brief transparência » revista semanal 85
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De 25-03-2013 a 31-03-2013TRANSCRIPT
REVISTA SEMANAL 85
DE 25-03 A 31-03-2013
BRIEFING INTELI » TRANSPARÊNCIA || 2013
Revista de Imprensa01-04-2013
1. (PT) - Correio da Manhã, 26/03/2013, Ricciardi arguido nas privatizações 1
2. (PT) - Público, 27/03/2013, Ao abrigo da lei, Passos cria posto de trabalho para ex-espião Silva Carvalhoarguido no caso das secretas
4
3. (PT) - Primeiro de Janeiro, 27/03/2013, Silva Carvalho contratado 5
4. (PT) - Jornal de Notícias, 27/03/2013, Perguntas a Passos levam José Ricciardi à Justiça 7
5. (PT) - Jornal de Notícias, 27/03/2013, PCP preocupado com crimes económicos 8
6. (PT) - Jornal de Notícias, 27/03/2013, Passos emprega ex-superespião 9
7. (PT) - Jornal de Negócios, 27/03/2013, Vendas da EDP e REN ensombradas por suspeita de tráfico deinfluências
11
8. (PT) - Jornal de Negócios, 27/03/2013, Advogado deve denunciar cliente que faça "lavagem de dinheiro"? 12
9. (PT) - i, 27/03/2013, EDP/REN - Ricciardi diz estar tranquilo e processa "Correio da Manhã" 13
10. (PT) - Diário Económico, 27/03/2013, Banco de Portugal poderá voltar a chamar Ricciardi 14
11. (PT) - Diário de Notícias, 27/03/2013, Antigo presidente recusa acusações 15
12. (PT) - Diário de Notícias, 27/03/2013, "Não pratiquei qualquer crime" 16
13. (PT) - Sol, 28/03/2013, Telefonema a Passos Coelho tramou Ricciardi 17
14. (PT) - Sol, 28/03/2013, O combate à corrupção 18
15. (PT) - Público, 28/03/2013, Acusados na rede Gürtel pedem fim do processo 19
16. (PT) - Jornal de Notícias, 28/03/2013, Juiz Pablo Ruz fica com o caso Bárcenas 20
17. (PT) - Diário Económico, 28/03/2013, Paulo Morais intimado a concretizar acusações de corrupção nasPPP
21
18. (PT) - Diário de Notícias, 28/03/2013, MP avança com acusação de corrupção na Gebalis 22
19. (PT) - i, 30/03/2013, Secretas. Ex-espião João Luís está há oito meses em casa a receber do Estado 24
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Tiragem: 156102
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 24
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Página 1
Tiragem: 156102
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 25
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Página 2
Tiragem: 156102
País: Portugal
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Âmbito: Informação Geral
Pág: 1
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Página 3
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Tiragem: 40323
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 12
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Corte: 1 de 1ID: 46854003 27-03-2013
Integração de Silva Carvalho poderá demorar mais de um mês
Uma lei de 2007 permite-o, os outros
três ex-funcionários dos serviços de
informações envolvidos no polémico
caso das secretas já benefi ciam dela,
e agora chegou a vez de Jorge Silva
Carvalho. O ex-director do Serviço
de Informações Estratégicas de De-
fesa (SIED), que pediu exoneração
em Novembro de 2010, em véspe-
ras da cimeira da NATO em Portugal,
alegando discordância com o corte
de verbas aos serviços, foi integrado
no mapa de pessoal da Secretaria-
Geral da Presidência do Conselho
de Ministros (PCM) por despacho
do primeiro-ministro e do ministro
das Finanças, ontem publicado em
Diário da República.
Silva Carvalho, acusado de abuso
de poder, violação de segredo de Es-
tado e de acesso indevido a dados
pessoais no caso das secretas, era o
único antigo espião envolvido neste
processo que ainda não tinha sido
integrado. João Luís, ex-director ope-
racional do SIED – acusado, em co-
autoria com Silva Carvalho, de acesso
ilegítimo agravado a dados pessoais
e abuso de poder – exonerado em
Novembro de 2011 foi reintegrado em
Julho de 2012. E os dois operacionais
demitidos dos serviços por passarem
informações a Silva Carvalho estando
este já na privada Ongoing, e que não
foram constituídos arguidos, pedi-
Ao abrigo da lei, Passos cria posto de trabalho para ex-espião Silva Carvalho arguido no caso das secretas
ram integração em Janeiro do ano
passado, tendo Passos Coelho dado
o aval em Junho. O outro arguido do
processo é o presidente da Ongoing,
acusado de corrupção activa.
