelise Moletta, também inte-
grante do Rotaract.
BIBLIOTECA ITINERANTE
Osíris tinha várias ideias e proje-
tos para sua gestão. Um deles, o de
criar uma biblioteca itinerante
para crianças carentes, estava em
pleno desenvolvimento. Cerca de
800 livros já haviam sido arreca-
dados e os jovens buscavam verba
para a compra do caminhão que
abrigaria o acervo. O trabalho não
será esquecido pelos rotaractia-
nos. “Esse é um projeto do Rota-
ract que Osíris propôs como meta
em sua gestão. Estamos dando
continuidade, já arrecadamos
mais livros e, por enquanto, pen-
samos em deixar parte deles na
sede do Rotary Club. O restante,
pensamos em deixar em comuni-
dades carentes, até conseguirmos
um veículo para a biblioteca itine-
rante”, revelam Monik e Annelise.
Osíris também pensava na aquisi-
ção de um veículo Splinter, que
seria utilizado para fins beneficen-
tes, como o transporte de crianças
carentes até programas culturais
e a distribuição de cestas básicas.
Segundo Monik e Annelise, o jo-
vem já havia apresentado o proje-
to a concessionárias de veículos.
Osíris é lembrado pelos amigos
como um rapaz alegre, inteligente,
culto, entusiasmado e sempre dis-
posto a ajudar o próximo. Para ho-
menageá-lo, diversos Rotaract
Clubs do distrito 4730 organizaram
uma passeata, no início de feverei-
ro. O Rotary Club padrinho, por sua
vez, inaugurou uma biblioteca com
o nome do jovem. Os companhei-
ros de Osíris no Rotaract Club tam-
bém sabem o que fazer: “Realizar
todos os projetos propostos por ele
nessa gestão e continuar a servir ao
próximo são a melhor homenagem
que podemos fazer para ele. Temos
certeza de que, onde ele estiver, está
muito feliz por isso”.
*A autora é jornalista da Brasil
Rotário.
Rotaract Club de Curitiba-Avenida
das Torres dá continuidade ao
trabalho de seu presidente Osíris Del
Corso, assassinado no início do ano
CARTAZ DA passeata em homena-gem a Osíris, organizada pelosRotaract Clubs de Curitiba
O
Hora de recomeçar
18 ABRIL DE 2009
Em cima do fato
A 3ª Conferência Nacional pelo Meio Ambiente, em Brasília,deve preparar o Brasil para evento internacional de 2010Luiz Renato Dantas Coutinho*
á algumas décadas, a tarefa
pareceria monumental e
supérflua. Desde então, a
situação do planeta mudou muito.
Na visão do cientista e ambientalis-
ta James Lovelock, até 2020, secas
e outros extremos climáticos serão
lugar-comum. A Organização das
Nações Unidas advertiu recente-
mente que a produção mundial de
alimentos deve cair 25% até 2050
em razão de mudança climática, de-
gradação do solo, pragas e escassez
de água. Com isso, a ideia das Salas
Verdes, surgida em 2005, transfor-
mou-se, para o governo brasileiro,
em uma pauta que pede urgência.
Mas, afinal, do que se trata?
geral de Educação Ambiental do
Ministério da Educação.
A PENÚLTIMA ETAPA
Por isso, de 3 a 7 deste mês, em
Brasília, 690 delegados e delega-
das, entre 11 e 14 anos de idade,
provenientes de todos os estados
brasileiros, de comunidades indíge-
nas, quilombos e assentamentos
rurais se reúnem. Trata-se da 3ª
Conferência Nacional Infanto-Ju-
venil pelo Meio Ambiente, penúlti-
ma etapa de um empreendimento
que começou nas escolas, em nível
municipal. Na ocasião, será tam-
bém realizado o Encontro de Obser-
vadores Internacionais, para o qual
foram convidados representantes
de governos, da sociedade civil e
O Projeto Sala Verde é coorde-
nado pela diretoria de Educação
Ambiental do Ministério do Meio
Ambiente e consiste na implanta-
ção de espaços de discussão socio-
ambiental pelo país. A partir des-
ses espaços, ficariam mais fáceis a
sensibilização da comunidade para
as questões ambientais e a demo-
cratização da informação sobre o
tema. Nesse processo, que conta
com a parceria estratégica do Mi-
nistério da Educação, as crianças
tornam-se o público preferencial.
“Queremos trazer uma contem-
poraneidade para as escolas, dan-
do oportunidade para o debate em
todas elas. O que acontece local-
mente gera resultado planetário”,
diz Rachel Trajber, coordenadora
H
Sinal verde para o debateSinal verde para o debate
� RACHEL TRAJBER, coordenadora geral de Educação Ambiental do MEC, fala durante a 1ª ConferênciaInfanto-Juvenil pelo Meio Ambiente do Rio de Janeiro
Sergio Afonso
19BRASIL ROTÁRIO
de organismos multilaterais devários países.
O estado do Rio de Janeiro, as-sim como antes muitos outros,antecipou-se e promoveu a 1ªConferência Infanto-Juvenil peloMeio Ambiente do Rio de Janei-ro, nos dias 17, 18 e 19 de feve-reiro, no Palácio Capanema, an-tiga sede do Ministério da Edu-cação, no Centro do Rio de Ja-neiro. O encontro recebeu dele-gados e delegadas, eleitos entreos alunos de 5ª a 8ª série do en-sino fundamental, de escolas detodo o estado. Eles estavam aliapós participarem de debates emsala de aula, denominados deConferência na Escola, no qualum tema proposto – semprerelacionado às questões socio-ambientais da comunidade e aoconceito de autossustentabilida-de – é desenvolvido.
“ORGULHEM-SE”
Na plateia, no dia de abertura doevento, além de 150 alunos, pro-fessores e autoridades, um obser-vador especial: Gunter Pollack, ge-rente de relações internacionais daFundação de Rotarianos de SãoPaulo (FRSP) e secretário executi-vo da Comissão Interpaíses Brasil-Portugal e demais Países de LínguaOficial Portuguesa (CIP/PLOP).
Gunter compartilha com a Bra-
sil Rotário a preocupação com asdrásticas transformações do planeta.
“Atualmente, existe um núme-ro limitado de pessoas à frente deuma tarefa monumental, que é aluta pela preservação da Terra. ORotary tem a maior capilaridadeque uma organização pode disporpara enfrentá-la, pois estamos em250 países”, ele explica.
Teresa Pontual, subsecretáriade Estado de Educação, e que fa-zia parte da mesa de abertura, foia primeira a falar. Depois foi a vezde Rachel Trajber, que enfatizou
a necessidade de uma educaçãocontemporânea.
“Estamos aqui por dois motivos:um é salvar o planeta, o que não épouco. E meio ambiente começadentro de nós; nosso corpo é o pri-meiro meio que devemos cuidar. Ooutro motivo é defender uma edu-cação de qualidade, contemporâ-nea, de reconhecimento dos povose de sua cultura”, ela explicou.
Samyra Crespo, representando oministro do Meio Ambiente, CarlosMinc, pediu: “Orgulhem-se por seremjovens e, principalmente, por seremjovens engajados. Orgulhem-se e se-jam confiantes, porque vocês serãoos gestores e os governantes de ama-nhã. E o amanhã chegará em breve!”
Kátia Perobelli, presidente da As-sociação Nacional de Órgãos Muni-cipais de Meio Ambiente, conclamouas autoridades a pensarem em umapolítica pública de meio ambiente.
Mozart Schmitt de Queiroz, ge-rente executivo da Petrobras, expôsassim o problema: “A Mata Atlânti-ca está quase toda destruída. Mor-remos de dengue por desequilíbrioecológico. A Petrobras é a maior em-presa de energia do país. Produzirpetróleo produz poluição. Sabemosque nossa atividade acarreta impac-to ambiental e procuramos minoraro problema. Por isso, o nosso desa-fio é justamente obter equilíbrio,aproveitando as energias renová-veis. O debate sobre o meio ambien-te veio para ficar.”
Também compuseram a mesa deabertura Lara Moutinho, superinten-dente de Educação Ambiental da Se-cretaria de Estado de Ambiente, e Cí-cero Fialho, representante do MEC noRio de Janeiro. O evento contou ain-da com as presenças de Simone Si-mões, representante da Secretaria deEstado de Cultura; Márcia Vinchon,representante da Secretaria Munici-pal de Educação; e Maria Teresa, doNúcleo de Educação Ambiental doJardim Botânico do Rio de Janeiro.
RESPONSABILIDADES
Depois do grande encontro nacio-nal este mês, a meta é a Conferên-cia Internacional Infanto-Juvenilpelo Meio Ambiente, de 5 a 10 dejunho de 2010, em Brasília. Tal con-ferência resultará na elaboração daCarta das Responsabilidades “Va-mos Cuidar do Planeta”, a ser en-tregue a um representante das Na-ções Unidas, sintetizando os com-promissos assumidos pelos jovenspara a construção de sociedades au-tossustentáveis.
“Para a realização da conferên-cia internacional, estamos buscan-do parcerias com a finalidade dearrecadar US$ 3 milhões. A nossaprevisão é que participem, noevento final, cerca de 1.000 pes-soas de todo o mundo, entre cri-anças, jovens, acompanhantes,convidados, observadores, equipetécnica”, explicou Rachel para aBrasil Rotário, sabendo que oano passa rápido e o planeta nãopode esperar.
Para muitos cientistas, precisa-mos de grandes iniciativas de cons-cientização como essa: não tere-mos uma segunda chance na próxi-ma década.
Para saber mais:
portal.mec.gov.br/brasil2010
* O autor é jornalista da Brasil
Rotário.
“O Rotary tem a
maior capilaridade
que uma organização
pode dispor para
enfrentar essa tarefa,
pois estamos em
250 países”
Gunter Pollack
BR
20 ABRIL DE 2009
QUANTO AOS CLUBES E DISTRITOS� O Conselho decidiu pela aprovação de quatro no-
vos distritos e pela consolidação de três em dois.
Também recomendou a diversos distritos que ob-
servem o tamanho mínimo de 30 clubes e mil rotari-
anos até dezembro de 2010, caso contrário, serão
consolidados.
� Para auxiliar neste esforço, o Conselho solicitou
que o presidente indique comissões regionais de as-
sessoria, que trabalharão junto a clubes e distritos no
estabelecimento de estratégias de longo prazo para
distritamento e dimensionamento do quadro social.
� No que se refere ao desenvolvimento do quadro
social, o Conselho adotou um conjunto de princí-
pios orientadores para apoiar as estratégias de lon-
go prazo. Um desses princípios será o uso do novo
slogan Cada Um Consegue Um (Each One Reach One),
ainda dependente de exame legal por parte da secre-
taria geral. O objetivo é propagar a noção de que o
desenvolvimento do quadro associativo é respon-
sabilidade de cada rotariano.
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS DO RI� O Conselho empreendeu uma série de medidas para
reduzir custos, o que resultou numa variação positiva
de US$ 107.200,00 no orçamento de 2008-09.
� Concordou em fornecer seguro de viagem para to-
dos os rotarianos e seus respectivos cônjuges quan-
do, a pedido do presidente, viajarem a serviço de
assuntos de base do Rotary.
PROGRAMAS, COMUNICAÇÕESE PREMIAÇÕES DO RI� O Conselho registrou que o RI recebeu recursos
em espécie e comprometimentos no total de US$ 73
milhões, referentes ao desafio de arrecadar US$ 200
milhões, como parte do compromisso em relação
aos US$ 355 milhões doados pela Fundação Bill &
Melinda Gates.
� Para aumentar a conscientização quanto aos Ro-
taract e Interact Clubs, Ryla e Intercâmbio de Jo-
vens, o Conselho estimulou os governadores elei-
tos a incluir informações sobre esses programas em
seus Pets, e também encorajou os presidentes de
comissões distritais do RYLA a convidar governa-
dores atuais e governadores eleitos para participar
do evento jovem em questão, atraindo maior aten-
ção para o programa.
� Adotou providências para aumentar a prote-
ção aos jovens participantes de eventos organi-
Dterceira reunião do Conselho Diretor do RI
em 2008-09 ocorreu entre os dias 27 e
30 de janeiro último, em Evanston, Illinois, EUA.
Na ocasião, foram examinados relatórios de 17
comissões e adotadas 84 decisões.
A
Destaques do ConselhoDiretor do RI
21BRASIL ROTÁRIO
agente de seguros e a cobertura adequada para seus
estudantes. Estabeleceu, ainda, que o Programa de
Intercâmbio de Jovens obedecerá a três modalida-
des: Longo Prazo, Curto Prazo e Novas Gerações.
� Para apoiar a promoção combinada, e aperfeiçoar
a experiência do Rotary com jovens e jovens adul-
tos, o Conselho encorajou os coordenadores distri-
tais de Interact e Rotaract Clubs, Ryla e Programas
de Intercâmbio de Jovens a conduzir eventos con-
juntos. Também encorajou os Interact Clubs a parti-
ciparem dos programas do modelo ONU.
� O Conselho modificou suas políticas concernentes
à Mídia Rotária Mundial, de modo a requerer a certi-
ficação das revistas a cada quatro anos, e a exigir a
publicação de ao menos seis edições anuais.
ENCONTROS INTERNACIONAIS
� O Conselho concordou em reduzir para cinco dias
cada a Assembleia Internacional 2010 e o seminário
para treinamento de líderes, e autorizou à Secreta-
ria Geral para Transição um programa de cinco dias
de assembleia, precedido de um período de quatro
dias para o treinamento de líderes, nos anos subse-
quentes. Também concordou que o treinamento para
os distritos-pilotos do Plano de Visão Futura será
desenvolvido nos dois dias imediatamente anteriores
à Assembleia Internacional de 2010.
O Conselho registrou que o
RI recebeu recursos em
espécie e comprometimentos
no total de US$ 73 milhões,
referentes ao desafio de
arrecadar US$ 200 milhões
BR
zados pelos distritos, por meio do reexame do
processo de aprovação para reuniões multidis-
tritais de Interact.
� O Conselho também concordou que os clubes e
distritos solicitem aos pais o fornecimento de segu-
ro de viagem para seus filhos, quando se deslocarem
a localidades externas às suas comunidades. Estabe-
leceu ainda uma nova política de proteção e de pro-
cedimentos para jovens, que deve ser desenvolvida
pelos clubes e distritos, mantidas e cumpridas, em
caso de viagens.
� Ao constatar as dificuldades quanto à obtenção de
um seguro de viagens universal para todos os jovens
intercambiados, o Conselho decidiu que cada distri-
to anfitrião deve ser responsável por determinar um
stock.xchng
Capa
22 ABRIL DE 2009
Entrevista especial com
“Se algum dia
quisermos ter a
esperança de paz,
é necessário que
antes acabemos
com a pobreza”
harlayne Hunter-Gault entrevistou DesmondTutu pela primeira vez em Detroit, em 1986, oca-sião em que ele percorria o mundo para falar con-
tra o apartheid. “Ele ainda não sabia as consequênciasde seu discurso”, relembra ela. “Ele sofria ameaças, comcerteza, mas o vicioso regime do apartheid jamais ousoufazer-lhe mal.” Naquele ano, ele se tornou o primeiro ar-cebispo anglicano negro da Cidade do Cabo, África do Sul.
Desde então, Hunter-Gault entrevistou dezenas de ve-zes o Arqui, como ela o chama, sobre muitos assuntos,entre eles, a primeira eleição mutirracial, em 1994 – quesignificou “ver a cor, para um cego”, ele declarou [naqueleano, Nelson Mandela foi eleito presidente]; a supervisãoda Comissão Africana pela Verdade e pela Reconciliação,que promovia audiências públicas com reivindicações detodos os tipos; e o trabalho pelo fim das explosões de vio-lência, nos anos que se seguiram ao fim do apartheid.
Durante uma entrevista no escritório de Tutu, na Cida-de do Cabo, seus comentários são acompanhados por umsorriso infantil – hábito que “muitas vezes deixa as pessoassem ação”, conta Hunter-Gault e enraivece os partidos po-líticos nacionais. Ele se recusou a votar na recente eleição,esperando, com isso, ter enviado uma mensagem.
Ele vê na figura de Barack Obama, o presidente dos EUA,uma nova esperança para o mundo. Ele sorri e seus olhosse enchem de lágrimas ao prever que Obama significará,para os Estados Unidos, uma nova liderança moral.
A jornalista Hunter-Gault, vencedora de um prêmioEmmy, foi uma das duas primeiras estudantes afrodes-cendentes a frequentar a Universidade da Georgia, em1961. Ela passou 20 anos no Public Broadcasting Servi-ce (Serviço Público de Difusão), uma rede norte-ameri-cana de televisão, e se tornou a correspondente-chefenacional do News Hour with Jim Lehrer [A Hora dasNotícias com Jim Lehrer, em tradução livre]. Mudou-separa Johannesburgo em 1998, e é atualmente corres-pondente da National Public Radio [Rede Nacional deRádio, em tradução livre] para a África.
Tutu, que ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1984,discursará no Simpósio pela Paz Mundial do Rotary em18 de junho, evento anterior à Convenção do RI em Bir-mingham, na Inglaterra.
Desmond TutuC
23BRASIL ROTÁRIO
�
The Rotarian: O número deguerras e mortes provoca-das por conflitos armadoscaiu pela metade nos últi-mos 15 anos. A paz está ven-cendo?� Desmond Tutu: Eu sempreacreditei que isso aconteceria,e é encorajador ver essa estatís-tica, mas que diferença faz issopara alguém na República Demo-crática do Congo [um país com
histórico de guerras civis]? Quediferença faz isso para alguémem Darfur [região de combates
e genocídio no Sudão], em Mi-anmar [antiga Birmânia, no su-
deste asiático, governada des-
de 1988 por uma junta militar
acusada de violação de direitos
humanos] ou no Zimbábue [o país
enfrenta crise humanitária e eco-
nômica sem precedentes]? Nãosei, não posso me tornar um cíni-co. É maravilhoso, sim. Isto sig-nifica que os defensores da paz es-tão fazendo um grande progresso– um importante progresso.
