brasília saudável
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A organização do Sistema Único de Saúde para o pleno exercício do Direito à Saúde
Problemas identificados
Emergências dos hospitais e UPAs superlotadas Fechamento de portas de pronto atendimento Falta de qualidade no atendimento Falta de resolutividade em todos os níveis Longas listas de espera por consultas em especialidades
e cirurgias eletivas Carência e insatisfação de profissionais Deficiências de abastecimento e de manutenção
Estima-se que 65% das pessoas procuram atendimento emergencial por causas sensíveis à atenção primária
Não há produção adequada de informações sobre quantidade ou efetividade de atendimentos em atenção primária, em atenção ambulatorial e hospitalar
O Distrito Federal reúne as competências de Estado e Municípios na atenção à saúde
O planejamento de saúde do DF é feito para seus 3 milhões de habitantes, mas deve considerar também assistência de média e alta complexidade a 1,450 milhão de habitantes das 22 cidades da RIDE
Informações Importantes
Há dificuldade de garantir o abastecimento e a manutenção dos equipamentos, por dívidas pretéritas com fornecedores e por ineficiência no processo público de contratação
Faltam recursos orçamentários e financeiros para o cumprimento das obrigações contratuais e para o investimento em expansão
Não se consegue repor as perdas de recursos humanos e há dificuldade para contratar
Causa dos Problemas
O acesso da população à saúde ocorre primordialmente por meio dos serviços de pronto atendimento e emergências de hospitais
Os atendimentos regulados são feitos centralmente. Não é realizado encaminhamento específico à atenção primária nos hospitais, nem tampouco de consultas em hospitais e ambulatório pela atenção primária
Não há continuidade no cuidado, nem sistema de referência e contra-referência
Causa dos Problemas
A cobertura da saúde da família é insuficiente para ser a porta de entrada da população à saúde (30,7% no DF)
A atenção primária tem baixa resolutividade, com grande número de encaminhamentos à atenção hospitalar e especialidades focais
A atenção primária é feita em dois modelos distintos no DF: modelo tradicional e estratégia de saúde da família
Causa dos Problemas
Por não ter acesso e por não confiar na atenção primária, as pessoas procuram as UPAs e emergências dos
hospitais, onde têm algum acesso, ainda que de baixa qualidade, perpetuando o modelo hospitalocêntrico
Não é possível oferecer saúde pública de qualidade sem atenção primária de qualidade
O Ciclo Vicioso da Falta de APS
REGIÃO POPULAÇÃO
COB. ESF Nº ESF Nº UBS PRÓPRIAS
Nº UBS NÃO
PRÓPRIAS
SUDOESTE 779.433 32,2% 67 26 6
OESTE 518.985 27,4% 38 18 4
CENTRO-SUL
443.358 27,9% 33 17 5
SUL 285.147 39,4% 30 14 9
LESTE 229.682 45,7% 28 11 15
NORTE 372.582 42,2% 42 21 13
CENTRO-NORTE
285.644 1,3% 1 8 2
TOTAL 2.914.830 30,7 239 115 54
FONTE: http://cnes2.datasus.gov.br/Lista Tot_Equipes.asp e http://www.ibge.gov.br/estadosat/perfil.php?lang=&sigla=df
Atenção Primária à Saúde Situação atual
Não é a principal porta de entrada da população no SUS Nas 238 ESFs consistidas, em apenas 30 Médicos são
Especialistas em Medicina de Família e Comunidade, 97 Médicos são vinculados aos Programas de Provisão de Médicos (Mais Médicos e PROVAB)
Unidades sem sistemas de informação adequados às necessidades da APS
Encaminhamentos mal indicados às especialidades focais Falta de acesso a especialidades focais Alta rotatividade dos profissionais
APS – Situação atual
Precariedade dos locais de atuação
das Equipes de Saúde da Família
APS – Situação atual
Acesso limitado às UBS
Acolhimento Inadequado
Agenda fechada ou limitada ao número de vagas
disponíveis
Baixa resolutividade assistencial
Vários modelos de ação funcionando no
mesmo espaço
A Atenção Primária à Saúde não se faz de qualquer jeito, em qualquer lugar ou por
qualquer profissional de saúde
Foto: UBS Recanto das Emas – em funcionamento.
Atenção Primária à Saúde de QualidadeUma mudança cultural
Coberturas de ESFs elevadas em todo o DF e em 100% nas áreas vulneráveis
Equipes compostas por: 01 Médico de Família e Comunidade 01 Enfermeiro de Família 02 Técnicos de Enfermagem 05 Agentes Comunitários de Saúde
Equipes resolutivas e capacitadas para atuação na APS Coordenação do cuidado estabelecida e gerida pela APS Suporte de especialidades para ESFs:
NASF – um para cada 09 ESFs ESB – uma para cada 02 ESFs 01 Policlínica por região de abrangência voltada para as necessidades de especialidades da APS
APS que queremos no DF
Clínica da Família - SamambaiaAPS no DF é possível
Quatro diretrizes fundamentais:
1) Controle informatizado de metas, resultados e indicadores de gestão
2) Aumento da resolutividade do sistema como um todo, com formação continuada dos profissionais
3) Conversão progressiva do modelo tradicional de atenção primária em estratégia de saúde da família e ampliação da cobertura
4) Acesso e regulação do sistema de saúde baseado na atenção primária, com meios tecnológicos adequados
Reforma do Modelo de GestãoComo fazer?