A decisão agora tomada por Pas-
sos tem efeito à data da cessação de
funções no SIED, 1 de Dezembro de
2010. Porém, como Silva Carvalho
pedira na altura licença sem venci-
mento, só terá direito aos salários a
partir de Fevereiro de 2012, quando
deixou a Ongoing – onde foi adminis-
trador entre Janeiro de 2011 e Janei-
ro de 2012 – e cancelou o pedido da
licença, afi rmou ao PÚBLICO o seu
advogado, João Medeiros.
O requerimento de integração na
PCM foi feito ao abrigo da lei orgâni-
ca dos serviços de informações que
permite aos elementos do SIED, SIRP
– Sistema de Informações da Repúbli-
ca Portuguesa ou do SIS – Serviço de
Informações de Segurança com seis
anos de serviço ininterrupto terem
automaticamente vínculo defi nitivo
ao Estado – o ex-espião acumulava 20
anos – e direito a integração na Se-
cretaria-Geral da PCM. O despacho
determina que se crie um posto de
trabalho “na carreira e categoria de
técnico superior”, no qual Silva Car-
valho terá salário igual à remuneração
base de quando era chefe do SIED.
O advogado de Silva Carvalho con-
ta que este está satisfeito com a deci-
são por fi nalmente ser “equiparado
às outras pessoas” envolvidas no pro-
cesso das secretas e cujas situações
foram decididas de modo bem mais
célere. “Nunca lhe foi dada explica-
ção para esta demora, mas sentimos
que havia algum embaraço em tomar
uma decisão que poderia ter as con-
sequências políticas que está a ter”,
afi rma o advogado João Medeiros.
Acredita que a decisão foi tomada
agora para “antecipar o resultado”
da acção que colocou há um mês no
Tribunal Administrativo, contra o Es-
tado, devido à demora na integração.
O PCP, o único a comentar o caso,diz
que a integração, embora legal, le-
vanta “muitas dúvidas” e é “insólita”
por Silva Carvalho ser acusado num
processo-crime.
Fonte da PCM afi rmou ao PÚBLI-
CO que “nos próximos dias a secre-
taria vai analisar que funções Silva
Carvalho poderá desempenhar e on-
de, tendo em conta as necessidades
dos serviços da PCM”. João Medeiros
diz que Silva Carvalho, licenciado em
Direito, pode trabalhar na área do
aconselhamento jurídico, e “conhece
bem a política governamental sobre
serviços de informação, assim como
gestão de recursos humanos”.
Governo Maria Lopes
Serviços da Presidência do Conselho de Ministros estão a analisar o despacho para definir onde o colocam e que funções lhe vão atribuir
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Tiragem: 20000
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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Cores: Preto e Branco
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Corte: 1 de 2ID: 46855479 27-03-2013
Governo dá trabalho a arguido das Secretas
Silva Carvalho contratado
O Governo determinou a criação de um posto de trabalho na Presidência do Conselho de Ministros para o ex-espião Silva Carvalho, envolvido no caso das secre-tas, porque este “preencheu os pressupostos de aquisi-ção de vínculo definitivo ao Estado”. De acordo com um decreto publicado hoje em Diário da República, “deter-mina-se a criação de um pos-to de trabalho no mapa de pessoal da secretaria-geral da Presidência do Conselho de Ministros” para o ex-dire-tor do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa, Jorge Silva Carvalho.
O decreto, assinado pelo primeiro-ministro, Pedro Pas-sos Coelho, e pelo ministro das Finanças, Vitor Gaspar, justifica que “o colaborador do Serviço de Informações de Segurança, Jorge Manuel Jacob da Silva Carvalho pre-encheu os pressupostos de aquisição de vínculo defini-tivo ao Estado”.
Jorge Silva Carvalho foi constituído arguido no caso das secretas juntamente com o presidente da Ongoing, Nuno Vasconcelos: Jorge Silva Car-valho está acusado de acesso indevido a dados pessoais, abuso de poder e violação de segredo de Estado, enquanto o presidente da Ongoing, Nuno Vasconcellos, foi acusado de corrupção ativa. Página 5
Tiragem: 20000
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 1
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SECRETASGoverno cria postode trabalho paraSilva Carvalho
SECRETASSECRETASGoverno cria postoGoverno cria postode trabalho parade trabalho paraSilva CarvalhoSilva Carvalho
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Tiragem: 91363
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Âmbito: Economia, Negócios e.