Como na África do Sul.� Sim, se você se lembrar dosanos 1970 e 1980, quando está-vamos em guerra interna comnós mesmos, e exportávamosviolência e conflito para os nos-sos vizinhos, as chamadas fren-tes. Lutávamos na Namíbia e emAngola, e a guerra era regional.Bombardeávamos Moçambique,Botsuana, Zimbábue. Que coisa!
A África do Sul estava ator-mentada pela violência.� A paz chegou à África do Sul, oque ocasionou desdobramentos.Existe paz em Moçambique. Elesestavam envolvidos numa horrí-vel guerra civil, em parte alimen-tada pela África do Sul. Os Esta-dos Unidos apoiavam Jonas Sa-
que nós somos uma grande famí-lia. Enfrentaremos problemas atéque aprendamos isso.
Os rotarianos trabalhamem projetos sustentáveispara o desenvolvimento domundo. Você acha que istopoderia ser uma forma degerar o sentido de família?� É verdade. Lembra-se do queMartin Luther King falou? “Te-mos que aprender a convivercomo irmãos.” Agora acrescen-taríamos: e como irmãs. Pois senão o fizermos, morreremosjuntos; pereceremos todos,como tolos. Podemos pensarque estes cidadãos são sonhado-res, mas já vimos o que sucedeàqueles que querem se compor-tar como bonzinhos. Sabe quan-tos milhões de pessoas sobrevi-vem com menos de um dólarpor dia? E pensa que vencere-mos a guerra contra o terror?Não venceremos. Não vencere-mos enquanto existirem condi-ções desesperadoras para as po-pulações. E não podemos conti-nuar despendendo bilhões emarmas, que são instrumentos damorte. É isto que estas pessoastêm tentado dizer: a melhor for-ma de atender aos próprios in-teresses é interessar-se pelosoutros. Isto não é altruísmo.
O desenvolvimento podeser um instrumento da paz?� Enquanto as pessoas viveremna pobreza, não há forma de omundo ser estável. Expliquem-me, pois acho que sou um tolo:digam-me, com esta instabilida-de da economia – ontem, o di-nheiro era abundante, hoje eledesapareceu, e o governo pro-duz US$ 700 bilhões como sefosse a salvação da lavoura –,
vimbi contra o governo angolano,por ser aliado da União Soviética.
A Guerra Fria incitou conflitosem muitos lugares. De que for-ma o colapso da União Soviéti-ca afetou a África do Sul?� Imaginávamos que, quando aGuerra Fria terminasse, tudo esta-ria bem, que o mundo seria maravi-lhoso. Mas as coisas não se passa-ram assim, pois ficamos subitamen-te desorientados. A Guerra Fria trou-xe problemas às pessoas. Nós nospautávamos de acordo com os nos-sos oponentes: sou anticomunista,ou sou favorável seja lá ao que for –e você, quem é? Esse processo fun-cionou cruelmente na extinta Iugos-lávia. As pessoas não podiam supor-tar a diversidade. Quando não pos-suímos paradigmas, recuamos e sópodemos aceitar o que se parece co-nosco, fala como nós, pensa comonós – você sabe, “quem não está co-migo, está contra mim”. No funda-mentalismo de todas as espécies,não se apreciam perguntas compli-cadas ou complexas. A realidadenão é clara, mas as pessoas não apre-ciam que se seja claro.
A paz trouxe novos desafios?� Sem dúvida. A paz não é algo está-tico. Temos que avaliar constante-mente a nossa situação. Era maravi-lhoso, aqui, lutar contra algo, ir deencontro, entende? Estávamos uni-dos porque tínhamos um inimigocomum. Então, o inimigo desapare-ce, e a coisa fica difícil, muito difícil.
Que papel você vê para o Rota-ry no conhecimento de umavida de paz?� O Rotary tem uma tradição e umahistória maravilhosas de luta pelosdesfavorecidos. Isto é muito impor-tante, pois o nosso mundo terá queaprender uma lição muito simples:
Capa
24 ABRIL DE 2009
onde foi parar todo aquele di-
nheiro, e de onde vieram os no-
vos recursos? O governo ame-
ricano dizia aos seus próprios
cidadãos que não havia recur-
sos para recuperar as escolas
em áreas pobres, que não ha-
via dinheiro suficiente para
que cada americano tivesse
acesso à saúde. Mas Deus diz
que há recursos para satisfazer
às necessidades de todos, mas
que não há dinheiro para a co-
biça de todos.
Nessa situação, o que as pes-
soas que trabalham pelo de-
senvolvimento podem fa-
zer para se sustentarem e
aos seus objetivos?
� Muito poucas pessoas que-
rem esmolas. Elas querem uma
ajuda. Temos visto mais e mais
pessoas que afirmam: “Não es-
tamos fazendo caridade. So-
mos parceiros. Somos as suas
famílias. Queremos trabalhar
com vocês, para que vocês
possam ser parte da solução, e
saiam da pobreza.” Estamos fa-
lando de trabalho humanitário
– esta é realmente uma palavra
bonita, humanitarismo. Vocês
estão à procura de ajudar pes-
soas que recuperem a sua huma-
nidade, a sua dignidade, valor in-
trínseco para qualquer ser hu-
mano. Vocês estão com Deus,
que diz: “Eu vos dei deliberada-
mente um mundo que não é per-
feito, porque desejo que vocês
sejam copartícipes no seu aper-
feiçoamento.”
O Rotary tem uma longa
tradição no processo de
construção da paz. Os Cen-
tros Rotary, em importan-
tes universidades, treinam
profissionais para a paz
mundial, especializados na re-
solução de conflitos e no esta-
belecimento da paz. Qual a im-
portância deste processo?
� Tudo o que pudermos fazer para
que as pessoas sejam agentes da re-
solução de conflitos será importan-
te. Devemos prevenir os conflitos
antes que eles aconteçam, devemos
treinar pessoas que tenham sensi-
bilidade para os sinais e sintomas
dos conflitos. Queremos, ainda,
treinar pessoas que possam lidar
com as consequências dos confli-
tos. Muitos conflitos terminam, mas
temos que lidar com suas terríveis
sequelas.
A ONU diz que as nações têm a
“responsabilidade de prote-
ger” os cidadãos de outras na-
ções do risco das limpezas ét-
nicas e outras crises que
provoquem a perda de vidas
em grande escala. Por que
os governos relutam tanto
em interferir nos assuntos
de outros, imersos no ge-
nocídio, nas epidemias de
cólera, na terrível inflação
e brutalidade, como está
ocorrendo, por exemplo,
no Zimbábue?
� Muitos países do mundo em
desenvolvimento sentem-se des-
confiados quanto ao neocolonia-
lismo. Eles se sentem, algumas
vezes, muito sensíveis quanto à
possibilidade de as pessoas che-
garem e, com a desculpa de nos
ajudar em nossos apuros, nos
quererem impor obrigações.
Talvez alguns líderes não se sin-
tam seguros acerca das suas po-
sições, e receiem permitir que,
se alguém puser um pé em seus
países, em especial aqueles vin-
dos do Ocidente, ponham em
risco a sua liderança.
E em Darfur?
� Os países africanos formam o
cerne da Unamid (Missão das
Nações Unidas e da União Afri-
cana em Darfur). Lá, parte do
problema é que países que apoi-
am um papel mais efetivo da
ONU não têm comparecido fi-
nanceiramente com o mesmo
entusiasmo verbal que demons-
tram. Eles não têm fornecido à
ONU os recursos necessários ao
respaldo das tropas mais vulne-
ráveis. Os países africanos, como
um todo, têm se saído bem em
muitos aspectos. Poder-se-ia
questionar o seu desejo de im-
pedir a ICC (Corte Criminal In-
ternacional) de emitir um man-
dado contra o presidente Omar
al-Bashir, do Sudão. Eles afirma-
ram: “Isto seria um empecilho
Esta situação
econômica pode nos
levar a perceber que
não podemos
prosseguir neste
consumismo
exagerado em
algumas partes do
mundo, enquanto que
em outras partes mal
existe água para
se beber
25BRASIL ROTÁRIO
�
aos trabalhos pela paz como umtodo.” Eu não concordo, maseles não se têm saído mal. Elesagiram mal com o Zimbábue. Aspessoas que mais sofrem são,naturalmente, as mais vulnerá-veis, e isso é muito ruim.
O que precisa mudar noZimbábue?� Eu disse: olhem, temos que in-vocar aquele costume da “res-ponsabilidade pela proteção”.Se um governo não quiser, ounão for capaz de proteger seuscidadãos, a comunidade inter-nacional tem que entrar emcena. E eu também disse: sim,talvez os países africanos te-nham que deixar a ONU entrar.A África do Sul desapontou mui-tos de nós em relação a algumasresoluções que apoiamos ou nãono Conselho de Segurança daONU. Nós ocupávamos o que sepoderia rotular de alto nívelmoral. E hoje, sentimo-nos umpouco tristes por um país tãomaravilhoso, com uma gentetão bonita.
Mas o que houve? Será queas expectativas foram exa-geradas por causa do NelsonMandela, de todo aqueleconceito de “nação arco-íris” [termo cunhado porTutu logo após o fim doapartheid e as primeiras elei-ções democráticas na Áfricado Sul], e do seu papel?� Eu diria que sim. Nós esque-cemos que o pecado original nãotem cor [risos]. Na luta, nósquase poderíamos nos orgulharde que éramos especiais. Isto é,nós tínhamos homens notáveis,que eram inteiramente altruís-tas. As pessoas estavam prepa-radas para morrer. E nós imagi-
návamos que todo aquele idealis-mo persistiria na era pós-apartheid.Isto prova que somos humanos, afi-nal. Provavelmente, não imaginá-vamos o que o poder pode causar.O poder absoluto corrompe. A nos-sa arrogância cresceu – uma espé-cie de arrogância que o Partido Na-cional ostentava.
Nessas ocasiões, existem oódio e a raiva. Você é o SenhorReconciliação da África do Sul,e, agora, como presidente doThe Elders, tenta conciliar asquestões por todo o mundo.Como chegar até o ponto doperdão?� Através da permanente lembran-ça de que todas as pessoas têm asua bondade – de que todos nóssomos fundamentalmente bons. Fi-zemos, recentemente, um progra-ma com a BBC chamado Encarandoa Verdade, na Irlanda do Norte, eisto é realmente maravilhoso.Pode-se ver a magnanimidade doser humano confrontada com al-guém que cometeu as coisas maismedonhas. E as pessoas sentam-sejuntas, e conversam. Num dos ca-sos, um policial teve as duas mãosarrancadas num atentado do IRA(Exército Republicano Irlandês) auma viatura policial. O homem doIRA envolvido começou a falaracerca da sua educação e das pri-vações que experimentou como umcatólico apostólico romano na Ir-landa do Norte. O cidadão que so-frera o atentado disse: “Sabe, se eutivesse sofrido todas as privaçõesque você enfrentou, eu talvez tives-se feito a mesma coisa.” É incrível.
Quer dizer que o caminho dareconciliação é a aproximaçãoentre as pessoas?� As pessoas muitas vezes só que-rem ter a oportunidade de contar
suas histórias. Não fomos feitospara odiar. Nós aprendemos aodiar. Pode-se constatar istoentre crianças de diferentes ra-ças que foram criadas juntas.Elas não sabem nada acerca deraça e discriminação até que osadultos as infectem.
Você sempre se refere aubuntu, uma palavra zulu.Você explicou que “acredi-tamos que a nossa humani-dade está radicalmente ata-da, amalgamada, à do outro.Se eu o desumanizar, esta-rei também, inexoravel-mente, desumanizando amim mesmo.” É sobre istoque estamos falando agora,não é? Seria ubuntu uma fi-losofia apropriada para omundo de hoje?� É provavelmente o melhorpresente que poderíamos dar àhumanidade. Ela significa quenós fomos concebidos para nosunir. Quando chego a este mun-do, não passo de uma parte. Nãovenho inteiramente formado.Preciso aprender a falar comoum ser humano. Preciso apren-der a me tornar humano pormeio de outras pessoas.
Mas como se pode conven-cer as pessoas dessa ideia?� É surpreendente, por vezes. Osolhos das pessoas iluminam-seà menção disto, porque em al-guma parte, bem no interior, te-mos consciência disso – sabe-mos que estamos conectados.Veja o que aconteceu depois do11 de Setembro: o mundo dedi-cou uma profunda e real com-paixão pelos Estados Unidos –que eles, infelizmente, desper-diçaram, mas vamos deixar issode lado. Em todas as partes, sen-
Capa
26 ABRIL DE 2009
tiu-se um pesar profundo pelosEstados Unidos.
Como manter esta cone-xão?� Tendo em mente que se alguémpensa que pode progredir uni-camente por si mesmo está liqui-dado. A atual crise econômicatalvez nos faça concluir que nãopodemos prosseguir nesta orgiade consumo numa parte do mun-do, enquanto que em outra par-te nem água existe para se be-ber. Não podemos manter estamaneira de ser, em que somosincautos quanto ao consumo dosrecursos. Os Estados Unidos apre-sentam características formidá-veis, mas entristece-me ver asporções servidas nos restauran-tes. Repare quantos pratos re-tornam quase cheios, e todaaquela comida será jogada fora.
Estamos falando de consci-ência. As pessoas não têmconsciência.� De fato. É como reza aqueleditado: “Temos que viver sim-plesmente, para que outras pes-soas simplesmente vivam.”
O que o inspira? O que o fazvibrar?� Gente. As pessoas rezam pormim. Elas me apoiam. Posso es-tar exausto, mas quando falopara um grupo, sinto-me plenode energia, porque pessoas sãocoisas maravilhosas.
Você já teve ressentimentode alguém?� Provavelmente [risos]. La-mento por mim mesmo, mas setem que superar isso. Deus temsido muito bom. Sabe, a mãe daminha mulher foi uma emprega-da doméstica, e sua família vi-
via em um quarto de fundos numdos guetos da cidade. Muitos de nóséramos assim.
E você contraiu pólio.� Eu era bebê, e não me recordo.Só sei que tenho a mão direita me-nor do que a esquerda. Sou canho-to. Veja, veja o tamanho. Comovocê pode notar, não controlo es-tes dedos.
Os Estados Unidos têm agoraum presidente cujo pai eraafricano. Qual a sua opiniãosobre a eleição de Obama?� Acho fantástico. Sabe, eu estavanuma reserva de caça, e eles esta-vam radiantes em Chicago, cele-brando. Leah, minha mulher, esta-va assistindo pela TV, e as lágrimasdesciam pelo rosto dela. Ela disse,“Estou super feliz, e não sei porqueestou chorando.” [risos] Isto repre-sentou um salto em nossa caminha-da. O mais fantástico de tudo é queele não estimulou somente as pes-soas negras. O entusiasmo atraves-sou fronteiras. Veja quanta gentelhe deu as boas vindas em Berlim.
Alguma lição a tirar desta vi-tória?� Lição? Bem, cada um que tire asua [risos]. Mas o importante é queisto significa o nascimento de uma
nova era. Assistiremos a umaAmérica que lidera pela sua li-derança moral. Veremos umaAmérica cooperativa, conse-lheira. E não uma América quelança o seu peso sobre os ou-tros. As pessoas desejam que aAmérica lidere. E todos sabem,sem dúvida, o que este país temsignificado para todos nós.
Na África do Sul.� Sim. Eu devia ter oito anos, poraí, e vi um exemplar da revistaEbony, que falava sobre JackieRobinson. Ele arrebentava naLiga Principal de Beisebol e ia jo-gar pelos Brooklin Dodgers. Eunão sabia a diferença entre beise-bol e pingue-pongue, mas o fatoimportante para um menino ne-gro, naquela época, era um outronegro fazer sucesso. Eu me sentimaior. E também houve todas asoutras coisas acontecendo por lá.Sabe, você ouvia The Ink Spots[grupo vocal de negros que aju-
dou a popularizar o gênero que
conduziu ao rhythm & blues e o
rock and roll], Nat “King” Cole,todos eles. Lena Horne era a mi-nha pin-up preferida. Os norte-americanos nos encheram deesperança. Por isso fiquei tãosurpreso quando na minha visi-ta aos Estados Unidos descobrique os negros americanos eramtão amargurados. Eu comentei:“Mas como vocês podem ser as-sim?” Até que eu descobri queera porque a Constituição dosEstados Unidos dizia uma coisae a realidade era muito diferen-te. Os Estados Unidos são umpaís muito louco, pois o racis-mo ainda é muito forte. Os nor-te-americanos são capazes derebocar um negro num cami-nhão, até à morte, mas ainda as-sim são inacreditáveis. Quero
Veremos uma
América cooperativa,
conselheira. E não
uma América que
lança o seu peso sobre
os outros. As pessoas
desejam que a
América lidere
27BRASIL ROTÁRIO
BR
dizer, olha-se para cima, o céu
ainda está no mesmo lugar, mas
um negro, um jovem negro, está
na Casa Branca.
A campanha de Obama teveinício no Projeto GeraçãoJosué para atrair jovenscristãos. O nome, natural-mente, é baseado no relatobíblico, e de como a geraçãode Josué conduziu os israe-litas à Terra Prometida. Oque significa este nomepara você, especialmentedesde que Obama falou so-bre a geração de Moisés, quenos leva a um ponto, e ago-ra, sobre a geração de Josué,que é a que se segue?� Você se lembra do que eles fa-
laram? Rosa Parks sentou-se
para que Martin Luther King pu-
desse caminhar. Martin andou
para que Obama pudesse ficar de
pé, e Obama ficou de pé para que
os nossos filhos pudessem voar.
Isto não é lindo?
Você vai me fazer chorar.� Mas não é lindo?
Maravilhoso.� E veja o que está acontecendo no
Quênia. Quero dizer, eles o possu-
em (Obama). Eles pensam: “Este é o
nosso filho.” Ele terá uma maravi-
lhosa influência, porque poderá di-
zer aos africanos o que Bush não
podia. Quando ele disser: “Olhe,
pessoal, mantenham a ordem”, eles
verão que ele está falando como um
ocidental, mas também concluirão
que ele é um de nós.