Curto prazo Implantação do Acesso Avançado nas ESF – com agenda
mista, acolhimento e programação clínica Conclusão da informatização das unidades Marcação de consultas ambulatoriais em hospitais e
policlínicas pelo sistema informatizado, por meio de regulador territorial, pela atenção primária
Classificação de risco rigorosa em hospitais: Encaminhamento específico para a atenção primária nas emergências dos hospitais e nas UPAs, nos casos em que a classificação de risco permitir
Reforma do modelo de gestão
Curto prazo Estabelecimento de metas, resultados e indicadores de
qualidade na atenção primária, por meio do sistema informatizado, como: tempo de espera para primeira consulta e retorno, número de encaminhamentos, nível de satisfação dos usuários, número de atendimentos em pronto-socorro, internações por causas sensíveis às condições sensíveis à APS, consultas por equipe, visitas por ACS, melhora de indicadores de saúde
Controle da qualidade e produtividade ambulatorial em hospitais e outras unidades, com metas, resultados e indicadores de qualidade na atenção hospitalar
Reforma do modelo de gestão
Curto a médio prazo Aumento da resolutividade da atenção primária:
Capacitação das equipes – oficinas de Planificação em parceria com o Conass e Fiocruz - “Qualifica SUS”
Identificação das deficiências específicas e promoção de cursos para lidar com elas
Matriciamento de especialidades na atenção primária Remuneração diferenciada em função de qualificação
específica e desemprenho
Reforma do modelo de gestão
Curto a médio prazo Conversão progressiva do modelo tradicional em estratégia
de saúde da família: Consistir equipes completas (uma equipe para cada
3.750 pessoas) Profissionais do modelo tradicional poderão optar por
consistir equipes, com prazo para conclusão do curso oferecido pela Fepecs, de forma a atender todos os ciclos de vida
Profissionais que optarem por continuar em suas especialidades serão aproveitados em hospitais, NASFs, policlínicas ou em outras regiões de saúde
Possibilidade de mudança de especialidade Contrato Organizativo de Ação Pública Ensino-Saúde –
COAPES: Contrapartida das Instituições de Ensino Superior, que atuam na rede de atenção do DF, em reformas, construções e qualificação dos profissionais
Reforma do modelo de gestão
Curto a médio prazo Conversão progressiva do modelo tradicional em estratégia
de saúde da família: Iniciar nas unidades já existentes, com reformas para
adequá-las às necessidades da ESF e melhorar a ambientação para usuários e funcionários
Reservar unidades inteiras para equipes de saúde da família (somente essas receberão as gratificações para incentivo da ESF)
Manter um número de centros tradicionais enquanto a cobertura da ESF estiver distante de 100%, com terceiro turno de atendimento
Reforma do modelo de gestão
Curto a longo prazo Ampliação da cobertura:
Construção de policlínicas, para atenção secundária (menor densidade tecnológica que hospitais), para diminuir presença da população em hospitais
Contratação de profissionais para consistir as novas equipes
Reforma do modelo de gestão
SAMU
UPAs
HOSPITAIS
Apoio Diag
Policlínica
NRAD
PREDOMINÂNCIA DE CONDIÇÕES CRÔNICAS
COM OCORRÊNCIA DE CASOS
AGUDOS
PREDOMINÂNCIA DECONDIÇÕES AGUDAS
SAÚDE MENTAL E VIGILÂNCIA EM SAÚDE
INTEGRADOS EM TODA A REDE DE ATENÇÃO
Regulador de
Território
APSRegulador
APS
Ampla cobertura de saúde da família Equipes resolutivas, reconhecidas pela população como
referência de cuidado à saúde Unidades com nova identidade visual, ambientalmente
sustentáveis e certificadas Atenção primária como porta de entrada e responsável
pela regulação dos serviços de saúde, com referência e contrarreferência
População com acesso a especialidades via APS Menor demanda em UPAs e emergências
O que esperamos ter ao final?
REGIÃO SUDOESTE
779.433 hab.
REGIÃO CENTRO NORTE
285.644 hab.
REGIÃO OESTE518.985 hab.
REGIÃO NORTE372.582 hab.
REGIÃO CENTRO SUL443.358 hab.
PlanaltinaSobrad. II
Brazlândia
Ceilândia
Samambaia
Rec. Emas
Taguatinga
Lago Sul
Lago Sul
Lago Norte
Varjão
Asa Norte
CruzeiroAsa Sul
Guará
N.Band.