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Tiragem: 27259
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Âmbito: Informação Geral
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Tiragem: 18166
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Âmbito: Economia, Negócios e.
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Maria Teixeira [email protected]
Este é definitivamente o ‘annushorribilis’ do presidente do BESInvestimento. Já em Janeiro ti-nha sido constituído arguidopelo DIAP (Departamento deInvestigação e Acção Penal)num processo de alegado crimede abuso de informação privi-legiada e manipulação de pre-ços de mercado, a par com oadministrador financeiro Amíl-car Morais Pires. Agora JoséMaria Ricciardi enfrenta maisum caso do Ministério Público:desta vez é dado como arguidonum caso de alegado tráfego deinfluências durante as privati-zações da EDP e REN que ocor-reram em 2012.
Na altura em que foramconstituídos arguidos no casoda EDP Renováveis, o Banco dePortugal pediu esclarecimentosaos membros do ‘board’ do BES,numa reunião que deixou sosse-gado o regulador. Mas esta notí-cia da constituição de arguidonoutro processo pode levar o re-gulador a chamar novamenteJosé Maria Ricciardi.
Na reunião que ocorreu emFevereiro o organismo lideradopor Carlos Costa, assim queAmílcar Morais Pires e José Ma-ria Ricciardi foram constituídosarguidos, imediatamente os
convocou para uma reunião,para saber o que se tinha passa-do e para avisar que o problemada idoneidade pôr-se-ia se fossededuzida acusação.
O regime das instituições decrédito, no artigo 30, nº 3 b), es-tipula os crimes que conduzemà perda de idoneidade, mas talsó ocorre depois de a condena-ção ter transitado em julgado.Só em caso de acusação é que oproblema efectivamente se põe,mas resta saber se o reguladoropta por recomendar a saída dobanqueiro antes. No passado,Vítor Constâncio, então Gover-nador, recomendou oficialmen-te a saída de Filipe Pinhal eChristopher de Beck do ‘board’do BCP; e diz-se que fez a mes-ma recomendação a ArmandoVara, quando foi constituído ar-guido no Processo Face Oculta.
O Banco de Portugal não res-pondeu até ao fecho da edição.
A notícia de que é arguidonem o CEO do BESI nem a Pro-curadoria Geral da Repúblicaconfirmam, em nome do se-gredo de justiça. A PGR ques-tionada pelo Diário Económicodisse que “o processo encon-tra-se em segredo de justiçapelo que não é possível, nestemomento, prestar quaisquerinformações”.
José Maria Ricciardi é dadocomo arguido num caso de ale-gado tráfego de influências du-rante as privatizações da EDP eREN que ocorreram em 2012,desta vez movido pelo DCIAP(Departamento Central de In-vestigação e Acção Penal). OBES Investimento foi assessorfinanceiro do vencedor do con-curso público da EDP, a chinesaThree Gorges, e da State Grid,concorrente à privatização daREN. O jornal Correio da Manhãescreve que, no caso da EDP, asescutas revelam que no dia (eantes) da entrega das propostasjá eram conhecidos os preços detodos os candidatos.
“Não pratiquei qualquer crime”José Maria Ricciardi reagiu em
Banco dePortugal poderávoltar a chamarRicciardiO regulador poderá voltar a pediresclarecimentos ao banqueiro.
Este é o ‘annus horribilis’ parao banqueiro José Maria Ricciardi,que no prazo de três mesesfoi dado como arguido em doisprocessos distintos.
Paula Nunes
Não pratiqueiqualquer crime,nem tão pouco meacusa a consciênciade ter actuadode forma a merecerponta de censura.
José Maria RicciardiPresidente do BESI
“comunicado à informação deque foi constituído arguido noprocesso das privatizações daEDP e da REN por suspeita detráfico de influências e de fraudefiscal. Numa nota enviada aoDiário Económico, o banqueironão esclarece se foi constituídoarguido nesse processo nem sefoi ouvido no DCIAP a 14 deMarço. “Não me disponho aexercer o contraditório na praçapública”, disse. José Maria Ric-ciardi diz ainda que não comen-ta processos que estão em se-gredo de justiça. O CEO do BESIdiz na nota enviada: “Não prati-quei qualquer crime, nem tãopouco me acusa a consciência
de ter actuado de forma a mere-cer ponta de censura”.