Obama leu muito sobreAbraham Lincoln, inclusiveo Team of Rivals [Equipe deRivais], de Doris Kreans Goo-dwin [trata-se da história dogabinete de Lincoln, que in-cluiu alguns dos seus oposi-
� DESMOND TUTU (o último, à direita) preside o TheElders, formado por 12 líderes, que trabalham na soluçãodos árduos problemas globais. Os outros integrantes são,a partir da esquerda, a ativista moçambicana GraçaMachel; a ex-presidente irlandesa Mary Robinson; o ex-presidente americano Jimmy Carter; o ex-presidente daÁfrica do Sul Nelson Mandela; o ex-chanceler chinês LiZhaoxing; o ex-secretário geral da ONU Kofi Annan; e ofundador do Grameen Bank, Muhammad Yunus
tores]. A atitude de Obamaé conciliadora.� Ele deixou Robert M. Gates no
Pentágono como secretário da
Defesa e escolheu como alguns
dos seus mais importantes as-
sessores econômicos pessoas
que não necessariamente con-
cordam com ele.
As pessoas em lugares comoa África do Sul deveriamatentar para este fato?� Observe como ele estendeu a
mão para Hillary Clinton. Temos
que aprender com a atitude. Em
campanha usa-se, sim, uma lin-
guagem exaltada, mas se deve
pensar que somos todos do mesmo
país e temos que remar juntos.
Qual a lição a extrair de tudoisto?� Fomos feitos para estar juntos.
Tradução de Eliseu Visconti Neto.
28 ABRIL DE 2009
N
Gedson Junqueira Bersanete*
ABTRF – Associação Brasileira da The Rotary Foundation
os últimos anos, muito se
tem falado sobre a Asso-
ciação Brasileira da The
Rotary Foundation (ABTRF). Nos
Institutos Rotary do Brasil, te-
mos tido verdadeiras aulas de
como fazer para apoiá-la. Temos
tido reuniões e palestras em mui-
tas conferências distritais. Tra-
tamos desse tema nos Seminá-
rios Distritais da Fundação Ro-
tária e sempre reservamos um
espaço para falar sobre a nossa
ABTRF, criada para dar aos
rotarianos a oportunidade de fa-
zer contribuições por meio de
suas empresas ou de empresas
simpatizantes da nossa causa:
Fazer o Bem no Mundo.
Mas por que ainda está tão di-
fícil aumentar o número de con-
tribuições? Por que ainda não
conseguimos atingir uma por-
centagem razoável do potencial
de arrecadação que temos?
Há a lguns anos , Bhichai
Rattakul nos brindou com uma
presidência do Rotary Interna-
tional que foi magistral. Ele trou-
xe ao Rotary um sentido de
humanismo que poucos haviam
experimentado anteriormente.
Ele nos trouxe o lema Plante Se-
mentes de Amor e, usando o ter-
mo em inglês grassroot, nos deu
a incumbência de trabalhar den-
tro do Rotary e da Fundação
Rotária de baixo para cima. Esta
ideia de que as coisas devem
acontecer nos clubes e subir tem
sido aplicada desde então – ao
invés de a alta cúpula decidir e
todos se obrigarem a cumprir
A ABTRF é nossa responsabilidade
uma meta com a qual não se com-
prometeram, ou que sequer têm
condições de cumprir.
Hoje em dia, é cada vez mais
difícil estar no Rotary e manter-
se um bom rotariano, pois temos
uma quantidade de compromis-
sos sociais e familiares que au-
menta todo o tempo. Nosso tra-
balho tem cada vez mais concor-
rência, obrigando-nos a inves-
tir mais para ganhar a mesma
coisa. Isto nos traz uma maior
competitividade profissional,
mais desgaste e menos tempo
para nos dedicarmos ao Rotary.
Mas aonde eu quero chegar com
estas palavras?
PARTINDO PARA A AÇÃOQuando indagamos por que as
coisas não acontecem, devemos
antes de tudo perguntar: “Por
que eu não tenho feito as coisas
acontecerem?”. Toda e qualquer
ação da Fundação Rotária nasce
de uma necessidade da comuni-
dade e da ação de um rotariano.
Portanto, o futuro do Rotary
está em nossas mãos.
A ABTRF vem siste-
maticamente pagando
inúmeros projetos de
Subsídios Equivalentes
em nosso país
A.Santos
29BRASIL ROTÁRIO
Depois de tantas reuniões e de
informações sobre a ABTRF, está
na hora de nós, rotarianos, par-
tirmos para a ação. Dentro de
cada clube, existem rotarianos
que têm suas empresas, não im-
porta se de grande ou de peque-
no porte. O importante é que es-
tes rotarianos podem dar um
exemplo para os outros empre-
sários, que podem unir-se a nós
nestas contribuições. Daremos o
exemplo.
Cada clube pode ter um cho-
que de gestão e partir realmente
para cumprir os requisitos do
Plano de Liderança de Clube, que
afirma que as cinco comissões de-
vem trabalhar juntas e unidas por
um único objetivo do clube ou
por um grande projeto.
Quando se fala em trabalhar por
objetivos, devemos entender que
todos devem buscar a realização
daquela meta estabelecida, cada
um usando as suas próprias habili-
dades. Os empresários podem
viabilizar o aporte necessário a es-
ses projetos, fazendo com que os
recursos passem pelas mãos da
ABTRF. Eles ainda podem ser par-
ceiros de fato, dando ideias e com-
prometendo-se com a susten-
tabilidade do projeto.
Os recursos conseguidos para
um projeto por meio da ABTRF se-
rão administrados da mesma for-
ma que os recursos que são desti-
nados à Fundação Rotária direta-
mente pelas pessoas físicas. E ain-
da temos outra coisa a considerar:
os recursos doados à ABTRF não
saem do Brasil, sendo gastos em
projetos locais. A ABTRF vem sis-
tematicamente pagando inúmeros
projetos de Subsídios Equivalen-
tes em nosso país.
Portanto, o que estamos bus-
cando é o envolvimento dos
rotarianos. Por exemplo, na hora
de renovar o seguro do seu car-
ro, se isso for feito com a Porto Se-
guro, informe seu corretor: auto-
maticamente, 5% do prêmio será
doado pela Porto Seguro à nossa
ABTRF.
Buscamos aquele empresário
rotariano que faz doações para
muitas entidades beneficentes,
mas que acaba esquecendo de que
ele é dono de uma instituição re-
conhecida em todo o mundo, que
faz a diferença na vida das pesso-
as e que também precisa da sua
contribuição.
Esta contribuição é diferente
de uma doação porque, quando
você doa, faz isso confiando em
quem recebeu o dinheiro – mas
essa doação já tem um fim deter-
minado. Por outro lado, quando
contribui para a Fundação Ro-
tária, você pode (e deve) acom-
panhar o caminho que sua contri-
buição faz até chegar às comuni-
dades necessitadas.
Por intermédio das mãos de
rotarianos dedicados, seus recur-
sos ajudam a fazer os projetos hu-
manitários, chegam às Universi-
dades da Paz (onde mantemos es-
tudantes que se especializarão em
promoção da paz e resolução de
conflitos) e permitem que nossos
intercambiados cruzem o planeta
para trocar informações e conví-
vio entre diferentes culturas, co-
laborando para que nos torne-
mos mais próximos do nosso
próximo.
EM NOSSAS MÃOS
Enfim, a ABTRF somente vai atin-
gir seu potencial de arrecadação
quando cada um de nós rotarianos
– empresários ou não – começar
a entender a dinâmica e o signifi-
cado da seguinte frase: “Todos têm
responsabilidade social”. Os clu-
bes devem realizar os projetos
que emanarem de suas comunida-
des, e os rotarianos devem ser o
espelho dessas comunidades.
Cada um representando a sua pro-
fissão e buscando, dentro da sua
área de influência, como atender
melhor a nossa ABTRF. Mesmo
que você não seja empresário,
pode buscar dentro do seu rol pro-
fissional algum empresário com
responsabilidade social que este-
ja disposto a contribuir com os
nossos projetos e ser reconheci-
do por isso da forma usual com
que a Fundação Rotária reconhe-
ce a quem nos ajuda com suas
contribuições.
Estamos mudando a cada dia
a forma de ver o Rotary, a Fun-
dação Rotária e a nossa ABTRF.
Estamos desmistificando a Fun-
dação, que até um tempo atrás
era vista como “um problema do
governador do distrito”. Agora
ela é a solução dos problemas da
nossa comunidade, e esta solu-
ção está no nosso trabalho, na
nossa dedicação, no constante
conhecimento das novas regras
da Fundação Rotária e do bom
entendimento do seu Plano de
Visão Futura.
O futuro da ABTRF também
está em nossas mãos.
* O autor é ex-governador do dis-
trito 4470 e ex-coordenador re-
gional da Fundação Rotária.
Mesmo que você não
seja empresário, pode
buscar dentro do seu rol
profissional algum
empresário com
responsabilidade social
que esteja disposto a
contribuir
BR
30 ABRIL DE 2009
Tema do mês
Francisco Borsari Netto*
Formando a corrente
Abril é o mês que o Rotary dedica às nossas revistas.
Um período propício para que os Rotary Clubs promovam
a importância da imprensa rotária e esclareçam como é
possível obter espaços nos meios de comunicação para a
divulgação de seus projetos humanitários. Em abril, o mundo
do Rotary se engalana para celebrar as revistas rotárias. É o
reconhecimento oportuno e justo ao trabalho de divulgação
que nossas revistas prestam para que o Rotary seja mais
conhecido e reconhecido.
mundo atual é marcado (emesmo engrandecido) pelafarta e influente comunica-
ção que une os povos e nações, fa-zendo com que a humanidade sesinta uma só. Se a comunicação é oelo que une as pessoas, então po-demos afirmar que a rede de revis-tas rotárias forma a corrente. Estacorrente é formada pela The Rota-rian, a revista oficial do Rotary In-ternational, em inglês, e pela famí-lia de 31 revistas regionais oficiaisem circulação no mundo rotário,publicadas em diversos idiomas,com uma circulação total de apro-ximadamente 1.250.000 exem-plares.
As revistas regionais, aprovadaspelo Conselho Diretor do RI e pro-duzidas de maneira independentepelos rotarianos, veiculam notíciasrotárias voltadas às atividades deregiões específicas, distribuídas em130 países e 24 idiomas. Todas asrevistas regionais são obrigadas ater uma certificação concedida pelo
Conselho Diretor do RI. Isso garan-te a uniformização da mensagem doRotary em todos os cantos do mun-do, mas concede liberdade aos edi-tores para adaptar as revistas às ca-racterísticas locais. Os editores dasrevistas regionais reúnem-se a cadadois anos para trocar informaçõese experiências.
O COMEÇO DE TUDO
A primeira revista rotária, chama-da The National Rotarian, surgiuhá 98 anos, mais precisamente em1911. Com 12 páginas elaboradaspor Paul Harris, o fundador do Ro-tary, a revista tinha um público de1.500 rotarianos nos EUA e no Ca-nadá. Um ano depois, com a funda-ção de clubes na Grã-Bretanha e naIrlanda, a revista passou a se cha-mar The Rotarian.
Além de ser o primeiro redatorda The Rotarian, isto entre 1911 e1928, Chesley Perry serviu como
secretário do RI até 1942. Duranteas primeiras décadas, os artigos daThe Rotarian e das revistas regio-nais eram voltados à ética profis-sional, ao desenvolvimento do ca-ráter e ao crescimento do Rotary.Na década de 1920, críticos comoo escritor e jornalista George Ber-nard Shaw, Sinclair Lewis e H. L.Mencken ridicularizavam a im-prensa rotária. No entanto, na dé-cada seguinte, Leland Case, redatorda The Rotarian, persuadiu os trêsa colaborarem para a revista.
Em 1915, os novos clubes cria-ram a primeira revista regionalpara a Grã-Bretanha e a Irlanda.Nos anos 20, uma revista rotáriaregional foi publicada na Austrália.Em 1965, os governadores distri-tais australianos lançaram a Rota-ry Down Under.
A Revista Rotaria, edição espa-
O
Há quase um século, revistas rotárias vêm ajudando o Rotarya espalhar pelo mundo sua filosofia de ética e serviçosHá quase um século, revistas rotárias vêm ajudando o Rotarya espalhar pelo mundo sua filosofia de ética e serviços
stock.xchng
31BRASIL ROTÁRIO
BR
nhola da The Rotarian, foi lança-da em 1933 e publicada até 1992,ano em que a Nueva Revista Ro-taria passou a atender a Venezue-la e outros 12 países latino-ameri-canos.
A Ceskoslovensky Rotarian foilançada em 1929. Proibida pelos na-zistas de 1938 a 1945, e depois pe-los comunistas entre 1948 e 1989,voltou a ser publicada em 1990,passando no começo desta décadaa se chamar Rotary Good News.
Para Bangladesh, Índia, Nepale Sri Lanka, a revista oficial é aRotary News. No Japão, The Ro-tary-no-Tomo é publicada semes-tralmente em inglês, oferecendouma perspectiva bilíngue aos ro-tarianos japoneses. Já a RevistaPortugal Rotário atende Portugal,Macau, Ruanda e Angola.
SUA BRASIL ROTÁRIOSucessora de Notícias Rotárias eRotary Brasileiro, a Brasil Rotá-rio é a revista rotária regional ofi-cial para os rotarianos brasileiros.Fundada em fevereiro de 1924, epublicada inicialmente como umboletim do RC do Rio de Janeiro,neste mês de abril a revista chegaao número 1.042. São destacadosquatro importantes pontos a favorda Brasil Rotário: a revista é aguardiã de nossa história; trabalhana promoção da imagem do Rota-ry em nosso país; nos incentiva àação; e é um fator de unidade.
O grupo de publicações com-posto pela The Rotarian e pelas re-vistas regionais, chamado de Ro-tary World Magazine Press, é co-nhecido como o “jornalismo dasboas novas”. Por meio da aborda-gem de diversos problemas queafetam a humanidade e das manei-ras pelas quais os rotarianos po-dem ajudar a saná-los, tem semantido na vanguarda, apresen-tando versões eletrônicas de suaspublicações na internet. Essas pu-blicações são os olhos, os ouvidose a voz do Rotary. Para ler suaBrasil Rotário na internet, aces-se <www.brasil-rotario.com.br>
� A Brasil Rotário foi eleita uma das melhores revistas regionais do Rotary.� Com uma reportagem sobre a saúde mental, a edição de outubro de 1977da The Rotarian ganhou os elogios da Associação Norte-Americana de Saú-de Mental.� A edição especial de abril de 1983 sobre a corrida armamentista nuclearvaleu à The Rotarian o prêmio Gold Circle Award, da American Society ofAssociation Executives.� A The Rotarian recebeu o prêmio Silver Award de melhor fotografia empreto & branco no ano de 2003 por um ensaio sobre a erradicação da pólio.� Em fevereiro de 2005, todas as revistas regionais e a The Rotarian apre-sentaram a mesma capa em celebração aos 100 anos do Rotary International.
O Manual de Procedimento do Rotary estabelece que todo as-
sociado de um Rotary Club precisaser assinante de uma revista rotária,seja ela a The Rotarian ou a revistaregional oficial, prescrita pelo Con-selho Diretor do RI. Cada revista re-gional tem seu toque local. Traba-lhando por um mesmo objetivo, asrevistas regionais e a The Rotariangozam de uma relação de coopera-ção e benefícios mútuos.
A missão dessas publicações é di-vulgar continuamente a mensagemdo Rotary, publicar avisos, notíciasoficiais e decisões importantes doConselho Diretor e dos curadores daFundação Rotária, além de divulgarprojetos relevantes implementadospelos clubes e as mensagens do pre-sidente do Rotary International.
Dessa maneira, as revistas cons-tituem uma valiosa fonte de infor-mação, pois nelas podemos encon-trar notícias sobre as decisões doConselho Diretor do RI, matériassobre a Fundação Rotária, progra-mação de eventos, mudanças na ad-ministração e projetos desenvolvi-dos pelos rotarianos em todas aspartes do mundo.
A FORÇA DO IMPRESSOAté uma certa época, o telegramaera a única forma de comunicação
Trabalhando em rede com a missão de integrar
internacional. Depois, vieram o te-lex e o fax. Atualmente, além da te-levisão, temos a internet como umrápido veículo de comunicação –mas os jornais, livros e revistas con-tinuam insubstituíveis em seu pa-pel informativo. É por isso que amaioria dos rotarianos ainda pre-fere a mídia impressa.
Nas palavras da jornalista Can-dy Isaac, coordenadora regionalsênior da revista The Rotarian, ou-tro aspecto dessa história quasecentenária das revistas rotáriascontinua inabalável: “Uma das mai-ores forças das revistas regionaisao longo de todos esses anos foi, econtinua sendo, a dedicação dos ro-tarianos leais que criam e supervi-sionam essas publicações”. Elacompleta: “A tarefa não é semprefácil (...), mas de alguma forma, otrabalho é sempre feito, e as revis-tas seguem o caminho em direçãoao seu destino: as mãos dos rotari-anos do mundo inteiro”.
O Manual de Procedimento re-comenda que os clubes apresentemprogramas sobre a revista. Imbuí-dos de Dar de Si Antes de Pensarem Si, e seguindo o lema Realize-mos os Sonhos, vamos apoiar nos-sas revistas rotárias, pois elas sãouma superfonte de informações.
Versões impressas ainda são as preferidas dos rotarianos
*O autor é ex-governador distrital e associado do RCde Curitiba-Guabirotuba, PR (D. 4730).
Uma história feita de grandes momentos
32 ABRIL DE 2009
Futuro da indústria ouindústria do futuro?
Economia & negócios
Mário César de Camargo*
ark Twain, provavelmente o mais genuíno
de todos os escritores americanos, certa
feita destilou uma pérola, desmentindo no-
tícias de seu falecimento, veiculadas pelo jornal: “As
notícias sobre minha morte foram extremamente
exageradas”.
Talvez algo semelhante aconteça com a indústria
gráfica, cujo féretro tem sido anunciado, principalmen-
te por veículos impressos, há quase meio século. Cito
o caso de Pinkus Jaspert, jornalista especializado em
indústria gráfica, que num encontro mundial do setor
chamado Comprint, em 1976, preconizou que lería-
mos o New York Times somente em tela a partir do
ano 2000.