Cand.
R.Fundo IR.Fundo II
São Sebastião
Jardim Botânico
Paranoá
Águas Claras
ItapoãV.Pires Estrut.
SIA
Fercal
Sudoeste/Octogonal
Sobradinho I
REGIÃO SUL285.147 hab.
Gama Santa Maria
REGIÃO LESTE229.682 hab.
Qualificação da cobertura atual de ESF em todas as
Regiões de Saúde
Por onde começar?
Ações em todas as Regiões de Saúde
Parceria com CONASS para qualificação dos processos de trabalho das ESFs
Remanejamento de ESF e profissionais de saúde Reforma e ambientação das Unidades de ESF Implantação dos Protocolos e Parâmetros
Assistenciais Execução plena da Carteira de Serviços Otimização das 09 Clínicas da Família existentes Ampliação do horário de funcionamento das
UBSs
Ceilândia
Maior vazio assistencial do DF Áreas de maior vulnerabilidade social e
econômica do DF (Sol Nascente e Por do Sol) Maior população dependente do SUS Existência de estrutura física para expansão
imediata
Onde expandir?
Resultados – Distrito Federal
115 UBS Reformadas
57 UBS Construídas
Qualificação dos Processos de Trabalho
Regulação – Redução de filas e tempo de espera para
atendimento
Acesso oportuno, resolutivo e de qualidade
PS e UPAS com Rigorosa Classificação de Risco
Qualificação de Profissionais
30,7 % Cob. ESF
239 ESF 485 ESF
62 % Cob. ESF
ATUAL EXPANSÃO
100% Áreas Vulneráveis
RETAGUARDA PERMANENTE
PARA APS
Por onde começar?
Unidades constituídas e entregues sem planejamento
Falta de Pediatria Instabilidade na operação de suas atividades Elevado custo total – R$605,11 por
atendimento Baixa produtividade Elevada insatisfação de usuários, profissionais
e gestores
Problemas identificados
FONTE: SIA/DATASUS, 2015.
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
UPA como retaguarda da atenção primária Estruturar as equipes de trabalho das UPAS –
quantitativo de profissionais, qualificação e vínculo adequado
Abertura de mais portas de Pediatria Garantir a manutenção de equipamentos e
abastecimentos de medicamentos e insumos
Como viabilizar o projeto no atual cenário?
Utilização de novas ferramentas de gestão
Realização de contratos de gestão PPPs para construção de unidades
Contratos de gestão com entidades de direito privado
Ampliação do número de profissionais de saúde atuando nas regiões mais vulneráveis
Redução proporcional de despesas em relação ao número e qualidade dos atendimentos
Abastecimento oportuno das UBS Ampliação do acesso à saúde em áreas desprovidas de serviços
assistenciais Adequação e manutenção das estruturas físicas Maior agilidade e menor custo de manutenção de
equipamentos Flexibilidade administrativa e gerencial – menor burocracia e
maior agilidade na resposta as necessidades da Atenção à Saúde
Organização da APS
Contratos de gestão com entidades de direito privado
Apoio na qualificação dos profissionais de saúde, coordenada pela FEPECS
Agilização da informatização das UBS e sua conexão com demais níveis de serviços
Maior controle e transparência no gasto público na APS
Eficiência em favor do pleno exercício do Direito a Saúde dos cidadãos
Organização da APS
Organização das UPAsContratos de gestão com entidades de direito privado
Estabilização do funcionamento das UPAS 24h com todo seu potencial – monitorado por meio de indicadores já padronizados
Aumentar a captação de recursos da RUE com a qualificação das UPAS
Correção dos fluxos das emergências hospitalares por pacientes com casos de urgência de baixa e média complexidade, para o atendimento nas UPAS
Redução dos gastos com horas extras – previsto 14 a 20% do custo com RH (230 a 392 mil reais/mês)
Contratos de Gestão
CONTRATOS DE
GESTÃO
Unidades Básicas de Saúde com
ESFsUnidades Básicas de Saúde com Centro de
Saúde Tradicional
Conversão para
ESF
Reestruturação das UPAs
Território
Contratos de gestão com organizações sociais
Administração mantém regulação e controle Contratação por processo seletivo próprio e vínculo
pela CLT Contratações respeitando moralidade,
impessoalidade, publicidade e interesse público Submetidas ao mesmo controle da Administração,
Tribunal de Contas, Ministério Público e Conselho de Saúde
Sem fins lucrativos e 100% público Vasta experiência em outros Estados
Organizações Sociais
Contratos de gestão com organizações sociais
Agilidade na substituição da OS insatisfatória Preservação dos direitos dos servidores Acolhimento dos servidores que desejarem
trabalhar sob a égide do contrato de gestão e remanejamento dos demais
Reforço das equipes em outros serviços
Organizações Sociais