O DCIAP terá concluído queas conversas que o banqueiromanteve com o primeiro-mi-nistro, Pedro Passos Coelho, eque estão registadas numa es-cuta telefónica, são uma tenta-tiva de tráfico de influências. Ainvestigação é dirigida pelo pro-curador Rosário Teixeira.
José Maria Ricciardi reafirma“não altero nem acrescento umapalavra à entrevista que dei naTVI em Outubro passado a res-peito da minha intervenção nasprivatizações da EDP e da REN”.Nessa entrevista, a Judite deSousa, o banqueiro disse que
“não é ilícito nenhum falar como primeiro-ministro” ao telefo-ne. “Eu fiz um protesto porquenão entendi que, para um pro-grama de privatizações no nossopaís, nomeadamente aquela quefoi a maior privatização de sem-pre no caso da EDP, mas tam-bém a REN, não fossem escolhi-dos assessores financeiros atra-vés de concurso público”,acrescentou o presidente do BESInvestimento.
José Maria Ricciardi informano mesmo comunicado que vai“actuar criminal e civilmentecontra o Correio da Manhã” por“danos na esfera pessoal e noplano institucional.”■
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Tiragem: 41462
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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Tiragem: 41462
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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Tiragem: 53436
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Informação Geral
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Tiragem: 53436
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Informação Geral
Pág: 41
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Tiragem: 40323
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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Corte: 1 de 1ID: 46875149 28-03-2013
Os principais implicados na rede
Gürtel, a trama de corrupção e fi -
nanciamento ilegal que envolve lí-
deres políticos do Partido Popular
(PP) espanhol, avançaram em bloco
numa nova tentativa de travar as in-
vestigações. O alegado líder da rede,
Francisco Correa, juntou-se ao ex-
tesoureiro do PP Luis Bárcenas, ao
empresário Alfonso García Pozuelo e
aos ex-deputados de Madrid Alberto
López Viejo e Alfonso Bosch numa
acção judicial que pede a nulidade
de todo o processo com base num
vício de forma.
Nos últimos quatro anos, os acusa-
dos tentaram várias vezes levar a jus-
tiça a pôr fi m ao processo, inundan-
do os tribunais com recursos. Desta
vez, alegam que a acusação não tem
os originais das gravações feitas por
José Luís Peñas, ex-vereador do PP
em Majadahonda, que teve várias
conversas com Francisco Correa Sán-
chez e outros alegados membros da
rede Gürtel, em 2008. Nas conversas
gravadas por Peñas, o empresário
admite ter pago seis milhões de eu-
ros ao ex-tesoureiro do Partido Po-
pular, em troca de adjudicações de
contratos para contruções. Além das
gravações, fazem parte do processo
iniciado em 2008 pelo juiz Baltasar
Garzón uma série de documentos
que apontam para o envolvimento
dos acusados em branqueamento de
capitais e suborno de políticos.
Uma das ramifi cações do caso Gür-
tel é o processo que envolve Luis Bár-
cenas, acusado de manter uma con-
tabilidade paralela no PP para pagar
a empresários e construtores civis e
também a altos responsáveis do par-
tido no poder em Espanha.
Ontem, a Audiência Nacional de-
cidiu que existem indícios sufi cien-
tes para que ambos os casos sejam
investigados pelo mesmo juiz, Pablo
Ruz.
Esta decisão foi contestada pela
Izquierda Unida, pela Associação
Livre de Advogados, pela confede-
ração Ecologistas em Acção e pelos
Verdes, que temem a transformação
do processo num pesadelo judicial,
já que o PP fará parte da acusação
no caso Gürtel e terá de se defender
no processo Bárcenas.
Acusados na rede Gürtel pedem fim do processo
Espanha
Suspeitos na trama de corrupção ligada ao PP fazem mais uma tentativa de anular o caso, em investigação há quatro anos
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Tiragem: 91363
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 32
Cores: Preto e Branco
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Tiragem: 18166
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 32
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Inês David Bastos
As acusações feitas pelo vice-presidente da Associação CívicaTransparência e Integridade(TIAC) sobre crimes de corrup-ção praticados por anteriores eactual governo nas ParceriasPúblico Privadas (PPP) conti-nuam a aquecer o Parlamento. Ea inflamar o PS e o PSD. Os so-cialistas voltaram esta semana àcarga e exigem que Paulo Moraisexplique preto no branco quetipo de acusações e denúnciasestá a fazer.