Antes de profetizarmos sobre a gráfica do futuro,
cabe perguntar se haverá gráfica no futuro. Quando
presidente da Associação Brasileira da Indústria Grá-
fica (Abigraf), alertei a diversos públicos empresari-
ais de que alguns produtos da indústria gráfica pere-
ceriam. Considerado apocalíptico, o discurso encon-
trava uma parte da plateia cética, cega, esperançosa e
iludida. Afinal, pensamento estratégico não consta das
prioridades das quase 20 mil gráficas brasileiras, emi-
nentemente microempresas, voltadas endogenamen-
te para seus desafios rotineiros.
Mas era evidente que alguns produtos da lavra grá-
fica não enfrentariam os novos tempos. A nota fiscal
impressa, por exemplo, era um deles. Fruto de uma
relação incestuosa entre controle fiscal, cobiça arre-
cadatória e aceleração das informações, era previsí-
vel que os sistemas eletrônicos integrados atropelari-
am a nota fiscal arcaica.
Desafios e perspectivas dosetor gráfico no Brasil
M
OS NÚMEROS DO SETORMinha própria empresa, a Bandei-
rantes, foi vitimada pelo advento
da integração bancária. Imprimía-
mos a relação de cartões de crédito
negativados – aquela infame lista de
picaretas, consultada por atendentes do
comércio enquanto esperávamos ansiosos a aprova-
ção da compra. Seria cabotino dizer que o sistema de
máquinas de aprovação online piorou a vida de mi-
lhões de portadores de cartão de crédito, somente
porque eliminou a listagem impressa. O triunfo da in-
formação digital era líquido e certo. Todavia, há pro-
dutos gráficos com uma sobrevida considerável, prin-
cipalmente nos países emergentes. Consideremos
apenas alguns dados recentes:
� Enquanto a demanda por jornais nos EUA cai su-
cessivamente, o Instituto Verificador de Circulação
emitiu no início do ano o relatório de tiragens no Bra-
sil em 2008, apresentando um acréscimo de 5% na
circulação média diária, ante 11,8% de crescimento
em 2007, e 6,5%, em 2006;
� Segundo dados da Abigraf e do IBGE, o valor da
produção setorial em 2008 ultrapassou R$ 23,44 bi-
lhões, ou aproximadamente US$ 13,24 bilhões, com
dólar médio de R$ 1,77. Em 1996, o PIB da indústria
gráfica brasileira era de US$ 5,7 bilhões. Uma dife-
rença considerável. No período de oito anos, entre
2000 e 2008, o contingente de colaboradores saltou
de 168 mil para 204 mil, de acordo com o Ministério
do Trabalho;
� Mesmo nos mercados saturados, como dos EUA, a
tendência é de consumo crescente de papel, obvia-
mente com a redução de alguns produtos. Um estudo
Futuro da indústria ouindústria do futuro?
33BRASIL ROTÁRIO
BR
ainda conviverão por muito tempo, principalmentenos países emergentes. Quantos leitores emergentesdos Brics (grupo integrado por Brasil, Rússia, Índia eChina) poderão pagar os US$ 359 do livro eletrônicoKindle 2, apresentado pela Amazon no dia 9 de feve-reiro último?
Como será, então, essa gráfica do futuro? Algumasdas características de empresas gráficas do futuro,garantindo longevidade, adaptabilidade e geração devalor ao negócio, serão:1) Eficiência absoluta: nossa indústria ainda é alta-mente ineficiente, em termos de perdas (lidamos comum produto ambientalmente sensível, o papel) e ge-ração de valor per capita. O faturamento médio porfuncionário da gráfica brasileira é de US$ 50 mil anu-ais, relativamente baixo se comparado a outras in-dústrias;2) Especial ização notória: como se distinguircomo líder no share of mind do seu cliente quandohá 20 mil concorrentes? A especialização, o con-trole de processo e a liderança de determinadosegmento são ferramentas indispensáveis para asobrevivência;3) Agregação de valor: o destino da indústria madu-ra – e a indústria gráfica é uma balzaquiana de 550anos – é a comoditização dos serviços e rebaixamen-to dos preços. As gráficas do futuro deverão identifi-car oportunidades de agregar serviços a partir da vi-são do cliente, não da sua própria. Terá mais sucessoquem melhor souber desenvolver parcerias na solu-ção dos problemas deste cliente;4) Flexibilidade: gráfico tem os olhos voltados paraseu próprio umbigo. Empresários com máquinas off-set desconsideram impressão digital. Além disso,produtos plásticos impressos não são consideradosgráficos, no sentido tradicional. Limitações de pers-pectiva, normalmente geradas a partir da visão doprocesso e não da demanda, inibem flexibilidade, fun-damental em épocas de transição. Não me consta quea Nokia, uma empresa centenária, tenha fabricado te-lefones celulares desde sua fundação.
Pensando bem, essas características poderiam va-ler para empresas do futuro, não somente gráficas.Enquanto isso, continuaremos a ler sobre a morteanunciada do impresso sobre papel, exatamente nosmoldes dos proclamas funéreos de Mark Twain.
* O autor é EGD, associado do RC de Santo André,
SP (D. 4420) e presidente do Sindicato das Indústri-
as Gráficas do Estado de São Paulo. Artigo original-
mente publicado na edição de 13 de março de 2009
do Jornal do Brasil.
de tendências chamado The status of print 2005, pu-blicado pelo Rochester Institute of Technology, re-velou que, entre 1998 e 2020, os EUA passarão de61,65 milhões para 75,93 milhões de toneladas/anode consumo de papel. Há encolhimento de demandaprevista em vários segmentos, como periódicos, jor-nais, livros, catálogos e manuais. Por outro lado, háincrementos significativos em embalagem, promoçãoe papel cortado.
NOVOS CENÁRIOSMas, com tudo isso, será que podemos nos iludir? Se-gundo Andy Grove, ex-presidente da Intel, “só os pa-ranóicos sobrevivem”. A paranoia da ameaça à in-dústria gráfica tem fundamento. Quando a Sony lan-ça uma tela flexível que simula a portabilidade dopapel, é insensato desprezar o avanço tecnológico quejá obsoletou produtos gráficos.
A Amazon, cujo catálogo digital tem 230 mil títu-los, e o Google, com 7 milhões de títulos fora de catá-logo, são atores principais nesse cenário futurista dedifusão digital da informação. Entretanto, num cená-rio realista, o papel impresso e a tecnologia digital
Ninja
� KINDLE, O livro eletrônico da Amazon, e Gutemberg,o pai da indústria gráfica: época de transição
34 ABRIL DE 2009
África
Waldir Andrade*
oordenada por Connie Spark,
governadora eleita do distri-
to 7390, e pela companhei-
ra Sally Platt, entre os dias 22 de
setembro e 2 de outubro de 2008
foi realizada uma missão humani-
tária que levou tratamento pre-
ventivo de saúde para milhares de
crianças das áreas mais necessita-
das de Nairóbi, capital do Quênia.
Contando com a parceria da Fun-
dação Rotária e dos Rotary Clubs
de Marietta-Metro (distrito 6900),
Lebanon-North e York-East (distri-
to 7390), Nairobi-North (distrito
9200) e dos distritos 4310 (Brasil)
e 4460 (Peru), a missão levou ao
Quênia seis projetos de Subsídios
Equivalentes, sendo cinco na área
de saúde (oftalmologia, pediatria
e odontologia) e um projeto hídri-
co para oferecer água potável à co-
munidade de Mithini. Este projeto
contou com a participação do dis-
trito 4310, de São Paulo, que con-
tribuiu com US$ 1.000. Outro par-
ceiro da missão foi o Rotarians For
Fighting Aids, um grupo de rotari-
anos que se mobiliza em todo o
mundo para prevenir e tratar o
HIV/Aids (saiba mais acessando o
site www.rffa.org).
Durante a missão em Nairóbi,
uma equipe de 73 voluntários,
composta por rotarianos e não
rotarianos de dez países, traba-
lhou ao lado de rotarianos dos
Rotary Clubs da capital queniana,
do Rotaract e de um Núcleo Rota-
ry de Desenvolvimento Comuni-
tário. Com o objetivo de oferecer
uma vida melhor às crianças de
três comunidades, o foco princi-
pal dos trabalhos foram os órfãos
da Aids e a infância desassistida
das periferias. Três grandes fave-
las de Nairóbi foram os locais de
atuação da missão.
A ATUAÇÃO DOS BRASILEIROSCom cerca de 150.000 habitantes,
Korogocho recebeu a equipe brasi-
leira. Além de mim, participaram
da missão a companheira Wilma
Miranda Barbosa, do distrito 4580;
a presidente do Rotary Club de
Americana-Carioba, Patrícia de Oli-
veira Andrade dos Santos; a presi-
dente do Rotary Club de Piracica-
ba-Luiz de Queiroz, Cilene Bornizo
da Silva Frias; e o companheiro Izu-
mi Sakuma, do Rotary Club de Pre-
sidente Prudente. Nosso grupo foi
reforçado por mais um voluntário:
o jovem estudante de filosofia Re-
giene Ely das Neves, enviado pela
Paróquia São Domingos, da cidade
paulista de Americana.
Nossa equipe teve os trabalhos
apoiados pelo Núcleo Rotary de De-
senvolvimento Comunitário local,
pelo Rotaract de Nairóbi e pela
companheira Nana, do Rotary Club
de Nairobi-East, coordenadora lo-
Solidariedade sem fronteirasVoluntáriosbrasileirostrabalharam namissãohumanitáriaque levou cuidadosmédicos àscrianças do Quênia
� UM TOTAL de 12.000moradores de Nairóbirecebeu atendimentosmédicos e odontológicos
C
35BRASIL ROTÁRIO
cal da missão. Atuando na área deodontologia, a equipe brasileiraatendeu 557 crianças e adolescen-tes, além de distribuir escovas ecreme dental para as crianças, en-quanto as orientava quanto a umaperfeita escovação.
Na favela de Mathare, atuou aequipe dinamarquesa, tambémvoltada para a área odontológica.Em Mukuru, comunidade com500.000 habitantes e a segundamaior favela de Nairóbi, concen-trou-se a maioria dos voluntários,vindos dos EUA, Canadá, ReinoUnido, Austrália, Japão, Dinamar-ca, Uganda, África do Sul e Índia.Os trabalhos foram desenvolvidosnas áreas de oftalmologia, clínicamédica, pediatria e odontologia.Nas três comunidades assistidashouve ainda a participação dogrupo de ação Rotarians for Figh-ting Aids, que levou orientação,assistência médica e exames clí-nicos, incluindo o teste de HIV.
A próxima missão médica orga-
nizada por estes Rotary Clubs terá
o objetivo de atender as comuni-
dades ribeirinhas próximas a San-
tarém, na Amazônia Brasileira. A
missão está prevista para se rea-
lizar em fevereiro de 2010. Os
A missão atendeu a mais de12.000 pacientes. Para que fosse re-alizada, a Fundação Rotária dispen-deu cerca de US$ 1 milhão em re-cursos, incluindo os projetos de Sub-sídios Equivalentes, os Subsídiospara Serviços Voluntários e as des-pesas gerais, como alimentação etransporte local. Todos nós, volun-tários da missão, rotarianos ou não
rotarianos, voltamos do Quêniacom a certeza de que fizemos a nos-sa parte – e mais convictos de queo Rotary é o caminho para acabar-mos com as desigualdades que as-solam o planeta.
* O autor é ex-governador do dis-
trito 4580 e associado do RC de
Juiz de Fora-Sul, MG.
Nome oficial: República do QuêniaLocalização: costa leste da ÁfricaPopulação: 36 milhõesCapital: NairóbiÍndice de Desenvolvimento Humano:0,521 (148o colocado num ranking de177 países)
“Nós atendemos dúzias de
crianças somente no dia de hoje
e podemos dizer, honestamen-
te, que salvamos algumas vi-
das. A maioria das crianças
poderia ser tratada com anti-
bióticos, outras com cuidados
mais simples, mas eu creio que
duas delas, particularmente,
não teriam sobrevivido àquela
noite sem a nossa ajuda. Eram
dois gêmeos e estavam raquíti-
cos, desnutridos e muito doen-
tes, desesperadamente desi-
dratados. Lutei para conseguir
levá-los rapidamente a um hos-
pital, a tempo de salvá-los. Fe-
lizmente, nós conseguimos, e
pelo menos por enquanto eles
estão vivos.” – Carl Good, cien-
tista clínico e voluntário.
Dados: Almanaque Abril 2008.
companheiros voluntários, os Ro-
tary Clubs e distritos de todo o Bra-
sil estão convidados a participar.
Os contatos podem ser feitos
diretamente com a companhei-
ra Patrícia Santos, pelo e-mail
Missão no Brasil
Depoimento
BR
� A MISSÃO foi realizada por um grupo de 73 voluntários,entre rotarianos e não rotarianos de dez países
36 ABRIL DE 2009
Em cima do fato
ex-governadora do distri-to 4570 Adélia AntonietaVillas está na expectativa
de mais um prêmio de reconheci-mento ao trabalho social do freiEckart Hermann Höfling. Trata-sedo Prêmio Nobel Alternativo (Ri-ght Livelihood Award), apresen-tado anualmente em Estocolmo,Suécia, e concedido para pessoasque trabalham pelo desenvolvi-mento humano e pela busca desoluções para os problemas glo-bais. Um júri internacional deci-de a premiação em áreas comoproteção ambiental, direitos hu-manos, desenvolvimento susten-tável, saúde, educação e paz.
Adélia Villas é coordenadora doprojeto Humanização do Bairro, ematividade na Praça Mauá, área por-tuária do Rio de Janeiro. Uma dasprincipais obras sociais da OrdemTerceira de São Francisco da Peni-tência, o projeto tem como supe-rintendente geral frei Eckart Her-mann Höfling, associado honorário
do RC do Rio de Janeiro-Saúde, RJ(D.4570), e associado do RC deLohr-Markheidenfeld, Alemanha(D.1950).
“Esse prêmio, tão consideradoquanto o Nobel, vem acompanha-do de US$ 200 mil para ser aplica-dos em obras sociais”, explica a ex-governadora. “Estamos na expec-tativa também pelo dinheiro, queserá de grande ajuda, não é, frei?”
Frei Eckart concorda, pois será omesmo caso do dinheiro do prêmioQuadriga, cujo destino ele protamen-te declarou na cerimônia de entrega,em 2008, em Berlim: “O dinheiro jáestá gasto. A ideia é se fazer um abri-go para moradores de rua.”
A HOMENAGEM
Em 3 de outubro do ano passado,no Teatro da Ópera Cômica, emBerlim, frei Eckart recebeu o prê-mio Quadriga 2008 durante umacerimônia que teve mais de 1.200convidados, entre eles, José Ra-mos-Horta, presidente do Timor
Leste, Gerard Schröder, ex-chance-ler alemão, e Heinz Fischer, presi-dente da Áustria.
Além de frei Eckart, na categoriaThe Home of Charity (em livre tra-dução, A Casa da Caridade), os ou-tros agraciados de 2008 foram: Bo-ris Tadic, presidente da Sérvia, porThe Courage of Perseverance (A Co-ragem da Perseverança); JimmyWales, fundador da Wikipédia, porA Mission of Enlightenment (A Mis-são pela Iluminação); e Peter Gabri-el, músico socialmente engajado,em United We Care (Unidos Nós NosImportamos). Antes de eles subiremao palco, foi apresentado um filmeque mostrava um pouco do traba-lho de cada um deles.
Frei Eckart recebeu a Quadrigadas mãos de Frank-Walter Stein-meier, ministro das Relações Exte-riores da Alemanha. “Foi, sem dú-vida alguma, a materialização deum trabalho de uma vida inteira, daOrdem e de todos os seus parcei-ros, para oferecer a possibilidade
Projeto premiado pode servir de modelo para os graves problemas sociais do país
� A PARTIR da esquerda, frei Eckart, superintendente-geral da Ordem da Penitência, Gunter Pollack, gerentede relações internacionais da FRSP, e a EGD Adélia Villas, coordenadora do projeto Humanização do Bairro
A
Fotos: Sérgio Afonso
Reconhecimento em muito boa horaReconhecimento em muito boa hora
37BRASIL ROTÁRIO
de uma vida melhor às crianças”,diz Adélia Villas.
A Quadriga é um prêmio ale-mão, um dos mais prestigiosos daEuropa, patrocinado pela Werks-tatt Deutschland, organização semfins lucrativos com sede em Ber-lim. Sua função é reconhecer anu-almente quatro pessoas, gruposou entidades que tenham se dis-tinguido por seu espírito pioneiroem matéria de inovação e renova-ção da vida política, econômica ecultural. O agraciado recebe umaestátua que reproduz a quadrigasobre o Portão de Brandemburgo,construção que é um dos marcosde Berlim, além de 25.000 eurosem dinheiro.
O PODER DA EDUCAÇÃONo dia 16 de fevereiro, na presen-ça da ex-governadora Adélia, freiEckart recebeu Gunter Pollack, ge-rente de relações internacionaisda Fundação de Rotarianos de SãoPaulo (FRSP), em sua sala na Or-dem Terceira. Gunter demonstroupreocupação com o momentoeconômico atual e assinalou al-guns rumos:
“Nós precisamos nos dar as mãose pressionar para que cada um façaa sua parte. A opinião pública temque se manifestar, pois o grande de-safio serão os jovens desocupados.Temos que manter o jovens ocupa-dos em tarefas nas quais eles conti-nuem a aprender. Temos, ainda,que dar condições para a amplia-ção do conhecimento e consideraroutros aspectos, como o empreen-dedorismo deles próprios, até mes-mo criando renda em ocupaçõesnão convencionais. Um importan-te desafio é mantê-los decentemen-te ocupados.”
Adélia fez, emocionada, um ba-lanço sobre o trabalho social da Or-dem: “A gente tem constatado, nodia a dia, o poder da educação. Hádez anos estamos no projeto. Entremenores e adolescentes, nós te-mos, no mínimo, 700 alunos na Es-cola Dr. Francisco da Motta. E é im-pressionante! Embora estejamos no
meio de uma comunidade carente,não temos tido problemas relevantes.Não temos problemas com drogas,por exemplo. Por que não temos? Sa-bemos a resposta: educação. Quandose dá chance à educação, o jovem seagarra de tal maneira...”
“Demos carinho e a escola virou olar deles”, resume frei Eckart. E con-ta como tudo começou: “Nós come-çamos a implantar o projeto em 2002e, desde o início, sentimos o grandeimpacto que a iniciativa iria causarna região. Reformamos e transforma-mos os imóveis em oficinas profissi-onalizantes, dando a possibilidade ajovens e adultos de aprenderem umaprofissão e, com isso, terem chancesde ingressar no mercado de trabalho.Além disso, oferecemos assistênciamédica e psicológica e atividadesculturais na Casa de Cultura do Mor-ro da Conceição. O que vemos hoje
em dia são pessoas que começarama resgatar a autoestima e a confian-ça, e que estão dispostas a lutar paraoferecer uma vida melhor para suasfamílias. Estamos satisfeitos com otrabalho realizado, mas tambémmuito engajados e animados com osdesafios que temos pela frente”, dizfrei Eckart.
MODELO PARA O MUNDOO projeto Humanização do Bairro étão exemplar que pode ser replica-do em qualquer parte do mundo.Assim constataram representantesda Comunidade Europeia que visi-taram as instalações do projeto noano passado.
“É uma comparação com o Ro-tary. Normalmente, as outrasONGs se dedicam de forma segmen-tar. Já o Rotary pode tudo. A mes-ma mentalidade teve o frei quan-do pensou nessa região. Nossameta inicial era atingir 14 mil pes-soas, atingimos 20 mil. É um mo-delo”, define Adélia.
Durante a sua premiação emBerlim, o frei lançou uma adver-tência aos países ricos: “Quem es-teve na América do Sul pôde veri-ficar, muito antes da crise bancá-ria nos Estados Unidos, como umsistema econômico e financeiro in-ternacional não regulamentadoproduz injustiça e pobreza, comoos enormes desafios ecológicos esociais ameaçam dividir socieda-des inteiras, e qual a contribuiçãoque nós, europeus e alemães, po-demos e – como penso – devemosprestar, assumindo compromissosnos planos tecnológico, político etambém cultural.”
Para Adélia Villas, um desafiocrucial do projeto é a sustentabili-dade: “A manutenção disso signi-fica um custo.” Custo inevitável, jáque, assim como frei Eckart e Gun-ter Pollack, a ex-governadora con-sidera que o Rotary tem uma vo-cação para os altos voos, os gran-des sonhos.
Agradecimentos: Georgeana Me-llo, assessora de imprensa.
“São pessoas que
começaram a resgatar a
autoestima e a confiança.
Estamos satisfeitos com o
trabalho realizado, mas
também muito engajados e
animados com os desafios
que temos pela frente”
Frei Eckart
BR
� O TROFÉU Quadriga, que repro-duz o motivo sobre o Portão deBrandemburgo, em Berlim
38 ABRIL DE 2009
Aldair de Queiroz FAldair de Queiroz FAldair de Queiroz FAldair de Queiroz FAldair de Queiroz Franco e Altimar Augusto Fernandesranco e Altimar Augusto Fernandesranco e Altimar Augusto Fernandesranco e Altimar Augusto Fernandesranco e Altimar Augusto FernandesCoordenadores Regionais da Fundação Rotária para as
Zonas 20 (Norte), e 19A e 20 (Sul), respectivamente
FOCO NA MISSÃO:� Impacto significativo� Resultados autossustentáveis� Programas e sistemas simplificados� Sucesso na promoção da imagem: umaFundação de destaque
� Veja o que já conquistamos com relação à erradi-
cação da pólio! O Rotary ganhou um significativo
reconhecimento público devido a sua dedicação e
liderança na erradicação dessa doença.
� O Plano de Visão Futura deverá melhorar ainda
mais a imagem pública de nossa organização em
função do esperado aumento em realizações, re-
cursos, capacidade, credibilidade e liderança na
prestação de serviços de filantropia e propagação
da paz.
� Por muitos anos, a Fundação tem tentado fazer
tudo e atender a todos, alocando recursos a inú-
meras atividades. Ao procurar equilibrar melhor
os recursos e ter um foco mais definido, a Funda-
ção poderá ajudar os rotarianos a dar assistência a
mais pessoas e causar um impacto maior e mais
duradouro.
� A Fundação Rotária deve se manter relevante no
mundo filantrópico e com o foco no cumprimento
de sua missão.
� O Plano de Visão Futura oferece a oportunidade
de desenvolver projetos, atividades e parcerias que
causem um impacto significativo, e de ajudar os
rotarianos a continuar servindo internacionalmen-
te, provendo resultados autossustentáveis às co-
munidades beneficiadas.
� Devemos permanecer atentos às enormes mudan-
ças e ao crescimento das necessidades humanitárias
no mundo.
� A nova estrutura de subsídios irá oferecer a clu-
bes e distritos mais controle e flexibilidade, ao mes-
mo tempo em que centralizará os serviços a serem
prestados.
� A nova estrutura permitirá que clubes e distritos
respondam mais rapidamente às necessidades urgen-
tes, tanto locais quanto mundiais.
� O plano deverá aumentar a eficiência e a economia
de escala na prestação de serviços.
� A atual instabilidade econômica é uma excelente
oportunidade para revitalizar o foco da nossa mis-
são, continuar a fortalecer os programas, aprimorar
os processos organizacionais e seguir em frente, rein-
ventando nossa Fundação.
� A fase experimental de três anos nos dará a chance
de avaliar as estratégias e procedimentos do Plano
A Fundação para o futuro
omunicação será a chave para o sucesso
do Plano de Visão Futura. Para assegu-
rar continuidade administrativa durante este
período em que nos dedicaremos ao cresci-
Mensagens sobre o Plano de Visão Futuramento e aprimoramento da nossa Fundação,
é fundamental que as mensagens abaixo se-
jam transmitidas de maneira clara e positiva a
todos os rotarianos.
C
foto SXC arte: Alex
39BRASIL ROTÁRIO
Coluna do chair da Fundação RotáriaColuna do chair da Fundação RotáriaColuna do chair da Fundação RotáriaColuna do chair da Fundação RotáriaColuna do chair da Fundação Rotária
JONATHAN MAJIYAGBEPresidente do Conselho de
Curadores da Fundação Rotária
Vamos eliminara pólio já
BR
E
de Visão Futura de modo a implementar as corre-
ções necessárias antes de seu lançamento oficial.
OS DISTRITOS QUE PARTICIPAREMDO PLANO DE VISÃO FUTURA DAFUNDAÇÃO ROTÁRIA DEVERÃO:1. Obter a aprovação de pelo menos dois terços de
seus clubes.
2. Participar do processo de qualificação, que in-
clui treinamento obrigatório para os governado-
res de 2010-11 e para os presidentes de comissão
distrital da Fundação Rotária.
3. Treinar os dirigentes de clube de 2010-11 du-
rante o Pets, a assembleia distrital ou a conferên-
cia distrital, de modo a qualificar os clubes a rece-
ber subsídios.
4. Participar da fase experimental durante três
anos (2010-11, 2011-12 e 2012-13) e nesse perío-
do isentar-se de participar dos atuais programas
da Fundação Rotária (com exceção do Polio Plus
e dos Centros Rotary de Estudos Internacionais
da Paz e Resolução de Conflitos).
5. Submeter pedidos de subsídios distritais e glo-
bais durante a fase experimental, de modo a tes-
tar a nova estrutura de concessão de subsídios.
6. Usar subsídios globais somente para projetos
patrocinados em parceria com clubes de outros
distritos participantes.
7. Submeter relatórios sobre subsídios e bolsas
aprovados anteriormente pela Fundação.
8. Cancelar pedidos de subsídios não aprovados
antes de 1º de julho de 2010.
9. Apresentar relatórios periódicos e responder a
levantamentos sobre a fase experimental.
10. Usar o site da fase experimental para solici-
tar subsídios e comunicar-se online com a Fun-
dação Rotária.
11. Se necessário, reavaliar as alocações de Fundo
Distrital de Utilização Controlada para 2010-11 já
comunicadas à Fundação. Isso poderá afetar o
patrocínio de Bolsas Educacionais e equipes de
Intercâmbio de Grupos de Estudos.
12. Reler todas as informações sobre o Plano de
Visão Futura fornecidas pela Fundação Rotária.
13. Ajustar as comissões e subcomissões distritais
da Fundação Rotária segundo a nova estrutura de
concessão de subsídios da Fundação. Por exem-
plo: nos distritos que participarem da fase experi-
mental, o mandato dos presidentes dessas comis-
sões se encerrará em 30 de junho de 2010. Os dis-
tritos poderão manter o rotariano no cargo duran-
te os três anos da fase ou nomear outra pessoa.
m janeiro, o Rotary International recebeu um
novo aporte de recursos da Fundação Bill &
Melinda Gates, o que elevou o total de contribui-
ções daquela entidade para US$ 355 milhões. A
Fundação Gates solicitou aos rotarianos uma con-
trapartida de US$ 200 milhões. Para muitas orga-
nizações, essa tarefa poderia parecer impossível,
especialmente nesta época de incerteza econômi-
ca. Mas todos nós sabemos que os rotarianos são
contribuintes generosos, e especialistas na arre-
cadação de fundos.
Mas o nosso apoio não se limita à simples doa-
ção de dinheiro para uma boa causa. A erradica-
ção da pólio tornou-se uma tarefa apaixonante
para muitos rotarianos, uma meta que pode e deve
ser alcançada.
O Rotary jamais havia recebido um impulso tão
forte na guerra contra a poliomielite. Somando-se
aos recursos postos à disposição pela Fundação
Gates, a diretora-geral da Organização Mundial da
Saúde, Margaret Chan, alocou toda a força opera-
cional da entidade no combate à pólio. Além dis-
so, dois governos comprometeram-se com muita
ênfase nessa campanha. O Departamento Interna-
cional para o Desenvolvimento do Reino Unido alo-
cou £ 100 milhões (US$ 150,3 milhões) para a er-
radicação da pólio nos próximos cinco anos. Em-
bora esta quantia não integre de forma direta o De-
safio Rotary, isso irá nos ajudar muito para alcan-
çarmos nossa meta.
Esta é a oportunidade de capitalizarmos todos
esses recursos e concluirmos nossa tarefa. Não po-
demos esperar até que a situação econômica se
normalize para prosseguirmos em nossa luta. Pre-
cisamos ir em frente. E isto significa cumprir o De-
safio de US$ 200 Milhões do Rotary. Para que isto
aconteça, é necessária a participação de nossos clu-
bes e distritos, e de cada um de vocês. Encorajo-
lhes a estabelecer metas ambiciosas, mas factíveis,
para que seu clube contribua com este desafio.
Criem campanhas de arrecadação de fundos que
envolvam toda a comunidade, e façam com que
todos saibam que os rotarianos lideram a luta ime-
diata pelo fim da pólio.
40 ABRIL DE 2009
Se você tem 50 anos de Rotary ou mais, envie sua foto sozinho para a Brasil Rotário:
� E-mail: [email protected]ço postal: Avenida Rio Branco, 125 –18o andar – Centro – Rio de Janeiro – CEP: 20040-006
O companheiroAntonio Carva-lho de Brito éassociado doRC de Belém,PA (D.4720),desde 19 defevereiro de1959.
WaldyrO’Dwyer,associado doRC de Aná-polis, GO(D.4530),comemorou 63anos de vidarotária,iniciada no RCde Ipameri,GO (D.4770).
Fausto Terçariolestá no RC dePalmital, SP(D.4510), desdea sua fundação,em 1954. Ele jáfoi presidente doclube, represen-tante do gover-nador do distritoe é Companhei-ro Paul Harris.
O companheiroPalmyro Ferrantitem duas comemo-rações neste mês.No dia 7, elecompleta 103 anos(ele nasceu em
1906). No dia 21, ele faz quase 70anos de vida rotária (ele ingressou nainstituição em 1940). Pelos doiscálculos, é um dos maiores veteranosdo Rotary. Lúcido, ele ainda escrevepara o boletim do seu clube, o RCde São João da Boa Vista, SP(D.4590). Palmyro nasceu nessacidade, filho de italianos. Formou-sena conceituada Faculdade de Phar-macia e Odontologia de RibeirãoPreto, em 1928. Destacou-se mundi-almente na profissão ao criar ométodo de tratamento de canais emuma única sessão, ganhando reco-nhecimento como um dos pioneirosda moderna endodontia. Antes dePalmyro, o tratamento era feito emmúltiplas, dolorosas e prolongadassessões. Sua outra grande paixão é oRotary, sendo um dos fundadores doclube de São João da Boa Vista.Casado desde 1943 com dona Bina,tem dois filhos: a professora VeraSilvia e o médico veterinário PalmyroFerranti Junior.
41BRASIL ROTÁRIO
Interact & Rotaract
O Rotaract Clubde São Miguel, SP(D.4310), inaugurougaleria de presiden-tes do clube. Nadata, foram lembra-dos os seus seteanos de existência,os seus sete presi-dentes e os projetosrealizados. O EGDEduardo Coelhoesteve presente àinauguração.
Mais de 100crianças econvidadosparticiparamde uma festapara a garota-da na EscolaEstadualProfessorMoacyr deCampos. O
acontecimento foi promovido pelo Rotaract Club deSão Paulo-Vila Carrão, SP (D.4430), e levoualegria para crianças órfãs e tuteladas pelo Estado.
O Rotaract Club de Olímpia-Integração, SP(D.4480), está à frente do projeto Integrando o Saber.Por meio dele, foram montadas bibliotecas comunitá-rias em locais de grande circulação de pessoas, como oFórum, a Santa Casa de Misericórdia e o posto deatendimento do INSS.
Pela Semana Mundial de Interact, o RC de CampoMourão-Lago Azul, PR (D.4630), homenageou o repre-sentante distrital de Interact André Felipe PereiraMartins e o presidente do Interact de Campo Mou-rão, Éder Aguiar da Silva. Na mesma época, os RCs dacidade doaram mais de mil livros para instituições deensino. A ação faz parte do projeto distrital Um Livro,Um Sonho, desenvolvido pelos 20 clubes de interactia-nos do noroeste do Paraná. Na foto, integrantes doInteract e do RC de Campo Mourão-Lago Azul.
O Interact Club deCianorte, PR (D.4630),está empenhado na
campanha de conscientização Não Alimentem osAnimais Silvestres junto à população vizinha aoparque Cinturão Verde (que é um fragmento de umagrande floresta hoje reduzida a 5% do seu tamanhooriginal). O parque tem dezenas de espécies de avese mamíferos, como macacos e quatis, alimentadaspor moradores e turistas. O hábito acarreta doençasnos animais, mudança de comportamento, inclusive amigração para áreas urbanas.
O Interact Club de Serra do Caverá, da cidadede Rosário do Sul, RS, participou recentemente dasPrimeiras Interactiadas Multidistritais, que acontece-ram na cidade de Santa Rosa. O encontro reuniujovens de diversas cidades em torno do esporte, e esseInteract representou o distrito 4780.
42 ABRIL DE 2009
Clássicos da
Disney no ritmo
do jazz
Renata CoréCulturaCultura
Inúmeros temas produzidos para os longas-metragens da Disney
garantiram um lugar entre as músicas mais célebres do cinema. “Zip-A-Dee-Doo-
Dah”, do filme “A Canção do Sul”; “When You Wish Upon a Star”, de “Pinóquio”; e
“Beauty And the Beast”, de “A Bela e a Fera”, são apenas três exemplos. Pois essas e
outras nove canções conhecidas foram repaginadas em versões jazzísticas para integrar
o CD “Disney Adventures in Jazz”.
Distribuído pela Walt Disney Records, o disco restringe-se a temas de animações,
como “Fantasia” e os mais recentes “Aladdin” e “Toy Story”. “Disney Adventures in
Jazz” é o segundo número da coleção, iniciada no ano passado com o título “Disney Adventures
in Bossa Nova”, este com participação de nomes como Ivan Lins, Marcos Valle, Edu Lobo, Carlos
Lyra e Joyce.
Junto com o CD de jazz, o braço fonográfico do conglomerado Disney acaba de lançar também
outras duas coletâneas. O álbum “Super Star Hits” traz as interpretações de músicos como Elton
John, Phil Collins e Sting para os temas de clássicos da animação. A terceira coletânea, batizada
de “Disney Box Office Hits”, é voltada para produções mais novas, como “Carros”, “Bolt:
Supercão”, “Ratatouille”, “As Crônicas de Nárnia” e “Os Piratas do Caribe”.
Clássicos da
Disney no ritmo
do jazz
As homenagens pela passagem do centenário da morte de Machado de
Assis acompanharam todo o ano de 2008. Na ocasião, o Bruxo do Cosme Velho teve
sua obra debatida, relançada e também adaptada – inclusive para a TV. Claro que
não foi a primeira vez. A atualidade de Machado sempre despertou o interesse
do público, e uma prova disso é o DVD “O Alienista e As Aventuras de Um
Barnabé”, que reúne três obras do autor levadas para a TV em diferentes épo-
cas, resultando em estilos e estéticas distintos.
O primeiro episódio, “O Alienista”, combina ficção e documentário. Com
direção de Guel Arraes, a história foi ao ar no programa Terça Nobre Especial,
em julho de 1993.
O segundo especial, “As Aventuras de Um Barnabé”, tem como base a peça
teatral “Quase Ministro” e foi dirigido por Roberto Farias. O programa foi exibi-
do na série Brava Gente, em novembro de 2001.
Por fim, fechando o DVD, o episódio “A Cartomante” é oferecido como bônus.
Uma curiosidade a respeito dessa história, exibida em janeiro de 1974 no Caso
Especial, é que foi dirigida pela atriz Regina Duarte.