Num requerimento aprovadoterça-feira com os votos do PS ePSD, os socialistas pedem aopresidente da Comissão de In-quérito às PPP, o comunistaAntónio Filipe, que intime Pau-lo Morais a dar esclarecimentose a responder a um questionário(ver caixa ao lado). Este ques-tionário tinha sido já antes en-viado ao dirigente da TIAC masPaulo Morais recusou-se a res-ponder às questões. Peranteesta recusa, o PS volta intimarPaulo Morais.
Em várias declarações públi-cas e na sua coluna habitual noCorreio da Manhã, Paulo Moraistem qualificado como crimino-sos os comportamentos de váriosresponsáveis dos anteriores e doactual governo, dizendo mesmo(sem nomear) que os responsá-veis por acordos ruinosos de-viam ser presos. “Uma pessoa
Paulo Morais “intimado” a concretizaracusações de corrupção nas PPPDirigente da Integridade e Transparência alega liberdade de expressão e pondera uma queixa.
Paulo Morais é vice-presidente deuma associação que estuda acorrupção e tem feito várias
denúncias no caso das ParceriasPúblico Privadas que envolvem
governantes.
Estela
Silva
/L
usa
As questões que o PS quer ver respondidasO PS quer saber a que Governos,respectivos responsáveis e cargosdesempenhados se referia PauloMorais, quando afirmou no artigoque escreveu: “os Governoscontinuam a ser cúmplices destesnegócios ruinosos” a propósitodas Parcerias Público Privadas.Desafiam-no também a elencar quenegócios são esses. E os socialistasnão deixam de pedir a Paulo Moraisque confirme se tem
“conhecimento de alguma acção decorrupção” e insta-o a dizer “quemforam os agentes envolvidos nesseeventual acto de corrupção”.Citando sempre o artigo dopresidente da TransparênciaInternacional no Correio da Manhã,o PS pede-lhe que confirmeos valores que refere nesse textoa propósito das PPP e que expliquecomo e se teve acessos aoscontratos em causa. M.G.
Vice-presidente daAssociação CívicaTransparênciae Integridade“surpreendido”com intimaçãodo PS e insiste quenão tem de daresclarecimentosporque escreve aoabrigo da liberdadede expressão.
que faz estas acusações tem queresponder e esclarecer o quequer dizer”, reagiu ao DiárioEconómico o deputado do PSManuel Seabra, um dos autoresdo requerimento.
O PS exige que Paulo Moraisdiga quem cometeu os alegadoscrimes de que diz ter conheci-mento e os “seus cúmplices” eremata: “Seja o professor de ma-temática da “Lusófona” ou o di-rigente da TIAC, seja ele quemfor, terá que esclarecer as impu-tações que faz”.
“Quais então os crimes come-tidos? Na Assembleia da Repú-blica ou na PGR vai ter que deta-lhar essas acusações”, diz aindao PS, argumentando que o presi-dente da TIAC (que analisa o fe-nómeno da corrupção em Portu-gal) tem “o dever” de dar escla-recimentos sobre as acusaçõesque faz porque ao não identificarautores “coloca todos os deciso-res sob suspeição”.
Na origem do polémica estáum artigo de opinião intitulado“Parcerias? Patifaria”, publica-do a 12 de Fevereiro “Correio daManhã”, no qual Paulo Moraisafirma que “os governos conti-nuam a ser cúmplices destesnegócios ruinosos” e que “nosúltimos quatro anos os encargoslíquidos com as PPP quadripli-caram, atingindo por ano mon-tantes na ordem dos dois milmilhões de euros”. Um númeroque os socialistas contestam,lembrando que “o Orçamentopara 2013 prevê, para 2012, umencargo líquido com PPP rodo-viárias de 605 milhões de eurose para 2013 um encargo líquidode 449 milhões”.
Contactado pelo DiárioEconómico, Paulo Morais mos-trou-se “surpreendido” com ainsistência do PS em obter res-postas, remetendo uma reac-ção para a primeira respostaenviada aos socialistas, ondealegava que quem escrevia osartigos de opinião era o profes-sor e não o vice-presidente daTIAC, dizendo que exigir queesclarecesse sob a ameaça decrime de desobediência à co-missão é “ilegítimo”. PauloMorais diz mesmo que, perantea insistência, está a ponderaravançar com uma queixa con-tra os deputados por tentativade “cercear a liberdade de ex-pressão”.■ Com M.G.
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Tiragem: 41462
País: Portugal
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Tiragem: 41462
País: Portugal
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Âmbito: Informação Geral
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Tiragem: 27259
País: Portugal
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Âmbito: Informação Geral
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Página 26