Machado de Assis em três tempos
43BRASIL ROTÁRIO
� Bill Tancer é colunista da Time.com
e executivo do Hitwise, instituto que
desenvolve pesquisas a partir de bases
de dados virtuais. Consciente de que a
presença massiva da internet vem in-
terferindo nos padrões de comporta-
mento e fazendo com que a vida tam-
bém aconteça on line, o autor decidiu
investigar o que os internautas procuram na rede mun-
dial de computadores. Mas Tancer preferiu não se pau-
tar pelas pesquisas de opinião, por acreditar que nelas a
verdade corre o risco de ficar disfarçada. Por isso, julgou
ser mais seguro mergulhar no grande volume de dados
oferecido pelas ferramentas de busca na internet. Cerca-
livros
uando está com uma novela inédita no ar,como agora, Gloria Perez se disciplina paratoda semana, religiosamente, entregar um
bloco de seis capítulos para o elenco. A autora já reve-lou sua preferência por escrever de pé, explicando queaprecia a sensação de urgência que tal posição transmi-te. Atualmente, Gloria Perez, que dispensa a ajuda decolaboradores para escrever suas tramas, está mergu-lhada no universo de “Caminho das Índias”, mas sededica também a uma outra mídia: a internet. A escrito-ra mantém o blog “De tudo um pouco”. Como já adiantao título da página, no endereço <http://gloriafperez.blogspot.com> Gloria Perez aborda os maisdiversos assuntos, incluindo temas atuais e sua própriamemória, além, é claro, do universo indiano retratadona novela.
Gloria Perez conta de tudo um pouco
QGloria Perez conta de tudo um pouco
� A consultora em comunicação e RH
Renata Di Nizo está convicta de que
todos podem desenvolver e aprimorar
a competência da escrita e, principal-
mente, gostar de escrever. O segredo
estaria, além da vontade e perseve-
rança, em descobrir a própria criati-
vidade, etapa que considera a primei-
ra da criação. “O primeiro passo é su-
perar o famoso branco, fazer as pazes com o crítico inter-
no para ganhar a fluência desejável. De fato, o jorrar de
ideias é intrínseco à habilidade de escrever”, afirma a
O QUE BUSCAM OSUSUÁRIOS DA INTERNET?
ESCREVENDO COMCRIATIVIDADE E CLAREZA
do por sua experiência, Tancer analisou informações que
apontam para o rompimento de estereótipos sobre os pa-
drões de consumo e de características atribuídas a deter-
minados grupos sociais e as disponibilizou no livro “Click”.
Para explicar como os internautas se comportam,
Taner usa exemplos do cotidiano, como o que os usuários
querem saber sobre o presidente dos EUA, Barack Obama,
e como tais pesquisas são modificadas de acordo com os
assuntos agendados pela mídia de massa. “Click” é divi-
dido em duas partes, permitindo ao leitor acompanhar o
desenvolvimento do método de obter informações e o modo
como elas são interpretadas.
CLICKIdeias surpreendentes para os negócios e para a vida
Bill Tancer
Globo
autora, que viveu 12 anos na Europa, onde pesquisou e
trabalhou em projetos de criatividade e expressão. A ex-
periência adquirida no exterior e com sua empresa, vol-
tada para a mesma área, é compartilhada no livro “Es-
crita criativa – o prazer da linguagem”.
A obra é dividida em três partes – Os caminhos da
escrita, Etapas da escrita e Técnicas de criatividade – e
traz ensinamentos importantes para aqueles que dese-
jam se comunicar melhor por escrito.
ESCRITA CRIATIVAO prazer da linguagem
Renata Di Nizo
Summus Editorial
44 ABRIL DE 2009
LivrosAutores rotarianos
História da Estrada deFerro Campos do Jordão:
uma escalada para a vida
Pedro Paulo FilhoNoovha America� No começo do século 20, um grupo
de sanitaristas propôs a realização de
uma verdadeira epopeia: a construção
de uma ferrovia que cortasse a Serra
da Mantiqueira em direção à cidade de
Campos do Jordão, então um vilarejo
plantado a 1.600 metros de altitude,
com um clima especial que salvou mui-
tas vítimas desenganadas da tubercu-
Uma matriarca do sertão:Fideralina Augusto Lima
Melquíades Pinto PaivaEdições Livro Técnico
� Em seu novo
livro, o histo-
riador e cien-
tista Melquí-
ades Pinto Pai-
va, associado
do RC do Rio
de Janeiro,
RJ (D. 4570),
revisita suas
raízes familia-
res para nos contar a história de sua
trisavó materna, Fideralina Augusto
Lima, a famosa matriarca sertane-
ja que povoou o imaginário popular
do Ceará com seus feitos fabulosos
de mulher valente e poderosa – isso
ainda no século 19. “As grandes ma-
triarcas estão desaparecendo. Nun-
ca mais se viu, no Nordeste, uma
sucessora para dona Fideralina”, dis-
se, certa vez, a escritora Raquel de
Queiroz (1910-2003).
AmetistaMario MilaniPoiesis
� O novo lança-
mento do compa-
nheiro Mario Mi-
lani, do RC de
Marília-Leste,
SP (D. 4510) é
um romance que
retrata a sensibili-
dade de um ho-
mem diante da fra-
gilidade e da força
de uma mulher. Para adquirir o livro,
acesse o site www.mariomilani.com.br
lose, a doença
que mais preo-
cupava o Brasil
daquele tempo.
Com a ajuda de
muitas fotos e
documentos
preciosos, Pe-
dro Paulo Filho,
associado do RC de Campos do
Jordão, SP (D. 4600), conta essa
incrível história em seu 21o livro. Vale
lembrar que, 93 anos depois, a estra-
da de ferro continua em operação –
mas hoje em dia, apenas para aten-
der aos muitos turistas que visitam a
bela cidade paulista.
Archimedes Memória:
o último dos ecléticos
Péricles Memória FilhoEditora e Livraria Brasil� Um dos fundadores do RC do
Rio de Janeiro, RJ (D. 4570), o
primeiro do Bra-
sil, o arquiteto
Archimedes Me-
mória (1893-
1960) está ga-
nhando esta be-
la biografia, as-
sinada por seu
neto. Archime-
des foi um dos
grandes nomes
da arquitetura brasileira nas primei-
ras décadas do século 20, responsável
pela formação de outros profissionais
e autor, entre outros, do plano urba-
nístico da Exposição Internacional do
Centenário da Independência e dos
projetos do Palácio Tiradentes e do
Palácio Pedro Ernesto, no Rio.
45BRASIL ROTÁRIO
46 ABRIL DE 2009
RC de Lavras, MG – Os compa-
nheiros visitaram a escola Chapeu-
zinho Vermelho, da cidade de Ibi-
turuna, onde apóiam o projeto Clu-
binho do Livro Infantil com doa-
ções de livros e DVDs. Na foto, ao
fundo, a partir da esquerda, a co-
ordenadora da escola, Márcia Tei-
xeira, o casal governador do dis-
trito, Murillo Affonso Ferreira e
Norma, e o presidente do clube,
Emerson Nonato da Silva.
DDDDD..... 45604560456045604560
Esse clube também
promoveu passeio
ambiental com alunos
da Escola Municipal
Padre Emílio Luiz
Lunkes, do município
de Ijaci, ao Parque
Ecológico Quedas do
Rio Bonito. Foi a
oportunidade da
garotada desenvolver
uma maior consciên-
cia ambiental e desco-
brir a biodiversidade
da região.
Criançada emmeio à literaturae à natureza
Criançada emmeio à literaturae à natureza
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RC deSantaBárbarad’Oeste-Progres-so, SP –Com apresençade 500 convidados, o clube fez a 3ªNoite Árabe (foto). O objetivo eraarrecadar fundos para a FundaçãoRotária e outras entidades. Os compa-nheiros também organizaram festainfantil na Casa Abrigo, instituição queacolhe crianças de 2 a 12 anos sob riscosem ambiente familiar.
RC de São Cristóvão, SE – Arrecadou doaçõespara os desabrigados de Santa Catarina. Foramdistribuídas quase duas centenas de sacolas deroupas e produtos de higiene pessoal.
RC de Caria-cica-CampoGrande, ES –Realizou a 1ªAção SocialComunitáriaMaçônicaRotária emparceria com a Grande Loja Maçônica do Estado doEspírito Santo. O evento contemplou o bairro deCampina Grande e vizinhos, e destinou-se às popula-ções menos favorecidas. Na oportunidade, houveatendimento médico, medição glicêmica e de pressão,além de diversas atividades para as crianças. A ideiapor trás dessa ação e de outras futuras é criar motiva-ção na luta pela cidadania.
RC de San-tos, SP – Umconcurso quevisa desenvolvero conceito dedemocracia e ogosto pelaleitura premiou121 alunos darede de ensinomunicipal.Nessa 66ªedição do concurso – ele foi instituído pelo clube em1942 –, cada classe da 4ª série do ensino fundamentalelegeu o melhor colega, e este recebeu medalha, diplo-ma, brinde e livro (foto). Os demais alunos da turmatambém receberam livros – ao todo, foram doados 4 mil– e brinquedos. Em outro momento, o clube tambémlevou alegria para a criançada dentro do projeto Educa-ção e Cidadania, que assiste o Instituto São José, oNúcleo de Reabilitação do Excepcional São Vicente dePaulo (Nurex) e a Associação Casa da Esperança.
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RC de São Paulo-Sudeste, SP– Firmou parceria com a FundaçãoEscola de Comércio ÁlvaresPenteado (Fecap) para a oferta debolsa de estudos integral para aintercambiada equatoriana Paola Carolina Tello Morales(foto). A jovem frequentará o Colégio Fecap ao longo detodo este ano.
RC dePiracica-ba-CidadeAlta, SP –Recebeujovensintercambi-ados, quefizeramapresenta-ção sobre acultura e oscostumes de seus países. Da esquerdapara a direita, Paul Casino (da Austrália);Diana Ketelsen (da Dinamarca); o oficialde intercâmbio Antonio Tarciso Elias; opresidente do clube, Marcos Demarchi;Ângela de França (da África do Sul);Pablo Cázares (do México) e HarutyunThirste (da Alemanha).
48 ABRIL DE 2009
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RC de São Paulo-Tremem-bé, SP– Deu início à 5ª turma
do Centro Profissionalizante RotaryTremembé (Cepro), cujas aulas acontecemno Colégio Santa Gema, do bairro paulis-tano de Tremembé, e conta com 20 alunos.Na foto, eles entrevistam diversosprofissionais do clube.
RC de São Paulo-Liberdade, SP –Entregou um freezer, quatro filtros e umliquidificador para a Associação MariaFlos Carmeli. Na foto, a presidente doclube, Sueli Miyoko Maeda, no momentoda entrega.
RC de Cáceres, MT – Vemlevando educação e esporte
para a meninada graças a uma parceriacom o Instituto Viver. O clube busca, comisso, proporcionar a elas um futuro melhor.
RC de Naviraí, MS – Orga-nizou festa para os integran-tes do Lar do Menor, emNaviraí, com direito a lanchese muita brincadeira.
RC deDourados-Cinquente-nário, MS –o rotarianoMarco Paulo Teixeira Marcondesnos escreve para contar que o seufilho, Luiz Paulo de Andrade Mar-condes, participou do Programa deIntercâmbio de Jovens do Rotary eteve uma experiência muito gratifi-cante com as duas famílias que oacolheram, na cidade de StonyBrook, a 60 km de Nova York. Aofinal da estadia de Luiz Paulo, seupai foi recepcionado pela famíliahospedeira (foto; Luiz está àesquerda) e participou da MeiaMaratona de Nova York.
RC de Ibitinga, SP – Doou cadeira de rodas paraGabriel Natal Coleone, que é assistido pelo projetoVida Iluminada. Na foto, a partir da esquerda, suamãe, Ieda Coleone, a médica Suzete Seino Kalil,Gabriel e o presidente do clube, Valdir Bottan.
49BRASIL ROTÁRIO
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RC de Barretos,SP – Doou equipa-mentos para oBanco de LeiteMaterno da SantaCasa de Misericór-dia de Barretos.Este foi o primeiroprojeto de Subsí-
dios Equivalentes do clube, feito em parceria coma Fundação Rotária e o distrito 6060, dos EUA.
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RC de Açailândia, MA –Os companheiros entregaramcestas básicas a famílias quevivem na Vila Capeloza, umdos bairros mais carente dacidade. Na Vila Ildemar,quem ficou feliz com a visita dos rotarianos foi o meninoMarrone, que realizou um sonho: ganhar uma bicicleta.
RC do Recife-Boa Via-gem, PE – Para dar sequên-cia a sua participação noProjeto Educação Igual, oclube teve aprovado umpedido de Subsídios Equiva-lentes da Fundação Rotária,feito em parceria com o RCde Hulst, da Holanda(D.1610). Criado pelo holandês Sander den Hartog,que em 1995 morou no Recife com o bolsista do progra-ma de Intercâmbio de Jovens do Rotary, todos os anoso Educação Igual prepara dezenas de alunos do ensinopúblico para as provas de vestibular das universidadesfederais. Além das aulas num curso especializado, osalunos recebem material escolar, alimentação e auxíliotransporte. O projeto é custeado pela FundaçãoEducação Igual, baseada na Holanda, e pelo clubepernambucano – e conta com a ajuda de alguns parcei-ros, como a Associação Beneficente Criança Cidadã.
RC de Bayeux, PB –Com a ajuda de voluntá-rios, da prefeitura, do16o Regimento de Cava-laria Mecanizada e daCasa da Árvore, o clubecomemorou os 18 anosde fundação oferecendoà comunidade do Alto da
Boa Vista uma manhã de servi-ços gratuitos. Além de atendi-mento médico e odontológico(foto) e cortes de cabelo, foramdistribuídos preservativos, cremedental e mudas de árvore, comoipê e pau-brasil.
RC dePresidentePrudente, SP– Por meio deum projeto deSubsídiosEquivalentesda FundaçãoRotária novalor de US$23 mil feito emparceria com o
RC de Billings, EUA (D. 5390), o clube paulista dooudiversos equipamentos de informática (incluindo 24microcomputadores) à Santa Casa da cidade. Emoutro projeto, foram adquiridas novas unidades parao Banco de Cadeiras de Rodas mantido pelo clube,agora com 220 cadeiras, e que já beneficiou mais de500 pessoas. Os companheiros também receberamuma ótima notícia: foi aprovada a Lei de Recuperaçãodos Córregos Cedro e Cedrinho, uma iniciativa quepartiu dos Rotary Clubs de Presidente Prudente.
RC de Presidente Prudente-Alvorada, SP – Está desenvolvendouma parceria com o Sesi para manterum curso de alfabetização de adultose adolescentes com previsão defuncionamento de 18 meses. O clubeestá colaborando com a doação douniforme e do material escolar, e oSesi está garantindo a estrutura e osprofessores.
50 ABRIL DE 2009
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RC de Ipatinga-Norte, MG –Durante a festa deaniversário daGrande Vale FM, oclube arrecadou13,5 toneladas dealimentos. Asdoações foramrevertidas a 32
instituições de caridade da região.
RC de LagoaSanta, MG – Oclube está fundandoum Interact que,mesmo em processode registro, já estácolocando a mão namassa: a garotadaajudou os rotarianosa arrecadaremaproximadamente 4toneladas de
alimentos, roupas, brinquedos e outrosutensílios para os catarinenses desabriga-dos pelas chuvas do final do ano passado.Os jovens fizeram panfletos e sensibiliza-ram a comunidade para a campanha. Asdoações foram embaladas em caixas depapelão cedidas por empresas de cartona-gem e transportadas gratuitamente atéSanta Catarina com a ajuda das empresasKlabin e Transportadora Nova Rota.
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RC de Taguatinga-Ave Branca, DF –No final do anopassado, o clubeorganizou uma grande festa para as crianças dacomunidade de Águas Bonitas. Além da distribuiçãode 600 brinquedos, a animação ainda teve palhaços,atividades recreativas e um lanche. A festa teve aparticipação da Associação de Senhoras de Rotaria-nos de Taguatinga-Ave Branca, que promoveu seutradicional bazar beneficente a preços simbólicos esorteou alguns presentes às mães que estiveramacompanhando as crianças.
RC deGoiânia-Anhague-ra, GO –Aproveitan-do as festasde fim deano, o clubefez adivulgaçãode suacampanhaque alertapara os perigos do álcool no trânsito. Foramcolocados outdoors como este da foto em pontosestratégicos da capital e em diversas cidadesturísticas de Goiás. O projeto faz parte de umadas metas do clube e do distrito: elaborar umacampanha que reúna os Rotary Clubs goianos como objetivo de realizar uma divulgação institucionalde nossa organização.
DDDDD..... 45404540454045404540RC deBrodowski,SP – Com aajuda dasescolas e aparticipaçãodas criançasda cidade, oclube promo-veu doispasseios
ciclísticos. Doando 1 kg de alimento, cadaparticipante ganhou um cupom, com direitoa concorrer a uma bicicleta. Os alimentosforam repassados à Creche Santa Rita, aoLar da Fraternidade e à Apae. As bicicletasforam doadas ao Rotary pelos empresáriose comerciantes da cidade.
RC de Barrinha, SP– Doação de 5.700quilos de arroz ao
Hospital do Câncer deBarretos feita pelo
clube
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RC de Itabuna, BA – Em parceria com oGolden Park, promoveu a campanha
Quinta da Alegria, uma parceria beneficente destinadaa arrecadar recursos para a reforma e melhoria daCreche Irmã Margarida e da Escola Rotary, benefici-ando mais de 200 crianças. Com espírito solidário,centenas de pessoas prestigiaram o evento, queofereceu atrações como o show do grupo Bananóidese uma apresentação do Balé Marcela Carvalho.Também estiveram presentes as integrantes da Casada Amizade, colaborando com a barraca de alimentose bebidas. Toda a verba arrecadada com os brinquedose a venda de camisetas, bonés e convites foi destina-da ao projeto.
RC de Oliveira, MG – Juntamente com a Casada Amizade, os companheiros doaram 102 toalhasde banho e 102 toalhas de rosto ao Hospital SãoJudas Tadeu. A ação teve as parcerias da Tecela-gem São Carlos, que doou as toalhas, e da Orien-tal Bordados, que fez o acabamento das peças.
RC do Rio de Janeiro-Mercado São Sebasti-
ão, RJ – Com a presença do gover-nador distrital José Roberto LebeisPires, o clube inaugurou uma sala deinformática na comunidade MarcílioDias, na Penha, onde serão ofereci-dos cursos gratuitos aos moradores.O local já abriga uma bibliotecaapoiada pelo Rotary.
RC deJuiz deFora-Indepen-dência,MG – Oprimeiroclube dodistrito quese reúne no café da manhã teve a CartaConstitutiva entregue pelo governadorJuan Alejandro Tumba Noé. A cerimôniauniu os 26 associados fundadores amuitos convidados, entre eles dez ex-governadores distritais e o governadoreleito José Antonio Cúgula Guedes.
RC de Juiz de Fora-São Mateus,MG – No final de 2008, o clube distri-buiu 1.100 cestas básicas para 63instituições assistenciais. As doaçõestotalizaram 20 toneladas de alimentos,além de brinquedos, roupas e fraldas.
RC de Monte Sião, MG – Momento da cerimôniade entrega dos certificados às professoras queparticiparam do treinamento no método de alfabeti-zação Lighthouse. Uma parceria da prefeitura deMonte Sião com o Rotary, o treinamento foi minis-trado pela presidente do clube, a professora CelinaDorta Machado.
52 ABRIL DE 2009
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RC de Volta Redonda, RJ – Em parce-ria com a Fazenda São Lucas, o clube
lançou o Projeto Consciência Ecológica. Iniciado com oplantio de 104 mudas, o trabalho visa recuperar amata ciliar e plantar o maior número de mudas, com oobjetivo de contribuir para o equilíbrio da natureza.
RC de São Paulo, SP – Ofereceuuma festa para cerca de 150 crianças,
pacientes do setor de oncologia da Santa Casa deMisericórdia local. A confraternização foi animadapela apresentação do grupo Marionetes do Guaru-já, que fez imitações de artistas conhecidos. Apóso show, as crianças foram presenteadas comcarrinhos e bonecas, entre outros brinquedos, ekits para escrever.
RC de São Paulo-Barra Funda, SP –Promoveu o Dia daComunidade e Cidada-nia, quando foramrealizadas mais de2.000 avaliaçõesmédicas – incluindopressão arterial,glicemia, índice demassa corpórea eoftalmologia – em benefício dos moradores. O super-mercado Wal-Mart, parceiro na ação, colaborou notrabalho de arrecadação de 3,2 toneladas de alimen-tos junto aos caixas, além de 700 litros de água.Parte dos gêneros alimentícios foi destinada aosatingidos pelas enchentes em Santa Catarina. Outraparte ficou com as instituições atendidas pelo clube.
RC de Santa Cruz do Rio Pardo, SP– Os companheiros visitaram o Lar São
Vicente de Paulo e, na oportunidade, doaram alimen-tos, utilizados pelos funcionários para preparar umarefeição. Em seguida, os rotarianos almoçaram juntocom os idosos.
RC deMa-
ringá-Parque doIngá, PR – Emvisita oficial, ogovernador NivaldoBarbosa de Limafoi levado peloscompanheiros paraconhecer o resulta-do de um Projetode SubsídiosEquivalentes da Fundação Rotária realizado no anopassado. Em parceria com o RC de Maringá-Aeroportoe os RCs de Goslar e Goslar-Nordharz, Alemanha(D.1600), os rotarianos entregaram 24 teares, quatrourdideiras, 12 máquinas de costura, 42 cadeiras, 18mesas, cinco armários e oito estantes para a Apaelocal. A instituição atende a mais de mil crianças eadultos, que produzem tapetes, jogos americanos,acessórios de cabelo e panos de limpeza.
RC de SãoMiguel do Igua-çu, PR – Premioucom certificados,medalhas e brindes os alunos vencedores do 23ºConcurso de Caligrafia, do qual participaram mais de7.000 alunos das escolas da cidade. A entrega dosprêmios foi realizada durante encontro festivo na Casada Amizade local e, além dos companheiros e estudan-tes, contou com a presença de professores e diretoresdas instituições de ensino.
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RC de Joinville, SC – Osestudantes Nicolas Orlandi,Alexandra Borges e Jaque-line Barbi participaram doPrograma de Intercâmbio deJovens Talentos, promovido
pelo clube. Os alunos são indicados pela rede públicade ensino e, após rigorosa seleção, preparados porrotarianos para cumprir o programa de intercâmbionos EUA ou na Austrália. Eles recebem desde oenxoval até a passagem aérea e, ao retornar, sãoacompanhados tanto no estudo como no trabalho.
RC deFredericoWestpha-len, RS –Vem reali-zando umasérie deações emprol dainstituição
Promenor, que presta auxílio a mais de 200 crianças.Os companheiros construíram uma quadra de esportesna sede da entidade e, posteriormente, com o objetivode reunir a verba necessária para finalizar a coberturado espaço, promoveram dois eventos: um jantar bingoe um jantar show. O primeiro contou com a parceria doEsporte Clube Itapajé. O segundo teve como parceiroo Centro de Tradições Gaúchas Rodeio da Querência eofereceu uma apresentação de Délcio Tavares, íconeda música ítalo-tradicionalista.
RC de Canoas-Industrial, RS – Oscompanheiros doclube participaramda Feira das Profis-sões, na EscolaEspírito Santo, efalaram sobre suas respectivas experiências profissionaispara as turmas do último ano do ensino médio. Em outraoportunidade, participaram do lançamento da pedrafundamental da sede do Grupo de Ação Social NossaSenhora Aparecida.
RC dePorto Ale-gre-Rodovi-ária, RS –Com aparticipaçãodo RC dePorto Alegre-Farrapos, RS(D.4670),Lions ClubePorto Alegre Carlos Gomes, Maçonaria Unida do RSe Fundação São João, o clube realizou a 2ª Comenda-da da Solidariedade. O jantar para 500 pessoas tevea renda destinada ao Instituto Amigos de Lucas ehomenageou, em reconhecimento aos serviços pres-tados, o desembargador aposentando e ex-presiden-te do extinto Tribunal de Alçada Juracy Vilela deSouza, e a procuradora de Justiça Maria Regina Fayde Azambuja.
RC de Passo Fundo, RS – Com oobjetivo de arrecadar fundos para a
Fundação Rotária e para a confecção do uniforme de25 crianças da Orquestra Beija-Flor, do Lar EmilianoLopes, os companheiros prepararam um galeto commassa para 500 pessoas. Em outra oportunidade, oclube recebeu a doação de duas cadeiras de rodas edeu início ao seu banco, que hoje conta com trêsunidades, além de um par de muletas.
RC deFlorianópo-l is-Atlânti-co, SC –Com aspresençasdos EGDsEvertonJorge da Luze EloirKuser, da
presidente Aparecida Ferreira Mussi, da governadoraMiriam Marta Wojcikiewiscz Caldas e do diretor do RI,Themístocles A. C. Pinho, os companheiros inaugura-ram a primeira praça Rotary Club da cidade. Tambémestiveram presentes na solenidade a céu aberto overeador Gean Loureiro, autor da lei que cria a praça,e outras autoridades locais. Na ocasião, foram distri-buídas mudas de árvores frutíferas e houve apresenta-ção do coral da Cidade da Criança.
54 ABRIL DE 2009
RC deCornélioProcópio,PR – O clubeé parceiro doSesc local noFestivalPoético.Promovidohá 15 anos,o eventorecebe contribuições de todo o Brasil e até mesmo doexterior para competir em diversas categorias. Na foto,o presidente Fábio Satiro Enomoto posa ladeado pelascompanheiras Marilu Martens de Oliveira e AparecidaCorrea Palácios, da Casa da Amizade local, tendo aofundo os poemas premiados durante o festival.
RC deCurit iba-São Braz,PR – Emnome doclube, ocompanhei-ro RicardoHenriqueDias, o ex-presidenteNilton Carlos Ferreiro e o presidente Dalmo Barbo-sa entregaram um cheque para o Hospital ErastoGaertner. A doação foi recebida pelo gerente demarketing da instituição, Marcelo Nogueira France-lo. Na mesma oportunidade, eles também repassa-ram ao hospital 60 toalhas de banho, arrecadadasem uma campanha organizada pelas mulheres dosrotarianos do clube.
RC de Telêmaco Borba, PR – Os companheirosentregaram mais de mil fraldas descartáveis para aSociedade São Vicente de Paulo e, na mesmaocasião, distribuíram doces para todos os internos.Estiveram presentes o casal presidente OscarBurckhardt e Doroti e o casal EGD do distrito 4440Ataliba Gioia e Neide, entre outros rotarianos.
RC de Patosde Minas-Guaratinga ,MG – Os compa-nheiros e asintegrantes daCasa da Amizadelocal organizaramuma manhã delazer para osidosos da VilaRosa. Na oportunidade, foram realizadas atividadespara o bem-estar dos moradores da instituição, comocortes de cabelo, maquiagem e manicure. Ao fim damanhã, foi servido o almoço. Os cantores regionaisJúnior e Hélio e o sanfoneiro Wanderlei estiverampresentes e animaram a confraternização.
RC de Santa Helena de Goiás, GO – Todos os anos,os associados do clube promovem uma caminhadaecológica seguida do plantio de mudas, em parceria comos donos das terras. Na última edição, os companheiros,em sinal de protesto, caminharam até uma área replan-tada por eles, mas posteriormente devastada por umausina de álcool da região. Na sequência, seguiram até orancho de um rotariano, onde realizaram o plantio.
RC de Cachoeira do Sul, RS – Com o SubsídioEquivalente da Fundação Rotária – e em parceria comos RCs de Longton e Market Drayton, Inglaterra(D.1210) –, os companheiros entregaram equipamen-tos de proteção individual para o setor de raio X doHospital de Caridade e Beneficência do município. Nafoto, a equipe médica recebe os materiais.
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55BRASIL ROTÁRIO
Conheça abaixo o significado de algumas siglas que você vaiencontrar com freqüência na literatura sobre o Rotary e naspáginas da Brasil Rotário. Elas são uma tradução dos termosoficiais em inglês:
ABTRF – Associação Brasileira da The Rotary Foundation
B R – Brasil Rotário
CDRI – Conselho Diretor do Rotary International
C F R – Curador da Fundação Rotária
Crei – Centros Rotary de Estudos Internacionais da
Paz e Resolução de Conflitos
CRFR – Coordenador Regional da Fundação Rotária
D. – Distrito
DERI – Diretor eleito do Rotary International
DNI – Dia Nacional de Imunização
(campanha de combate à pólio)
DRI – Diretor do Rotary International
DQS – Desenvolvimento do Quadro Social
ECFR – Ex-curador da Fundação Rotária
EDRI – Ex-diretor do Rotary International
EGD – Ex-governador de distrito
EPRI – Ex-presidente do Rotary International
FDUC – Fundo Distrital de Utilização Controlada
F R – Fundação Rotária
GA – Governador assistente
Gats – Seminário de Treinamento para
Governadores Assistentes
GD – Governador de distrito
Gets – Seminário de Treinamento para Governadores Eleitos
IGE – Intercâmbio de Grupos de Estudos
NRDC – Núcleo Rotary de Desenvolvimento Comunitário
PERI – Presidente eleito do Rotary International
Pets – Seminário de Treinamento para Presidentes Eleitos
PLD – Plano de Liderança Distrital
R C – Rotary Club
R I – Rotary International
Ribi – Rotary na Grã-Bretanha e na Irlanda
Ribo – Rotary International Brazil Office
Ryla – Prêmios Rotários de Liderança Juvenil
3-H – Subsídio Saúde, Fome e Humanidade
Siglas rotárias Como enviarComo enviarComo enviarComo enviarComo enviarmaterial paramaterial paramaterial paramaterial paramaterial paraa Brasil Rotárioa Brasil Rotárioa Brasil Rotárioa Brasil Rotárioa Brasil Rotário
ara que os compa-nheiros de todo o país
conheçam os projetos queseu clube vem realizando,é importante que as notí-cias cheguem à redação contendo as seguintes infor-mações:● o nome completo e o distrito de seu clube● a data e local em que foram realizadas as ações● um breve relato sobre o projeto, explicando suaimportância e o alcance dele junto à comunidade● os nomes dos parceiros, no Brasil e no exterior● e os nomes e sobrenomes de todos os que aparece-rem nas fotos com até seis pessoas, relacionados a partirda esquerda.
FOTOS: as imagens digitais precisam ter pelo menos300 DPI de resolução e 9 cm de largura. Na dúvida,selecione a opção alta resolução de sua câmera. Se oenvio for feito por e-mail, pedimos que o tamanhodos anexos não supere 1 MB.
A publicação é gratuita. Basta apenas que o assunto seencaixe em nosso perfil editorial e que seu clube estejaem dia com a assinatura da revista. A Brasil Rotárionão publica posses ou outros fatos que possam obtero merecido destaque nos boletins de seu clube.
MUITO IMPORTANTE: informe também um telefo-ne de contato (com o código de DDD) para que pos-samos falar com você no caso de qualquer dúvida.
Anote os nossos endereçosAvenida Rio Branco, 125 – 18o andarRio de Janeiro, RJCEP: 20040-006e-mail: [email protected]
O telefone da redação é (21) 2506-5600.
Estamos esperando para ver seu clube na revista!
P
DDDDD..... 44404440444044404440 DDDDD..... 47504750475047504750RC de Primavera do Leste, MT –Em uma iniciativa conjunta com as
secretarias municipais de Educação e Saúde, oclube desenvolve uma pesquisa de prevenção dacegueira no município. O estudo teve início hádois anos e envolve a participação dos professo-res da cidade, que devem realizar exame daacuidade visual nos alunos a cada início de anoescolar. Para tanto, os docentes recebem umcurso de formação básica, orientado por oftalmo-logistas. Um dos objetivos dessa iniciativa éprevenir as causas mais comuns que limitam orendimento visual dos estudantes.
RC de Porciúncula,RJ – Por ocasião da
visita oficial do casalgovernador Márcio PereiraRibeiro e Marlene, oscompanheiros plantaramdezenas de mudas deárvores na área de preser-vação ambiental do municí-pio. A ação contou com apresença do secretáriomunicipal de Meio Ambien-te Flávio Gonçalves.
56 ABRIL DE 2009
Senhoras em Ação
A Casa da Amizade de Vitória, ES(D.4410), deu uma máquina de lavar
roupas ao Abrigo Lar Pouso da Esperan-ça. Os idosos atendidos pela entidade
também ganharam um lanche e kits commaterial de higiene pessoal.
Com a rendaobtidadurante oBazar deArtesanatos,a Casa daAmizadede BarraMansa, RJ(D.4600),
adquiriu filtros de água que foram doados afamílias carentes da região que têm criançascom idade de até 5 anos.
Repre-senta-das poraproxi-madamente 30 integrantes, seis Associações deSenhoras de Rotarianos participaram do 2o
Encontro das Casas da Amizade do Distrito4651, realizado na cidade catarinense de Palho-ça. Na oportunidade, foi aprovado o EstatutoSocial da Associação Distrital de Cônjuges deRotarianos.
As integrantes da Casa da Amiza-de de Goiânia-Oeste, GO(D.4770), realizaram uma campanhaem que foi arrecadada 1 tonelada dealimentos para o Abrigo de IdososSão Vicente de Paulo.
A Casa daAmizadedeUberlândia-Sul, MG(D.4770),promoveuum grandebazarbeneficentede roupas esapatos novos, mas com pequenos defeitos, doadospor uma empresa da cidade. A renda obtida com oevento foi destinada a dois projetos onde as integran-tes da Casa da Amizade trabalham voluntariamenteconfeccionando kits de enxoval para os bebês carentesda comunidade.
Vinte e dois alunos da Escola ProfessoraCarolina Argemi Vasquez receberampresentes da Casa da Amizade deRosário do Sul, RS (D.4780). Umadas alunas teve seu sonho realizado eganhou uma bicicleta. Em outra festa, aCasa da Amizade levou presentes para ascrianças da Creche Nadir Medina Monte.
57BRASIL ROTÁRIO
Novos Companheiros Paul Harris
FAÇA SUA DOAÇÃO PARA A ERRADICAÇÃO DA PÓLIO
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� Agraciados:GutembergPortella, CelsoOliva Rodri-gues, JoséRoberto dosSantos e Rober-to Hungaro,companheiros do
RC de Sumaré, SP. Ao centro, opresidente do clube, José CarlosBertasso.
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� Agraciado: JoséMolina (à direita),
do RC de São Paulo-Interlagos, SP.
� Entregue por:Gilberto Andrade.
� Agraciada:Suely Morei-ra Walton, doRC de Santos-Porto, SP. Nafoto, o maridodela, DavidAnthonyWalton, e ogovernador dodistrito, SérgioLazzarini (àdireita).
� Agraciada: LilianWendy AlexandraCunha Glória deRezende, do RC deSantos-Porto, SP.Na foto, o governa-dor Sérgio Lazzarini(à esquerda) e omarido de Lilian, ocompanheiro MiguelXimenes deRezende.
� Agraciada: Vera LuciaNunes Lettieri, do RCde Santos-Porto, SP(aqui, com o marido, orotariano André LuizCollacio Lettieri).
� Agraciado: JoséCarlos Nieves daSilva Caridade, doRC de Santos-Porto,SP. Na foto, suamulher, Adriana.
� Agraciado:Valter LeocádioRocha, do RC deSantos-Porto, SP.Na foto, suamulher, AnaMaria.
� Agraciado: RonaldoTadeu Caro Varel la ,do RC de Santos-Porto, SP. Na foto, suamulher, Mônica, eDirceu Vieira, EGD dodistrito 4420.
58 ABRIL DE 2009
Novos Companheiros Paul Harris
MILHÕES DE CRIANÇAS AGUARDAM SUA DOAÇÃO À FR
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� Agraciada:Sueli TerezinhaBigatão Costa,presidente daCasa da Amizadede José Bonifá-cio, SP.Entregue por:Jair Pinto daSilva, governa-dor do distrito (àdireita). À esquerda, o presidente do clube, UdibelJosé da Costa.
� Agraciado:Luiz AlbertoRozan Fortu-nato, associa-do do RC deMirassol, SP.Entregue por:governadorJair Pinto daSilva. Àdireita, opresidente do clube, João daSilva Garcia.
� Agraciados:MarceloTeixeira daCosta,IsabelCristinaMirandaArenázio ,Jorge LuisEtecheber,EvandroLuiz Fraga e Tânia Maria Alberte, associados doRC de São José do Rio Preto-Jardins, SP.Entregues por: ex-presidente do clube, ÂngelaMaria Pereira Dornelas.
� Agraciados:MoacyrMiguel deOliveira –interactiano deSanta Fé doSul, SP, erepresentantedistrital doInteract – comuma safira, e oprefeito de Santa Fé,Itamar Borges, com umtítulo CompanheiroPaul Harris.
� Agraciado:Beto Stu-dart .Entregue por:EGD Henri-que Vascon-celos. Tambémna foto, ocompanheiroHenrique Alcântara e o EGD Tarcísio Muratori.
� Agraciado: JoanJerônimo Barreto,do RC de Caicó, RN.
Entregue por:Eduardo Jorge
Marinho de Queiroz, governador do distrito.
� Mário, por suavez, recebeu o
título das mãos desua outra prima,Letícia, também
filha do EGDHenrique Vasconce-los. Tanto os agraci-ados quanto Rafaela
e Letícia são netosdo EGD Meton
Vasconcelos.
� Bernardorecebeu o título
Companheiro PaulHarris das mãos
de sua primaRafaela, filha do
EGD HenriqueVasconcelos, que
será o próximocoordenador da
Fundação Rotáriada Zona 22.
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59BRASIL ROTÁRIO
Novos Companheiros Paul Harris
FAÇA SUA DOAÇÃO PARA A ERRADICAÇÃO DA PÓLIO
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� Agraciado:Milton Bernar-dino da Silva(ao centro), ex-presidente do RCde Tarumã, SP.Entregue por: EGDs Cleuto José Magnani e AdéliaAntonieta Villas, representante do presidente do RIna Conferência Distrital do ano passado.
� Agraciado: José Dani-el de Souza, associadodo RC de Itabira, MG.Entregue por: PauloJosé de Magalhães, ex-governador distrital.
� Agraciada:Maria Cecí-lia de Si-queira ReisConrado, quena foto apare-ce entre ofilho, RodrigoLuis ReisConrado (à direita), presidente do RCde Ipuã, e o governador do distrito,Antonio Carlos Marchiori.
� Agraciada:Aracy Strini,companheira doRC de Sertão-zinho, SP.Entregue por:AparecidoSilvio deSouza, presi-dente do clube, e pelo governador dodistrito, Antonio Carlos Marchiori.
� Agraciado: Irineudos Santos Viana, associa-do do RC de Brumado, BA.Entregue por: Paulo Rober-to Dacach Leite, governa-dor distrital.
� Agra-ciada:
Nora Gonçalvesde Souza, do RCde Itaúna, MG. Aentrega foi feita naspresenças do gover-nador MurilloAffonso Ferreira eda presidente doclube, DagmarBarbosa Soares.
� Agraciada:Dulce Gru-newald Lopesde Oliveira,associada do RCdo Rio de Janeiro.Ela recebeu aquinta safira e umrubi. A entrega foifeita nas presenças dos companheiros José RobertoLebeis Pires, governador do distrito; Milton FerreiraTito, presidente do clube; Hertz Uderman, ex-gover-nador distrital; e do também rotariano Geraldo deOliveira, marido da agraciada.
� Agraciado:Thomas FillizolaWanderleyFerraz, neto docompanheiroManoel Ferraz dosSantos, presidentedo RC do Rio deJaneiro-MercadoSão Sebastião, RJ.Em pé, à esquerda,aparece o governa-dor do distrito, José Roberto Lebeis Pires.
60 ABRIL DE 2009
Novos Companheiros Paul Harris
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� Agraciados:ManuelPeraltaCapão, ex-presidente doRC do Rio deJaneiro-Ipanema, RJ,com a quinta
safira, na mesma ocasião em que seus filhos, RuiMarcelo, Ana Paula e Ana Beatriz SimõesCapão, receberam títulos Companheiro PaulHarris, assim como o associado Gilberto Villela.Também presente na foto o ex-presidente CarlosAlberto Monteiro.
� Agraciado:José Fer-nandesVeggi, ex-presidente doRC de Muriaé-Norte, MG.
� Agraciados: RosaMaria Zaniboni deAssumpção e EdgardAssumpção Filho,companheiros do RC deValinhos, SP.
� O menino João VitorAssumpção recebeu umtítulo Paul Harris das mãosdos pais, Edgard AssumpçãoFilho e Rosa Maria Zanibonide Assumpção, associados doRC de Valinhos, SP. Tambémna foto, a presidente Marlenede Souza.
� Agraciado:Francisco Car-
los Bueno,companheiro doRC de Jacareí-
Avarehy, SP, comuma safira.
� Entregue por:EGD Celso
Moura .
� Agraciada: WalcerlyMaria Peloggia
Gimenez, associadado RC de Jacareí-
Avarehy, SP, com umasafira.
� Entregue por:companheiro Francis-
co Carlos Bueno epelo EGD Celso
Moura .
� Agraciada: ReginaGomes Pereira deVilhena, associadado RC de Jacareí-Avarehy, SP.� Entregue por:companheiro Fran-cisco Carlos Bueno e pelo EGD CelsoMoura .
� Agraciada: ReginaElena PeloggiaBueno, associada doRC de Jacareí-Avarehy, SP.� Entregue por: EGD Celso Moura e pelocompanheiro Francisco Carlos Bueno.
61BRASIL ROTÁRIO
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� Agraciado: Olair Rafaelda Silva Jr., associado doRC de Jacareí-Avarehy, SP.� Entregue por: EGD CelsoMoura e pelo companheiroFrancisco Carlos Bueno.
� Agraciados: Valdir Cezar Justino,César Dallabrida e Alceu Dianin,
companheiros do RC de Campo Mourão-GralhaAzul, PR, e José Vilmar de Macedo, presidentedo mesmo clube, todos na presença do governadorNivaldo Barbosa de Lima.
� Agraciado: FranciscoBento de Araujo,companheiro do RC deBom Sucesso, PR.� Entregue por: governa-dor Nivaldo BarbosaLima.
� Agracia-dos: Car-los daCruz ,BentoJosé dosSantos e
Aglicério Aldo Pereira, ex-presidentes do RC deItajaí-Porta do Vale, SC, com safiras.� Entregues por: presidente Fernanda Piccolo, gover-nadora assistente Pedra Claumann Noldin e pelagovernadora Miriam Marta Caldas.
� Agraciados:ClaudioUliana, Tho-mas RubinDurigon,Alécio Zen,Evaldo Ber-toldo Rubin e Renato Ceolin, companheiros do RCde Júlio de Castilhos, RS, na presença do governadorassistente Sérgio Ávila.
� Agraciada:Alice MariaZilli Borba,companheira doRC de Cachoeiri-nha Industrial,RS, nas presen-ças da presidenteMarilda MeloPessoa, doassociado Tarcisio Borba e do governadorEliseu Gonçalves da Silva.
� Agraciado: BorysSommer Zabolotsky,presidente do RC deSapiranga, RS, acom-panhado da mulher,Silvana, e do filho,Andrey.� Entregue por:companheiro RuthardHarald Augustin, padrinho do agraciado.
� Agraciado: PauloAdalberto Tavares ,companheiro do RC deSanta Cruz do Sul, RS.� Entregue por:governador Tirone Lemos Michelin,na presença do presidente TabajaraRamalho de Andrade.
62 ABRIL DE 2009
Novos Companheiros Paul Harris
MILHÕES DE CRIANÇAS AGUARDAM SUA DOAÇÃO À FR
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� Agraciada: AraciVogt da Rosa,associada do RC dePorto Alegre-Sudeste, RS.� Entregue por:Tirone LemosMichelin, governa-dor do distrito, na companhia do ex-presi-dente do clube, Ernesto Hummel.
� Com a campanhaCombustível SalvaVidas, feita emparceria com a Redede Postos Onzi, oRC de Caxias doSul-Pérola dasColônias, RS,arrecadou recursospara a Fundação Rotária e o combate à pólio.A doação permitiu que três de seus associa-dos recebessem o reconhecimento de Compa-nheiro Paul Harris: Lucila Bettiato Pas-quale da Silva, Eliete Ferrari e FernandoMinghelli. Outro homenageado foi AdmirOnzi, empresário parceiro do clube na cam-panha. Ao centro, aparece o presidenteLourival Lazzaretti.
� A realização dacampanha dearrecadação defundos permitiu queo RC de Caxias doSul-Pérola dasColônias também
entregasse safiras aos companheiros AirtonZanadrea, Carmen Salete Onzi, RosaMaria Giovanella e Sergio Salvi.
� Agraciadas: AnaClara de CastroRibeiro e Isabela
Ribeiro de Oli-veira, na foto com
os avós Daysy eFernando Quintella,
associados do RC de Boa Vista-Caçari, RR. O EGD Fernando
Quintella recebeu a terceira safira.
� Agraciado: EvertonLuis Dourado Trin-dade, ex-presidente doRC de Bagé-Rainha daFronteira. O título foientregue nas presençasdo governador assis-tente Antônio Trindade e do atual presi-dente do clube, Ronaldo Carvalho.
� Agraciados:Jorge MárioThomazPereira, ElsonQuintani lhaTavares eJoão BatistaElias Sóffe, com o título de Compa-nheiro Paul Harris; e Eliézio Henri-que Pereira, com a primeira safira.Os quatro são ex-presidentes do RCde São Gonçalo-Alcântara, RJ.
� Agraciada: EudíliaJaron, associada do RC
de Teresópolis-Paque-quer, RJ.
� Entregue por: Walde-nir de Bragança, ex-governador do distrito.
� Agraciada:Eliana MeloMachadoMoraes, ex-presidente doRC de Jataí,GO.
63BRASIL ROTÁRIO
Aconteceu na Brasil Rotário...Aconteceu na Brasil Rotário......em abril de 1937
Luiz Renato D. Coutinho
� Jorge Amado lança uma de suas obras mais fa-mosas, “Capitães de Areia”, que retrata o cotidia-no dos menores de rua de Salvador e um aspectocorrelato já preocupante: a delinquência. O com-panheiro Vidal Araujo aborda a mesma questão,que também está preocupando Manaus, cidadeonde ele vive:
“Sempre a falta de que fazer é motivo para levar osjovens à delinquencia e às contravenções. (...) Tenhoum habito na vida que me consome algumas horas detrabalho durante a semana: é o prazer de conversarcom os pequenos vadios e abandonados da cidade.”
“O menor, entretanto, na maioria dos casos, roubapara dar expansão a instinctos como a fome, a vaida-de e a vingança. Às vezes, o roubo é praticado sem sermovel um instincto; e então, a criança foi levada apratical-o por força de um sentimento como uma pai-xão, um acto hostil à pessoa da qual ella rouba.”
� Horacio Mello, presidente do RC de São Paulo,escreve “A imprensa: companheira de Rotary na pa-cificação dos espiritos e dos Povos”. Para ele, “A im-prensa, sempre bôa companheira das idéas rotarias,tambem poderá ser uma grande auxiliar na pacifica-ção dos povos.” O autor nos informa que há 170.000rotarianos pelo mundo.
� Em “Factores Sociaes da Tuberculose”, Leite Mara-nhão, associado do RC de Fortaleza, alerta: “A verda-de é que 90% dos habitantes das grandes cidades sãoportadoras do bacillo tuberculoso.” E em uma lingua-gem cheia de imagens rebuscadas, típica da época,ele arrola as causas do alto índice da moléstia no Bra-sil: “Os alojamentos sem ar, sem a drenagem oxigena-da da respiração; a alimentação má, insufficiente, semvitaminas, sem materia plasmodinamica; a habitaçãoescura, de ar viciado; (...) as palhoças da cidade en-cravadas num massiço denso de celas que entulham asuperficie do solo numa promiscuidade de suinos noscurraes de engorda; os cortiços operarios nas caudasdas fabricas que escravizam as classes proletarias pelosuborno da ignorancia; o alcoolismo nirvanico quemata o bicho... mas o bicho que o acalenta nas dissipa-ções dos amores e dos pesares”.
Naquele momento, Getúlio Vargas ainda figuracomo chefe do governo provisório instituído coma Revolução de 1930. Em novembro será ins-taurado o período batizado de Estado Novo. Nomundo, o fascismo avança, fazendo grandesestragos; a pequena localidade de Guernica,na Espanha, é bombardeada pelos nazistas em26 de abril. Enquanto isso, Carmem Mirandadivide-se entre os palcos do Cassino da Urca,no Rio de Janeiro, e excursões por outros esta-dos e pela Argentina.
� Os anos 30 foram uma década de intensa industriali-zação no país. Isso acarretou uma certa revolução emcidades como o Rio de Janeiro e São Paulo, que se agi-gantaram. Engarrafamentos (tema do cartunista J. Car-los ainda nos anos 20) e poluição sonora tornam-sefenômenos mais comuns, como assinala o rotarianoLloyd em uma engraçada palestra: “Si os imbecis parti-cipantes nessa Babel de Barulho parassem e pensassemum momento, não poderiam deixar de comprehenderque o barulho que estão fazendo só poderá retardar odescongestionamento do trafego.”
� O mundo entrava mesmo numa era de modernida-de acelerada, com importantes conquistas tecnológi-cas e novo incremento na produção em massa. Bas-ta ler o artigo do engenheiro Aldo de Azevedo, doRC de São Paulo, para se ver o ritmo daquele final dedécada:
“A industria offerece hoje innumeros productos in-comparavelmente melhores do que antigamente e porpreços muito inferiores. Vejamos alguns exemplos: em1921, o preço médio dos automoveis vendidos nos Es-tados Unidos foi de $ 1.785 e, em 1936, $ 903.”
“Um radio de 1921 era vendido por $ 198,70, e,naturalmente, só os abastados podiam gozar o privi-legio de captar e ouvir ‘combates de artilharia’ reali-zados pela mais antiga, mais possante e mais célebreestação transmissora: a ‘estática’. Em vez disso, em1936, o radio popularizado, sem aquellas qualidadesruidosas, é certo, valia em media apenas $ 18,95 oucerca de 10 vezes menos”. BR
64 ABRIL DE 2009
RelaxUm chefe de departamento bemchato, achando que seus subordi-nados não estavam mais respeitan-do sua liderança, resolveu colo-car a seguinte placa na porta doescritório: “Aqui quem MANDAsou eu”.
Ao voltar de uma reunião, en-controu um bilhete junto à placa:
“Sua mulher ligou e MANDOUo senhor levar a placa dela devolta”.
Colaboração de Paulo César Bran-
quinho, do RC de Dourados, MS
(D.4470).
Depois de várias perguntas aopreso, o delegado quis saber:
– É verdade que o senhor fur-tou também um automóvel?
– Mentira, doutor – disse opreso – O senhor pode até me re-vistar.
Um paciente para o outro:– O que você acha que eu tenho
na mão? – mostrando as mãos jun-tas fechadas.
– Um elefante – disse o outro.– Ah, assim não vale. Você viu o
rabinho!Colaboração do EGD Hertz
Uderman (D.4570).
A mãe de um menino fissuradono Orkut mandou-o ir à igreja. Che-gando lá, o pastor disse:
– Meu filho, você aceita Jesus?O menino respondeu:- Só se ele deixar um scrap...
Em um sorteio, o marido ganhoutrês passagens para Jerusalém.
Pediu alegremente à mulher que ar-rumasse as malas, e ligou para con-vidar a mãe dele para ir junto. Co-meçou uma discussão: a esposa que-ria levar a mãe dela. No fim da bri-ga, ele concordou em levar a sogra.
Em Jerusalém, visitando o localonde Cristo foi enterrado e res-suscitou, a sogra se emocionou de-mais, passou mal e morreu. O mari-do perguntou quanto custaria o en-terro na cidade, e lhe disseram queseria mil reais. Perguntou quantocustaria mandar o corpo para oBrasil e soube que, com transpor-te aéreo e tudo, ficaria em maisde vinte mil reais. Então, o maridodecidiu mandar o corpo para o Bra-sil. Os judeus e a esposa ficarammuito surpresos:
- Por que mandar para o Brasil,se é 20 vezes mais caro?
O marido respondeu:– Tenho muito receio. Aqui em
Jerusalém vocês já tiveram o casode alguém que morreu e ressuscitou.Prefiro não arriscar.
Outro plano de fuga. Só quedesta vez era para pular o portão.Veio a noite, mas, quando chegoua hora H, o doido disse:
– Ih, não vai dar pra pular oportão.
– Mas por quê?– Esqueceram ele aberto.
Na aula de pintura, o já habitualdoido pegou o pincel e pintou umaporta na parede. Depois, chegouparo médico e disse:
– Ei, olhe só o que eu vou fazer.Ei, galera, vamos fugir, tem umaporta aqui!
Os doidos iam correndo, trom-bavam na parede e esborrachavam-se no chão. O médico pensou: esseaí já deve estar bom, veja só o queele fez. Aí o doido disse:
– Doutor, repare como os carassão burros, não sabem que a chaveestá comigo.
Rodrigo
Regulamento nos clubes de Rotary, Rotaract, Interact e na Brasil Rotário
Informações e subsídios no Rotary Club da sua cidade ou na Brasil Rotário:
Av. Rio Branco, 125 – 18º andar – Rio de Janeiro - RJ
CEP 20040-006 – Tel:(0XX) 21 2506-5610
Fax:(0XX)21 2506-5606
E-mail: [email protected]
Entrega: até o dia 30 de maio de 2009 Realização: Cooperativa Editora Brasil Rotário
Vencer a Mortalidade Infantil Vencer a Mortalidade InfantilDesafio da Humanidade
RI- Rotary International
Premiação
Apoio institucional e patrocínio:
EBGE – Editora Brasileira de Guias Especiais
1º Lugar
2º Lugar
3º Lugar
4º Lugar
5º Lugar
Prêmio Eficiência
Prêmio Senador
José Ermírio de Moraes
Prêmio Dr. Armando Monteiro Neto
Prêmio Paulo Viriato Corrêa da Costa
Prêmio Edgar Carvalho de Mendonça
Prêmio Archimedes Theodoro
Prêmio Governador José Alves Fortes
SumaWWW.SUMA.COM.BR CONSULTORIA E PUBLICAÇÕES
conomicaE Distrito 4420
Professores, participem do
16º Concurso de Monografiasda Brasil Rotário